Cultura Da Aveia

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COLÉGIO AUXILIADORA CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA CAMPOS NOVOS – SC CULTURAS DE INVERNO AVEIA Avena spp. ALUNOS: Jean Paulo Almeida Ana Paula Visoná Ademir Maciel PROFESSOR: Marcos Paggi CAMPOS NOVOS, MAIO DE 2.006.

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COLÉGIO AUXILIADORACURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

CAMPOS NOVOS – SC

CULTURAS DE INVERNOAVEIA

Avena spp.

ALUNOS:Jean Paulo Almeida

Ana Paula VisonáAdemir Maciel

PROFESSOR:Marcos Paggi

CAMPOS NOVOS, MAIO DE 2.006.

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1. INTRODUÇÃO

A cultura da aveia tem uma grande importância dentro do sistema de produção de grãos no sul do Brasil, caracterizando-se por ser uma excelente alternativa para o cultivo de inverno e para o sistema de rotação de culturas, pois pode ser inserida conforme a necessidade dos produtores.Usada como produção de grãos, na alimentação humana e animal e como forrageira para cobertura do solo.

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2. CARACTERÍSTICAS

A aveia é uma planta da família das gramíneas, como milho, o trigo e os capins. Ela divide-se em três espécies:Aveia preta – Avena strigosa, Aveia amarela – avena bysantina e Aveia branca- avena sativa.

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3. AVEIA PRETAAvena strigosa S.

3.1. Características

A aveia preta é uma gramínea de clima temperado e subtropical, anual, de hábito ereto, com desenvolvimento uniforme e bom perfilhamento. A produção de sementes varia de 600 a 1.600 quilos/hectare. Apresenta excelente valor nutritivo, podendo atingir até 26% de proteína bruta no início de pastejo, com boa palatabilidade e digestibilidade (60% a 80%). Tem sua origem na Europa, tem se adaptado bem na região sul do Brasil e nos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. A aveia preta é bastante conhecida pelos produtores de leite e carne como pastagem temporária de inverno. É uma planta atóxica aos animais em qualquer estádio vegetativo. A produtividade varia de 10 t a 30 t de massa verde/hectare, com duas t/ha a Seis t/ha de matéria seca. Adapta-se bem a vários tipos de solo, não tolerando baixa fertilidade, excesso de umidade e temperaturas altas. Responde muito bem à adubação, principalmente com nitrogênio e fósforo. Suporta o estresse hídrico e geadas. Sua utilização pode ser, tanto para o pastejo, como para silagem e fenação e para adubação verde.

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4. AVEIA BRANCAAvena sativa L.

4.1. Características

A aveia branca, além de ter todas as utilidades da aveia preta, é uma excelente produtora de grãos, é cultivada tanto para a produção de grãos para alimentação humana e animal como pastejo. A aveia branca é preferida em produção de grãos, pois produz alimentos ricos em fibras *, vitaminas e minerais, indispensáveis em dietas para todas as idades.É cultivada em toda a região sul, mas a produção local não chega a atender a necessidade do país em grãos para a alimentação animal ou para suprir as indústrias. Dentro da alimentação animal pode ser consumida descascada ou com casca. Para eqüídeos deve ser esmagado, o que aumenta a sua digestibilidade. Na formulação de rações, pode ser desintegrada com ou sem casca, dependendo da espécie a ser consumida e do nível de fibra ou energia que se deseja. Para pássaros ela pode ser fornecida com casca ou descascada, dependendo da espécie. A aveia branca caracteriza-se por possuir um grão maior do que o grão da aveia preta. É uma planta menos rústica do que a aveia preta, mais exigente em fertilidade de solo e com menor resistência a períodos de estiagem.* Pesquisas recentes confirmam a importância do consumo de fibras alimentares associadas a

vitaminas. A aveia em flocos possui 10,5 % de fibras e o farelo 15,9.

4.2. Características nutricionais

Os cereais normalmente consumidos têm concentração protéica que varia de 6 a 18%. Os grãos de aveia têm um dos mais altos teores de proteínas, com valores médios entre 15 a 20%, se comparado a outros cereais, possui uma maior porcentagem de lipídios que a maioria dos cereais. O benefício mais evidente do consumo da aveia na alimentação humana é a sua eficiência na redução dos níveis de colesterol, quando parte de uma dieta equilibrada. Do processamento da aveia branca podemos obter os seguintes produtos:

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- Flocos inteiros: usado principalmente na produção de granola, cereais em barra e na panificação.- Flocos médios e finos: usado na produção caseira de mingaus e sopas.- Farelo: usado para mingaus, pães, bolachas e na alimentação de pessoas com hipercolesterolemia.- Farinha: usada em panificação, confeitaria e me mingaus para bebê.

4.3. Produção

A produção mundial de aveia se mantém em 50 milhões de toneladas por ano. Os maiores produtores são: Rússia, EUA, Canadá, Alemanha, Polônia, Finlândia e Austrália. É cultivada para vários propósitos; pastagens, forragem e grãos. A produção mundial é distribuída da seguinte maneira: 78% para a produção animal, 18% para alimentação humana e 4% para o uso industrial, de sementes e exportação. No Brasil a região sul é a maior produtora deste cereal. O consumo deste cereal limita-se muito a alimentação animal e a área plantada é insignificante se comparada ao potencial para cultivo, isto está relacionado principalmente com a falta incentivo, falta de conhecimento em relação aos seus benefícios nutricionais, além da escassez de produtos atrativos e variados, utilizando a aveia como base.

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5. AVEIA AMARELAAvena bysantina L

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6. UTILIDADES DA AVEIA (Aveia preta, branca e amarela)

6.1. Aveia como pastejo animal

Dentre as forrageiras de inverno para pastejo a aveia (a aveia branca é

mais precoce que a aveia preta) é a mais precoce e a mais a cultivada para pastejo no sul do Brasil. É muito usada em consórcios com outras espécies como azevém, centeio, ervilha forrageira, ervilhaca, serradela e trevos. Muito utilizada para o manejo de pastoreio, devido a grande quantidade de proteínas, seu alto teor energético e de sua rusticidade, sua expansão Entendeu-se da Região Sul do Brasil até a Região dos Cerrados, onde também é muito usada em regiões onde há períodos de estresse hídrico, onde o objetivo é aumentar a precocidade da pecuária de corte, e há necessidade de alternativas forrageiras que complementem as deficiências nutricionais destes períodos de estiagem.

Quando utilizada para pastejo, para maximizar o seu uso, o pastejo deve iniciar quando a aveia atingir aproximadamente 30 cm de altura, o que deve ocorrer entre 30 e 40 dias após emergência, dependendo das condições climáticas. O início do pastejo deverá ocorrer sempre antes do emborrachamento, estimulando assim a emissão de novos perfilhos e conseqüente aumento do período de pastejo (o sistema de pastejo pode ser contínuo ou rotacionado).

6.2. Aveia como feno

Na confecção do feno o critério mais importante a ser observado é o ponto em que a cultura atinge o seu melhor equilíbrio entre produtividade e qualidade da forragem. Assim, a aveia deve ser cortada quando atingir a fase de emborrachamento,

6.3. Aveia para silagem

A silagem da aveia é pouco utilizada, devido ao seu maior uso para pastejo e baixa produtividade de massa seca/hectare. Mas quando usada para silagem, o corte da aveia deverá ser feito no estádio de floração, pois esta é a fase na qual a mesma apresenta um maior equilíbrio entre os teores de açúcares, matéria seca, proteína bruta e digestibilidade.

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6.3. Uso como adubação verde

Também muito usada para cobertura do solo no sistema de plantio direto na palha * (PDP). Os seus grãos, no entanto somente são usados como alimentos para pássaros.

A produtividade varia de 10 t a 30 t de massa verde/hectare, com duas t/ha a Seis t/ha de matéria seca. A aveia preta caracteriza-se pelo rápido crescimento e tolerância á acidez nociva do solo causada pela presença de alumínio, É a cultura adequada para uso em sistemas de rotação de culturas como cevada, trigo, centeio e triticale, pois diminui a população de alguns patógenos que afetam esses cereais, tais como a PODRIDÃO COMUM e MAL DO PÉ. Assim a aveia preta pode compor um sistema de integração de lavoura com pecuária.Fonte: Embrapa TrigoFonte: Embrapa Gado de corteFonte: DSMM/CATIFonte: AgrolinkFonte: Manual de Fitopatologia – Quarta edição.

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7. IMPLANTAÇÃO DA AVEIA NAS DIVERSAS ESPÉCIESAveia Preta

Aveia BrancaAveia Amarela

7.1. Época de plantio

Recomenda-se o plantio da aveia de 15 de março a 15 de abril quando o objetivo for o pastejo e até 15 de junho para produção de grãos e/ou sementes.

7.2. Taxa de semeadura

A densidade de semeadura varia normalmente de 250 a 400 sementes aptas/m2, empregando-se 60 a 85 kg de sementes/ha. Quando a lanço, deve-se utilizar 30 a 40% a mais de sementes. Para densidade de semeadura deve-se levar em consideração, o tipo de cultivar e a época de semeadura, para obtenção do número de plantas desejadas, conforme a capacidade de afilhamento. O plantio pode ser feito pelo sistema convencional ou plantio direto na palha (PDP).

7.2.1. Sistema convencional:

Com um bom preparo de solo, a semeadura pode ser feita em linha (semeadeiras) ou a lanço (vincões). Para o plantio em linha recomenda-se um espaçamento de 17 a 20 cm entre linhas, numa profundidade de 02 a 05 cm, (pois em profundidades maiores, corremos o risco, de que as sementes de baixo vigor e com poucas

reservas não germinem ou aumentem o período de total geminação, proporcionando com isso um

menor índice de afilhamento) com uma taxa de semeadura em torno de 75 kg/há. Para o plantio a lanço aumenta-se a taxa de semeadura para 80 quilos de semente por hectare, incorporando-a com uma gradagem leve. 

7.2.2. Plantio direto:

O espaçamento e a profundidade da semeadura são os mesmos do plantio em linha, aumentando-se a quantidade de sementes para 85 kg/ha a 90 kg/há.

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7.3. Semeadura de aveia em consórcio com leguminosa e azevém.

É realizados o consórcio da aveia com outras forrageiras para conseguir um aumento de massa verde para as mais diversas finalidades como pastejo, adubação verde e colheita de grãos.

Finalidade Plantio

Primária Secundária Época Sementes (kg/há)

Aveia preta +

ervilhaca

Pastejo Adubação

verde

Março a abril 60+30

Aveia preta +

nabo forrageiro

Pastejo Adubação

verde

Março a abril 60+10

Aveia preta +

Azevém

Pastejo Adubação

verde

Março a abril 80+15

Aveia preta +

azevém + aveia

branca

Pastejo Adubação

verde

Março a abril 60+17+50

Aveia preta +

ervilhaca +

nabo forrageiro

Adubação

verde

Abril a maio 45+40+10

Aveia preta +

ervilhaca

Colheita grãos Adubação

verde

Maio a junho 60+45

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7.4. Cultivares

As variedades de aveia devem ser escolhidas conforme seu potencial de rendimento e/ou conforme a finalidade de produção (produção de grãos ou massa verde) e que sejam resistentes à seca, pragas, doenças e geadas, tolerantes a solos com alumínio tóxico e solos ácidos. Na tabela abaixo algumas cultivares de aveia nas diversas espécies.

Cultivares Finalidade Plantio CicloPrimária Secundária Época Sementes

(kg/há)Aveia preta comum Adubação

verde Grãos

Alimentação animal

Março a junho

80 170 a 180 dias

Aveia preta Iapar 61 Adubação verde

Alimentação animal

Março a junho

60 140 a 190 dias

Aveia preta Embrapa BRS 140

Adubação verde Grãos

Alimentação animal

Março a junho

80 160 a 190 dias

Aveia branca comum

Adubação verde Grãos

Alimentação humana

Alimentação animal

Março a junho

70 a 75 170 dias

Aveia preta Embrapa BRS 139

Adubação verde Grãos

Alimentação animal

Março a junho

85 160 a 180 dias

São Carlos  Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

OR -3 Sem

informação

Sem

informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

Aveia Branca IAC 7 Adubação

verde

Grãos

Alimentação humana

Alimentação animal

Março a

maio

70 a 85 140 a 160

UPF 16 Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

Sem informação

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7.5. Implantação da cultura

A área onde será implantada a cultura da aveia deve ter boa drenagem, pouca acidez, boas características físicas e fertilidade adequada. Preferencialmente, para que atinja seu potencial de rendimento, estas áreas devem estar em rotação com outras culturas de inverno ou até mesmo em consorciações com outras espécies botânicas, leguminosas, por exemplo.  

7.6. Adubação

Apesar de ser uma espécie adaptada a solos de média fertilidade, a aveia alcança altos índices de produtividade quando cultivada em solos férteis ou adubados. Praticamente todo cultivo de aveia no Brasil é realizado após a colheita das culturas de verão, como arroz, feijão, milho, sorgo e, principalmente, a soja. Apesar de serem solos já corrigidos, há a necessidade da aplicação de nitrogênio (50 kg/ha a 100 kg/ha) para se aumentar à produção, especialmente para feno e silagem. A adubação de correção e manutenção é necessária quando a aveia é cultivada em solos de média a baixa fertilidade. Assim, sugerem-se os seguintes níveis: elevar o pH para uma faixa entre 5,5 e 6,0; a saturação de bases entre 45% e 55%, com teores de alumínio próximos a 0; para o potássio, cerca de 60 ppm, e 6 a 8 ppm de fósforo; 50 a 100 kg de nitrogênio e diminuir o alumínio próximo a zero.

A quantidade de calcário e fertilizante a ser utilizada dependerá dos resultados obtidos conforme análise do solo, além do histórico da área.

Nitrogênio: para recomendação de dosagem, devemos basear-se conforme teor de matéria orgânica do solo.

Fósforo: baseado no “P” do solo, classe do solo e seqüência de cultivo.Potássio: basear-se no teor de “K” do solo e no ano de cultivo numa

seqüência de culturas.  

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7.7. Tratamento de Sementes

Muitas vezes as sementes de aveia, sem apresentar sintomas externos, podem estar infectadas por fungos e bactérias causadores de doenças. Em função disso, as sementes podem ser tratadas quimicamente para que possam estabelecer uma melhor emergência de plantas, com uma melhor sanidade, sendo de suma importância, pois também evitará nova introdução de fungos e bactérias patogênicos na lavoura.

Fungicidas indicados para o TS:Príncipio ativo Nome

comercialDosagem/100

Kg de sementes

Formulação

Difenoconazole SPECTRO 0,200 ml SACarboxin +

ThiramVITAVAX-THIRAM

0,250 ml SC

Triadimenol BAYTAN 0,270 gr PSGuazatina PANOCTINE 0,300 gr PSIprodione ROVRIN 0,250 gr PSFlutriafol VINCCT 2,5

DS0,300 ml PS

7.8. Controle de ervas-daninhas

A cultura da aveia pode sofrer interferências de outras espécies, especialmente nos estádios iniciais de seu desenvolvimento, prejudicando a sua produção.

As principais invasoras da aveia são as de folha larga e algumas de folha estreita, portanto, devem ser controladas desde o inicio da implantação da cultura na lavoura. No sistema de PD, para se obter sucesso no controle de daninhas, o controle é obtido pelo efeito conjugado da presença dos restos culturais (palha) e pela utilização de herbicidas, quando necessário. Os herbicidas podem ser utilizados em duas etapas:

7.8.1. Pré-semeadura: consiste com a eliminação das plantas daninhas, antes da semeadura, utilizando-se herbicidas de contato ou sistêmicos de ação total (chamada de operação de manejo).

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7.8.2. Pós-semeadura: consiste na eliminação de plantas daninhas após a semeadura, utilizando-se os mesmos herbicidas indicados para o controle convencional. Em situações onde é muito grande o grau de infestação de plantas daninhas, recomenda-se a operação de manejo na pré-semeadura em duas etapas. A primeira deve ser feita de 15 a 10 dias antes da semeadura; na segunda, utiliza-se a metade da dosagem recomendada, no mínimo três dias antes da semeadura. Alguns herbicidas para o controle de ervas daninhas de folhas largas e estreitas para a cultura da aveia:Ingrediente

AtivoNome

comercialDosagem/ha Plantas daninhas Formulação

Metsulfluron

metil

ALLY 0,004 gr

0,008gr

dicotiledôneas GRDA

2,4-D amina U 46 D-Fluid

2,4D

0,800 a 1,2

litros

Dicotiledôneas e

monodicotiledôneas

em pré-emerg.

SA

Paraquat +

Diuron

GRAMOCIL 2,0 a 3,0 litros Dicotiledôneas e

monodicotiledôneas

SC

Bentazon BASAGRAN 600 1,2 a 1,6 litros dicotiledôneas CS

Glifosate ROUNDUP WG

RONDUP

TRANZORB

1,0 a 1,5 kg

1,0 a 3,0 litros

Dicotiledôneas e

monodicotiledôneas

CS

Sulfosate ZAPP QI 1,0 a 2,0 litros Dicotiledôneas e

monodicotiledôneas

CS

Paraquat GRAMOXONE 1,5 a 2,5 litros Dicotiledôneas e

monodicotiledôneas

SA

  

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8. DOENÇAS DA CULTURA DA AVEIA

Devido às condições climáticas adversas, aliadas à suscetibilidade de algumas cultivares a determinadas doenças, a cultura da aveia pode ter seus rendimentos reduzidos pelo ataque de patógenos causadas por fungos necrotóficos. O manejo deve ser feito, à medida que a doença causar danos ao rendimento de grãos e/ou massa verde, ou seja, quando a incidência foliar alcançar de 15 a 20%, a partir do afilhamento. Em razão disso, o controle das doenças, pela aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos, pode ser um fator de estabilização ou de aumento de rendimento em níveis econômicos. As doenças alvo da cultura da aveia são:

8.1. FERRUGEM DA FOLHA (Puccinia coronata f.sp avenae)8.2. MANCHA DA FOLHA DA AVEIA (Pyrenophora avenae)8.3.MANCHA MARROM DA FOLHA OU HELMINTOSPOIRIOSE (Bipolaris sorokinana)8.4. GIBERELA DE AVEIA (Gibberella zeae)8.5. PODRIDÃO DA BASE DO COLMO DA AVEIA (Gibberella zeae ou Fusarium graminearum)8.6. BRUSONE DE AVEIA (Magnoporthe grisea)8.7. HALO BACTERIANO DE AVEIA (Pseudomonas coronafaciens)8.8. VÍRUS NO NANISMO AMARELO DA CEVADA DE AVEIA (BYDV)

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8.1. FERRUGEM DA FOLHAPuccinia coronata f.sp avenae

A ferrugem da folha é a doença mais comum desta cultura, ocorrendo praticamente em todas as regiões produtoras de aveia do Brasil. Os danos decorrentes dependem do estádio de desenvolvimento da planta, da suscetibilidade da cultivar, da virulência da doença e das condições ambientais. Os danos no rendimento de grãos podem chegar a 63%.

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Esta doença manifesta-se desde o surgimento das primeiras folhas até a maturação da planta. Iniciando-se com pequenas urédias arredondadas, amarelo-alaranjadas, dispostas sem ordenação, geralmente localizadas na face superior das folhas.

O patógeno sobrevive no verão-outono parasitando em plantas de aveia voluntárias que se constituem na principal fonte de inoculo (existe um único hospedeiro paro o patógeno). É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 07 á 10 dias. As condições ambientais para o desenvolvimento da doença são temperaturas entre 16°C á 18°C, e um período de 06 horas de molhamento foliar (água livre), são condições ideais para o desenvolvimento da doença.

A doença é disseminada pelo vento á longas distancias, sua distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada e não em reboleiras, e existem cultivares com resistência genética a doença.

A medida preferencial de controle da ferrugem da folha é a resistência genética. Outra medida de controle é a redução do inoculo primário através da eliminação das plantas voluntárias. A aplicação de fungicidas sistêmicos do grupo químico dos Triazóis, estrubilurinas ou mistura destes, quando a doença atingir danos econômicos (o controle da ferrugem deve ser feito quando a incidência foliar encontrar-se entre 30 á 40%, independente do estádio de desenvolvimento e ou com uma incidência de 50% de plantas infectadas).

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8.2. MANCHA DA FOLHA DA AVEIAPyrenophora avenaeDrechslera avenae

A mancha da folha de aveia é a mancha mais importante da cultura, apresentando alta intensidade em lavouras conduzidas no sistema de plantio direto com monocultura, pois o patógeno sobrevive em restos culturais. Os sintomas surgem logo após a emergência da aveia, quando da expansão da plúmula, em lavouras de plantio direto e monocultura. A temperatura ótima para o desenvolvimento da doença varia de 18°C á 28°C, requerendo, para a infecção, de 24 á 48 horas de molhamento. A ocorrência de precipitação pluvial no período favorece o desenvolvimento do patógeno, os propágulos do patógeno são disseminados pelos respingos de

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chuva. É uma doença transmitida pela semente, existem diversos hospedeiros para a doença. É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 10 á 14 dias e a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada. É reconhecida como medidas de controle, o uso de sementes livres do patógeno, ou com tratamento de sementes com fungicidas com os princípios ativos iprodione (ROVRAL SC) e guazatina (PANOCTINE PM), isolados ou em mistura com triazóis.

Rotação de culturas com espécies não suscetíveis á doença como: ervilhaca, chícaro, nabo-forrageiro, colza, linho, serradela e trevos, a eliminação de plantas voluntárias e a pulverização dos órgãos aéreos com fungicidas indicados pela pesquisa (triazóis, estrubilurinas e misturas destes) e me último caso preparo convencional do solo (o enterrio dos restos culturais reduz a quantidade de inoculo primário).

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8.3. MANCHA MARROM DA FOLHA OU HELMINTOSPORIOSE Bipolaris sorokinianaCochliobolus sativus

A helmintosporiose ou mancha marrom ocorre principalmente nas regiões produtoras de aveia mais quentes, os danos causados por helmintosporiose pode chegar até a 80%. O agente causal da helmintosporiose infecta todos os órgãos da planta, é causada pelo fungo Bipolaris sorokinana, as principais fontes de inoculo são sementes, restos culturais (centeio, cevada, trigo e triticale), plantas voluntárias, hospedeiros secundários e conídios dormentes no solo. Os agentes de disseminação são sementes, ventos e respingos de chuva. As fontes de inoculo mais abundantes são os restos culturais (pois o patógeno tem habilidade de sobreviver no solo). Quando estes são deixados na superfície do solo, como ocorre no sistema de plantio direto, e sob monocultura, a intensidade da doença é máxima. É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 10 á 14 dias e a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada.

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A infecção foliar ocorre com temperaturas entre 18°C a 28°C e a partir de 9 e 24 horas de molhamento foliar contínuo, precipitações pluviais no período favorece o estabelecimento da doença. As medidas de controle visam diretamente o patógeno, sendo, por isso, dirigidas às fontes de inoculo. A primeira estratégia de controle consiste no uso de sementes livre do patógeno ou com incidência do fungo menor do que 30% e seu tratamento com fungicidas em doses eficientes que erradiquem o patógeno. A rotação de culturas por no mínimo um ano, com espécies de plantas de inverno não suscetíveis, visando eliminar o inoculo presente nos restos culturais, deve ser feita obrigatoriamente no sistema de PD. Existem produtos fungicidas eficientes para o controle da doença, os fungicidas indicados são triazóis, estrubilurinas ou em mistura destes.

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8.4. GIBERELA DE AVEIAGibberella zeae

Fusarium graminearum

Esta doença é mais freqüente me regiões quentes, onde a floração coincide com períodos prolongados de chuva (maior que 48horas). O incremento de área cultivada em PD aumentou o inóculo do fungo, pois estes sobrevivem nos restos culturais de uma ampla gama de hospedeiros. A giberela pode causar uma redução no rendimento de grãos de até 27%. O fungo infecta a flor, colonizando todos os componente do cacho. As principais fontes de inóculo do fungo são os restos culturais e sementes, as sementes embora infectadas, apresentam pouca importância no ciclo de vida do fungo. A disseminação a curtas distâncias é feita por conídios transportados em respingos de chuva. O principal inóculo é transportado pelos ventos a longas distâncias, iniciando os sítios de infecção da doença.

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É uma doença do tipo MONOCÍCLICA, ou seja, a infecção ocorre uma apenas uma única vez durante o ciclo da cultura, e a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada. O período de maior suscetibilidade ocorre no inicio da floração e o inicio da maturação. Para que ocorra infecção é preciso 30 horas de molhamento contínuo com temperatura média de 20°C.

Das doenças de cereais de inverno esta é a de controle mais difícil.Tanto a ocorrência da giberela como a sua intensidade depende de condições climáticas favoráveis durante o período de suscetibilidade. Assim, semeaduras antecipadas possibilitam às planta atingirem o período de suscetibilidade sob condições climáticas menos favoráveis a disseminação da doença. Quando ocorrerem períodos críticos na floração é recomendado à aplicação de fungicidas indicados pela CSBPT.

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8.5. PODRIDÃO DA BASE DO COLMO DA AVEIAGibberella zeae

Fusarium graminearumCochliobolus sativus (Bipolaris sorokinana)

Esta podridão radicular está presente em praticamente todas as regiões produtoras de aveia do Brasil. Os danos no rendimento de grãos foram estimadas em aproximadamente 20 %. Com o aumento da incidência dos fungos na semente, principalmente, F. graminearum, a podridão comum tem sido detectada mais freqüentemente, levando à morte precoce de plantas de aveia. É uma doença do tipo MONOCÍCLICA, ou seja, a infecção ocorre uma apenas uma única vez durante o ciclo da cultura, e a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada.

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Os sintomas mais comuns caracterizam-se pela descoloração dos tecidos radiculares, que se tornam pardos, em contraste com o mal do pé que são negros. Os fungos Fusarium graminearum e Cochliobolus sativus (Bipolaris sorokinana) são os agentes causais desta doença. A principal fonte deste inoculo é a semente infectada. A transmissão e a severidade dos danos são influenciados por fatores como umidade e temperatura do solo e profundidade da semeadura. A taxa de transmissão de B. sorokinana para plântula é superior a 70%. No caso de B. sorokinana, os conídios dormentes presentes no solo também se constituem em fonte de inóculo. As medidas de controle da doença se concentram no tratamento de sementes com fungicidas e no emprego de rotação de culturas com espécies não suscetíveis aos patógenos por, no mínimo, um inverno.

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8.6. BRUSONE DE AVEIAMagnoporthe grisea Pyricularia grisea

A brusone do trigo ocorre, principalmente n o norte do PR, sul de SP, MS e na região central do Brasil. Os danos podem alcançar 50% no rendimento de grãos. Pyricularia grisea apresenta uma ampla gama de hospedeiros dentre os quais destacam-se o arroz e o trigo. Numerosas gramíneas cultivadas, nativas ou invasoras, são mencionadas como hospedeiros deste patógeno. As fontes de inóculo mais importantes são os hospedeiros secundários e os restos culturais de plantas cultivadas. O agente causal também pode sobreviver em sementes infectadas. É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 05 á 07 dias e a distribuição na lavoura ocorre de forma

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generalizada. Os propágulos do patógeno são disseminados pelo vento a longas distâncias. As condições ambientais requeridas à infecção são temperaturas entre 21°C e 27°C e 08 á 18 horas de molhamento dos cachos.

Juntamente com a giberela esta é, uma doença de difícil controle. A estratégia mais viável de controle é o uso de cultivares resistentes ou tolerantes. O controle químico não tem se mostrado eficiente sob condições de campo, provavelmente pela dificuldade de deposição dos fungicidas nos sítios de infecção. Como medida complementar recomenda-se semeadura precoce.

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8.7. HALO BACTERIANO DE AVEIAPseudomonas coronafaciens

As condições ambientais necessárias para o seu desenvolvimento são, temperatura entre 15°C e 25°C com molhamento foliar contínuo entre 48 a 72 horas, a ocorrência de precipitações pluviais durante o período favorece o estabelecimento da doença. O patógeno tem a habilidade de sobreviver em restos culturais e é transmitido pela semente, existem vários tipos de hospedeiros. É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 07 á 10 dias e a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada. Os propágulos do patógeno são disseminados pelos respingos das chuvas. Os insetos são agentes disseminadores da doença. A estratégia de controle da doença baseia-se no uso de sementes livres do patógeno, uso de algumas cultivares com tolerância a doença, rotação de culturas com o uso de fungicidas indicados pela CSPT.

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8.8. VÍRUS NO NANISMO AMARELO DA CEVADA DE AVEIABYDV (VNAC)

Temperatura para o seu desenvolvimento é abaixo de 19°C, existem vários hospedeiros para o patógeno, os insetos são os agentes disseminadores da doença, sua distribuição na lavoura ocorre de forma irregular ou seja em manchas, a resistência de cultivares é parcial. Existem produtos químicos eficientes para o controle dos insetos.

Alguns fungicidas para o controle de doenças da cultura da aveia na tabela abaixo:

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Ingrediente Ativo

Produto Comercial

Dosageml/ha Formulação Doença Classe

Azoxistrobina PRIORI 0,200 a 0,400 SC 1,3 SistêmicoAzoxistrobina

+ CiproconazolPRIORI XTRA

0,300 SC 1,3 Sistêmico

Piraclostrobina +

Epoxiconazole

ÓPERA 1,0 SE 1,3 Sistêmico

Trifloxistrobina +

Tebuconazole

NATIVO 0,600 a 0,750 SC 1,3 Sistêmico

Tebuconazole FOLICUR 0,750 CE 1,2,3 SistêmicoCiproconazol ALTO 100 1,0 SC 1 SistêmicoCiproconazol

+ Propiconazole

ARTEA 0,300 CE 1,2,3 Sistêmico

Propiconazole TILT 0,750 CE 2,3 Sistêmico

1- FERRUGEM DA FOLHA (Puccinia coronata f.sp avenae)2- MANCHA DA FOLHA DA AVEIA (Pyrenophora avenae)3- MANCHA MARROM DA FOLHA OU HELMINTOSPOIRIOSE (Bipolaris sorokinana)4- GIBERELA DE AVEIA (Gibberella zeae)5- PODRIDÃO DA BASE DO COLMO DA AVEIA (Gibberella zeae ou Fusarium graminearum)6- BRUSONE DE AVEIA (Magnoporthe grisea)7- HALO BACTERIANO DE AVEIA (Pseudomonas coronafaciens)8-VÍRUS NO NANISMO AMARELO DA CEVADA DE AVEIA (BYDV)

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9. PRAGAS

Os insetos nas mais diversas culturas são considerados pragas, quando estes atingem nível populacional capaz de causar danos, reduzindo o rendimento de grãos ou diminuindo a qualidade do produto.

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O manejo de pragas nas mais diversas culturas deve ser realizado a fim de obtermos melhores resultados de produção, começando a ser monitorado desde a sua emergência até a maturação, visto que o período mais crítico na cultura da aveia é o período de emergência das inflorescências (floração) onde os insetos causam os maiores danos, período que também está sujeito a qualquer tipo de estresse ambiental. A presença de insetos causa reais danos seja pela redução da área folhar, diminuindo assim a fotossíntese, reduzindo os fotoassimilados para os grãos, como também pela sucção de seiva.Das pragas da cultura da aveia destacam-se duas, as lagartas e os pulgões *:

Quando a cultura da aveia for utilizada para pastejo animal, para o controle de lagartas e pulgões lagartas e pulgões são utilizados inseticidas com curto período de

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carência, em torno de 10 a 15 dias, para não retardar o início de pastejo e não deixar resíduo do inseticida para os animais.

Lagarta-da-aveia ou lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax)Pulgão-da-espiga (Sitobion avenae)Pulgão-da-folha (Metopolhophium dirhodum)Pulgão-verde-do-cereais (Rhopalosiphum graminum).

9.1. PULGÕES

Pulgão-da-folha

Os danos causados pelos pulgões podem ser importantes na redução do peso de mil sementes, do pH (peso hectolitro), do poder germinativo e do número de grãos por espiga, além desses danos os pulgões podem ser vetores de viroses (VNAC).

Sintomas de VNAC

Para determinar o momento ideal para a aplicação de inseticidas e o tipo de inseticida deve-se seguir os seguintes critérios:- Fase de emergência ao afilhamento: controlar quando, encontrar, em média, 10% de plantas com pulgões.- Fase de alongamento ao emborrachamento: controlar quando a população média atingir 10 pulgões por afilho.

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Pulgão-da-folha

- Fase reprodutiva (do espigamento ao grão em massa): controlar quando a população média atingir 10 pulgões por espiga. As aplicações devem ser repetidas sempre que forem constatados esses níveis, durante os períodos considerados. Após o grão em massa, não é necessário o controle de pulgões. A determinação da população média de pulgões deve ser efetuada semanalmente, através de amostragem de plantas em vários pontos representativos da lavoura.

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9.2. LAGARTAS

O efeito dos inseticidas para controle dessa praga torna-se mais eficaz pela ação de ingestão dos produtos do que pela ação de contato. Recomenda-

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se, portanto, o início do controle nos focos de infestação quando ainda existirem folhas verdes ns plantas da aveia.

Alguns inseticidas recomendados para controle de pulgões (1) e lagartas (2):

Ingrediente ativo

Nome comercial Dosagem/ha Pragas

Lambdacialotrina KARATÊ ZEON 50 CS

0,100 ml/ha Pragas 2

Lefenurom MATCH 0,100 ml/ha Pragas 2Metamidofós TAMARON BR 0,200 e 0,300

ml/haPragas 1 e 2

Permetrina TALCORD 250 CE 0,200 e 0,100 ml/ha

Pragas 1 e 2

Tiametoxan ENGEO 0,060 ml/ha Pragas 1AZODRIN 0,450 ml/ha Pragas 1 e 2

Imidacloprid GAUCHO 0,050 gr/100 kg de sementes

Pragas 1

Tiametoxan CRUIZER 0,250 gr/100 kg de sementes

Pragas 1

Triflumurom CERTERO 0,030 ml/ha Pragas 2

10. COLHEITA

A colheita deverá ser realizada quando os grãos tiverem atingido umidade aproximada de 15%, no final do ciclo da cultura, que varia de 140 a 180 dias. Pode-se fazer o uso da dessecação da aveia para um melhor aproveitamento de tempo/máquina com o uso de herbicidas de contato, na

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dosagem de 1,0 a 2,0 litros /há. O atraso da colheita determina a ação de fatores adversos, com prejuízos no rendimento quali - quantitativo.

Se o objetivo for somente como cobertura de solo ou adubação verde, o manejo da fitomassa deve ser realizado na fase de grão leitoso, que corresponde a, aproximadamente, 120 a 140 dias após a semeadura. Nesta fase não há grãos viáveis e ocorre o menor índice de rebrota após o manejo, podendo ser dessecada, rolada ou roçada.

  

11. CONCLUSÃO

Tendo em vista todo o material pesquisado para a elaboração deste trabalho, podemos concluir que a cultura da aveia se comparada à maioria das forrageiras tropicais perenes, a aveia é uma boa alternativa para melhorar a

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qualidade alimentar de bovinos. Apresenta alta produtividade e rápido crescimento, durante períodos de escassez de forragens (inverno), abrindo espaço para seu uso estratégico nas fases de cria, recria e engorda, repercutindo em sistemas mais precoces da pecuária de corte. A pastagem anual de aveia pode funcionar como um suplemento protéico/energético, principalmente durante o inverno, intercalando-a com as outras pastagens de menor valor nutritivo. O cultivo da aveia após as colheitas de verão (soja e milho) é de fundamental importância para o sucesso da integração agricultura x pecuária em regiões com ocorrência de geadas, podendo ainda ser usada para a alimentação humana. É a cultura adequada para uso em sistemas de rotação de culturas, pois, diminui a população de alguns patógenos que aumentam consideravelmente o custo de produção das culturas anuais. Assim podemos concluir que a aveia compõe um perfeito sistema de integração de lavoura com pecuária.