Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros -...

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Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Sexta-feira, 4 de Maio de 2018 Diário fundado em 1920 por José Bruno Carreiro e Francisco Luís Tavares Ano 99 n.º 31513 preço: 0,80 Euros Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Diário fundado em 1920 por José Bruno Carreiro e Francisco Luís Tavares Ano 99 n.º 31513 preço: 0,80 Euros Correio dos Açores www.correiodosacores.pt pub Crédito Pessoal Para concretizar os seus sonhos fale connosco. Aqui fazemos Poupanças à medida. Onde a poupança se faz. Homem detido em Ponta Delgada por tentativa de extorsão pela Net Marinha paquistanesa apoiou família açoriana em mares onde navegam centenas de piratas BIOCALCE ® MUROSECO REABILITAÇÃO DE PAREDES HÚMIDAS E SALINAS Biocalce ® MuroSeco: simplicidade e segurança para a solução definitiva da humidade capilar em paredes. DES a Tel:296 960 200 - www.costapereira.pt ança par da a CALCE MuroSeco pub pub pub pub pág. 2 última Valeiro italiano naufragou ao largo dos Açores Ocupação acima dos 90% nos hotéis para a festa do Senhor Santo Cristo pág. 3 2 tripulantes desaparecidos última Bombeiros salvam vidas e assistem a partos pág. 4 No Mercado da Graça pág. 9 Lançado hoje em São Miguel novo queijo com o nome ‘Rei dos Queijos’ Suplemento nesta edição Em Dia Internacional

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018reportagem22

Família açoriana que dá a volta ao mundo ficou sem combustível e foi auxiliada em zona de risco de pirataria na Somália

A família açoriana que se encontra a fazer uma viagem de circum-navegação à vela, teve na passada Quarta-feira um con-tratempo que obrigou à intervenção de um navio da Marinha Paquistanesa.

A tripulação, composta por Armindo Furtado, Joana Amen e os filhos Benita e Leonardo Furtado, foram auxiliados pelo navio da Marinha do Paquistão ALAM-GIR, ao largo da Somália. De acordo com a Marinha do Paquistão, o navio que prestou assistência ao “Benyleo 2” da família aço-riana, pertence a uma missão de combate à pirataria e foi accionado quando o iate ficou sem combustível e circulava a baixa velocidade numa área de risco de pirata-ria.

A informação disponibilizada pela Marinha do Paquistão dá conta que a fa-mília açoriana saiu do Porto de Galle, no Sri Lanka, rumo à Eritreia, com a logística necessária. No entanto, “devido ao clima adverso inesperado, a embarcação esgotou toda a armazenagem de combustível”, ficou assim sem combustível e à deriva durante algumas horas e com poucos mantimentos a bordo.

A Marinha paquistanesa “não forneceu apenas o combustível, mas também forne-ceu mantimentos à família”, que é compos-ta por pai, mãe e dois filhos de oito e cinco anos. Em nota de imprensa, a Marinha do Paquistão dá conta que “a família portu-guesa ficou muito grata ao Paquistão e à Marinha do Paquistão por providenciarem a assistência a tempo e de forma generosa, que permitiu à família navegar com segu-rança na área afectada pela pirataria”.

A mesma nota informa que os navios da Marinha do Paquistão participam activa-mente em vários grupos de união de esfor-ços que são obrigados a realizar operações de segurança marítima e anti-pirataria.

A assistência ao “Benyleo 2” é outra parte da manifestação da “forte história” da Marinha do Paquistão na prestação de assistência humanitária em alto mar.

Recorde-se que a família açoriana que foi agora auxiliada ao largo da Somália, partiu de Ponta Delgada em Novembro de 2016 para uma viagem de circum-navega-ção em família durante dois anos. “Am-bicionamos com esta viagem conhecer o Mundo, partilhá-lo, educar os nossos filhos e fazer algo com impacto social e ambiental, na procura de um mundo melhor”, explica a família desde o início do projecto. Uma

viagem que deverá estar concluía em Se-tembro deste ano, quando a família chegar novamente a Ponta Delgada.

Um projecto educativo e de experiências

No entanto, no projecto desta “volta ao mundo de uma família açoriana”, pode ser acompanhado através das redes sociais e de um blogue que vai sendo actualizado.

Mas importa ressalvar os nove objecti-vos que a família se propôs alcançar com este projecto. Nomeadamente, “perceber os lugares, trocar aprendizagens, criar la-ços, recolher histórias e tentar deixar algo por onde passarmos”, deixando elementos que se relacionem com o património dos Açores e convidando os locais a colocar num saco vazio algo sobre a terra visitada.

Há ainda a intenção de “promover a partilha global de boas práticas de Res-ponsabilidade Social” e, enquanto volun-tários da Sailors for the Sea – Portugal, realizar actividades de consciencialização para a sustentabilidade dos Mares e Ocea-nos dirigidas a crianças. A família pretende também encontrar açorianos pelo mundo e as manifestações açorianas que se encon-tram por todo o mundo, dando delas con-ta promovendo a valorização da cultura e gentes açorianas. Como quinto objectivo, o casal e os dois filhos procuram também aumentar a união familiar, já que nave-

gando em família passam mais tempo uns com os outros quando na sociedade actual “orientada para o trabalho, com requisitos que muitas vezes nos impedem de nos de-dicarmos a amar, cuidar e educar os nossos filhos como gostaríamos”.

Esta viagem será também uma pausa para toda a família, “um intervalo para en-contrarmos novos interesses, desenvolver novos talentos, aprender com outras cul-turas, com a diversidade e a maravilhosa multi-culturalidade que se tornará acessí-vel e que tanto nos pode ensinar sobre de-safios, tolerância e compaixão”.

Isto, ao mesmo tempo que tentam “dar oportunidade aos nossos filhos de se desenvolverem num formato diferente, onde todas as perguntas são válidas, to-dos os desafios e problemas superáveis, onde a aprendizagem se faz pela experi-ência e onde a autonomia e a preocupa-ção ambiental são tão importantes como aprender a ler”, referem. As crianças são incentivadas também a fazer um diário de viagem; enquanto pretendem sobretudo “partilhar as personalidades interessantes que se cruzarão connosco nesta Aventura”, pode ler-se em jeito de súmula deste pro-jecto familiar de conhecer novas culturas e ter uma aprendizagem pela experiência que este casal açoriano quis partilhar com os dois filhos: Benita e Leonardo, agora com 8 e 5 anos.

Carla Dias

O iate “Belyleo 2”, da família açoriana que está a dar a volta ao mundo em veleiro

Marinha paquistanesa prestou auxílio em alto mar

O iate “Benyleo 2” saiu do Sri Lanka rumo à Eritreia devidamente apetrechado e com toda a logística tratada, mas o clima adverso inesperado fez com que a família açoriana ficasse sem combustível durante várias horas. A Marinha paquistanesa foi obrigada a intervir, fornecendo combustível e mantimentos para que o iate saísse de uma zona de risco de pirataria e pudesse voltar a navegar com segurança. A Marinha paquistanesa dá ainda conta que esta missão foi mais uma integrada em várias operações de segurança marítima e anti-pirataria.

A Marinha paquistanesa forneceu combustível e mantimentos à família

Fotos: Marinha do Paquistão

Família açoriana partiu de Ponta Delgada em

Novembro de 2016 para uma viagem de circum-navegação com os dois filhos e teve o azar de

apanhar mau tempo mesmo junto à Somália.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 regional/opinião 3

José

Os terceirenses gostam de versos

José

Os terceirenses gostam de versos

Opiniões

pág. 12

Miguel Paiva

Eczema atópico – uma doença que não mata mas mói!

A semana mundial da alergia co-memorou-se de 22 a 28 de Abril tendo como tópico principal o eczema atópico (EA). O EA, também designado dermati-te atópica, merece este destaque porque é doença inflamatória crónica da pele mais comum e porque afeta consideravelmen-te a qualidade de vida dos doentes e suas famílias. Para além do desconforto físico causado, da interferência com o sono (a comichão agrava-se durante a noite), o facto de ser uma doença “à vista de to-dos” constitui um fardo para os doentes que, frequentemente evitam sair de casa, resultando em absentismo escolar ou laboral. É importante salientar que o EA não é uma doença infecciosa, logo não é contagioso!

pág. 8

João Carlos Tavares

O Senhor Santo Cristo no sentir dos ausentes

Nesta altura do ano em que decor-rem na ilha de S. Miguel, Açores, as fes-tas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, num culto ao Senhor do Pre-tório, não há nenhum micaelense, onde quer que ele se encontre em toda a vasta diáspora açórica, quem não recorde nes-tes dias, a espontânea religiosidade do nosso povo e a secular fé na milagrosa imagem do Ecce Homo.

Eles disseram...

A mudança radical e politicamente mais relevante que está a acontecer debaixo do nosso nariz é a limpeza abrupta da ‘maquilhagem esquerdalha’ do PS, pri-morosamente retocada com a ascensão de António Costa ao poder interno e refor-çada com a constituição da geringonça.

Ana Sá Lopes O Sol

Tradição mantém-se e a ocupação nos hotéis está acima dos 90% para a festa do Senhor Santo Cristo

Impacto das festas revela-se também na hotelaria

Para acolher os milhares de visitantes esperados para as festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, a hotelaria tradicional em São Miguel irá encher-se de turistas de vários países. Para os gerentes hoteleiros a festividade permitiu, para além de dinamizar o sector, aproximar os preços dos quartos às verdadeiras necessidades de cada hotel, em comparação com os períodos em que os preços eram inferiores.

À semelhança do que tem vindo a aconte-cer nos últimos anos durante o fim-de-semana das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, a taxa de ocupação dos hotéis em São Miguel mantém-se elevada, situando-se neste momento acima dos 90%, referiu Fernando Neves, obten-do procura tanto por parte dos emigrantes que chegam da diáspora quer por parte dos turistas que chegam do continente.

De acordo com o Delegado para os Aço-res da Associação de Hotéis de Portugal, “não existem grandes excepções nem grandes dife-renças ao nível da procura”, uma vez que todos os hotéis, principalmente aqueles que se situam perto ou no centro de Ponta Delgada, se encon-tram com ocupação elevada, confirmando deste modo “a importância destes eventos na época baixa” que levam ao aumento da procura destes serviços.

Tendo em conta a elevada procura, existiu também um ajuste no que diz respeito aos pre-ços praticados que, segundo Fernando Neves, caracteriza-se por uma “aproximação de preços mais correcta”, tendo em conta as condições e as necessidades de cada estabelecimento hote-leiro: “Todos os anos temos conseguido ajustar os preços de acordo com as necessidades dos próprios hotéis, pois viemos de um período anterior em que se praticavam preços bastante baixos e temos feito ajustes que são fundamen-

tais para corresponder aos custos que os hotéis têm”, afirma.

Porém, para o representante nos Açores da Associação de Hotéis de Portugal, estes preços mais elevados não representam qualquer tipo de ameaça ou entrave para o sector: “O preço não é um condicionante (…), há clientes que estão disponíveis para pagar preços mais baixos e há outros que estão disponíveis para pagar um pouco mais”, referindo ainda que estes preços têm, “muitas vezes a ver com a qualidade do serviço que prestam e pela qualidade das ins-talações”.

Já no que diz respeito ao Alojamento Local, Fernando Neves considera que “ao nível do tu-rismo não podemos falar em adversários, deve-mos falar em complementos da oferta”, salien-tando no entanto que “o Alojamento Local é um tipo de alojamento que tem as suas virtudes” ao conseguir, por exemplo, dar uma resposta mais rápida aos turistas, tendo ainda o benefício de valorizar património degradado e a vantagem de ser mais fácil de gerir quando em compara-ção com a hotelaria tradicional, adiciona.

Para o representante desta associação, este não é o momento para falar de protagonismos entre o alojamento local e a hotelaria tradicio-nal, mas sim o momento de falar nas qualidades que cada um destes estilos apresenta, uma vez que, tendo em conta as diferenças entre cada

um, “não existe concorrência mas sim uma complementaridade”, uma vez que “por norma, um cliente que procura um hotel normalmente não irá para um alojamento local e vice-versa”.

No entanto, salienta que “há muitas pesso-as, muitos turistas e muitos nichos de mercado que preferem um alojamento local, porque estes são, muitas vezes, mais novos, um pouco mais baratos e outras vezes têm um tipo de serviço mais próximo”, mas que “em conjunto, quer o alojamento local quer o alojamento tradicional, devem prestar um bom serviço”, concentrando-se assim no “fundamental” e em “tornar o tu-rismo dos Açores num sucesso”, aponta o em-presário.

Apesar de Fernando Neves considerar que há espaço para mais empresários do ramo nos Açores, seja para alojamento local ou para a hotelaria tradicional, alerta para o facto de o crescimento económico não ser permanente: “No mercado e na economia há períodos de crescimento e há períodos de recessão. O cres-cimento não se pode manter sempre de uma forma em concreto, e é essa a consciência que o mercado e que os empresários devem ter”, afirmando que apesar de nos encontrarmos “em fase de crescimento, no futuro haverá menos crescimento e menos procura”.

Joana Medeiros

Há unidades hoteleiras em Ponta Delgada com 100% de ocupação e a esmagadora maioria são turistas nacionais

Vem aí o Congressomais centrista do PS

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De férias, mas sempre disponível, chega-mos à fala com Eduardo Almeida, adjunto do Comando da Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Ponta Delgada.

Eduardo Jorge Branco Almeida, de 55 anos de idade é bombeiro há 24 anos.

Ao nosso jornal disse recordar-se do pri-meiro dia, principalmente da “azáfama de ves-tir a farda pela primeira vez com orgulho por-que era uma ambição muito longa” acabando por entrar “já no limite de idade, muito perto de terminar o prazo, ou seja, com 32 anos”.

Começou na profissão nas antigas instala-ções na Rua de São Joaquim, onde actualmente funciona a Esquadra de Trânsito da Polícia de Segurança Pública.

Do quartel da Rua Manuel da Ponte “recor-da-se de saírem de lá” de um quartel minúsculo que tinha uns pormenores muito interessantes, como por exemplo, um sino”. Nessa altura, o nosso interlocutor, jovem, “não pensava em ser bombeiro, mas apreciava”.

Ter a noção de responsabilidade

Nesta nossa agradável conversa era impe-rioso desvendar o que mais gosta da profissão. “A capacidade de poder ajudar, estar numa posição e ter a noção de responsabilidade do que posso fazer pelos outros, o que muitos não conseguem, não só pelos meios, mas também pela credibilidade de poder intervir. Claro, que é preciso ter a formação necessária, mas nem todos podem ser bombeiros”.

Questionado se hoje em dia o bombeiro é mais respeitado do que no passado, Eduardo Almeida sublinha apenas que “igual não é”, acrescentando que “no passado, o bombeiro era visto como uma ajuda essencial, tanto que os bombeiros são criados pela própria popula-ção porque houve um grupo de pessoas que se associaram para que isso acontecesse. Hoje em dia, vêem os bombeiros dotados de uma fun-ção que eles têm que desempenhar e que são obrigados. À excepção do continente, que com os incêndios as pessoas ganharam mais algum respeito pelos bombeiros, aqui paulatinamente temos vindo a recuperar esse respeito, princi-palmente com as ambulâncias porque há mui-

tas pessoas que se esquecem dos bombeiros”.

Menção honrosa

Sobre algumas situações positivas que te-nha vivenciado, não tem dúvidas de que muitas são gratificantes. “As que me deixam sempre marca são sempre aquelas situações que conse-

guimos evitar prejuízos grandes em bens mate-riais ou na saúde das pessoas e acima de tudo, quando conseguimos evitar que a pessoa deixe de estar connosco ou então quando se fazem partos. Já tenho tido a felicidade de fazer al-guns, em diferentes situações, felizmente cor-rendo tudo bem e de certa forma acompanhar o crescimento dessas crianças”.

E numa dessas situações em que teve de in-tervir num parto acabou por receber uma men-ção honrosa por parte do Governo Regional dos Açores. “Foi um rapaz que hoje em dia já está crescido”, revelou.

Mas nem tudo são rosas vermelhas no quar-tel dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delga-da, surgindo algumas dificuldades, nomeada-mente “a falta de meios de recursos humanos e a falta de actualização de meios materiais por-que muitos deles já são antigos e não servem as necessidades actuais em termos de quantidade, rapidez e de serem já pouco práticos. Há aqui uma necessidade de se ir olhando para isso, para paulatinamente se ir preenchendo essas lacunas”.

Fardas emprestadas de outras Corporações

Neste Dia Internacional do Bombeiro, Edu-ardo Almeida falou ainda da relação da Asso-ciação com as outras Corporações, sublinhando mesmo “está muito boa. Inclusivamente, agora para as Festas do Senhor Santo Cristo e porque temos os nossos infantes e cadetes, e porque precisávamos de algum fardamento vieram fardas emprestadas, tanto das Corporações de Vila Franca como da Ribeira Grande”.

Quando não está de férias, ao chegar ao quartel verifica “o que é necessário fazer de imediato”. Dá seguimento, procura ser proac-tivo e tem a delegação “ir sempre à procura de coisas que sejam necessárias e ir mexendo para dar andamento, e depois ir respondendo a todas as situações do momento que são da responsa-bilidade de um graduado de serviço”.

Eduardo Almeida gostava de ter mais tem-po, mas existem prioridades que não podem ser adiadas, como por exemplo, “ter mais tempo disponível” para estar na sua quinta, na Maia, “mas o tempo não sobra”.

Na Maia, na Quinta da Canada faz-se coa-ching, onde, por exemplo, se trocam experiên-cias ao nível da gastronomia.

De modo muito sucinto e para quem não sabe, o coaching lida com vários ti-pos de interação do cliente com o seu meio envolvente.

Marco Sousa

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 4 reportagem

Honra em ser bombeiro há 24 anos e ter “a capacidade de poder ajudar”

À conversa com o graduado Eduardo Almeida, no Dia Internacional do Bombeiro

A propósito do Dia Internacional do Bombeiros, que se comemora anualmente a 4 de Maio, fomos ao encontro de um dos elementos da Corporação de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.

Caravana de primeiros socorros nas Festas do Santo Cristo

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Ponta Delgada vai reforçar a sua visibilidade nas Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres com uma caravana de primeiros socorros.

A caravana foi oferecida à Corporação dos Bombeiros Voluntários de Ponta Del-gada pelo Governo Regional dos Açores e

era uma unidade móvel de mamografia.Agora, totalmente remodelada será

um posto de primeiros socorros e esta-rá localizada na Avenida Roberto Ivens, junto ao edifício sede do Coral de São José.

Lá estarão alguns enfermeiros esta-giários da Universidade dos Açores que

prestarão os primeiros socorros a todos quantos necessitarem.

De louvar que algumas empresas e até particulares, que não quiserem que o seu nome fosse mencionado, disponibiliza-ram-se em colaborar, oferecendo para o efeito materiais para que a caravana pos-sa ter a qualidade para lá estar.

Eduardo Almeida, adjunto do Comando, recorda o primeiro dia de 24 anos como bombeiro

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actualidade/publicidade 5Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018

Carlos César afirma que “comportamentos danosos ou criminais comprovados” são “motivo de revolta”

O líder parlamentar socialista, Carlos César, reiterou ontem que os “comportamentos irregulares, danosos ou criminais comprova-dos” constituem “motivo de revolta” no PS e questionou se o PSD também se sentiu revoltado com situações similares no passado.

“O que os portugueses querem saber é se um partido como o Partido Socialista se sente ou não revoltado com situações destas e talvez fosse importante saber, perguntar ao PSD, com a lista imensa de pessoas que já tiveram situações similares, se eles por acaso se sentiram nessa altura muito revoltados, ou se, mesmo agora passa-do todo este tempo, exprimem a sua revolta”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas no final da reunião da bancada parlamentar socialista, Carlos César recusou que “só agora” o PS tenha demonstrado “vergonha ou revolta” por “comportamentos ir-regulares” que envolveram antigos ministros, como Manuel Pinho, ou o ex-Primeiro-ministro José Sócrates.

“Todas as situações que envolvam comportamentos irregulares, danosos, comportamentos criminais comprovados, sempre que se confirmem, constituem para nós um motivo de revolta”, disse.

A regra e as excepções...

O Presidente do PS afirmou que “é muito importante que os portugueses soubessem que os seus políticos e os seus representan-tes, são pessoas sérias”.

“Nós temos milhares e milhares de cidadãos, que ocupam cargos nos governos, nas administrações centrais, central e regionais, temos pessoas que ocupam cargos de direcção aos mais variados níveis das adminis-trações públicas, temos pessoas que são presidentes de Câmaras, vereadores, presidentes de juntas, presidentes de assembleia de freguesia, que desempenham os mais variados

cargos de responsabilidade”. “E, como em todas as actividades, mas infelizmente também

nesta, há algumas pessoas que divergem do sentido ético e do cum-primento das regras a que deviam estar vinculados”, sublinhou Carlos César para depois acrescentar que “Isso acontece na política, como acontece entre agentes da autoridade, entre juízes, entre sa-cerdotes, como acontece em múltiplas profissões e múltiplas áreas de actividade. Mas constituem uma minoria, uma mancha, é certo, na relação entre eleitos e eleitores, entre representantes e represen-tados, entre a política e os cidadãos”.

O Presidente do PS e líder socialista à Assembleia da Repúbli-ca considerou que, a partir destes casos, “é importante que não se tome a nuvem por Juno, porque em boa verdade, eles constituem excepções”.

“Para nós, no Partido Socialista, como, com certeza, noutros partidos políticos, quando alguns que nos serviram, no sentido do serviço público que prestaram, o fizeram confundido a sua activi-dade com interesses próprios, com interesses clientelares, ou com actos de corrupção, quando isso acontece sentimo-nos simultanea-mente entristecidos e revoltados”, afirmou.

“Punir com severidade…”

O Partido Socialista “sente-se assim, como outros partidos se sentiram quando tiveram inúmeros casos ao longo destas décadas de Democracia”, disse, em sequência.

Carlos César recordou “os agentes dos partidos políticos que, ora na banca, ora ocupando cargos na administração pública, alguns até foram sujeitos a pena de prisão, outros são arguidos ainda hoje”.

“Esses casos existem, são transversais, e sobre-tudo são mais frequentes nos casos dos parti-dos que exerceram ou exercem funções de poder e funções de governo. É natural que tenham acontecido alguns casos com pesso-as envolvidas, que

tinham responsabilidades advenientes da confiança que o Par-tido Socialista e os portugueses lhes deram, como também foi fre-quente o mesmo em casos que tinham responsabilidades atribuídas pelo Partido Social Democrata e pelos portugueses em geral, ou mesmo por outros partidos”, sublinhou.

“É em presença destes condicionamentos que todas as pessoas bem formadas evidentemente se sentem revoltadas quando sabem destas situações. O que é certo é que quando se diz ‘à justiça cabe o que é justiça, e à política cabe o que é da política’, não se quer dizer que nos desresponsabilizamos de um julgamento que todos nós fazemos sobre essas matérias. Mas em boa verdade, os políticos e os partidos políticos não podem fazer uma condenação prévia de pessoas cujos processos no âmbito da investigação criminal e da decisão dos tribunais não estão concluídos”, esclareceu.

“O que podemos e devemos dizer é que se essas acusações se confirmam, e se forem verdadeiras, são casos muito tristes e muito revoltantes. E aqueles que, tendo responsabilida-des atribuídas pelos portugueses e tendo a respon-sabilidade de serem um exemplo no plano cívico, se cometem esses actos devem ser punidos ainda com maior se-veridade”, concluiu.

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O Presidente do Governo dos Açores manifestou, em Otava, o seu orgulho nas comunidades açorianas no Canadá, consi-derando que prestam também “um grande serviço à açorianidade” ao darem a conhe-cer a nova realidade dos Açores neste país de acolhimento. “Se é certo que esta visita tem o objectivo de conhecer, de forma mais directa, aquelas que são as nossas comunida-des no Canadá, também é uma oportunida-de para dar a conhecer a Região que temos hoje, que é bem diferente daquela que era a Região que deixaram há anos atrás”, afirmou Vasco Cordeiro.

O Presidente do Governo falava Quarta-feira num encontro com a comunidade em Otava, que decorreu no Centro Recreativo Português Lusitânia, no âmbito da visita ofi-

cial que o Primeiro-ministro está a efectuar ao Canadá.

A convite de António Costa, Vasco Cor-deiro acompanha esta deslocação oficial, que vai decorrer até amanhã, e que inclui, entre outros pontos, diversos contactos institucionais e encontros com a comunidade em Otava, Toronto e Montreal.

Na sua intervenção perante algumas centenas de açorianos e luso-descendentes, o Presidente do Governo salientou que a pro-moção no Canadá da nova realidade dos Aço-res é um “grande serviço que pode ser pres-tado a esta nossa causa da açorianidade”.

“Esta é, também, uma forma de poder-mos afirmar a nossa Região e o nosso país no Canadá”, preconizou Vasco Cordeiro, ao ma-nifestar o gosto que teve em participar neste

encontro, que constituiu uma oportunidade para “transmitir um abraço muito fraterno dos Açores, da terra que cada um, por ne-cessidade ou por opção, decidiu deixar para procurar um melhor futuro no Canadá”.

“Esta visita tem também este significa-do: passem os anos que passarem, não são esquecidos, da mesma forma como não es-quecem a terra que vos viu nascer”, subli-nhou.

Na ocasião, Vasco Cordeiro manifestou ainda o orgulho que sente, como Presidente do Governo dos Açores, ao “ver aquilo que os açorianos ajudaram a construir no Cana-dá, porque o desenvolvimento e o progresso deste país é também fruto desse trabalho e desse empenho”.

Hoje, o Presidente do Governo está pre-sente no encontro com a Governadora-Geral do Canadá, Julie Payette, e participa numa reunião alargada com o Primeiro-ministro, Justin Trudeau.

A agenda deste dia inclui ainda a apre-sentação de cumprimentos ao ‘speaker’ do Senado, George J. Furey, e ao ‘speaker’ da Câmara dos Comuns, Geoff Regan, assim como um encontro com o Grupo Parlamentar de Amizade Canadá-Portugal.

O fluxo migratório português para o Ca-nadá foi constituído, em grande medida, por imigrantes oriundos dos Açores, que levaram para este país – especialmente para Toronto e Montreal – as práticas culturais caracterís-ticas da vida no arquipélago.

regional/publicidadeCorreio dos Açores, 4 de Maio de 2018 7

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Comunidades prestam “grande serviço à açorianidade”, dando a conhecer os “novos” Açores no Canadá, afirmou Vasco Cordeiro

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018opinião/regional8

O Senhor Santo Cristo no sentir dos ausentes

Nesta altura do ano em que decorrem na ilha de S. Miguel, Açores, as festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Mila-gres, num culto ao Senhor do Pretório, não há nenhum micaelense, onde quer que ele se encontre em toda a vasta diáspora açó-rica, quem não recorde nestes dias, a es-pontânea religiosidade do nosso povo e a secular fé na milagrosa imagem do Ecce Homo.

No rosto dos ausentes escorre um nos-tálgico sentimento.

De todos os quadrantes onde os açorianos se radicaram, na procura de melhores meios de vida, o domingo do Se-nhor com a sua majestosa procissão per-correndo as ruas da cidade de Ponta Del-gada, proporciona recordações que afluem à mente de quem viveu, noutras alturas, da sua existência, quer na juventude ou já mesmo caminhando na idade adulta, as imagens do andor do Ecce Homo, percor-rendo as ruas do velho burgo. Na realidade essas imagens jamais se apagaram da men-te como quadros vivos , do seu sentir, da sua fé e, ou religiosidade.

Na retina de quantos poderão ter vi-vido esses três dias de peregrinação ao coro baixo do Mosteiro da Esperança, ao Campo de S. Francisco não se esquece o esplendor da milagrosa imagem envolta em flores e em luzes num quadro de bele-

za inexaurível .Depois é o rememorar da grandiosa

procissão que, acompanhada de milhares de devotos trajando a encarnada opa, cami-nham respeitosamente numa homenagem ao Senhor no Pretório, passando sobre extensos tapetes de flores, especialmente de petalas de azáleas que nesta altura da Primavera atinjam o ponto alto da flora-ção. O brilho das festas que entra primei-ro pelo pórtico da fé de cada um, é para sempre lembrado, pela alegria, pela cor e produzido animação pelas ruidosas mani-festações da alma da nossa gente, no per-fume das suas tradições e no brilho esfu-siante das suas romarias de povo anónimo que acorre de longe e de perto, e ainda de todos os cantos do globo onde se encontra gente nossa devota deste culto do Senhor Santo Cristo dos Milagres que, ainda que possa parecer estranho, tem ao longo dos tempos criado um sempre crescente apego dos que desde a primeiro hora começaram a ter a dita de o viver, assistindo, partici-pando e comungando no conteúdo da sua espiritualidade .

As grandes festas do Senhor Santo Cris-to para além da vertente religiosa vincada na alma do açoriano, particularmente no micaelense, deixando marcas indeléveis no sentir de todo aquele que se habituou a viver estes dias desde idade jovem, bem assim as suas manifestações exteriores com os arraiais, iluminações feéricas, etc., no espaço central das festividades onde as filarmónicas actuam, a multidão exul-tando de alegria, os bazares, as barracas, o fogo de artifício, restaurantes improvi-sados e outros, quadros da diversão que decerto prevalecem para sempre também no gosto do que a ela assistem neste quinto domingo depois da Páscoa vivendo as profundezas da tradição de um povo.

Os que se encontram longe desse ce-nário festivo deixam cair , pela certa, uma lágrima chamada saudade.

East Providence, Maio 2018

Por: João Carlos Tavares

PSD/Açores quer avaliar responsabilidades em acidentes marítimos

O Presidente do PSD/Açores de-fendeu ontem a necessidade de avaliar se os erros cometidos em obras portuá-rias causaram acidentes, tendo propos-to a realização de um estudo sobre a operacionalidade dos portos de transpor-te de passageiros da Região, com “priori-dade” para as ilhas do Triângulo.

“Os responsáveis políticos que inau-guram portos e adquirem navios não po-dem, perante os problemas e os acidentes que surgem, empurrar sempre as respon-sabilidades para outros”, afirmou Duarte Freitas, em conferência de imprensa.

Para o líder dos social-democratas açorianos, “é preciso ter a coragem para avaliar e assumir se os erros cometidos em muitas obras não serão também res-ponsáveis por esses acidentes, e se os mestres dos navios têm os meios técnicos suficientes e desejáveis para realizarem as operações em causa”.

Duarte Freitas anunciou, por isso, que o Grupo Parlamentar do PSD/Açores vai dar entrada no parlamento “uma inicia-tiva que recomenda ao governo regional que promova a realização de um estu-do sobre a operacionalidade dos portos de transporte de passageiros da Região, prioritariamente aos do Triângulo, defi-nindo, entre outras, as condições limites em termos meteorológicos e de agitação marítima para cada cais/porto e navio”.

“Propomos ainda que nesse estudo sejam avaliados os meios existentes e eventualmente a implementar em cada cais/porto, que permitam o fornecimento de informação técnica fiável aos mestres dos navios de passageiros e viaturas no sentido de os apoiar nas suas decisões”, revelou.

O Presidente do PSD/Açores referiu que, durante vários anos, o transporte marítimo de passageiros nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge “caracterizou-se por uma notável regularidade, estabili-dade, segurança e confiança”, mas que, “após avultados investimentos públicos em infraestruturas portuárias e na aquisi-ção de novos navios, as coisas alteraram-se”.

“Nos portos do Triângulo, no perí-odo entre Junho e Novembro de 2014, verificaram-se vários incidentes com o arranque de cabeços de amarração e um acidente no porto de São Roque do

Pico, na noite de 14 de Novembro, que vitimou mortalmente um passageiro. No passado dia de 6 de janeiro, verificou-se mais um acidente com o navio ‘Mestre Simão’ a encalhar à entrada do porto da Madalena”, recordou.

Segundo o líder social-democrata, “estes acontecimentos, alguns lamenta-velmente trágicos, constituíram fortes abalos na confiança e na segurança do transporte marítimo de passageiros e via-turas no Triângulo”.

“Algumas das obras em portos, designadamente na Madalena e na Horta, mesmo antes de se concretizarem já eram altamente contestadas por muitas forças vivas destas ilhas e por pessoas com larga experiência marítima, mas, infelizmente, o governo e a Portos dos Açores não aten-deram a esses alertas. Como resultado, a cada dia que passa, são mais notórios os problemas de operacionalidade de algu-mas dessas infraestruturas que custaram muitos milhões de euros”, afirmou.

Duarte Freitas lembrou que, na se-quência do acidente e dos incidentes ocorridos em 2014, “várias foram as entidades que avaliaram as causas des-ses acontecimentos e os procedimentos utilizados nesta operação e emitiram um conjunto de recomendações às empresas públicas envolvidas na mesma, nome-adamente à Atlanticoline e à Portos dos Açores, cujo grau de implementação urge avaliar”.

Em causa estão as recomendações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito ao Transporte Marítimo de Passageiros e Infraestruturas Portuárias, pela Capitania do Porto da Horta e pelo Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes Marítimos, e que visavam melhorar a operacionalidade e a seguran-ça da operação de transporte de passagei-ros nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge.

“Esta operação passou a estar con-frontada com problemas e desafios novos que têm de ser enfrentados com objecti-vidade e responsabilidade, com o firme propósito de restabelecer a confiança e garantir a segurança de um serviço que é vital para a vida social e económica, especialmente nas ilhas do Triângulo. É esse o contributo que queremos dar de forma séria e positiva”, disse Duarte Freitas.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 reportagem 9

Vai ser lançado hoje no mercadoo novo queijo ‘Rei dos Queijos’

A loja O Rei dos Queijos é uma loja de família que está presente no Mercado da Graça há já trinta e três anos, pela mão de Carlos Bernardo e hoje lança o primei-ro queijo com marca própria.

Chama-se Rei dos Queijos a nova marca de queijos que surge hoje no Mercado da Graça, em Ponta Delga-da. O actual gerente da loja é Mário Bernardo, filho de Carlos Bernardo, que ocupa esta função há três anos.

Hoje, dia quatro de Maio, haverá uma mostra do novo queijo que será lançado no Mercado da Graça, por volta das 10h00. A partir de então, as pessoas vão poder ver e fazer a prova do queijo de quatro meses de cura.

O queijo Rei dos Queijos é produzido na fábrica Uni-queijo, em São Jorge, com peculiaridades muito próprias, e é transportado, por via marítima, em contentores refri-gerados, para os armazéns próprios de cura da empresa O Rei dos Queijos, em São Miguel.

Mário Bernardo explicou que este queijo é diferen-ciado e fabricado especialmente para a sua marca, não havendo outro igual no comércio de queijos.

O empresário disse que é na sua empresa que será fei-ta a afinação do queijo e este processo “tem a ver com o tempo de cura”. Deu o exemplo de “um queijo com um ano e meio de cura que é um queijo já muito picante. Agora, se tiver três meses de cura, só tem um pequeno toque a picante. E se o queijo tiver entre os sete e oito meses de cura, será um queijo meio picante”.

O queijo que estará já disponível hoje no mercado será de quatro meses de cura mas, posteriormente, O Rei dos Queijos terá à venda o mesmo queijo, mas com um ano de cura.

A cura do queijo é um processo complexo pois tudo tem de ser feito ao pormenor, tal como “saber a tempe-ratura ideal, saber quando é que se deve virar e saber os dias que deve virar, além de outros segredos que conhe-cemos” disse Mário Bernardo.

Este será um queijo com cerca de 11,5kg e poderá ser adquirido ao peso, custando cerca de 9.50€/kg.

O queijo por ser adquirido em toda a ilha de São Miguel, em mercearias locais, mas quem vive em outra ilha do arquipélago, poderá, também, comprar através da loja online O Rei dos Queijos, disponível brevemente em http://www.oreidosqueijos.com.

Outra das ambições do empresário é conseguir levar o queijo Rei dos Queijos até ao mercado francês, um dos mais conceituados mercados de queijo a nível internacio-nal, para onde já exporta outras marcas.

Este projecto de ter um queijo chamado Rei dos Quei-jos é um desejo de há muitos anos mas que só agora se proporcionou.

Mário Bernardo descreveu ao jornalista que recebeu a notícia num dia muito especial. “Antes eu fazia a distri-buição pela ilha de São Miguel e, neste momento, quem faz este trabalho é o meu irmão. Certo dia eu pedi que ele trocasse comigo para eu fazer a distribuição que já não faço há três anos. E quando eu estava a caminho de Nordeste para dar o pequeno-almoço aos romeiros, rece-bi a informação de que nós íamos ter a nossa marca de queijo”.

Toda a equipa se mostrou feliz por vender o seu pró-prio queijo, tendo em conta que até hoje, apenas vendiam outras marcas.

Mário Bernardo tem grandes expectativas para o lan-çamento deste queijo e espera boas vendas, principal-mente nesta época de grande afluência de emigrantes e turistas e para as festas do Senhor Santo Cristo.

A empresa tem vindo a ganhar grande dimensão, so-bretudo, no mercado açoriano, porque consegue dar, nos seus armazéns, mais cura aos queijos, tornando-os mais saborosos e apetecíveis pelos consumidores.

Com o tempo, o nome O Rei dos Queijos começou a correr de ‘boca em boca’ quer nos Açores como em Portugal continental. De tal forma que há muitos turistas nacionais que visitam São Miguel e, ouvindo falar por amigos da qualidade do queijo de O Rei dos Queijos, vão lá comprar para levarem consigo de regresso a casa.

A equipa de trabalho da empresa O Rei dos Queijo’ conta com quatro funcionários e abre a loja de Segunda a Domingo.

De Segunda a Quinta, das 8h00 às 18h30, Sextas das 7h00 às 19h00, Sábados das 7h00 às 17h00 e Domingo das 9h00 às 12h00.

Joana Cabral

Mário Bernardo, gerente da empresa O Rei dos Queijos, mostra, com orgulho, os primeiros queijos com a marca Rei dos Queijos, um objectivo há muito desejado

O novo queijo é feito na Uniqueijo, em São Jorge, com peculiaridades muito próprias. O processo de cura é feito nos armazéns da empresa O Rei dos Queijos, em São Miguel

Entre todos os queijos que estarão à venda no mercado, este será sempre o ‘Rei dos Queijos’...

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12 regional Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018

O Director Regional do Ambiente anunciou ontem, na Horta, que o concurso ‘Eco Freguesia, Freguesia Limpa’ relativo a 2017 distinguiu 17 fre-guesias com o prémio ‘Excelência’, considerando que se trata do “reconhecimento da importância do poder local na promoção do desenvolvimento das comunidades e na formação cívica dos cidadãos”.

“Importa sublinhar que, no ano passado, tive-mos 146 freguesias inscritas - 93,5% do total da Região -, das quais 117 foram premiadas, sendo 88 distinguidas com o galardão ‘Eco Freguesia’, que lhes permite ostentar a respectiva bandeira durante o próximo ano”, afirmou Hernâni Jorge.

O Director Regional falava na cerimónia de en-trega dos prémios ‘Excelência’ deste concurso, ins-tituídos em 2014, que distinguem as freguesias cujo esforço de limpeza e de manutenção tenha obtido a pontuação mais elevada nos diversos critérios de avaliação.

“Premiar o desempenho e distinguir a excelên-cia é, não só reconhecer o esforço das populações e dos seus órgãos autárquicos, mas também incen-tivar a continuidade das acções de manutenção e limpeza dos espaços públicos, rumo a uma mudan-ça efectiva de comportamentos”, frisou Hernâni Jorge.

Na sua intervenção, adiantou que estão inscri-tas 149 freguesias na edição deste ano, sendo que as candidaturas apresentadas aos projectos ‘A Minha Ribeira’ e ‘Costa Limpa’ abrangem a intervenção em 207,4 quilómetros de linhas de água e 107,7

quilómetros de costa, respectivamente. “Para além de apoios financeiros no valor global

de 450 mil euros, vamos continuar a disponibilizar às melhores candidaturas do projecto ‘A Minha Ri-beira’ equipamentos de apoio à limpeza e manuten-ção da rede hidrográfica, designadamente roçadoras e motosserras, num investimento suplementar de cerca de 50 mil euros”, acrescentou Hernâni Jorge.

O Director Regional salientou que, actualmen-te, este programa é “altamente reconhecido pelas freguesias, bem como pelos cidadãos e pelas diver-sas entidades envolvidas na preservação da quali-dade ambiental”.

“Este programa, bem como as demais adopções do poder local ou de outras entidades que partilhem do mesmo espírito, assume um papel cada vez mais importante, num momento em que a generalidade das nossas ilhas são procuradas por cada vez mais visitantes, aumentando o nível de exigência e ca-pacidade de resposta aos impactos e consequências dessa procura, de forma a continuarmos a assegurar uma fruição de qualidade dos nossos espaços pú-blicos”, frisou. O ‘Eco Freguesia’ tem como prin-cipal objectivo reconhecer e distinguir os esforços das freguesias e a colaboração das populações na limpeza, remoção e encaminhamento para destino final adequado dos resíduos abandonados em espa-ços públicos, incluindo as linhas de água e a orla costeira, bem como o desenvolvimento e partici-pação em programas e acções de sensibilização e educação ambiental.

Prémio excelência distingue 17 autarquias dos Açores no concurso “Eco Freguesia”

Ribeira Grande mantém três zonas balneares com bandeira azul

O areal de Santa Bárbara (freguesia da Ribeira Seca), a praia dos Moinhos (Porto Formoso) e a zona balnear das Calhetas (Ca-lhetas) são as três zonas balneares do conce-lho da Ribeira Grande que voltarão a ostentar a bandeira azul no Verão de 2018, galardão que repetem em relação ao ano anterior.

A abertura da época balnear na Ribeira Grande está agendada para 2 de Junho pró-ximo e será assinalada com o hastear das bandeiras azuis naqueles três locais. A manu-tenção das bandeiras azuis comprova o “bom trabalho que o município vem realizando ao nível da valorização das zonas balneares”, realçou Alexandre Gaudêncio.

O Presidente da Câmara da Ribeira Gran-de não escondeu a satisfação pelo facto do município manter três zonas balneares com bandeira azul. “Termos três zonas balneares com bandeira azul pelo terceiro ano consecu-tivo é o reflexo do esforço que vimos colo-cando na valorização das nossas praias, indo ao encontro de uma cada vez maior procura destes espaços por parte dos banhistas, mui-tos deles turistas que nos visitam ao longo do

verão”, realçou.Alexandre Gaudêncio destacou que a

autarquia a que preside “tem vindo a realizar uma série de melhorias nas zonas balneares do concelho que permitem melhor receber quem nos visita”, destacando, a propósito, o facto da praia de Santa Bárbara dispor de “dois acessos que permitem que cada vez mais pessoas possam deslocar-se ao local.”

Para além disso, vincou, “foi realizado um investimento que permitiu triplicar a oferta ao nível dos lugares de estacionamen-to gratuitos com acesso pela zona poente da praia e, pela zona nascente, existe um terreno camarário que também serve de estaciona-mento nesta época do ano.”

A qualidade das águas nestas zonas balneares também foi valorizada pelo edil. “É inequívoco que a qualidade da água cons-titui, por si só, um excelente cartão de visita para quem nos visita. Aliado a isso temos segurança, serviços, informação e educação ambiental que reforçam o sentimento de bem-estar”, acrescentou Alexandre Gaudên-cio.

Deputados do PSD/A na Assembleiada República propõem alterações na hora dos exames nacionais nos Açores

Os deputados do PSD/Açores na Assembleia da República, Berta Cabral e António Ventura, querem que o Governo altere, no ano lectivo 2018/2019, a hora de início dos exames nacionais, “de forma a que estes tenham início às 10h30 em Por-tugal continental e na Região Autónoma da Madeira, e às correspondentes 9h30 na Re-gião Autónoma dos Açores”, defendem.

“A realização dos exames nacionais é um dos momentos mais relevante na vida dos estudantes do ensino secundário, seja pela avaliação para a sua conclusão, como pelo seu peso numa candidatura ao ensino superior, para a qual são prova de ingresso”, referem.

“São provas que influenciam fortemente o futuro de cada português que frequente o ensino secundário”, garantem, com António Ventura a explicar que, no calendário da 1ª Fase dos Exames Finais Nacionais do Ensi-no Secundário, “a quase totalidade dos exa-mes nacionais tem início pelas 9h30, sendo que “o aluno tem de comparecer na sala com cerca de 30 minutos de antecedência, pois a chamada é efectuada 15 minutos antes de se iniciar o exame”.

“Nos Açores, devido à diferença horária face a Portugal continental, os exames co-meçam uma hora mais cedo, nomeadamen-te às 8h30, e portanto têm de se apresentar para exame cerca das 8h00”, adianta.

Mais de 100 entidades públicas na Região já executaram os planos de transparência e prevenção de riscos de corrupção

Uma listagem com as mais de 100 en-tidades públicas dos Açores que elaboraram planos de prevenção de riscos de corrup-ção e infracções conexas já foi enviada à Assembleia Legislativa da Região.

Neste quadro, é de salientar a contínua revisão e verificação da implementação de Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas e de Códigos de Condu-ta, Códigos Éticos ou de outros normativos de acompanhamento e gestão de conflitos de interesses no exercício de funções, bem como da sua publicitação, quer na Administração Pública Regional directa, quer na indirecta, e no Setor Público Empresarial Regional. Tal como o Conselho de Prevenção da Corrup-ção, a nível nacional, recentemente concluiu, também nos Açores as entidades públicas re-gionais têm vindo a acolher as recomenda-ções, considerando que a gestão de riscos é um factor importante para o reforço de uma

cultura de integridade e transparência. As-sim, já são mais de uma centena as entidades regionais que dispõem de Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, elaborados de acordo com as recomendações do Conselho de Prevenção da Corrupção, sendo que algumas entidades já procederam à revisão dos seus planos anteriores e outras estão a adaptá-los às novas realidades e até a autonomizá-los, prosseguindo, igualmente, com a devida publicidade dos seus planos nas respectivas páginas na Internet. Ainda que conscientes da necessidade de, além da concepção dos planos, também da criação de novas ferramentas, designadamente digitais, para a sua publicitação, que podem prolongar justificadamente a conclusão do processo, é sempre uma preocupação transversal a todas as entidades públicas dos Açores o cumpri-mento das matérias desta natureza.

Apesar de a Câmara dizer que Calhetas têm a bandeira azul, o galardão não está na imagem

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opinião/regional14 Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018

Eczema atópico – uma doença que não mata mas mói!

A semana mundial da alergia comemorou-se de 22 a 28 de Abril tendo como tópico principal o eczema atópico (EA). O EA, também desig-nado dermatite atópica, merece este destaque porque é doença inflamatória crónica da pele mais comum e porque afeta consideravelmente a qualidade de vida dos doentes e suas famílias. Para além do desconforto físico causado, da in-terferência com o sono (a comichão agrava-se durante a noite), o facto de ser uma doença “à vista de todos” constitui um fardo para os do-entes que, frequentemente evitam sair de casa, resultando em absentismo escolar ou laboral. É importante salientar que o EA não é uma doen-ça infecciosa, logo não é contagioso!

O EA pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas inicia-se maioritariamente nos pri-meiros 5 anos de vida, atingindo cerca 1 em cada 5 crianças. Apesar de em muitos casos me-lhorar antes de cumprida a primeira década de vida, emcerca de ¼ das crianças o EA persiste na idade adulta.

Clinicamente, o EA caracteriza-se por dar comichão intensa numa pele que se apre-senta muito seca, com lesões avermelhadas e escoriações provocadas pelo ato de coçar. Com o passar do tempo, se o EA não for de-vidamente controlado, a pele pode tornar-se mais grossa e com pregas mais acentuadas. A distribuição das lesões do EA varia com a idade, sendo que no bébe são mais afetadas a face e as superfícies de extensão dos mem-bros, enquanto que na criança e adulto o EA predomina nas pregas cutâneas (sangradou-ro, atrás dos joelhos) e no pescoço.

O EA resulta de uma fragilidade na pele que faz com que esta perca mais água do que o normal, o que a torna mais seca e compromete a sua função de barreira. A pele torna-se mais sensível à exposição a agentes irritantes (ex: produtos de limpeza) e perme-ável à acção de patogénios e de alergénios (ex: ácaros), conduzindo à sua inflamação e consequente aparecimento dos sintomas aci-ma referidos. Ao contrário do que muitas ve-zes se pensa, a maioria dos doentes com EA não tem alergia alimentar. Esta ocorre em cerca de 1/3 dos doentes, sobretudo em casos de maior gravidade.

O diagnóstico do EA é feito com base na observação do médico. Se existir suspeita de alergia a alimentos ou a outros alergénios (ex. ácaros), pode-se justificar a realização de testes cutâneos ou análises ao sangue. Com frequência o EA é a primeira manifes-

tação da chamada Marcha Alérgica. Assim, os doentes com EA têm maior risco vir a desen-volver outras doenças alérgicas como a asma, a rinite alérgica ou alergias alimentares.

O EA é uma doença crónica e, como tal, para o seu controlo é necessário cuidar diaria-mente da pele, mesmo nos períodos sem lesões. O tratamento de manutenção inclui: a hidratação regular da pele com hidratantes adequados para pele atópica; evitar contacto da pele com irritan-tes (ex. roupas de lã, detergentes) e com agen-tes a que o doente é alérgico (ex. ácaros, pêlo de animais); banho com água tépida utilizando produtos de higiene adequados e com duração inferior a 5 minutos. Apesar do EA ter tendên-cia a melhorar no Verão é frequente o seu agra-vamento associado a atividades lúdicas em pis-cinas de água tratada com cloro. O uso de creme barreira aplicado antes da ida à piscina ajuda a prevenir os efeitos do cloro na pele atópica. Os anti-histamínicos orais são pouco eficazes no controlo da comichão no EA e não substituem a hidratação. As crises de EA são tratadas com recurso a anti-inflamatórios de aplicação tópica por curtos períodos. Nalguns casos pode ser ne-cessário o recurso a corticoides orais ou outros anti-inflamatórios sistémicos, estando reserva-dos os antibióticos, apenas, quando a infecção da pele complica o EA.

O EA é uma patologia com impacto signi-ficativo na qualidade de vida dos doentes, mas que pode ser controlado, sendo fundamental que seja transmitido ao doente e à família a ne-cessidade da continuidade dos cuidados com a pele, mesmo nos períodos de acalmia.

Por: Miguel PaivaMédico

Imunoalergologista

Em 2005 foi elaborado um convénio entre a Uni-versidade dos Açores e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com o objectivo de ministrar na Universidade dos Açores, o Ciclo Básico de Medicina. Este Ciclo, compreende os três primeiros anos do curso conducente ao grau de Mes-tre em Medicina, pela Facul-dade de Medicina da Univer-sidade de Coimbra.

Os alunos que concluí-rem com aproveitamento os três primeiros anos do Ciclo Básico, prosseguem os estu-dos em Coimbra, ingressan-do no 4.º Ano do Mestrado Integrado em Medicina na-quela Universidade.

O Núcleo de Estudantes de Medicina dos Açores (NEMA), congrega um grupo de alunos que dinamiza a vida académica, rea-lizando atcividades diversas no âmbito do lazer, promovendo o desporto e a cultura na Univer-sidade. A intervenção junto das populações, em pareceria com as autoridades locais, é uma priori-dade. Os rastreios médicos, as ac-ções para a promoção da saúde e o envolvimento em acções de so-lidariedade, são práticas correntes promovidas pelo NEMA.

No passado dia 28 de Abril pelas 21 horas, teve lugar no Res-taurante Q’énosso, na cidade da Lagoa, a VI Gala Médica da Facul-dade e Medicina da Universidade dos Açores, evento promovido pelo NEMA, sob a égide da Direcção de Curso, na pessoa do professor António dos Santos Pires Martins.

Esta Gala Médica é um aconteci-mento anual que reune os alunos e os professores da Faculdade de Medicina e acompanhantes, cele-brando mais um ano letivo.

Todos os anos, durante a come-moração na Gala Médica, é distin-guido o melhor aluno do Ciclo que se encerra, sendo-lhe atribuído um prémio. O Novo Banco dos Açores é a entidade que gentilmente se tem associado nos últimos anos a esta comemoração, como um incentivo à Qualidade e à Excelência que be-neficiará o aluno que mais se des-tacou no último Ciclo de três anos. Assim, na VI Gala Médica deste ano de 2018, foi agraciada com o Prémio Novo Banco, no valor de 1.000 €, à aluna do terceiro ano do Ciclo Básico de Medicina Raquel Judite Pinto e Silva a qual doou o premio à comissão das palestras de Medicina da UAc.

VI Gala Médica da Faculdade de Medicina da Universidade dos Açores

Prémio Novo Banco dos Açores

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018publicidade16

Sábado, dia 28 de Abril:

08:00 – Recepção das ofertas de gado junto ao redondel de leilões da Associação Agrícola de São Miguel, Santana, em Rabo de Peixe (gentil-mente cedido)10:00 – Início da arrematação das ofertas de gado nas instalações da Associação Agrícola de São Miguel

Terça -feira, dia 1 de Maio:

18:00 – Tríduo Preparatório, no Santuário do Se-nhor Santo Cristo dos Milagres, com pregação Padre João António das Neves, Vigário Episco-pal

Quarta-feira, dia 2 de Maio:

18:00 – Tríduo Preparatório, no Santuário do Se-nhor Santo Cristo dos Milagres, com pregação Padre João António das Neves, Vigário Episco-pal

Quinta-feira, dia 3 de Maio:

11:00 – Conferência de Imprensa (Apresentação da Capa) 18:00 – Tríduo Preparatório, no Santuário do Se-nhor Santo Cristo dos Milagres, com pregação Padre João António das Neves, Vigário Episco-pal

Sexta-feira, dia 4 de Maio:

08:00 – Missa no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres presidida pelo Cónego Ân-gelo Valadão, Vigário Episcopal09:00 – Missa no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, presidida pelo D. António Sousa Braga, Bispo Emérito de Angra11:00 – Missa Destinada aos Doentes(Igreja São José)-presidida pelo Bispo de Angra e Ilhas dos Açores D. João Lavrador. Após a Missa visita ao Santuário da Esperança, onde se encontra a Ima-gem do Senhor Santo Cristo dos Milagres21:00 – Inauguração da iluminação decorativa da fachada do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres e do Campo de São Francisco, com execução do Hino do Senhor Santo Cristo, pela Banda do Triunfo, seguida de desfile da Charanga dos Bombeiros Voluntários de Ponta DelgadaAbertura do Bazar do Senhor Santo Cristo dos Milagres

21:30/00:30 – Arraial e concerto pela Banda Triunfo

Sábado, dia 5 de Maio:

08.00 – Missa no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, com a participação de um Coro de Romeiros da Ilha de S. Miguel, presidida pelo Padre Nuno Maiato09:00 – Missa no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, por alma de todos os be-neméritos da Irmandade, presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente10:00 – Missa no Hospital do Divino Espírito Santo, Presidida pelo D. João Lavrador 16:20 – Organização do cortejo da Mudança (o Provedor da Irmandade bate à “Porta Regral”)16:30 – Mudança da Imagem do Convento da Esperança para o Santuário, passando em frente à Guarda de Honra prestada por uma companhia do Exército e Banda da Zona Militar dos Açores (16h45), com salva por uma corveta da Marinha e sobrevoo por uma aeronave da Força Aérea. (O percurso da Mudança da Imagem far-se-á no sentido dos últimos anos: arruamentos N-S, E-W, S-N e W-E do Campo de S. Francisco)18:00 – Antes da Recolha da Imagem, Sermão pelo Vigário Geral da Diocese Cónego Hélder da Fonseca18:30 – Abertura do Bazar do Senhor Santo Cris-to dos Milagres21:00/22:30 – Arraial e concerto ( Lira das Sete Cidades)23:00 – Espectáculo de fogo-de-artifício a partir do Forte de São Brás23.15/00.30 – Concerto (Fundação Brasileira)

Domingo, dia 6 de Maio:

00:00 – Mudança da Imagem para a Igreja de São José, seguida de missa presidida Pároco de São José, Padre Duarte Melo.Após a Missa segue-se o Inicio da Vigilia em Honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres pelo Padre Norberto Brum06:00 – Alvorada com salva de morteirosMissa dos Peregrinos presidida pelo Padre Davi-de Barcelos09:15 – Saída da Imagem da Igreja de São José para o adro do Santuário09:30 – Solene Concelebração Eucarística, no adro do Santuário, com a presença da Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente

15:30 – Saída do Guião da Procissão que percor-rerá o trajeto habitual16:30 – Saída da Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres22:00 – Abertura do Bazar do Senhor Santo Cris-to dos Milagres22:00/00:30 – Arraial e concerto (Filarmónica Aliança dos Prazeres)

Segunda-feira, dia 7 de Maio(feriado municipal):

11:00 – Concelebração Eucarística aplicada pelas intenções da Mesa da Irmandade e seus colabora-dores, Presidida por D. João Lavrador12:30 – Homenagem da Polícia de Segurança Pú-blica, dos Bombeiros Voluntários, dos táxis da Associação dos Táxis de S. Miguel e Santa Maria e dos Motociclistas de S. Miguel com desfile dian-te do Convento da Esperança14:30 – Arrematação de ofertas e pequenos ani-mais domésticos no adro do Santuário15:00 – Abertura do Bazar do Senhor Santo Cris-to dos Milagres15:00/19:00 – Cantigas ao desafio e desgarradas (Associação dos Cantadores ao Desafio dos Aço-res)20:00/21.00 – Actuação do Grupo Bora Lá To-car21.30/23:00 – Arraial e concerto (Banda Nossa Senhora dos Remédios)

Terça-feira, dia 8 de Maio:

21.00/24.00 – Bazar, Arraial e Concerto (Violas da Terra, das 21:30 às 23:00) Quarta-feira, dia 9 de Maio:

21.00/24:00 – Bazar, Arraial e Concerto (Filhos da Terra-Ribeira Chã, das 21:30 às 23:00)

Quinta-feira, dia 10 de Maio:

17:00 – Abertura do Bazar do Senhor Santo Cris-to dos Milagres18:00 – Encerramento das festas religiosas do Senhor Santo Cristo dos Milagres – Solene Concelebração em honra de Madre Teresa da Anunciada, presidida pelo Reitor do Santuário, Cónego Adriano Borges21:30/24:00 – Arraial e concerto de encerramen-to das Festas de 2018 pela Banda da Zona Militar dos Açores

PROGRAMA DAS FESTAS 2018

30 S íd

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 201818 reportagem

Governo autorizou concurso para atribuiçãoe concessão do terminal de ‘transhipment’ de contentores do porto da Praia da Vitória

O Governo deu orientações à empresa ‘Por-to dos Açores, S.A.’ para lançar o procedimento de concurso para atribuição da concessão do ter-minal de ‘transhipment’ de contentores do Porto da Praia da Vitória, após a conclusão dos proce-dimentos prévios necessários.

Neste âmbito, os procedimentos incluem o desenvolvimento, de imediato, do projecto base do terminal de ‘transhipment’ de contentores do Porto da Praia da Vitória, de acordo com as re-comendações do estudo promovido pela ‘Portos dos Açores’, incluindo os estudos e procedi-mentos necessários à obtenção da Declaração de Impacte Ambiental, desencadear, no prazo má-ximo de quatro meses, os procedimentos de ob-tenção dessa Declaração de Impacto Ambiental, definir, no prazo de 60 dias e em função das conclusões referidas no estudo promovido pela ‘Portos dos Açores’, o modelo de concessão necessário ao desenvolvimento do terminal de ‘transhipment’ de contentores do Porto da Praia da Vitória, incluindo as condições contratuais referentes ao equilíbrio económico e financeiro da operação, a análise e repartição de riscos, o valor e remuneração, o prazo contratual, entre outros, que melhor garanta a protecção do in-teresse público regional, ao mesmo tempo que seja capaz de suscitar o posicionamento e inte-resse dos operadores relevantes.

Considera o Governo que a localização es-tratégica dos Açores, “onde confluem várias ro-tas marítimas internacionais no Atlântico, bem como a dimensão e condições naturais do Por-to da Praia da Vitória, representam vantagens competitivas na operação de um terminal de ‘transhipment’ nesse porto”.

Neste contexto, considera o terminal de ‘transhipment’ no Porto da Praia da Vitória como um projecto “de interesse regional estratégico, pelos impactos positivos que se perspectivam na economia da ilha da Terceira, em particular, e da Região, em geral, desde logo por poder ser um factor de expansão de outros importantes sectores económicos”.

A magnitude deste projecto em termos de investimento e o tipo de negócio subjacente “implica, inevitavelmente, o envolvimento de operadores privados na sua implementação e exploração futura, mediante concessão”.

Foi aprovada a uma proposta de diploma que altera o regime jurídico da operação portu-

ária nos Açores. Esta proposta legislativa visa alterar o prazo limite das concessões do serviço público de movimentação de carga de 30 para 75 anos, de forma a permitir melhores condi-ções de rendibilidade da exploração, do capital investido pelo concessionário, como é o caso da concessão da concepção, construção e explora-ção do terminal de ‘transhipment’ de contentores do Porto da Praia da Vitória.

O Conselho de Governo aprovou a contração, pela Região, de um refinanciamen-to para amortização de empréstimos, até ao montante de 81 milhões e 258 mil euros, e um empréstimo para financiamento destinado a comparticipar projectos de investimento co-financiados por fundos europeus, no valor de 60 milhões de euros.

Aprovou um diploma que define o regime jurídico das instalações de gás combustível nos imóveis da Região que contempla a simplifica-ção de procedimentos e a redução de custos para o utilizador associados às verificações das con-formidades dos projectos e respectivas normas regulamentares e técnicas para as instalações de gás nos imóveis nos Açores, bem como a cria-ção de uma plataforma electrónica regional para

a gestão eficiente e simplificada deste sistema. Foi aprovada uma proposta de diploma que

define os termos da afectação dos resultados lí-quidos dos jogos sociais explorados pela San-ta Casa da Misericórdia de Lisboa atribuídos ao Governo dos Açores. Estes resultados vão comparticipar as despesas previstas no Plano de Investimentos da Região Autónoma, referentes aos Programas da Solidariedade Social, Saúde, Protecção Civil e Desporto.

Aprovado modelo para a certificação

do destino turístico Açores

O Conselho do Governo aprovou o modelo organizativo destinado ao planeamento, orga-nização e supervisão do processo conducente à certificação dos Açores como Destino Turístico Sustentável.

Com base neste propósito, o Conselho de Governo aprovou um conjunto de procedimen-tos necessários à gestão e à implementação de medidas e acções destinadas ao cumprimen-to dos requisitos e metas da certificação, bem como o acompanhamento e monitorização da sua evolução, tendo por base a estratégia para o

sector do turismo nos Açores, plasmada no Pla-no Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores [PEMTA].

Nos procedimentos para a certificação, destacam-se a criação de uma Estrutura de Ges-tão da Sustentabilidade do Destino Turístico (DMO), com o objectivo de planear, organizar, concretizar, gerir e supervisionar a certificação dos Açores como Destino Turístico Sustentá-vel e a instituição do Comité Consultivo para a Sustentabilidade do Destino Turístico Açores, constituído por entidades públicas, associativas ou privadas, representativas dos interesses di-rectamente relacionados com a temática da Sustentabilidade do Destino Turístico Açores.

Vai ser criado um grupo de Acompanha-mento da Sustentabilidade do Destino Turístico Açores, constituído por entidades públicas, com o objectivo de operacionalizar a concretização das medidas e acções destinadas ao cumprimen-to dos requisitos e metas da certificação, por via da implementação de instrumentos de planea-mento e de gestão, de fornecer informação para verificação do grau de cumprimento dos indica-dores de sustentabilidade, constantes dos instru-mentos de monitorização, e de emitir pareceres e fazer recomendações sobre a Sustentabilidade do Destino Turístico Açores.

Vão ser também promovidos Fóruns de Acompanhamento da Sustentabilidade do Destino Turístico Açores, de cariz geográfico e temático, constituídos por entidades repre-sentativas dos interesses locais, como sejam as autarquias locais, entidades associativas re-presentativas da sociedade civil, empresas e cidadãos, bem como o Fórum da Cartilha da Sustentabilidade do Destino Turístico Açores, constituído pelas entidades subscritoras da car-tilha de sustentabilidade, com o objectivo de acompanhar, promover a auscultação e a refle-xão, emitir pareceres e fazer recomendações e sugestões sobre o processo de certificação dos Açores como Destino Turístico Sustentável, particularmente sobre os seus instrumentos de planeamento, gestão e monitorização.

Desta forma, salienta o governo, “é dado mais um passo no processo de consolidação e de qualificação dos Açores como destino turístico de referência no panorama internacional, contri-buindo para o caminho de crescimento do sector que se tem verificado em todas as ilhas”.

Vai avançar parque de contentores do porto da Praia da Vitória

PO Açores 2020: Prioridades para Câmara do Comércio e SDEAO Executivo açoriano aprovou as orien-

tações da articulação entre o Programa Operacional para os Açores 2020 e a es-tratégia de desenvolvimento regional, na área da competitividade empresarial e da internacionalização da economia açoriana.

O Governo decidiu estabelecer como orientação que, na selecção de operações para financiamento, seja dada primazia àquelas apresentadas por associações empresariais ou entidades públicas que tenham estabelecido parcerias com o Governo dos Açores e prossi-gam políticas públicas de carácter empresarial nos domínios da internacionalização, como é o caso da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores e da SDEA – Sociedade para o Desen-volvimento Empresarial dos Açores.

Esta decisão tem por base a necessidade de conferir uma lógica de agregação e de co-erência aos projectos colectivos elegíveis no âmbito da Prioridade de Investimento 3.2 do Programa Operacional para os Açores 2020 com outros programas de acção já definidos

e objecto de apoio por parte do Governo Re-gional no âmbito da internacionalização da economia açoriana,

A selecção da Câmara do Comércio e In-dústria dos Açores e da SDEA “teve em consi-deração o papel que têm vindo a desempenhar” na Estratégia de Criação e Operacionalização da Marca Açores “e a necessidade de compatibilizar” os recursos financeiros do PO Açores 2020 com as Orientações de Mé-dio e Longo Prazo para o período 2017-2020 e com o Plano Regional Anual 2018, “como forma de melhor se promover as prioridades de política económica e social a prosseguir na Região, designadamente as que se pretendem desenvolvidas sectorialmente no domínio da competitividade empresarial”.

O Governo autorizou a adjudicação da empreitada de remodelação do Hospital da Horta e construção do edifício da Unidade de Saúde de Ilha do Faial, no valor de cerca de sete milhões de euros, com um prazo de execução de 10 meses e 18 meses, respectiva-

mente, contado a partir da data de consigna-ção da empreitada.

Foi aprovada a substituição de dois avales, um à Azorina – Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, S.A., no valor de 880 euros, e outro à Ilhas de Valor S.A., no montante de 3,5 milhões de euros. Estas operações “permitem a reestruturação de financiamentos de modo a reduzir custos e optimizar recursos e não configuram um au-mento do endividamento líquido das empre-sas em causa.

Foi autorizada a celebração de um con-trato-programa entre a Região e a Associação Nonagon - Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, no montante de 457 mil euros, tendo em vista a atribuição de apoio finan-ceiro a actividades de reforço da colabora-ção e ligação com a comunidade científica e empresarial, à promoção de actividades de investigação e desenvolvimento e a sua concretização no mundo empresarial, assim como à dinamização, acompanhamento ao

desenvolvimento de empresas, ao fomento do empreendedorismo e inovação.

Foi também autorizada a celebração de um contrato programa entre a Região e a Azorina - Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, S.A., no montan-te de cerca de 40 mil euros, com o objectivo de promover e divulgar os óleos essenciais de ‘Cryptomeria Japónica’ em diversas vertentes do seu uso e qualidade, bem como regular a cooperação entre as partes, no âmbito da qua-lificação da madeira de criptoméria para fins estruturais. Deste modo, diz o Governo dos Açores que “continua o caminho de valoriza-ção da fileira da madeira, bem como pretende promover a produção de óleo de uma das árvo-res mais emblemáticas da floresta dos Açores, a partir dos excedentes da exploração flores-tal, como também realizar a qualificação do óleo essencial, através da sua parametrização ao longo do ciclo de vida anual da criptoméria em diferentes cotas de altitude e povoamentos instalados em diferentes solos”.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 regional 19

Primeiro Orçamento Participativo dos Açores recebeu 326 antepropostas

O Vice-presidente do Governo destacou ontem, em Angra do Heroísmo, a significativa adesão ao primei-ro Orçamento Participativo dos Açores (OP Açores), considerando que “superou largamente as melhores expectativas” ao terem sido submetidas 326 antepro-postas na fase de apresentação de ideias de investi-mento público em cada ilha.

“Ao repto lançado pelo Governo dos Açores responderam cerca de 1.500 cidadãos”, que partici-param nas sessões de apresentação e nos encontros participativos realizados em todo o arquipélago, reve-lou Sérgio Ávila, numa conferência de imprensa para apresentar o balanço da primeira fase do OP Açores.

O Vice-presidente adiantou que 167 antepropostas foram submetidas online, enquanto que as restantes 159 foram apresentadas presencialmente nos 26 en-contros participativos que se realizaram.

“Por área temática, temos 128 antepropostas na área da Juventude, 85 na do Turismo, 67 na da Inclu-são Social e 46 na área do Ambiente”, revelou Sérgio Ávila.

Relativamente aos três temas da área da Juventude a que podiam ser apresentadas ideias de investimento, Sérgio Ávila divulgou que 60 antepropostas se enqua-dram em ‘Hábitos de vida saudável’, 48 em ‘Cidada-nia’ e 20 em ‘Tecnologia’.

“A expressiva adesão a esta iniciativa, que corresponde à concretização de um compromisso do Governo dos Açores para esta legislatura, com o ob-jectivo de promover uma cidadania mais participativa, verificou-se em todas as ilhas, sem excepção”, frisou o Vice-presidente.

Segundo revelou o governante, em São Miguel fo-ram apresentadas 75 antepropostas, na Terceira 63, em São Jorge 51, no Pico 38, nas Flores 26, em Santa Ma-ria 24, na Graciosa 23, no Faial 20 e no Corvo seis.

A segunda fase do calendário do OP Açores de-corre até 24 de Junho, com a análise e validação das antepropostas, em interação com os cidadãos que as apresentaram.

Entre 25 e 29 de Junho, já no âmbito da terceira fase, serão conhecidas as listas provisórias de propos-tas a submeter a votação pública, podendo os propo-nentes dos projectos pronunciar-se ainda sobre essas decisões. A partir de 2 de Julho e até 30 de Setembro, serão divulgadas as listas definitivas das propostas a submeter à votação no sítio da Internet do OP Açores, no endereço https://op.azores.gov.pt/, iniciando-se a fase da votação, em que os cidadãos serão novamente convidados a participar.

Sérgio Ávila afirma que participação ultrapassou as expectativas

Corte de 5% na Política de Coesão e na Agricultura“é rude golpe” para os Açores

O Vice-presidente do Governo classificou como “um mau ponto de partida” a proposta apresentada pela Comissão Europeia para o orçamento comunitário 2021-2027.

“Achamos que é um mau ponto de partida porque exige uma acção permanente para que a estratégia seja devidamente corrigida em todo o processo”, afirmou Sérgio Ávila após um encontro com os deputados do PS à Assembleia da República eleitos pelos Aço-res, Carlos César, Lara Martinho e João Castro.

A Comissão Europeia propôs anteontem um orçamento pluria-nual para a União Europeia para o período 2021-2027 que prevê cortes de 5% na Política de Coesão e na PAC.

Sérgio Ávila ressalvou que a proposta da Comissão Europeia, não sendo “de maneira nenhuma satisfatória”, é apenas o início de um “processo negocial, moroso, complexo e difícil”.

Esta posição de Sérgio Ávila coincide com as declarações de ontem do Primeiro-ministro, António Costa, de visita ao Canadá acompanhado pelo Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cor-deiro.

Federação Agrícola diz que “é um rude golpe”

Para a Federação Agrícola, a posição da Comissão Europeia “é um rude golpe na agricultura açoriana, atendendo a que as expecta-tivas eram e continuam a ser, que se registem aumentos dos apoios ao sector, nomeadamente, do POSEI, já que as verbas afectas a este programa comunitário, têm sido manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades”.

No âmbito do desenvolvimento rural, o previsível corte de 5% no próximo quadro comunitário de apoio, “irá reflectir-se drastica-mente na diminuição do investimento no sector, o que será profun-damente negativo para a coesão económica e social da Região”, revela a Federação Agrícola.

E acrescenta que, mantendo-se a posição da Comissão Europeia, “a competitividade da agricultura regional está em causa, pois os fundos comunitários ao dispor dos agricultores açorianos são in-dispensáveis para a competitividade agrícola regional” onde “ainda existem problemas estruturais que necessitam de ser debelados”.

A Federação Agrícola apela à união de todos, desde a produção, ao Governo Regional, aos partidos regionais, eurodeputados e ao Governo da República, na defesa dos interesses dos agricultores açorianos, uma vez que as propostas até agora conhecidas da nova PAC, são desequilibradas e desajustadas da realidade regional”.

PSD/A: Agricultura“vai sofrer…”

O deputado e porta-voz do PSD/Açores para a Agricultura, António Almeida, alertou para “o risco de os problemas estruturais que persistem na Agricultura nos Açores, onde a dependência econó-mica e social do sector agrícola é demasiado relevante, serem agra-vados, se não houver um aumento dos apoios da Política Agrícola Comum”. Segundo o deputado, e não obstante os avisos de alguns especialistas de que este é apenas o início de um processo negocial com a União Europeia, o Governo dos Açores “deve fazer valer os argumentos económicos e sociais da Região e a sua debilidade para validar um aumento dos recursos financeiros”.

António Almeida frisou que cabe à Região “elevar o seu estatu-to de ultraperiferia junto do Governo da República e este perante as instâncias europeias para salvaguardar a adequação dos meios finan-ceiros para a modernização da Agricultura nos Açores e para a manu-tenção de um modelo de desenvolvimento agrícola que valorize, de forma sustentável, os recursos agro económicos de cada ilha”.

Sofia Ribeiro preocupada,

mas nem tanto A eurodeputada Sofia Ribeiro lamentou a proposta da Comissão

Europeia para o próximo Quadro Financeiro Plurianual. “Se por um lado o que se antevia em relação à Agricultura era bem pior, o corte de 5% na PAC com 4% de redução nos pagamentos directos, ou seja, no apoio directo aos agricultores, deixa-me apreensiva, pois mais uma vez são estes os sacrificados”, afirmou Sofia Ribeiro.

No que concerne ao corte proposto de cerca de 5% nos fundos de coesão, a Eurodeputada considera-os também “muito preocupantes”, pois para Portugal estes fundos “são essenciais”.

A finalizar, a eurodeputada Sofia Ribeiro avançou que “não é um ponto de partida tão negativo como se esperava, para o início das ne-gociações. Acho que deveríamos ser mais ambiciosos no contributo dos Estados-Membros para o Orçamento Europeu, nomeadamente elevando-o para os 1,3% RNB. No entanto, o Parlamento Europeu terá agora uma importante palavra a dizer e todos os documentos quer sobre a PAC, da qual fui relatora, quer sobre os fundos de co-esão, indicam claramente que rejeitamos qualquer corte. Não tenho dúvidas de que foi por causa disto que não se foi mais longe nos cor-tes. Avizinham-se tempos de muito trabalho e de muitas negociações de modo a evitarmos que sejam sempre os mesmos a sofrer.”

Cortes da Comissão Europeia na Política Agrícola Comum causa preocupação nos Açores

Federação Agrícola apela a união de esforçosem defesa dos interesses açorianos

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 201820

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divulgação/publicidade

Fragmentos de um possível novo manuscrito do mar Morto foram iden-tificados graças a uma tecnologia desenvolvida especificamente pela agência espacial norte-americana NASA para a investigação divulgada pela Universidade Hebraica de Jeru-salém.

Tratam-se de centenas de peque-nos fragmentos, com dois mil anos, que foram descobertos pelos arqueó-logos na década de 1950 e guardados em caixas de charutos.

Hoje, após vários anos de estudo, foram exibidos num simpósio inter-nacional que assinalou os 70 anos da descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, uma colecção de centenas de

textos e pedaços de texto encontra-dos nas grutas de Qumran, no final da década de 1940 e nos anos 1950, e considerados a versão mais antiga do texto bíblico.

Os minúsculos fragmentos, em pele, foram analisados com uma má-quina digitalizadora de imagens em múltiplos espectros de luz, concebida pela NASA.

Em Qumran foram descobertos inicialmente 900 manuscritos, a maio-ria mal conservados, que incluem as cópias mais antigas em hebraico do Antigo Testamento.

Segundo investigadores da Uni-versidade Hebraica de Jerusalém, os novos fragmentos podem pertencer a um novo manuscrito.

Andrea Bocelli diz que concerto em Fátima será “fundamentalmente uma oração”

O tenor italiano Andrea Bocelli, que no dia 13 vai dar em Fátima um recital de acção de graças pelo Centenário das Aparições, afirma que a essência do concerto será “fundamentalmente uma oração”.

“A essência deste concerto será fun-damentalmente uma oração para a qual convido todos os que puderem estar presentes”, diz Andrea Bocelli, citado numa nota de imprensa divulgada pelo Santuário de Fátima.

Na mesma nota, Andrea Bocelli con-sidera que o recital, com início às 16h00 na Basílica da Santíssima Trindade, será um momento “muito especial”.

“Fátima é um dos lugares do mundo mais marcantes e sugestivos. Quando era criança tive a sorte de poder ir com a minha mãe a Lourdes [França] , mas, infelizmente, não tive a mesma oportu-nidade de ir a Fátima”, refere o cantor, num pequeno vídeo enviado à sala de imprensa do santuário.

No vídeo, o tenor adianta conhecer “este lugar desde os tempos de crian-ça, na escola primária”, pois teve “uma professora que era muito religiosa e que contava muitas histórias sobre as Apari-ções, a vida dos três Pastorinhos e a his-tória do Segredo de Fátima”, salientando as “coisas que transformam este lugar num espaço cheio de espiritualidade”.

“Será um recital muito especial para mim e vou procurar vivenciá-lo da me-lhor forma possível, mas a essência des-te concerto será fundamentalmente uma oração para a qual convido todos os

que puderem estar presentes”, adianta Andrea Bocelli, mencionado na mesma nota de imprensa.

Em 5 de Abril, o Santuário de Fátima anunciou a presença do tenor, composi-tor e produtor, que se fará acompanhar pela pianista francesa Elisabeth Som-bart e pela violinista ucraniana Anas-tasyia Petryshak, sob a já habitual di-

recção musical de Carlo Bernini.“Um ano depois de Fátima se ter

despedido do Papa Francisco, após a canonização dos santos Francisco e Ja-cinta Marto, momento que emocionou Portugal e o mundo cristão, e selou as celebrações do Centenário das Apari-ções, o tenor italiano, um dos artistas mais apreciados em todo o mundo, vi-sitará Fátima brindando os peregrinos com a sua música”, acrescenta o templo mariano.

Entre o repertório, composto por 11 temas, está o “Ave de Fátima”, que será interpretado por uma convidada de An-drea Bocelli, Ana Moura, “naquele que será um dos momentos mais altos deste recital, especialmente voltado para a in-terpretação de música sacra”, informa o santuário.

Entre outras canções, Andrea Bo-celli interpretará ainda “Pietà”, de Stra-della, “Sancta Maria”, de Mascagni, “Panis Angelicus”, de Frank, “Mission” de Morricone, “Ave Maria”, de Schu-bert, e “Agnus Dei”, de Bizet.

O recital, produzido pela empre-sa brasileira Dançar Marketing, é uma oferta ao Santuário de Fátima. A entra-da para o concerto, cuja lotação se en-contra esgotada desde o primeiro dia em que foi anunciado, é gratuita.

Identificados fragmentos de um possível novo manuscrito do mar

Tratam-se de centenas de pequenos pedaços,

com dois mil anos, que foram descobertos pelos

arqueólogos na década de 50.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 divulgação 21

Nissan Leaf recebe 5 estrelas EuroNcap

Sem palavras...

O Programa Europeu de Avaliação de Novas Viaturas (EuroNCAP) atribuiu ao novo Nissan LEAF a clas-sificação máxima, ou seja, de 5 estrelas, na classificação de segurança dos testes de colisão

Arcade: Google vai criar produtora de jogos

Na próxima missão a NASA vai explorar as “entranhas” de Marte

O Nissan LEAF é o primeiro automóvel a ser avaliado no âmbito dos mais restritivos e detalhados protocolos de classificação do Euro NCAP para 2018. Os protocolos de 2018 prevêem a introdução de uma série de novos testes que abordam os principais ce-nários de colisão que envolvem automóveis, peões e agora também o crescente número de ciclistas.

Nestes testes do Euro NCAP, o Nissan LEAF obteve uma classificação de 93% para a segurança de adultos e uma classificação de 86% para a protecção de crianças. A clas-sificação de segurança é determinada a par-tir de uma série de testes que reproduzem os cenários mais importantes de acidentes reais dos quais podem resultar ferimentos em ocupantes e/ou peões e ciclistas.

A classificação de 5 estrelas do novo Nissan LEAF reflete os sistemas avança-dos de assistência ao condutor incluídos no automóvel de Zero Emissões líder mundial. As suas diversas tecnologias, que recor-rem a um multitude de sensores, câmaras e radares, proporcionam benefícios claros

na detecção de peões e formam a base do aclamado sistema ProPILOT da Nissan para

uma condução mais segura e confiante. Gareth Dunsmore, Director de Veículos

Elétricos da Nissan Europa, afirmou que “o anúncio do Euro NCAP prova o que sa-bemos há muito tempo: que o novo Nissan LEAF tem padrões de segurança excepcio-nais e é um verdadeiro pioneiro no segmen-to de automóveis eléctricos. Este resulta-do independente demonstra que os nossos clientes podem confiar plenamente na visão de Mobilidade Inteligente da Nissan, e que estamos no caminho certo para transformar a forma como conduzimos e a maneira como vivemos”.

Esta classificação foi divulgada apenas alguns meses depois do programa de ava-liação de novas viaturas do Japão ter tam-bém atribuído, após testes rigorosos ao automóvel, a classificação máxima de 5 estrelas ao novo Nissan LEAF. Ao obter a nota máxima, o LEAF conseguiu 94,8 pon-tos em 100 no que respeita a segurança dos ocupantes numa colisão. Este programa é organizado pelo Ministério do Território, Infraestruturas, Transporte e Turismo do Ja-pão e pela Agência Nacional de Segurança Automóvel e Apoio às Vítimas.

A Google está a ajudar o em-presário Michael Sayman a desen-volver a Arcade, uma produtora de jogos que vai usar perfis base-ados nos números de telefone dos utilizadores.

A Arcade é uma startup de social gaming. O objectivo não é usar alguma rede social já exis-tente, mas sim criar perfis com

base nos números de telefone dos utilizadores. Com esta vertente, os utilizadores podem desfrutar de jogos mobile, na “companhia” dos seus amigos. A Bloomberg diz que a Google já confirmou o desenvol-vimento da Arcade, mas que não avançou mais pormenores.

Os jogos devem passar por perguntas de trivia, um segmento

com um potencial para abranger milhões de utilizadores. A ideia é que os jogadores envolvam os colegas, amigos e familiares, num ecossistema que inclui rapida-mente muitos intervenientes numa só sessão.

Ainda não há mais detalhes confirmados sobre esta aposta da Google.

A InSight é a sonda que irá a bordo da próxi-ma missão da NASA até Marte, com o objectivo de explorar as profundezas do planeta “verme-lho”. Se tudo correr bem, chegará a 26 de No-vembro para uma missão de dois anos.

O foguetão United Launch Alliance Atlas V deve sair de uma base na Califórnia no próximo sábado em direcção a Marte, levando a bordo a sonda InSight, alimentada a energia solar. Esta sonda deve chegar à superfície marciana em No-vembro para uma missão de dois anos a explorar a estrutura e a composição do interior do plane-ta.

“Gostamos de dizer que é o primeiro check-up exaustivo desde que o planeta foi formado, há 4,5 mil milhões de anos”, diz Thomas Zurbu-

chen, o responsável da NASA por esta missão, citado pelo Space.com.

A sonda vai usar essencialmente dois apa-relhos na sua missão: o SEIS, de Seismic Expe-riment for Interior Structure, e o HP3, de Heat Flow and Physical Properties Package. Os dados recolhidos pelo SEIS vão ajudar os cientistas a perceber melhor a estrutura da crosta de Marte e, dada a sua sensibilidade, tem de ser transportado numa câmara a vácuo. Foi precisamente um pro-blema nesta câmara, detectado em 2015, que fez com que a missão tivesse de ser adiada para ago-ra. Por outro lado, o HP3 vai trabalhar cinco me-tros abaixo da superfície, avaliar a temperatura e fornecer informações sobre o interior do planeta e como este evoluiu ao longo do tempo. Por fim, os instrumentos de comunicação da sonda vão determinar a sua localização com uma precisão de dez centímetros e ajudar a perceber melhor o eixo de rotação do planeta “vermelho”.

O investigador principal desta missão, Bruce Banerdt, diz que “o objectivo da InSight é nada menos do que melhor perceber o nascimento da Terra – o nascimento do planeta em que vive-mos”.

Os EUA investiram 814 milhões de dólares nesta missão, enquanto França e Alemanha in-vestiram 180 milhões para desenvolver os apare-lhos de medição a bordo.

Page 22: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018saúde/publicidade22

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Este achado foi o resultado de um estudo conduzido pela equipa da Universidade de East Anglia, Inglaterra.

Os fármacos anticolinérgicos são usados para tratar uma variedade de doenças, desde a Pa-rkinson, passando pela depressão, asma, doença

obstrutiva pulmonar crónica e ainda a inconti-nência urinária. Estes fármacos actuam através do bloqueio de um neurotransmissor conhecido como acetilcolina que transporta os sinais cere-brais para controlar os músculos.

Para o estudo, a equipa usou informação de uma base de dados clínicos do Reino Unido de mais de 11 milhões de pacientes. Os investigado-res identificaram 40.770 pacientes com demên-cia, com idades compreendidas entre os 65 e os 99 anos e que tinham sido diagnosticados entre 2006 e 2015. Cada um desses pacientes foi com-parado com sete outros pacientes sem demência, com idade semelhante e do mesmo sexo.

Para avaliar o efeito anticolinérgico dos fármacos prescritos aos pacientes, a equipa usou

uma escala conhecida como “Anticholinergic Cognitive Burden” (ACB). Uma pontuação de 1 significava que o fármaco era “provavelmente anticolinérgico” e uma pontuação de 2 ou 3 signi-ficava que era “definitivamente anticolinérgico”.

Foram analisadas 27 milhões de prescrições durante o período de 4 a 20 anos antes do diag-nóstico de demência.

Os fármacos com uma pontuação de 3 que ti-nham sido prescritos para a depressão, Parkinson e incontinência urinária foram associados a um maior risco de demência até 20 anos após o uso dos mesmos.

Para os fármacos que obtiveram 1 não foi estabelecida uma associação, assim como para fármacos para problemas respiratórios e gastroin-

testinais que tiveram uma pontuação de 3.No entanto, a análise não detectou uma asso-

ciação entre um maior risco de demência e o uso de outros fármacos anticolinérgicos como anti-histamínicos e para dores abdominais.

Consumo de álcool altera negativamente o microbioma oral

O consumo de bebidas alcoólicas pode provocar alterações no microbioma oral que acabam por afectar todo o organismo, sugeriu um novo estudo.

Conduzido por uma equipa de investigado-res da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova Iorque, EUA, o estudo indicou que além do consumo de álcool promover o cresci-mento de bactérias nocivas na boca, prejudica ainda o desenvolvimento de bactérias probióti-cas benéficas.

Os investigadores liderados por Jiyoung Ahn recrutaram para a sua análise 1.044 volun-tários, com idades compreendidas entre os 55 e os 87 anos, que viviam nos EUA. Todos os par-ticipantes eram saudáveis no início do estudo.

A equipa recolheu amostras do microbio-ma oral dos voluntários, assim como informa-ção sobre o consumo de bebidas alcoólicas por partes dos mesmos. Foi apurado que 270 não consumiam álcool, enquanto 640 bebiam com moderação e 160 bebiam excessivamente.

As amostras de microbioma foram analisa-das e combinadas com os dados sobre o consu-mo de álcool dos participantes para perceber

que bactérias se desenvolvem, e quais não se desenvolvem, no microbioma oral dos consu-midores de bebidas alcoólicas e dos não-con-

sumidores.Os investigadores descobriram que o con-

sumo de álcool proporcionou um desenvolvi-

mento mais consistente na boca de algumas bactérias prejudiciais, como as das espécies Bacteroidales, Actinomyces e Neisseria.

Por outro lado, observou-se problemas de desenvolvimento de bactérias benéficas, como as da espécie Lactobacillales, no microbioma oral dos consumidores de álcool.

“O nosso estudo demonstra claramente que beber é mau para manter um equilíbrio sau-dável de micróbios na boca e poderá explicar porque é que beber, tal como fumar, conduz a alterações bacterianas ligadas ao cancro e a doenças crónicas”, concluiu Jiyoung Ahn. A equipa explicou que as bactérias nocivas po-dem levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e cancro da cabeça e pescoço e gastrointestinal.

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Fármacos comuns podem aumentar risco de demênciaUma equipa de inves-tigadores estabeleceu uma associação entre o uso prolongado de

certos fármacos antico-linérgicos e um maior

risco de demência.

Estudo publicado na revista “Microbiome”

Page 23: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 nacional 23

Redução do número de alunos por turma avança no próximo ano lectivo

O Ministério da Educação anunciou ontem, em comunicado, que a partir do próximo ano se vai reduzir o número máximo de alunos por turma, de forma a promover o sucesso escolar.

Este mês serão vários os dias afetados por greves

em diversos sectores. Fique a conhecer o calendário de

paralisações.

Marcelo diz que proposta de Bruxelas para orçamento pós-2020 “é um mau começo”

O calendário das greves para este mês de Maio

No mesmo documento, refere a tutela, no pró-ximo ano lectivo, as turmas do 1.º Ciclo passam a ter 24 alunos e as de 2.º e 3.º Ciclos entre 24 e 28 alunos.

A medida será operacionalizada “desde o ano inicial de cada ciclo” de estudos.

Com esta medida, que já estava prevista no pro-grama do Governo, regressa-se assim a “números anteriores a 2013”, refere o Ministério em comuni-cado.

O objectivo é a “promoção do sucesso escolar, através da melhoria das condições de aprendizagem e do trabalho docente em sala de aula”.

Salienta ainda a nota que “aos alunos com neces-sidades específicas que estejam em efectiva perma-nência na turma, em dinâmicas de verdadeira inclu-são, continua a ser garantido o acesso a turmas com 20 alunos.”

“Assim, o processo de redução do número de alunos por turma - que já tinha iniciado em todos os ciclos de ensino nas escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) - continua e continuará a ocorrer de forma progressiva em todas as escolas, tendo em conta a correlação positiva entre a dimensão da turma e o sucesso escolar”, acrescenta a tutela.

Para o Ministério, “a redução do número de alunos por turma acautela não apenas os aspectos relacionados com condições logísticas e com os per-

cursos formativos, mas sobretudo inscreve-se como medida potenciadora de melhores aprendizagens para todos os alunos.”

Começou quarta-feira e repete-se por mais dois dias. A 3, 4 e 25 de Maio os trabalhadores da saúde, à excepção dos médicos e enfermeiros, estão em greve para exigir o horário de trabalho

de 35 horas, pagamento de horas extraordinárias e a integração no subsistema de saúde ADSE. Nestes dias o atendimento em hospitais e centros de saúde pode complicar-se para grande parte dos utentes.

Hoje também pode haver complicações quan-do levar os filhos à escola. Será dia de greve para os funcionários escolares. Querem a criação de uma carreira especial, acabar com a precariedade no trabalho e pôr fim à municipalidade.

Complicados serão também os dias 8, 9 e 10, com a paralisação dos médicos. Exigem a revisão das carreiras, aumentos salariais e o reconheci-

mento do estatuto de profissão de desgate rápi-do.

A semana continua com greves. Os funcio-nários da Infraestruturas de Portugal exigem au-mentos salariais e paralisam parcialmente a 10 e totalmente a 11, comprometendo ligações ferro-viárias e rodoviárias.

No calendário contam-se 7 dias de greve, em 31 do mês de Maio. Vários sectores serão afecta-dos, em alguns casos mais do que um no mesmo dia.

No dia 19 soma-se ainda uma manifestação de professores no centro de Lisboa.

O Presidente da República considerou quarta-feira "um mau começo" a proposta da Comissão Europeia de cortes de 5% na Política de Coesão e na Política Agrícola Comum, desafiando os partidos a lutar "por melhor ponto de chegada".

"É um mau ponto de partida. Vamos lutar por um melhor ponto de chegada", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, após uma reunião de duas horas e meia com as associações de apoio aos sem-abrigo no Porto, que decorreu no Centro de Acolhimento de Emergência da Câmara Municipal do Porto.

A Comissão Europeia propôs um orçamento plu-rianual para a União Europeia para o período 2021-2027 de 1,279 biliões de Euros, que prevê cortes de 5% na Política de Coesão e na Política Agrícola Co-mum (PAC).

Marcelo Rebelo de Sousa recordou aos jornalis-tas que esperava uma de duas possibilidades sobre a proposta da Comissão Europeia.

"A primeira era de que eu qualificaria de uma expectativa favorável, a outra era a de um mau ponto de partida. Parece que afinal é um mau ponto de par-tida", sublinhou.

"É um mau ponto de partida por várias razões. Em primeiro lugar porque significa que o orçamento europeu, todo ele como um bolo, fica em valores que não são aqueles que são desejáveis. São mais baixos. É um mau ponto de partida, porque significa um cor-te superior ao esperado e desejável em matérias de Política Agrícola Comum e, sobretudo, de coesão social. É um mau ponto de partida, porque isso se traduz, no caso português, em cortes que são injustos e indesejáveis", justificou o Presidente da República.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Au-gusto Santos Silva, já tinha classificado como "um mau começo" a proposta apresentada pela Comissão Europeia para o orçamento comunitário após 2020, mas prometeu uma "atitude construtiva para o pro-cesso acabar bem".

Questionado sobre esta declaração do minis-tro dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Rebelo de Sousa concordou que se trata de "um mau começo" e sublinhou que não pode "deixar de ter a mesma opi-nião que o Governo".

"O Presidente da República está em sintonia com o Governo e penso também com o principal parti-

do da oposição, no sentido de que queremos mais. Queremos mais e achamos que é justo ser mais, por várias razões que têm a ver inclusive com o com-portamento financeiro português nos últimos anos", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa desafiou ainda todos a porem mãos à obra.

"Agora é mãos à obra que agora vai ser um tra-balho intenso, mas em que ganhamos em ter um po-sição nacional forte, o mais ampla possível, eu de-sejaria que esta posição seja partilhada por o maior número de partidos e de parceiros económicos e sociais, porque interessa a todos que haja realmente mais recursos em termos de coesão social e de PAC, porque disso vai depender nomeadamente o orça-mento deste ano, o orçamento dos anos seguintes, a capacidade de olhar para sistemas sociais, de corrigir as desigualdades sociais e estamos todos interessados nisso", defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que "provavelmente há várias razões" para a proposta de corte, elencando, por exemplo, o facto de deixar de haver o "financiamento britânico".

Contudo, salientou, nada disso explica que haja, no caso de economias e de sociedades como é a por-tuguesa, "um corte com essa dimensão".

O Presidente visitou, quarta-feira, no Porto, o Mercado Temporário do Bolhão, reuniu depois da parte da tarde com as associações de apoio aos sem-abrigo no Porto e na agenda tem ainda uma visita ao Hospital Magalhães Lemos, também no Porto.

Page 24: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

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Page 25: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

Kim Jong Un terá libertado os três ameri-canos que foram presos na Coreia do Norte e enviados para um campo de trabalhos forçados,

segundo a agência sul coreana Yonhap. Esta era uma das condições avançadas por Donald Trump para que se cumprisse o encontro entre os líderes dos dois países. No entanto, Washing-ton ainda não confirmou a libertação dos cida-dãos americanos.

Mike Pompeo terá pressionado o líder norte coreano, durante as reuniões secretas de pre-paração para o encontro com Trump, para que os três cidadãos americanos -Kim Dong-Chul, Kim Sang-dul e Kim Hak-Song - fossem liber-tados. Ainda em Pyongyang, os prisioneiros terão sido submetidos a tratamento médico e a

ensinamentos ideológicos, segundo avança o Financial Times.

O encontro entre Trump e Jong Un ainda não tem data marcada, mas está previsto acon-tecer em breve. A confirmar-se, este poderá ser mais um passo de Jong Un para encontrar um acordo de paz com os Estados Unidos.

Também em Junho do ano passado, a Coreia do Norte libertou Otto Warmbier, um estudante norte-americano que tinha sido feito prisioneiro por ter roubado um cartaz de propaganda do ho-tel. O estudante chegou aos Estados Unidos em coma e morreu seis dias depois.

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 internacional 25

Guterres alerta Trump para “risco real de guerra” caso rasgue acordo com Irão

O Secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou ontem para que o Presidente dos EUA, Donald Trump, não rejeite o acordo nuclear com o Irão, alertando que existe um risco real de guerra se o acordo terminar.

A notícia é avançada pela agência de

notícias sul coreana mas ainda não foi

confirmada por Washington

Em declarações à BBC, Guterres classificou o acordo alcançado em 2015 com o Irão como “uma importante vitória diplomática” e defen-deu que não deve ser rasgado “a menos que exista uma boa alternativa”. “Enfrentamos tem-pos perigosos”, alertou.

Trump tem sido um crítico do acordo, alcan-çado durante a Presidência do seu antecessor, Barack Obama, no qual o Irão se comprometeu a limitar o seu programa nuclear em troca de um levantamento das sanções a que estava sujeito.

O Presidente norte-americano deverá decidir até 12 de Maio se mantém ou rasga o acordo.

O apelo de Guterres surge dias após Israel anunciar ter provas de que o Irão terá manti-do um programa nuclear secreto, o que viola o acordo de 2015.

O Primeiro-ministro israelita, Benjamin Ne-tanyahu, crítico do acordo internacional sobre

as actividades nucleares do Irão, assegurou que o seu Governo obteve “meia tonelada” de docu-mentos secretos iranianos que provam a existên-cia de um programa de armas nucleares.

O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, considerou que os documentos anunciados por Israel provam que o acordo foi “construído em mentiras”.

França, Reino Unido e Alemanha insistem que manter o actual acordo nuclear com o Irão é a melhor forma de impedir Teerão de desenvol-ver armas nucleares.

A Agência Internacional de Energia Atómi-ca (AIEA) reiterou na Terça-feira “não haver qualquer indicação credível de actividades no Irão relacionadas com o desenvolvimento de ar-mas nucleares após 2009”.

O acordo foi assinado em Viena em Julho de 2015, depois de anos de negociações entre o

Irão e o grupo dos 5+1 (Alemanha, EUA, Fran-ça, Reino Unido e Rússia). Nos termos do acor-do, Teerão aceitou congelar o programa nuclear até 2025.

Os partidários do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano asseguram que este acordo é a melhor garantia para impedir que o Irão se dote da bomba atómica.

Trump, no entanto, considera o acordo de-masiado fraco e, durante a sua campanha pre-sidencial, prometeu “rasgar” o acordo. Amea-çando passar à ação 15 meses após a chegada ao poder, Trump deu aos signatários europeus do actual acordo com o Irão (Alemanha, Reino Unido e França) até 12 de Maio para o tornar mais severo.

Há quase meio milhão de jornalistas na União Europeia

Coreia do Norte cumpre acordo e liberta três americanos

Há mais de 400 mil jornalistas na União Europeia (UE). São mais 38 mil do que há cinco anos, segundo os dados do Eurostat divulgados no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Os jorna-listas representam 0,2% do total de trabalhadores empregados da UE.

Olhando para um quadro geral, mais de 1,2 milhões de pessoas trabalham em actividades rela-cionadas com a publicação de jornais e revistas e outras 500 mil estão empregadas noutros sectores ligados à informação, como agências de notícias, processamento de dados e em websites.

A Alemanha é o país da União Europeia que emprega mais jornalistas. São mais de 78 mil, se-gundo os dados do Eurostat relativos a 2017, que não contemplam todos os 28 estados-membros. Os números da actividade em Portugal, por exemplo, não estão disponíveis.

Além da Alemanha, apenas França, Itália e Rei-no Unido têm mais de 20 mil jornalistas no activo.

Se compararmos o número de jornalistas com o total da população empregada, é a Estónia e a Sué-cia que aparecem no topo. Em ambos os países, os jornalistas representam 0,5% do total de trabalha-dores no activo, bem acima da média europeia.

No fundo da tabela estão a Eslováquia e a Polónia, onde os jornalistas representam apenas 0,1% da população empregada.

Quase 100 mortos em tempestades de chuva e areia no norte da Índia

Pelo menos 98 pessoas morreram na noite de Quarta para Quinta-feira, devido às fortes tempestades que assolam o norte da Índia. Ventos de 130 km/h arrastam areias, trazem chuvas e por vezes geada.

A tempestade está a afectar os estados de Uttar Pradesh e o Rajastão no norte e nordeste da União Indiana.

No Estado de Uttar Pradeesh morreram, pelo menos, 46 pessoas e 38 ficaram feridas, disse o diretor adjunto da Autoridade de Gestão de De-sastres, Sanjay Kumar."A pior tempestade ocorreu em Agra, onde morreram 36 pessoas e 35 ficaram feridas. Em algumas zonas da cidade várias casas ficaram destruídas", acrescentou.

Kumar afirmou que a situação de alerta conti-nua activa em toda a região porque é previsível a continuação do mau tempo.

Um porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres no Ra-jastão, Bijendra Singh, explicou que 27 pessoas morreram e que 102 ficaram feridas nos distritos de Bharatpur, Alwar e Dholpur devido a uma tempestade areia durante a noite.

A mesma fonte frisou que a maior parte foi vítima de acidentes porque se encontravam no ex-terior, apesar de as autoridades terem emitido um alerta "uma ou duas horas antes", da tempestade, para a população procurar refúgio.

A monção que costuma afectar o norte da Ín-dia em finais de Junho ocorre em 2018 dois meses antes e com temperaturas superiores aos 40 graus centígrados e fortes ventos. Em 2017 mais de meia centena de pessoas morreram e cerca de dois mi-lhões foram afectadas pelas chuvas de Junho e Ju-lho no noroeste do país.

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Page 27: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

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Sintético do Jácome Correia sim, pavilhão não... para já

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018

Na assinatura dos contratos de apoio a 86 agremiações desportivas soube-se

A Câmara Municipal de Ponta Delgada assinou, on-tem, contratos programa com 86 clubes e associações fede-radas do concelho, no valor global de 230 mil euros, um valor superior ao de 2017.

Nesta nova fase foram ad-mitidas duas novas candida-turas e doze são de entidades que estão ligadas ao desporto adaptado.

O Presidente da edilidade referiu que os apoios foram atribuídos “pelo trabalho que desenvolvem durante todo o ano desportivo, a favor da prática desportiva, de uma cultura de participação e tam-bém de boas práticas de saú-de através do desporto para a nossa comunidade, em parti-cular a mais jovem.”

“Neste sentido”, prosse-guiu José Manuel Bolieiro, “porque estamos a tratar, sobretudo, de desporto amador, quem ama a sua actividade naturalmente que dá um contributo pessoal de forma importante para o seu bem-estar e para a sua felicidade, mas, enquanto dirigentes, dão a oportunidade de conforto e de segurança às famílias e aos jovens do nosso concelho”, destacou o presidente da Câmara de Ponta Delgada.

De seguida, José Manuel Bolieiro realçou que “para mim é muito relevante que, mesmo em crise, o município de Pon-ta Delgada não diminui o apoio para estas prioridades, que são prioridades sócio educativas, onde o desporto se inclui entre a actividade desportiva e associativa que tem um relevantíssimo papel para uma certa ideia agregadora, comunitária, espírito de equipa, esforço de superação, porque é preciso, através do des-porto, ganhar esta cultura, e, de facto, ela é adquirida na prá-tica desportiva, através do esforço do treino, da dedicação, da disciplina e do fair-play, encontrar vontade de superação e de cidadania.”

PAVILHÃO ADIADO...Após as referências aos apoios financeiros aos clubes e às

associações, José Manuel Bolieiro surpreendeu a vasta plateia com o anúncio das obras do campo de futebol Jácome Correia, cujo piso de relva sintética está de tal forma degradado que põe em causa a saúde física dos utilizadores.

O líder da maior autarquia micaelense justificou o adiamento de um ano com “razões técnicas, umas que ultrapassaram a res-ponsabilidade do município e outras não, mas que impediram, como desejaríamos, que as remodelações tivessem ficado pron-tas e em uso para o ano desportivo ainda em curso”.

José Manuel Bolieiro informou que “agora há condições téc-nicas da empresa contratada para, no fim desta época desportiva, iniciar logo os trabalhos, para podermos ter o “ácome Correia disponível e renovado a partir da próxima época desportiva.”

Mas a maior surpresa recaiu no anúncio da impossibilidade de ser construído o pavilhão municipal junto às novas instala-ções da escola da Mãe de Deus, como está projectado há algum tempo.

“Nós sentimos e percebemos que dentro da carta de equipa-mentos desportivos da ilha de São Miguel, falta manifestamente um pavilhão na cidade para competição oficiais”, começou por referir o presidente sobre um tema delicado.

Seguiu-se, então, a triste notícia, emudecendo a plateia: “Acontece que recebi a triste notícia, fruto da nossa candidatura municipal, que os fundos comunitários não têm, apesar de serem do plafond da Câmara, previstos abrirem para estes equipamen-tos”, classificando de “absurdo porque ficamos sujeitos à abertu-ra destes anúncios e ao valor disponível de cada um, o que signi-fica que limita e muito a nossa capacidade de planeamento.”

Mas não deixando cair o pro-jecto, Bolieiro anunciou estar a Câmara “a renovar a candida-tura quanto à limitação que nos foi comunicada em relação aos valores”, adiantando que estima-vam “4,5 milhões de euros para a requalificação da escola da Mãe de Deus, sendo uma parte deste valor para o pavilhão.”

“Vamos ter de fazer a redução, o que quer dizer que a nossa estra-tégia de política desportiva tam-bém passa por ter aquele pavilhão”, alertando que “na impossibilidade de ter aquele co-financiamento comunitário, vamos ter de arran-jar recursos próprios para manter este projecto concretizado o que pode originar uma derrapagem no tempo”.

João Patrício

Bolieiro surpreendeu a vasta plateia com o anúncio das obras do campo de futebol Jácome Correia

Estupefacta ficou a vasta plateia com o anúncio da impossibilidade para já, de ser construído o pavilhão municipal na Mãe de Deus

Page 28: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

Atletas, treinadores, dirigentes e clubes da ilha de São Miguel, num total de 43, foram, ontem, ao final da tarde, distinguidos na habitual Gala do Desporto Açoriano.

A gala vai na 27.ª edição e é promovida pela Secretaria Re-gional da Educação e Cultura através da Direcção Regional do Desporto.

Homenagear e distinguir os agentes desportivos, as entidades do desporto escolar e as entidades do associativismo desportivo, que se notabilizaram ao longo do ano de 2017, através dos resul-tados e classificações alcançadas, bem como pelo contributo que deram ao desenvolvimento desportivo regional, através do traba-lho desenvolvido, são os objectivos que norteiam as galas.

A cerimónia, que desde há alguns anos decorre nas várias ilhas onde há galardoados, foi realizada em São Miguel no Cen-tro Municipal de Formação e Animação Cultural, em Vila Franca do Campo.

A nível individual, a maior distinção foi para o árbitro inter-nacional e nacional de voleibol Hélio Ormonde. Foi-lhe atribuído o prémio Prestígio Desportivo pela excelência no desempenho na modalidade de voleibol. O prémio resulta da nomeação dos jornalistas da área do desporto dos órgãos de Comunicação Social dos Açores.

Hélio Ormonde, há 40 anos ligado à modalidade, é também diri-gente da arbitragem e preside à direção da Associação de Voleibol de São Miguel.

GUALTER COSTA, 40 ANOS

Na categoria de Personalidades, realça-se a distinção de Gualter Jácome Correia da Costa, pelos 40 anos como dirigente do Clube União Micaelense.

Na mesma categoria, receberam os troféus pelos 20 anos os diri-gentes Carlos Melo, actual presidente do Núcleo Sportinguista de São Miguel, Emanuel Matos, do Bota Fogo, de Ponta Garça, Francisco Magalhães, do Clube Operário Desportivo, e Hélio Goulart, ligado a várias entidades no voleibol. Gilberto Melo, do Clube Operário Desportivo, recebeu o prémio pelos 30 anos de dirigismo.

Ricardo Botelho, actual treinador do União Sportiva, foi distingui-

do pelos 30 anos como técnico, e com 25 anos na orientação de atletas foram Herberto Resendes, no hóquei em patins, e Alexandra Barroso, na ginástica aeróbica.

Os árbitros Rui Martins, no hóquei em patins, e Vera Ávila, no voleibol, estão há 20 anos em actividade.

O 12.º prémio das Personalidades foi para Rui Durão, pelos 20 anos de juiz de atletismo.

Na categoria de Participações Nacionais e Internacionais de Des-portos Individuais, foram galardoados os atletas Beatriz Dâmaso (Badminton, da Academia de Badmiton Tetrapi), Leonor Januário, Maria Correia, Sofia Magalhães, Zamy Tomé e Rui Cansado (ginás-tica aeróbica, todos do Clube de Actividades Gímnicas de Ponta Del-gada), Vitorino Rodrigues (jet ski, do Clube Naval de Ponta Delgada), Nuno Carvalho (judo, do Judo Clube de Ponta Delgada), André Silva e Henrique Viveiros (kick boxing, do Arrifes Kickboxing Clube).

Na categoria de Resultados e Classificações Nacionais e Partici-pações Internacionais de Desporto Adaptado, foram premiados, na modalidade de atletismo, Ana Sofia Carvalho, André Aveiro, Cláudia Ponte, Elias Augusto, Nuno Ferreira, todos da Associação de Pais e

Amigos das Crianças Deficientes do Arquipélago dos Açores, Ale-xandre Rodrigues, da Associação Juvenil do Concelho do Nordeste, e na natação André Bicudo, do Clube Naval de Ponta Delgada.

Jácome Correia recebeu o prémio do Alto Rendimento e com pre-senças nas selecções nacionais destaques para Marco Câmara e Sérgio Silva, no atletismo, os dois do Juventude Ilha Verde, Fábio Limas, na ginástica aeróbica, do Clube de Actividades Gímnicas de Ponta Delgada, Maryam Chermity, basquetebol, ex-atleta do União Sportiva e Daniel Moniz, patinagem artística, do Clube de Patinagem de Santa Cruz.

Ao nível de desportos colectivos, receberam troféus 5 clubes da ilha de São Miguel pelos resultados, pelas classificações e pelas pre-senças internacionais. Foram o clube de Actividades Gímnicas de Ponta Delgada, o Clube de Patinagem da Vila das Capelas, o Juventu-de Ilha Verde, o Clube K e o Clube União Sportiva.

Um dos homenageados na Gala do Desporto dos Açores foi Gualter Costa, que há 40 anos consecutivos está ligado como dirigente do Clube União Micaelense.

Uma actividade tão longa é realmente um registo assinalável. Estar ao serviço do clube que gosta e que admira, desempenhando vários cargos, assumindo responsabilidades várias, desenvolvendo acções e infraestruturas, deixando um legado incomparável, faz com que Gualter Costa seja um ícone do Clube União Micaelense.

O nome deste dirigente jamais será apagado da história deste clube centenário. Gualter Costa passou por momentos áureos e por vicissitudes. Chorou de alegria e de tristeza. So-freu e ainda sofre com os desempenhos das equipas do clube do coração. É vê-lo nos campos a apoiar as equipas, situação que, certamente, se irá repetir enquanto tiver esta disponibili-

dade. A actividade como director também irá perdurar.O clube homenageou Gualter Costa aquando das come-

morações dos 105 anos. A Região fê-lo ontem. A Associação de Futebol de Ponta Delgada fá-lo com a realização anual de uma taça para o escalão júnior “A”. Ponta Delgada, a cidade e o concelho, através da autarquia, não pode ficar indiferente, tal como a outros agentes que estão há longos anos ao serviço do desporto.

Deixamos o currículo do homenageado para nos aperce-bermos do trabalho que nos bastidores é feito por quem não surge nas luzes da ribalta.

“Secretário Geral da Direcção de 1977 a 1981; Vice Pre-sidente da Direcção de 1982 a 1984 ;?? Responsável pela co-missão para Expansão e Divulgaçãdo oC.U.M., tendo como missão e por sua proposta a angariação de fundos para a aqui-sição de terreno e construção do Complexo Desportivo do Clube de 1984 a 1986 . Vice Presidente da Direcção desde 04.08.2001, até à presente data. Presidente da Direcção de 15.07.1986 a 03.08.2001.

Foram a partir dos seus mandatos como Presidente da Di-recção que o Clube União Micaelense começou a crescer pro-gressivamente, tendo como linhas mestras várias prioridades, a saber: criação de infraestruturas desportivas; Organização interna e de recursos humanos.

Nos seus mandatos como Presidente da Direcção, o clube venceu inúmeras provas desportivas quer a nível de Ilha, quer a nível regional no futebol, no hóquei em patins e no basque-tebol. Foi o primeiro clube dos Açores a vencer um Campeo-nato Nacional em desportos colectivos, como aconteceu com o basquetebol feminino – campeão nacional da II Divisão.

Desde 2016 que a Associação Futebol de Ponta Delgada entendeu homenageá-lo atribuindo o seu nome à prova que se disputa depois do Campeonato de São Miguel no escalão de Juniores “A”.

A equipa de juvenis masculinos da Associação dos Antigos Alunos sagrou-se, no passado fim-de-semana, campeã dos Açores em volei-bol.

Numa final a duas mãos decorrida no Pavilhão das Laranjeiras, os sub-16 dos Antigos Alunos defrontaram o C.D.E das Flores. No jogo de sábado à noite, os ex-escolares ainda perderam por 2-3, mas já na manhã de Domingo, conseguiram impor o seu jogo e venceram por 3-0.

Com essa vitória os Antigos AlunosS irão representar os Açores na Fase Final do Campeonato Nacional que decorrerá na zona norte de Portugal no fim-de-semana de 18, 19 e 20 de Maio.

A Associação de Patinagem de São Miguel, em colaboração com o Azores Radical Clube, organizaram a 1.ª etapa do BSB Challenge 2018 no Skate Parque Black Sand Box.

Participaram 8 atletas na Categoria de Sub-16 e 7 atletas no Open, totalizando 15 atletas nesta 1.ª etapa.

Para além da promoção do Skate esta primeira etapa teve como objetivo apurar os atletas para futuras participações nacionais.

De salientar que foi a primeira prova com juízes do curso organiza-do pela Associação de Patinagem de São Miguel.

Classificação:Sub 161.º Francisco Cruz; 2.º Henrique Medeiros; 3.º Eduardo Cordeiro;

4.º Martin Fonseca; 5.º Leandro Gomes; 6º Diogo Couto; 7.º Francisco Medeiros; 8.º Martin Sousa

OPEN1.º João Amado; 2.º Francisco Cruz; 3.º Emanuel Costa; 4.º David

Meireles;5.º João Ramos; 6.º Martin Fonseca 7.ºHenrique Medeiros

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018desporto28

Ricardo Botelho foi distinguido pelos ininterruptos 30 anos como treina-dor de basquetebol (foto “Record”)

Ontem, em Vila Franca do Campo

Gualter CostaVoleibol

Skate

Quarenta e três galardões entregues

40 anos ao serviço do União MicaelenseAntigos AlunosCampeões de Juvenis

Etapa para o “Nacional

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 desporto 29

A XXIII Supertaça Escolar, organizada pelo Laranjeiras Clube com o apoio exclusivo da Câ-mara Municipal de Ponta Delgada, vai decorrer 3.ª, 4.ª e 5.ª feiras da próxima semana.

Este ano o pavilhão e os campos da Escola das Laranjeiras contam com o maior número de par-ticipantes de sempre: cerca de 560, entre alunos, professores, juízes e organização.

Como habitualmente acontece, participam alu-nos dos três estabelecimentos de ensino secundário de Ponta Delgada: Laranjeiras, Antero de Quental e Domingos Rebelo.

A XXIII edição da prova será composta pelas cinco modalidades desportivas, consideradas nu-cleares do programa nacional de Educação Física, nomeadamente, basquetebol, futebol, voleibol, gi-nástica e atletismo.

Em cada modalidade competirão dois escalões (Sub-15 e Sub-19) diferentes dos sexos masculinos e femininos. Serão apuradas quatro classificações finais diferentes, independentes uma da outra.

Na conferência de imprensa de apresentação do maior evento do Desporto Escolar dos Açores, realizado em fase concentrada, o vereador Pedro Furtado afirmou que a Câmara de Ponta Delga-da apoia, e vai continuar a apoiar, a Supertaça, por considerar a mesma de extrema importância,

uma vez que ensina aos jovens, que são os ho-mens e as mulheres de amanhã, a ter práticas de vida saudáveis e constitue um incentivo à prática de actividade física.

O vereador do Desporto, que falava em re-presentação do Presidente José Manuel Bolieiro, sublinhou a importância do desporto escolar, um dos pilares essenciais para a autarquia, que se jun-ta ao desporto de formação, de competição e de inclusão.

Pedro Furtado adiantou que a Câmara de Ponta Delgada, no total dos apoios anuais ao Desporto, tem uma fatia de 15% destinada apenas ao despor-to escolar. A autarquia apoia, mais precisamente, um total de 12 clubes.

“O desporto escolar é fundamental. É um ga-nho, para todos nós, o são convívio nas escolas através do desporto. No caso da Supertaça, quero destacar o esforço do Laranjeiras Clube, que tem sido incansável com vista à realização desta prova, mas também participação dos alunos, sem os quais a mesma não se realizaria” - acentuou.

Entretanto, o Presidente da Direcção do La-ranjeiras Clube, Luís Paulo Vieira, afirmou que a organização tem tentado sempre acompanhar a evolução dos tempos e adaptar e regulamento do evento, o que contribui para aproximar a competi-

ção dos alunos na prova.Luís Paulo Vieira agradeceu a todos os profes-

sores do Departamento de Educação Física e Des-porto da Escola das Laranjeiras, pela dedicação, entrega e capacidade de ser reinventar, às secun-dárias Antero de Quental e Domingos Rebelo, por reconhecerem o valor educativo da competição, aos alunos do Curso Profissional de Técnico de

Apoio à Gestão Desportiva e à Câmara Municipal de Ponta Delgada pelo apoio e disponibilidade, assim como pelo “reconhecimento do alcance e valor educativos deste evento”.

“A Câmara de Ponta Delgada é o nosso patro-cinador exclusivo. Sem o seu apoio, a Supertaça Escolar não teria a dinâmica nem o alcance que tem” - concluiu.

Paulo José Lopes Figueiredo com 23 anos de idade chegou a Pon-ta Delgada em Julho de 1996.

Foi contratado pelo Santa Clara para inte-grar o plantel que ia participar no Campeo-

nato Nacional da Segunda Divisão B, na sequência do clube ter sido o campeão da primeira edição da série Açores.

De trato fino, simpático e afável no contacto com as pessoas, logo granjeou amizades que alia-das às suas capacidades técnicas como jogador de futebol, fizeram dele um verdadeiro líder junto dos companheiros de equipa.

Era ele, já ambientado à ilha, que recebia os novos jogadores contratados pelo clube e os acom-panhava na integração na nossa sociedade, criando sempre as maiores amizades com todos eles e con-tribuindo para um verdadeiro espírito de camarada-gem no seio da equipa de futebol do Santa Clara.

Por isso, foi desde muito cedo escolhido, tan-to pelos colegas como pelo próprio treinador, para ser o “capitão” da equipa. Foi sempre um titular indiscutível e um jogador de grande influência no desempenho da equipa.

Paulo Figueiredo, como “capitão” do Santa Clara, foi campeão nacional da segunda divisão, foi campeão nacional da segunda Liga, jogou três épocas na primeira Liga e ganhou três taças “fair-play”. Além disso chegou a internacional e a “capi-tão” pela selecção de Angola, tudo isso em 8 anos ao serviço do Santa Clara.

No passado dia 22 de Abril, como habitualmen-te, fui ao futebol para ver o jogo com o Famalicão e fui surpreendido, com a entrada das equipas, ao ver o Figueiredo entrar em campo ao lado do presiden-te dr. Rui Cordeiro para ser homenageado como o grande “capitão” que passou pelo Santa Clara.

O presidente, em frente à tribuna e perante uma assistência de mais de 3 mil santaclarenses, entre-gou-lhe a camisola 10. Figueiredo deslocou-se ao centro do relvado com as equipas a postos para o início do jogo para dar o pontapé de saída, uma honra só permitida aos grandes jogadores.

A razão da minha surpresa deve-se ao facto de recentemente ter assistido a uma gala do Santa Cla-

ra para comemorar o centenário. Os responsáveis pela organização vão homenagear 10 “capitães” da equipa (um por cada década) e o Paulo Figueiredo foi totalmente ignorado, o que me causou alguma estranheza.

Não pondo em causa o valor dos “capitães” escolhidos para serem homenageados, a verdade é que nenhum tem o percurso que o Figueiredo teve. O ponto mais alto da vida desportiva do San-ta Clara foi protagonizado por ele como “capitão” da equipa.

Soube que foi o presidente do Santa Clara quem convidou pessoalmente o Paulo Figueiredo para vir cá dar um incentivo à equipa nesta fase

muito importante da época. O jogador visitou a sede do clube e estranhou não ter visto a sua foto-grafia num painel que decora as escadas do clube onde constam os 10 “capitães” que vão ser home-nageados nas galas do centenário.

Resta-me dar os parabéns ao dr. Rui Cordei-ro pela iniciativa e ao repor a verdade dos factos. Fez-se justiça ao jogador que durante 8 anos repre-sentou o Santa Clara ao mais alto nível, lembrando que a história não se inventa. O Santa Clara, que em 2021 completa cem anos, merece o maior res-peito.

Durante três dias no Complexo Desportivo das Laranjeiras

Opinião

XXIII Supertaça Escolar com cerca de 560 participantes

Afinal, o grande “capitão” do Santa Clarafoi Paulo Figueiredo

O Presidente, Rui Cordeiro, em frente à tribuna e perante uma assistência de mais de 3 mil santaclarenses, entregou a camisola 10

A XXIII edição da prova será disputada nas modalidades do basquetebol, futebol, voleibol, ginástica e atletismo.

Por: Aires Ferreira

Page 30: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018desporto/publicidade30

Selecção de S. Miguel volta à Bermuda

Uma selecção de futebol de Sub-19 anos da Associação de Futebol de Ponta Delgada (AFPD) vai estar presente, entre Segunda-feira, dia 7 de Maio, e domingo, dia 13, no Bermuda Internacio-nal Football Festival.

É o regresso de uma selecção da ilha de São Miguel à Bermuda 30 anos depois de lá ter estado a selecção sénior, treinada por José Carlos Cabral e estando à frente da direcção da Associação de Futebol de Ponta Delgada o falecido e dinâmico Fernando Faria.

A selecção de Sub-19 irá realizar 4 jogos. O primeiro é 2.ª feira, pelas meia noite dos Açores (são menos 3 horas do que nos Açores), com a equipa da BDA League Select, uma selecção de atletas da Bermuda. A jornada começa duas ho-ras e meia antes com o jogo entre o West Ham, de

Inglaterra, com a equipa de Sub 19 da BDA (Ber-muda).

A 2.ª jornada é na 4.ª feira, dia 9, com a equipa açoriana a defrontar pe-las 20h30 o West Ham, seguindo-se a partida entre as duas equipas da ilha da Bermuda.

A 3.ª ronda do torneio começa às 21h30 com a partida entre a selecção da AFPD e os Sub-19 da Bermuda, terminando com o jogo entre a selec-ção da Bermuda com a equipa do leste de Lon-dres do West Ham.

No Domingo, dia 13 de Maio, jogam para o apuramento dos 3.º e 4.º lugares as equipas que ficaram na fase inicial em 3.º e 4.º, seguindo-se a final entre as equipas que terminarão nos dois primeiros lugares.

Os jogos são realiza-dos no National Sports Center e no BAA Sta-dium.

Apesar dos esforços que temos vindo a fazer junto de Robert Câmara, presidente da AFPD para esclarecimentos adicio-

nais sobre esta partici-pação, que vem sendo negociada desde Janeiro, nunca houve respostas.

No cartaz promocional do torneio consta o nome de Azores Sub-19 e esta é uma dúvida que permanece se efectivamente a equipa conta com jogadores de outras ilhas ou apenas de São Miguel.

Nunca houve uma comunicação oficial da Associação sobre esta participação quando está-se em véspera da partida.

Temos conhecimento que já se realizam treinos e que alguns dos jogadores locais que alinham em equipas do continente vão integrar a equipa, apesar de outros, por estarem ainda en-volvidos nas competições oficiais, não puderam dar o contributo.

EDITALCondicionamento do Trânsito

A Portos dos Açores, S.A., torna público que, durante as festas religiosas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, ficará condi-cionada a circulação rodoviária, bem como o estacionamento, na Rua Engenheiro Abel Ferin Coutinho, nos seguintes dias e horas:Entre as 18h00 do dia 4 de maio (sexta-feira) e as 01h00 do dia 05 de maio (sábado);Entre as 13h00 do dia 5 de maio (Sábado) e as 01h00 do dia 06 de maio (Domingo);Entre as 13h00 do dia 6 de maio (Domingo) e as 01h00 do dia 07 de maio (segunda-feira);Entre as 07h00 do dia 7 de maio (segunda-feira) e as 01h00 do dia 08 de maio (terça-feira);Entre as 19h00 do dia 10 de maio (quinta-feira) e as 01h00 do dia 11 de maio (sexta-feira).Apenas será permitida a circulação rodoviária na referida via, nas seguintes condições e com as restrições existentes:a) Viaturas autorizadas, com credencial passada pela Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres;b) Viaturas autorizadas, com credencial passada pela Portos dos Açores, S.A.;c) Viaturas afetas a operações de carga e descarga no porto de Ponta Delgada;d) Funcionários da Portos dos Açores, SA.e) Viaturas autorizadas, com credencial, pela Lotaçor - Serviço de Lotas dos Açores, S.A., para acesso ao núcleo de pescas do Porto de Ponta Delgada;Ponta Delgada, 03 de maio de 2018.

O Vogal do Conselho de AdministraçãoPedro Miguel Rodrigues da Silva

Trinta anos depois

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Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação qm que é requerido Nuno Filipe Terceira Pinheiro, Solteiro, filho de Carlos Alberto Furtado Pinheiro e de Ana Isabel da Ponte Terceira, nascido em 15-04-1994, NIF – 215923090, BI – 15169200, Segurança social – 10321552624, com residência na Rua East Providence, Nº 42, Matriz, 9600-524 Ribeira Grande, para efeito de ser decretada a sua inter-dição por anomalia psíquica.

O Juiz de Direito,Dr. José Emanuel Guimarães Freitas

A Oficial de Justiça,Irene Rodrigues Simões Bento

Tribunal Judicial da Comarca dos AçoresJuízo Local Cível da Ribeira Grande - Juiz 1

Palácio da Justiça - Largo das Freiras9600-511 Ribeira Grande

Telef: 296470700 Fax: 296470729 Mail: [email protected]

Processo: 155/18.8T8RGR Interdição / Inabilitação N/Referência: 46390935Data: 23-04-2018

Requerente: Ministério PúblicoRequerido: Nuno Filipe Terceira Pinheiro

Tribunal Judicial da Comarca dos AçoresJuízo Local Criminal de Ponta Delgada - Juiz 1

ANÚNCIOA Mma Juiz de Direito, Dra. Maria Fernanda Vieira Sequeira, do Tribunal Judicial da Comarca dos Açores - Juízo Local Criminal de Ponta Delgada - Juiz 1:Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular), n.° 53/15.7PBPDL, pendente neste Tribunal contra o arguido José António Pacheco de Medeiros, filho de Manuel Medeiros e de Maria do Carmo Pacheco, natural de Ginetes, Ponta Delgada, nacionalidade portuguesa, nascido em 25-11-1958, divorciado, BI - 9454823 domicílio: Estrada Regional, 6, Várzea, 9555-000 Ginetes, por se encontrar acusado da prática do crime:- Violência doméstica, p. e p. pelo artigo 152°, n°. 1, alínea a), e n°. 2, do Código Penal, foi o mesmo declarado contumaz, em 16-04-2018, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal.A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do arguido em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: .a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do arguido, sem prejuízo da realização de actos urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal;b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido, após esta declaração;c) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas.

Ponta Delgada, 23-04-2018.A Juiz de Direito, Dra. Maria Fernanda Vieira Sequeira

Tribunal Judicial da Comarca dos AçoresJuízo Local Criminal de Ponta Delgada - Juiz 1

Rua Conselheiro Luís Bettencourt9503-058 Ponta Delgada

Telef: 296209670 Fax: 296209699 Mail: [email protected]

Processo: 53/15.7PBPDL Processo Comum (Tribunal Singular) N/Referência: 46395679

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 passatempos 33

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Não interessa quem tu_____, onde é que amas, porque é que amas, quando é que amas ou como é que amas, o que __________ é que amas.

Sopa de Letras

Não interessa quem tu amas, onde é que amas, porque é que amas, quando é que amas ou como é que amas, o que in-teressa é que amas.Um turista que passeia pelo campo, ao ver uma quinta, pergunta ao dono:

- Essa galinha branca põe muitos ovos?- Até agora nenhum.- Penso que ficará muito contente quando ela puser o primeiro...!- Bom, nessa altura venderei o ovo e a ave a peso de ouro...- Porquê?O dono da quinta desatou a rir e respondeu:- Porque essa galinha é um galo.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018televisão34

Qualquer alteração à programação que publicamos é da responsabilidade das respectivas estações

CARNEIRO(21/03 a 20/04)

BALANÇA(23/09 a 23/10)

TOURO(21/04 a 20/05)

ESCORPIÃO(24/10 a 21/11)

GÉMEOS(21/05 a 20/06)

SAGITÁRIO(22/11 a 20/12)

CARANGUEJO(21/06 a 22/07)

CAPRICÓRNIO(21/12 a 19/01)

LEÃO(23/07 a 22/08)

AQUÁRIO(20/01 a 19/02)

VIRGEM(23/08 a 22/09)

PEIXES(20/02 a 20/03)

A vida afetiva marca uma fase de grande paixão e com serenidade vai clarificar a relação amorosa, de forma a encontrar a estabilidade pretendida.

A relação amorosa deve ser avaliada com discernimento e autoconfiança, de manei-ra a encontrar uma mútua satisfação para ambos os elementos do par.

Estabeleça permutas com pessoas e as-sociações que podem ajudar a realização dos seus planos, projetando verdadeira-mente a sua nobreza de caráter.

A nível profissional as decisões lúcidas e a capacidade de sacrifício estão acentua-das, marcando o início de um verdadeiro progresso na carreira.

É crucial aproveitar os recursos físicos e humanos disponíveis para expandir a carreira de acordo com a sua voca-ção, obtendo proveitos financeiros.

A conjuntura traz desenvolvimentos auspiciosos e novas atividades exi-gem uma análise pormenorizada, de maneira a atingir os objetivos preten-didos.

Fase propícia para ultrapassar obstácu-los, entendendo o significado dos pro-blemas do passado e definindo o futuro na base de uma nova consciência.

É fundamental prestar atenção a no-vas oportunidades relativas à carreira. Viagens e contatos com grupos poten-cializem um crescimento profissional.

A harmonia interior proporciona seguran-ça e muito equilíbrio pessoal, condições excelentes para constituir muito sucesso em seus relacionamentos.

As emoções, os sentimentos e as intui-ções, marcam o seu quotidiano mas, com muita dedicação, vai empenhar-se para poder concretizar os seus sonhos.

O entusiasmo pela vida, a capacidade de iniciativa e a coragem são elementos fundamentais para estimular energias positivas que promovem evoluções.

É fundamental concretizar a sua es-tratégia em relação aos seus planos a curto prazo, valorizando as pessoas circundantes e trabalhando com rigor.

ESTATUTO EDITORIAL

1 - O Correio dos Açores de-fine-se como um órgão de comuni-cação social de grande informação regional.

2- O Correio dos Açores orienta-se por critérios de rigor e criatividade editorial, sem qual-quer dependência de ordem ideo-lógica, política e económica.

3- O Correio dos Açores afirma-se ainda como um porta-voz dos princípios e valores defen-didos e aceites pelos Açoreanos na defesa da sua Autonomia e no integral respeito pelos princípios consagrados na Constituição da República.

4 - O Correio dos Açores procurara veicular temas sociais, políticos e culturais diversificados, correspondendo às motivações e interesses de um público plural, debatendo ideias suscetíveis de promoverem o enriquecimento da opinião pública, sempre norteados pelos valores éticos e cívicos.

5 - O Correio dos Açores com-promete-se a assegurar o respeito pelos princípios deontológicos e pela ética profissional dos jornalis-tas, assim como a boa-fé dos seus leitores.

signos

Astrólogo Luís Monizsite:http://meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

GRUPO ORIENTAL

Períodos de céu muito nublado com boas abertas.Aguaceiros fracos.

Vento nordeste fraco a bonançoso (05/20 km/h).ESTADO DO MAR

Mar encrespado a de pequena vaga.Ondas norte de 1 a 2 metros.

Temperatura da água do mar: 17ºCTEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS:

Ponta Delgada: 12 / 18ºC

GRUPO OCIDENTAL

Períodos de céu muito nublado com abertas.Aguaceiros fracos na madrugada e manhã.

Vento sul bonançoso (10/20 km/h), rodando para sudoeste.ESTADO DO MAR

Mar de pequena vaga.Ondas oeste de 1 metro.

Temperatura da água do mar: 17ºCTEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS:

Santa Cruz das Flores: 15 / 20ºC

GRUPO CENTRAL

Períodos de céu muito nublado com boas abertas.Vento fraco (05/12 km/h).

ESTADO DO MARMar encrespado.

Ondas norte de 1 metro.Temperatura da água do mar: 17ºC

TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS:Horta: 13 / 19ºC

Angra do Heroísmo: 11 / 17ºC

20:30 - A Herdeira - Ep. 191 - TVI

04:03 Bem-Vindos A Beirais T1 - Ep. 91

04:47 Os Nossos Dias T1 - Ep. 43

05:32 Repórter África06:00 Espaço Zig Zag10:00 Euronews10:15 O Bom Carteiro11:35 O Circo No

Mundo12:00 Pais Desespera-

dos T8 - Ep. 413:00 Sociedade Civil

T14 - Ep. 7214:00 A Fé Dos Ho-

mens14:30 África Selvagem

T2 - Ep. 315:30 Orfãos Da Selva

- Ep. 11Marlice e Rudie levam uma chita com um problema grave num dente ao ve-terinário e depois das generosas chuvas é hora de fazer um jogo de contagem aéreo.

16:01 Zig Zag20:30 Jornal 221:12 A Herança T3 -

Ep. 822:14 Soy Cuba - O

Mamute Siberia-no

23:49 Sociedade Civil T14 - Ep. 72

00:52 Cozinha Em Forma - Ep. 8

01:22 SMS - Ser Mais Sabedor

01:48 Bordado De Viana Do Caste-lo

02:49 Euronews

05:30 Diário Da Manhã09:00 Você Na TV!12:00 Jornal Da Uma13:00 SOS 2413:30 Secret Story 7 -

Diário14:15 Sedução - Ep.

11914:45 Espírito Indomá-

vel - Ep. 26515:15 A Tarde É Sua18:58 Jornal Das 820:30 A Herdeira - Ep.

191Vicente acorda com Luz a seu lado e convida-a para ele ir com ele à reunião na empresa, pois ela também é dona da mesma. Du-rante a reunião, Molina aparece e diz a Vicente que, mesmo suspenso, ele não pode tomar a direcção de uma empresa que está a ser investigada e manda-o escolher. Caetana procura Maria do Carmo para exigir a concretização do negócio, mas Maria do Carmo diz que precisam de mais tempo e Caetana faz uma ameaça velada.

21:45 Jogo Duplo - Ep. 119

22:57 Secret Story 7 - Diário de Sábado

00:23 Circo dos Horro-res: O Assisten-te do Vampiro

02:36 Chicago Fire T2 - Ep. 23

03:17 Anjo Meu - Ep. 118

03:39 Filha do Mar - Ep. 4

05:00 Edição Da Ma-nhã

08:30 Queridas Ma-nhãs T5 - Ep. 50

12:00 Primeiro Jornal13:30 Mar Salgado T1

- Ep. 4515:15 Sol De Inverno -

Ep. 14717:00 Dr. Saúde - Ep.

4418:00 Linha Aberta T2

- Ep. 3619:00 Jornal Da Noite20:30 Paixão - Ep. 195

Catarina tem um ataque de asma e pede ajuda ao raptor mas acaba por desmaiar. César entra, de máscara e luvas, enquanto socorre a jovem mas não sabe o que fazer.

21:45 Vidas Opostas - Ep. 23

22:45 O Outro Lado do Paraíso - Ep. 109

23:45 Investigação Criminal T14 - Ep. 25

00:45 House Of Cards T4 - Ep. 6

01:45 Volante T15 - Ep. 2

02:15 Poderosas - Ep. 182

03:15 Televendas

04:02 Network Negó-cios

04:46 Hora dos Portu-gueses (Diário)

04:59 Manchetes 305:30 Bom Dia Portu-

gal09:00 A Praça11:15 As Receitas Lá

de Casa12:00 Jornal da Tarde13:15 O Sábio - Ep.

34514:00 Agora Nós16:30 Portugal em

Direto18:00 O Preço Certo

Um dos concur-sos mais famo-sos da Europa com um ambien-te eléctrico onde quem se senta na plateia é con-vidado a jogar. Um programa de entretenimento com um caráter informativo sobre os preços de mercado e sobre novos produtos.

18:45 Direito de Ante-na

18:59 Telejornal20:00 Sexta às 920:45 Todos a Bordo -

Diários21:00 Brainstorm22:00 Notícias do Meu

País T2 - Ep. 1523:00 Festival Eurovi-

são da Canção 2017

00:00 O Sábio - Ep. 345

00:45 Got Talent Por-tugal T4 - Ep. 7

03:00 Lusa Music Box - Ep. 17

03:30 Brainstorm04:15 Televendas

20:30 - Paixão - Ep. 195 - SIC

05:50 Filhos da Nação06:20 Brainstorm07:15 Os Nossos Dias08:00 Açores Hoje - T

0609:30 RTP3 / RTP

Açores13:00 Jornal da Tarde

- Açores16:00 Notícias do

Atlântico16:30 Todas as Pala-

vras17:00 Açores Hoje - T

0618:30 Rumos19:05 Parlamento

Açores20:00 Telejornal Aço-

res20:45 Especial Festas

do Senhor San-to Cristo

23:00 Brainstorm00:00 Notícias do

Atlântico00:30 Todas as Pala-

vras01:00 Açores Hoje - T

0602:30 Rumos03:05 Parlamento

Açores04:00 Telejornal Aço-

res04:45 Especial Festas

do Senhor San-to Cristo

Previsão do estado do tempo nos Açores

I n f o r m a ç ã o d o I n s t i t u t o P o r t u g u ê s d o M a r e d a A t m o s f e r a

Frente fria Frente quente Frente Oclusa Frente EstacionáriaCentro de Alta Pressão

Centro de Baixa Pressão

Page 35: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 agenda 35

Director Américo Natalino Viveiros Director-adjunto Santos Narciso; Sub-director João PazChefe de Redacção: Nélia Câmara Redacção: Jornalistas Marco Sousa; Carla Dias; Desporto: João Patrício; Fotografia: Pedro Monteiro; Marketing: Madalena Oliveirinha; Pedro Raposo; Paginação, Composição e Montagem: João Sousa (coordenador); Luís Craveiro; Flávio Cordeiro; Revisão: Rui Leite Melo; Colaboradores: João Bosco Mota Amaral; Gustavo Moura; Osvaldo Cabral; Vasco Garcia; António Pedro Costa; Carlos Rezendes Cabral; João Carlos Tavares; Valdemar Lima Oliveira; Pedro Paulo Carvalho da Silva; José Luís Tavares; João-Luís de Medeiros; Teófilo Braga; Kohl de Carvalho; Paulo do Nascimento Cabral; Alberto Ponte; Duarte Cota; Gonçalo Almiro Matos Costa; José Manuel Gonçalves Cabral; Fernando Marta. Correio Económico: Coordenador, Luís Guilherme Pacheco - Vice-coordenador: Óscar Rocha

Edição, Redacção e Impressão - Gráfica Açoreana, Lda.Rua Dr. João Francisco de Sousa, n.º 16 – 9500-187 Ponta Delgada – S. Miguel – Açores Tiragem: 4.100 exemplaresTelefones: Serviços Administrativos: 296 709 887 / 296 709 888 - Redacção: 296 709 882 / 296 709 883Marketing: 296 709 889 - Informática: 296 709 885

Estatuto Editorial disponível na página da internet em www.correiodosacores.pt

Propriedade Gráfica Açoreana, Lda.Contribuinte 512005915Número de registo 100916Conselho de Gerência - Américo Natalino Pereira Viveiros; Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros; Dinis PonteCapital Social 473.669,97 EurosSócios com mais de 10% do Capital da Empresa Américo Natalino Pereira Viveiros; Octaviano Geraldo Cabral Mota; Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros

Governo dos AçoresEsta publicação tem o apoio do PROMEDIA III - Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada

E-MAIL: Redacção do Jornal: [email protected]ços administrativos: [email protected]ço de publicidade e marketing: [email protected] Serviço desportivo: [email protected]

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

TABELA DAS MARÉSBaixa-mar:

10:51 – 23:25Preia-mar:

04:50 – 17:07

FARMÁCIAS

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

Ponta Delgada - 296 282 022, 296 205 500 e 296 629 630Trânsito - 296 284 327R. Grande 296 472 120, 296 473 410Lagoa - 296 960 410Vila Franca - 296 539 312Furnas - 296 549 040, 296 540 042Povoação - 296 550 000, 296 550 001, 296 550 005 e 296 550 006Nordeste - 296 488 115, 296 480 110, 296 480 112 e 296 480 118Maia - 296 442 444, 296 442 996R. Peixe - 296 491 163, 296492033Capelas - 296 298 742, 296 989 433Santa Maria - 296 820 110, 296 820 111, 296 820 112 e 296 820 110

Ponta Delgada - Urgência 296 301 301Normal 296 301 313Ginetes - 296950950Nordeste - 296488111Vila Franca - 296539900Ribeira Grande: 296 472318, 296 470100Lomba da Maia - 296446017, 296446175Povoação - 296 550050, 296 550052Centro de EnfermagemBombeiros de Ponta DelgadaTodos os dias das 17h00 – 20h00Incluindo Sábados, Domingos e Feriados

HOSPITAISPonta Delgada - 296 203 000 Nordeste - 296 488 318 - 296 488 319Vila Franca - 296 539 420R. Grande - 296 472 128 - 296 472727Povoação - 296 585 197 - 296 585 155

POLÍCIA

296 285 399 (número regional)707 20 00 77 (número único)[email protected].ª a 6.ª das 9:30 às 12:00 e das 13:00 às 17:30

GABINETE DE APOIO À VÍTIMA

BIBLIOTECAS

POLÍCIA MUNICIPALRua Manuel da Ponte, n.º 349500 – 085 Ponta DelgadaTel. 296 304403/91 7570841Fax: 296 304401 E-Mail: [email protected]

MARINHACentro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC Delgada)Tel. 296 281 777Polícia Marítima de Ponta Delgada (PM Delga-da)Tel. 296 205 246

MUSEUS

MISSAS

SERVIÇOS CULTURAIS

Ponta Delgada Museu Carlos Machado

Inverno (de 1 de outubro a 31 de março)Terça a domingo, das 9h30 às 17h

Verão (de 1 de abril a 30 de setembro)Terça a domingo, das 10h às 17h30

Espaço Cultural e Museológico da Sinagoga de Ponta Delgada “Sahar Hassamain”

Dias úteis das 13h00 às 16h15Museu Militar dos AçoresDias úteis: 10h00 - 18h00

Fim-de-semana: 10h00 - 13h30 / 14h30 - 18h00Encerra aos feriados

Museu Municipal do NordesteAberto de 2.ª a 6.ª das 09h00

às 12h00 e das 13h00 às 16h00

Ponta Delgada

Centro Municipal de CulturaHorário das Exposições

2.ª feira - das 09h00 às 17h003.ª à 6.ª feira das 9h00 às 19h00 Ao Sábado das 10h00 às 17h00

Aos Domingos e Feriados abertura condicionada à programação

Ribeira Grande

Centro Comunitário e de Juventudede Rabo de Peixe

Teatro RibeiragrandenseHorário da 2ª a 6ª das 9h às 17h

PORTO DE ABRIGOEstação Costeira Porto de AbrigoTel. 296 718 086

Ribeira Grande Museu Municipal

Museu “Casa do Arcano”Museu da Emigração AçorianaMuseu Vivo do Franciscanismo

Casa Lena GalAberto de 2ª a 6ª - 09.00/17.00H

BOMBEIROS

Ponta Delgada De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 19h00 Sábado das 14h00 às 19h00

Biblioteca Municipal Ernesto do CantoRua Ernesto do Canto s/n 9500-313 Tel: 296 286 879; Fax: 296 281 139

Email: [email protected]ário: 2ª a 6ª feira das 10h00 às 18h00

Horário de verão (durante as férias escola-res): 2ª a 6ª feira das 8h30 às 16h3

Ribeira GrandeArquivo Municipal; Biblioteca Municipal

De 2ª a 6ª feira das 9h00 às 17h00

ASSOCIAÇÃO DE TÁXIS DE SÃO MIGUEL

(INSTITUIÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA)

Central 296 30 25 30296 20 50 50

296 38 200096 29 59 25591 82 52 777

TÁXIS

JOGOS SANTA CASA

Ponta Delgada - Farmácia GarciaLargo 2 de Março 77Telefone: 296306370

Ribeira Grande - Farmácia CentralRua S. Francisco 19-23Telefone: 296473135

Semana >> 08h00 – Santuário do San-to Cristo 08h30 – Matriz de 2ª a 6ª feira 09h30 – Fajã de Cima (3ª a 6ª) 12h30 – Matriz 17h30 - Casa Saúde Nossa Se-nhora da Conceição (excepto segunda e sexta-feira). 18h00 – Igreja do Imaculado Coração de Maria 18h30 - Matriz; São José; 19h00 – São Pedro; Igreja Nª Sra. de Fátima -Lajedo; Santa Clara; Fajã de Baixo (3ª e 5ª); Saúde - Arrifes - (3ª e 5ª); Milagres - Arrifes - (4ª e 6ª).

Sábado >> 12h30 - Matriz 17h – Clínica do Bom Jesus 17h30 – Igreja do Cora-ção Imaculado de Maria; Capela de São João de Deus -Fajã de Baixo; Casa Saú-de Nossa Senhora da Conceição. 18h00 – São José; Sete Cidades, Feteiras, Saúde - Arrifes. 18h30 – Matriz; Santa Clara; Fajã de Baixo. 19h00 - Igreja Nª Sra. de Fátima; Mosteiros, São Pedro; Relva; São Roque, Candelária; Ginetes 19h30 - Fajã de Cima; Milagres - Arrifes. 20h00 - Covoada.

Domingo >> 08h00 – Santuário Santo Cristo; Saúde – Arrifes, Mosteiros 09h00 – Igreja Senhora das Mercês; Clínica do Bom Jesus; Fajã de Baixo; Piedade - Arrifes. 09h30 - Piedade – Arrifes; 10h00 – Matriz; Igreja Coração Imaculado de Maria – São Pedro; Santa Clara; Mi-lagres – Arrifes 10h30 – Capela de São João de Deus - Fajã de Baixo; Covoada; Hospital Divino Espírito Santo; Várzea; Sete Cidades, Candelária, Milagres - Arrifes; Casa Saúde Nossa Senhora da Conceição. 11h00 – São José; São Pedro; Fajã de Cima 11h30 - Santa Clara; Fajã de Baixo; São Roque 12h00 – Santuário Santo Cristo; Matriz; Relva; Mosteiros; Ginetes, Feteiras; Saúde - Arrifes; Igreja Nª Sra. de Fátima Lajedo. 12h15 – Igreja de São Gonçalo - São Pedro 17h00 – Ma-triz 18h00 – São José 18h30 – Fajã de Baixo 19h00 – São Pedro

COLISEU MICAELENSE

TEATRO MICAELENSE

JOGOS SANTA CASAEuromilhões

Próximo sorteio sexta-feira€ 36.000.000

Último sorteio 01/05/20186 15 17 42 48 + 4 6

M1lhãoPróximo sorteio sexta-feira

€ 1.000.000Último sorteio 27/04/2018

TBT 03666

TotolotoPróximo sorteio sábado

1º prémio não disponívelÚltimo sorteio 28/04/2018

12 23 29 43 44 + 12

Lotaria clássicaPróxima extracção 07/05/2018

€ 1.200.000Última extracção 30/04/2018

1º Prémio 54344

Lotaria popularPróxima extracção 03/05/2018

€ 75.000Última extracção 26/04/2018

1º Prémio 02581

TotobolaPróximo concurso domingo

€ 53.000Último concurso 29/04/2018

222 122 121 2111 2

Contactos Biblioteca e Museu do Trigo da PovoaçãoPrevistoFuncionamento:De Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00

Museu do Trigo – Povoação – São Miguel Junto à Ribeira dos Bispos, entre as Lombas do

Loução e AlcaideHorário de FuncionamentoDe Segunda a Sexta das 09h00 às 17h00Sábados, Domingos e Feriados 11h00 às 16h00

CINEMACINEPLACE PARQUE ATLÂNTICO

* Sessão Válida Sex, Sáb e Vésperas de Feriado ** Sessão Valida Sabado, Domingo e Feriados

Sala 1Vingadores: Guerra do Infinito 2D

15:10, 21:30Vingadores: Guerra do Infinito 3D

18:20Os Super Heróis da Selva 2D (VP)

13:00**

Sala 2Peter Rabbit 2D (VP)12:40**, 14:40, 16:50

Rampage - Fora de Controlo 2D19:00, 21:20

Vingadores: Guerra do Infinito 2D23:40*

Sala 3Ruth 2D

14:10, 19:00, 21:30, 00:00*Death Wish: A Vingança 2D

16:40

Sala 4Beirute: O Resgate 2D

14:40, 17:00, 19:20, 21:40, 00:10*

MARCO PAULO4 DE MAIO - 21H00

HARMONIA MOSTEIRENSE12 DE MAIO - 21H30

EFEMÉRIDES1810 - Nasce Alexandre Walewski,

filho de Napoleão Bonaparte com Maria Walewski.

1823 - O imperador Agustín I do México abandona o país na sequência da rebelião liderada por António López de Santa Anna.

1904 - A Companhia francesa do Canal do Panamá entrega as suas propriedades ao representante do governo dos Estados Unidos.

1949 - Um acidente aviação provocou a morte dos integrantes da equipa de futebol de Torino, quando regressava à Itália depois de ter participado, em Lisboa (Portugal), na festa de despedida do “internacional” benfiquista Francisco Ferreira.

1983 - O Irão expulsa 18 diplomatas soviéticos, dando-lhes 48 horas para abando-nar o país, acusando-os de interferência nos assuntos internos da República Islâmica e de utilizarem agentes mercenários e traidores.

1988 - Cientistas norte-americanos de Wistard obtêm a primeira vacina contra a raiva, mediante uma técnica de engenharia genética.

1990 - O Parlamento da Letónia aprova a declaração de independência, tornando-se no último dos três Estados Bálticos a assumir o corte com Moscovo.

1997 - O Papa João Paulo II beatifica, no Vaticano, o primeiro cigano da história, Zeferino Jimenez, “El Pele”.

2000 - O vírus de computador I love you paraliza sistemas de informática de todo o mundo. Entre as instituições afectadas, encontram-se o Pentágono, a CIA e a Casa Branca nos Estados Unidos.

2004 - Garçon à La Pipe, um quadro de Pablo Picasso, torna-se no objecto mais caro de sempre ao ser vendido em leilão por 104,1 milhões de dólares, esse valor foi posteriormente ultrapassado.

Pensamento do dia: “Não há amor algum que resista a 24 horas de filosofia” - Camilo Castelo Branco (1825-1890) - es-critor português.

Este é o centésimo vigésimo quarto dia do ano. Faltam 241 dias para terminar 2018.

PASSAT – Em Leixões largando para Ponta DelgadaINSULAR – Na Praia da Vitória largando para

Ponta DelgadaS. JORGE – Em Ponta Delgada

SAMBA – Em Ponta Delgada largando para Lisboa

CORVO - Em P. Delga-da, saindo às 21 hrs para LisboaFURNAS - Em Lisboa, largando às 22 hrs para

os Açores

BAÍA DOS ANJOS: Vila do Porto para Ponta Delgada

MOVIMENTO MARÍTIMONAVIOS DA

TRANSINSULAR

NAVIOS DA MUTUALISTA

AÇOREANA

Transporte Marítimo Parece Machado, Lda

AZORES AIRLINESChegadas a Ponta Delgada de:Boston: 06:00Funchal: 13:55

Lisboa: 07:55, 14:30, 20:25Porto: 14:10, 23:25Praia, Cabo Verde: 15:45Toronto: 06:35

Partidas de Ponta Delgada para:Boston: 17:25Funchal: 09:05Lisboa: 07:45, 15:00, 21:15Porto: 08:45, 18:00Praia, Cabo Verde: 07:30Toronto: 16:45

AIR AÇORESChegadas a Ponta Delgada de:Flores: 17:25Horta: 13:25, 16:25Pico: 10:35, 19:40São Jorge: 17:05Santa Maria: 07:50, 20:05Terceira: 07:40, 11:00, 12:55, 13:10, 18:15, 19:20, 19:35, 21:35

Partidas de Ponta Delgada para:Flores: 14:05Horta: 09:00, 10:55Pico: 08:25, 17:35São Jorge: 15:00Santa Maria: 06:30, 18:45Terceira: 07:15, 07:20, 11:25, 13:35, 14:30, 17:55, 19:50, 20:05

TAPChegadas a Ponta Delgada de:Lisboa: 12h30 e 23h20Porto: 14h45

Partidas de Ponta Delgada para:Lisboa: 07h05, 13h20Porto: 15h35

MOVIMENTO AÉREO

Page 36: Correio dos AçoresSexta-feira, 4 de Maio de 2018 Director: Américo Natalino Viveiros - Director-Adjunto: Santos Narciso Director: Amér ico Natalino Viveiros - Director-Adjunto:

www.correiodosacores.ptRua Dr. João Francisco de Sousa nº 16

9500-187 Ponta Delgada - São Miguel - Açores

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Homem detido em Ponta Delgada por tentativa de extorsão

A Polícia Judiciária, através do Depar-tamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada, identificou e deteve um homem de 27 anos pela presumível prática do crime de extorsão.

De acordo com o comunicado da PJ, o homem terá acedido indevidamente a con-teúdos de comunicações escritas da vítima, que dizia respeito à sua vida pessoal, e abor-

dou a vítima através de uma rede social. De acordo com a PJ, o homem terá ameaçado divulgar o conteúdo da informação pessoal da vítima e quis constrangê-la a entregar-lhe uma quantia em dinheiro. Desta forma, deu indicações concretas à vítima sobre o mo-mento, local e modo como o deveria fazer, para evitar a identificação do suspeito.

Os factos ocorreram durante esta sema-

na, no concelho de Ponta Delgada, sendo que a Polícia Judiciária realizou as devidas diligências que permitiram detectar e deter o suspeito, na altura em que o homem de 27 anos procurava recolher o dinheiro.

A Polícia Judiciária informa que o ho-mem foi detido à competente autoridade ju-diciária, que determinou um julgamento na forma sumária. C.D.

Veleiro italiano afunda-se a 330 milhas de São Miguel e dois tripulantes estão desaparecidos

Uma aeronave da Força Aérea Portu-guesa e três embarcações estiveram ontem a tentar localizar dois tripulantes italianos do veleiro ‘Bright’ que navegava a cerca de 330 milhas náuticas (660 quilómetros) a leste de São Miguel.

A Marinha e a Força Aérea Portuguesa tiveram ontem a corveta ‘António Enes’ e a aeronave ‘C-295’ envolvidas nas buscas que se estenderam por 300 milhas em redor

da bóia de sinalização do ‘SOS’, e só foram avistados coletes salva vidas que não se sa-bia se pertenciam à embarcação.

Nas buscas estiveram também envolvi-dos dois navios mercantes e um de pesca.

Ao fim da tarde de ontem o avião ‘C-295’ já tinha feito três patrulhas em re-dor da bóia pertença do veleiro, o COSPAS SARSAT, “um sistema automático que é accionado sempre que há um contacto com

água” e não foram avistados nem o veleiro nem os dois tripulantes.

Uma fonte do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Pon-ta Delgada (MRCC) disse que o alerta foi recebido às 13h48 horas dos Açores de quarta-feira.

Tudo levava ontem a acreditar que o ve-leiro se tenha afundado e não havia sinais dos dois tripulantes.

Comissário da Agricultura visita os Açores em JunhoA eurodeputada Sofia Ribeiro anunciou

ontem que Phil Hogan, Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural irá visitar os Açores a 27 e 28 de Junho próximos, tendo-o classificado como “um momento his-tórico, pois há pelo menos 10 anos que o titu-lar da pasta da Agricultura Europeia não visita os Açores”, ainda acrescentado que “desde o momento em que tomei posse que percebi a necessidade de fazer ver aos decisores euro-peus a realidade da agricultura nos Açores, pois com a distancia há muita informação que não chega a Bruxelas e que precisa de ser tida em conta quando se tomam decisões tão importantes. Foi assim com a Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, que consegui que viesse aos Açores, foi assim com o responsável pelas Políticas de qualida-de da Comissão Europeia, e será agora com o Comissário Hogan, que desde a primeira hora demonstrou uma enorme sensibilidade para com as nossas reivindicações”.

A vinda do Comissário Hogan aos Açores insere-se na iniciativa de diálogo com os cida-

dãos e resulta da persistência da eurodeputada Sofia Ribeiro, que conta com mais do que um convite por ano, tendo afirmado que “este é

um momento muito importante, porque para além da visita aos Açores, temos a proposta do próximo Quadro Financeiro Plurianu-al com más notícias para o sector agrícola e aquando da visita do Comissário, teremos já a nova proposta da Política Agrícola Comum, cujo POSEI estará integrado como programa autónomo, pelo menos é o que tenho defendi-do e estou segura que assim será”.

Sofia Ribeiro finalizou as suas declara-ções referindo que o Governo Regional tam-bém tem uma certa responsabilidade nesta ida do Comissário, pois também o convidou oficialmente e que “a partir de agora e de uma base de um programa de trabalho que enviei ao Comissário Hogan, acertarei com o seu Gabinete, com a Federação Agrícola e com o Governo Regional o programa final da sua vi-sita aos Açores, que esperamos que seja uma jornada muito profícua e que aproveitemos para mostrar as nossas potencialidades e não apenas para reivindicar mais apoios, neces-sários, é certo, mas que não nos levam numa estratégia vencedora”.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo2

Tudo começou no

Convento da Caloura

O culto

do Senhor

A Caloura é um lugar da Freguesia de Água de Pau, Concelho da Lagoa, na ilha de S. Miguel que, para além de um pequeno porto piscatório, se distingue por ser zona de veraneio onde al-gumas das mais antigas famílias micaelenses construíram bonitas casas para as férias anuais.

Dista cerca de trinta e cinco quilómetros de Ponta Delgada e goza de um micro clima que faz do Vale uma zona onde as videi-ras dão azo à produção de um dos melhores vinhos de cheiro dos Açores.

É visita “obrigatória” dos turistas que demandam estas para-gens e que, de uma forma geral, se manifestam encantados com a magia do lugar.

Quase no seu termo, bem junto ao porto, piscatório, existe um Convento que lhe deu nome, porque os religiosos que o habitaram eram designados por “calouros”.

Segundo Pantalião de Aveiro, e citamos a obra do Dr. António de Albuquerque Jácome Correia (1) que serviu de base a este tex-to, “… são os religiosos gregos que seguem a regra de S. Bazílio e que habitavam o Monte Athos, em Salónica”.

Diz também Bergier “... que se dá nome de ‘calouros’ aos re-ligiosos, veneráveis pela sua idade, pelo seu retiro e austeridade de vida...”.

Mas antes de ser Caloura, este vale foi outrora designado por “Vale de Cabaços” , em virtude de se encontrar profusamente co-berto por grandes flores brancas, de uma erva denominada le-

gação, pertencente à família das liliáceas, e que lembram flores de cabaças

Antes da construção do Convento começou por existir no local, por volta de 1 522, uma pequena capela de invo-cação de Nossa Senhora da Conceição, a qual, segundo Gaspar Frutuoso,, “... é a pri-meira que houve desta advo-cação (...) de toda esta ilha e de todas as ilhas dos Açores”.

A fuga das irmãs para Vale de Cabaços...

Também neste mesmo ano de 1 522 vivia em Vila Franca do Campo um nobre varão de nome Jorge da Mota, cava-leiro do hábito de Avis e que escapou ao cataclismo que arrasou aquela Vila em 22/1 0/1 522, refugiando-se numa Quinta que possuía com a fi-lha do seu primeiro casamen-to, Petronilha e com uma mu-lher de nome Isabel Afonso que recolheu para companhia da filha.

As duas eram muito devo-tas e desde sempre manifes-taram a intenção de seguirem vida religiosa.

Em determinada noite, Pe-tronilha disse ao pai que ia fa-zer uma devoção à Ermida de S. João Baptista que ficava no interior dessa Quinta e pediu-lhe para ser acompanhada por Isabel Afonso e pelas quatro meias-irmãs, tendo a mais ve-lha apenas nove anos de ida-de. A verdade, porém, não era essa, já que entre si tinham combinado deslocarem-se à, então Vila de Ponta Delgada, para fazerem a devoção na Ermida de Santa Clara.

Poucos quilómetros de-pois de Vila Franca, donde partiram, avistaram do Pisão (hoje um Miradouro de in-teresse turístico) a pequena Ermida de Nossa Senhora da

Conceição e para ela se dirigiram, tendo sentido o desejo de lá ficarem e assim fizeram.

Jorge da Mota, o pai, ficou naturalmente preocupado com o desaparecimento das seis raparigas e cuidou até que tivessem par-tido para Lisboa, em navio que naquela noite tinha saído do porto de Vila Franca com destino àquela cidade.

Mas como a distância de Vila Franca do Campo à Caloura não é grande (cerca de dez quilómetros), rapidamente chegou ao co-nhecimento de Jorge da Mota que as filhas estavam na Ermida de Vale de Cabaços e de imediato se dirigiu ao local, acompanhado de alguns homens para trazer as filhas de volta a casa.

À sua vontade e ordem se opuseram Petronilha e Isabel Afon-so que decidiram permanecer na Ermida.

Dias depois, Jorge da Mota voltou ao local, fazendo-se des-ta vez acompanhar pelos filhos e outras pessoas respeitáveis de Vila Franca, entre elas alguns padres de S. Francisco, o Ouvidor Eclesiástico, o Capitão do Donatário, Rui Gonçalves da Câmara, mas voltaram a ser infrutíferos os esforços feitos para trazerem de volta Maria Petronilha e Isabel Afonso que teimaram ficar na Ermida, adoptando respectivamente os nomes de Maria de Jesus (Petronilha) e Maria dos Anjos (Isabel Afonso).

Como existia apenas, além da Ermida, uma exígua sacristia, a Câmara e o Povo da Vila de Agua de Pau construíram, a expensas próprias, uma pequena casa, não maior que a sacristia, onde aque-

O culto do Senhor Santo Cris-to dos Milagres (assim se chama à imagem de Cristo, uma ima-gem expressiva e artística que se venera em Ponta Delgada no seu santuário) está impresso na alma dos micaelenses que a levam para longe quando se sentem na necessidade de emigrar.

E uma imagem que tem a sua história muito interessante. Ei-la, em resumo:

Trata-se duma imagem que tinha sido oferecida pelo Papa às religiosas da Caloura quando lhe foram pedir a bula para erigirem o mosteiro de Vale dos Cabaços.

Em 1541 a veneranda ima-gem veio com as religiosas para o Convento da Esperança em Ponta Delgada. Este convento fundado por Rui li, capitão-do-natário dos Açores, e sua esposa D. Filipa Coutinho.

A imagem foi colocada na Ermida de Senhora da Paz, na cerca do convento. A pedido na veneranda Madre Teresa, reli-giosa célebre em toda a histó-ria do Convento da Esperança, a imagem foi colocada no coro baixo da igreja do convento, onde hoje se conserva. A Madre Teresa, muito zelosa do culto do Senhor Santo Cristo, procurou meios materiais também para que se promovesse o culto des-ta imagem tão cativante para os cristãos, e não só.

Com a visita da D. José da Câmara e a sua esposa ao con-vento em 1690 o culto ao Senhor Santo Cristo (título aparente-mente estranho para os de fora, mas muito querido dos devotos) tomou um incremento verdadei-ramente universal.

A volta deste culto nasceram tradições muito especiais com que o povo pretende mostrar a sua devoção a Cristo coroado da espinhos, um verdadeiro ‘ Homo” que inspira piedade e veneração muito acentuadas. A festa do Se-nhor Santo Cristo, celebrada no domingo antes da quinta-feira da Ascenção, congrega verdadeiras multidões de povo.

Comparecem mesmo nume-rosos emigrantes que organizam a sua vida de maneira a estarem disponíveis nesta altura. Várias bandas de música solenizam esta procissão, em que participam também as autoridades civis.

Madre Teresa da Anunciada morreu com perfume de santi-dade no dia 16 de Maio de 1738 com 77 anos de idade, um dia depois da festa da Ascenção do Senhor, precisamente quan-do ainda ecoavam as preces e cânticos do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Nuno Filipe, O.H.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 Suplemento Santo Cristo 3

las duas religiosas resolveram entrar numa véspera de Pás-coa, depois de terem pedido a Jorge da Mota que deixasse ir as outras filhas para a Ermida. Após muitas hesitações, Jorge da Mota acabou por consentir e foi, assim, que entraram para esta casa nova as primeiras seis religiosas que foram susten-tadas pelo próprio Jorge da Mota e pelos oficiais da Câmara da Vila de Água de Pau que, aos Domingos, pediam esmolas para levar às religiosas.

Um mês depois juntaram-se mais duas religiosas que eram irmãs, filhas de João Arruda da Costa e que também viviam em Vila Franca do Campo.

E o número de religiosas foi progressivamente aumentan-do, até que, passado pouco tempo, impelido por sua devoção, o quinto capitão do Donatário da Ilha, Rui Gonçalves da Câ-mara, segundo deste nome, se encarregou daquela casa de religiosas, tendo sido seu padroeiro e obtido Bula de Roma para que fosse considerado Mosteiro, com os respectivos pri-vilégios.

O Capitão do Donatário mudou-se então com a família para junto da Ermida de Vale de Cabaços, mandando exe-cutar necessárias obras no edifício , às quais prestava assis-tência.

E assim viveu esta comunidade alguns anos até que, em 1 533, grande parte das religiosas teve de abandonar o Mos-teiro devido aos constantes ataques dos corsários, principal-mente franceses, e que naquela época infestavam os mares, criando uma vida de sobressalto às religiosas que acabaram por procurar refúgio no Convento de Santo André em Vila Franca do Campo.

Mas nem todas saíram da Caloura, existindo pequenas divergências quanto ao número das religiosas que ficaram e que saíram.

Gaspar Frutuoso, por exemplo, diz serem ao todo vinte e nove, tendo saído para Vila Franca dezanove e continuado na Recolecta dez, enquanto frei Agostinho de Mont’Alverne diz que ao todo eram vinte e sete, ficando nove no local e par-tindo dezoito para Vila Franca, números que são igualmente referidos por Ernesto do Canto.

Mas não terão só sido os ataques dos corsários que deter-minaram a saída das religiosas.

Foi também o facto do sexto Capitão do Donatário, Ma-nuel da Câmara, ter faltado com os subsídios que o pai en-tregava aquelas que, permaneceram em Vale de Cabaços e ter-lhes mandado dizer...” que se fossem casar!”.

Estas religiosas abandonaram o Vale da Caloura num Do-mingo de Pascoela, 23/4/1540, indo fundar o Mosteiro de Nossa Senhora da Esperança em Ponta Delgada.

A Imagem do Senhor Santo Cristo dos Mila-gres e a construção do Convento

As religiosas que foram para o Convento da Esperança em Ponta Delgada fizeram-se acompanhar da Imagem do Se-nhor Santo Cristo pois, segundo consta, a Imagem tinha sido oferecida a duas freiras pelo Papa Paulo III ou pelo Papa Cle-mente VII ( existe controvérsia sobre este dado) que, de Vale de Cabaços foram a Roma impetrar Bula Apostólica para a edificação do Convento.

Com a saída das últimas religiosas de Vale de Cabaços ficou a Recolecta deserta, apenas habitada por um ermitão até 1632, altura em que nela deram entrada, por provisão de D. João Pimenta de Abreu, Bispo de Angra e Ilhas dos Aço-res, os eremitas de Nossa Senhora da Consolação do Vale das Furnas, que dali foram obrigados a sair em virtude do terramoto e fogo (erupção?) que, em 2 de Setembro de 1630, destruíram aquele Vale.

Estes eremitas das Furnas, depois de terem conseguido que o ermitão que ali vivia abandonasse os aposentos, aco-modaram-se mal, dormindo na sacristia, pouco espaçosa, e que era passagem e serventia e numa exígua dependência, até que o Bispo deu ordem para a construção da casa junto à Ermida.

Os religiosos iniciaram imediatamente a construção da habitação, fazendo na parte posterior da sacristia e com serventia por ela, um quarto. Com as madeiras vindas das Furnas e oferecidas pela população local, construíram um corredor de cinco celas, onde se acomodaram os irmãos e dois sacerdotes. Da casa do ermitão e de outras dependên-cias fizeram o despensa e o refeitório e do lado de fora da casa instalaram uma cozinha e as instalações sanitárias para o lado do mar. Posteriormente, o Conde Governador mandou acrescentar no corredor mais um quarto com alcova e, ainda, outra cela para ele próprio repousar quando desejasse visitar a Ermida ou passar por lá.

Por volta de 1 660, o Conde da Ribeira Grande, D. Manuel da Câmara, que há um ano e meio governava S. Miguel, vi-sitou a Recolecta acompanhado pela consorte e apercebeu-se das grandes necessidades em que viviam os eremitas, tendo

ordenado que se fizesse, à sua custa, novo lance de dormitó-rios e que se acrescentasse uma outra sacristia, um coro para a Ermida, que o não possuía, e um novo sacrário.

O novo lance de dormitórios ficou com quatro celas e no fim dele um oratório, para calvário e retiro dos eremitas.

Cerca de vinte anos depois, em 1681, o Capitão Bartolomeu de Frias Coutinho, natural de Ponta Delgada, sentiu um chamamento de Deus e entrou para a Recolecta, tendo antes mandado construir três quartos no último dormi-tório do Poente para neles habitar.

A Ermida e o Convento da Caloura, hoje

Actualmente, a Ermida e o Convento da Caloura formam um conjunto arquitectónico que se assemelha à letra U, com abertura virada para Poente, em que o corpo Norte é constitu-ído pela Ermida, corredores anexo, sacristia e algumas celas, tendo-se, a partir deste núcleo inicial e conforme as necessi-dades, desenvolvido para Sul a restante parte do imóvel.

Como o terreno e as rochas envolventes que constituíam a antiga cerca apresentam níveis diferentes, assim algumas di-visões situam-se no rés-do-chão, ou no primeiro andar, con-soante consideradas respectivamente, em relação ao Poente

ou ao Nascente e Sul.A Ermida e o Convento da Caloura foram vendidos por or-

dem do Governo em hasta pública no dia 6 de Junho de 1854, tendo sido adquiridos por António Manuel de Medeiros da Costa Canto e Albuquerque, 2° barão e 1° visconde das Laran-jeiras, de quem o herdou seu filho, António d’Albuquerque. Deste passou para a filha, D. Cecília Medeiros d’Albuquerque Jácome Correia, casada com Thomas Ivens Jácome Correia, benfeitores deste imóvel. Passou depois para António Albu-querque Jácome Correia, filho do aludido casal e, por morte deste, é agora propriedade de D. Margarida Jácome Correia e dos filhos.

A Ermida e o Convento da Caloura são dois imóveis de inegável interesse público e, hoje, a conservação é uma preo-cupação dominante para quem tem essa responsabilidade.

Embora a propriedade pertença a particulares, o Estado não pode eximir-se às obrigações que tem na manutenção de património de interesse regional, estando abrangido por este interesse a Ermida e o antigo Convento da Caloura.

(1) Texto adaptado por Victor Pereira, a partir do livro Convento da Caloura de António de Albuquerque Jácome

Correia, edição da CM da Lagoa, de 9/4/1 996.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo4

…E Deus

estava na

brisa suave!O culto ao Senhor Jesus, através da sua Imagem

simbolizadora do momento do Pretório em que é apre-sentado à turba: Ecce Homo!, é um culto de diferenças e paradoxos, cuja soma, nas parcelas da tradição, tem como resultado este fenómeno de reconhecimento co-lectivo que se traduz na festa que o povo faz e que neste fim de semana se derrama por esta Ponta Delgada de sons e de flores.

Para quem olhar estes dias sob o domínio da Fé, muitas perguntas surgirão, a primeira das quais será a

de onde está o Evangelho, no meio de todas estas manifestações. Pergunta incómoda! Como, em pleno século XXI, se pode adorar um Deus Humana-do, num dos momentos representativos da maior humilhação que sofreu na Terra?

Como se pode conceber que os séculos e o misticismo devocional tenham forrado de ouro e de jóias uma Imagem que, esculpida por mão de artis-ta anómimo, se destinava a ser sacrário, onde repousaria a sagrada reserva eucarística, no silêncio de uma capela?

Como se explica que se aclame, em triunfo, um Rei que se esquece tão de-pressa e cujas leis e preceitos são renegados, como se fossem pesados fardos incómodos para o tempo que passa?

E as respostas estão todas no Evangelho: “Não julgueis para que não se-jais julgados” (Mateus, 7, 1-5). Passados estes três séculos sob o tempo em que uma simples madre clarissa, no seu misticismo, se encantou por esta imagem que há muitos anos repousava esquecida na capela da Senhora da Paz do Convento da Esperança, e lhe chamou de “meu fidalgo” e quis, em doce paradoxo, oferecer sinais de realeza terrena a quem tinha sido feito rei de escárnio, quantas caminhos de oração, de súplica e agradecimento, se cru-zam nestes séculos?

E o ouro, Senhor, e o ouro, que tanto preocupa muita gente que, em vez de partilhar, luta por amealhar, apontando a dedo que aquele ouro devia ser vendido e dado aos pobres? E a resposta volta a estar no Evangelho: “ Pobres sempre tereis convosco e a Mim não me tereis sempre” (João, 12,8). Se cada peça de ouro, se cada joia ali significa um desejo individual, uma oferta pes-soal, quem tem o direito de lha dar outro fim que não seja o de se cumprir o desejo de quem ali as depositou?

Outra coisa será, sim, a gestão deste tesouro, colocando-o ao serviço da solidariedade e dos mais pobres.

Mas nestes dias, muitos olhares vão para além do ouro e das flores, e so-bem, como os fumos do incenso, em direcção ao infinito que dorme dentro de nós e que acorda nos momentos de dor e sofrimento, antecâmara de oração e agradecimento. A veneração à Imagem do Senhor Santo Cristo é o expoente da fragilidade humana que reconhece a outra dimensão da vida, não como drama, mas como acontecimento natural sublimado pela Fé. Sim, porque há diferença entre crer e acreditar. O crer gera a Fé e o acreditar gera a crença. E se a crença é um degrau de vida que leva às mais diversas expressões, de que os milhares de santuários espalhados pelo mundo inteiro são expressão viva, a Fé leva a compromissos de vida sem os quais ela não se alimenta!

E é nesta diferença que hoje nos revemos, neste símbolo de identidade multissecular de que dificilmente nos desprendemos. O Senhor, nesta sua Imagem, expressão de olhar “doce e sereno”, mas ao mesmo tempo penetran-te e apelativo, é sinal máximo de acolhimento que lê no íntimo de cada um as razões que a razão humana não alcança.

Em tempos de tão fáceis julgamentos e condenações, em tempo de novas inquisições, já não em autos-de-fé, mas na praça pública da comunicação social e redes sociais, o verdadeiro Senhor Santo Cristo, O do Pretório e do Tabor, O do Cenáculo e do Calvário, O de Belém e da Ressurreição, passa silencioso e atento, por crentes e não crentes, por indiferentes ou maldizentes, naquele eterno “Eu estou à porta e chamo… Se alguém ouvir a minha voz e me abrir a Porta, entrarei em sua casa e cearei com ele”!

Em “Domingo de Rosas” (termo de Madre Teresa) faz-se tempo de encon-tro. E tal como Elias, (I Reis, 19, 11/13) o Senhor não está no vento, nem no terramoto, nem no fogo, mas na brisa suave que passa. Aqui e hoje podemos dizer que esta brisa suave são séculos de vidas, oração de súplica e de gra-tidão, sorrisos embrulhados em lágrimas e lágrimas disfarçadas em sorrisos, que ali passam no silêncio florido daquele “trono de luz e de glória”, como diria Cortes-Rodrigues!

E é nesta “brisa suave” de uma ilha em festa, que o Senhor pode fazer festa em cada coração. Se soubermos abrir a tal porta!

Por: Santos Narciso

Senhor Santo

Cristo dos Milagres

o Santo da Esperança

As Festas do Senhor Santo Cristo, as Festas do Espírito Santo, o Natal e a Páscoa são as maiores manifestações religiosas e de festa propriamente dita do Povo Açoriano. A Páscoa e o Natal são marcos religiosos de todo o mundo católico. Por outro lado, é verdade que as Festas do Espírito Santo envolvem todas as Ilhas dos Açores e a nossa Diáspora, constituindo uma prova inequívoca de solidarieda-de entre as Ilhas e da identidade dos Açores enquanto Arquipélago e Região bem definida e no respeito das suas diversidades. Mas tam-bém é verdade que as Festas do Senhor Santo Cristo, na Ilha de São Miguel, pela sua dimensão e peso no total das nove Ilhas dos Aço-

res, a que se juntam os milhares e milhares de micaelenses espalhados pelo mundo, as-sumem uma relevância regional, nacional e mesmo internacional. Acresce, estou certo, que se fosse possível, a maioria esmagadora dos Açorianos independentemente da Ilha onde nasceram e vivem, bem como os nossos emigrantes, se pudessem, estavam fisica-mente presentes no Domingo do Senhor Santo Cristo, em Ponta Delgada, na procissão, no Campo de São Francisco, ou espalhados pelas ruas da Cidade para acompanharem, em sinal de respeito, ou simplesmente olharem aquela Imagem do “Ecce Homo”, com a cabeça cravada de espinhos, seminu, simbolizando o motivo de escárnio para os podero-sos, oportunistas e corruptos, mas que, pela sua tranquilidade na dor, força do seu olhar e capacidade de perdoar, é uma referência e uma fonte de inspiração, mesmo para os pe-cadores como muitos de nós, permitindo-nos manter viva a esperança de que é possível

um Mundo melhor. Conheço várias ima-

gens do Senhor Santo Cristo dos Milagres, res-peito todas, mas nenhu-ma me toca tão fundo como a que está no Con-vento da Esperança. O Senhor Santo Cristo dos Milagres é uma devoção que teve a sua génese e ganhou a dimensão que tem hoje, graças à persistência e entre-ga da Madre Teresa da Anunciada (1658-1738) à imagem do Senhor. O Senhor Santo Cristo dos Milagres é aquele amigo a quem recorremos na doença, nos momentos difíceis da nossa vida, e a quem agradecemos a luz que se acende no nosso caminho quando tudo parece perdido. Nos tempos que correm, onde ninguém acredita em ninguém, a família se auto destrói, os valo-res que ajudaram a criar e moldar o nosso caráter e personalidade pare-cem vacilar, é importan-

te não perder a esperança e ter referências, como seja a de um homem bom da nossa Freguesia, daquele que foi o nosso professor na escola primária, de um Padre que, com humildade, dedicou toda a sua vida a servir e a contribuir para elevar culturalmente o seu rebanho ou o Senhor Santo Cristo dos Milagres que personifica o gesto maior de dar a própria vida por nós. Uma vida sem referências e valores é uma vida sem sentido e sem rumo.

É por isto que eu, sendo um católico daqueles que têm a consciência de não ser cumpridor com os rituais e a frequência que um católico deve assumir, mesmo assim, ainda encontra forças no Senhor Santo Cristo para, naturalmente com falhas e omissões, dar o seu contributo ainda que modesto para a construção de um mundo mais desenvol-vido, com solidariedade, justiça e mais equidade. É este o mundo novo que leio no olhar do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que veio da Caloura para Ponta Delgada, mas é de todos os Açorianos de nascença ou que adotaram estas Ilhas como suas.

Termino recomendando vivamente a leitura do Livro do Daniel de Sá sobre a origem da Imagem do Santo Cristo e a Devoção que despertou no Povo Açoriano (Peregrinos do Senhor Santo Cristo dos Milagres).

Maio de 2018

Por: Gualter Furtado

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo6

João Cabral: De braço direito

de Humberto Moniz a encarregado

da iluminação das festas do Senhor

As festas do Senhor

Hoje, pelas 21h00, terá lugar a inauguração da ilu-minação decorativa da fachada do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres e do Campo de São Fran-cisco, com execução do Hino do Senhor Santo Cristo, seguida de desfile da Charanga dos Bombeiros Volun-tários de Ponta Delgada. Para que tudo esteja a postos, o trabalho começou há cerca de um mês, e o número de trabalhadores diário variou entre as 55 e as 60 pes-soas.

Durante décadas esta missão coube a Humberto Moniz mas desde o ano passado a tarefa de orienta-ção da iluminação ficou a cargo de um seu pupilo, João Cabral, que com ele trabalhou directamente cerca de 17 anos, sendo durante este período o seu braço-direito.

Mestre João, como é conhecido, define-se como uma pessoa simples pessoa que está agora encarrega-da da iluminação do senhor Santo Cristo. “Estou aqui há mais de 30 anos, mas antes de estar responsável pela iluminação nestes últimos 2 anos trabalhei com o senhor Humberto Moniz quase 17 anos. No entanto, conta-nos, que desde há 20 anos que trabalha por conta própria, primeiro com uma empresa em nome indivi-dual e de há 3 anos para cá abriu uma a Quatriluz Lda. Apesar de ter a minha própria empresa “mantive-me sempre a trabalhar com o Senhor Humberto. Resumin-do estou ligado às festas há cerca de 33 anos, até ficar encarregue da iluminação.

Era habitual encontrar-se electricistas e outros pro-fissionais tirarem férias dos seus trabalhos para ajudar nos trabalhos de iluminação das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, uma espécie de oferta, mas isso agora não acontece, como nos conta João Cabral por-que é uma empresa que gere todo o serviço e a própria

lei não permite que isso aconteça. As pessoas têm de estar em serviço e ao serviço de alguém.

No que se refere à iluminação, João Cabral revela que nos medalhões na fachada foram colocadas mais de 8 mil lâmpadas e no total foram empregues na decoração do frontispício cerca de 155 mil lâmpadas. De um ano para o outro há sempre necessida-de de substituir lâmpadas e este ano não foi diferente.

Também haverá mais lâmpadas nas árvores do campo de são Francisco e no coreto, havendo também protecção em suporte e madeira, para que as crianças estejam protegidas no local e em segurança.

Quanto aos símbolos escolhidos para a decoração da ilumina-ção foram todos os símbolos correspondendo ao que está dentro do santuário. “A única alteração que fizemos foi a colocação de dois caracóis em madeira para não estragar muito a pedra da fa-chada do santuário, o que leva cerca de 6 mil lâmpadas”, remata João Cabral.

Nélia Câmara

É a roda da vida, chegamos rapida-mente às festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres e Ponta Delgada veste-se de gala, para acolher milhares de peregrinos que prestam homenagem e veneração respei-tosa ao Ecce Homo, festa que constitui a maior referência religiosa dos Açores.

O Santuário Diocesano do Senhor Santo Cristo e o próprio Convento da Es-perança voltam a ser o centro de todas as atenções para onde crentes ou não crentes

ali convergem. Os micaelenses cultivaram as mais belas flores para emprestar a magnificência e sumptuosidade àquele templo que ir-radia nestes dias um perfume especial e com uma beleza que en-canta todos os que o visitam.

Na vigília do Sábado ainda dentro do Santuário muitos são os que perante a santa imagem, se detêm junto ao altar para uma bre-ve prece e ninguém fica indiferente àquele olhar comovido, que nos provoca sensações e emoções fortes e nos interpelam e nos enche de alegria e nos pacifica interiormente.

Muito mais do que os arraiais, muito mais do que as tasquinhas, mais do que os passeios, a ida às feiras ou assistir ao imponente fogo de artificio, as festas do Senhor Santo Cristo são, sobretudo, uma ocasião sublime de gratidão do povo micaelense e cada vez mais do povos das outras ilhas deste torrão insulano, pelo dom da vida, amarga, por vezes, é certo, mas também pela alegria de des-cobrir o significado e a beleza das coisas simples. É uma oportuni-dade para se agradecer ao Senhor das Ilhas por termos chegado a mais um ano para assistir às grandiosas festas.

A veneranda enternecedora Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres estimula-nos, a ser um sinal e testemunho cristão, não apenas no Domingo do Senhor, mas no dia a dia, no nosso pos-to de trabalho ou no convívio com os nossos familiares e amigos. Aquela veneranda imagem é uma relíquia que desde o berço nos

acostumamos a olhar com res-peito e sublime admiração.

Nestes dias de festa, seja o povo humilde e anónimo destas ilhas ou o mais letrado dos seus habitantes não se coíbe de fixar o seu olhar, no olhar daquela doce e compassiva imagem, que fita uma população inteira e a todos abençoa e derrama gra-ças e bênçãos. Quer estejam no Canadá, nos Estados Unidos, na Bermuda ou no Continente, to-dos têm os olhos postos na tele-visão e nas redes sociais na ânsia de assistirem a um momento da festas ou ouvirem entoar o co-movedor hino do Senhor Santo Cristo.

Por outro lado, ninguém fica insensível ao vai e vem de cen-tenas e centenas de jovens que rumam a Ponta Delgada a pé, noite dentro, num movimento invulgar. Vêm da costa norte ou da costa sul de S. Miguel e dirigem-se à Igreja de S. José, para partici-parem, já madrugada, na homenagem dos peregrinos. Trata-se de um testemunho extraordinário da nossa juventude, que até comove qualquer um.

Na noite do Sábado do Senhor, ir a pé da sua freguesia ou vila para a “cidade”, é uma renovada forma de peregrinar na actualida-de, já que antigamente muita gente se deslocava a pé, para parti-ciparem nas festividades. Jovens mães, levando os seus filhos em carrinhos de bébé ou grupos de jovens das Paróquias de S. Miguel, devidamente coordenados e com colectesreflectores, utilizam as

bermas das estradas movimentadas, originando, por vezes, algum perigo.

Neste particular, há que disciplinar estas caminhadas, pois o intenso tráfego automóvel constitui sério risco, sobretudo para as crianças, que acompanham os mais velhos.

As gentes desta ilha e dos Açores voltarão mais uma vez a fixar o doce olhar do Ecce Homo, numa atitude recatada, onde cada um expressa à sua maneira o seu reconhecimento e que só o Senhor Santo Cristo dos Milagres entende, pois neste mundo cada vez mais confuso, onde se perdem os valores espirituais, a religião enfrenta um desafio enorme de ajudar a pessoa humana a reorientar-se nesta aldeia globalizada, tendo em vista alcançar uma plena justiça.

Por: António Pedro Costa

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo8

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 Suplemento Santo Cristo 9

“Tive um problema de saúde grave

e no dia antes vim ao pé Dele

e pus a minha vida nas Suas mãos”

Ana Paula Ferreira é uma das muitas vo-luntárias que actualmente ajuda nas funções de manutenção no Santuário da Esperança e que trata mais de perto com a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Voluntária há 13 anos, foi a primeira a ter este estatuto e começou por fazer de tudo um pouco, não só lidando directamente com a imagem. Presença assídua no Santuário da Esperança admite que vai ali todos os dias da semana, mas já houve tempos em que até ao Sábado e ao Domingo ajudava nas visitas. No entanto, confessa que “nunca na minha vida pensei” em lidar tão de perto com a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres até porque tudo começou quase como um chamamento.

Há 13 anos, recorda Ana Paula Ferreira, foi para o Santuário a pedido da Irmã Mar-garida Pimentel que na altura tinha assumido funções de zeladora da imagem, substituindo a Irmã Beatriz. “Ela precisava de uma pessoa para ajudá-la porque era um grande volume de trabalho” e lembrou-se de Ana Paula Ferreira que trabalhava na altura com um dos irmãos de Margarida Pimentel.

“Foi engraçado como vim para cá”, recor-da ao afirmar que a irmã Margarida Pimentel transmitiu ao irmão que “precisava de falar comigo, para eu ir ao Santuário”. Mas o reca-do nunca chegou a Ana Paula, até que “um dia estava em casa e de repente senti uma vontade enorme, como uma coisa que me estava a pu-xar para aqui e disse à minha irmã que tinha de vir ao Senhor Santo Cristo”. Quando entrou no Santuário, deparou-se com a irmã Margari-da Pimentel que lhe perguntou “se tinha sido o irmão a falar comigo a pedir para ir ali, e eu disse que não. São os desígnios de Deus”.

Foi nessa altura que ficou a par da situação e das necessidades do Santuário, “porque a Co-

munidade [das Religiosas de Maria Imacula-da] é muito pequena e precisava de uma pessoa para ajudá-la, porque principalmente na altura das festas do Senhor Santo Cristo dos Mila-gres há muito trabalho”, refere Ana Paula. A voluntária e a irmã Margarida Pimentel foram tomando contacto com as coisas praticamente ao mesmo tempo já que “a irmã Beatriz, que esteve 50 anos enquanto zeladora da imagem do Senhor Santo Cristo, ficou doente, acama-da. E foi uma pena porque não deixou prati-camente nada escrito e muita da história que deve ter vivido aqui, perdeu-se”, explica Ana Paula Ferreira.

Juntamente com a então nova zeladora da imagem, Ana Paula Ferreira confessa que fo-ram “aprendendo por nós, no dia-a-dia e du-rante os cinco anos que a irmã Margarida es-teve enquanto zeladora, fomos sabendo mais algumas coisas com ela”, explica.

Mas enquanto o cargo de zeladora se vai renovando, (depois da irmã Margarida Pimen-tel, foi zeladora a irmã Margarida Mota Borges e agora essa função é da irmã Zilda Melo), Ana Paula Ferreira foi ficando sempre como volun-tária e é assim que gosta de ser tratada: “entrei assim para aqui e é assim que sairei um dia daqui”.

Começou por ajudar em tudo quanto lhe era possível, e era preciso, “fazia a visita” que con-siste numa hora de oração “em que as pessoas vêm aqui visitar e fazer a sua oração. Durante muitos anos fiz isso, mas agora estou noutras funções” que implicam fazer “um bocadinho de tudo”. Ou seja, “desde pegar na vassoura para varrer o chão, até cuidar da imagem e ves-ti-La. Trabalho mais na área do Senhor Santo Cristo, com tudo o que é relacionado com Ele. Fazendo o dia-a-dia com tudo o que for apare-cendo”, explica Ana Paula Ferreira.

Pôr a vida nas mãos Dele

Como qualquer outra pessoa nascida em São Miguel, ou nos Açores, a devoção ao Se-nhor Santo Cristo dos Milagres quase que nasce ao mesmo tempo. Ana Paula Ferreira não é ex-cepção e o facto de lidar mais directamente com a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres também reforça os laços que se estabelecem com o Ecce Homo.

Foi aliás para esta ligação estreita que se vi-rou quando lhe foi detectado um “problema gra-ve de saúde” e teve de sair da ilha, ir a Espanha, para conseguir resultados mais positivos.

Com lágrimas nos olhos, Ana Paula Ferreira tenta justificar que “é muito difícil explicar por palavras o que a pessoa sente. Não é fácil”. É com as lágrimas a escorrerem-lhe pela cara que a voluntária explica que quando foi decidido que iria a Espanha em busca de tratamento, fi-cou também decidido na sua mente que iria ao Santuário da Esperança, junto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres.

“No dia antes de ir para Espanha vim aqui ao pé Dele e pus a minha vida nas mãos Dele. Eu não sabia o que me ia acontecer porque o pro-blema era grave. O pôr a minha vida nas mãos Deles era Ele fazer de mim aquilo que quisesse. Se Ele achava que devia continuar cá. E estou cá”, recorda Ana Paula Ferreira.

Isso passou-se em 2013 mas desde 2005, quando começou como voluntária, que Ana Paula Ferreira lida directamente com situações que classifica como “milagres. Para quem acre-dita”. Não é só pela imagem “que sabemos que é um busto em madeira”, mas tudo passa “pelo dia-a-dia, lidando com tudo isso, não é só estar ali a rezar. Tem a ver com tudo o que en-volve este culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres”. Até porque “a pessoa vê para além daquilo, para além daque-le busto de madeira. É aquele rosto. Aqueles olhos. Aquele olhar”, destaca Ana Paula Pereira. E dá alguns exem-plos de “coisas que acontecem aqui que não acontecem por acaso”.

Por exemplo, “tivemos aqui um caso de um casal que o senhor estava no hospital e davam-lhe já pouco tempo de vida e um dia a senhora veio aqui mas era muito desligada na religião. Ela veio cá com ele e tenho-o visto de vez em quando aqui. O senhor ficou dentro do possível melhor”.

E há muita gente que chega na hora da visita, das 17h30 às 18h30, para es-tar em recolhimento e em oração na Capela do Senhor Santo Cristo “em que vemos casos muito sérios. Tudo isso mexe connosco e temos de nos agarrar a alguma coisa”. É por isso que Ana Paula Ferreira confessa que “às vezes

falo” com a imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres. “Ainda há pouco tempo estive numa situação em que Lhe disse que Ele tinha de re-solver e Ele resolveu. Dei a notícia à pessoa e saiu-lhe um peso de cima. Há situações em que digo “Senhor, tens de dar uma ajudinha” que é como digo, porque só nós não conseguimos”, explica a voluntária.

Um sentimento que “só realmente quem está aqui e vive de perto isto é que sente. Real-mente este Senhor tem uma força tão grande”, e por vezes Ana Paula Ferreira questiona-se “porquê este Senhor?” ao ver as multidões que, principalmente na altura das festas materializam a sua devoção. Aí, recorda-se da vida da Ma-dre Teresa d’Anunciada, a primeira zeladora da imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres e a grande impulsionadora da devoção ao Senhor. “No tempo da Madre Teresa, Ela falava muito com Ele e um dia Ele diz-lhe, no Coro Baixo, “um dia ainda hei-de trazer para aqui muitas almas”. E às vezes penso nisso, quando o San-tuário fica apinhado de gente, lembra-me dessas palavras”.

E assim é, efectivamente, quando as pessoas depositam toda a sua fé e toda a sua esperança na imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres e esperam que esta devoção lhes consiga trazer as respostas que precisam. “Vejo às vezes pes-soas a sair daqui a chorar. Uma coisa que sem-pre me impressionou era ver jovens, na hora da visita. Às vezes pensamos que os jovens estão afastados mas eles estão cá”, afirma Ana Paula Ferreira. É que, no entender da voluntária e de-vota do Senhor Santo Cristo dos Milagres, “uma pessoa com aflição, dirige-se é para aqui”.

Carla Dias

A primeira voluntária do Convento da Esperança

Ana Paula Ferreira é voluntária no Convento da Esperança desde 2005 e começou por “fazer de tudo um pou-

co”. Actualmente já há mais voluntárias e está agora mais dedicada à imagem do Senhor Santo Cristo dos

Milagres por quem tem uma devoção especial. Confessa que “às vezes falo com Ele” e foi a Ele que confiou a

sua vida quando lhe foi detectado um “problema de saúde grave”. A graça foi concedida e hoje está cá para

contar a história e para tentar ajudar outros que chegam ao Convento com problemas que precisam de in-

tervenção divina. É que, no entender de Ana Paula Ferreira, “uma pessoa com aflição, dirige-se é para aqui”.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo10

“Pretendo que o espaço dedicado

às promessas passem para dentro

do Campo de São Francisco e não

fique na faixa de rodagem”

Em 1974!

Que balanço faz da sua missão como Provedor da Ir-mandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres?

Todas as missões têm coisas boas e coisas más. Procuro fa-zer o melhor possível e ajudar também dentro do que o melhor possível, claro que há sempre decisões que nós tomamos que não podem agradar a todos, mas isto não é fácil. Em termos de organização temos que fazer o melhor e com o máximo de respeito e dignidade, porque estamos a homenagear o Senhor Santo Cristo e não estamos virados para mais nada.

De resto, recebo telefonemas e há muitas pessoas na rua que falam e criticam mas isso faz parte. Nosso Senhor não agradou a todos, como posso eu agradar? É impossível.

O que lhe é mais solicitado? Fazem muitos pedidos de ajuda?

No que aos pedidos de ajuda respeita, posso dizer que pro-curamos que sejam filtrados pelos párocos das próprias paró-quias. Ele é que têm as famílias todas filtradas neste aspecto. Entendemos que assim é preferível. Há casos em que as famí-lias recebem apoios de duas ou três entidades e há muita gente com pobreza envergonhada, que é o pior, pois são os que mais precisam. Da nossa parte temos a consciência de que se a igreja está no terreno, que sabe quais os problemas da sociedade, e neste contexto ajudamos as famílias de acordo com a lista dos mais precisam e que nos facultado.

Quais são as principais alterações que se verificam nes-tas festas?

No Sábado vamos continuar a fazer o tapete como no ano passado, ano em que teve início a primeira alteração no tapete lateral, para que não interfira com as promessas, já que esse, infelizmente, é o único dia dedicado às promessas. Entendo que o espaço (a pista) - Passadeira à volta do campo em pedra de basalto lisa - dedicado às promessas deveria ter sido construído dentro da praça e não fora dela, mas isso foi uma opção do pro-jectista da pista. Na altura, levantámos esse problema aquando do projecto. Dissemos que a pista não podia ser no centro da via mas dentro do espaço do jardim, ou então junto aos plátanos. Mas não fomos atendidos.

Já falei com o senhor Presidente da Câmara e penso que as coisas estão bem encaminhadas nesse sentido, isto é, para que a pista passe para dentro do campo, fazendo com que o peregrino possa durante todo o ano utilizar o espaço, quando necessitar,

quando precisar. Fizemos essa mudança e vamos continuá-la porque faz todo o sentido.

Este ano, também passamos homenagem ao Senhor San-to Cristo de sábado para segunda-feira. Isso foi feito sempre pensando no peregrino para o dignificar e para sua segurança porque, a meu ver, o que se passava não era o melhor. O que acontecia era que as pessoas estavam de joelhos a pagar as suas promessas e as motas e os carros a passar entre elas. Era um risco a evitar.

De resto, vai haver corredores para as pessoas passarem e não destruírem o tapete. Em relação ao Sábado, não há assim grandes diferenças. A única alteração que vai haver é que em vez de o sermão ser no interior da Igreja como antes, vai ser ao ar livre. Ou seja, antes o Santo Cristo estava no adro, os peregrinos passavam, e quando acabavam de passar a imagem regressava ao santuário e havia um sermão. Este sermão vai ser efectuado no adro da igreja para toda a gente. Este é um ano zero, um ano de experiência, mas vai correr bem com certeza.

No Sábado a saída da imagem não terá o tradicional Te Deum, mas vai ter um coro do conservatório a cantar o Ecce Homo. O senhor Reitor gostou muito e optou que assim fosse. Não temos nada a opor.

No Domingo temos a missa campal às 09h30 com um coro com 150 jovens da ilha. Ana Paula Andrade é que o vai orien-tar. A missa vai ser transmitida pela RTP Internacional e pela RTP 1 para chegar o mais longe possível. Depois temos a nossa procissão…

Na Segunda-feira temos o desfile de homenagem que tem dado aí uma certa polémica, mas eu não quero alimentar essas polémicas. Foi transferido do sábado para a segunda-feira.

Agora espero é que as coisas corram bem e que a polícia consiga que venham só aqueles grupos que estipulámos com a polícia possam estar no local. A irmandade é que organiza mas esta foi uma decisão comum.

Quantas bandas filarmónicas acompanham a procis-são?

Temos 24 bandas. Não há restrições, quem quiser é bem-vindo. No ano passado tivemos 25 porque veio uma banda dos Estados Unidos da América.

Nélia Câmara

A revolução dos cravos tinha re-bentado há poucos dias, com toda a sua carga de esquerda reivindicativa que caiu como uma bomba na cidade. Nesse tempo, ainda não havia televi-são, e a rádio e os jornais de fora tra-ziam as últimas notícias que levavam a uma macaqueação, por vezes ridícula, por estas bandas. É verdade que, es-tando Melo Antunes e Vasco Lourenço na ilha, parte da conspiração tinha saí-

do de cá, só que esses chefes revolucionários tinham partido de imediato para o centro onde tudo acontecia, ficando por cá patentes menores que não tinham poder ou prestígio para conduzir os acontecimentos. O primeiro de maio foi inócuo mas a Procissão do Senhor era um problema grave, pois o Cortejo Cívico reunia por ordem de protocolo de estado as pessoas mais importantes do Distrito e do Arquipélago. Vo-

zes alteradas exigiam que a Veneranda Imagem fosse levada pelo povo e não pelas famílias tradicionais como era costu-me centenário. O Governador civil, autoridade com honras de ministro tinha sido arejado no meio duma confusão de telegramas que os militares não levaram a bem, tão rápida foi a adesão daquele ao novo regime. Com a Assembleia Na-cional dissolvida não havia deputados e ninguém se sentia seguro em vestir casaca no meio dum clima de democráticas alianças do povo com o MFA. Houve pânico entre as hostes dirigentes que gostariam de manter a tradição mas constata-vam que isso era impossível naquelas circunstâncias. A mais alta autoridade militar, porém, navegava num dilema quase insolúvel: tinha ele adquirido de propósito para a ocasião, e pela primeira vez na sua longa carreira, a farda número um, com dragonas douradas e tudo! E fazia questão de a usar na Procissão, fossem quais fossem os ventos da his-tória. E usou. Poucos tiveram a coragem de imitar o chefe militar que representava o mais alto poder do país, instalado

em Belém por via revolucionária. Como quase ninguém do povo se atreveu a querer levar o andor, pois não havia ainda autoridades locais eleitas e o andor é pesado, os tradicionais avançaram como de costume. Diga-se, em abono da verdade, que o Cortejo Cívico, nesse ano de 1974, não teve o esplen-dor costumado pois muitos optaram por ir de opa atrás do Guião. Por mim, no lugar de sempre, levei a toga de advo-gado e, por baixo, não fosse o diabo tecê-las, vesti a casaca, teimosia que me iria sair cara, pouco tempo de pois.Como nesse tempo a fé era muita e o mais importante, ninguém reparou naquelas minudências protocolares. Ricos e pobres foram de pé descalço, cumprindo promessas, a mancha preta das promessas das senhoras, emocionou os peregrinos que dos quatro cantos do mundo aqui chegam nessa altura, e a Veneranda Imagem do Senhor parecia lançar um olhar prote-tor sobre as multidões reunidas à sua volta, na esperança da salvação, ao som do Seu belo Hino executado por dezenas de Bandas com a mestria de sempre.

Provedor da Irmandade ande em conversações com o Presidente da Câmara

Por: Carlos Melo Bento

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 Suplemento Santo Cristo 11

os desafios enfrentados pela

Igreja são os mesmos desafios

enfrentados pela Humanidade

Em época de aproximação àquela que é a maior festa reli-giosa dos Açores, também conhecida como época de reflexão entre os Cristãos que, como forma de agradecimento e devoção, percorrem as artérias de Ponta Delgada seja através da partici-pação na procissão ou através de promessas que são cumpridas em redor do Campo de São Francisco, Dom João Lavrador afir-ma que “os desafios da Igreja são os mesmos desafios enfrenta-dos pela Humanidade”.

Em termos práticos, perante os diversos problemas comple-xos que estão na sociedade e que não devem, por isso ser rejei-tados, o Bispo de Angra referiu, durante a palestra que trouxe ontem a Ponta Delgada a convite do Rotary Clube desta cidade, que uma das maiores problemáticas deste milénio está relacio-nada com a vida em geral, referindo desta forma que “o proble-ma da vida está a ser muito mal tratado e tem que ser, de alguma maneira, equacionado na realidade da vida humana no contexto global do nosso planeta e de ecologia global”.

Por esses motivos, Dom João Lavrador destaca também com grande relevo e expressão nos Açores e no mundo o pro-blema da família, referindo que “há um baralhar de situações sobre o problema da família”, e que apesar de a igreja ter que “reconhecer que há muitas relações humanas e muitas formas pelas quais o ser humano se relaciona com o outro”, será, no seu entender, dentro do contexto da família criada “a partir do ho-mem e da mulher (…) fundamentada na relação conjugal entre homem e mulher” que se inicia a “abertura familiar”, referindo por outro lado que deve existir “uma reflexão séria acerca desta realidade”.

No entanto, aos olhos da igreja, não só a família é uma pro-blemática como também alguns dos contextos que a envolvem, como será o caso da pobreza, um dos maiores problemas que a instituição e o mundo hoje enfrentam, referindo Dom João Lavrador que “quer ao nível planetário, ao nível do nosso país como ao nível da nossa Região” este é um problema com gran-de expressão” e ao qual deve ser dado voz.

Assim, para o Bispo dos Açores é fundamental que os pobres “tenham a sua autonomia para criarem o sentido da sua promo-

ção (…) pois penso que a pobreza vai ser o grande desafio deste nosso milénio, que está presente em João Paulo II no começo do novo milénio e agora no Papa Francisco que está constante-mente a frisar esta problemática”, que a par de problemas como a justiça e a paz que não está consolidada são “desafios perma-nente lançados à nossa sociedade e com os quais a igreja tem que contribuir oferecendo a sua quota de reflexão e também o seu contributo no sentido pleno de actuação em ordem à justiça e à paz dentro do contexto em que vivemos”.

Deste modo, o Bispo de Angra e ilhas dos Açores, durante a palestra que trouxe a Ponta Delgada, explica que apesar de a igreja não ter “desafios próprios”, tem sempre que se colocar “numa atitude de responder à sociedade oferecendo-lhe aquilo que lhe é própria”, ou seja, a igreja deve estar “atenta às situ-ações das pessoas” e, ao inspirar-se em Jesus de Nazaré, deve procurar levar às pessoas uma “Nova Humanidade”.

Para Dom João Lavrador, a Humanidade atravessa tempos controversos e adianta que a sociedade em geral deve “levá-los a sério (…) porque corremos o risco de nos colocarmos em al-gumas atitudes que não são as mais sensatas”, salientando que em caso contrário “se não tomarmos a sério que estamos num novo contexto da história, ficamos a olhar para um passado que nunca mais vai regressar, ficamos sem atender ao presente e, sobretudo, deixamos de projectar um futuro”.

No que diz respeito à complexidade de todas as problemá-ticas que hoje preocupam a igreja, o Bispo de Angra refere que “os tempos são complexos a todos os níveis” e que, por isso as entidades religiosas “não podem diminuir essa complexidade

dos tempos em que vivemos e têm que estar atentas para ir re-colhendo os sinais que esta cultura vai dando para poder estar ao lado das pessoas e ao serviço da sociedade de maneira a oferecer-lhe sempre a dignidade a que as pessoas têm direito e que, muitas vezes nestes tempos mais conturbados, está mais ameaçada”.

Por esse motivo, o Bispo de Angra referiu, à data deste en-contro com o Rotary Club de Ponta Delgada, que um dos maio-res desafios encontrados pela igreja é o de “precisar de pessoas com sabedoria”. Porém, esclarece que esta é “uma palavra que, normalmente, não está na gíria porque pensamos que nos refe-rimos a uma pessoa de inteligência, mas a sabedoria é mais do que a inteligência”.

Deste modo, Dom João Lavrador afirma que, para além da inteligência, uma pessoa com sabedoria deve conseguir “englo-bar todas as realidades do ser humano na sua complexidade e nas suas dimensões, e colocá-las ao serviço do ser humano e ao serviço do conhecimento que o ser humano deve empreender a partir da sua realidade, porque Ele conhece pela sensibilida-de, conhece pela sua vontade, conhece pela sua afectividade, conhece através da sua generosidade, através da sua entrega e através da sua razão e do seu intelecto”.

Assim, para Dom João Lavrador, “tudo faz parte da realida-de e do conhecimento da pessoa, e tudo isto tem que ser inter-ligado de modo a que de alguma maneira resulte de um sentido de sabor, de bem-estar e de levar o ser humano a conhecer-se no sentido pleno da sua existência”.

Joana Medeiros

Dom João Lavrador

Por considerar que a igreja não tem “desafios” próprios, o Bispo de Angra aponta que as principais pro-

blemáticas em que a Igreja se tem debruçado estão na vida, na pobreza e na família, sendo por este motivo

fundamental que estes esforços resultem “num sentido de sabor, de bem-estar, e de levar o ser humano a

conhecer-se no sentido pleno da sua existência”.

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo12

A capa que a o Senhor Santo Cristo dos Milagres ves-tirá este ano foi doada por José António Tavares Estrela, natural da Ribeira Grande, e emigrante nos Estados Uni-dos da América. A capa não é nova, já que é a quarta vez que cobrirá a imagem. A primeira vez que vestiu o Senhor foi no ano de 2006 por ocasião dos 300 anos da saída da primeira procissão. Uma ocasião muito importante e marcante para a vida deste Santuário, como disse o Reitor do Santuário na conferência de imprensa para apresenta-ção da capa. Depois voltou a cobrir a imagem no ano de 2002, de 2010 e este ano de 2018 volta a sair à rua.

Confeccionada pela Cooperativa de Artesanato Senho-ra da Paz de Vila Franca do Campo, em veludo e com grande valor artístico. O Reitor do Santuário, Cónego Adriano Borges, explicou que esta capa é extremamen-te valiosa e icónica. Usando mais de 700 diamantes e de dezenas de outras pedras preciosas oferecidas ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, as irmãs de Maria Imaculada incrustaram todas estas peças na capa, o que para o Reitor do Santuário é também uma maneira de as pessoas que ofereceram estes tesouros possam ver as suas ofertas a cobrir a imagem do Senhor. O simbolismo e a riqueza desta capa também se justifica, segundo Adriano Borges, porque este ano se assinalam 59 anos.

Questionado o Reitor da escolha desta capa quando há outras que ainda não saíram à rua uma única vez, Adriano Borges garante que apenas há uma nestas condições. Jus-tifica esta capa pelo seu simbolismo e riqueza faz todo o sentido. “Este ano comemoramos 59 anos como Santuário e iniciamos as celebrações para os 60 anos que queremos que sejam marcantes nestes próximos dois anos. Tiveram início em 29 de Abril deste ano e terminarão em 29 de Abril de 2020. Para além de ser uma capa valiosa querí-amos que fosse uma capa icónica para a cerebração deste Santuário.

A presença da comunicação social na divulgação do culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres também faz

com que a fé e o culto se espalhe aos quatro cantos do mundo, um mundo globalizado onde as noticias vooam

de forma rápida, mas que o sejam sempre de uma maneira verdadeira e numa busca não só de dar conhecimento mas que as pessoas tenham a certeza de que este conhecimento é verdadeiro e é real, disse o Cónego Adriano Borges.

O Reitor espera quer estas festas decorram dentro da normalidade, com ordem, com um verdadeiro espírito de fé e de devoção. E que pelo menos à volta do Santuário e sobretudo nos momentos solenes como o são as nossas eucaristias e as duas manifestações públicas – a procissão da mudança no sábado e a procissão no domingo – tenham um verdadeiro clima de fé e devoção, mas também de res-peito uns para com os outros. Para aqueles que acreditam respeitarão com certeza os outros que acreditam e aqueles que não acreditam que respeitem pelo menos respeitem a nossa fé. Mas devemos ser nós, os cristãos, os primeiros a pedir este respeito, pois este respeito só será conseguido se levarmos a sério aquilo que estamos a fazer e os mo-mentos solenes que vivemos.

Também João Lavrador, Bispo de Angra e Ilhas dos Açores, elogiou o papel dos Media na divulgação do cul-to, pois é através da comunicação social que se consegue fazeu “uma saudação a todos os que vão receber a men-sagem, a palavra, a imagem e o conteúdo destas festas”. Contudo, aproveitou a ocasião para lembrar a Mensagem do Papa Francisco para o Dia das Comunicações Sociais – 13 de Maio – de que se pode transformar o que não é bom em menagem de esperança.

Nélia Câmara

Capa que cobrirá a imagem do Senhor

Santo Cristo tem 700 diamantes

e largas dezenas de pedras preciosas

oferecidas por fiéis

Pedras preciosas foram incrustadas pelas irmãs de Maria Imaculada

após oferta da capa por emigrante

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 Suplemento Santo Cristo 13

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo14

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 Suplemento Santo Cristo 15

O Senhor das Ilhas

Solilóquio perante o Senhor

1. Acontece que naqueles dias a terra tremia a modos que todos ficavam amedrontados! Os estrondos eram medonhos e o ruí-do entrava pelos ouvidos e retinia de forma tenebrosa. Uns fugiam ,outros deitavam -se no chão ar-repiados, muitos gritavam. Todos olhavam para o céu e, de mãos postas, invocavam Deus e todos os Santos da devoção popular

com Maria, Mãe de Todas as Horas, na primeira linha!Depois os vulcões que lançavam labaredas medo-

nhas, depois escorriam pelas montanhas em direção ao mar, vomitando lava e pedregulhos incandescentes, que saltavam fumegantes até ao casario! Já todos, de-pois de horas amargas, tinham esgotado as forças, mas continuavam a rezar, a suplicar, a rogar, lançando Avê Marias para o céu tenebroso! A fé como que avançava com a lava e de joelhos batiam no peito com quanta força ainda sobrava no meio da tragédia! Mas a fé não resvalava perante a tristeza e a amargura! O Senhor de Todas as Horas estava ali nomeio da tormenta. Sim, ali estava o Senhor Santo Cristo, com Espinhos e Maltra-tado! O Seu Espírito Santo pairava nas águas barrentas e tumultuosas e iluminava os corações despedaçados!

Agarrados à Imagem da Virgem renascia-lhes a espe-rança daPaz e do Sossego no meio do turbilhão! As lamúrias eram orações atiradas ao céu com quanta força ainda restava.

Assim nasceu a oração em lamúrias, em gritos de empolgante cântico dirigido ao céu, a Deus nas alturas, a Sua Mãe, na invocação da Senhora da Piedade, da Senhora das Dores, da Senhora do Pranto, dos santos Apóstolos e de quantos o coração e a mente ainda con-seguiam suspirar, naqueles momentos tão trágicos e tão tormentosos!

2. Assim se fortaleceu a fé nestas ilhas de Bruma. Assim se foi transmitindo esta força inexplicável, capaz de derrotar preconceitos e estranhos juízos, capaz de vencer medos e de enfrentar as agruras da vida! Assim foi crescendo esta força que impele os corações despedaçados, ansiosos, angustiosos, carrega-dos de esperança. Por isso é de Esperança a invocação da Senhora do templo que acolhe a Veneranda Imagem do ECCE HOMO, Imagem de um Cristo também ator-mentado, sofredor e angustiado, tal qual o Seu Povo nos momentos de aflição e dor. Foi com esta imensa fé que Madre Teresa levou o Senhor das Ilhas do Convento pelas ruas da cidade, para mais próximo olhar os rostos em oração e súplica e também de agradecimento pela vida deste seu povo ilhéu, aqui enclausurado desde o

tempo da chegada das caravelas do Infante!3. Então, a azáfama é grande dentro e fora

do Convento da Esperança, com flores, muitas flores, tantas que nem cabem no espaço do Coro! E que pena às vezes serem emolduradas pelas modernices galopan-tes que nos consomem, em vez de colocadas em vasos e recipientes, em natural fragrância. É interessante mudar e purificar o ar, mas sem retirar o jeito e a arte dos que nos precederam nesta grande jornada de fé! Isto tam-bém se aplica à vivência religiosa, com velas e promes-sas de perder a conta, com corações a transbordar de ânimo, de alegria, de fé e de perdão, com os cânticos e o Hino do Senhor Santo Cristo dos Milagres, canta-do pelo coro e pelo povo em festa porque o Senhor da lindíssima Imagem ressuscitou e está no meio dele! E foi comovente ouvi-lo no tríduo de preparação para as grandiosas festas, enquanto o pregador vindo do Pico, depois de jubilosas palavras, incensava a Veneranda Imagem do Senhor que a todos acolhe e olha com Seu Semblante de Misericórdia!

A fé que ainda alimentamos, com pujança e brilhantismo, nestas ilhas no meio do Atlântico, é a grande herança do povo açoriano, que há muito trans-bordou para os continentes do mundo inteiro!

Boas festas!

Quando, por este dias, nas ocasiões das Suas Festas, o Senhor Santo Cristo dos Mila-gres sair do repouso anual, no Coro Baixo do Seu Santuário, para se misturar com as multi-dões e, ali, se aperceber melhor da inquietude em que o Povo vive mergulhado, a sofrer com os reveses da vida e com as consequências do desatinodos

senhores que mandam no mundo, o Seu bondosos co-ração não poderá deixar de ficar condoído e desfeito perante a ganância que ignora limites, perante a opu-lência que esquece os oprimidos, perante as vaidades que desprezam os humildes, perante os maus ricos e poderosos que não são solidários com os pobres.

E então, Senhor, tal como eu, não deixarás de te questionar sobre a perseverança dos sacerdotes que, no altar, com os fiéis, não se cansam de Te pedir que intervenhas pela paz no mundo, pela justiça na terra, pela solidariedade entre as gentes, pelas boas deci-sões de quem governa as nações e por tantas outras boas intenções,mormente relativas a situações que afligem sobretudo os injustiçados, os desprezados, os mais pobres, os doentes, os oprimidos, os inquietos e tantos outros que, conhecendo-Te ou não, crendo ou não em Ti, anseiam pela intervenção de um Ser superior que ponha tempero nos desmandos das tuas ovelhas e reponha a Tua ordem entre nações e povos da terra.

Sabes, Senhor, reflectindo aqui, do meu cantinho, preocupa-me que, quando os governantes dizem que vivemos melhor, seja cada vez menos o dinheiro no bolso dos povo para fazer face ao galopante aumen-to do custo de vida; preocupa-me que, quanto mais a propaganda do regime fala em diminuição das taxas de desemprego, maior é o número de famílias que ingressam nas listas de beneficiários do rendimento social de inserção; preocupa-me que uma das pri-meiras preocupações doactual governo tenha sido a de substituir as linhas de comando do Serviço Nacio-nal de Protecção Civil, muitas de carreira feita e de excelentes provas dadas, por outras com formações académicas forjadas, sem antecedentes de comando

de primeira linha e sem provas dadas no terreno e, não sei se Te apercebeste, também ou sobretudo como consequência disto, deparámo-nos de repente com um país ardido, de forma tão dantesca e descontrolada, como nunca dantes se havia visto; preocupa-me a ini-quidade e a desresponsabilização dos que, tendo por missão e obrigação fazê-lo, não impediram falências fraudulentas nem evitaram situações de corrupção monumentais que todos nós, de uma maneira ou de outra, estamos pagando, por decisão exclusiva da-queles que,com os seus desmandos e falta de visão ou de coragem para fazerem uma supervisão e uma governação mais justas, descarregaram sobre o povo o ónus de suportar as consequências de tais crimes e leviandades;preocupa-me, Senhor, que apesar das su-cessivas badaladas a anunciar o abaixamento da nossa dívida pública, de tempos a tempos lá venha a notícia de a mesma ter batido os anteriores recordes de subi-da, deitando por terra a propaganda com que mesclam a realidade e comprometendo irremediavelmente as gerações vindouras.

E preocupam-me tantas outras situações, Senhor… as faltas de saída para o emprego qualificado dos jo-vens; o emprego a crescer, mas à custa de contratos temporários e de salários indignos para as formações académicas detidas; os Hospitais falidos, sem respos-ta para as enormes listas de espera e sem pessoal su-ficiente nem meios financeiros ajustados para o aten-dimento conveniente das populações que lhes estão confiadas; a pobreza envergonhada a desesperar pelo dia em que cheguem as condições para a retoma da sua dignidade perdida; a perda de valores morais an-cestrais, substituídos pela leveza do desfrute do mo-mento que passa, imunemente e sem remorsos quanto às consequências dos actos; os idosos, que constituem uma percentagem cada vez mais expressiva da popu-lação, sem familiares com condições para deles cui-darem com dignidade e sem instituições suficientes para suprirem as insuficiências da família…

Chegados aqui, Senhor, perguntar-Te-ás a Ti pró-prio porque cargas de água terá o escriba puxado pela caneta e tombado no linguado letras a formar pala-vras em frases tão desabridas que até eu próprio coro de pudor por Te ter preocupado com estas pequenas-grandes coisas que a mim me preocupam. Para mais,

sabendo Tu, Senhor, a forma muito contida dos meus últimos anos, compelido a remeter-me ao desassos-sego do comodismo do silêncio, nos meus tamanqui-nhos. É certo que poderia ter amanhado um aponta-mento mais tradicional, ao gosto dos costumes, mas a verdade é que hoje o estado de alma não me deu para isso. Perdoa-me, Senhor, mas bem sabes que, entre mim e Ti, não há segredos: tinha que desabafar contigo estas preocupações!

Também é verdade, e eu bem sei, Senhor, que Tu fazes sempre a Tua parte, mas também sei que nós, hu-manos, falíveis econtingentes como somos, nem sem-pre fazemos a nossa. Falei-te destas tristes situações não para Te recriminar por não nos teres ajudado mais mas, sim, para que nos perdoes as nossas fraquezas, as nossas insuficiências, as nossas limitações e para que nos continues a ajudar – ou, melhor, para que nos faças ver que, a bem do clamor do Povo,não podemos ignorar as ajudas que sempre nos dás – levando-nos, independentemente do nosso grau de responsabilida-de na sociedade, a sermos cidadãos mais comprome-tidos com a justiça social, com o bem comum, com a solidariedade fraterna e com a construção de uma sociedade melhor.

Tu bem sabes, Senhor, imagem personificada do Pai, que são puros os sentimentos que suscitas. Con-Tigo no coração, é sublime o Amor que alimentas!

Isto, por causa de Ti, Senhor, que amas todos os homens por igual! Reafirmamo-lo mais um ano,nestes dias em que o Teu Santuário, o Teu terreiro, a Tua cidade, a Tua Ilha, a Tua Região são, por uma sema-na, o CENTRO DA AÇORIANIDADE, como bem recordou o nosso Presidente José Manuel Bolieirona mensagem que, a nós e por Ti, expressou nestas Tuas Festas e nossa Festa Maior.

Mesmo que nos afastemos de Ti, Senhor,Tu nun-ca nos abandonas! Tu és o nosso Refrigério. Tu és o nosso Protector. Tu és o nosso Confidente, o nosso Orientador!

Mesmo que nos afastemos de Ti, Senhor, Tu ja-mais nos abandonas. Tu és fiel, permaneces em nós e, conTigo, reacendemos a vela da fé, da esperança e da confiança - em Ti, em nós, nos homens – pois Tu és o nosso Amigo, o nosso Salvador!

Obrigado, Senhor Santo Cristo dos Milagres!

Do meu olhar

Por: Eduardode Medeiros

Por: José Nunes

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018Suplemento Santo Cristo16

A Cimentaçor saúda todosos que nos visitam durante as

Festas do Senhor Santo Cristo

dos Milagres

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Correio dos Açores, 4 de Maio de 2018 Suplemento Santo Cristo 17

Por: Helena CastanhoGestora Turística e

Hoteleira

Por: Sérgio Rezendes

Senhor Santo Cristo

dos Milagres… Um

Culto… Um Povo!

A preparação da espiritualidade deste culto vem imediata-mente a seguir ao término das festas e sempre com um ano de an-tecedência! É uma vivência constante, um desejo, uma partilha e um verdadeiro sentido de gratidão que nos acompanha sempre… Um registo forte, profundo, amplo e de cariz quase genético…

Os micaelenses não estão dissociados, do que representa a Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres!

Hoje com proporções cada vez mais mediáticas, que se enten-dem perfeitamente, sendo de todo expetável, é cartaz turístico da região e é, sem margem para dúvidas, uma das maiores celebra-ções religiosas nacionais!

Cresci com a Sua presença permanente, numa educação católica tradicional onde as relações com a importância atribuída a esta Imagem são inúmeras, desde os milagres até à manutenção e cuidados expressos levados a cabo pelo Convento da Esperança. Tive o privilégio de ler, com o respeito que lhe está instituído, o Livro Original do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que me deixou apontamentos que me acompanham até hoje. Narra não só a Sua estória como toda a envolvência social e as particularida-des de uma época em que se vivia com valores e parâmetros espirituais diferentes!

Relembro sempre com nostalgia nesta altura do ano, a parte profana destas festas, onde o arraial, a iluminação aprumada e imponente do exterior do Santuário, as ban-das filarmónicas, o bazar das rifas, o cheiro que inundava o ar de algodão doce, os carrosséis e as loicinhas de barro, à venda em bancas de artesanato local… faziam as delícias de crianças, que como eu aguardavam todas estas vivências!

O dia nobre era e é sem dúvida o domingo, dia da procissão, cujo percurso se man-tém quase inalterado desde os primórdios da sua realização, permitindo que a Imagem percorra as principais vias e artérias da nossa cidade, proporcionando a todos os que queiram vê-la mais de perto… momentos únicos!

A decoração caprichada, cuidada e pormenorizada do andor é algo que não deixa ninguém indiferente! As flores de sedas especiais e raras são corrigidas, substituídas e ajustadas para a saída anual!

A sumptuosidade dos tapetes de flores que marcam presença em todos os locais por onde passa o andor, são reflexo do respeito, da admiração e da fé que reveste o Senhor Santo Cristo dos Milagres… não há varandas, janelas e locais mais elevados, que não sejam alvo de decorações florais e colchas festivas, algumas verdadeiros tesouros adamascados dignos de realeza, que contribuem também assim, para este universo visual grandioso e tão nosso!

As promessas que envolvem o foro mais íntimo de cada um de nós, são das mani-festações mais profundas que se podem experimentar… ficou comigo o registo, em fase de adolescência de acompanhar um familiar à volta do campo de São Francisco, apoiando-o por estar de joelhos numa jornada quase impossível mas que por tenacida-de e vontade absoluta chegou até ao fim… é um tema sensível, muitas vezes incom-preensível e que exatamente por este motivo, deve ser alvo do nosso mais absoluto respeito!

Há seguramente, muitas formas de prestar homenagem, admiração, respeito, par-tilha e até elevar uma festa como esta… todos temos a liberdade de nos expressarmos na forma que melhor nos sentirmos identificados…

Que o Senhor Santo Cristo dos Milagres continue a proteger este pedacinho de terra… que nos encaminhe num futuro desabedoria, liberdade e paz!

Boas Festas!

Mais do que uma peça de arte sacra no Convento de Nossa Senhora da Esperança, a imagem do Senhor Santo Cristo reú-ne, em grande parte, a Fé do povo açoriano. A imagem enta-lhada em madeira sob a forma de relicário/sacrário, em estilo renascentista, representa o “Ecce Homo”, (“eis o Homem”), cuja natureza divina é passível de discussão, quando sabemos que no evangelho de S. Marcos, Cristo aparece como Filho de Deus, apenas uma vez. Por outro lado, aprece algumas vezes, com na-tureza divina em Lucas e Mateus e, por fim, aparece como Filho de Deus, no evangelho de S. João, de uma ponta à outra.

Não possuímos provas de que Cristo pretendesse fundar uma nova religião. Jesus foi um judeu que levou a sua religião muito

a sério. É o “Cordeiro Pascal” que se deixou imolar por nós, para expiação dos nossos pecados. E é este episódio do martírio de Jesus Cristo em que é apresentado à multidão, na varanda do Pretório, acabado de flagelar, de punhos atados, com a coroa de espinhos

e os ombros cobertos pelo manto púrpura,evento que nos move interiormente (João 19:5).

Há quem diga que “é a Fé que nos salva” e só podemos sentir-nos muito pequeninos, quando assistimos a tamanhos testemunhos que se traduzem no pagamento de promes-sas, incluindo a procissão.

Falar sobre a Paixão de Cristo, sobre esta imagem e, sobretudo, sobre a Fé que re-presenta não é tarefa fácil. É algo se sente muito profundamente. Tão profundamente, como quando nos sentimos quase sem esperanças e sentimos que não estamos sós. Há alguém que nos recomenda ao Sr. Santo Cristo e acabamos por nos sentir mais fortes perante as dificuldades da vida. Devemos sentir-nos gratos à Venerável Madre Teresa da Anunciada, pela oportunidade desta devoção.

Tal como há 2000 anos, vale a pena recordar a pergunta de Pilatos: “Ecce Homo, quodvolis ego faciam?” (Eis o Homem), o que quereis que eu faça? O que deveremos fazer? O que deveremos fazer nos nossos dias? Quem deveremos libertar? Mais uma vez os criminosos? Que valores deveremos defender?

O Senhor Santo

Cristo dos Milagres

e o Soldado

ExpedicionárioA ligação entre os militares açorianos, em especial os micaelenses

e o Senhor Santo Cristo dos Milagres, é primordial, já descrita no transporte da Imagem desde o início do seu culto. Reforçada com as sucessivas crises que se abateram sobre o arquipélago e o país, co-mum se tornou quando os filhos da terra partiam em missão de so-berania e defesa dos interesses nacionais em outras paragens, caso das missões de pacificação das antigas colónias até à atualidade. Para além da Guerra do Ultramar Português, dois casos são parti-cularmente interessantes: o rescaldo do bombardeamento do U-155 a Ponta Delgada, a 4 de julho de 1917, lançando na escuridão e no

medo, as festas e o santuário em 1918, e o caso do 2.º Batalhão Independente de Infantaria n.º 18, Expedicionário a Angola em 1946.

A altura não podia ser mais propícia: estãoa completar-se os 72 anos da sua partida. Chamados pelo Estado para uma das mais altas missões, com vista a assegurar a “…sobe-rania, defesa e segurança de um Império…”, 993 homens, dos quais 781 açorianos, parti-ram como voluntários deixando para atrás, em muitos casos, uma família em situação de grande pobreza. Após intensa preparação, a partida deu-se a 20 de maio de 1946, gerando um movimento antagónico de festa e tristeza, que faria a ilha e a cidade, parar.

O 2.º BII 18 rumou a Nova Lisboa para render o Batalhão Transmontano n.º 13, re-gressando a 19 de dezembro de 1947, atracando em Ponta Delgada na manhã do dia 8 de janeiro de 1948. Regressaram 917 militares, permanecendo 65 elementos em Angola. Sete já haviam voltado, embora um estivesse em tratamento na capital, contabilizando-se quatro mortos por causas naturais. O que trespassa esta narrativa? Para além de um ex-celente clima de camaradagem e emoção, na ida, permanência e regresso, uma profunda devoção não só ao Espírito Santo como ao Senhor Santo Cristo dos Milagres. A Imagem não só os acompanhou nas duas missas campais, como com a sua medalha, à semelhança de tantas companhias expedicionárias entre 1961 e 1974, durante toda a missão. O mes-mo continuou a acontecer com muitos dos nossos soldados nas Missões para a Paz nas décadas de 1990 ou 2000, conhecendo-se em alguns casos, a companhia de miniaturas da Imagem.

Esta profunda devoção retrata uma relação de tal forma íntima, que só aqueles que passaram pelos apuros a podem descrever. Enquanto historiador e cidadão devoto, será de evocar os momentos de alegria resultantes nas ligações com o Correio dos Açores, através do seu correspondente Santos Figueira; da visita do jornalista do mesmo diário, ojornalista Dias Júnior e em especial os momentos mágicos proporcionados pelo Emissor Regional e os rádios de longo alcance“Hallicrafters”, em emissões especiais, ligando as ilhas e o batalhãopelas festas de 1947. Que hoje, se homenageie durante as festividades, os açorianos que se mantêm ao serviço de Portugal em missões para a Paz em diver-sas partes do mundo, caso do Mali, República Centro Africana, Kosovo, Colômbia e Afeganistão, lembrando que dentro de poucos dias irão partir 32 militares, formados, treinados e preparados nos Açorespara dar formação ao exército iraquiano, num processo cuja responsabilidade para o arquipélago não existia desde a guerra colonial portuguesa.

Que o Senhor Santo Cristo dos Milagres os acompanhe, e que nos brinde com mais um excelente ano. A todos, votos de umas boas festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

*Doutor em História Insular e Atlântica (Séculos XV-XX)

O Senhor Santo Cristo

Por: Eduardo JorgeLima Melo

[email protected]

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Celebrações com «mais de três

séculos» emocionam o povo

açoriano aqui e na diásporaO Campo de São Francisco, o Santuário da Esperança e o Coro

Baixo da Igreja do Senhor Santo Cristo dos Milagres já estão já de-corados. Milhares de lâmpadas foram usadas para decorar a fachada do Santuário e milhares de flores foram oferecidas para a decoração do Santuário e Coro Baixo. Foram muitos os voluntários que em-prestaram os seus serviços para a decoração para que todos quantos participam nas grandes festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres possam admirar e apreciar a beleza e arte decorativa ali presentes, que emociona. Mais de dois mil emigrantes chegaram nestes dias a Ponta Delgada e no Sábado de manhã ainda há muitos que são esperadas pelas famílias e que vão para participar na festi-vidade religiosa e profana que decorre na Avenida litoral de Ponta Delgada e na Avenida Kopke, onde estão instaladas as barraquinhas de comes e bebes. No dia 1 de Maio começou o Tríduo Preparató-rio, no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, com prega-ção pelo padre João António das Neves, vigário episcopal. Hoje, Sexta-feira, dia 4 de Maio, pelas 08:00 haverá missa no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, presidida pelo cónego Ânge-lo Valadão, vigário episcopal, às 09:00 há missa presidida pelo D. António Sousa Braga, Bispo Emérito de Angra.

Pelas 11:00 haverá missa destinada aos doentes (Igreja São José), presidida pelo Bispo de Angra e Ilhas dos Açores, D. João Lavrador. Após a missa decorre uma visita ao Santuário da Espe-rança, onde se encontra a Imagem do Senhor Santo Cristo dos Mila-gres. E pelas 21:00 decorre a inauguração da iluminação decorativa da fachada do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres e do Campo de São Francisco, com execução do Hino do Senhor Santo Cristo, seguida de desfile da Charanga dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada. Das 21:30 às 00:30 há Arraial e concerto pela Banda Triunfo.

O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, vai presidir este ano às grandiosas festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, este ano sob o tema ‘Há mais alegria em dar do que em receber’.

A procissão, que se realiza desde o ano de 1700, terá lugar no Domingo, e é um dos momentos altos das festividades. São espe-radas milhares de pessoas dos quatro cantos do mundo, principal-mente das comunidades emigrantes dos EUA e Canadá, que partici-pam na procissão, em devoção, acompanhando a imagem do “Ecce Homo” pelas principais artérias de Ponta Delgada. São também milhares as promessas, homens e mulheres, que acompanham a Imagem do Senhor.

No Sábado, dia 5 de Maio, são também milhares de peregrinos que participam na mudança de Imagem do Senhor Santo Cristo que sai pelas 16h30 do Convento da Esperança e dá a volta ao Campo de São Francisco, mas antes passando em frente à Guarda de Honra prestada por uma companhia do Exército e Banda da Zona Militar

dos Açores (16h45), com salva por uma corveta da Marinha e so-brevoo por uma aeronave da Força Aérea. Entre vários momentos solenes, destaque para Mudança da Imagem à meia noite para a Igreja de São José, presidida pelo Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, cónego Adriano Borges, para início da Solene Vigília de Adoração. No domingo, a saída da Imagem da Igreja de São José para o adro do Santuário dá-se pelas 9h15 e pelas 9h30 decorre solene Concelebração Eucarística, no Adro do Santuário, com a presença da Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente.

Nestes dois dias de festa vive-se grandes momentos de emoção, de promessa e de agradecimento pelas graças recebidas. Muitos pe-regrinos vão de joelhos antes da mudança do Senhor ao redor do Campo de São Francisco. Outros carregam velas e círios.

Arraiais, concertos e arrematações também fazem parte das fes-tas e logo no primeiro dia vão ser inauguradas as obras de restauro e conservação do Coro Baixo do Convento da Esperança.

A imagem ali venerada é uma representação em madeira da Pai-xão de Cristo onde Jesus está com as mãos amarradas sobre o tron-co, uma coroa de espinhos na cabeça e com a capa e o ceptro que, segundo os Evangelhos, os soldados romanos lhe deram depois de o flagelarem.

Em todos os dias de festas há, para além da parte espiritual, a parte profana com barraquinhas de comes e bebes com o melhor da gastronomia micaelense e açoriana, bazar e arraial.

A Associação dos Emigrantes Açorianos em parceria com o Museu da Emigração Açoriana, irá celebrar os 65 anos de emigra-ção açoriana oficial para o Canadá com várias actividades, sendo que a primeira iniciativa será durante as Festas do Santo Cristo com uma exposição comemorativa desta efeméride. A exposição estará patente na Ermida Nossa Senhora das Dores (contígua à Igreja de São José) até ao dia 10 de Maio. A exposição conta com vários painéis explicativos da efeméride, assim como objectos de alguns pioneiros da emigração açoriana para o Canadá.

A sessão de abertura terá a presença da Cônsul Honorária do Canadá em Ponta Delgada, Melinda Stokreef, o Secretário Regio-nal Rui Bettencourt e o Presidente da Associação dos Emigrantes Açorianos, Rui Faria.

Organizada pela Associação de Fotógrafos Amadores dos Aço-res (AFAA), com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada, estará patente até 31 de Maio, no Lado sul da Igreja da Matriz de São Sebastião a Exposição de Fotografia “Féstividades 17”.

Neste evento, que nasceu em 2007, estão expostas 20 fotogra-fias, que foram captadas nas Festas do Senhor Santo Cristo do ano passado e valorizam esta tradição como parte integrante da identi-dade cultural e religiosa do povo açoriano.

As fotografias, que vêm agora a público, foram levadas a con-curso e ganharam destaque por reflectirem um olhar invulgar, pró-prio de cada autor, perpetuarem um sentimento único e divulgarem um dos vários momentos das maiores festas religiosas dos Açores.

Com a abertura desta exposição, como já é habitual, também dá-se início ao concurso “FésTividades 18”, que tem como tema “Retratar as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres nas suas vertentes religiosa e/ou profana”.

A Câmara Municipal de Ponta Delgada este ano também apro-vou alterações no que respeita ao espaço das festividades com o alargamento da iluminação, promovendo assim a maior festa de turismo religioso nos Açores. Assim, quem nas festas participar terá uma grande envolvência desde o Campo de São Francisco até à tradicional Feira Lar Campo e Mar, promovida pela Câmara do Comércio e indústria de Ponta Delgada que se realiza nas Portas do Mar e que divulga o artesanato e as empresas açorianas.

Nélia Câmara

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