CONTABILIDADE FINANCEIRA - Introdução aos conceitos, métodos e aplicações

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CONTABILIDADE FINANCEIRA Tradução da 12 a edição norte-americana Clyde P. Stickney Roman L. Weil Introdução aos conceitos, métodos e aplicações

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O livro Contabilidade Financeira fixa o padrão em sua análise de conceitos, métodos e apli­cações da contabilidade. Ressalta os princípios fundamentais e as implicações de conceitos contábeis importantes. O entendimento destes conceitos permite que os temas relevantes sejam focalizados em situações novas e diferentes. Os procedimentos contábeis permitem que os alunos interpretem, analisem e avaliem as demonstrações financeiras publicadas. A obra inclui, também, ao preencher a lacuna entre a preparação das demonstrações finan­ceiras e sua aplicação em várias decisões, diversos problemas e exemplos, demonstrando as implicações do tratamento padrão e do alternativo. Trata-se de uma obra que transmite, com clareza, os conceitos fundamentais em que se baseiam as demonstrações financeiras e seus métodos.

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CONTABILIDADEFINANCEIRA

Tradução da 12a edição norte-americana

Clyde P. Stickney

Roman L. Weil

Clyde P. Stickney

Roman L. W

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O livro Contabilidade Financeira � xa o padrão em sua análise de conceitos, métodos e apli-cações da contabilidade. Ressalta os princípios fundamentais e as implicações de conceitos contábeis importantes. O entendimento destes conceitos permite que os temas relevantes sejam focalizados em situações novas e diferentes. Os procedimentos contábeis permitem que os alunos interpretem, analisem e avaliem as demonstrações � nanceiras publicadas. A obra inclui, também, ao preencher a lacuna entre a preparação das demonstrações � nan-ceiras e sua aplicação em várias decisões, diversos problemas e exemplos, demonstrando as implicações do tratamento padrão e do alternativo.

Trata-se de uma obra que transmite, com clareza, os conceitos fundamentais em que se baseiam as demonstrações � nanceiras e seus métodos.

Aplicações

Livro-texto para as disciplinas Introdução à Contabilidade, Contabilidade Geral e Finan-ceira nos cursos de Ciências Contábeis, Economia e Administração.

Outras Obras

Contabilidade Financeira José Nicolás Albuja Salazar e Gideon Carvalho de Benedicto

Fundamentos de Contabilidade – Aplicações Carl S. Warren, James M. Reeve, Jonathan E. Duchac e Clóvis Luís Padoveze

Fundamentos de Contabilidade – Princípios Carl S. Warren, James M. Reeve, Jonathan E. Duchac e Clóvis Luís Padoveze

Introdução à Contabilidade – com abordagem para não-contadores Clóvis Luís Padoveze

Matemática Aplicada à Administração, Economia e Contabilidade Afrânio Murolo e Giácomo Bonetto

Introdução aos conceitos, métodos e aplicações

CONTABILIDADEFINANCEIRA

Tradução da 12a edição norte-americana

Introdução aos conceitos, métodos e aplicações

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facmu12

Contabilidade FinanceiraTradução da 12a edição norte-americana

Introdução aos Conceitos, Métodos e Aplicações

Clyde P. Stickney Roman L. Weil Dartmouth College University of Chicago

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Contabilidade Financeira

Tradução da 12a edição norte-americana

Clyde P. Stickney

Roman L. Weil

Gerente Editorial: Patricia La Rosa

Editora de Desenvolvimento: Noelma Brocanelli

Supervisora de Produção Editorial: Fabiana Alencar

Albuquerque

Produtora Editorial: Monalisa Neves

Revisão: Shirley Figueiredo

Maria Alice da Costa

Copidesque: Elizabeth Griffi Mariano

Maria Aparecida Bessano

Título Original: Financial Accounting – An Introduction to

Concepts, Methods, and Uses – 12th edition

Diagramação: Elis Nunes / Casa de Ideias

Capa: Eduardo Bertolini

ISBN original: 0-324-381938-0

Revisores Técnicos: Primeira leitura

Renato Cecconello

(capítulos 01 ao 06)

José Nicolás Albuja Salazar

(capítulos 07 e 08)

Clóvis Luís Padoveze

(capítulos 09 ao 14)

Revisores Técnicos: Leitura final

José Nicolás Albuja Salazar

Tradução: Roberto Galman

(glossário, pretextuais, caps. 01 ao 05)

Ana Lúcia Soave da Silva

(caps. 06 ao 09)

Dircilene Fernandes Gonçalvez

(caps. 10 ao 12)

Fabio Larsson

(caps. 13 e 14, índice e apêndices)

© 2007, 2006 Cegange South-western, uma divisão da Cengange Learing Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empre-gados, sem a permissão, por escrito, da Editora.

Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Este livro tem material de apoio no site www.cengage.com.br. O material de apoio é uma cortesia para professores que adotam a obra e a indicam na ementa do curso.

Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39

Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para [email protected]

© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

ISBN-13: 978-85-221-0614-1ISBN-10: 85-221-0614-2

Cengage LearningCondomínio E-Business ParkRua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 04Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SPTel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901SAC: 0800-11 19 39

Para suas soluções de curso e aprendizado, visitewww.cengage.com.br

Impresso no Brasil.Printed in Brazil.12 131415 13 12 11 10

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Clyde P. Stickney

Roman L. Weil

Gerente Editorial: Patricia La Rosa

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Supervisora de Produção Editorial: Fabiana Alencar

Albuquerque

Produtora Editorial: Monalisa Neves

Revisão: Shirley Figueiredo

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Copidesque: Elizabeth Griffi Mariano

Maria Aparecida Bessano

Título Original: Financial Accounting – An Introduction to

Concepts, Methods, and Uses – 12th edition

Diagramação: Elis Nunes / Casa de Ideias

Capa: Eduardo Bertolini

ISBN original: 0-324-381938-0

Revisores Técnicos: Primeira leitura

Renato Cecconello

(capítulos 01 ao 06)

José Nicolás Albuja Salazar

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Clóvis Luís Padoveze

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Revisores Técnicos: Leitura final

José Nicolás Albuja Salazar

Tradução: Roberto Galman

(glossário, pretextuais, caps. 01 ao 05)

Ana Lúcia Soave da Silva

(caps. 06 ao 09)

Dircilene Fernandes Gonçalvez

(caps. 10 ao 12)

Fabio Larsson

(caps. 13 e 14, índice e apêndices)

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S U M Á R I O G E R A LParte Um Visão geral das demonstrações financeiras 1

CAPÍTULO 1 Introdução às atividades empresariais e visão geral das demons-trações financeiras e do processo de elaboração e apresentação 3

Parte Dois Conceitos e métodos contábeis 37

CAPÍTULO 2 Balanço patrimonial: apresentação dos investimentos e do financiamento de uma empresa 39

CAPÍTULO 3 Demonstração do resultado do exercício: relatório dos resultados das atividades operacionais 99

CAPÍTULO 4 Demonstração dos fluxos de caixa: efeitos das atividades operacionais, de investimentos e de financiamento sobre os fluxos de caixa 155

CAPÍTULO 5 Introdução à análise das demonstrações financeiras 209

Parte Três Mensuração e apresentação do ativo, passivo e patrimônio líquido usando princípios contábeis geralmente aceitos 273

CAPÍTULO 6 Reconhecimento da receita e de contas a receber 275

CAPÍTULO 7 Estoques: a fonte dos lucros operacionais 323

CAPÍTULO 8 Ativos tangíveis e intangíveis de longa vida: a fonte da capacidade operacional 367

CAPÍTULO 9 Passivo: introdução 415

CAPÍTULO 10 Passivo: financiamentos fora do balanço, arrendamento mercantil, imposto de renda diferido e benefícios de aposentadoria 471

CAPÍTULO 11 Títulos e valores mobiliários, negociáveis, derivativos e investimentos 513

CAPÍTULO 12 Patrimônio líquido: aumentos de capital, lucros e distribuições 571

Parte Quatro Síntese 629

CAPÍTULO 13 Demonstração dos fluxos de caixa: outra visão 631

CAPÍTULO 14 Síntese: importância e implicações dos princípios contábeis alternativos 669

Apêndice: Juros compostos: conceitos e aplicações 711

Tabela de juros compostos, acumulados e bônus 731

Índice Remissivo 737

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S U M Á R I OParte Um Visão geral das demonstrações financeiras 1 CAPÍTULO 1 Introdução às atividades empresariais e visão geral das demonstrações

financeiras e do processo de elaboração e apresentação 3

Visão geral das atividades empresariais 4 | Principais demonstrações financeiras 7 | Outros itens do relatório anual 15 | Problema 1.1 de autoavaliação 16 | Questões relaciona-das ao relatório financeiro 18 | O processo de elaboração e apresentação de relatórios nos Esta-dos Unidos 21 | Uma perspectiva internacional 22 | Resumo 24 | Solução do problema de autoavaliação 24 | Termos e conceitos-chave 26 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 26

Parte Dois Conceitos e métodos contábeis 37

CAPÍTULO 2 Balanço patrimonial: apresentação dos investimentos e do financiamento de uma empresa 39

Conceitos básicos 40 | Problema 2.1 de autoavaliação 46 | Problema 2.2 de autoavaliação 48 | Procedimentos contábeis para a preparação do balanço patrimonial 50 | Problema 2.3 de autoavaliação 51 | Problema 2.4 de autoavaliação 56 | Problema 2.5 de autoavaliação 58 | Títulos das contas do balanço patrimonial 59 | Problema 2.6 de autoavaliação 61 | Análise do balanço patrimonial 62 | Uma perspectiva internacional 65 | Resumo 69 | Apêndice 2.1: Uso de planilha eletrônica para registro de transações empresariais 69 | Problema 2.7 de autoavaliação 73 | Soluções dos problemas de autoavaliação 73 | Termos e conceitos-chave 79 | Questões, exercícios curtos, exercí-cios, problemas e casos 79

CAPÍTULO 3 Demonstração do resultado do exercício: relatório dos resultados das atividades operacionais 99

A convenção do período contábil 100 | Métodos contábeis para mensuração do desempe-nho 100 | Problema 3.1 de autoavaliação 105 | Princípios de mensuração do regime de com-petência 106 | Problema 3.2 de autoavaliação 109 | Procedimentos contábeis para prepara-ção da demonstração do resultado do exercício 109 | Problema 3.3 de autoavaliação 118 | Interpretação e análise da demonstração do resultado do exercício 120 | Resumo 122 | Apêndice 3.1: Uso de planilha para registrar transações empresariais 123 | Problema 3.4 de autoavaliação 127 | Soluções dos problemas de autoavaliação 128 | Termos e conceitos- -chave 134 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 134

CAPÍTULO 4 Demonstração dos fluxos de caixa: efeitos das atividades operacionais, de investimentos e de financiamento sobre os fluxos de caixa 155

Necessidade da demonstração dos fluxos de caixa 155 | Visão geral da demonstração dos fluxos de caixa 156 | Problema 4.1 de autoavaliação 161 | Preparação da demonstra-ção dos fluxos de caixa 161 | Problema 4.2 de autoavaliação 169 | Problema 4.3 de autoavaliação 173 | Uma perspectiva internacional 178 | Problema 4.4 de autoavalia-ção 178 | Uso de informações da demonstração dos fluxos de caixa 180 | Questões éticas e a demonstração dos fluxos de caixa 182 | Resumo 183 | Problema 4.5 de autoa-

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Sumário xiii

valiação 183 | Soluções dos problemas de autoavaliação 184 | Termos e concei-tos-chave 190 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 190

CAPÍTULO 5 Introdução à análise das demonstrações financeiras 209Objetivos da análise das demonstrações financeiras 210 | Análise da lucrativi-dade 213 | Problema 5.1 de autoavaliação 220 | Problema 5.2 de autoavalia-ção 227 | Análise de risco 228 | Problema 5.3 de autoavaliação 233 | Pro-blema 5.4 de autoavaliação 235 | Limitações da análise por índices 235 | Uma perspectiva internacional 236 | Resumo 236 | Problema 5.5 de autoava-liação 238 | Apêndice 5.1: Demonstrações financeiras projetadas e avalia-ção 239 | Soluções dos problemas de autoavaliação 250 | Termos e conceitos- -chave 252 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 253

Parte Três Mensuração e apresentação do ativo, passivo e patrimônio líqui-do usando princípios contábeis geralmente aceitos 273

CAPÍTULO 6 Reconhecimento da receita e de contas a receber 275O contexto do relatório financeiro 276 | Qualidade do lucro 277 | Revisão dos princípios de reconhecimento do lucro 279 | Aplicação dos princípios de reconhe-cimento do lucro 280 | Problema 6.1 de autoavaliação 281 | Reconhecimento da receita no momento da venda 282 | Problema 6.2 de autoavaliação 292 | Aná-lise da informação sobre contas a receber 294 | Reconhecimento da receita em momentos diferentes da venda 296 | Resumo ilustrativo de métodos de reconheci-mento do lucro 300 | Problema 6.3 de autoavaliação 300 | Formato e classifica-ção na demonstração do resultado do exercício 302 | Uma perspectiva internacio-nal 303 | Resumo 304 | Apêndice 6.1: Efeitos sobre a demonstração dos fluxos de caixa decorrentes de transações envolvendo contas a receber 304 | Soluções dos problemas de autoavaliação 305 | Termos e conceitos-chave 309 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 309

CAPÍTULO 7 Estoques: a fonte dos lucros operacionais 323Revisão dos fundamentos 324 | Tópico 1: custos incluídos no estoque 326 | Pro-blema 7.1 de autoavaliação 331 | Tópico 2: Avaliação subsequente à aquisi-ção 332 | Tópico 3: Pressuposições do fluxo de custo 333 | Problema 7.2 de autoavaliação 338 | Problema 7.3 de autoavaliação 341 | Análise das evidencia-ções do estoque 342 | Problema 7.4 de autoavaliação 344 | Uma perspectiva in-ternacional 346 | Resumo 346 | Problema 7.5 de autoavaliação 346 | Apêndice 7.1: Efeitos na demonstração dos fluxos de caixa das transações que envolvem esto-ques 347 | Soluções dos problemas de autoavaliação 348 | Termos e conceitos- -chave 351 | Questões, exercicíos curtos, exercicíos, problemas e casos 352

CAPÍTULO 8 Ativos tangíveis e intangíveis de longa vida: a fonte da capacidade operacional 367

Capitalização versus consumo imediato 368 | Medição de custo de aquisi-ção 372 | Problema 8.1 de autoavaliação 374 | Tratamento do custo de aquisição durante a vida útil do ativo 375 | Depreciação e amortização: concei-tos fundamentais 376 | Depreciação e amortização: medição 377 | Proble-ma 8.2 de autoavaliação 382 | Impacto de novas informações sobre os ativos de longa vida 384 | Problema 8.3 de autoavaliação 386 | Problema 8.4 de autoavaliação 387 | Problema 8.5 de autoavaliação 391 | Dar baixa nos ativos 392 | Apresentação da demonstração financeira 393 | Análise das evidenciações de ativos de longa vida nas demonstrações financeiras 394 | Pro-blema 8.6 de autoavaliação 397 | Uma perspectiva internacional 398 | Resu-

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xiv Sumário

mo 398 | Apêndice 8.1: Efeitos na demonstração de fluxos de caixa de transações que envolvem ativos de longa vida tangíveis e intangíveis 399 | Soluções dos problemas de autoavaliação 401 | Termos e conceitos-chave 403 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 404

CAPÍTULO 9 Passivo: introdução 415Conceitos básicos de passivo 416 | Passivo circulante 421 | Passivo de longo prazo 425 | Problema 9.1 de autoavaliação 425 | Problema 9.2 de autoavaliação 428 | Problema 9.3 de autoavaliação 432 | Problema 9.4 de autoavaliação 437 | Problema 9.5 de autoavaliação 444 | Resu-mo 448 | Apêndice 9.1: Efeitos de transações que envolvem exigíveis a longo prazo na demonstração dos fluxos de caixa 448 | Problema 9.6 de autoa-valiação 448 | Soluções dos problemas de autoavaliação 450 | Termos e conceitos-chave 460 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 460

CAPÍTULO 10 Passivo: financiamentos fora do balanço, arrendamento mercantil, imposto de renda diferido e benefícios de aposentadoria 471

Financiamentos fora do balanço 471 | Problema 10.1 de autoavalia-ção 474 | Arrendamento mercantil (leasing) 475 | Problema 10.2 de au-toavaliação 482 | Contabilização do imposto de renda e imposto de renda diferido 483 | Problema 10.3 de autoavaliação 486 | Problema 10.4 de autoa-valiação 488 | Planos de pensão e outras remunerações diferidas 491 | Remune-ração diferida: plano de saúde e outros benefícios 493 | Uma perspectiva interna-cional 493 | Resumo 493 | Apêndice 10.1: Efeitos das transações que envolvem passivos na demonstração dos fluxos de caixa 494 | Soluções dos problemas de autoavaliação 495 | Termos e conceitos-chave 501 | Questões, exercícios cur-tos, exercícios, problemas e casos 501

CAPÍTULO 11 Títulos e valores mobiliários negociáveis, derivativos e investimentos 513

Visão geral da contabilização e evidenciação dos investimentos em valores mobiliários 514 | Participação minoritária passiva 515 | Problema 11.1 de autoavaliação 517 | Problema 11.2 de autoavaliação 522 | Instrumen-tos derivativos 524 | Lidando com incerteza pelo uso de mensuração, não de reconhecimento 528 | Participação minoritária ativa 529 | Problema 11.3 de autoavaliação 532 | Participação majoritária ativa 533 | Problema 11.4 de autoavaliação 534 | Problema 11.5 de autoavaliação 540 | Uma perspectiva internacional 541 | Resumo 543 | Apêndice 11.1: Efeitos dos investimentos em títulos na demonstração de fluxos de caixa 543 | Soluções dos problemas de autoavaliação 546 | Termos e conceitos-chave 552 | Questões, exercícios curtos, exercícios, problemas e casos 553

CAPÍTULO 12 Patrimônio líquido: aumentos de capital, lucros e distribuições 571

Aumentos de capital 573 | Emissão de capital social 575 | Problema 12.1 de autoavaliação 583 | Distribuições corporativas 584 | Problema 12.2 de autoava-liação 587 | Demonstrando as transações de lucro 589 | Problema 12.3 de autoavaliação 589 | Lucros e valor contábil por ação 599 | Problema 12.4 de autoavaliação 599 | Uma perspectiva interna-cional 600 | Evidenciação das variações do patrimônio líquido 601 | Resu-mo 609 | Apêndice 12.1: Efeitos das transações envolvendo o patrimônio líquido sobre as demonstrações dos fluxos de caixa 609 | Soluções dos problemas de

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Sumário xv

autoavaliação 610 | Termos e conceitos-chave 615 | Questões, exercicíos curtos, exercícios, problemas e casos 615

Parte Quatro Síntese 629 CAPÍTULO 13 Demonstração dos fluxos de caixa: outra visão 631

Revisão dos conceitos fundamentais da demonstração dos fluxos de caixa 631 | Revisão dos procedimentos relativos às contas-T para a preparação da demons-tração dos fluxos de caixa 632 | Ilustração abrangente da demonstração dos fluxos de caixa 632 | Ilustração do método direto dos fluxos de caixa das opera-ções 648 | Interpretação da demonstração dos fluxos de caixa 649 | Problema 13.1 de autoavaliação 649 | Solução do problema de autoavaliação 650 | Pro-blemas e casos 652

CAPÍTULO 14 Síntese: importância e implicações dos princípios contábeis alternativos 669

Determinação de princípios contábeis aceitáveis 670 | Revisão dos PCGA 671 | Um exemplo dos efeitos dos princípios contábeis alternativos em um conjunto de demonstrações financeiras 676 | Avaliação dos efeitos dos princípios contábeis alternativos nas decisões de investimento 679 | Seleção, pela empresa, dos princípios contábeis alternativos 683 | Resumo 685 | Problema 14.1 de autoavaliação 685 | Solução do problema de autoavaliação 690 | Termos e conceitos-chave 694 | Questões, exercícios, problemas e casos 695

Apêndice: Juros compostos: conceitos e aplicações 711

Tabela de juros compostos, acumulados e bônus 731

Índice Remissivo 737

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PARTE UM

1facmu

12Visão geral das demonstrações financeiras

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CAPÍTULO

3

E nron. Global Crossing. WorldCom. Qwest Communication. Adelphia. Freddie Mac. A lista parece con-tinuar indefinidamente e identifica as companhias acusadas de apresentação de demonstrações financeiras

fraudulentas ou enganadoras em anos recentes. A alocação adequada de recursos em uma economia depende, no entanto, de informações confiáveis e relevantes sobre a lucratividade e o risco das empresas. Como saber se uma empresa “manipulou seus livros contábeis” visando a ludibriar os usuários de suas demonstrações financeiras? Que salvaguardas existem para minimizar o risco de tais truques financeiros?

Você está iniciando o estudo da contabilidade financeira. Aprenderá os conceitos importantes em que se baseiam as demonstrações financeiras, os princípios contábeis que as empresas adotam para medir os resultados de seus negócios e algumas ferramentas para analisar tais demonstrações. Examinará os julgamentos das empresas ao medir, elaborar e divulgar as atividades empresariais e a oportunidade que tais julgamentos proporcionam para distorcer os valores apresentados. Mantemos, ao longo deste estudo, a perspectiva de usuário de demonstrações financeiras. Pressupomos que você não se tornará um conta-dor ou mesmo um especialista na detecção de relatórios financeiros enganosos. Nossa meta consiste em

Objetivos de aprendizagem1. Desenvolver a compreensão das quatro

principais atividades das empresas: (a) estabelecimento de metas e estratégias, (b) obtenção de financiamento, (c) realização de investimentos e (d) condução das operações.

2. Desenvolver a compreensão da finalidade e do conteúdo das três principais demonstrações financeiras que as empresas preparam para avaliar e apresentar os resultados de suas principais atividades empresariais: (a) balanço patrimonial, (b) demonstração do resultado do exercício e (c) demonstração dos fluxos de caixa.

3. Desenvolver sensibilidade para a elaboração e apresentação de relatórios financeiros, incluindo: (a) potenciais conflitos que confrontem o próprio interesse dos dirigentes na segurança do emprego e nas oportunidades de carreira e sua responsabilidade perante os acionistas, (b) métodos alternativos para fixação de padrões de medição contábil e apresentação de demonstrações financeiras e (c) o papel da auditoria independente das demonstrações financeiras da empresa.

4. Desenvolver sensibilidade para temas éticos na elaboração e apresentação de relatórios financeiros, usando um marco conceitual para a análise de questões éticas.

Introdução às atividades empresariais e visão geral das demonstrações financeiras e do processo de elaboração e apresentação

1

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4 Contabilidade Financeira

proporcionar-lhe uma compreensão suficiente dos métodos, conceitos e usos das demonstrações financeiras, para que você possa usar eficazmente os dados contábeis. Também descrevemos iniciativas recentes de ordem legal para aperfeiçoar a qualidade das informações financeiras e reduzir o risco de abusos na preparação e apresenta-ção das demonstrações.

Este capítulo fornece uma visão geral de todo o livro. Iniciamos estudando como uma empresa típica realiza suas atividades. Veremos, em seguida, o modo como ela mede os resultados dessas atividades e os apresenta nas demonstrações financeiras. Passamos, então, a discutir temas sobre o processo de elaboração e apresentação dessas demonstrações. Os conceitos aqui introduzidos serão cobertos em maior profundidade nos capítulos subsequentes. Neste ponto de nosso estudo da contabilidade financeira, você não compreen-derá integralmente todos os conceitos, termos e expressões discutidos no capítulo. Conforme o título sugere, introduzimos o quadro amplo dos conceitos, métodos e usos a ser discutidos posteriormente.

Visão gera l das at iv idades empresar ia is

As empresas elaboram demonstrações financeiras para vários usuários externos: proprietários, financiadores, auto-ridades reguladoras e empregados. Essas demonstrações tentam apresentar informações significativas sobre as ativi-dades de uma empresa. Entendê-las requer uma compreensão das atividades empresariais que tentam retratar.

Exemplo 1 O Walmart Stores, Inc. (Walmart) é a maior empresa de varejo no mundo. A organização enfatiza uma estratégia de preços baixos todos os dias e opera por meio de três principais conceitos de canal varejista:

Lojas Walmart: lojas de departamento com preços baixos, que oferecem vestuário, utensílios domésticos, pro-dutos farmacêuticos, cosméticos, artigos esportivos e itens similares.

Supercenter Walmart: supermercados de linha completa, que oferecem produtos de alimentação em combina-ção com os artigos vendidos nas lojas Walmart tradicionais.

Sam’s Clubs: lojas de grande porte, somente para associados, que oferecem alimentos, utilidades domésticas, peças e acessórios automobilísticos, produtos eletrônicos, artigos esportivos e outros produtos em grandes quanti-dades (por exemplo, diversas unidades de creme dental) ou embalagens contendo produtos a preço de atacado.

As seções a seguir descrevem algumas das atividades mais importantes que os dirigentes de empresas como o Walmart precisam entender.

ESTABELECIMENTO DE METAS E ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS

Os objetivos de uma empresa fixam os alvos ou os resultados finais para os quais ela direciona seus esforços. As estratégias estabelecem os meios para atingir esses objetivos. Tais objetivos e estratégias são fixados em função do ambiente econômico, institucional e cultural no qual a empresa pretende operar. Ela poderia, por exemplo, fixar metas para:

• maximizar o retorno do investimento para os proprietários;• proporcionar um ambiente de trabalho estimulante para os empregados, estável e para toda a vida;• contribuir para a empresa integrar-se com metas e políticas do governo.

A administração estabelece estratégias para a empresa como um todo. Ela poderia, por exemplo, optar por ope-rar em um único setor ou em vários. Poderia atuar de forma integrada para trás, na produção de matérias-primas ou para a frente, na distribuição de produtos aos clientes. Poderia atuar somente nos Estados Unidos ou também em outros países.

A administração também cria estratégias para cada unidade de negócios ou produto. Uma empresa pode-ria, por exemplo, tentar encontrar um nicho para cada um de seus produtos. Tal estratégia poderia permi-tir que ela obtivesse preços de venda favoráveis em relação aos concorrentes, a fim de poder repassar os aumentos de custo aos clientes. A terminologia usual das empresas refere-se a isso como estratégia de dife-renciação do produto. Alternativamente, a empresa poderia optar, sobretudo, por maximizar o controle de custos e empenhar-se para ser a produtora com menor custo no setor. Tal estratégia poderia permitir-lhe cobrar agressivamente preços baixos e gerar grandes volumes de venda. A terminologia refere-se a isso como estratégia de liderança em baixo custo, que é adotada pelo Walmart. Alguns produtos se adaptam mais naturalmente a uma ou outra estratégia, ao passo que a empresa poderia seguir uma ou ambas para outros produtos.

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Introdução às atividades empresariais 5

A empresa, ao estabelecer metas e estratégias, precisa levar em conta fatores externos como os seguintes:

1. Quem são os concorrentes e quais objetivos e estratégias adotam?2. Que barreiras, como patentes ou grandes investimentos em fábricas e equipamentos, poderiam impedir a entrada

de novas empresas no setor? Ou as barreiras à entrada são reduzidas?3. A demanda por produtos no setor está aumentando rapidamente, como para softwares de aplicação na internet

ou produtos de biotecnologia, ou é relativamente estável, como a demanda por alimentos?4. A indústria está sujeita à regulamentação governamental, como no caso dos produtos alimentícios e produtos

farmacêuticos, ou não há regulação, conforme ocorre com artigos de vestuário e toalhas de papel?

O Walmart e outras empresas de capital aberto mantêm um objetivo comum: aumentar o valor da empresa e o patrimônio dos proprietários. O Walmart, provavelmente, adota outros objetivos, como proporcionar o desenvol-vimento e o bem-estar contínuos dos empregados e contribuir para as necessidades da comunidade. Seu relatório anual aos acionistas indica que as estratégias para alcançar essas metas incluem o seguinte:

1. O Walmart continuará a converter as lojas existentes em supercentros e inaugurará outros novos, para ensejar que os clientes façam as compras em um único local e obter eficiência na distribuição, estocagem e propa-ganda dos produtos.

2. O Walmart se expandirá para outros países, principalmente por meio da aquisição de redes varejistas existen-tes, em vez de inaugurar novas lojas próprias. Ele instalará, em seguida, seus sistemas de informação, compras e distribuição nessas redes, visando agregar valor pela redução de custos.

3. O Walmart abrirá pequenos armazéns em bairros com muito baixa densidade demográfica para justificar um supercentro.

OBTENÇÃO DE FINANCIAMENTO

Antes que o Walmart possa implementar essas estratégias de crescimento e expansão, ele precisa obter o finan-ciamento necessário. As atividades de financiamento envolvem a obtenção de fundos de duas fontes principais: proprietários e credores.

Proprietários Os proprietários proveem fundos para uma empresa e, em retorno, recebem alguma prova do investimento realizado. Para uma sociedade por ações, as ações ordinárias fornecem prova do investimento, e os proprietários são denominados acionistas.1 A empresa não2 precisa fazer a devolução do investimento aos pro-prietários em data futura específica. Em vez disso, eles recebem remunerações denominadas dividendos, que a empresa pagará somente quando decidir fazê-lo. Os proprietários também detêm direitos com relação a todos os aumentos de valor da empresa resultantes de operações lucrativas futuras.

Credores Os credores proporcionam fundos, porém, ao contrário dos proprietários, exigem que a empresa os devolva, geralmente acrescidos de juros, em montantes específicos, em datas preestabelecidas. Varia o intervalo de tempo que decorre até a liquidação final.

Os credores de dívidas de longo prazo podem prover fundos e não exigir pagamento durante 20 anos ou mais. Um título de dívida, normalmente, constitui prova de tais empréstimos. Em um contrato de emissão de título de dívida, a companhia financiada promete realizar pagamentos aos credores em datas específicas no futuro, alguns dos quais representam juros sobre as quantias emprestadas e outros, pagamentos do montante emprestado.

Os bancos, em geral, emprestam para períodos entre alguns meses e vários anos. Um título, pelo qual a compa-nhia financiada se compromete a pagar a quantia emprestada mais juros em alguma data futura, oferece prova de um empréstimo bancário.

Os fornecedores de matérias-primas ou de mercadorias nem sempre se consideram provedores de fundos para uma empresa. Quando, no entanto, vendem matérias-primas ou mercadorias, mas não exigem pagamento antes de 30 dias, implicitamente proveem fundos – a empresa as recebe agora, mas somente precisa pagar em data futura. De modo aná-logo, funcionários que recebem quinzenal ou mensalmente ou órgãos governamentais que exigem somente recolhimen-tos mensais ou trimestrais de impostos e contribuições proveem fundos ao não requerer pagamento horário ou diário.

Cada empresa tomará suas próprias decisões de financiamento, escolhendo a proporção de fundos que obterá de proprietários e credores de fundos de curto e longo prazos. Os cursos de finanças corporativas cobrem tais decisões de financiamento.

1 Quando uma empresa opera como sociedade limitada, seus proprietários são os sócios da entidade. Quando uma empresa opera como firma individual, existe somente um proprietário. Este livro se concentra na sociedade por ações como forma de pessoa jurídica.

2 Os recursos aplicados em uma empresa podem ser de origem própria ou de terceiros. A contabilidade distingue essas duas fontes como “Passivel não Circulante” e “Passivel Circulante”, respectivamente. Isto é, os credores externos podem exigir o dinheiro empres-tado à empresa por ocasião de seu vencimento, entretanto os acionistas não têm esse direito. Em caso de falência, os acionistas per-dem o capital investido, por isso identificado como Passivo não Circulante. (NT)

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6 Contabilidade Financeira

REALIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS

Após uma empresa obter fundos, geralmente os investe para realizar suas atividades. Tais atividades de investi-mento envolvem adquirir alguns dos seguintes itens:

1. Terreno, edificações e equipamento. Esses investimentos, que oferecem a uma empresa a capacidade para fabricar e vender seus produtos, em geral, levam anos para proporcionar todos os serviços potenciais para os quais foram adquiridos.

2. Patentes, licenças e outros direitos contratuais. Esses investimentos permitem que uma empresa conquiste o direito legal de utilizar certas propriedades ou processos na execução de suas atividades.

3. Ações ordinárias ou títulos de dívida de outras empresas. Uma empresa pode adquirir ações ou títulos de dívida de outra (tornando-se, desse modo, um de seus proprietários ou credores). Ela pode adquirir esses papéis e mantê-los em carteira durante alguns meses, usando um excesso de caixa temporário, ou investir neles, tendo em vista uma finalidade a longo prazo, como assegurar uma fonte de suprimento de matérias- -primas críticas ou obter acesso a uma tecnologia emergente.

4. Estoques. Uma empresa precisa manter um estoque de produtos para venda, a fim de satisfazer as necessidades dos clientes à medida que surgirem. Ela, normalmente, não investe em itens de estoque específicos durante muito tempo, pois logo os venderá aos clientes. Em virtude de as empresas necessitarem ter disponível, pelo menos, pequenas quantidades de estoque, sempre precisam investir nele uma parte de seus fundos.

5. Contas a receber dos clientes. Quando uma empresa vende seus produtos, mas não exige o pagamento imediato, ela provê fundos a seus clientes, no sentido de poupá-los de precisar obtê-los prontamente para pagar as compras. Ter em aberto certo valor de contas a receber pode ser de grande interesse para a empresa se, atuando desse modo, aumenta as vendas e os lucros. Ao conceder crédito aos clientes, ela abriu mão de receber à vista os valores devidos, porém, caso não tivesse vendido a prazo, poderia não ter realizado as vendas. Ao mesmo tempo em que a empresa posterga o recebimento de fundos necessários devidos por seus clientes, ela precisa obtê-los de outra fonte. Portanto, manter em carteira contas a receber implica que, à medida que a empresa precisar de caixa, deverá conseguir recursos de outras fontes. Manter contas a receber em aberto, nesse sentido, imobiliza recursos.

6. Caixa. A maioria das empresas deixará uma parte de seus fundos depositados em contas-correntes bancárias, para poder pagar as contas de curto prazo. Sistemas de gerenciamento de caixa sofisticados conseguem manter esses saldos em um patamar reduzido.

Cursos de contabilidade gerencial e de finanças corporativas abordam técnicas que as empresas usam para tomar decisões de investimento.

REALIZANDO AS OPERAÇÕES

Uma empresa obtém financiamento e investe os fundos em várias atividades para gerar rendimentos. As ativida-des operacionais incluem:

1. Compras. O departamento de compras de uma empresa comercial adquire os produtos necessários para suas lojas varejistas. O de uma empresa industrial adquire matérias-primas necessárias para a fabricação.

2. Produção. O departamento de produção de uma indústria combina matérias-primas, mão de obra e outros insumos industriais para fabricar produtos. Uma empresa que provê serviços combina mão de obra com outros insumos para criar seu produto.

3. Marketing. O departamento de marketing supervisiona a venda e a distribuição dos produtos aos clientes de uma empresa.

4. Administração. A atividade administrativa de uma empresa apoia os departamentos de compras, produção, marketing e outros departamentos operacionais. As atividades administrativas incluem processamento de dados, assessoria jurídica, pesquisa e desenvolvimento e outros serviços de suporte.

Cursos de contabilidade gerencial, marketing e produção abordam os conteúdos apropriados para a tomada de decisões operacionais.

RESUMO DAS ATIVIDADES EMPRESARIAIS

A Figura 1.1 resume as principais atividades empresariais discutidas nesta seção. Elas aparecem como engrenagens interconectadas que precisam se mover simultaneamente, para que uma empresa obtenha sucesso. A Figura 1.1 também mostra a relação dessas atividades empresariais com as três principais demonstrações financeiras, um tópico discutido na próxima seção.

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Introdução às atividades empresariais 7

Princ ipa is demonstrações f inanceiras

As empresas, normalmente, comunicam os resultados de suas atividades empresariais por meio do relató-rio anual aos acionistas. (Veja o relatório anual do Walmart no site www.Walmart.com) O relatório anual inicia, em geral, com uma mensagem do presidente do conselho de administração e do principal executivo (CEO) da empresa, resumindo as atividades do último exercício e avaliando as perspectivas para o próximo ano. Descrições e fotografias dos produtos, das instalações e dos empregados, normalmente, também são incluídas no relatório. A Análise Gerencial dos Resultados constitui uma seção importante do relatório anual, em que os dirigentes comentam as razões para as mudanças na lucratividade e nos fatores de risco durante o último ano. A seção final do relatório traz as demonstrações financeiras e as informações suple-mentares da empresa, incluindo:

1. Balanço patrimonial.2. Demonstração do resultado do exercício.3. Demonstração dos fluxos de caixa.4. Notas explicativas às demonstrações financeiras, incluindo vários quadros com detalhes.5. Parecer dos auditores independentes.

As próximas seções deste capítulo discutem resumidamente cada um desses cinco itens.

BALANÇO PATRIMONIAL

Um usuário de demonstrações financeiras poderia formular a seguinte pergunta: qual é a posição financeira ou a solidez financeira de uma empresa? O balanço patrimonial tenta responder a essa pergunta apresentando a fotografia instantânea de um momento no tempo dos resultados das atividades de investimento e financiamento da empresa. O Quadro 1.1 fornece uma comparação entre o balanço patrimonial do Walmart em 31 de janeiro do Ano 13 e um de 31 de janeiro do Ano 14. As empresas, habitualmente, apresentam o balanço patrimonial corres-pondente ao início e ao término de seu exercício mais recente. Observe seus vários aspectos.

FIGURA 1.1 Visão Geral das Atividades Empresariais

FatoresAmbientais

Objetivos e Estratégias

Corpora-tivas

Investi-mento

Financia-mento

Dem onstração dos Fluxos de Caixa

Operações Dem onstração do Resultado do Exercício

Balanço Patrim onial

Balanço Patrim onial

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8 Contabilidade Financeira

Fotografia instantânea em um momento do tempo O balanço patrimonial apresenta os investimentos e financiamentos de uma empresa em uma data específica (31 de janeiro do Ano 13 e 31 de janeiro do Ano 14 para o Walmart). Essa fotografia instantânea permite ao usuário comparar os tipos de investimentos feitos e a forma como a empresa os financiou no período apresentado. PCGAe ressaltar, entretanto, que a posição financeira da empresa em outras ocasiões durante o ano pode diferir substancialmente da indicada nesse instantâneo específico.

Conceito de ativo, passivo e patrimônio líquido dos acionistas ordinários o balanço patrimo-nial apresenta uma relação dos ativos, dos passivos e dos itens do patrimônio líquido de uma empresa.

Ativos são recursos econômicos com capacidade ou potencial para oferecer benefícios futuros a uma empresa. O Walmart, por exemplo, pode usar caixa para comprar estoques, novas lojas e equipamentos. A empresa pode vender estoques a clientes por quantias que ela espera proporcionarem resultados positivos. O Walmart pode usar equipamentos para transportar estoques dos armazéns para suas lojas de varejo.

Passivos são direitos dos credores sobre os ativos de uma empresa e indicam algumas das fontes que a enti-dade usa para adquirir os ativos.

• O Walmart comprou de seus fornecedores estoques de mercadorias, porém, não pagou por essas aquisições. Como resultado, esses credores proveram fundos à empresa e detêm direitos sobre os ativos. Em contrapar-tida, o Walmart inclui em Contas a Pagar suas obrigações com fornecedores.

• Os empregados prestaram serviços para os quais o Walmart não pagou em 31 de janeiro do Ano 13 e 31 de janeiro do Ano 14. Esses colaboradores, igualmente, proporcionaram fundos à empresa e detêm direitos sobre os ativos. O Walmart inclui em Outros Passivos Circulantes as obrigações que mantêm com os empregados.

QUADRO 1.1 WALMART STORES, INC.Balanços Patrimoniais Comparativos (valores em milhões)

31 de janeiro

Ano 13 Ano 14

ATIVO

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.758 $ 5.199

Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.108 1.254

Estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24,891 26.612

Pagamentos Antecipados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 726 1.176

Ativo Circulante Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.483 $ 34.241

Imobilizado (líquido) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56.492 63.648

Outros Ativos Não Circulantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.298 12.141

Ativo total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 99.273 $ 110.030

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Fornecedores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 17.140 $ 19.332

Títulos a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.079 3.267

Parcela de Curto Prazo das Dívidas de Longo Prazo . . . . . . . . . . . . . . 4.714 3.100

Outros Passivos Circulantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.684 11.719

Passivo Circulante Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 32.617 $ 37.418

Empréstimos de Longo Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.196 25.573

Outros Passivos Não Circulantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.123 3.416

Passivo Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 59.936 $ 66.407

Ações Ordinárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.922 $ 2.566

Lucros Acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37.415 41.057

Patrimônio Líquido Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 39.337 $ 43.623

Passivo Total mais Patrimônio Líquido Total . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 99.273 $ 110.030

APRESENTAÇÃO DOS VALORES EM UM MOMENTO NO TEMPO

INVESTIMENTOS

ATIVOS UTILIZADOS OU TRANSFORMADOS EM CAIXA NO INTERVALO DE UM ANO

ATIVOS UTILIZADOS OU TRANSFORMADOS EM CAIXA APÓS UM ANO

FINANCIAMENTO

RECURSOS

PASSIVOS QUE REQUEREM PAGAMENTO NO INTERVA-LO DE UM ANO

PASSIVOS QUE REQUE-REM PAGAMENTO APÓS UM ANO

MONTANTES CONTRIBUÍ-DOS PELOS ACIONISTAS OU ACUMULADOS EM SEU BENEFÍCIO

FONTES DE RECURSOS E DIREITOS DE TERCEIROS

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Introdução às atividades empresariais 9

Os direitos dos credores, ou passivos, resultam de uma empresa ter recebido previamente benefícios (caixa, estoques, trabalho dos empregados) pelos quais precisa pagar quantias específicas em datas específ icas.

O patrimônio líquido dos acionistas ordinários indica os fundos que os proprietários proveram e, paralela-mente, seus direitos sobre os ativos de uma empresa. Os proprietários, ao contrário dos credores, têm direito somente sobre o valor dos ativos que excedem àqueles exigidos para atender aos direitos dos credores. O patri-mônio líquido, geralmente, inclui duas partes: capital integralizado e lucros acumulados. O capital integralizado reflete os fundos investidos pelos acionistas no capital social da empresa. Em 31 de janeiro do Ano 14, os proprie-tários haviam integralizado US$ 2.566 milhões em termos de ações ordinárias do Walmart.

Os lucros acumulados* representam uma fonte de recursos que a empresa tem, a partir dos lucros que exce-dem os dividendos distribuídos aos acionistas desde sua incorporação. Quando uma empresa é lucrativa, gera novos ativos e pode distribuí-los aos proprietários na forma de dividendos. A empresa, na extensão em que mantém os novos ativos, possui lucros acumulados. A designação Lucros Acumulados no patrimônio líquido mostra a fonte dos recursos reinvestidos pelos dirigentes em benefício dos acionistas e seus direitos sobre esses ativos. A administração tenta direcionar o uso dos ativos de uma empresa de modo a gerar resultados positivos ao longo do tempo, isto é, gerar mais ativos do que consome nas operações. O aumento do ativo, após o pagamento das dívidas, pertence aos acionistas. Em 31 de janeiro do Ano 14, o lucro acumulado do Walmart indica um total de US$ 41.057 milhões. Um valor de ativos igual ao dos lucros acumulados não aparece em nenhuma linha do balanço patrimonial do Walmart. A empresa usou o caixa gerado pela retenção de lucros para adquirir estoques, novas lojas, equipamentos e outros ativos, em vez de pagar dividendos aos acionistas. De modo geral, empresas de sucesso utilizam grande parte dos lucros obtidos reinvestindo em ativos e no crescimento, em vez de distribuí-los como dividendos aos acionistas.

Igualdade entre ativo e passivo mais patrimônio líquido Conforme indica o balanço patrimonial do Walmart, o ativo é igual ao passivo mais o patrimônio líquido.

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

Uma empresa investe cada unidade monetária de recurso que obtém de suas fontes de financiamento. O balanço patrimonial encara os mesmos recursos de dois pontos de vista: como uma relação de ativos (bens e direitos) que a empresa possui e como uma relação das partes (credores e proprietários) que proveram os fundos e, portanto, detêm direitos sobre esses ativos:

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

ou

Investimentos = Financiamentos Recursos = Fontes de Recursos Recursos = Direitos sobre os Recursos

O mix de ativo (isto é, a proporção dos ativos totais representada por contas a receber, estoques, equipamentos e outros ativos, respectivamente) reflete as decisões de investimento de uma empresa; o mix de passivo e patrimô-nio líquido reflete as decisões de financiamento. Ambas são avaliadas e medidas em um momento específico.

Classificação no balanço patrimonial O balanço patrimonial classifica ativos e passivos em circulantes ou não circulantes.

Ativos circulantes incluem caixa e ativos que a empresa espera transformar em caixa, vender ou consumir no intervalo de aproximadamente um ano da data do balanço patrimonial. Caixa, investimentos temporários em títu-los, contas a receber de clientes e estoques são os ativos circulantes mais comuns. Passivos circulantes represen-tam obrigações que uma empresa espera pagar no prazo de até um ano. Exemplos são notas promissórias devidas a bancos, contas a pagar a fornecedores e impostos a pagar.

Ativos não circulantes, normalmente mantidos durante diversos anos, incluem imobilizados (terrenos, prédios, equipamentos), patentes e investimentos em valores mobiliários de longo prazo. Passivos não circulantes e patri-mônio líquido são as fontes de fundos da empresa a prazo mais longo.

Valores dos itens do balanço patrimonial Itens de ativo, passivo e patrimônio líquido aparecem no balanço em valores monetários. Os contadores calculam os valores adotando uma de duas bases conceituais: (1) a avaliação histórica, que reflete o custo de aquisição dos ativos ou os montantes de fundos obtidos originalmente

* No Brasil, a Lei 11.638/07, de dezembro de 2007, alterou a estrutura do balanço patrimonial para as sociedades por ações (S/A ou empresas de capital aberto) e a conta “Lucros Acumulados” não pode ficar com saldo positivo. A lei exige que todo resultado positivo seja destinado a dividendos ou transferido para reservas próprias de lucros. Assim, ou fica o valor zero (que não figura no balanço) ou fica valor negativo sob a denominação “Prejuízos Acumulados”. Para as sociedades limitadas, o saldo pode permanecer na conta e figurar no balanço patrimonial. (NRT)

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10 Contabilidade Financeira

de credores ou proprietários, ou (2) a avaliação corrente, que reflete o custo corrente de aquisição de ativos ou o valor de mercado corrente dos direitos de credores e acionistas sobre os ativos de uma empresa. Conforme exami-nado no Capítulo 2, os contadores podem verificar de modo mais fácil as avaliações históricas e discordarão com menos frequência quanto a seus montantes, ao passo que os usuários de demonstrações financeiras, provavelmente, consideram as avaliações correntes mais relevantes para tomar decisões. Certificar-se das avaliações correntes requer, no entanto, maior subjetividade do que verificar os custos históricos.

O balanço patrimonial indica caixa como o montante disponível na empresa ou depositado em bancos (ava-liação corrente). Contas a receber aparecem como o montante de caixa que a empresa espera cobrar de clientes (muitas vezes, próximo da avaliação corrente). Passivos, geralmente, aparecem pelo valor presente do caixa exi-gido para pagá-los.

Os ativos remanescentes aparecem pelo custo de aquisição ou por um custo de aquisição menos a depreciação* ou a amortização acumulada (avaliação histórica). Estoques e terrenos, por exemplo, em geral aparecem pelo montante de caixa ou de outros recursos que a empresa despendeu originalmente para adquirir ativos. Prédios, equipamentos e patentes aparecem pelo custo de aquisição, ajustado para menos, a fim de refletir a parcela dos serviços dos ativos que a empresa usou desde a aquisição.3

Ações ordinárias aparecem pelo valor investido pelos proprietários por ocasião da emissão das ações (avalia-ção histórica). Lucros acumulados indicam a soma dos lucros que excedem os dividendos em todos os anos ante-riores (uma combinação entre avaliação histórica e corrente). Os Capítulos 3 e 12 discutem mais detalhadamente a avaliação, ou o cálculo, dos lucros acumulados.

Análise do balanço patrimonial As empresas, normalmente, financiam os ativos circulantes por meio dos passivos circulantes, e os ativos não circulantes por meio de empréstimos de longo prazo e fontes próprias. De modo geral, passivos circulantes devem ser pagos no prazo de até um ano; ativos circulantes, comumente, convertem-se em caixa no período de até um ano. As empresas podem usar esse fluxo de caixa de curto prazo para pagar passivos circulantes. Os passivos de longo prazo exigem pagamento ao longo de alguns anos. Os ativos não circulantes, como prédios e equipamentos, geram fluxos de caixa que se estendem por períodos mais longos e podem ser utilizados para pagar passivos não circulantes, à medida que ocorrem os vencimentos. As empresas, geralmente, não devem financiar ativos não circulantes valendo-se de passivos circulantes. Os ativos não circu-lantes não geram caixa com rapidez suficiente para a liquidação de dívidas com prazo de até um ano. O balanço patrimonial do Walmart em 31 de janeiro do Ano 14 revela o seguinte:

Ativos Circulantes . . . . . . . . . . $ 34.241 Passivos Circulantes . . . . . . . . . $ 37.418

Passivos Não Circulantes e

Ativos Não Circulantes . . . . . . . 75.789 Patrimônio Líquido . . . . . . . . . 72.612

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 110.030 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 110.030

Portanto, o Walmart usou financiamento de curto prazo para obter fundos aproximadamente iguais a seus ati-vos circulantes e usa financiamento de longo prazo em um valor aproximadamente igual a seus ativos não circu-lantes. Os passivos circulantes excedem os ativos circulantes, uma relação incomum. Os Capítulos 2 e 5 discutem mais detalhadamente a saúde financeira de uma empresa, a partir da análise do balanço patrimonial.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Outra pergunta que um usuário de demonstrações financeiras poderia formular é: quão lucrativa é a empresa? A segunda demonstração financeira importante, a demonstração do resultado do exercício, tenta responder a essa pergunta. O Quadro 1.2 mostra o resultado do Walmart para os anos 12, 13 e 14 findos em 31 de janeiro. Essa demonstração indica o lucro líquido ou o rendimento para esses períodos. O lucro líquido é igual a receitas menos despesas. Uma análise das receitas e despesas permite ao usuário entender por que a lucratividade de uma empresa se altera ao longo do tempo e como difere da de outras empresas. Observe diversos aspectos da demons-tração do resultado do exercício.

3 Algumas vezes, os valores no balanço patrimonial, correspondentes a estoques, imobilizados (prédios, terenos, equipamentos e paten-tes, refletem montantes menores que o custo histórico, quando esses itens diminuem de valor após a empresa adquiri-los. Capítulos posteriores discutem essas exceções, denominadas desvalorizações do ativo.

* No Brasil, em conformidade com a Lei 11.638/07, as depreciações deverão ser apuradas com base na vida útil dos ativos e não mais com base nas taxas fiscais. (NRT)

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10 Contabilidade Financeira

de credores ou proprietários, ou (2) a avaliação corrente, que reflete o custo corrente de aquisição de ativos ou o valor de mercado corrente dos direitos de credores e acionistas sobre os ativos de uma empresa. Conforme exami-nado no Capítulo 2, os contadores podem verificar de modo mais fácil as avaliações históricas e discordarão com menos frequência quanto a seus montantes, ao passo que os usuários de demonstrações financeiras, provavelmente, consideram as avaliações correntes mais relevantes para tomar decisões. Certificar-se das avaliações correntes requer, no entanto, maior subjetividade do que verificar os custos históricos.

O balanço patrimonial indica caixa como o montante disponível na empresa ou depositado em bancos (ava-liação corrente). Contas a receber aparecem como o montante de caixa que a empresa espera cobrar de clientes (muitas vezes, próximo da avaliação corrente). Passivos, geralmente, aparecem pelo valor presente do caixa exi-gido para pagá-los.

Os ativos remanescentes aparecem pelo custo de aquisição ou por um custo de aquisição menos a depreciação* ou a amortização acumulada (avaliação histórica). Estoques e terrenos, por exemplo, em geral aparecem pelo montante de caixa ou de outros recursos que a empresa despendeu originalmente para adquirir ativos. Prédios, equipamentos e patentes aparecem pelo custo de aquisição, ajustado para menos, a fim de refletir a parcela dos serviços dos ativos que a empresa usou desde a aquisição.3

Ações ordinárias aparecem pelo valor investido pelos proprietários por ocasião da emissão das ações (avalia-ção histórica). Lucros acumulados indicam a soma dos lucros que excedem os dividendos em todos os anos ante-riores (uma combinação entre avaliação histórica e corrente). Os Capítulos 3 e 12 discutem mais detalhadamente a avaliação, ou o cálculo, dos lucros acumulados.

Análise do balanço patrimonial As empresas, normalmente, financiam os ativos circulantes por meio dos passivos circulantes, e os ativos não circulantes por meio de empréstimos de longo prazo e fontes próprias. De modo geral, passivos circulantes devem ser pagos no prazo de até um ano; ativos circulantes, comumente, convertem-se em caixa no período de até um ano. As empresas podem usar esse fluxo de caixa de curto prazo para pagar passivos circulantes. Os passivos de longo prazo exigem pagamento ao longo de alguns anos. Os ativos não circulantes, como prédios e equipamentos, geram fluxos de caixa que se estendem por períodos mais longos e podem ser utilizados para pagar passivos não circulantes, à medida que ocorrem os vencimentos. As empresas, geralmente, não devem financiar ativos não circulantes valendo-se de passivos circulantes. Os ativos não circu-lantes não geram caixa com rapidez suficiente para a liquidação de dívidas com prazo de até um ano. O balanço patrimonial do Walmart em 31 de janeiro do Ano 14 revela o seguinte:

Ativos Circulantes . . . . . . . . . . $ 34.241 Passivos Circulantes . . . . . . . . . $ 37.418

Passivos Não Circulantes e

Ativos Não Circulantes . . . . . . . 75.789 Patrimônio Líquido . . . . . . . . . 72.612

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 110.030 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 110.030

Portanto, o Walmart usou financiamento de curto prazo para obter fundos aproximadamente iguais a seus ati-vos circulantes e usa financiamento de longo prazo em um valor aproximadamente igual a seus ativos não circu-lantes. Os passivos circulantes excedem os ativos circulantes, uma relação incomum. Os Capítulos 2 e 5 discutem mais detalhadamente a saúde financeira de uma empresa, a partir da análise do balanço patrimonial.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Outra pergunta que um usuário de demonstrações financeiras poderia formular é: quão lucrativa é a empresa? A segunda demonstração financeira importante, a demonstração do resultado do exercício, tenta responder a essa pergunta. O Quadro 1.2 mostra o resultado do Walmart para os anos 12, 13 e 14 findos em 31 de janeiro. Essa demonstração indica o lucro líquido ou o rendimento para esses períodos. O lucro líquido é igual a receitas menos despesas. Uma análise das receitas e despesas permite ao usuário entender por que a lucratividade de uma empresa se altera ao longo do tempo e como difere da de outras empresas. Observe diversos aspectos da demons-tração do resultado do exercício.

3 Algumas vezes, os valores no balanço patrimonial, correspondentes a estoques, imobilizados (prédios, terenos, equipamentos e paten-tes, refletem montantes menores que o custo histórico, quando esses itens diminuem de valor após a empresa adquiri-los. Capítulos posteriores discutem essas exceções, denominadas desvalorizações do ativo.

* No Brasil, em conformidade com a Lei 11.638/07, as depreciações deverão ser apuradas com base na vida útil dos ativos e não mais com base nas taxas fiscais. (NRT)

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Page 20: CONTABILIDADE FINANCEIRA - Introdução aos conceitos, métodos e aplicações

CONTABILIDADEFINANCEIRA

Tradução da 12a edição norte-americana

Clyde P. Stickney

Roman L. Weil

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O livro Contabilidade Financeira � xa o padrão em sua análise de conceitos, métodos e apli-cações da contabilidade. Ressalta os princípios fundamentais e as implicações de conceitos contábeis importantes. O entendimento destes conceitos permite que os temas relevantes sejam focalizados em situações novas e diferentes. Os procedimentos contábeis permitem que os alunos interpretem, analisem e avaliem as demonstrações � nanceiras publicadas. A obra inclui, também, ao preencher a lacuna entre a preparação das demonstrações � nan-ceiras e sua aplicação em várias decisões, diversos problemas e exemplos, demonstrando as implicações do tratamento padrão e do alternativo.

Trata-se de uma obra que transmite, com clareza, os conceitos fundamentais em que se baseiam as demonstrações � nanceiras e seus métodos.

Aplicações

Livro-texto para as disciplinas Introdução à Contabilidade, Contabilidade Geral e Finan-ceira nos cursos de Ciências Contábeis, Economia e Administração.

Outras Obras

Contabilidade Financeira José Nicolás Albuja Salazar e Gideon Carvalho de Benedicto

Fundamentos de Contabilidade – Aplicações Carl S. Warren, James M. Reeve, Jonathan E. Duchac e Clóvis Luís Padoveze

Fundamentos de Contabilidade – Princípios Carl S. Warren, James M. Reeve, Jonathan E. Duchac e Clóvis Luís Padoveze

Introdução à Contabilidade – com abordagem para não-contadores Clóvis Luís Padoveze

Matemática Aplicada à Administração, Economia e Contabilidade Afrânio Murolo e Giácomo Bonetto

Introdução aos conceitos, métodos e aplicações

CONTABILIDADEFINANCEIRA

Tradução da 12a edição norte-americana

Introdução aos conceitos, métodos e aplicações