Crônica Chamberlain

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 CRÔNICA: O MASSACRE DE CHAMBERLAIN PERÍODO: Final dos anos 70 (1978) LOCAL: Chamberlain, EUA (fictícia) CENÁRIO A cidade de Chamberlain Cidade de médio porte, cuja história está ligada aos seus campos de milho e ao rio Melbourne. Existe há aproximadamente 200 anos e foi formada por colonos cristãos que receberam terras santificadas para plantio. Com seu crescimento nos primeiros 100 anos, se tornou uma pequena metrópole, sem perder, contudo, seu ar de cidade pequena. Possui ar úmido e é pouco iluminada, características que são aumentadas no período noturno na orla do rio com a densa neblina. Seu povo não é muito amistoso com estrangeiros e construiu uma comunidade bastante supersticiosa. Muitas pessoas frequentam as igrejas  batistas, especialmente a igreja do reverendo Graham, homem público que diz conhecer o mundo das sombras e se diz investido por Deus  para combate-lo, embora nunca houvessem relatos de fanatismo ou violência religiosa. Existem outras comunidades de humanos que aproveitam da aura sobrenatural de Chamberlain, ou contribuem para a mesma, dentre eles os Torrance, família de paranormais reclusa e bem estabelecida na cidade e os Lemke, ciganos cuja presença incomoda na cidade é tolerada apenas pela habilidade que os mesmos têm de obterem seus lucros sem causar  profundas feridas. Ao mesmo tempo que Chamberlain cresce, é aparente a proximidade de seus habitantes e é comum um rosto não ser esquecido ou um nome sempre lembrado. Os vampiros de Chamberlain A cidade de Chamberlain nem sempre teve ares cosmopolitas como tem nesta década de 70. Habitantes com costumes estranhos, sociopatas e bandidos eram rapidamente identificados e expulsos ou no mínimo ostracizados. A máscara dos vampiros sempre  precisou de reforços extras para ser mantidas, pois os olhares dos mortais estão atentos a qualquer movimento do sobrenatural. Para os humanos de Chamberlain, tudo o que não pode ser explicado é atribuído ao mal e ao demônio, e certamente, deve ser eliminado, de preferência em uma fogueira rural com uma horda ensandecida. A chegada de vampiros data do início do século, onde primeiro os rastejantes Nosferatu ocuparam as vielas, os deques escuros e as ruelas mal iluminadas. Em seguida, atraídos  pelo poder econômico vieram os Ventrue, que dominaram o crime e o usam como arma para proteção da máscara. Os Mekhet são profundamente atraídos pelo misticismo da cidade e pelos fenômenos paranormais e atribuem sua ocorrência a algum fenômeno ou ser que pretendem revelar. Raros são os Gangrel e os Daeva. Estes últimos não costumam ser bem vistos pelo mestre em suas extravagancias e orgias e os Gangrel são lendas de um tempo esquecido, vampiros que não pertencem ao modo de vida da cidade que Chamberlain se tornou e raramente são vistos. O mestre vampiro de Chamberlain é o Pai Sombrio, um Nosferatu que não mede esforços pela preservação das tradições, e encoraja os vampiros da cidade a abrir mão de tudo, menos das tradições do que os fazem sobreviver. Outros grupos de vampiros existem de forma isolada, pois reuniões sociais são desestimuladas o que produz uma atmosfera de desconfiança entre os vampiros que encaram uns aos outros como uma ameaça, quando desconhecidos, ou um alvo a submeter, quando dentro da mesma ninhada. Mortais de Chamberlain A família Torrance Embora pouco possa ser afirmado sobre os Torrance, suas origens vêm de um ramo decadente de agricultores do sul do país. Outrora donos de vastidões em plantações de trigo e cevada, viram a decadência com as guerras separatistas. É i mportante frisar, contudo, que em nenhum momento da história antiga dos Torrance surge menções a manifestações psíquicas, poderes  paranormais ou me diunidade. É somente com a chegadas destes em Chamberlain que começam os relatos de ps iquismo. Primeiro, a matriarca da família, vovó Mildred e suas cartas de tarô, posteriormente com suas filhas Anette e Regina, com as curas e

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CRÔNICA: O MASSACRE DE CHAMBERLAIN 

PERÍODO: Final dos anos 70 (1978) LOCAL: Chamberlain, EUA (fictícia)CENÁRIO

A cidade de ChamberlainCidade de médio porte, cuja história está ligada aos seus campos de milho e ao rio Melbourne. Existe há aproximadamente 200anos e foi formada por colonos cristãos que receberam terras santificadas para plantio. Com seu crescimento nos primeiros 100anos, se tornou uma pequena metrópole, sem perder, contudo, seu ar de cidade pequena. Possui ar úmido e é pouco iluminada,características que são aumentadas no período noturno na orla do rio com a densa neblina. Seu povo não é muito amistoso comestrangeiros e construiu umacomunidade bastante supersticiosa.Muitas pessoas frequentam as igrejas

 batistas, especialmente a igreja doreverendo Graham, homem público

que diz conhecer o mundo dassombras e se diz investido por Deus

 para combate-lo, embora nuncahouvessem relatos de fanatismo ouviolência religiosa. Existem outrascomunidades de humanos queaproveitam da aura sobrenatural deChamberlain, ou contribuem para amesma, dentre eles os Torrance,família de paranormais reclusa e bemestabelecida na cidade e os Lemke,ciganos cuja presença incomoda nacidade é tolerada apenas pelahabilidade que os mesmos têm deobterem seus lucros sem causar

 profundas feridas. Ao mesmo tempoque Chamberlain cresce, é aparente a proximidade de seus habitantes e é comum um rosto não ser esquecido ou um nome semprelembrado.

Os vampiros de ChamberlainA cidade de Chamberlain nem sempre teve ares cosmopolitas como tem nesta década de 70. Habitantes com costumes estranhos,sociopatas e bandidos eram rapidamente identificados e expulsos ou no mínimo ostracizados. A máscara dos vampiros sempre

 precisou de reforços extras para ser mantidas, pois os olhares dos mortais estão atentos a qualquer movimento do sobrenatural.Para os humanos de Chamberlain, tudo o que não pode ser explicado é atribuído ao mal e ao demônio, e certamente, deve sereliminado, de preferência em uma fogueira rural com uma horda ensandecida. A chegada de vampiros data do início do século,onde primeiro os rastejantes Nosferatu ocuparam as vielas, os deques escuros e as ruelas mal iluminadas. Em seguida, atraídos

 pelo poder econômico vieram os Ventrue, que dominaram o crime e o usam como arma para proteção da máscara. Os Mekhetsão profundamente atraídos pelo misticismo da cidade e pelos fenômenos paranormais e atribuem sua ocorrência a algumfenômeno ou ser que pretendem revelar. Raros são os Gangrel e os Daeva. Estes últimos não costumam ser bem vistos pelomestre em suas extravagancias e orgias e os Gangrel são lendas de um tempo esquecido, vampiros que não pertencem ao modode vida da cidade que Chamberlain se tornou e raramente são vistos.O mestre vampiro de Chamberlain é o Pai Sombrio, um Nosferatu que não mede esforços pela preservação das tradições, eencoraja os vampiros da cidade a abrir mão de tudo, menos das tradições do que os fazem sobreviver. Outros grupos de vampirosexistem de forma isolada, pois reuniões sociais são desestimuladas o que produz uma atmosfera de desconfiança entre osvampiros que encaram uns aos outros como uma ameaça, quando desconhecidos, ou um alvo a submeter, quando dentro damesma ninhada.

Mortais de Chamberlain

A família TorranceEmbora pouco possa ser afirmado sobre os Torrance, suas origens vêm de um ramo decadente de agricultores do sul do país.Outrora donos de vastidões em plantações de trigo e cevada, viram a decadência com as guerras separatistas. É importante frisar,contudo, que em nenhum momento da história antiga dos Torrance surge menções a manifestações psíquicas, poderes

 paranormais ou mediunidade. É somente com a chegadas destes em Chamberlain que começam os relatos de psiquismo. Primeiro,a matriarca da família, vovó Mildred e suas cartas de tarô, posteriormente com suas filhas Anette e Regina, com as curas e

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adivinhações feitas para senhoras casadas, que as procuravam em grupos de um envergonhado secretismo, chamando-as “círculo

de orações Torrance”. Foi na geração seguinte que o sobrenatural se tornou mais evidente nos Torrance, e em consequência as perseguições, a riqueza, e as tragédias. Este binômio, tragédia e poder acompanham os Torrance desde suas primeiras geraçõese vem sendo seu lema desde a destruição de suas terras no Texas, traduzido no brasão da família que diz “ Dolor et Gloriam”, dore glória.

A família LemkeCiganos cujas origens estão além da cidade de Chamberlain, são um povo místico e que mantem negócios constantes com o povo

da cidade. São especialmente ligados ao ouro e pedras preciosas. Suas heranças místicas vêm das tradições dos rom da antigaRomênia, sendo detentores de segredos da ancestralidade como o dom da Visão e manifestações mais sombrias como a licantropiaritual. São um povo arredio e perigoso, não negociam com qualquer suplicante e enxergam a si mesmos como um povo superior,eleito, dentre os demais. Costumam abrir pequenas feiras onde vendem amuletos, poções e fazem leituras do futuro e somentenestas ocasiões posam de uma companhia cigana comum, com ares circenses.

PERSONAGENS DE DESTAQUE

Vampiros

O Pai Sombrio, cujo nome mortal é Willian Marsten.O mestre vampiro de Chamberlain é conhecido por sua faltade humanidade e pelo zelo às tradições antigas, um paradoxoque já o fez premiar execuções particularmente cruéis deinimigos e o fez destruir sumariamente vampiros que sedescuidaram minimamente de sua natureza sobrenatural. Éum Nosferatu cuja aparência hedionda só é suplantada pelasua alma monstruosa e sábia. Não se sabe ao certo sua idade,mas rumores apontam seu surgimento no início dascolonizações europeias, onde liderava cultos a deuses damorte antigos e ao sacrifício de animais e seres humanos.

Dom Ahriman, Jaleh BehroozGângster das ruas, dizem que seu pé fecha todas as portas e sua mão abre todas as janelas. Tem influência em diversos níveis da

sociedade humana e garante seu poder através de muita chantagem,violência e ameaças. Drogas, sexo, fetiches e todo tipo de escravizantessão vazantes de seus domínios. Aniquilou o antigo senhor vampiro deChamberlain, e apesar de não ser devoto dos métodos de Pai Sombrio, orespeita como um cappo de tutti cappi pois teme a crueldade e o mal queexalam do mestre. Sua vó, iraniana, costumava se referir a ele enquantomortal como “angra manyu”, um dos nomes do demônio em sua língua,

 pois ele já manifestava profunda maldade e, adolescente, já tinha suagangue de jovens turcos, iranianos e outros muçulmanos, espalhando ocrime e o terror em Chamberlain.

Virgil McDougallEnquanto mortal, Virgil era dono de um antiquário na cidade de Castle Rock. Prosperou com a venda de

itens de guerras e antigas insígnias de guerras nacionais. Procurado pela avó Torrance, compartilhou comele itens valiosos em troca de leituras do seu futuro. Flertava com o sobrenatural, com o qual cruzou oscaminhos várias vezes, até ser transformado em vampiro, por castigo, ao comprar um carregamento de

 joias antigas retiradas de um navio naufragado que pertenciam a um Mekhet antigo. Foi forçado a pavimentar os caminhos deste ancião pela sociedade moderna em troca de conhecimento. Após o torporde seu mestre ser iminente, abandonou-o em Castle Rock buscando se estabelecer em uma cidade commenos vampiros e seres sobrenaturais, quando encontrou com a descendência dos Torrance,especialmente Altea Torrance, com quem se envolveu.