Criança alma do negocio

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ESENHA DO DOCUMENTÁRIO: ³CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO´ O documentário ³CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO´ traz reflexões a cercade como a publicidade induz a criança ao consumismo, e mostra que a criança se tornoua alma do negócio no Brasil. E levando em consideração que é muito mais fácilconvencer uma criança a consumir determinados produtos do que a um adulto, aspropagandas estão cada vez mais voltadas para as crianças, que por sua vez, veem osobjetos de consumo na TV e pedem para que os pais comprem, e para agradar aosfilhos, ou mesmo para destaforma suprir a falta de tempo para dar atenção aos seusfilhos, que pode ocorrer devido ao trabalho, aos próprios desejos consumistas destespais de ter um carro melhor, uma casa mais confortável, ou mesmo para poder oferecer aos filhos tudo o que eles pedem, os pais trabalham muito e compram os produtos queos filhos pedem para compensar a falta de atenção.E por essa falta de tempo dos pais para acompanhar a vida dos filhos, eles ficammuito expostos a influência midiática, e ainda que alguns pais conversem sobre aquestão do consumismo com seus filhos, o que se dá uma vez ou outra num final desemana, por exemplo, a mídia está saindo na frente, bombardeando as crianças a todo omomento, incentivando que as crianças peçam aos seus pais aqueles produtos. Aindasegundo o documentário, as crianças pedem um brinquedo, depois pedem outro, logoquerem outro, e o consumismo nunca cessa, porque elas não precisam desses produtos,precisam somente consumir. Fato este que se choca com a situação socioeconômicavivida pela maioria das crianças, implicando numa situação conflitante quando elas têmesses desejos implantados pelas propagandas e ao mesmo tempo não têm comoconsumir tais produtos.Outro ponto relevante no documentário é o abandono das brincadeiras, ascrianças preferem comprar a brincar. Não conhecem os animais e muito menos o nomedeles, mas os emblemas das marcas famosas de celular reconhecem perfeitamente. Eelas querem e tem celular, algo que outrora somente alguns adultos tinham, o celular possue outro papel na sociedade atual, um papel diferenciador entre as pessoas, por issoas crianças querem sempre o que possui mais funções, o mais moderno. E as meninas,cada vez mais cedo já usam maquiagem, salto alto, vão ao salão de beleza, querem seproduzir e fazer as unhas. E não sabem que estão apenas seguindo os padrõesestabelecidos pela mídia, que oferecem bonecas que servem como projeção, elasdesejam ser perfeitas como suas bonecas, algo que em outros tempos não ocorria, com a boneca a menina desempenhava o papel da maternagem. Incitadas pelas propagandas,as meninas também preferem roupas que valorizem o corpo, algo que não condiz com ainfância, elas não correm mais para não cair com o salto alto, para não despentear oscabelos, e dessa forma a infância vai sendo encurtada.O documentário também faz vários alertas de como as crianças estão sendousadas pela publicidade para obter lucros, sem que haja a mínima preocupação com apreservação da infância, da saúde e bem estar delas. Por isso as propagandas não paramde oferecer produtos com alto teor de açúcares e gorduras, alimentos altamentecalóricos, prejudiciais à saúde dascrianças e de qualquer pessoa. E tais produtos passama ser mais consumidos pelas crianças, do que os alimentos saudáveis que elas deveriamconsumir. Alguns dos alimentos saudáveis como frutas e legumes, as crianças

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ESENHA DO DOCUMENTÁRIO:

³CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO´

O documentário ³CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO´ traz reflexões a cercade como a publicidade

induz a criança ao consumismo, e mostra que a criança se tornoua alma do negócio no Brasil. E

levando em consideração que é muito mais fácilconvencer uma criança a consumir

determinados produtos do que a um adulto, aspropagandas estão cada vez mais voltadas para

as crianças, que por sua vez, veem osobjetos de consumo na TV e pedem para que os pais

comprem, e para agradar aosfilhos, ou mesmo para destaforma suprir a falta de tempo para

dar atenção aos seusfilhos, que pode ocorrer devido ao trabalho, aos próprios desejos

consumistas destespais de ter um carro melhor, uma casa mais confortável, ou mesmo para

poder oferecer aos filhos tudo o que eles pedem, os pais trabalham muito e compram os

produtos queos filhos pedem para compensar a falta de atenção.E por essa falta de tempo dos

pais para acompanhar a vida dos filhos, eles ficammuito expostos a influência midiática, e

ainda que alguns pais conversem sobre aquestão do consumismo com seus filhos, o que se dá

uma vez ou outra num final desemana, por exemplo, a mídia está saindo na frente,

bombardeando as crianças a todo omomento, incentivando que as crianças peçam aos seus

pais aqueles produtos. Aindasegundo o documentário, as crianças pedem um brinquedo,

depois pedem outro, logoquerem outro, e o consumismo nunca cessa, porque elas não

precisam desses produtos,precisam somente consumir. Fato este que se choca com a situação

socioeconômicavivida pela maioria das crianças, implicando numa situação conflitante quando

elas têmesses desejos implantados pelas propagandas e ao mesmo tempo não têm

comoconsumir tais produtos.Outro ponto relevante no documentário é o abandono das

brincadeiras, ascrianças preferem comprar a brincar. Não conhecem os animais e muito menos

o nomedeles, mas os emblemas das marcas famosas de celular reconhecem perfeitamente.

Eelas querem e tem celular, algo que outrora somente alguns adultos tinham, o celular possue

outro papel na sociedade atual, um papel diferenciador entre as pessoas, por issoas crianças

querem sempre o que possui mais funções, o mais moderno. E as meninas,cada vez mais cedo

já usam maquiagem, salto alto, vão ao salão de beleza, querem seproduzir e fazer as unhas. E

não sabem que estão apenas seguindo os padrõesestabelecidos pela mídia, que oferecem

bonecas que servem como projeção, elasdesejam ser perfeitas como suas bonecas, algo que

em outros tempos não ocorria, com a

boneca a menina desempenhava o papel da maternagem. Incitadas pelas propagandas,as

meninas também preferem roupas que valorizem o corpo, algo que não condiz com ainfância,

elas não correm mais para não cair com o salto alto, para não despentear oscabelos, e dessa

forma a infância vai sendo encurtada.O documentário também faz vários alertas de como as

crianças estão sendousadas pela publicidade para obter lucros, sem que haja a mínima

preocupação com apreservação da infância, da saúde e bem estar delas. Por isso as

propagandas não paramde oferecer produtos com alto teor de açúcares e gorduras, alimentos

altamentecalóricos, prejudiciais à saúde dascrianças e de qualquer pessoa. E tais produtos

passama ser mais consumidos pelas crianças, do que os alimentos saudáveis que elas

deveriamconsumir. Alguns dos alimentos saudáveis como frutas e legumes, as crianças

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nãosabem o nome ou nunca viram. E dessa forma a publicidade obtém lucros seaproveitando

da inocência das crianças, algo que não acontece em alguns países, masenquanto a legislação

brasileira não começar se preocupar com as crianças e com ofuturo delas neste sentido,

continuaremos a ver propagandas consideradas prejudicais ascrianças sendo exibidas, e só

retiradas do ar pela justiça quatro semanas depois, quandojá iria mesmo sair.

O documentário nos mostra a total inversão de valores que nossas crianças tiveram com o passar dos

tempos, contando com a "ajuda" das propagandas imperativas destinadas a este público. Estas

propagandas priorizam as crianças por saberem que suas vontades são facilmente realizadas por seus

pais. Este mercado consumidor nunca esteve mais preocupado em vender para crianças como antes,

propagandas dirigidas ao mundo pueril movimentam milhões, certamente com a certeza de um retorno

extremamente viável. Nesse jogo onde vale de tudo, existe até mesmo a manipulação da mente infantil,

trazendo para a sociedade pessoas que sem mesmo ter a certeza do que é a adolescência e a

maturidade acreditam já estar nessa fase da vida, afetando também o convívio familiar.

Já por terem um público que era tão inocente e que agora já está sabendo muito mais que alguns adultos,

buscam uma forma de fazer produtos e destinarem às crianças para que busquem este produto, sendo

que este estabelece um meio de serem aceitas em seu meio social, serem aceitas por outras crianças

justamente por terem aqueles produtos mostrados na propaganda e por serem possuidores de uma

determinada marca. Em um programa infantil, como desenhos, seriados dirigidos para crianças, filmes,

existem em seus intervalos propagandas que vão além de somente mostrar os seus produtos, chegam

até mesmo a agir como uma lavagem cerebral, uma alienação do pensamento em relação ao mundo,

tornando crianças, seres consumidores, extremamente consumidores, atuando até mesmo na alteração

financeira dos pais, já que pesquisas realizadas apontam que elas são responsáveis pelo alto consumo

dentro do lar.

Vemos que nos é passado no documentário uma reflexão de como a sociedade de consumo e as mídias

de massa impactam na formação de crianças e adolescentes. E mostra ainda uma realidade difícil de

acreditar: crianças que preferem ir ao shopping a brincar, conhecem marcas pelo logotipo, e apesar de

terem uma vasta coleção de brinquedos e jogos se encantam mesmo por roupas e adereços.

Esta publicidade que vemos no documentário está acabando com tudo aquilo em que a criança realmente

tem e precisa viver, as brincadeiras, coisas de fato de criança. Os valores que estão sendo retorcidos são

os que mais tiram a inocência da criança. Em certo momento do documentário há um relato de uma

mulher onde fala que uma criança de 8 anos ao comprar uma peça de roupa, queria que esta valoriza-se

seu corpo. Ficamos realmente estagnados com este relato que nos foi passado, pois uma criança de 8

anos, é apenas uma criança de 8 anos e justo essa publicidade que às afeta está mudando a visão desta

criança, fazendo-a parecer uma modelo, querendo valorizar seu corpo.

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A legislação brasileira não se preocupa com a alienação infantil em relação as propagandas a elas

dirigidas, outros paises como E.U.A, Noruega, França, Bélgica, Holanda, Portugal, Espanha e

principalmente a Dinamarca que possui uma legislação mais rígida impõe limites não permitindo o uso no

meio dos programas infantis, às vezes nem antes e nem depois. Realizando uma comparação com esses

países temos a percepção de nações mais desenvolvidas, talvez porque não crie um mercado

consumidor já na mais tenra idade. É o caso de se pensar nisso em nosso país, pois estas crianças estão

perdendo a fase de serem de fato crianças.

Qual o objetivo então deste mercado se o mesmo fará mal a população infantil? O acumulo de capital por

parte das empresas envolvidas. Estão preocupados com o que este meio pode fazer? Não, pois o objetivo

é o ganho de capital e estão conseguindo. O que não conseguem enxergar é a sociedade consumista que

está sendo criada, e como fará mal para o futuro delas. Está sendo criada uma juventude mais precoce,

que muitas vezes não sabem nem o que estão fazendo.

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