Construtivismo Na Sala de Aula

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Construtivismo na sala de aula A concepção construtivista não é, em sentido estrito, uma teoria mas um referencial onde os professores podem se guiar para solucionar determinadas situações. A concepção construtivista é utilizada como instrumento de análise educativa e uma ferramenta útil para tomar decisões inteligentes, inerentes ao planejamento, aplicação e avaliação do ensino. Esta concepção pode cumprir uma função que tem sido atribuída ao “pensamentos psicopedagógico” do professor. Estes pensamentos ou teorias tem fundamento empíricos e divergem na opnião de alguns autores com relação a sua utilidade em sala de aula. Alguns autores acham que deve haver um acordo quase perfeito entre teoria e prática, outros acham que a teoria serve como um referencial a partir do qual são identificados os problemas e articuladas suas soluções de maneira mais dialética e interativa. Os professores sendo influenciados pela prática cotidiana devem refletir sobre o que se faz e por que se faz tendo como referencial algo que os guiem e justifiquem sua atuação. Como sabemos que o ensino não é dado de maneira estática então os planos fechados raramente se adaptam às necessidades da situação, por isso precisamos teorias que sirvam de referenciais para contextualizar e priorizar metas e finalidades. Um assunto fundamental que não podemos perder de vista é a função social e socializadora da educação escolar e nem o fato de que a educação recebida pelo aluno é articulada em um contexto institucional que transende, embora não

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PEDAGOGIA - CONSTRUTIVISMO

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Construtivismo na sala de aula

Construtivismo na sala de aula

A concepo construtivista no , em sentido estrito, uma teoria mas um referencial onde os professores podem se guiar para solucionar determinadas situaes.

A concepo construtivista utilizada como instrumento de anlise educativa e uma ferramenta til para tomar decises inteligentes, inerentes ao planejamento, aplicao e avaliao do ensino.

Esta concepo pode cumprir uma funo que tem sido atribuda ao pensamentos psicopedaggico do professor.

Estes pensamentos ou teorias tem fundamento empricos e divergem na opnio de alguns autores com relao a sua utilidade em sala de aula. Alguns autores acham que deve haver um acordo quase perfeito entre teoria e prtica, outros acham que a teoria serve como um referencial a partir do qual so identificados os problemas e articuladas suas solues de maneira mais dialtica e interativa.

Os professores sendo influenciados pela prtica cotidiana devem refletir sobre o que se faz e por que se faz tendo como referencial algo que os guiem e justifiquem sua atuao.

Como sabemos que o ensino no dado de maneira esttica ento os planos fechados raramente se adaptam s necessidades da situao, por isso precisamos teorias que sirvam de referenciais para contextualizar e priorizar metas e finalidades.

Um assunto fundamental que no podemos perder de vista a funo social e socializadora da educao escolar e nem o fato de que a educao recebida pelo aluno articulada em um contexto institucional que transende, embora no ignore, a dimenso mais individual do ensino para integr-lo em um projeto educacional comum.

Ento a aprendizagem deve ser vista no s na dimenso individual como na dimenso social. Neste aspecto deve ser considerados os contedos de aprendizagem como produtos sociais e culturais, o professor como agente mediador entre indivduo e sociedade e o aluno como aprendiz social.

Tendo em vista esta funo da escola necessrio ter referenciais explicativos que fundamentem este princpio onde considerem o carter socializador do ensino e sua funo no desenvolvimento individual. Estes referenciais so necessrios para termos um ensino de qualidade.

Ensino de qualidade no ambiente institucional so aquelas que favorecem o bem-estar e o desenvolvimento geral dos alunos em suas dimenses sociais, de equilbrio pessoal e cognitivas.

Para se obter essa qualidade no ensino necessrio que a escola de condies, apoiando os professores, tendo o apoio dos pais na tarefa educacional da escola, professores que trabalham em equipe, entre outras coisas.

A concepo construtivista da aprendizagem e do ensino parte do fato bvio de que a escola torna acessveis aos seus alunos aspectos da cultura que so fundamentais para seu desenvolvimento pessoal, no s no carter cognitivo mas inclui tambm capacidades de equilbrio pessoal, de insero social, de relao interpessoal e motora. Esta concepo leva em conta que a aprendizagem fruto de uma construo pessoal, na qual os agentes culturais so imprescindveis para essa construo pessoal.

Esta construo do conhecimento se d a partir do momento em que o contedo a ser aprendido incorporado de modo que mais tarde possa ser utilizado pelo indivduo.

CURRCULO OCULTO A primeira pessoa a utilizar a expresso currculo oculto, foi Philip Jackson, um educador americano, em seu livro Life in Classrroms para referir-se s caractersticas estruturais da sala de aula que contribuam para o processo de socializao. Mas, a origem da noo de currculo oculto, anterior, pois temos em 1938 John Dewey referindo-se a uma aprendizagem colateral de atitudes que ocorre de modo simultneo ao currculo explcito.

Temos ento, que a idia de que o currculo escolar concretizado de duas maneiras, a explcita e formal, e a implcita e informal, no recente.

Segundo Giroux, todas as discusses em torno do papel implcito e explcito da escolarizao chegam a diferentes concluses, mas todos concordam que as escolas no ensinam os alunos apenas a ler, escrever, calcular, entre outros contedos, mas que elas so tambm agentes de socializao e sendo um espao social, tem um duplo currculo, o explcito e formal, e o oculto e informal.

O currculo oculto geralmente associado as mensagens de natureza afetiva, como atitudes e valores, porm no possvel separar os efeitos destas mensagens das de natureza cognitiva.

Logo, o currculo oculto est junto com as normas de comportamento social como as de concepes de conhecimentos, que so ligadas as experincias didticas.

O currculo oculto est oculto para o estudante, no qual h uma inteno oculta, que conhecida por quem a ocultou (o professor, o sistema, etc.).

Muitos professores no so conscientes do currculo oculto. Eles estabelecem o contrato didtico, o qual traduz os seus objetivos e no percebem que o currculo oculto subjacente ao contrato didtico.

Ou seja, o currculo oculto pode estar sendo utilizado na relao pedaggica sem que o professor perceba. Ele utiliza a sua experincia para transmitir o contedo da disciplina e esta experincia uma forma de currculo oculto.

Concluindo, currculo oculto alm de ser toda a caracterstica de uma sala de aula que proporciona a socializao, tambm a maneira como o professor ensina, todo a experincia que ele adquiriu ao longo de sua vida profissional,interfere no jeito de ensinar e isso faz com que ele saiba a melhor maneira de ensinar.

CONTRATO DIDTICO

Trata-se da relao professor/aluno/saber. Segundo Brousseau, o que caracteriza um contrato didtico o fato deste referir-se especificamente a um contedo.

O contrato didtico o conjunto de comportamentos do professor que so esperados pelo aluno e o conjunto de comportamentos do aluno que so esperados pelo professor. Nada mais do que expectativas, segundo Henry. Para ele o contrato renovado e adaptado por intermdio de alguma forma de negociao.

Os contratos didticos sofrem influncia dos contextos nos quais se estabelecem, j que a relao professor/aluno/saber sofre influncia de fatores externos.

Outra importante questo a ser citada a questo da ruptura contratual. Isso ocorre quando os indivduos envolvidos na relao (professore e alunos) manifestam uma conduta no declarada anteriormente, e dessa forma rompem o contrato. A partir disso, h uma nova normatizao, e portanto, um novo contrato estabelecido.

interessante colocarmos, que num primeiro momento, esse contrato, geralmente, aceito silenciosamente pelos alunos. Porm, a adeso pode ocorrer por meio de negociao. Alm disso, devem ser feitas consideraes na relao professor/aluno:

A negociao depende do nvel de ensino. Por exemplo, se no h negociao, temos o que podemos chamar de nvel mico.

A discusso sobre a autoridade do professor.