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4.3.4) INVERTEBRADOS BENTÔNICOS As avaliações dos ecossistemas límnicos, em geral, são realizadas por meio das análises das variáveis físicas e químicas, as quais permitem a quantificação das alterações das propriedades da água, mas fornecem apenas um retrato momentâneo de uma situação dinâmica, uma vez que esses parâmetros apresentam descontinuidade temporal e espacial (Whitfield, 2001). A inclusão da biota na avaliação das características dos ecossistemas aquáticos tem se mostrado uma ferramenta importante na busca de informações sobre a integridade dos ecossistemas e da qualidade ambiental (Karr, 1981; Rosenberg & Resh, 1993). O estudo da fauna de invertebrados bentônicos é considerado por Queiroz et al. (2000), um dos instrumentos mais eficazes para se avaliar a qualidade das águas, pois a sua distribuição é influenciada pelas características morfométricas, características físicas e químicas do habitat, à disponibilidade de recursos alimentares e ao hábito das espécies (Merrit & Cummins, 1996). Além de serem abundantes em todos os tipos de sistemas aquáticos, os invertebrados bentônicos são bons indicadores da qualidade da água porque são geralmente mais permanentes no ambiente, pois vivem de semanas a alguns meses no sedimento. Os invertebrados aquáticos vivem sobre ou no interior dos sedimentos e são de fundamental importância nos ambientes aquáticos por desempenharem papel central na dinâmica de nutrientes, na transformação de matéria orgânica e no fluxo de energia do ecossistema, além de participarem da cadeia alimentar de vários organismos aquáticos, especialmente de peixes (Rosenberg & Resh, 1993). Há muitos invertebrados macroscópicos que são usados para diagnosticar a saúde de rios e lagoas. O largo uso dos invertebrados bentônicos na avaliação da qualidade biológica da água baseia-se na facilidade de amostragem e identificação, ao fato de terem reduzido movimento de dispersão (se comparado aos peixes) e apresentarem uma grande diversidade de hábito alimentar, representando vários níveis tróficos (Rosenberg & Resh, 1993). A composição, densidade e distribuição da comunidade bentônica depende dos fatores abióticos e bióticos, do tipo de substrato, da disponibilidade e da qualidade do alimento. Ainda a estrutura dessa comunidade modifica-se em função da alteração do ambiente lótico (rios) para lêntico (implementação de usina hidrelétrica) e, representa eficientemente as condições dos ecossistemas lóticos antes, durante e depois da construção de barragens, retratando a estabilização do ambiente (Armitage & Blackbum, 1990). Os invertebrados são sensíveis às mudanças no ecossistema aquático e, portanto podem ser utilizados em avaliação desse ambiente. O uso desses organismos como bioindicadores é baseado em um princípio simples: submetidos a condições adversas eles morrem ou se adaptam. Portanto, os organismos que vivem em um dado ecossistema, estão adaptados às suas condições ambientais e, por isso, devem refletir o nível de preservação das condições ambientais ou as alterações provocadas pela emissão de poluentes ambientais (Callisto et al., 2005). Sendo assim, este relatório apresenta informações da composição taxonômica, densidade e distribuição espacial e temporal dos invertebrados bentônicos antes da implementação da usina hidrelétrica no rio Araguaia e seus afluentes. As coletas foram realizadas nos meses de abril, junho, julho e novembro de 2009 e utilizou como referência os dados de 2002 e 2007 (ANEXO 12).
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4.3.4.1) Metodologia Foram analisadas amostras de invertebrados bentônicos em 18 pontos de amostragens, nos mesmos locais de amostragens de fitoplâncton e descritos no item 4.3.1. Conforme detalhe apresentado no item 4.3.1, as amostras destinadas a esse estudo foram obtidas em quatro campanhas distintas, sendo a primeira campanha em abril de 2009 (cheia), a segunda em junho de 2009 (vazante), a terceira em julho de 2009 (seca) e quarta em novembro de 2009. Os pontos de amostragem citados acima estão descritos no item 4.3.1.1, ilustrados no item 4.3.1.6 e espacializados no Mapa dos Locais de Amostragem de Ecossistemas Aquáticos (MB-CTM-13 a MB-CTM-20), anexado ao final do item 4.3.1. As coletas de organismos bentônicos foram realizadas com o coletor Van Veen (0,377m2) (Foto 1) e lavado com rede de 0,25mm no local de coleta (Foto 2). Em cada um dos pontos de coleta retiraram-se três amostras para a análise de invertebrados bentônicos. O material coletado foi fixado em formol a 4%, acondicionado em recipientes plásticos e transportado para o laboratório, onde foi lavado em água sobre peneira com malha de 0,21mm. Os animais retidos na peneira foram separados e fixados em álcool a 70% para posterior identificação. Os invertebrados foram identificados sob microscópios estereoscópico e composto, com o auxílio de literatura especializada: McCafferty,1981; Brinkhurst & Marchese, 1989; Trivinho-Strixino & Strixino, 1995; Merritt & Cummins, 1996; Simone, 2006, além de consultas à especialistas. De forma complementar ao estudo de invertebrados bentônicos foi realizado estudo da granulometria do sedimento nos mesmos pontos de coleta. A coleta das amostras de sedimento para determinação da composição granulométrica – fração inorgânica (areia total, silte e argila) e fração orgânica – foi realizada com uma draga do tipo VanVeen (377cm2). No laboratório, as amostras foram secas em temperatura ambiente. As determinações foram realizadas no laboratório de Paleolimnologia do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade Federal de São Carlos, seguindo a metodologia descrita em Suguio (1973). Os sedimentos foram classificados de acordo com a classificação textural apresentada por Camargo et al. (1987) (Quadro 4.3.4.1-1). Também foi realizada a classificação do sedimento em orgânico e mineral de acordo com Nauman, 1930 apud Esteves, 1988.
Quadro 4.3.4.1-1 Classificação textural do solo segundo Camargo et al. (1987)
Tipo de solo % argila
Limo arenoso < 12,5% argila Limo arenoso barrento 12,5% - 25,0% argila Barrentos 25,0% - 40,0% argila Argiloso > 40,0% argila
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Análise dos Dados Para a avaliação ambiental do empreendimento, seguiu-se protocolo de análise elaborado juntamente com o IBAMA. As amostras quantitativas foram analisadas conjuntamente e foram consideradas as seguintes variáveis:
Riqueza dos grupos taxonômicos: em cada ponto foi computada com a simples somatória dos mesmos;
Abundância relativa: valor percentual que cada táxon representa em relação ao número
total de indivíduos;
Densidade numérica: número de indivíduos por m2 amostral;
Frequência de Ocorrência: número de ocorrências em relação ao número total dos pontos amostrados expresso em porcentagem;
Índice de Diversidade Shannon-Winner (Magurran, 1988): A diversidade de espécies de
cada ponto amostrado foi calculada através da fórmula:
H´ = - pi . log pi
pi = ni / N Onde: ni é o número de indivíduos da espécie numa amostra e; N é o número total de indivíduos presentes na amostra.
Equidade ou uniformidade: de divisão dos indivíduos entre as espécies. A equitabilidade foi avaliada pela equação de Pielou (Magurran, 1988):
e = H / Hmáx
Onde: e = equidade ou uniformidade da amostra, H = diversidade de espécies observadas na amostra, Hmáx = diversidade máxima de espécies, calculada através de log S, Onde S = riqueza ou número de espécies da amostra.
Índice de Similaridade de Sorensen (Sorensen, 1948), equivalente ao índice DICE, no sentido de se estabelecer o grau de semelhança entre as composições de organismos e as suas respectivas localizações. Este índice baseia-se nos dados de presença e ausência das espécies. O coeficiente de Sorensen (Ss) é expresso por:
Ss = 2 a / 2a + b + c
Onde: a = número de espécies comuns a ambas amostras; b = número de espécies presentes somente na amostra b; c = número de espécies presentes somente na amostra c.
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Foi utilizado o programa estatístico Palaeontological Statistics Software Package v. 1,74, PAST (Hammer et al., 2001), para realizar o agrupamento utilizado na construção do dendrograma de similaridade.
Estrutura funcional da comunidade: os invertebrados bentônicos coletados foram classificados em quatro grupos funcionais de alimentação adaptado de Merritt & Cummins (1996), no nível taxonômico de família (exceto para Chironomidae classificado em nível taxonômico de subfamília), pois ainda são incipientes as informações no nível genérico para a Região Neotropical (Quadro 4.3.4.1-2). Para análise da estrutura funcional foi considerada a abundância relativa, ou seja, o valor percentual de cada grupo funcional de alimentação em relação ao número total de indivíduos de cada córrego coletado.
Quadro 4.3.4.1-2 Classificação do Grupo Funcional de Alimentação adaptado de Merrit & Cummins (1996) e Cummins et al. (2005), CPOM – matéria orgânica grosseira; FPOM – matéria orgânica fina.
Grupo Funcional Mecanismos de
alimentação Recurso alimentar
dominante
Fragmentadores (shredderes) Fragmentam folhas em decomposição
CPOM – plantas vasculares em decomposição
Coletores (collectors) Coletam partículas finas do sedimento
FPOM – partículas finas em decomposição; algas bactérias
Filtradores (filtering) Filtram partículas em suspensão da coluna d’água
FPOM – partículas finas em decomposição; algas bactérias e
Predadores (predators) Capturam ou englobam presas ou tecidos
Presas animais
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4.3.4.2) Área de Influência Indireta - AII Invertebrados Bentônicos A Área de Influência Indireta compreende os pontos P5, P6 e P17 e totalizou 1.867 organismos distribuídos em 53 táxons (Tabela 4.3.4.2-1). Os Insecta constituíram o grupo com maior diversidade faunística totalizando 14 famílias das quais Chironomidae, Ceratopogonidae (Diptera), Polycentropodidae (Trichoptera), Elmidae (Coleoptera) e Gomphidae (Odonata) foram as mais expressivas (Figura 4.3.4.2-1). Dessas famílias cabe destacar Chironomidae, que na maioria das amostragens representou mais de 50% dos organismos presentes (exceto P17 campanhas de junho, julho e novembro). Dentre os taxa de Chironomidae tiveram elevada participação relativa Tanytarsus (27%), seguido por Polypedilum (22%), Chironomus (16%) e Ablabesmyia (9%) (Figura 4.3.4.2-2). Ainda em relação à abundância relativa, ressaltam-se os altos valores de densidade numérica para Annelida representado por Oligochaeta principalmente no Ponto 5 no mês de novembro/2009 e no Ponto 17 em junho/2009. (Figura 4.3.4.2-1).
Tabela 4.3.4.2-1 Composição taxonômica dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da AII
relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 5 Ponto 6 Ponto 17
Táxons Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Filo Molusca Classe Bivalvia 1 Classe Oligochaeta 105 16 19 194 2 40 9 5 1 15 Subclasse Hirudinea 81 81 9 15 2 Filo Nematoda 1 Filo Arthropoda Ordem Hemiptera Naucoridae 2 1 Belostomatidae 1 Ordem Lepidoptera Pyralidae 7 3 Classe Insecta Ordem Odonata Aeshnidae 2 Gomphidae 5 3 1 1 1 6 2 1 1 1 Libellulidae 3 2 3 Odonata n.i. 1 Ordem Coleoptera Curculionidae 1 Dytiscidae 1 Elmidae 14 1 3 6 2 3 Noteridae 1 3 Ordem Ephemeroptera Leptohyphidae 3 2 Polymitarsyidae 3
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Ponto 5 Ponto 6 Ponto 17 Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Ephemeroptera n.i. 1 2 Ordem Trichoptera Leptoceridae 3 1 1 2 2 Polycentropodidae 37 1 1 1 Hydroptilidae 9 1 1 Trichoptera n.i 1 Ordem Diptera Diptera n.i. 5 2 3 Família Ceratopogonidae 5 18 2 2 8 1 1 3 5 2 Família Chironomidae Chironomidae pupa 1 1 1 1 Chironomidae n.i. 3 1 Ablabesmyia 36 18 1 19 15 9 Clinotanypus 1 4 Djalmabatista 2 2 1 1 6 3 3 1 Monopelopia 4 Larsia 5 1 2 3 1 Procladius 1 3 4 Beardius 9 9 1 5 1 1 Caladomyia 2 Chironomus 22 12 108 21 3 1 Cryptochironomus 1 11 6 1 2 Complexo Harnischia 2 1 1 1 Dicrotendipes 5 1 Fissimentum 1 1 5 3 1 Goeldichironomus 10 4 6 Lauterborniella 3 Nilothauma 3 Phaenopsectra 1 1 1 Polypedilum 72 29 8 62 35 14 2 8 1 1 Pseudochironomini 2 Stenochironomus 1 2 Tanytarsus 60 89 2 45 1 61 15 6 7 1 Rheotanitarsus 6 Tanitarsini n.i. 1 14 13 Tribelos 3 1 9 3 Cricotopus 32 5 1 3 Corynoneura 3 2 1 Nanocladius 14 2 2
Nº total de taxa 32 27 17 22 6 27 18 14 12 6 2 4 Nº total de indivíduos 538 328 165 389 7 250 89 30 38 24 3 6
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Abundância relativa
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
P5Abr P5Jun P5Jul P5Nov P6Abr P6Jun P6Jul P6Nov P17Abr P17Jun P17Jul P17Nov
Pontos amostrados
Bivalvia Oligochaeta Hirudinea Nematoda Naucoridae Belostomatidae Pyralidae
Aeshnidae Gomphidae Libellulidae Odonata n.i Curculionidae Dytiscidae Elmidae
Noteridae Leptohyphidae Polymitarsyidae Ephemeroptera n.i Leptoceridae Polycentropodidae Hydroptilidae
Trichoptera n.i Diptera n.i. Ceratopogonidae Chironomidae
Figura 4.3.4.2-1: Abundância relativa dos invertebrados bentônicos amostrados em cada
ponto da AII do empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
27%
22%16%
9%
2%
13%
4%
2%
3%2%
Tanytarsus Polypedilum Chironomus AblabesmyiaCricotopus Tanitarsini n.i. Beardius CryptochironomusGoeldichironomus Outros
Figura 4.3.4.2-2: Abundância relativa dos táxons mais representativos da família Chironomidae amostrados nos pontos da AII do empreendimento AHE Couto Magalhães
em abril, junho, julho e novembro de 2009.
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Algumas famílias tiveram baixa abundância relativa, no entanto foram coletadas na maioria dos pontos e períodos correspondente a esta área de influência como Gomphidae (Odonata), Elmidae (Coleoptera) e Ceratopogonidae (Diptera). Outros táxons, com valores altos de abundância relativa, também tiveram alto valor de Frequência de Ocorrência (F.O.) como Oligochaeta (Annelida), Polypedilum e Tanytarsus (Chironomidae) (Quadro 4.3.4.2-1). Oligochaeta juntamente com Chironomidae, podem ser indicativos das condições de trofia do sistema. Outro representante da classe Annelida, Hirudinea, também é considerada moderadamente tolerante ao impacto antrópico, mas com baixo valor de F.O. presentes apenas nos pontos P5 e P6 (Quadro 4.3.4.2-1). A presença de determinados táxons de Chironomidae tolerantes, como espécies do gênero Chironomus e Polypedilum, foi responsável pela elevada densidade numérica principalmente nos Pontos 5 e 6. No entanto, esses pontos apresentaram muitos táxons com baixa densidade numérica, o que elevou os valores de riqueza taxonômica. Os valores de número de indivíduos e de riqueza taxonômica são componentes para o cálculo do índice de diversidade (Magurran, 1988), ou seja, o valor desse índice aumenta à medida que a riqueza de táxons também aumenta. Sendo assim, esses pontos apresentaram os maiores valores de Índice de Diversidade de Shannon (Quadro 4.3.4.2-2).
Quadro 4.3.4.2-1 Número de indivíduos (n.ind.), abundância relativa (%) e Frequência de Ocorrência (F.O.) dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da AII relativo ao empreendimento
AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Taxa n.ind. % F.O.
Filo Molusca Classe Bivalvia 1 0,05 0,08 Classe Oligochaeta 406 21,75 0,83 Subclasse Hirudinea 188 10,07 0,42 Filo Nematoda 1 0,05 0,08 Filo Arthropoda Ordem Hemiptera Naucoridae 3 0,16 0,17 Belostomatidae 1 0,05 0,08 Ordem Lepidoptera Pyralidae 10 0,54 0,17 Classe Insecta Ordem Odonata Aeshnidae 2 0,11 0,08 Gomphidae 22 1,18 0,92 Libellulidae 8 0,43 0,25 Odonata n.i. 1 0,05 0,08 Ordem Coleoptera Curculionidae 1 0,05 0,08 Dytiscidae 1 0,05 0,08 Elmidae 29 1,55 0,50 Noteridae 4 0,21 0,17 Ordem Ephemeroptera Leptohyphidae 5 0,27 0,17 Polymitarsyidae 3 0,16 0,08
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Taxa n.ind. % F.O.
Ephemeroptera n.i. 3 0,16 0,17 Ordem Trichoptera Leptoceridae 9 0,48 0,42 Polycentropodidae 40 2,14 0,33 Hydroptilidae 11 0,59 0,25 Trichoptera n.i. 1 0,05 0,08 Ordem Diptera 0,00 0,00 Diptera n.i. 10 0,54 0,25 Família Ceratopogonidae 47 2,52 0,83 Família Chironomidae Chironomidae pupa 4 0,21 0,33 Chironomidae n.i. 4 0,21 0,17 Ablabesmyia 98 5,25 0,50 Clinotanypus 5 0,27 0,17 Djalmabatista 19 1,02 0,67 Monopelopia 4 0,21 0,08 Larsia 12 0,64 0,42 Procladius 8 0,43 0,25 Beardius 26 1,39 0,50 Caladomyia 2 0,11 0,08 Chironomus 167 8,94 0,50 Cryptochironomus 21 1,12 0,42 Complexo Harnischia 5 0,27 0,33 Dicrotendipes 6 0,32 0,17 Fissimentum 11 0,59 0,42 Goeldichironomus 20 1,07 0,25 Lauterborniella 3 0,16 0,08 Nilothauma 3 0,16 0,08 Phaenopsectra 3 0,16 0,25 Polypedilum 232 12,43 0,83 Pseudochironomini 2 0,11 0,08 Stenochironomus 3 0,16 0,17 Tanytarsus 287 15,37 0,83 Rheotanitarsus 6 0,32 0,08 Tanitarsini n.i. 28 1,50 0,25 Tribelos 16 0,86 0,33 Cricotopus 41 2,20 0,33 Corynoneura 6 0,32 0,25 Nanocladius 18 0,96 0,25
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Quadro 4.3.4.2-2 Total de indivíduos, densidade, riqueza taxonômica, Índice de Diversidade de Shannon, Equidade de Pielou calculadas para os pontos da AII relativo ao empreendimento AHE
Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 5 Ponto 6 Ponto17
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Número indivíduos 538 328 165 389 7 250 89 30 38 24 3 6 Densidade 475,7 290 145,9 343,9 6,2 221 78,7 26,5 33,6 21,2 2,7 5,305Riqueza taxonômica 32 27 17 22 6 27 18 14 12 6 2 4 Diversidade Shannon 2,574 2,344 1,403 1,752 1,7 2,575 2,52 2,42 2,13 1,15 0,6 1 Equidade Pielou 0,41 0,386 0,239 0,262 1 0,487 0,69 0,8 0,7 0,53 0,9 1
Os resultados do grupo funcional de alimentação demonstraram que o ponto P5 possui uma maior diversidade faunística e que contemplou cinco categorias sendo que os coletores tiveram maior participação (Quadro 4.3.4.2-3). Ressalta-se também a categoria parasita representada por Hirundinea (Figura 4.3.4.2-3). A diversidade de grupos funcionais observada no ponto P5 está diretamente relacionada à diversidade de ambientes neste ponto, ao contrário o ponto P17 localizado no rio Araguaia, com águas mais turvas, profundidade elevada e correnteza elevada. A Análise de Cluster (Similaridade de DICE) foi realizada para checar a semelhança entre a distribuição dos invertebrados bentônicos e assim definir grupos (Figura 4.3.4.2-4). Através desta análise verificou-se a formação de três grupos, um concentrando as campanhas do ponto P5, o segundo grupo formado por P6 devido à semelhança faunística principalmente dos táxons presentes nos meses de junho, julho e novembro e outro grupo formado pelo ponto P17 em ordem decrescente de similaridade juntamente com o ponto P6 no mês de abril devido à baixa diversidade faunística. Esse agrupamento também está associado à localização dos pontos: P5 e P6 localizam-se a montante, próximo às cabeceiras e são afluentes menores do rio Araguaia. O Ponto 17 localiza-se a jusante do empreendimento onde o rio Araguaia tem porte maior.
Quadro 4.3.4.2-3 Hábitat e Categorias do Grupo funcional de alimentação dos invertebrados bentônicos
amostrados nos três pontos da AII do empreendimento AHE Couto Magalhães nos meses de abril, junho, julho e novembro de 2009.
Taxa Hábitat Grupo funcional P5 P6 P17
Filo Molusca Classe Bivalvia Lêntico/Lótico Filtrador 1 Classe Oligochaeta Lêntico Filtrador 334 56 16 Subclasse Hirudinea Parasita 186 2 Filo Nematoda Lêntico/Lótico Generalista 1 Filo Arthropoda Ordem Hemiptera Naucoridae Lêntico Predador 3 Belostomatidae Lêntico Predador 1 Ordem Lepidoptera Pyralidae Lêntico Fragmentador 10 Classe Insecta
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Taxa Hábitat Grupo funcional P5 P6 P17
Ordem Odonata Aeshnidae Lêntico Predador 2 Gomphidae Lêntico/Lótico Predador 10 9 3Libellulidae Lêntico Predador 8 Ordem Coleoptera Curculionidae Lêntico Fragmentador 1 Dytiscidae Lêntico Predador 1 Elmidae Lêntico/Lótico Coletor 18 11 Noteridae Lêntico Predador 4 Ordem Ephemeroptera Polymitarsyidae Lótico Coletor 3 Ordem Trichoptera Leptoceridae Lêntico/Lótico Coletor 4 5 Polycentropodidae Lótico Coletor 39 1 Hydroptilidae Lêntico/Lótico Coletor 11 Ordem Diptera Família Ceratopogonidae Lêntico Predador 27 10 10Família Chironomidae Subfamília Tanypodinae Lêntico Predador 93 42 11 Subfamília Chironominae Lêntico/Lótico Coletor 592 227 22 Subfamília Orthocladiinae Lótico Coletor 60 4 1
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ponto 5 Ponto 6 Ponto 17
Parasitas Filtradores Fragmentadores Predadores Coletores Generalistas
Figura 4.3.4.2-3: Abundância relativa dos grupos funcionais de alimentação dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da AII do empreendimento AHE Couto
Magalhães nos meses de abril, junho, julho e novembro de 2009.
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Figura 4.3.4.2-4: Dendrograma de Similaridade de DICE entre os pontos de coleta na AII do empreendimento AHE Couto Magalhães nos meses de abril, junho, julho e novembro
de 2009.
Granulometria As Figuras 4.3.4.2-5 e 4.3.4.2-6 e Quadro 4.3.4.2-4 mostram os dados relativos à composição granulométrica fração inorgânica e orgânica e o fracionamento da fração inorgânica (areia, silte e argila) do sedimento dos pontos da AII nas amostragens em abril, junho, julho e novembro de 2009. Em todos os pontos em todas as campanhas houve registro de quase 100% da fração inorgânica, desta, observa-se que houve predomínio da fração areia em todos os pontos e em todos os períodos de amostragem. O maior valor registrado foi de 98,28% no ponto P17 em junho e o menor 89,54% no ponto P6 em abril.
0 1,6 3,2 4,8 6,4 8 9,6 11,2 12,80
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Sim
ilari
ty
P17
No
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P17
Jul
P17
Abr
P6A
br
P17
Jun
P6J
un
P6J
ul
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I II III
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Quadro 4.3.4.2-4
Granulometria da fração inorgânica (areia, silte e argila) dos pontos na AII do AHE Couto Magalhães.
Areia
(% P.S.) Silte
(% P.S.) Argila
(% P.S.) Ponto de amostragem
Abr Jun
Jul
Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
5 97,22 98,25 93,28 96,52 0 0 1,98 0,9 2,78 1,75 4,74 2,586 89,54 98,25 97,66 97,45 2,09 0 0 0 8,37 1,75 2,34 2,0517 98,19 98,28 98,12 95,65 0 0 0 1,25 1,81 1,72 1,88 3,10
Segundo a classificação utilizada por Camargo et al. (1987), todos os pontos e em todos os períodos de amostragem o sedimento foi classificado como Limo Arenoso (Quadro 4.3.4.2-5).
Quadro 4.3.4.2-5 Classificação textural do sedimento segundo Camargo et al. (1987), nos pontos da AII
do empreendimento AHE Couto Magalhães. Tipo de solo Ponto de
amostragem Abril Junho Julho Novembro
5 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
6 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
17 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
Figura 4.3.4.2-5: Composição granulométrica - fração inorgânica e orgânica nos pontos da AII do AHE Couto Magalhães.
Junho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
% P
eso
seco
Julho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Mat. Inorg. Mat. Org.
Abril/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
% P
eso
seco
Novembro/09
0
20
40
60
80
100
P5 P6 P17
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Mat. Inorg. Mat. Org.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-495
Abril/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
% P
eso
seco
Junho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
% P
eso
seco
Novembro/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Areia Total Silte Argila
Figura 4.3.4.2-6: Composição granulométrica - fração inorgânica (areia, silte e argila) nos pontos da AII do AHE Couto Magalhães.
4.3.4.3) Área de Influência Direta - AID A Área de Influência Direta compreende os pontos P4, P7, P18, P19 e P20 sendo que esses dois últimos foram inseridos no mês de julho/2009. No total foram coletados 1381 organismos pertencentes a 49 táxons (Tabela 4.3.4.3-1). Semelhante à AII, nesta área de influência também foi observada a dominância da Família Chironomidae (70,0% da representatividade total da fauna), Oligochaeta (14,0%) e Gomphidae, Elmidae, Ceratopogonidae e Bivalvia com 3,0% cada (Quadro 4.3.4.3-1 e Figura 4.3.4.3-1). Dentre os quironomídeos Polypedilum e Tanytarsus (Chironominae) apresentaram ampla distribuição além de terem elevada participação (47% e 18%). Representantes da subfamília Tanypodinae também merecem destaque: Djalmabatista e Ablabesmyia (9% e 6%, respectivamente). Stenochironomus, que é minador e habita preferencialmente interior de folhas e troncos submersos, teve participação de 2% da fauna total (Figura 4.3.4.3-2).
Julho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P5 P6 P17
Pontos de amostragem
% P
eso
sec
o
Areia Total Silte Argila
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-496
Tabela 4.3.4.3-1 Composição taxonômica dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da AID
relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 4 Ponto 7 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20
Táxons Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Jul Nov Jul Nov
Filo Molusca
Classe Bivalvia 8 3 4 10 2 1 4 2 1
Classe Gastropoda 1 1
Filo Annelida
Classe Oligochaeta 2 110 24 2 22 2 3 2 1 27 1
Filo Arthropoda
Ordem Hemiptera
Vellidae 1 1
Naucoridae 1
Belostomatidae 1
Classe Insecta
Ordem Odonata
Gomphidae 1 13 11 1 1 2 3 4 1 3
Libellulidae 2 1 1
Ordem Coleoptera
Dytiscidae 2
Elmidae 1 4 1 6 4 15 3 4
Gyrinidae 1
Ordem Ephemeroptera
Baetidae 7 2
Caenidae 1
Leptohyphidae 1
Leptophlebiidae 1 2 4 1
Ephemeroptera n.i. 3 1 2 1
Ordem Trichoptera
Hydropsychidae 1
Leptoceridae 1 1
Polycentropodidae 1
Philopotamidae 1
Sericostomatidae 1 1
Trichoptera n.i. 3 2 1
Ordem Diptera
Família Ceratopogonidae 2 8 1 6 1 3 5 2 1 5 3
Família Simuliidae 1
Família Tipulidae 1
Família Chironomidae
Chironomidae pupa 6 1 1
Chironomidae n.i. 2
Ablabesmyia 3 9 4 21 8 4 8
Djalmabatista 13 3 36 1 6 14 12 6
Larsia 3 4 1 2 2 14
Procladius 1 8 7 1
Beardius 1 1
Chironomus 2 1
Cryptochironomus 7 19 3 7 1 2 3
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-497
Ponto 4 Ponto 7 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Jul Nov Jul Nov
Complexo Harnischia 1 4 2 3 2 5 1
Fissimentum 4 1 1
Nilothauma 1
Paratendipes 2 3 1
Phaenopsectra 4 4
Polypedilum 12 2 1 130 45 128 1 8 25 36 7 57
Stenochironomus 1 6 5 2 1 1 5
Tanytarsus 6 1 7 1 11 128 1 7 2 1 16
Rheotanitarsus 1 2 2
Tanitarsini n.i. 1
Tribelos 2 6 1 3
Cricotopus 1 2 4 2 1
Corynoneura 1 3 1
Nanocladius 1 2 3
Onconeura 1
Nº Total de taxa 3 1 15 6 5 24 17 24 7 22 5 14 10 9 20 8
Nº total de indivíduos 5 13 191 32 8 231 78 275 9 193 21 68 62 25 162 8
Quadro 4.3.4.3-1 Número de indivíduos (n.ind.), abundância relativa (%) e Frequência de Ocorrência (F.O.) dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da AID do empreendimento AHE
Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Taxa n.ind. % F.O.
Filo Molusca Classe Bivalvia 35 2,534 0,6 Classe Gastropoda 2 0,145 0,1 Filo Annelida Classe Oligochaeta 196 14,19 0,7 Filo Arthropoda Ordem Hemiptera Vellidae 2 0,145 0,1 Naucoridae 1 0,072 0,1 Belostomatidae 1 0,072 0,1 Classe Insecta Ordem Odonata Gomphidae 40 2,896 0,6 Libellulidae 4 0,29 0,2 Ordem Coleoptera Dytiscidae 2 0,145 0,1 Elmidae 38 2,752 0,5 Gyrinidae 1 0,072 0,1 Ordem Ephemeroptera Baetidae 9 0,652 0,1 Caenidae 1 0,072 0,1 Leptohyphidae 1 0,072 0,1 Leptophlebiidae 8 0,579 0,3 Ephemeroptera n.i. 7 0,507 0,3
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-498
Taxa n.ind. % F.O.
Ordem Trichoptera Hydropsychidae 1 0,072 0,1 Leptoceridae 2 0,145 0,1 Polycentropodidae 1 0,072 0,1 Philopotamidae 1 0,072 0,1 Sericostomatidae 2 0,145 0,1 Trichoptera n.i. 6 0,434 0,2 Ordem Diptera Família Ceratopogonidae 37 2,679 0,7 Família Simuliidae 1 0,072 0,1 Família Tipulidae 1 0,072 0,1 Família Chironomidae Chironomidae pupa 8 0,579 0,2 Chironomidae n.i. 2 0,145 0,1 Ablabesmyia 57 4,127 0,4 Djalmabatista 91 6,589 0,5 Larsia 26 1,883 0,4 Procladius 17 1,231 0,3 Beardius 2 0,145 0,1 Chironomus 3 0,217 0,1 Cryptochironomus 42 3,041 0,4 Complexo Harnischia 18 1,303 0,4 Fissimentum 6 0,434 0,2 Nilothauma 1 0,072 0,1 Paratendipes 6 0,434 0,2 Phaenopsectra 8 0,579 0,1 Polypedilum 452 32,73 0,8 Stenochironomus 21 1,521 0,4 Tanytarsus 181 13,11 0,7 Rheotanitarsus 5 0,362 0,2 Tanitarsini n.i. 1 0,072 0,1 Tribelos 12 0,869 0,3 Cricotopus 10 0,724 0,3 Corynoneura 5 0,362 0,2 Nanocladius 6 0,434 0,2 Onconeura 1 0,072 0,1
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-499
Abundância relativa
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4Abr P4Jul P7Abr P7Jul P18Abr P18Jul P19Jul P20Jul
Pontos amostrados
Bivalvia Gastropoda Oligochaeta Vellidae Naucoridae Belostomatidae
Gomphidae Libellulidae Dytiscidae Elmidae Gyrinidae Baetidae
Caenidae Leptohyphidae Leptophlebiidae Ephemeroptera n.i. Hydropsychidae Leptoceridae
Polycentropodidae Philopotamidae Sericostomatidae Trichoptera n.i Ceratopogonidae Simuliidae
Tipulidae Chironomidae
Figura 4.3.4.3-1: Abundância relativa dos invertebrados bentônicos amostrados nos
pontos da AID do empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
47%
18%
9%
6%
4%
3%
11%
2%
Polypedilum Tanytarsus Djalmabatista Ablabesmyia
Cryptochironomus Larsia Stenochironomus Outros
Figura 4.3.4.3-2: Abundância relativa da Família Chironomidae amostrados nos pontos da AID do empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-500
O Quadro 4.3.4.3-2 apresenta o número de indivíduos e os resultados dos cálculos de densidade, riqueza taxonômica, diversidade e equidade. O Ponto 7 apresentou os maiores valores de indivíduos bem como o de riqueza taxonômica. No mês de abril, foram registrados os menores valores de riqueza taxonômica, densidade e diversidade.
Quadro 4.3.4.3-2 Total de indivíduos, densidade, riqueza taxonômica, Índice de Diversidade de Shannon, Equidade de Pielou calculadas para os pontos da AID relativo ao empreendimento AHE
Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 4 Ponto 7 Índices Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Número indivíduos 5 13 191 32 8 231 78 275 Densidade 4,42 11,49 168,88 28,29 7,07 204,24 68,97 243,15 Riqueza taxonômica 3 1 15 6 5 24 17 24 Diversidade Shannon 1,1 0 1,679 0,936 1,4 1,919 1,78 2,03 Equidade Pielou 1 1 0,357 0,425 0,8 0,284 0,35 0,32
Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20
Índices Abr Jun Jul Nov Jul Nov Jul Nov
Número indivíduos 9 193 21 68 62 25 162 8 Densidade 7,96 170,65 18,57 60,12 54,82 22,10 143,24 4,42 Riqueza taxonômica 7 22 5 14 10 9 20 8 Diversidade Shannon 1,9 1,577 0,98 2,02 1 2 2,233 2,079 Equidade Pielou 0,9 0,22 0,53 0,54 0 1 0,4666 1
O Quadro 4.3.4.3-3 apresenta o hábitat e os grupos funcionais de alimentação. Na AID os coletores também tiveram maior participação relativa em todos os pontos amostrados devido à presença maciça da subfamília Chironominae, exceto para o ponto P4 o qual esteve representado principalmente pelos oligoquetos (Figura 4.3.4.3-3).
Quadro 4.3.4.3-3 Hábitat e Categorias do Grupo funcional de alimentação dos invertebrados bentônicos nos pontos da AID do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Taxons Hábitat Grupo funcional P4 P7 P18 P19 P20
Filo Molusca Classe Bivalvia Lêntico/Lótico Filtrador 11 14 2 5 3 Classe Gastropoda Lêntico/Lótico Predador 1 1 Filo Annelida Classe Oligochaeta Lêntico Filtrador 136 24 7 1 28Filo Arthropoda Ordem Hemiptera Vellidae Lêntico Predador 2 Naucoridae Lêntico Predador 1 Belostomatidae Lêntico Predador 1 Classe Insecta Ordem Odonata Gomphidae Lêntico/Lótico Predador 26 6 5 3
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-501
Taxons Hábitat Grupo funcional P4 P7 P18 P19 P20
Libellulidae Lêntico Predador 4 Ordem Coleoptera Dytiscidae 2 Elmidae Lêntico/Lótico Coletor 1 11 22 4Gyrinidae Lêntico/Lótico Predador 1 Ordem Ephemeroptera Baetidae Lótico Coletor 7 2Caenidae Lótico Coletor 1 Leptophlebiidae Lótico Coletor 1 6 1 Ordem Trichoptera Leptoceridae Lêntico/Lótico Coletor 2Polycentropodidae Lótico Coletor 1Philopotamidae Lótico Fragmentador 1 Sericostomatidae Lótico Fragmentador 1 1 Ordem Diptera Família Ceratopogonidae Lêntico Predador 11 10 8 5 3Família Simuliidae Lótico Filtrador 1 Família Tipulidae Lêntico Coletor 1 Família Chironomidae Subfamília Tanypodinae Lêntico Predador 17 89 44 13 28 Subfamília Chironominae Lêntico/Lótico Coletor 30 403 183 54 88 Subfamília Orthocladiinae Lótico Coletor 242 4 6 5 6
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Ponto 4 Ponto 7 Ponto 18 Ponto 19 Ponto 20
Filtradores Fragmentadores Predadores Coletores
Figura 4.3.4.3-3: Abundância relativa dos Grupos funcionais de alimentação dos
invertebrados bentônicos nos pontos da AID do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-502
A Análise de Similaridade demonstrou que não houve agrupamento específico entre pontos desta área, mas ficaram arranjados de forma decrescente de similaridade entre os períodos amostrados, ou seja, maior similaridade entre os meses junho e julho decrescendo nos meses de novembro e abril devido à baixa diversidade (Figura 4.3.4.3-4).
Figura 4.3.4.3-4: Dendrograma de Similaridade de DICE entre os pontos de coleta na AID
do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009. Granulometria As Figuras 4.3.4.3-5 e 4.3.4.3-6 e o Quadro 4.3.4.3-4 apresentam os dados relativos à composição granulométrica fração inorgânica e orgânica e fracionamento da fração inorgânica (areia, silte e argila) do sedimento na área influencia direta (AID) nas amostragens em abril, junho, julho e novembro de 2009. Assim como na AII houve predomínio da fração inorgânica, e na fração inorgânica houve predomínio areia em todos os pontos e em todos os períodos de amostragem. O maior valor registrado foi de 98,19% no ponto P7 em abril e o menor 91,17% no ponto P18 em julho.
0 2 4 6 8 10 12 14 160
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Sim
ilarit
y
P7A
br
P7J
un
P18
Jun
P4J
ul
P1
8Nov
P7J
ul
P20
Jul
P7N
ov
P19
Jul
P18
Jul
P1
9Nov
P2
0Nov
P18
Abr
P4N
ov
P4A
br
P4J
un
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-503
Quadro 4.3.4.3-4 Composição granulométrica (Fração inorgânica – areia, silte e argila) na área influência
direta (AID) nas amostragens de abril, junho, julho e novembro de 2009 no empreendimento AHE Couto Magalhães.
Areia
(% P.S.) Silte
(% P.S.) Argila
(% P.S.) Ponto de amostragem
Abr Jun
Jul
Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
4 98,09 96,18 96,83 97,85 - - 1,65 1,25 1,91 3,82 1,52 0,97 98,19 96,85 95,79 95,45 - - - 1,48 1,81 3,15 4,21 3,0718 92,80 93,29 91,17 96,95 1,80 1,68 1,79 1,68 5,40 5,03 7,04 1,37
19 - - 97,65 98,65 - - - 0,99 - - 2,35 0,36
20 - - 94,74 97,38 - - 1,88 1,35 - - 3,38 1,27
Segundo a classificação utilizada por Camargo et al. (1987), todos os pontos e em todos os períodos de amostragem o sedimento foi classificado como Limo Arenoso (Quadro 4.3.4.3-5).
Quadro 4.3.4.3-5 Classificação textural do sedimento nos pontos da AID do AHE Couto Magalhães.
Tipo de solo Ponto de
amostragem Abril Junho Julho Novembro
4 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
7 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
18 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
19 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
20 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-504
Figura 4.3.4.3-5: Composição granulométrica - fração inorgânica e orgânica nos pontos da AID do AHE Couto Magalhães.
Novembro/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18 P19 P20
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Areia Total Silte Argila
Abril/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18
% P
eso
seco
Junho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18
% P
eso
seco
Julho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18 P19 P20
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Areia Total Silte Argila
Figura 4.3.4.3-6: Composição granulométrica - fração inorgânica (areia, silte e argila) nos
pontos da AID do AHE Couto Magalhães.
Novembro/09
0
20
40
60
80
100
P4 P7 P18 P19 P20
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Mat. Inorg. Mat. Org.
Abril/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18
% P
eso
seco
Junho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18
% P
eso
sec
o
Julho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P4 P7 P18 P19 P20
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Mat. Inorg. Mat. Org.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-505
4.3.4.4) Área Diretamente Afetada - ADA A área diretamente afetada abrange um maior número de pontos de coleta, dentre eles estão os pontos P1, P2, P8, P9, P10, P11, P13, P14, P15 e P16 dos quais os pontos P1, P2, P10 e P15 localizam-se no futuro trecho de vazão reduzida e os pontos P8, P9, P11, P13 e P14 na área do reservatório. Nesta fase do estudo, considerado sistema lótico, foram amostrados 2.331 indivíduos pertencentes à 58 táxons (Tabelas 4.3.4.4-1 e 4.3.4.4-2) sendo que 54,7% da fauna total pertencem à Chironomidae (33 táxons), 22,4% à Oligochaeta e 8,5% à Bivalvia (Quadro 4.3.4.4-1 e Figura 4.3.4.4-1).
Tabela 4.3.4.4-1 Composição taxonômica dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos P1, P2,
P8 e P9 da ADA relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 8 Ponto 9 Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Filo Molusca Classe Bivalvia 3 3 19 3 13 Classe Gastropoda Filo Annelida Classe Oligochaeta 2 2 4 18 1 7 4 64 3 78 Subclasse Hirudinea 1 Filo Arthropoda Ordem Hemiptera Belostomatidae 1 Ordem Lepidoptera Pyralidae Classe Insecta Ordem Odonata Gomphidae 1 1 10 10 4 1 10 1 Libellulidae 1 1 Ordem Coleoptera Elmidae 1 1 3 2 5 Noteridae 1 Ordem Ephemeroptera Baetidae 2 4 Leptohyphidae 1 Leptophebiidae 1 2 Ephemeroptera n.i. 2 2 6 1 Ordem Trichoptera Hydropsychidae 9 Leptoceridae 1 Polycentropodidae 3 Sericostomatidae 1 Trichoptera n.i. 1 Ordem Diptera Diptera n.i. 1 Família Ceratopogonidae 4 8 1 2 5 4 4 12 2 1 Família Simuliidae 1
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-506
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 8 Ponto 9 Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Família Tipulidae 1 Família Chironomidae Chironomidae pupa 6 1 4 2 1 Chironomidae n.i. 2 1 5 Tanypodinae n.i. 2 Ablabesmyia 4 12 1 1 4 1 Clinotanypus 1 Coelotanypus 1 1 Djalmabatista 1 6 6 1 3 4 1 Larsia 1 5 1 Procladius 1 Beardius 1 1 Chironomus 3 2 Cryptochironomus 5 8 3 19 1 14 11 1 10 8 Complexo Harnischia 2 1 2 5 1 5 Endotribelos 1 Fissimentum 1 1 Goeldichironomus 1 Nilothauma 2 2 Parametriocnemus 1 Paratendipes 1 Phaenopsectra 7 Polypedilum 12 13 25 8 18 27 4 4 26 34 32Pseudochironomus 4 Pseudochironomini 2 Saetheria Stenochironomus 3 1 Xestochironomus 1 Tanytarsus 20 23 38 1 2 3 1 2 Rheotanytarsus 4 Tribelos 7 2 2 2 5 Cricotopus 16 2 1 1 1 1 Corynoneura 3 Nanocladius 18 4 2 27 4 7 1 Thienemanniella 1
Nº Total de taxa 5 11 7 1 4 19 18 8 4 15 9 9 4 19 15 15
Nº total de indivíduos 9 91 31 1 5 88 121 43 13 108 34 102 13 179 65 73
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-507
Tabela 4.3.4.4-2 Invertebrados bentônicos amostrados nos pontos P10, P11, P13 e P14 da ADA relativo ao
empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 10 Ponto 11 Ponto 13 Ponto 14 Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Filo Molusca Classe Bivalvia 1 1 1 20 49 4 1 25 21 21 Classe Gastropoda 1 Filo Annelida Classe Oligochaeta 6 12 25 28 29 170 44 7 3 7 1 Subclasse Hirudinea Filo Nematoda 1 Filo Arthropoda Ordem Collembola 1 Ordem Lepidoptera Pyralidae 5 1 Classe Insecta Ordem Odonata Gomphidae 1 15 9 1 1 15 2 1 1 Libellulidae 1 1 Ordem Coleoptera Elmidae 2 1 1 Ordem Ephemeroptera Baetidae 1 1 1 Leptohyphidae 2 2 Ephemeroptera n.i. 4 1 Ordem Trichoptera Hydropsychidae 12 2 Trichoptera n.i. 2 1 Ordem Diptera Diptera n.i. 4 1 Família Ceratopogonidae 1 2 12 6 1 6 2 5 1 2 5 Família Simuliidae Família Tipulidae 2 Família Chironomidae Chironomidae pupa 1 4 2 Chironomidae n.i. 1 1 Tanypodinae n.i. 3 12 Ablabesmyia 1 2 9 10 1 1 Coelotanypus 1 1 Djalmabatista 2 3 3 8 15 3 2 2 Larsia 6 6 2 1 Procladius 1 1 5 17 Chironomus 1 17 Cryptochironomus 3 2 18 7 5 2 4 9 Complexo Harnischia 3 1 1 7 Endotribelos 1 Fissimentum 3 2 4 Nilothauma 1 11 Paratendipes 1 2 Phaenopsectra 1
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-508
Ponto 10 Ponto 11 Ponto 13 Ponto 14 Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Polypedilum 15 3 1 10 55 2 69 7 2 1 6 2 Pseudochironomus 9 Saetheria 1 Tanytarsus 1 2 20 19 3 1 1 Tribelos 2 Cricotopus 2 1 1 Corynoneura 5 Nanocladius 1 5 4 3 Thienemanniella 5 Nº Total de taxa 19 1 0 6 9 14 20 5 7 21 10 9 4 7 8 10 Nº total de indivíduos 66 1 0 16 45 96 220 9 45 376 86 44 6 16 23 59
Tabela 4.3.4.4-3 Invertebrados bentônicos amostrados nos pontos P15 e P16 da ADA relativo ao
empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 15 Ponto 16 Táxons
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Filo Molusca Classe Bivalvia 13 1 Filo Annelida Classe Oligochaeta 1 3 3 Classe Insecta Ordem Odonata Gomphidae 2 1 5 1 Ordem Ephemeroptera Baetidae 1 1 1 Ephemeroptera n.i. 1 Ordem Diptera Família Ceratopogonidae 8 34 1 1 1 Família Chironomidae Chironomidae pupa 1 Chironomidae n.i. 1 Ablabesmyia 1 1 Djalmabatista 3 6 2 Procladius 1 1 Chironomus 1 Cryptochironomus 4 9 14 Complexo Harnischia 11 4 2 Fissimentum 4 Polypedilum 1 24 3 16 30 3 Tanytarsus 1 3 Tribelos 3 Cricotopus 1 Corynoneura 1 Nanocladius 6 2 8 Nº Total de taxa 5 1 6 2 5 12 14 4 Nº total de indivíduos 14 2 37 12 45 44 86 7
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-509
Quadro 4.3.4.4-1 Número de indivíduos (n.ind.), abundância relativa (%) e frequência de ocorrência (F.O.)
dos invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da ADA relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho e julho de 2009.
Taxa n.ind. % F.O.
Filo Molusca Classe Bivalvia 199 8,54 0,43 Classe Gastropoda 1 0,04 0,03 Filo Annelida Classe Oligochaeta 522 22,4 0,60 Subclasse Hirudinea 1 0,04 0,03 Filo Nematoda 1 0,04 0,03 Filo Arthropoda Ordem Collembola 1 0,04 0,03 Ordem Hemiptera Belostomatidae 1 0,04 0,03 Ordem Lepidoptera Pyralidae 6 0,26 0,05 Classe Insecta Ordem Odonata Gomphidae 93 3,99 0,53 Libellulidae 4 0,17 0,10 Ordem Coleoptera Elmidae 16 0,69 0,20 Noteridae 1 0,04 0,03 Ordem Ephemeroptera Baetidae 12 0,51 0,20 Leptohyphidae 5 0,21 0,08 Leptophebiidae 3 0,13 0,05 Ephemeroptera n.i. 17 0,73 0,18 Ordem Trichoptera Hydropsychidae 23 0,99 0,08 Leptoceridae 1 0,04 0,03 Polycentropodidae 3 0,13 0,03 Sericostomatidae 1 0,04 0,03 Trichoptera n.i. 4 0,17 0,08 Ordem Diptera Diptera n.i. 6 0,26 0,08 Família Ceratopogonidae 131 5,62 0,65 Família Simuliidae 1 0,04 0,03 Família Tipulidae 3 0,13 0,05 Família Chironomidae Chironomidae pupa 22 0,94 0,23 Chironomidae n.i. 11 0,47 0,15 Tanypodinae n.i. 17 0,73 0,08 Ablabesmyia 49 2,1 0,35 Clinotanypus 1 0,04 0,03 Coelotanypus 4 0,17 0,10
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-510
Taxa n.ind. % F.O.
Djalmabatista 71 3,05 0,45 Larsia 22 0,94 0,18 Procladius 27 1,16 0,18 Beardius 2 0,09 0,05 Chironomus 24 1,03 0,13 Cryptochironomus 157 6,74 0,53 Complexo Harnischia 45 1,93 0,33 Endotribelos 2 0,09 0,05 Fissimentum 15 0,64 0,15 Goeldichironomus 1 0,04 0,03 Nilothauma 16 0,69 0,10 Parametriocnemus 1 0,04 0,03 Paratendipes 4 0,17 0,08 Phaenopsectra 8 0,34 0,05 Polypedilum 453 19,4 0,73 Pseudochironomus 13 0,56 0,05 Pseudochironomini 2 0,09 0,03 Saetheria 1 0,04 0,03 Stenochironomus 4 0,17 0,05 Xestochironomus 1 0,04 0,03 Tanytarsus 141 6,05 0,40 Rheotanytarsus 4 0,17 0,03 Tribelos 23 0,99 0,18 Cricotopus 27 1,16 0,25 Corynoneura 9 0,39 0,10 Nanocladius 92 3,95 0,33 Thienemanniella 6 0,26 0,05
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-511
Abundância relativa
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Ponto1 Ponto2 Ponto8 Ponto9 Ponto10 Ponto11 Ponto13 Ponto14 Ponto15 Ponto16
Bivalvia Gastropoda Oligochaeta Hirudinea Nematoda Collembola Belostomatidae
Pyralidae Gomphidae Libellulidae Elmidae Noteridae Baetidae Leptohyphidae
Leptophebiidae Ephemeroptera n.i. Hydropsychidae Leptoceridae Polycentropodidae Sericostomatidae Trichoptera n.i.
Díptera n.i. Ceratopogonidae Simuliidae Tipulidae Chironomidae Figura 4.3.4.4-1: Abundância relativa dos invertebrados bentônicos amostrados nos
pontos da ADA relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
54%
22%
9%
4%6%
1% 4%
Chironomidae Oligochaeta Bivalvia Gomphidae
Ceratopogonidae Hydropsychidae Outros
Figura 4.3.4.4-2: Abundância relativa dos invertebrados bentônicos mais representativos amostrados nos pontos da ADA relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em
abril, junho, julho e novembro de 2009.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-512
35%
11%11%
7%
6%
4%
10%2%
4%
2%2%
2%
2%2%
Polypedilum Cryptochironomus Tanytarsus Nanocladius Djalmabatista
Ablabesmyia Complexo Harnischia Procladius Cricotopus Chironomus
Tribelos Chironomidae pupa Larsia Outros
Figura 4.3.4.4-3: Abundância relativa da Família Chironomidae amostrados nos pontos da ADA relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro
de 2009. De modo geral, quanto a composição da comunidade de invertebrados, Chironomidae e Oligochaeta dominaram mas Bivalvia e Ceratopogonidae também tiveram participação expressiva (Figura 4.3.4.4-2). O Quadro 4.3.4.4-2 e as Figuras 4.3.4.4-2 e 4.3.4.3-3 apresentam os dados sobre total de indivíduos, densidade, riqueza taxonômica, índice de diversidade de Shannon e equidade de Pielou. Os Pontos 8, 9, 10, 14, 15 e 16 estão localizados no rio Araguaia e suas águas apresentam uma maior velocidade de correnteza, e por este motivo provavelmente acarretou no baixo valor de indivíduos e densidade, exceto para os Pontos 8 e 9 no mês de junho os quais também apresentaram valores elevados de riqueza taxonômica (Quadro 4.3.4.4-2). Cabe destaque o ponto P13 (rio Babilônia) que apresentou os altos valores para número de indivíduos, densidade e riqueza (Figura 4.3.4.4-2), mas com índices de diversidade e equidade dentro o padrão observado para a maioria dos pontos estudados (Figura 4.3.4.4-3).
Quadro 4.3.4.4-2 Total de indivíduos, densidade, riqueza taxonômica, Índice de Diversidade de Shannon,
Equidade de Pielou calculadas para os pontos da ADA do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 8
Índices Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Nº indivíduos 9 91 31 1 5 88 121 43 13 108 34 102 Densidade 7,96 80,46 27,41 0,88 4,42 77,81 106,98 38,02 11,49 95,49 30,06 90,19Riqueza 5 11 7 1 4 19 18 8 4 15 9 9 Diversidade 1,43 2,05 1,55 0 1,33 2,28 2,32 1,31 0,79 2,12 1,96 1,23 Equidade 0,83 0,7 0,68 1 0,95 0,51 0,56 0,46 0,55 0,56 0,79 0,38
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-513
Ponto 9 Ponto 10 Ponto 11 Índices
Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Nº indivíduos 13 179 65 73 66 1 0 16 45 96 220 9 Densidade 11,49 158,27 57,47 64,54 58,36 0,88 0,00 14,15 39,79 84,88 194,52 7,96 Riqueza 4 19 15 15 19 1 0 6 9 14 20 5 Diversidade 1,27 2,06 1,8 1,95 2,49 0 0 1,7 1,72 2,13 2,24 1,43 Equidade 0,89 0,41 0,4 0,47 0,63 1 0 0,9 0,62 0,6 0,47 0,83
Ponto 13 Ponto 14 Ponto 15 Índices Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
Nº indivíduos 45 376 86 44 6 16 23 59 14 2 37 12 Densidade 39,79 332,45 76,04 38,90 5,31 14,15 20,34 52,17 12,38 1,77 32,71 10,61Riqueza 7 21 10 9 4 7 8 10 5 1 6 2 Diversidade 1,21 1,94 1,61 1,62 1,2 1,66 1,87 1,68 1,22 0 1,11 0,29 Equidade 0,48 0,33 0,5 0,56 0,9 0,75 0,81 0,54 0,67 1 0,51 0,67
Ponto 16 Índices Abr Jun Jul Nov
Nº indivíduos 45 44 86 7 Densidade 39,79 38,90 76,04 6,19 Riqueza 5 12 14 4 Diversidade 0,83 1,96 2,04 1,28 Equidade 0,46 0,59 0,55 0,9
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Abr
Jun
Jul
Nov
Ponto1 Ponto2 Ponto8 Ponto9 Ponto10 Ponto11 Ponto13 Ponto14 Ponto15 Ponto16
Riqueza taxonômica Número de Indivíduos Densidade
Figura 4.3.4.4-5: Valores de Riqueza taxonômica, Número total de indivíduos e densidade nos pontos da ADA do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-514
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3A
br
Jun
Jul
No
vA
br
Jun
Jul
No
vA
br
Jun
Jul
No
vA
br
Jun
Jul
No
vA
br
Jun
Jul
No
v
Ab
rJu
nJu
lN
ov
Ab
rJu
nJu
lN
ov
Ab
rJu
nJu
lN
ov
Ab
rJu
nJu
lN
ov
Ab
rJu
nJu
lN
ov
Ponto1 Ponto2 Ponto8 Ponto9 Ponto10 Ponto11 Ponto13 Ponto14 Ponto15 Ponto16
Diversidade de Shannon Equidade de Pielou
Figura 4.3.4.4-6: Valores do Índice de Diversidade de Shannon e de Equidade de Pielou nos pontos da ADA do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Para a análise dos grupos funcionais de alimentação são apresentados o Quadro 4.3.4.4-3 e a Figura 4.3.4.4-7. Nesta área de influência, assim como nas demais, os coletores tiveram altos valores de abundância relativa para todos os pontos amostrados representados principalmente pela subfamília Chironominae, predominante na região, exceto para o Ponto 13 onde os filtradores dominaram, representados principalmente por Oligochaeta e Bivalvia. Cabe o destaque para o Ponto P10, local em que se registrou Pyralidae, uma família de fragmentadores de ambientes lênticos, mesmo este ponto sendo local de corredeiras rápidas a jusante da cachoeira Couto de Magalhães.
Quadro 4.3.4.4-3 Hábitat e Categorias do Grupo funcional de alimentação dos invertebrados bentônicos
amostrados nos pontos da ADA do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
Táxons Hábitat Grupo funcionalde alimentação
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Filo Molusca
Classe Bivalvia Lêntico/Lótico Filtrador 3 22 16 2 74 47 21 14
Classe Gastropoda Lêntico/Lótico predador 1
Filo Annelida
Classe Oligochaeta Lêntico Filtrador 2 24 76 81 6 65 250 11 1 6
Subclasse Hirudinea Parasita 1
Filo Nematoda Lêntico/Lótico Generalistas 1
Filo Arthropoda
Ordem Collembola Lêntico/Lótico Predador 1
Ordem Hemiptera
Belostomatidae Lêntico Predador 1
Ordem Lepidoptera
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-515
Táxons Hábitat Grupo funcionalde alimentação
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Pyralidae Lêntico Fragmentador 6
Classe Insecta
Ordem Odonata
Gomphidae Lêntico/Lótico Predador 2 25 11 1 25 18 2 2 7
Libellulidae Lêntico Predador 1 1 1 1
Ordem Coleoptera
Elmidae Lêntico/Lótico Coletor 1 1 10 2 1 1
Noteridae Lêntico Predador 1
Ordem Ephemeroptera
Baetidae Lótico Coletor 2 4 1 2 1 2
Leptophebiidae Lótico Coletor 3
Ordem Trichoptera
Hydropsychidae Lótico Coletor 9 12 2
Leptoceridae Lêntico/Lótico Coletor 1
Polycentropodidae Lótico Coletor 3
Sericostomatidae Lótico Fragmentador 1
Ordem Diptera
Família Ceratopogonidae Lêntico Predador 12 3 9 19 3 19 14 7 8 37
Família Simuliidae Lótico Filtrador 1
Família Tipulidae Lêntico Coletor 1 2
Família Chironomidae
Chironominae Lêntico/Lótico Coletor 65 170 74 137 27 123 162 26 40 93
Orthocladiinae Lótico Coletor 40 5 31 13 11 11 5 7 11
Tanypodinae Lêntico Predador 2 34 9 13 6 44 39 29 4 11
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Parasitas Filtradores Fragmentadores Predadores Coletores Generalistas
Figura 4.3.4.4-7: Abundância relativa dos grupos funcionais de alimentação dos
invertebrados bentônicos amostrados nos pontos da ADA do AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-516
0 4 8 12 16 20 24 28 32 360
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Sim
ilarit
y
P10
Jun
P8A
brP
9Abr
P14
Abr
P1A
brP
1Jun
P1J
ulP
15Ju
lP
2Jun
P13
Jun
P2J
ulP
8Jun
P11
Jun
P16
Jul
P11
Jul
P16
Jun
P9J
unP
9Jul
P10
Abr
P2N
ovP
14N
ov
P8N
ovP
13Ju
lP
14Ju
nP
8Jul
P14
Jul
P10
Nov
P16
Nov
P13
Nov
P11
Abr
P15
Abr
P16
Abr
P13
Abr
P11
Nov
P9N
ovP
15Ju
nP
1Nov
P15
Nov
P2A
br
Quanto a Análise de Similaridade, não houve agrupamento específico entre os pontos situados nesta área a não ser pela maior similaridade entre os meses junho e julho, os quais apresentaram valores maiores de indivíduos e riqueza taxonômica.
Figura 4.3.4.4-8: Dendrograma de Similaridade de DICE entre os pontos de coleta na ADA relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de
2009. Granulometria As Figuras 4.3.4.4-6 e 4.3.4.4-7 e o Quadro 4.3.4.4-4 apresentam os dados relativos à composição granulométrica da fração inorgânica e orgânica e dentro da fração inorgânica a divisão entre areia, silte e argila do sedimento dos pontos localizados na área diretamente afetada (ADA) nas amostragens em abril, junho, julho e novembro de 2009. Conforme o padrão observado para todos os pontos de coleta, incluindo os pontos da AII e AID, o sedimento na região é majoritariamente inorgânico. A segmentação da fração inorgânica também mantém o mesmo padrão, nos 3 períodos amostrados houve predomínio da fração areia em todos os
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-517
pontos de amostragem. O maior valor registrado foi de 100% no ponto P1 em abril e o menor 78,91% no ponto P13 em junho.
Figura 4.3.4.4-.6: Composição granulométrica - fração inorgânica e orgânica nos pontos da ADA do AHE Couto Magalhães.
Figura 4.3.4.4-7: Composição granulométrica - fração inorgânica (areia, silte e argila) nos pontos da ADA do AHE Couto Magalhães.
Abril/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
% P
eso
seco
Junho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
% P
eso
seco
Julho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Areia Total Silte Argila
Novembro/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Areia Total Silte Argila
Abril/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
% P
eso
seco
Junho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
% P
eso
se
co
Julho/09
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Pontos de amostragem
% P
eso
se
co
Mat. Inorg. Mat. Org.
Novembro/09
0
20
40
60
80
100
P1 P2 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16
Pontos de amostragem
% P
eso
seco
Mat. Inorg. Mat. Org.
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V. III-518
Quadro 4.3.4.4-4 Composição granulométrica (Fração inorgânica – areia, silte e argila) ) na área
diretamente afetada (ADA) na amostragem de abril, junho, julho e novembro de 2009 no empreendimento AHE Couto Magalhães.
Areia
(% P.S.) Silte
(% P.S.) Argila
(% P.S.) Ponto de amostragem
Abr Jun
Jul
Nov Abr Jun Jul Nov Abr Jun Jul Nov
1 100,0 92,90 97,85 94,65 0,00 2,37 0,00 1,36 0,00 4,73 2,15 3,992 90,61 92,56 94,50 92,85 1,88 1,86 1,55 2,97 7,51 5,58 3,95 4,188 96,22 96,34 93,85 96,35 0,00 0,00 2,08 1,61 3,78 3,66 4,07 2,049 98,24 96,09 97,49 96,43 0,00 0,00 0,00 0,99 1,76 3,91 2,51 2,58
10 98,35 98,30 93,84 94,98 0,00 0,00 2,15 3,1 1,65 1,70 4,01 1,9211 91,66 98,21 96,95 93,79 2,08 0,00 0,00 1,52 6,25 1,79 3,05 4,69
13 96,71 78,91 97,5998,74
0,00 5,27 0,000,65
3,29 15,8
1 2,41
0,6114 96,71 96,34 94,58 94,63 0,00 0,00 1,26 2,43 2,86 3,66 4,16 2,94
Segundo a classificação utilizada por Camargo et al. (1987), apenas o ponto P13 em junho foi classificado como Limno Areno Barrento e os demais pontos, em todos os períodos, como Limo Arenoso (Quadro 4.3.4.4-5).
Quadro 4.3.4.4-5
Classificação textural do sedimento nos pontos localizados na ADA do AHE Couto Magalhães.
Tipo de solo Ponto de
amostragem Abril Junho Julho Novembro
1 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
2 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
8 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
9 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
10 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
11 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
13 Limo
arenoso Limo Areno
Barrento Limo
arenoso Limo
arenoso
14 Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso Limo
arenoso
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V. III-519
Pode-se constatar, através dos resultados de granulometria, que os leitos dos rios e córregos pertencentes à bacia do Alto Araguaia são constituídos basicamente por areia (superior a 89%) e que a quantidade de matéria orgânica disponível no substrato é inferior a 2%. A distribuição espacial e a composição da comunidade de invertebrados bentônicos estão diretamente influenciadas pelo fluxo de água (Allan, 1995) e de outros fatores como a composição do substrato e a disponibilidade de alimento (Merrit & Cummins, 1996). A ausência da mata ripícola limita a disponibilidade de matéria orgânica grosseira, particularmente folhas, galhos e troncos, que serve como alimento e suporte para os organismos fragmentadores e consequentemente diminuindo sua diversidade e densidade (Allan, 2004). Assim, favorece o predomínio dos organismos coletores como observado neste estudo, representado principalmente por Chironomidae. Neste estudo, prévio ao represamento, a análise geral dos resultados de riqueza taxonômica indicou uma elevada diversidade de grupos taxonômicos, sendo que os insetos tiveram maior participação e diversidade de grupos. No entanto, a riqueza variou estacionalmente, quando foram constatados os maiores valores dessa variável nos períodos vazante e seca. Consideráveis flutuações nos níveis de água podem ocorrer durante as cheias como uma consequência natural das variações sazonais na vazão, caracterizando os hábitats lóticos. Segundo Ward (1992), alguns insetos aquáticos são dependentes dessas flutuações naturais nos níveis da água, como é o caso de Elmidae (Coleoptera), os quais dependem dessas mudanças para completar o ciclo de vida (White, 1978). No período chuvoso ocorre o aumento da velocidade da água ocasionando o carreamento das partículas e dos organismos, isso implica na redução dos valores de riqueza taxonômica bem como na densidade de espécimes. Neste estudo foi verificada a redução da diversidade no período de cheia (abril e novembro) em relação aos demais. Resultados semelhantes foram constatados por Lima (2002) em estudo realizado no rio Cuiabá e Kikuchi (2005) rio Tocantins. Pode-se verificar que no geral a fauna é característica de sistemas lóticos, principalmente com relação aos insetos adaptados à águas correntes e bem oxigenadas, como é o caso de algumas famílias de Trichoptera (Leptoceridae) e Ephemeroptera (Leptophlebiidae). No entanto, como a fauna foi coletada nas margens dos rios e córregos, alguns táxons mais adaptados a ambientes lênticos também foram coletados como é o caso de Bivalvia, o qual teve participação expressiva nos pontos P11 e P13. Gomphidae, apesar de ter baixa participação, também esteve presente na maioria dos pontos e períodos amostrados. Suas espécies preferem áreas de remanso e de velocidade de correnteza baixa, pois permitem maior acúmulo de detritos que são fonte de alimento das presas das larvas de Odonata (Ferreira-Peruquetti, 2006). As larvas de Chironomidae foram coletadas em todos os pontos e períodos (exceto pontos: P4 nos meses de abril e junho; P10 nos meses de junho e julho; P13 no mês de abril; P15 no mês de junho P17 no mês de julho) sempre com participação dominante. Isso confirma a sua ampla distribuição e importância nas comunidades bentônicas (Armitage et al., 1995). Os resultados demonstraram maiores densidades numéricas e riqueza taxonômica dos táxons representados pela subfamília Chironominae. Espécies de Chironomus apresentam pigmento respiratório hemoglobina e são bons indicadores de ambientes alterados, com baixa concentração de oxigênio dissolvido, neste estudo, foram observadas em valores maiores de densidade numérica no Ponto P5, que está bem preservado, mas as águas têm menor velocidade de correnteza, favorecendo a ocorrência da espécie. Representantes de Polypedilum também apresentam esse pigmento avermelhado e sua distribuição foi ampla nos pontos de coleta. Gêneros como Ablabesmyia, Djalmabatista (subfamília Tanypodinae) e Nanocladius (subfamília Orthocladiinae)
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V. III-520
tiveram alta frequência de ocorrência. Esta última subfamília é mais adaptada aos sistemas lóticos (Pinder, 1995) e mais sensíveis aos impactos antrópicos. Outro Diptera que se destacou pela sua alta frequência de ocorrência foi a família Ceratopogonidae. Nos pontos P5 e P13 foram coletados em maior número representantes da classe Oligochaeta e, no ponto P5, Hirudinea (Annelida), os quais possuem vários táxons descritos como tolerantes à poluição. Embora não tenham sido identificados em níveis taxonômicos inferiores as análises dos oligoquetos mostraram morfotipos diferentes entre os pontos de coleta. Esses anelídeos são conhecidos por ocuparem sistemas lênticos e algumas espécies pela tolerância a baixa concentração de oxigênio dissolvido (Johnson et al., 1993). A maioria dos oligoquetos vive em águas eutróficas, sobre fundo lodoso, outros vivem em águas tanto correntes como calmas com substrato pedregoso (Pérez, 1988). Os primeiros possuem gêneros que apresentam hemoglobina e conseguem graças à presença desse pigmento, viver no fundo de sistemas aquáticos quase desprovidos de oxigênio (Lindegaard, 1995). A presença desses grupos que podem ser considerados como indicadores de ambientes com qualidade regular ou ruim, os quais embora tenham contribuído para o aumento da diversidade nesses pontos, são indicativos da modificação da qualidade da água. Oligochaeta juntamente com Chironomidae, podem ser indicativos das condições de trofia do sistema. 4.3.4.5) Síntese dos Aspectos Relevantes Foram coletados 5.580 organismos nas campanhas de abril, junho, julho e novembro de 2009, pertencentes a 75 táxons, comparativamente aos anos de 2002 e 2007 (ANEXO 12), observa-se que este estudo apresentou maior densidade e diversidade, por outro lado, 11 taxa observados nos estudos anteriores não foram registrados em 2009, portanto, para a região do Alto rio Araguaia foram registrados 86 táxons de invertebrados bentônicos. Em 2009, a Classe Insecta constituiu o grupo de maior riqueza taxonômica para quase todos os pontos e períodos amostrados, sendo os mais representativos: Chironomidae, Ceratopogonidae (Diptera), Gomphidae (Odonata), Elmidae (Coleoptera) e Polycentropodidae (Trichoptera). Os demais grupos, com exceção de Annelida, tiveram baixa participação na comunidade, inferior a 4,0% da fauna total. Dentre os Annelida, destaca-se Oligochaeta, o qual teve 20,0% de participação total da fauna coletada em todos os pontos e períodos (Figura 4.3.4.5-1).
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V. III-521
60%20%
4%
3%3%
4%1% 4%1%
Chironomidae Oligochaeta Ceratopogonidae
Hirudinea Gomphidae Bivalvia
Elmidae Polycentropodidae Outros
Figura 4.3.4.5-1: Participação relativa da fauna total amostrados em abril, junho, julho e novembro de 2009, relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães.
Dentre as campanhas, a primeira (abril/2009) apresentou o menor valor de indivíduos coletados (866 indivíduos), provavelmente decorrente do período chuvoso (cheia), porém com riqueza taxonômica elevada (54 táxons). Nas campanhas de junho e julho/2009, houve aumento nos valores de número de indivíduos coletados (2.041 e 1.474 indivíduos, respectivamente). Na campanha de julho/2009, apesar de serem incluídos os pontos P19 e P20 (ambos pertencentes AID), esta apresentou o menor valor de riqueza taxonômica decorrente do domínio dos táxons Polypedilum, Oligochaeta e Chironomus. Na campanha de novembro/2009 houve uma queda no número de indivíduos, mas um crescimento da riqueza taxonômica (Quadro 4.3.4.5-1). Ressalta-se a supremacia das larvas de Chironomidae, as quais dominaram em todas as campanhas, totalizando 3.317 indivíduos pertencentes à 39 táxons. As mais representativas foram: Polypedilum, Tanytarsus, Gryptochironomus, Chironomus e Ablabesmyia (Figura 4.3.4.5-2)
Quadro 4.3.4.5-1 Número de indivíduos, Riqueza taxonômica e Abundância relativa dos invertebrados
bentônicos e % Chironomidae amostrados em abril, junho e julho de 2009, do AHE Couto Magalhães.
Índices Abril Junho Julho Novembro
Número de indivíduos 866 2041 1474 1199 Riqueza taxonômica 54 55 38 42 Abundância relativa 15,52 36,6 26,4 21,5 % Chironomidae 44,1 63,7 64,6 53,2
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V. III-522
0
100
200
300
400
500
600A
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
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ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ovA
brJu
nJu
lN
ov Jul
Nov Ju
lN
ov
P1 P2 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20
Fauna Total Total Chironomidae
Figura 4.3.4.5-2: Número de indivíduos da fauna total e de Chironomidae amostrados em abril, junho, julho e novembro de 2009, relativo ao empreendimento AHE Couto
Magalhães. Em um total de 68 coletas realizadas em abril, junho, julho e novembro de 2009, a riqueza taxonômica atingiu seu valor máximo na coleta de número 66. O resultado da curva coletora está representado pela Figura 4.3.4.5-3. Em relação ao Índice de Diversidade de Shannon verificou-se que a maioria das amostragens os valores estão no intervalo entre 1 e 2,5 ind.bits-1h, demonstrando que a região apresenta esta diversidade como padrão, destaca-se os pontos P5 e P6 que apresentaram os maiores valores, ambos situados na Área de Influência Indireta nos períodos de cheia (abril) e vazante (junho) e o ponto P10 localizado a jusante da cachoeira Couto de Magalhães, que apresentou por duas campanhas índice igual a zero (Figura 4.3.4.5-4).
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0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67
Número de coletas
Riq
ue
za t
ax
on
ôm
ica
Figura 4.3.4.5-3: Curva coletora da riqueza taxonômica dos invertebrados bentônicos amostrados em abril, junho, julho e novembro de 2009, relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães.
Diversidade de Shannon
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
Abr Jun
Jul
Nov
P1 P2 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19P20
Diversidade de Shannon
Figura 4.3.4.5-4: Índice de Diversidade de Shannon da fauna total amostrados em abril, junho, julho e novembro de 2009, relativo ao empreendimento AHE Couto Magalhães.
A análise de similaridade para todos os pontos e períodos amostrados apresentou apenas um agrupamento específico quanto às áreas de influência. Neste agrupamento verifica-se os pontos pertencentes à Área Diretamente Afetada (ADA) com maior similaridade nos períodos de junho e julho. As demais áreas ficaram arranjadas de acordo com a semelhança faunística nos períodos de junho e julho (Figura 4.3.4.5-5).
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V. III-524
Figura 4.3.4.5-6: Dendrograma de Similaridade de DICE entre os pontos de coleta relativo
ao empreendimento AHE Couto Magalhães em abril, junho, julho e novembro de 2009.
0 8 16 24 32 40 48 56 640
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Sim
ilarit
y
P10
Jun
P4A
brP
17Ju
lP
4Jun
P15
Jun
P6A
brP
18A
brP
8Abr
P9A
brP
14A
brP
1Abr
P9N
ovP
19N
ovP
20N
ovP
1Jun
P1J
ulP
15Ju
lP
2Jun
P17
Abr
P2N
ovP
13Ju
lP
14Ju
nP
17Ju
nP
16A
brP
8Nov
P4N
ovP
14N
ovP
13N
ovP
13A
brP
2Jul
P20
Jul
P6J
ulP
7Jul
P4J
ulP
16Ju
nP
11Ju
lP
11Ju
nP
16Ju
lP
8Jun
P9J
unP
7Nov
P18
Nov
P7J
unP
18Ju
nP
13Ju
nP
5Jun
P5N
ovP
5Jul
P9J
ulP
6Jun
P10
Abr
P6N
ovP
8Jul
P14
Jul
P5A
brP
10N
ovP
16N
ovP
11A
brP
15A
brP
19Ju
lP
18Ju
lP
7Abr
P11
Nov
P17
Nov
P1N
ovP
15N
ovP
2Abr
ADA
CONSÓRCIO ENER-REDE COUTO MAGALHÃES REDE COUTO MAGALHÃES ENERGIA S.A. ENERCOUTO S.A.
V. III-525
Em relação a dominância de taxa, observou-se que Oligochaeta (pontos P4, P5 e P13), Hirudinea (ponto P5), Chironomus (Ponto P5), Tanytarsus (ponto P5) e Polypedilum (pontos P5 e P7) tiveram densidades elevadas e podem ser considerados como dominantes nos respectivos pontos de coleta. Esses táxons (exceto Hirudinea) estão amplamente distribuídos com valores de densidade numérica variando do mais elevado ao mais baixo. Outros grupos também tiveram ampla distribuição espacial, no entanto com valores de densidade numérica considerados, neste estudo, baixos: Gomphidae (Odonata), Elmidae (Coleoptera), Baetidae (Ephemeroptera), Djalmabatista, Larsia, Cryptochironomus, Complexo Harnischia e Nanocladius (Chironomidae, Diptera). De modo geral, os resultados dos grupos funcionais de alimentação demonstraram baixa abundância relativa para os fragmentadores, sendo que os coletores tiveram abundância relativa superior a 40% (exceto para os pontos P4, P13 e P17) devido à alta densidade da subfamília Chironominae. Nos pontos P4 e P13 os filtradores tiveram maior participação devido a alta densidade de oligoquetos e no ponto P17 os predadores tiveram maior representatividade. A despeito do volume de amostras coletas (68 unidades) os resultados indicaram a presença maciça de determinados grupos animais tolerantes à poluição como é o caso de Oligochaeta, Hirudinea e alguns Chironomidae (Chironomus e Polypedilum). Por outro lado, grupos mais sensíveis como, por exemplo, alguns Ephemeroptera (Leptophlebiidae) e Trichoptera (Leptoceridae) estiveram restritos a poucos pontos, locais que provavelmente possuem uma melhor qualidade ambiental. Tanto os grupos sensíveis quanto os tolerantes poderão ser considerados indicadores ambientais a assim poderão servir de referência para futuros programas de monitoramento ambiental (Callisto et al., 2001; Thorne & Williams, 1997). Não foram constatados táxons endêmicos ou exóticos.
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V. III-526
4.3.4.6) Inventário Fotográfico
Metodologia
Foto 01:Coleta com draga de Van Veen
para bentos ou sedimento
Foto 02: Coleta de zoobentos, lavagem da
amostra com malha de 250 mm.