FLUÊNCIA EM GEOTÊXTIL NÃO

TECIDO DE POLIÉSTER UTILIZANDO

O MÉTODO “SIM”

Lucas Nascimentoa,1 and Thiago Barbosab a

Jefferson Silva b

Clever Valentin

Abstract. Segundo os métodos convencionais, a obtenção da curva de fluência de

um geossintético requer ensaios com tempos muito prolongados, uma solução para

otimizar este tempo é o ensaio SIM (Stepped Isothermal Method) conhecido como

ensaio acelerado. Ensaios realizados pelo método SIM demonstraram uma boa

simulação de resultados quando comparado ao método convencional, mas os

resultados de fluência apresentam grande disparidade entre valores de um mesmo

material, gerando variabilidade de resultados. Através da utilização de ensaios

convencionais e acelerados, esta pesquisa apresenta os resultados do estudo de

fluência de um geotêxtil não tecido de poliéster de fibra curta, material já ensaiado

em pesquisas anteriores. Os valores encontrados demonstraram variabilidade do

geotêxtil menor que a variabilidade apresentada na literatura. O alcance temporal,

das curvas de fluência acelerada ficaram próximos de 100 anos, tempo este citado

como ideal.

Keywords. Ensaio acelerado, fluência, geotêxtil

1. Introdução

Os materiais sintéticos geotêxtis relatam uma história de aplicação recente nas obras

geotécnicas (Andrawes et al. 1984). Apesar do pouco tempo do uso destes polímeros se

comparados a outros materiais da construção civil, é perceptível um grande houve um

aumento considerável em de sua utilização na engenharia, isto está relacionado as devido

às inúmeras possibilidades de emprego que o geossintético pode apresentar, além doe

também o caráter econômico associado ao material (Elias et al. 2001).

OPor ser um material que apresenta boa resistência à tração, e na maioria das

aplicações geotécnicas é estar submetido a estetal tipo de esforço em longas durações,

atuando no geotêxtil atua uum fenômeno físico denominado de fluência, ao qualque pode

causar danos ao sistema estrutural correspondente. Koerner (1988) definei este fenômeno

como sendo a deformação de um material quando submetido a um carregamento

constante.

A fluência nos geotêxteis pode ser quantificada através de alguns ensaios

considerados simples, e que relacionam a deformação do material pelo tempo. Uum

delesstes é o ensaio de fluência não confinado convencional. Costa (1999) descreve com

clareza a montagem e os equipamentos necessários para a realização deste ensaio. Uma

1 Corresponding Author.

Formatado: Português (Brasil)

desvantagem do ensaio convencional é o fator tempo, pois esta técnica demanda ensaios

de 1000 até 10000 horas de observação, conforme a ABNT NBR 15226:2005.

Em geral, Aas curvas de fluência são criadas, em geral, através da imposição de uma

fração da carga que leva a amostra da ruptura, tal carga é registrada segundo o ensaio de

tração em faixa larga preconizado pela ABNT-NBR-12824. Os resultados de deformação

relativa versus tempo de amostragem originam as curvas de fluência, e definem o

comportamento deste segundo o tempo de vida do geotêxtil.

Considerando o longo tempo despendido utilizado nos ensaios convencionais, uma

técnica alternativa que ganhou grande destaque é a utilização de são os ensaios não

confinados acelerados, como o SIM – Stepped Isothermal Method, idealizado por

Thornton et al. (1998).

Segundo o SIM, as deformações por fluência podem ser estimadas em intervalos de

tempo razoavelmente menores aos tempos oriundos dos ensaios convencionais. O

método SIM trabalha com o aumento controlado de temperatura para induzir a aceleração

do fenômeno de fluência. A base conceitual deste ensaio é o da superposição tempo-

temperatura (STT ou TTS em inglês), que realizado em conjunto com os moldes do

ensaio Stepped Isothermal Method, eliminam a influência da variabilidade intrínseca das

diferentes amostras de um mesmo material.

Ensaios de fluência convencional e acelerada já foram realizados por Baras (2001)

e por Costanzi (2003) para geotêxteis não tecidos, os quais relacionaram

comparativamente os resultados obtidos entre os dois tipos de ensaios, e também os

fatores de redução da resistência à tração com os dados bibliográficos existentes.

Esta pesquisa pretende analisar a fluência do geotêxtil não tecidos de poliéster

(estrutura fibra curta e gramatura 300) por meio de ensaios de fluência convencional e

acelerados, complementando e comparando os dados já obtidos por Costanzi (2003). Os

ensaios foram realizados no Laboratório de Geossintéticos do Departamento de

Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.

2. Revisão Bibliografica

Os geotêxteis são produtos permeáveis que se diferenciam entre si através da composição

da matéria prima e do processo de fabricação., Ppodem ser composto de fibras cortadas,

filamentos contínuos, monofilamentos, laminetes ou fios, segundo a NBR 12553/2003.

327. Conclusão