Corpo, Saúde e Motricidade

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CORPO, SAÚDE E MOTRICIDADE Corporeidade Motricidade e Educação Física

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Guia de estudo para as área de saúde do corpo

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Corpo e Sade

Corpo, Sade e motricidadeCorporeidade Motricidade e Educao Fsica

SADE E EDUCAO FSICAAt meados da dcada de 80, a comunidade cientfica estava comprometida principalmente com o esporte de alto rendimento, as atenes so dirigidas para os atletas que so considerados exemplos de sadeSade Atleta JuventudeSADE E EDUCAO FSICATer sade significava ter a capacidade de resistir aos treinamentos esportivos sem a aquisio de doena. A sade era confundida com o bom desempenho fsicoO termo sedentarismo surge e carrega consigo a idia de que a vida est em risco, ou seja, suscetvel doenasAparece em destaque tambm o vnculo entre a elevada quantidade de gordura corporal e a doena

SADE E EDUCAO FSICANo incio do sculo XX , o conceito de sade passa a ser relacionado com a boa forma Os estudos em Educao Fsica, at ento voltados para o alto rendimento passam a abranger as formas de alimentao e exerccios inovadores para alcanar a aptido fsica idealEssas modificaes possibilitaram uma preocupao dos brasileiros com seus corpos, no entanto causaram um reducionismo nos conceitos de sade associado ao conceito de esttica

SADE E EDUCAO FSICAAs crticas do momento voltam-se ao processo de mercadorizao da sade, onde o indivduo compra sade em forma de produtos, alimentos, medicamentos e prticas corporaisJuntamente a este cenrio, outras crticas recaiam sobre a concepo de sade que a concebe unicamente como ausncia de doena

SADEA relao entre sade e doena de oposio, pois o sujeito que est doente no pode ser considerado sadioSADE X DOENASADE CONCEITUADA PELA OMSEstado de completo bem estar fsico, mental e socialDefinir sade desta nova forma, no se restringindo apenas ausncia de doena continuar a concordar com a idia de que existe um ideal de sade a ser alcanadoAo separar o bem estar fsico do mental e do social tambm demonstra a viso fragmentada do ser humano, a visualizao do corpo em partes dissociadas da totalidade e do mundo em que est inseridoCONCEITO AMPLIADO DE SADEDepois de muitas reflexes, o conceito de sade passa a estar relacionado com os aspectos econmicos, sociais, culturais e histricosHabitao, alimentao, acesso educao, trabalho, servios de sade, transportes, tempo livre e liberdade passam a ser defendidos como condies de aquisio da sade e acesso uma vida dignaA sade passa a ser considerada como o resultado das formas de se organizar socialmente a produo, reconhecidas como geradoras de desigualdades sociaisSADE COMO VERDADE DO CORPOA sade como verdade do corpo, um processo dinmico em que o ser humano, enquanto existe como ser situado no mundo, busca harmonizar-se com o restante da natureza atravs da sua capacidade de atuar e resistir frente s desordens da vida. (MENDES, 2007)SADE COMO VERDADE DO CORPORefere-se a capacidade de poder equilibrar o que se excedeu ou adquirir o que est faltando, mas nunca retornando ao estado anterior. (MENDES, 2007)No se restringe somente aos aspectos individuais, nem muito menos apenas aos aspectos coletivos. Est relacionada constante busca pelo equilbrio do corpo humano com o ambiente em que vive, nos fazendo perceber que depende de mltiplos fatores, biolgicos, culturais, sociais e histricos. (MENDES, 2007)SADE x DOENASade e doena no esto em contraposio, ambas fazem parte da existncia humanaAs doenas so os instrumentos da vida mediante os quais o ser humano se v obrigado a confessar-se mortalSADE E PRTICAS CORPORAISAs prticas corporais por si s no so capazes de gerar sade, entretanto podem trazer benefcios ao corpo, para isso preciso considerar a histria das pessoas, seus desejos, sem se deixar levar pelo modismo sem uma reflexo crtica necessrio experimentar, conhecer vrias prticas corporais para perceber quais as prticas que despertam mais interesse preciso reconhecer os limites e possibilidade para que essa vivncia no se transforme em sacrifcios corporaisCORPOREIDADE E SADEO PROFISSIONAL DE SADE deve agir como educadores em sade, a atitude deve ser a de propiciar e estimular o mximo de experincias sensoriais das pessoas consigo mesmas e com o outro, visando desenvolver atributos superlativos promoo da sade prpria e alheia. Para tanto, precisamos enfatizar e utilizar diferentes estratgias: estimular largamente os cinco sentidos, promover o toque intercorporal e privilegiar a sensibilidade sobre a racionalidade, pois exaltar a tica da sensibilidade equivale a resgatar a dignidade corporal.

Corporeidade e MotricidadeA Motricidade Humana um elemento de integrao e de interao entre indivduos, um dos elementos essenciais na construo da sociedade.A motricidade cria e criada pela cultura e pela sociedade.

Corporeidade, Motricidade e FisioterapiaO Fisioterapeuta deve trabalhar com uma viso ampliada da promoo de sade, uma viso integradora do movimento humano. Ao manipular o corpo, sem integrar o significado da existncia e do viver, a recuperao ser apenas parcial, restrita e com possibilidades de regresso funcional e psicolgica, As atividades teraputicas que se dedicam a pensar e a viver o corpo, e que se propem a modificar as regras que inibem a conscincia corporal, tm nas instituies e na sociedade um espao ainda restrito de atuao, j que questionam a ordem constituda e ameaam o poder.Corporeidade, Motricidade e FisioterapiaQuando ento samos da visualizao de que temos um corpo para a percepo de que somos um corpo, podemos ver e ouvir um sujeito que fala por sua unidade, por palavras, gestos, doenas, ou seja, falar por um campo simblicoO importante estar ao lado do paciente e no com paciente

Corporeidade, Motricidade e FisioterapiaPara a Motricidade Humana o corpo a materializao da complexidade humana, ou seja, o corpo o prprio sujeito, portador de uma histria pessoal e coletiva, portanto abre a possibilidade de se adentrar na corporeidadePara tocar e cuidar de um corpo necessrio mais que um tcnico, preciso um ser humano, que por ter vivido corporalmente seus prprios fantasmas ou produes inconscientes, tem condies de tocar e compreender o interior de outro ser humano. Corporeidade, Motricidade e FisioterapiaA Motricidade Humana um caminho possvel para atingir nveis mais profundos de atuao se for justificada como eixo filosfico no curso de Fisioterapia. Buscamos muito alm da eficincia e da eficcia do movimento, buscamos a potncia que a motricidade, buscamos o ser humano em sua complexidade. O que buscamos?

Porque, alm de acreditar que o homem um ser naturalmente ativo e que precisa manter e aprimorar esta condio a partir dos desafios a superar, preciso crer que o ser humano indivisvel, nico, complexo e se constri com o outro e com o mundo e o universo que pertence.Por que buscamos estas formulaes?

Na ampliao de comunicao entre os vrios campos do conhecimentoEm aes conjuntas que levem ao enriquecimento humano institucional e comunitrio, marcando a ousadia do trabalho transdisciplinar inaugurando o dilogo e facilitando que uma nova ordem permita sair do campo do saber para contemplar o Homem e suas complexas relaes.

Como podemos fazer?

Para que em nossa prtica possamos ver muito mais que um corpo que se desloca no espao, mas um ser humano que vida, energia, intencionalidade e superao. este ser humano que o alvo do profissional de sade. Para que todas estas reflexes?

Motricidade e TransdisciplinaridadeA proposta transdisciplinar implcita nos estudos da Motricidade Humana leva-nos a um caminho de aprofundamento que reside na unificao dos significados e condutas atravs e alm das disciplinas. Implica no s em informaes mas em um ser humano HUMANO para permitir a mediao e criao de elos entre todos os fatos da vida. 23