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Curso de Pedagogia Artigo Original O ENSINO CONSTRUTIVISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE 2 A 5 ANOS CONSTRUCTIVIST TEACHING IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION FROM 2 TO 5 YEARS Deusilane Nunes da Silva Sousa 1 , Maria Lindalva da Silva Cordeiro 1, Renata Silva Almendra² 1 Alunas do Curso de Pedagogia 2 Professora Msc do Curso de Pedagogia Resumo O presente artigo tem como objetivo mostrar a importância do ensino construtivista na Educação Infantil de 2 a 5 anos. Apresentamos as principais características da teoria construtivista a partir dos níveis de desenvolvimento da criança, nos embasando em alguns autores e teóricos estudiosos dessa abordagem. Foi realizada uma pesquisa de campo em duas escolas construtivistas com o objetivo de investigar na prática a utilização dessa teoria e a opinião de professores sobre a sua importância e pertinência para o desenvolvimento infantil. Palavras-chave: Educação Infantil; Construtivismo; Piaget. Abstract This article aims to show the importance of education constructivist in early childhood education 2 to 5 years. We present the main characteristics of the constructivist theory from the child´s developmental levels graunded in some theoretical authors and scholars of this approach. A field survey was conducted in two schools constructivist in order to investigate the practical use of the method and the teacher´s opinion about importance of this theory and relevance to child development. Key words: Childhood Education; Constructivism; Piaget ____________________________________________________________________________________________________________ Contato: lanenunes20hotmail.com; [email protected] Introdução O presente trabalho aborda a educação infantil em uma teoria lúdica e liberal no qual a criança é considerada o principal agente de seu desenvolvimento e aprendizagem: o construtivista. Ao longo do curso de pedagogia e das disciplinas cursadas, fomos criando conceitos sobre o construtivismo na educação infantil, porém muitos não condiziam com as realidades observadas durante os estágios obrigatórios que foram realizados por nós em colégios com esta abordagem metodológica. Ao adentrarmos as escolas ditas construtivistas, percebemos a existência de muitas lacunas e contradições entre a teoria e a prática. Esta percepção nos instigou a desenvolver este artigo acadêmico, que tem como objetivo principal verificar quais as contribuições que a teoria construtivista proporciona para as crianças na educação infantil. Assim, este artigo alia uma pesquisa bibliográfica com uma pesquisa de campo, realizada em duas escolas que seguem a teoria construtivista: Pedacinho Do Céu que se localiza na EQ\15 Conj. ´´C´´ Guará II; e Espaço Criança Centro de Educação Infantil, que se localiza na QI 22, Conjunto R, Lotes 5, 15 e 24, Guará I. Essas escolas ofertam ensino de Educação Infantil de 2 a 5 anos de idade e colaboraram com a pesquisa ao se disponibilizarem para responder nosso questionário. Foram elaborados e aplicados questionários com perguntas objetivas a serem respondidas pelos professores dessas instituições com o objetivo de coletarmos os dados para desenvolver o tema em estudo. Para o construtivismo as pessoas não nascem inteligentes, mas desenvolvem-se de acordo com o meio que vivem, construindo e organizando seus próprios conhecimentos de forma cada vez mais crítica. Cada criança é única e se desenvolve de maneira diferente das outras que vivem ao seu redor, e cada uma aprende no seu próprio tempo sem nenhum tipo de obrigatoriedade ou rigidez. Com uma educação mais liberal, o construtivismo é visto como uma teoria onde o

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Curso de Pedagogia Artigo Original

O ENSINO CONSTRUTIVISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE 2 A 5 ANOS CONSTRUCTIVIST TEACHING IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION FROM 2 TO 5 YEARS

Deusilane Nunes da Silva Sousa1, Maria Lindalva da Silva Cordeiro1, Renata Silva Almendra² 1 Alunas do Curso de Pedagogia 2 Professora Msc do Curso de Pedagogia

Resumo

O presente artigo tem como objetivo mostrar a importância do ensino construtivista na Educação Infantil de 2 a 5 anos. Apresentamos

as principais características da teoria construtivista a partir dos níveis de desenvolvimento da criança, nos embasando em alguns

autores e teóricos estudiosos dessa abordagem. Foi realizada uma pesquisa de campo em duas escolas construtivistas com o objetivo

de investigar na prática a utilização dessa teoria e a opinião de professores sobre a sua importância e pertinência para o

desenvolvimento infantil.

Palavras-chave: Educação Infantil; Construtivismo; Piaget.

Abstract

This article aims to show the importance of education constructivist in early childhood education 2 to 5 years. We present the main

characteristics of the constructivist theory from the child´s developmental levels graunded in some theoretical authors and scholars of

this approach. A field survey was conducted in two schools constructivist in order to investigate the practical use of the method and the

teacher´s opinion about importance of this theory and relevance to child development.

Key words: Childhood Education; Constructivism; Piaget

____________________________________________________________________________________________________________

Contato: lanenunes20hotmail.com; [email protected]

Introdução

O presente trabalho aborda a educação infantil em uma teoria lúdica e liberal no qual a criança é considerada o principal agente de seu desenvolvimento e aprendizagem: o construtivista.

Ao longo do curso de pedagogia e das disciplinas cursadas, fomos criando conceitos sobre o construtivismo na educação infantil, porém muitos não condiziam com as realidades observadas durante os estágios obrigatórios que foram realizados por nós em colégios com esta abordagem metodológica. Ao adentrarmos as escolas ditas construtivistas, percebemos a existência de muitas lacunas e contradições entre a teoria e a prática. Esta percepção nos instigou a desenvolver este artigo acadêmico, que tem como objetivo principal verificar quais as contribuições que a teoria construtivista proporciona para as crianças na educação infantil.

Assim, este artigo alia uma pesquisa bibliográfica com uma pesquisa de campo, realizada em duas escolas que seguem a teoria construtivista: Pedacinho Do Céu que se localiza

na EQ\15 Conj. ´´C´´ Guará II; e Espaço Criança Centro de Educação Infantil, que se localiza na QI 22, Conjunto R, Lotes 5, 15 e 24, Guará I. Essas escolas ofertam ensino de Educação Infantil de 2 a 5 anos de idade e colaboraram com a pesquisa ao se disponibilizarem para responder nosso questionário.

Foram elaborados e aplicados questionários com perguntas objetivas a serem respondidas pelos professores dessas instituições com o objetivo de coletarmos os dados para desenvolver o tema em estudo.

Para o construtivismo as pessoas não nascem inteligentes, mas desenvolvem-se de acordo com o meio que vivem, construindo e organizando seus próprios conhecimentos de forma cada vez mais crítica. Cada criança é única e se desenvolve de maneira diferente das outras que vivem ao seu redor, e cada uma aprende no seu próprio tempo sem nenhum tipo de obrigatoriedade ou rigidez.

Com uma educação mais liberal, o construtivismo é visto como uma teoria onde o

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amor, paciência e compreensão fazem parte da rotina diária da escola. Os professores não têm como costume usar uma forma rígida para falar com seus alunos. Para manter uma relação de cumplicidade, são orientados a se abaixarem para olhar nos olhos das crianças ou falar com elas. Em uma escola construtivista, não existem filas e nem são usadas sirenes para que as crianças não se tornem seres humanos condicionados. Suas atividades são lúdicas, com muitas brincadeiras direcionadas aos assuntos trabalhados em sala de aula, com muita musicalização e contação de histórias.

Na abordagem construtivista, a criança constrói sua identidade por meio da convivência e do aprendizado que vai adquirindo a partir de tudo o que acontece no mundo em que sempre esteve inserida, e assim, passa a se desenvolver e se destacar na sociedade em que vive como um cidadão crítico e pensativo.

A brincadeira permite que as crianças demonstrem que possuem muita criatividade, imaginação e inteligência para se desenvolver. Dessa forma, na teoria construtivista as brincadeiras fazem com que o aprendizado torne-se prazeroso, mesmo quando são trabalhados conteúdos mais complexos e que as crianças aprendem de forma involuntária.

Nosso trabalho tem como objetivo geral reconhecer e compreender os benefícios apresentados no construtivismo na prática em sala de aula da Educação Infantil. Como objetivos específicos, pretendemos discutir o construtivismo a partir de uma análise bibliográfica; realizar uma pesquisa de campo por meio de questionários a serem respondidos pelos professores e cruzar a bibliografia estudada com os resultados alcançados por meio da análise desses questionários. Nossa escolha por nos aprofundarmos nesse tema se justifica porque viemos de um ensino infantil onde se usava o método tradicional. Após cursarmos a graduação em Pedagogia, passamos a acreditar que aprender não é apenas decorar conceitos e escrever, mas aprender é compreender.

Acreditamos, portanto, na concepção da teoria construtivista e na importância da Educação Infantil, que abre as portas do saber às nossas crianças, priorizando o indivíduo no centro do processo de ensino-aprendizagem e na troca entre os sujeitos (professores e alunos), que avaliam e são avaliados.

Os benefícios que o construtivismo proporciona especialmente para crianças das séries iniciais são de suma importância. Com atividades que visam quase sempre o desenvolvimento sensório motor que dão às crianças pré-requisitos essenciais para uma adequada assimilação de conteúdos imediatos, e uma capacidade de abstração posterior que

certamente possibilitarão que o educando formalize conceitos como vocabulário. A Teoria Construtivista, ao ser inserido no contexto da educação infantil, torna a compreensão bem mais rica e completa do ser humano no processo de educação. Assim, o sujeito que reconhece e elabora significados/sentidos sobre o que constrói, tem mais chance de perceber o mundo, ao vivenciar situações relevantes e fundamentais para o seu desenvolvimento e equilíbrio pessoal. Dessa maneira, visualiza-se a importância de sua aplicação na escola de educação infantil, pois a preocupação com o que a criança entende, o que ela quer e o que ela precisa, são fatores indispensáveis para a integração da mesma no universo educacional.

No ensino construtivista as crianças vivenciam a criatividade, externam experiências pessoais prazerosas ou não, brincam com a realidade sem perder a noção da mesma, pois praticam um processo onde a imaginação se faz presente. O professor é orientado a explorar o lúdico, cantando músicas e contando histórias de forma intencional e objetiva, possibilitando ao educando "aprender brincando" e a desenvolver suas capacidades investigativas, com a possibilidade de internalizar conceitos sem saber que o faz.

Este artigo está estruturado em forma de tópicos, visando uma organização didática do conteúdo a ser apresentado. Dessa forma, no primeiro tópico fizemos uma introdução ao construtivismo, as principais características desse método e sua aplicação na educação infantil. No segundo tópico fizemos uma análise do construtivismo aliado aos níveis de desenvolvimento da criança propostos por Piaget. No terceiro e último tópico apresentamos a metodologia da pesquisa de campo e os resultados alcançados.

1. A teoria construtivista e suas principais características

O construtivismo é uma teoria que explica os processos de aquisição do conhecimento e o desenvolvimento cognitivo, elaborado pelo suíço Jean Piaget. A partir dos estudos feitos por ele, tornou-se evidente que a aprendizagem é um processo que se dá por meio de aproximações sucessivas e não de forma acumulativa e homogênea, como se supunha. Com o passar do tempo, foi-se desenvolvendo muitas propostas de ensino e práticas pedagógicas que se apoiam nas formulações que Piaget desenvolveu por meio de suas pesquisas.

A teoria construtivista baseia-se no estudo das questões cognitivas das crianças e das relações pautadas na troca de experiências e no interagir com o meio.

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Muitas pessoas acham que numa escola que utiliza a abordagem construtivista, as crianças podem fazer o que quiser e na hora que definir. Porém isso não é verdade. Na realidade se segue uma rotina com atividades dentro e fora de sala de aula, atividades essas sempre direcionadas aos conteúdos que os professores abordam no planejamento e que serão ministrados em sala.

Utilizaremos como fundamentação para o desenvolvimento deste artigo, o conceito de construtivismo estabelecido por Becker (apud LEÃO, 1999):

Construtivismo significa isto: a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, como mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento. (BECKER apud LEÃO, 1999. p.88)

A partir de estudos sobre a presente temática, fica claro que o Construtivismo se baseia na ação libertadora e autônoma do indivíduo, visto como principal autor da sua aprendizagem, onde por meio da sua interação com o físico e social e numa constante transformação interior, adquire conhecimento para se fazer pessoa e presença significativa com o mundo das relações sociais.

No entanto, Leão (1999) defende a ideia de que a ciência é sempre reciclável, que não tem um final. Cada vez que o sujeito interage com o meio, encontram novas possibilidades de interação e renovação do seu próprio conhecimento, transformando umas ideias e aprimorando outras como um ciclo que sempre se renova.

Por ser uma teoria mais liberal pode-se perceber que as crianças se expressam com mais espontaneidade, pois se acredita que a criança é agente principal da sua aprendizagem e não o professor, e por isso deve ser respeitado o desenvolvimento de cada uma sem o uso de comparações entre elas. Assim, as expressões das crianças são acompanhadas de perto pelos professores, que observam de perto cada manifestação verbal, seus gestos e brincadeiras. Para melhor participação das crianças nas aulas, os professores devem envolvê-las nas atividades perguntando o que elas acham e como elas pensam que poderiam ser realizadas, mostrando que as opiniões de todos são importantes e são levadas em consideração no processo de ensino e

aprendizagem. Para o construtivismo, a rigidez não é a

melhor forma de se tratar os seres humanos, o condicionamento não é uma forma natural de agir em sociedade, pois as pessoas agem conforme o meio em que elas se desenvolveram. Quanto maior for a interação do individuo, e o meio em que ele vive for mais complexo, mais inteligente ele será.

Na educação infantil é feito um trabalho riquíssimo com músicas, contação de histórias, brincadeira lúdica dentro e fora de sala de aula, bem como é trabalhada frequentemente a coordenação motora fina e grossa. Queiroz, Marcieli e Branco (2006), recorrem ao pensamento de Packer (1994) para nos lembrar que a brincadeira é uma atividade prática, na qual as crianças constroem um universo próprio, transformam seu mundo e redefinem a sua realidade.

Assim, o professor deve estar atento aos estímulos e as brincadeiras das crianças, pois ele conduzirá os alunos para atividades que devem incentivar o interesse pelos conteúdos propostos em sala de aula. Aprender brincando é muito mais valioso para a criança, pois brincar faz parte de seu mundo e desenvolvimento. É por meio das brincadeiras que ela pode descobrir o mundo.

Portanto, o professor deve ser sempre criativo e utilizar diversos recursos em sala de aula. A metodologia deve ser construída com o intuito de chamar a atenção dos alunos, de forma divertida e que estimule a participação de todos em seu próprio processo de aprendizagem.

Conforme Emília Ferreiro e Ana Teberosky (apud Giubertti, 2011), as crianças formam conhecimentos sobre a leitura e escrita, ocorrendo por diferentes hipóteses espontâneas e provisórias até se acomodar de toda a complexidade da língua escrita. Tais como hipóteses, baseadas em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações, dependem das interações delas com seus pares e com os materiais escritos que rodeiam socialmente. De acordo com Giubertti:

Para a Teoria da Psicogênese, toda criança passa por níveis estruturais da linguagem escrita até que se aproprie da complexidade do sistema alfabético. São eles: o pré-silábico, o silábico, que se divide em silábico-alfabético, e o alfabético. Tais níveis são distinguidos por esquemas conceituais que não são simples reproduções das informações recebidas do meio, ao oposto, são processos construtivos aonde a criança leva em conta parte da informação recebida e introduz sempre algo subjetivo. Pois é importante salientar que a passagem de um nível para o outro é gradual e depende muito das intervenções feitas pelos professores, por

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acreditarem que a criança busca a aprendizagem na medida em que constrói o raciocínio lógico. (GIUBERTTI, 2011, p.2)

O construtivismo é uma das teorias mais indicadas e usadas para alfabetização, por permitir que as próprias crianças construam seus conhecimentos de acordo com seu desenvolvimento cognitivo, assim podendo ser aplicado de forma individual ou coletiva, trabalhando com o conhecimento que a criança traz para escola, fazendo a união da língua falada, escrita e a leitura em um único processo, e podendo ser aplicado a qualquer criança. Diante desta teoria a criança se sentirá mais segura e será capaz de criar seu próprio conhecimento tornando-se um aluno consciente e responsável. Para Ferreiro:

Piaget foi o primeiro teórico conhecido no ocidente a demonstrar que a inteligência se desenvolve a partir de um primeiro esquema, de ordem mental, e que a criança ao nascer, já traz na sua bagagem hereditária o que será alterado em cada um dos estados de desenvolvimento cognitivo. (FERREIRO apud GIUBERTTI, 2011, p.5)

A criança começa sua aprendizagem muito antes da aprendizagem escolar. Antes de ela entrar na escola já possui alguns conhecimentos e experiências que vivenciam em seu grupo sociocultural, como por exemplo, a linguagem verbal. Toda aprendizagem na escola tem uma pré-história, a atividade de criar é uma manifestação exclusiva do ser humano que tem a capacidade de criar algo novo a partir de um conhecimento já existente. Através da memória o ser humano pode imaginar situações futuras e formar outras imagens a partir dela. Com isso, a ação de criar deixa claro que o indivíduo pode e deve sempre estar criando algo novo a partir de seus conhecimentos pré-existentes, buscando através do imaginário e da fantasia, um equilíbrio, bem como a construção de algo novo. E é nisso que a teoria construtivista consiste: em o aluno construir seu próprio conhecimento.

Diante do ponto de vista linguístico, o construtivismo deixa claro que para se aprender algo é preciso praticar. Ou seja, para se aprender a ler, é lendo que se aprende e a escrever, escrevendo. Com isso não serão necessários métodos. Se para aprendermos a falar não tivemos que seguir um método, para ler e escrever não deve ser diferente.

Portanto, para os construtivistas, o aprendizado da alfabetização não ocorre isolado da escrita e, por não levar em conta o ponto mais importante da alfabetização, os métodos tradicionais insistem em introduzir os alunos à

leitura com palavras aparentemente simples e sonoras (mama, bebê, papa), mas que, do ponto de vista da assimilação das crianças, simplesmente não se ligam a nada. Olson afirma que:

O contato da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela já for capaz de ler as palavras isoladas, embora as relações que ela estabelece com os textos inteiros sejam fundamentais desde o início. (OLSON apud NIEMANN; BRANDOLI, 2012, p. 6 e 7)

A teoria construtivista possui muitas vantagens, pois incentiva a criança a expressar o que sente, a escrever e falar o que pensa, despertando a curiosidade e levando o aluno a buscar soluções para seus problemas, tornando-o critico e capaz de responder por seus atos, estimulando também o ato da leitura e escrita, trabalhando com a língua escrita em todas as dificuldades que nela existe, a partir da produção de texto do próprio aluno.

O construtivismo defende a construção progressiva de estruturas cognitivas que ocorre no interior de cada sujeito, sendo este conhecimento fruto da interação entre o indivíduo e o meio, resultado da ação que o sujeito realiza sobre o objeto que deseja conhecer. Sendo assim, idealiza-se a escola como espaço prazeroso, aberto às descobertas, importante aos olhos das crianças, com material didático apropriado aos pequeninos, onde ação do professor acontece de forma investigativa e dialógica.

Na teoria de Piaget, a autonomia do sujeito é afirmada em alto e bom tom! É certamente por esse motivo, aliás, que vários apaixonados pelo humanismo, ou seja, aqueles para os quais o ser humano goza de grande estima, sentem-se atraídos pela teoria construtivista. Diga-se de passagem que cada um de nós cientistas humanos, via de regra, escolhemos seguir uma teoria tanto pela ética que ela traduz quanto pelos dados empíricos e coerência conceitual que contém. (LA TAILLE; OLIVEIRA; DANTAS, 1992, p.112).

2. O desenvolvimento da criança segundo Piaget

A teoria construtivista surgiu a partir das

experiências do biólogo e filósofo suíço Jean Piaget, que teve uma vasta experiência no meio científico acadêmico, ele estudou inicialmente biologia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de psicologia, epistemologia e aprofundou de forma incisiva seus estudos na área da educação. Na academia também atuou como docente e foi

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professor de psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954, o que lhe deu grande notoriedade, tornando-o mundialmente reconhecido pela sua revolução epistemológica. Sua produção bibliográfica foi muito vasta, ele escreveu mais de cinquenta livros e diversas centenas de artigos, gerando um grande documental de todas as suas pesquisas (Vieira; Silva; Mantovani, 2015)

Jean Piaget é um dos grandes teóricos da pedagogia. Para ele, a principal meta da educação é criar seres capazes de fazer coisas novas e não repetir. Criar seres que sejam criativos, inventores e descobridores. A segunda meta da educação, de acordo com Piaget, é formar mentes que tenham condições de criticar e não aceitar tudo que lhes é proposto. Sintetizando, sua teoria busca formar cidadãos críticos e criativos. Além dessa percepção, a teoria de Piaget defende que o professor não deve apenas ensinar, mas, acima de tudo, orientar os alunos para uma aprendizagem autônoma.

Jean Piaget construiu sua teoria a partir das observações dos seus próprios filhos em seu dia a dia. Observando essas crianças desde o nascimento até a adolescência percebeu que elas se desenvolvem conforme o meio em que vivem. A partir da transposição das principais concepções da teoria de Piaget para o campo educacional torna-se importante a reflexão diante dos riscos de conceber a perspectiva construtivista como aplicação de métodos pedagógicos. Para Piaget, as crianças aprendem construindo e reconstruindo seus pensamentos, pois elas pensam e raciocinam como seres humanos adultos, mas com um gral menor de elaboração.

Nesta perspectiva, considera-se a educação como um processo mais amplo, espontâneo e assistemático de ensino e aprendizagem, que acontece quando há interação entre pessoas em diferentes meios sociais.

A teoria construtivista foi muitas vezes questionada, pois havia várias dúvidas sobre sua verdadeira eficácia por ser um método onde professor não é o principal agente do aprendizado e as crianças têm liberdade de optar e de agir diante de seu processo de ensino e aprendizagem. As crianças não são submetidas a atividades que não condizem com a sua faixa etária e não são obrigadas a fazer nada que não queiram. No entanto, também não estão aprendendo sozinhas, pois o professor está sempre em sala de aula para orientá-las e estimulá-las.

Segundo a teoria de Piaget, do nascimento aos 2 anos de idade aproximadamente, a criança está no período sensório-motor. Nessa fase, os bebês desenvolvem o controle motor do seu corpo por meio do contato com objetos físicos como brinquedos e na experiência de se deslocar pelo espaço. As crianças nessa idade querem adquirir

conhecimento por meio das ações que eles mesmos praticam, e quando estão aprendendo a falar repetem as palavras que escutam.

A aprendizagem é um processo continuo em toda vida do ser humano onde as pessoas mudam suas ideias e conquistam novos conhecimentos, habilidades e valores. Para que o ser humano aprenda a cada dia mais, é necessário estimular o cérebro, que é um dos principais agentes do aprendizado. Para melhor crescimento e desenvolvimento pessoal, todos necessitam da educação que está intimamente ligada ao aprendizado de uma forma geral. Assim, para que o aprendizado ocorra de forma mais sistemática, é importante a presença de um professor, que estimule, motive e oriente o processo de aprendizagem tanto das crianças como dos estudantes adultos, se for o caso. Em nosso dia a dia, a todo o momento, estamos aprendendo ou ensinando algo a alguém direta ou indiretamente. Para aprender, o ser humano deve pensar e assim desenvolver suas áreas cognitivas, emocionais e afetivas.

O período simbólico vai dos 2 aos 4 anos de idade aproximadamente. É uma fase em que as crianças buscam adquirir a habilidade verbal, começam a falar e imitar tudo que veem. Conhecida também como estágio da inteligência simbólica, nessa idade a criança usa a imaginação para transformar tudo o que vê em sentimentos e sensações que lhe deem prazer. Nessa idade também aparece o egocentrismo, no qual tudo é dela, passa a não gostar de dividir ou emprestar nada que lhe pertence.

Nessa fase é bem comum as crianças morderem ou baterem nos colegas. Isso é considerado normal até os 3 anos de idade, pois é uma forma de se defender quando elas sentem-se ameaçadas.

No período intuitivo, que vai dos 4 aos 7 anos de idade aproximadamente, a criança ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. É a idade dos porquês. Elas sentem a necessidade de perguntar a todo tempo, já têm capacidade de solucionar problemas e já diferenciam a fantasia da realidade.

Segundo esses estágios de desenvolvimento criados por Piaget, a epistemologia genética é muito importante e essencial quando se fala da inteligência e do processo de construção do conhecimento, pois é necessário conhecer esses estágios para saber onde cada fase começa e termina.

É de muita importância que cada uma dessas fases de desenvolvimento das crianças seja estimulada para que o desenvolvimento seja elevado e elas consigam aprender conforme os níveis de desenvolvimento citados acima. Para Moreno (2006) é essencial

[...] identificar as condições nas quais os alunos mobilizam saberes na forma de

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ferramentas que conduzam a construção de novos conhecimentos matemáticos. Nesse sentido, além da transformação dos conhecimentos, as didáticas se ocupam das transformações que correspondem aos fenômenos de transformação cultural, isto é, aos saberes socialmente reconhecidos, comunicados através das instituições, particularmente a escola, portadora da intencionalidade, de ensino, a didática assume, ao mesmo tempo, a complexidade total do ato de aprendizagens, imerso em um meio que compreende os conteúdos, o aluno, seus saberes, o professor, a intencionalidade didática, as situações didáticas, a instituição, etc. (MORENO apud NIEMANN: BRANDOLI, 2012 p.9)

Para que as crianças consigam desenvolver de maneira adequada suas capacidades motoras e intelectuais é necessário identificar quais as melhores atividades a serem ministradas em sala de aula. O professor deve ter uma boa didática e criatividade para aplicar aulas de acordo com o conteúdo e idade da turma, para que seus alunos aprendam de uma maneira mais autônoma, sempre visando buscar mais conhecimento para si. O educador deve se preocupar se seu aluno estará aprendendo e compreendendo o que está sendo ensinado. A escola também não pode deixar o professor fazer o que quiser dentro da sala de aula, pois a participação da instituição em geral torna o seu trabalho mais eficaz. De acordo com Elias (1991), o professor deve criar situações problemáticas, permitindo o surgimento de momentos de conflito para que a criança possa buscar soluções, promovendo, assim, um avanço cognitivo. Assim, segundo esse autor, o professor

estará considerando o aprendiz como um ser ativo, aquele que não espera passivamente que alguém venha lhe ensinar alguma coisa para começar a aprender, uma vez que por si só compara, ordena, classifica, reformula e elabora hipóteses, reorganizando sua ação em direção à construção do conhecimento. (ELIAS apud LEÃO, 1999. p.201)

O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estimulo a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. A partir de sua ação, vai se instituindo as propriedades dos objetos, vão se edificando as características do mundo. As escolas que usam o método construtivista têm características de estrutura diferentes das escolas que usam o método tradicional.

O construtivismo é conhecido como uma

teoria contraditória, muitas vezes as escolas são conhecidas como construtivistas, mas na realidade as salas de aula não estão de acordo com o nome do método que muitas escolas carregam, pois em seu corpo docente estão presentes professores completamente tradicionais.

Pois as escolas que adotam o construtivismo como teoria a ser seguida para alfabetizar as crianças, tendem a mudar o corpo docente da escola, visto que o aluno tem mais liberdade para usar todo o espaço físico da escola para se desenvolverem. Alguns estudiosos criticam o construtivismo por dizerem que com esse método as crianças demoram mais tempo para aprender. No entanto, vale destacar que cada criança se desenvolve de forma diferente.

A teoria construtivista enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. A teoria condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno. Portanto as disciplinas estão voltadas a reflexão e auto avaliação, então a escola não é considerada rígida.

A partir das experiências vivenciadas, podemos perceber que os colégios construtivistas desenvolvem uma classificação de turma da educação infantil. Com 2 anos - infantil II, 3 anos - infantil III, 4 anos - infantil IV e 5 anos - infantil V e essas salas são classificadas por algum projeto criado pela escola como, por exemplo, trabalhar grandes escritores da literatura infantil. Exemplo: infantil II trabalha os livros de Mary França, o infantil III, Monteiro Lobato e etc.

No infantil II a escola faz projetos para as crianças passarem pelo desfralde, onde aprendem a usar o banheiro, parar de usar chupeta e não morder os colegas. No infantil III, o principal é começar a aprender o alfabeto e as crianças iniciam conhecendo a primeira letra do nome e assim por diante. Destaca-se que desde o inicio os professores só escrevem em caixa alta para já começar o conhecimento do desenho das letras. No infantil IV as crianças aprendem a escrever o nome e aprendem alguns fonemas. No infantil V desenvolvem a utilização dos fonemas, e se usa muito a escrita espontânea.

Em cada ano citado acima surgem as fases do grafismo, as famosas garatujas, que são os primeiros traços em que a criança tenta representar o mundo, com rabiscos, desenhos e escritas que muitas vezes não são compreendidos pelos adultos. Nesse momento, os elogios e incentivos são essenciais e muitos importantes, pois ajudam as crianças na criatividade, desenvolvimento do traçado e coordenação motora fina.

Em relação aos desenhos, há uma divisão do desenvolvimento em quatro fases. A fase 1 é da garatuja desordenada, onde não há consciência dos rabiscos e do que está fazendo

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com o lápis. A fase 2 é da garatuja ordenada, a criança já consegue fazer traços intencionais, como riscar braços e pernas. A fase 3 é da garatuja nomeada, são desenhos mais elaborados de objetos concretos e escreve o que são, porém ainda não tem noção de tamanho, pois nos desenhos a cabeça sai maior que todo o corpo. A fase 4 é a pré-esquemática, já usa o pensamento e a realidade para elaboração dos desenhos, com combinações de cores intencionais. De acordo com Arias e Yera (1996):

O desenvolvimento cognitivo não é outra coisa que a complicação crescente dos esquemas iniciais (ações, operações, estruturas) em um processo fixo em quanto a sua sequência (inteligência sensório-motora; pré-operacional; operacional concreta e operacional lógica). A equilibração permanente é “melhorante” (nas trocas do sujeito como os objetos como tais) e se conforma como “abstração reflexiva” (a partir das trocas baseadas nos conceitos). Aparece assim o mecanismo puramente humano de adaptação ativa, criativa, que explica o surgimento do novo. A equilibração faz possível o desenvolvimento, cuja função, por sua vez, reside em construir estruturas lógicas que permitam ao indivíduo atuar sobre a realidade externa de forma cada vez mais flexível e complexa. (ARIAS; YERA, 1996, p. 27)

Para melhor desenvolvimento das fases acima, no método construtivista não são utilizadas atividades prontas como desenhos xerocopiados, não se usam livros didáticos e nem atividades escritas na lousa para as crianças. Adeptos do construtivismo afirmam que não há a necessidade de utilização desses recursos para crianças de 2 a 5 anos, pois não chamam atenção e não estimulam a criatividade.

Como essa teoria é lúdica, são utilizados muitos jogos como: blocos lógicos, alfabeto móvel, jogos matemáticos entre outros. Em cada sala de aula da educação infantil existe o centro do lar que é uma representação da casa da criança com fogão, cama, mesa de jantar, panelinhas, bonecas, roupas masculinas e femininas, tudo ao alcance das crianças. Esse centro do lar é uma representação do lar de cada criança, onde ela expressa sua convivência familiar, consegue resolver conflitos internos por meio dos estímulos que tem ao resolver suas situações negativas por meio da representação da realidade na brincadeira e assim desenvolve sua relação interpessoal. Além da biblioteca também existe em cada sala de aula o cantinho da leitura. Nele são expostos livros de literatura infantil selecionados de acordo com a faixa etária, onde as crianças podem escolher quais livros querem ler após o término das atividades. A leitura desenvolve o imaginário, a relação sócio afetiva e a criatividade.

3. Pesquisa de campo

Descrição das escolas pesquisadas

Para o desenvolvimento do nosso trabalho, foram realizadas algumas pesquisas bibliográficas e de campo. Para melhor compreensão da pesquisa bibliográfica, foram utilizados diversos artigos, para nos apropriarmos de informações sobre a importância do construtivismo no desenvolvimento da criança de 02 a 05 anos.

A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas privadas localizadas no Guará: Escola Pedacinho do Céu e Espaço Criança Centro de Educação Infantil, nas turmas do Infantil I, II e III. Foram elaborados e aplicados questionários com perguntas objetivas a serem respondidas pelos professores dessas instituições com o objetivo de coletarmos os dados para desenvolver o tema em estudo.

No Espaço Criança Centro de Educação Infantil, o Projeto Político Pedagógico apresenta a proposta pedagógica da escola, claramente inspirada na teoria construtivista de Jean Piaget, Vygotsky e Wallon.

O funcionamento da escola tem a autorização da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal e fundamenta suas diretrizes pedagógicas nas normas que regem a Educação Nacional. Sua ação pedagógica é baseada na Teoria Construtivista, desenvolvida pelo Jean Piaget e adaptado para a alfabetização pela psicopedagoga Emília Ferreiro.

A escola é de fácil acesso para a comunidade, tendo um espaço amplo e adequado para a faixa etária atendida; é um espaço aconchegante que promove o bem estar físico e emocional dos alunos. A mesma funciona com a Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.

Os recursos pedagógicos necessários para o desenvolvimento das atividades são adequados e de acordo com a idade dos pequeninos. A escola oferece um espaço lúdico composto pela biblioteca onde o aluno pode incorporar a importância da escrita e ir adquirindo o gosto pela leitura.

É notável o bom relacionamento entre professores, alunos e funcionários. Os alunos estão sempre motivados para as atividades e têm oportunidade de questionar, planejar e sugerir. Assim, os professores estão sempre abertos para aceitarem a interação dos alunos. O ensino oferecido pelo Espaço Criança visa:

A contribuição para o desenvolvimento global da criança, de acordo com suas necessidades físicas e psicológicas.

Ajudar a criança a conhecer o meio em que vive, proporcionando-lhe

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oportunidades de reconhecer, conquistar, criticar, criar e transformar a sua realidade.

Estimular a atividade do aluno e o desenvolvimento de sua criatividade, contribuindo para a conquista de sua autonomia;

Entrosar família e escola, ampliando a troca de experiências e informações no intuito de facilitar o processo de socialização da criança. A escola Pedacinho do Céu é um centro

de ensino particular que fica em zona urbana com fácil acesso a comunidade com tipo e fins educacionais e vem contribuindo para a educação de cidadãos capazes de interpretarem o meio em que vivem.

O espaço físico da escola Pedacinho do Céu é composto, para além das salas de aula, por uma área de lazer que torna o ambiente muito agradável, onde são elaboradas atividades direcionadas e as crianças aprendem habilidades

básicas através de brincadeiras e interação

social. O nível de ensino oferecido é do berçário

ao 5° ano com uma média de 650 alunos matriculados atualmente na instituição, distribuídos em turmas e turnos matutinos e vespertinos, com oito turmas em cada período.

Essa escola conta também com uma equipe de recursos humanos que contribui e ajuda as famílias dos alunos de acordo com suas necessidades. As crianças da Educação Infantil contam com atividades extracurriculares que são realizadas em turno contrário ao da sala de aula,

que ensinam habilidades básicas e atendem às

necessidades individuais da criança de acordo com a faixa etária.

Instrumento de pesquisa e sua aplicação nas escolas

Neste tipo de pesquisa, as autoras elaboraram as perguntas de acordo com os temas a serem investigados e aplicaram os questionários pessoalmente nas escolas, permitindo sua inserção na realidade do pesquisado e a fidelidade dos resultados obtidos.

Ao fazermos esta pesquisa de campo, pudemos obter maiores informações sobre o que se almejava. Por meio da mesma, podemos observar e coletar alguns dados referentes ao construtivismo. Quando tem um maior processo de pesquisa, o que se busca é alcançado, tornando assim, os resultados mais concretos e de melhor compreensão.

Aplicamos aos professores um questionário, buscando conhecer a visão deles a respeito da teoria construtivista como conhecimento de construção da aprendizagem da criança da Educação Infantil. Para Cervo e Bevian

(2007),

O questionário é a forma mais utilizada para colocar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Todo questionário deve ser de natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação de uma situação para outra. Possui a vantagem dos respondentes se sentirem mais confiantes, dado ao anonimato, o que possibilita coletar informações e respostas mais reais (o que não pode acontecer na entrevista). Deve ainda, ser limitado em sua extensão e finalidade. (CERVO; BERVIAN, 2007, p. 53).

Logo após a aplicação dos questionários e com embasamento das respostas obtidas, montamos alguns gráficos relacionados ao percentual das respostas dadas em cada um dos questionamentos, sendo claramente observada a importância do desenvolvimento do trabalho do docente nas séries iniciais no que se refere à importância da utilização do construtivismo no desenvolvimento das crianças.

Análise de dados da pesquisa

O instrumento de pesquisa foi entregue para 20 professores das duas escolas. Obtivemos 16 respostas, sendo 8 professores da escola Pedacinho do Céu e 8 da Escola Espaço Criança, que foram compiladas de forma única.

Ao analisarmos o perfil dos respondentes de acordo com o sexo e idade verificamos que 100% das docentes que responderam o nosso questionário são do sexo feminino. 42% têm a idade entre 20 e 30 anos, 42% entre 30 e 40 anos, 8% entre 40 e 50 anos, 8% tem mais de 50 anos. No que diz respeito à formação, verifica-se que 17% das professoras entrevistadas estão cursando nível superior, 42% possui graduação, 25% especialização, 8% mestrado, e 8% doutorado, conforme apresentado no Gráfico 1. De uma maneira geral, os docentes que estão cursando nível superior afirmam que pretendem continuar estudando, já que o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido e a formação inicial não é o suficiente para a prática pedagógica.

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Gráfico 1 - Distribuição de respondentes de acordo com a formação

17 %

42 %

25 %

8 %

8 %

Formação

Cursando superior

Graduação

Especialização

Mestrado

Doutorado

Gráfico 2 - Tempo de experiência como professora

45%

25%

25%

5%

Tempo de experiência como professora

01 a 5 anos

5 a 10 anos

10 a 15 anos

15 a 20 anos

Percebe-se no gráfico acima que 45% das docentes possuem entre 01 a 5 anos de experiência docente, 25% entre 5 a 10 anos de atuação na área educacional, 25% entre 10 a 15 anos e apenas 5% tem de 15 a 20 anos. Estas últimas afirmam que estão há muito tempo na profissão por sentirem amor ao que fazem, mas que a desvalorização do profissional é muito grande e o salário baixo demais.

Gráfico 3 - Distribuição das respondentes em relação à questão 5: A escola oferece recursos pedagógicos que oportunizam o desenvolvimento de atividades lúdicas no contexto escolar?

58,33 %

0,00 %

41,67 %

Oferecimento de recurso pedagogico pela escola

Sim

Não

Às vezes

Foi perguntado às docentes se a escola onde atuam oferece recursos pedagógicos para a realização de atividades que envolvam o lúdico (questão 5 do questionário em anexo). Nesse sentido, conforme pode ser observado no Gráfico 3, destacamos que 58,33% das professoras relatam a utilização de tais recursos e 41,67% afirmam que às vezes os recursos pedagógicos são utilizados, pois há conteúdos em que não há material concreto que possa ser utilizado. Os docentes da educação infantil devem ter consciência da importância do lúdico, pois, para que haja um desenvolvimento global das crianças é necessário que o lúdico seja utilizado de forma correta. O docente necessita utilizar o lúdico constantemente, criando atividades adequadas para o desenvolvimento das crianças, com isso a aprendizagem se torna mais prazerosa.

Gráfico 4 - Distribuição das respondentes em relação à questão 6: Na sua opinião, Qual o diferencial do construtivismo na atenção dada pelo professor ao aluno?

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66,67%1,00%

32,33%

O diferencial do construtivismo na atençao do professor ao aluno

O aluno recebe atenção mais

individualizada

Todas as atividades são realizadas

coletivamente e não há atenção individualizad

a

A atençao do professor varia de

acordo com a necessidade educacional do aluno

Através do gráfico acima podemos verificar que 66,67% das docentes afirmam que os alunos recebem atenção mais individualizada, 1,00% afirma que todas as atividades são realizadas coletivamente e não há atenção individualizada, já 32,33% fala que a atenção do professor varia de acordo com a necessidade educacional do aluno. Ao serem indagadas se o método construtivista proporciona um aprendizado de maior qualidade em comparação ao método tradicional (questão 7 do questionário em anexo), houve uma total concordância das respondentes em afirmar que sim, pois acreditam que o construtivismo proporciona às crianças um maior interesse no aprendizado e na construção do conhecimento através de jogos e questionamentos.

Gráfico 5 - Distribuição das respondentes em relação a questão 8: Na sua opinião, a teoria construtivista estimula a competição entre os alunos?

A questão 8 do questionário aplicado, perguntava às professores se elas entendiam que a teoria construtivista estimula a competição entre os alunos. Conforme o gráfico 5, apresentado acima, verificamos que 35,77% afirmam que de fato existe uma competição entre os alunos, 55,93% afirmam que não existe competição, e 8,3% que talvez exista competição entre os mesmos.

Gráfico 6 - Distribuição das respondentes em relação à questão 9: Na escola em que você trabalha, há uma liberdade dos alunos em realizarem suas próprias atividades?

64,23%0,00%

35,77%

Há uma liberdade dos alunos em realizarem suas próprias

atividades

Sim

Não

Às vezes

Como podemos verificar acima, 64,23% afirmam que há uma liberdade dos alunos em realizarem suas atividades, e 35,77% das docentes afirmam que às vezes os alunos tem liberdade em suas atividades. Nenhuma professora foi contrária a esta afirmação, negando que haja qualquer liberdade dos alunos no construtivismo.

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Gráfico 7 - Distribuição das respondentes em relação à questão 10: A teoria construtivista de fato é aplicada na escola em que você trabalha?

64,23%0,00%

35,77%

A teoria construtivista de fato é aplicada na escola de atuação

Sim

Não

Às vezes

Os dados apresentados no Gráfico 7 revelam que 64,23% das professoras afirmam que a teoria construtivista de fato é aplicada na escola e 35,77% dizem que às vezes é aplicada. Isso comprova uma das hipóteses que levantamos antes de iniciar o trabalho: que existem muitas escolas que se apresentam construtivistas e abordam toda a filosofia da teoria em seu Plano Político Pedagógico. No entanto, ao vermos de perto as atividades desenvolvidas e o trabalho dos professores, vemos que nem sempre a proposta explicitada pela escola em seu PPP acontece na prática diária. Em relação a questão 11, houve uma unanimidade das docentes ao afirmar que as brincadeiras proporcionam uma interação maior entre os alunos e uma construção de conhecimentos de forma mais lúdica e prazerosa.

Gráfico 8 - Distribuição das respondentes em relação à questão 12: No seu ponto de vista, como é realizada a avaliação do aluno no método construtivista?

11,93%

23,84%

0,00%64,23%

Como é realizada a avaliação do aluno no método construtivista.

O aluno é permanentemente acompanhado

A avaliação é entendida como um processo contínuo

A avaliação é diferente do sistema de provas periódicas do ensino convencional

Todas as alternativas anteriores

Por meio da análise realizada, verifica-se

que 11,93% das docentes enfatizam que o aluno é permanentemente acompanhado na teoria construtivista, 23,84% afirma que a avaliação é entendida como um processo contínuo, já 64,23% destaca que essas duas afirmativas são corretas, ou seja, os alunos são permanentemente acompanhados, num processo contínuo de avaliação.

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Gráfico 9 - Distribuição das respondentes em relação a questão 13: Antes de você trabalhar em uma escola que usa a teoria construtivista você já conhecia ou já tinha ouvido falar nesse modelo de alfabetização?

99,00%

1,00%

O conhecimento prévio acerca da teoria construtivista

Sim

Não

Percebe-se no gráfico acima que 99% das

respondentes afirmam que já tinham um conhecimento prévio da teoria construtivista antes de trabalhar numa escola que adota essa teoria e apenas 1% não conhecia.

A questão 14 do questionário também apresentou uma resposta em uníssono ao revelar que 100% das professoras mostraram satisfação ao responder que a escola oportuniza sempre a sua participação em eventos na área de educação, o que estimula o trabalho e motiva o crescimento profissional delas. Destacam que participam com frequência de eventos como seminários, congressos, cursos e palestras, visando capacitação para obterem um maior desempenho em suas atividades realizadas em sala de aula.

Gráfico 10 - Distribuição das respondentes em relação à questão 15: A escola que você trabalha oferece cursos de formação continuada sobre o método construtivista, para um melhor desenvolvimento dos professores em sala de aula?

65,00%

35,00%

A escola oferece cursos de formação continuada sobre a teoria

construtivista

Sim

Não

Nesse sentido, conforme apresentamos no gráfico 10, 65% das professoras afirmam que a escola onde atuam oferece e realiza cursos de formação continuada relacionados à teoria construtivista, contribuindo imensamente para a sua atuação profissional. Infelizmente, 35% afirmaram o contrário, que não passam por cursos oferecidos pela escola, provavelmente pela

dificuldade da instituição em ofertá-los. A questão 16 indagava se a escola oferece às famílias conhecimento sobre a teoria construtivista. Todas as docentes foram unânimes em responder que sim, que o diálogo da escola com as famílias é bom, evidenciando que é sempre muito importante que a família participe ativamente da escola. Para finalizar o questionário, a questão 17 perguntava o que é necessário para ser uma boa professora construtivista. Todas afirmaram que para ser um bom professor é necessário expandir seus conhecimentos e estar sempre em busca de novas informações, é necessário estar sempre observando os seus alunos como um ser único, trabalhar de acordo com o interesse da sua turma, ter criatividade e ser um bom pesquisador. E acima de tudo amar o que faz.

Considerações Finais

Após algumas pesquisas bibliográficas

chegamos a conclusão que a teoria construtivista conduz a uma nova visão de mundo. Piaget é um dos teóricos mais significativos desta teoria, pois acreditava no potencial da criança, no que ela traz em si enquanto herança de sua própria ação e de seu comportamento, o poder nela interiorizado de absorver as informações obtidas do mundo exterior e acomodá-las, isto é, alterar sua forma, para que assim ela possa entender a realidade na qual está inserida. Basicamente, o saber é sempre produzido pelo ato de construção, o qual deve sempre ser estimulado no aluno.

A teoria construtivista na Educação Infantil busca fazer com que a criança se sinta parte integrante do processo de aprendizado, sentindo satisfação em aprender e não apenas decorar. Procura-se também diversificar atividades, envolvendo o aluno em todos os processos, criar vínculo humano e social com o grupo e com o professor.

A teoria construtivista nos mostrou que a criança tanto nos aspectos sociais, afetivos e cognitivos não é apenas um mero produto do meio que ela vive, mas sim o agente da construção do seu próprio aprendizado.

Em nossas pesquisas, estudamos alguns teóricos que em suas abordagens procuram explicar o comportamento humano. Pudemos perceber que as crianças estão aprendendo a todo momento em ambientes naturais e através da interação social . As atividades lúdicas ajudam a construir o conhecimento, podem ser entendidas como situações em que as crianças possam expressar diferentes sentimentos, podendo gradativamente aceitar a existência do outro. São atividades que visam melhorar a socialização entre as crianças, fazendo com que vivenciem situações de colaboração, trabalho em equipe e respeito entre si, além de proporcionarem momentos

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prazerosos de aprendizagem. Na pesquisa de campo realizada,

repensamos a questão da formação do educador infantil. Percebemos o quanto é importante priorizar o lúdico nesta formação, para que haja um melhor desenvolvimento das crianças, pois nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação construtivista, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante.

Por meio da pesquisa e coleta de dados, verificamos também que os docentes são conscientes que a teoria construtivista é de suma importância no âmbito educacional, facilitando assim o processo de aprendizagem. Muitos já procuram se aperfeiçoar por meio de uma educação continuada, fazendo cursos quando possível. Portanto, é preciso que o docente assuma seu papel e privilegie as condições facilitadoras de aprendizagens que o construtivismo contém nos seus diversos domínios.

Através das respostas dos questionários podemos perceber que as pedagogas julgam que tem um papel fundamental nas instituições de

ensino Escola Pedacinho Do Céu e Espaço Criança e que elas podem atuar de várias maneiras e em diferentes áreas, o que ajuda na hora de colocar em prática o que é proposto pelo construtivismo.

As escolas elaboram projetos partindo dos interesses das crianças e assim possibilitam atividades dinâmicas, que dão aos alunos a oportunidade de adquirir conhecimento para que desenvolvam seu aprendizado de maneira prazerosa e divertida, que é o que a teoria propõe.

A elaboração deste artigo nos deu grande segurança ao falar sobre a teoria e sobre sua importância na Educação Infantil, pois nos proporcionaram grandes conhecimentos sobre os pensamentos dos teóricos citados no trabalho, as experiências que adquirimos de maneira adequada e agregaram conhecimento acadêmico para nós, futuras pedagogas. Aprendemos que para se desenvolver um trabalho digno com as crianças é necessário planejar o que vai se fazer, deve-se ter um ambiente agradável onde as crianças se sintam bem e que possa dar para elas a oportunidade de aprender de maneira lúdica e prazerosa.

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Referências bibliográficas:

1. ARIAS, José o Cardentey e YERA, Armando Pérez. O que é a Pedagogia Construtivista? Rev. Educ.

Pública. Cuiabá, v. 5, n. 8, jul./dez. 1996.

2. CERVO, Amado L.: BERVIAN, Pedro A; Metodologia científica. 6. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,

2007.

3. GIUBERTTI, Adriana Maria. A formação de professores em psicogênese da linguagem escrita.

Disponível em: http://portal.mte.gov.br (acesso em 18/09/2015)

4. LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DATAS, Heloysa (Org.). Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias

psicogenéticas em discussão. 23 ed. São Paulo: Summus, 1992.

5. LEÃO, Denise Maria Maciel. Paradigmas contemporâneos de educação: Escola tradicional e escola

construtivista. Cadernos de pesquisa nº 107, julho/1999.

6. MOLL, Jaqueline. Alfabetização possível. Porto Alegre: Mediação, 1997.

7. NIEMANN, Flávia; BRANDOLI, Fernanda. Jean Piaget: um aporte teórico para o construtivismo e suas

contribuições para o processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa e Matemática. IX Seminário

de Pesquisa em Educação da Região sul, 2012. Disponível em:

http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/770/71

8. QUEIROZ, Norma Lucia Neris de, MARCIELI, Diva Albuquerque e BRANCO, Angela Uchôa. Brincadeira

e Desenvolvimento Infantil: Um Olhar Sociocultural Construtivista. Paidéia, Outubro/ 2006.

9. VIEIRA, Kassius Otoni; SILVA, Rodrigo Luciano R; MANTOVANI, Harley. Jean Piaget e Melau-Ponty na

Construção do conhecimento. Universidade Católica de Brasília. Disponível em

http://www.catolicaonline.com.br/semanapedagogia/trabalhos_completos Acesso em 01/10/2015,

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Questionário

PERFIL DO ENTREVISTADO

1) Sexo:

Feminino Masculino

2) Idade:

20 a 30 30 a 40 40 a 50 Mais de 50.

3) Formação:

Cursando superior

Graduação

Especialização

Mestrado

Doutorado

4) Tempo de experiência como professor (a):

Sim 1 a 5 anos

5 a 10 anos

10 a 15 anos

15 a 20 anos

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25 a 30 anos

Mais de 30 anos

ENSINO CONSTRUTIVISTA

5) A escola oferece recursos pedagógicos que oportunizam o desenvolvimento

de atividades lúdicas no contexto escolar? Sim Sim Não Às vezes

6) Na sua opinião, qual o diferencial do construtivismo na atenção dada pelo professor ao aluno?

O aluno recebe atenção mais individualizada

Todas as atividades são realizadas coletivamente e não há atenção

individualizada

A atenção do professor varia de acordo com a necessidade educacional do aluno

7) No seu ponto de vista, a teoria construtivista proporciona um aprendizado de maior qualidade?

Sim Não

Por que? _____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

8) Na sua opinião, a teoria construtivista estimula a competição entre os

alunos?

Sim Não Talvez

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9) Na escola em que você trabalha, há uma liberdade dos alunos em realizarem suas próprias atividades?

Sim Não Às vezes

10) A teoria construtivista de fato é aplicada na escola em que você trabalha?

Sim Não Às vezes

11) Para você, por meio das brincadeiras há uma maior interação entre os

alunos?

Sim Não Às vezes

12) No seu ponto de vista, como é a realizada a avaliação do aluno na teoria

construtivista?

O aluno é permanentemente acompanhado

A avaliação é entendida como um processo contínuo

A avaliação é diferente do sistema de provas periódicas do ensino convencional

Todas as alternativas anteriores

13) Antes de você trabalhar em uma escola que usa a teoria Construtivista você

já conhecia ou já tinha ouvido falar nesse modelo de alfabetização?

Sim Não

14) Sua escola oportuniza a participação de professores e demais profissionais em eventos na área de Educação?

Sim Não Às vezes

15) A escola que você trabalha oferece cursos de formação continuada sobre a

teoria construtivista, para um melhor desempenho dos professores em sala

de aula?

Sim Não

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16) Para você, a escola oferece às famílias conhecimento sobre a teoria

construtivista?

Sim Não Às vezes

17) No seu conceito, o que é necessário para ser um bom professor (a)

construtivista?

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