Coordenação e planejamento Nenhum vento ajuda o barco que não sabe para onde vai.

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Coordenação e planejamento

Nenhum vento ajuda o barco que não sabe para onde vai.

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Coordenador é ponte

– entre o nacional e o Regional– entre dioceses– entre o ideal e a realidade

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Coordenador é

facilitador comunicador descobridor de talentos leitor da sua realidade observador de avanços

e dificuldades voz a ser ouvida nas

reivindicações de seu grupo

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Objetivos do ministério da coordenação no seu grupo

• unir o grupo• evitar duplicação de tarefas• incentivar os participantes• articular talentos e recursos complementares• evitar dominação e omissão dentro do grupo• criar um clima de responsabilidade e confiança

mútua• descobrir novos caminhos• descobrir e valorizar a capacidade das pessoas• trazer presente a mística que orienta o trabalho

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Considerar necessidades básicas da catequese.

Por exemplo, diz o nosso DCN (151):

• O catequista necessita de algum conhecimento de ciências humanas que possam oferecer boas

indicações para o seu trabalho educativo. A filosofia, a psicologia, a sociologia, a biologia ajudam a compreender as pessoas e seus

relacionamentos, nas diversas situações em que se encontram. A sensibilidade do catequista

para os problemas e aspirações dos catequizandos pode se aprimorar a partir dessas áreas de conhecimento. DCN 151

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Para estar atualizado é preciso um contato com o mundo da comunicação

• Na comunicação há muito a aprender do que o mundo vem descobrindo.

• Um catequista que gosta de aprender também fora do âmbito da Igreja será mais criativo e terá mais recursos para dar conta da sua missão. DNC151

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Cada um exerce sua função a seu jeito.

IDEAIS (Mario Quintana no livro Sapato Furado)

Os outros meninos, um queria ser médico, outro pirata, outro engenheiro, ou

advogado ou general. Eu queria ser um pajem medieval. Mas isso não é nada.

Hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo.

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Einstein fala de diversidade a serviço de um projeto comum

• Uma comunidade de indivíduos padronizados, sem originalidade pessoal e objetivos pessoais, seria uma comunidade medío-cre, sem possibilidades de de-senvolvimento. Ao contrário, o objetivo deve ser a formação de indivíduos capazes de ação e pensamento independente que, no entanto, vejam no serviço à comunidade o seu mais impor-tante problema vital.

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A função da coordenação regional no cenário nacional

• instrumento de pastoral de conjunto

• ajuda na adequação à realidade

• uma fonte de apelo junto ao bispo

• um canal de novas idéias

• implementação e avaliação de projetos

• ... e o que mais?

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Jesus usou a parábola dos talentos

• Cada um deve fazer render os seus talentos.• O coordenador é um “descobridor de talentos”

(seus e dos outros).

Cada comunidade é chamada a descobrir e integrar os talentos escondidos e silenciosos que o

Espírito presenteia aos fiéis. DAp 162

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Para conjugar o verbo amar é preciso conjugar o verbo ser. (Artur da Távola)

• O mesmo vale para muitos outros verbos Então o coordenador precisa:

- Descobrir o melhor em si mesmo

- Gostar de crescer no uso dos talentos

- Integrar cada um no grupo a seu jeito

- Viver com alegria a aventura de conviver

- Saber construir unidade na diversidade

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Acolhimento é fundamental em todos os níveis

• Todos precisam de atenção, mais do que julgamento.

Nossos fiéis procuram comunidades cristãs, onde sejam acolhidos fraternalmente e se sintam valorizados, visíveis e eclesialmente incluídos. DAp 226 b

E quem não precisaria?

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Em rede fica mais interessante

• Troca de experiências e idéias entre Regionais

• Partilha de material e de descobertas

• Intercâmbio de assessorias

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Saber estimular

• Coordenar não é trabalhar por dez.

• É estimular os dez a trabalhar com competência e alegria

• É fazer o grupo ( e cada pessoa) crescer no uso de seus talentos

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Liderança formal Liderança criativa

-comunica apenas-assume todas as responsabilidades- fica segura na rotina- desanima diante dos problemas-- acha que precisa ter as respostas

- projeta seus desejos no grupo

-promove a participação e confia-estimula a assumir responsabilidades- alegra-se com as iniciativas e a independência- vê o problema como desafio- reconhece que não sabe tudo, valoriza sugestões-- procura entender o que o grupo deseja

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Planejamento participativo

Uma parábola para pensar

Um lenhador jovem e outro mais idoso entraram num concurso para ver quem cortava mais madeira. O mais novo se

lançou ao trabalho com toda a força de seus jovens músculos e estranhou porque o outro demorou a começar. O mais idoso ganhou o concurso. O tempo que ele gastou ficando parado tinha servido para afiar o machado.

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Uma dinâmica para o grupo

• Uma família vai sair de férias• Lembre e escreva: 3 coisas que não devem

faltar na bagagem

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Primeiro passo: onde estamos?Marco da realidade na catequese

• quem são os catequistas e catequizandos?• quais são as estruturas do Regional?• quais são os pontos fortes e pontos fracos do

trabalho feito até agora?• que expectativas tem o nível nacional e o nível

diocesano?• com que recursos materiais e humanos contamos?. que outros recursos poderiam ser

disponibilizados?• o que precisamos estudar melhor?

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Realismo necessário

Muitas vezes há dificuldades com as orientações da Igreja:

excesso de textos linguagem distante do povo idealismo na descrição de certas

realidades objetivos amplos e inatingíveis a

curto prazo necessidade de adaptação à

realidade local

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Distinguir entre objetivos e metas (horizonte)

• Seguir Jesus com fidelidade sempre maior é meta, não é objetivo. Não dá para marcar tempo e medir algo assim.

• Mas podemos avaliar outras coisas a partir de um tempo (como objetivo): participar da Campanha da Fraternidade; estudar um determinado texto; melhorar o contato com outras pastorais...

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Dos objetivos derivam as ações

Nas ações costumamos considerar:• O que• Quem• Quando• Como• Com que recursos

Diferentes elementos do processo, que às vezes são confundidos: planejamento, plano, cronograma, fluxograma

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Monitoramento e avaliação• O plano fica escrito (embora possa ser

revisto); o planejamento vai se desenvolvendo e evoluindo o tempo todo. Deve ser acompanhado passo a passo (monitoramento) para que se corrija o que for possível ou se identifiquem novas oportunidades.

• A avaliação permanente é parte do monitoramento, mas temos que fazer avaliações periódicas mais específicas.

• O mais importante na avaliação: tomar providências a partir do que foi avaliado. É muito desanimador participar de avaliações que não têm conseqüências.

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O que se avalia?• - as relações interpessoais desenvolvidas durante o

processo• - a qualidade da participação, da partilha, do

crescimento do espírito comunitário• - a solidez dos resultados (trata-se de uma construção

que vai permanecer?)• - as descobertas feitas durante o trabalho• - nossa eficiência: ser eficiente não é trabalhar demais,

é trabalhar de tal forma que se consiga o máximo possível sem desperdício de esforço

• - a satisfação que as pessoas tiveram por ser parte do que foi realizado

• - as novas necessidades que percebemos a partir do que deu certo e do que deu errado

• - a fidelidade à mística que deveria nos animar

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Quem é que deve planejar?

Podemos ter:

• Planejamento para o grupo

• Planejamento com o grupo

• Planejamento do grupo– O limite da qualidade está nos executores e

não nos planejadores.– Participar do planejamento é um processo

educativo

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E a estrada será sempre serena?

Muitas vezes teremos que:- reavaliar- pedir ajuda- desculpar e pedir desculpas- entender melhor- ver o problema do ponto de

vista do outro- protestar- ... e o que mais?

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Diz uma canção popular no meio ecumênico

De mãos dadas a caminho

porque juntos somos mais

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Recordando um material antigo

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É como nos ensina a Bíblia:

Melhor dois juntos que alguém sozinho; sua fadiga terá boa paga. Se um cai, seu companheiro o levanta. pobre do sozinho, se cair: não terá quem o levante.

(Eclesiastes 4,9-10)

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Tudo isso vai dar um trabalho sem fim?

Aí é que está o mais emocionante!

Que graça haveria em chegar a um “fim de linha” e dizer “não tenho mais nenhum desafio a vencer, nada a aprender”?

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INQUILINOS DO TEMPO(Benjamin Gonzalez Buelta, sj)

A resposta a uma perguntagera em nós novas perguntas.

Alcançar um horizontemostra-nos novos horizontes.

Cada passo dentro de nósabre novas encruzilhadas.

Um compromisso na históriasolidariza-nos com novos desafios.

Se é importante chegaré para partir de novo.

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Se nos satisfaz saberé para buscar o que não sabemos.

Se nos alegramos com o que somosé para sair rumo ao que não somos.

O mesmo pão que nos sacia hojepermite-nos sentir fome amanhã.

Somos uma pergunta com respostas parciaismas só Deus é a resposta.

Somos felizes com os amores humanosmas só quando têm o brilho do Absoluto.Somos inquilinos do tempo e do espaço

mas somos filhos do Infinito.

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Então é bom conversar:

O que esperamos uns dos outros para que o nosso trabalho seja mais gratificante e para que o convívio nos faça crescer em sabedoria e alegria?