Cursos no C.E.I.C. Editorial Semeadura e colheita...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Ano IX - Edição 153 - JUNHO / 2016 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio pág.6 pág.2 pág.3 pág.4 pág.7 pág. 9 Espiritismo na Arte: Um movimento artístico chamado Impressionismo A Família na Visão Espírita: União infeliz pág. 14 Obsessão - Estude e Liberte-se: Sintonia com os desencarnados pág. 10 Em Busca da Reforma Íntima: Nível de consciência pág. 8 Clareando as Ideias com Kardec: Credor incompassível Semeando o Evangelho de Jesus: Os infortúnios ocultos Deus - Causa Primeira: Nas mãos de Deus Revista Espírita: Os talismãs Estudando Sobre Mediunidade: Assembleia oculta Nesta Edição : pág. 16 O Pensamento de Léon Denis: O grande enigma Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) pág. 3 pág. 5 pág. 4 pág. 2 pág. 6 SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. Editorial Semeadura e colheita Cada vez que nos aprofundamos nos estudos doutrinários, mais aumenta a nossa conscientização de que somos os responsáveis pelas ocorrências de nossa vida. “Herdeiro de si mesmo transfere de uma para outra etapa as conquistas e os prejuízos de que se faz possuidor, sendo-lhe impostos os deveres da reabilitação e do refazimento quando erra, tanto quanto do progresso quando se porta com equilíbrio”. (¹). “És autor do teu futuro, que escreves com as tuas ações atuais, assim como delineaste ontem as ocorrências de hoje”. (²). “Há um grande vazio existencial na criatura contemporânea, que perdeu o referencial da feli- cidade...”. (²). Faz-se necessário, então, repensarmos as nossas atitudes e objetivos de vida, para que alcance- mos a verdadeira felicidade. Isso se denomina “reforma íntima”, que começa pelo pensamento, bloqueando as ideias negativas que, muitas das vezes, nos são sugeridas por outras mentes, de en- carnados e de desencarnados. Lembremo-nos sempre de que a nossa mente funciona como um ímã. “A nossa companhia espiritual vai ser sempre resultado dos nossos pensamentos, atos e senti- mentos que cultivamos, nesta ou em outras vidas”. (³) Vigiar e orar sempre, nos disse Jesus. Ninguém se encontra sem proteção, mas é preciso buscar boas companhias espirituais que, através da intuição, nos direcionarão para caminhos seguros. O estudo e o trabalho no bem são nossos grandes aliados para a evolução espiritual. Que saibamos aproveitar as vibrações amorosas de Jesus, que são constantes em nossa vida. Paz! (¹) Veja seção “Notas Espirituais – Obras de Manoel P. de Miranda”, desta edição. (²) Veja seção “Aprendendo com Joanna de Ângelis”, desta edição. (³) Veja seção “Obsessão – Estude e Liberte-se”, desta edição.

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Ano IX - Edição 153 - JUNHO / 2016www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

pág.6

pág.2

pág.3

pág.4

pág.7

pág. 9

Espiritismo na Arte:Um movimento artístico chamado Impressionismo

A Família na Visão Espírita:União infeliz

pág. 14Obsessão - Estude e Liberte-se:Sintonia com os desencarnados

pág. 10

Em Busca da Reforma Íntima:Nível de consciênciapág. 8

Clareando as Ideias com Kardec:Credor incompassível

Semeando o Evangelho de Jesus:Os infortúnios ocultos

Deus - Causa Primeira:Nas mãos de Deus

Revista Espírita:Os talismãs

Estudando Sobre Mediunidade:Assembleia oculta

Nesta Edição :

pág. 16O Pensamento de Léon Denis:O grande enigma

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

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pág. 6

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Semeadura e colheitaCada vez que nos aprofundamos nos estudos doutrinários, mais aumenta a nossa conscientização de que somos os responsáveis pelas ocorrências de nossa vida.

“Herdeiro de si mesmo transfere de uma para outra etapa as conquistas e os prejuízos de que se faz possuidor, sendo-lhe impostos os deveres da reabilitação e do refazimento quando erra, tanto quanto do progresso quando se porta com equilíbrio”. (¹).

“És autor do teu futuro, que escreves com as tuas ações atuais, assim como delineaste ontem as ocorrências de hoje”. (²).

“Há um grande vazio existencial na criatura contemporânea, que perdeu o referencial da feli-cidade...”. (²).

Faz-se necessário, então, repensarmos as nossas atitudes e objetivos de vida, para que alcance-mos a verdadeira felicidade. Isso se denomina “reforma íntima”, que começa pelo pensamento, bloqueando as ideias negativas que, muitas das vezes, nos são sugeridas por outras mentes, de en-carnados e de desencarnados. Lembremo-nos sempre de que a nossa mente funciona como um ímã.

“A nossa companhia espiritual vai ser sempre resultado dos nossos pensamentos, atos e senti-mentos que cultivamos, nesta ou em outras vidas”. (³)

Vigiar e orar sempre, nos disse Jesus. Ninguém se encontra sem proteção, mas é preciso buscar boas companhias espirituais que, através da intuição, nos direcionarão para caminhos seguros.

O estudo e o trabalho no bem são nossos grandes aliados para a evolução espiritual.Que saibamos aproveitar as vibrações amorosas de Jesus, que são constantes em nossa vida.Paz!

(¹) Veja seção “Notas Espirituais – Obras de Manoel P. de Miranda”, desta edição.(²) Veja seção “Aprendendo com Joanna de Ângelis”, desta edição.(³) Veja seção “Obsessão – Estude e Liberte-se”, desta edição.

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Os infortúnios ocultosNas grandes calamidades, a carida-de se emociona e observam-se impul-sos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres par-ticulares, que passam despercebidos: os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a ver-dadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.

Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cui-dado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente ves-tida? Entra numa casa de sórdida apa-rência, onde sem dúvida é conhecida, pois que à entrada a saúdam respei-tosamente. Aonde vai ela? Sobe até a mansarda, onde jaz uma mãe de famí-lia cercada de crianças. À sua chega-da, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos. É que ela vai acalmar ali todas as dores. Traz o de que necessi-tam, condimentado de meigas e con-soladoras palavras, que fazem com que os seus protegidos, que não são profissionais da mendicância, aceitem o benefício, sem corar. O pai está no hospital e, enquanto lá permanece, a mãe não consegue com o seu traba-lho prover às necessidades da família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crianças não mais sentirão frio, nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorezinhas, o leite não secará no seio que as amamenta. Se entre elas

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

alguma adoece, não lhe repugnarão a ela, à boa dama, os cuidados materiais de que essa necessite. Dali vai ao hos-pital levar ao pai algum reconforto e tranquiliza-lo sobre a sorte da famí-lia. No canto da rua, uma carrua-gem a espera, verdadeiro arma-zém de tudo o que destina aos seus protegidos, que todos lhe recebem sucessivamente a visita. Não lhes pergunta qual a crença que pro-fessam, nem quais suas opiniões, pois considera como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens. Termina-do o seu giro, diz de si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação. À noite, um concerto de bênçãos se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.

Por que tão singelo traje? Para não insultar a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: “Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu? Se eu te pas-sar às mãos alguma coisa para que dês a outrem, qual será o teu mérito? Nes-se caso, em realidade, serei eu quem faz a caridade; que merecimento terias nisso? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los.

Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa. Não te parece bastante isso? Nada mais simples. Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti.” É assim que aquela mãe verdadeiramen-te cristã prepara a filha para a prática das virtudes que o Cristo ensinou. É espírita ela? Que importa!

Em casa, é a mulher do mundo, por-que a sua posição o exige. Ignoram, porém, o que faz, porque ela não de-seja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciência. Certo dia, no en-tanto, imprevista circunstância leva--lhe a casa uma de suas protegidas, que andava a vender trabalhos execu-tados por suas mãos. Esta última, ao vê-la, reconheceu nela a sua benfei-tora. “Silêncio! ordena-lhe a senhora. Não o digas a ninguém.” Falava as-sim Jesus.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espi-ritismo, Allan Kardec, capítulo XIII, item 4, Editora FEB.

Vamos refletir?1) Para fazermos o bem devemos esperar que o necessitado nos procure?2) Quais as características da caridade, expostas no segundo parágrafo?3) Devemos divulgar os atos de caridade que praticamos?4) Por que, no exemplo dado, se ressaltam os trajes e os gestos da senhora?5) Qual a melhor recompensa que podemos obter, praticando a verdadeira caridade?6) Qual o modelo a ser seguido, na prática da caridade?

CONCLUSÃO:“A verdadeira caridade vai em busca do infortúnio para minorá-lo e o faz com respeito e silêncio”.

Fonte das reflexões: Roteiro Sistematizado para estudo do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Fundação Allan Kar-dec, Editora Boa Nova, estudo 71.

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Deus - Causa Primeira

Nas mãos de Deus

Que é Deus?“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB.

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros Espíritas

260 enContro soBre medICIna espIrItual/seção - atualIdade - data: 05/06/2016230 enContro soBre medIunIdade

data: 26/06/2016Em Maio

Em Junho 50 enContro soBre a FamílIa na VIsão espírIta

data: 24/07/2016semInárIo soBre o lIVro memórIas de um suICIda

data: 31/07/2016

Em Julho

A injustiça experimentada foi semelhante a gume afiado que retalhou os tecidos sutis do Espírito, deixando escombros nos painéis da esperança onde antes se desenhavam edi-ficações nobilitantes.

O veneno da calúnia logo alcançou o teu coração, deu início à ação nefanda da destrui-ção, lobrigando atingir os melhores propósi-tos que acalentavas, produzindo o inenarrá-vel prejuízo da desmoralização em torno dos elevados programas de santificação.

O abandono a que te relegaram pode ser comparado ao desprezo a que se atirasse uma plântula débil, mas cheia de vitalidade, que as intempéries, os insetos e a erva daninha se encarregariam de destruir; tal é a situação em que agora te achas ante as circunstâncias várias que poderiam aniquilar-te.

O ciúme ferino produziu o câncer da sus-peita conduzindo os sonhos de tua esperança à condição de pesadelo ultriz que agora se converte em enfermidade demorada, a cor-roer-te interiormente.

A malquerença acercou-se da porta do teu lar e, de convidada pela negligência da famí-lia tornou-se

residente e senhora da casa, aliciando a leviandade generalizada à infeliz peleja em que todos se atiram, inimigos gratuitos que se transformaram entre si.

Quantas outras experiências anotas, como resultado das lutas que vens travando nas províncias do mundo íntimo!

Acumulas a borra do desânimo e destilas o ácido da amargura; logo és convidado a programas novos.

Relegas a Religião a plano secundário e apoquentaste por nonadas, infeliz, desespe-rançado.

Tudo parece sombrio, desanimador, ao teu lado.

Retempera as experiências com os con-dimentos do otimismo e as poções da prece bem urdida na emoção reajustada.

Modificar-se-ão as concepções; aragem agradável perfumada pelo aroma da paz produzirá harmonia íntima e constatarás que tudo está nas mãos de Deus e a Ele deves en-tregar problemas e aflições, fazendo, porém, a tua parte a benefício próprio.

* * *A Via Láctea, serena, bordada de bilhões

de astros, gravita sob a segura diretriz das mãos de Deus.

O carvão, transformando-se paulatina-mente através dos milênios em diamante que luzirá claridades coruscantes, segue o esque-ma das mãos de Deus.

A vida infinitesimal que pulsa na molécula e o impulso que aciona o elétron encontram--se submetidos às seguras linhas, inabordá-veis, tracejadas pelas mãos de Deus.

O destino do homem é a perfeição; seu fa-nal é a glória imarcescível.

As lutas que apequenam os fracos aju-dam-nos a adquirir força para conquistas ou-tras e desdobram as possibilidades no forte, agigantando-o para o futuro.

Não te aferres, desse modo, aos incidentes lamentáveis da jornada evolutiva.

Problema é teste à aprendizagem moral e dor significa exame em face às conquistas do

Espírito.Assim, liberta-te dos que te escravizaram

com os seus atos à angústia que teima por dilacerar-te;

abre os braços no rumo do amanhã e avan-ça tranquilo.

Jesus não é apenas oportunidade redento-ra; representa, também, lição viva que não pode ser desconsiderada.

* * *Quando os amigos O abandonaram, expe-

rimentando inenarrável soledade; à hora em que todos os Seus ditos foram deturpados; face à constrição decorrente da fuga dos be-neficiários dos Seus atos; diante do azedume de uns e da impiedade de quase todos; nas sombras da obsessão coletiva que àquela hora campeava triunfalmente, contemplou todos e repassou pela memória atos e palavras, cul-minando por ensinar a mais preciosa lição no instante mais grave: — entregou-se às mãos de Deus e permaneceu confiante até o fim.

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lucas, 23:46)

“A casa do Pai é o Universo”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capí-tulo 3º, item 2).

Joanna de Ângelis

Fonte: Florações Evangélicas, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 9, editora LEAL.

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Revista Espírita

Os TalismãsMedalha cabalística

O Sr. M... havia comprado em segunda mão uma medalha que lhe pareceu notável por sua singularidade. Era do tamanho de um escudo de seis libras; tinha o aspecto da prata, embora um pouco acinzentada. Sobre ambas as faces estão gravadas, em baixo relevo, uma porção de sinais, entre os quais se nota planetas, círculos entrelaçados, um triângulo, palavras ininteligíveis e iniciais em carac-teres vulgares; depois, outros em caracteres bizarros, lembrando o árabe, tudo disposto de modo cabalístico, conforme o gênero utiliza-do pelos mágicos.

Tendo o Sr. M... interrogado a senhorita J..., médium sonâmbula, a respeito dessa me-dalha, foi-lhe respondido que era composta de sete metais, havia pertencido a Cazotte e tinha o poder especial de atrair os Espíritos e facilitar as evocações. O Sr. De Caudemberg, autor de uma série de comunicações que, como médium, dizia ter recebido da Virgem Maria, disse-lhe que era uma coisa maléfica, destinada a atrair os demônios. A senhorita Guldenstubé, médium, irmã do barão de Gul-denstubé, autor de uma obra sobre pneumato-grafia, ou escrita direta, garantiu que a meda-lha possuía uma virtude magnética e poderia provocar o sonambulismo.

Pouco satisfeito com essas respostas con-traditórias, o Sr. M... apresentou-nos a me-dalha, pedindo nossa opinião a respeito e, ao mesmo tempo, solicitando interrogássemos um Espírito superior a propósito de seu real valor, do ponto de vista da influência que pu-desse ter. Eis a nossa resposta:

Os Espíritos são atraídos ou repelidos pelo pensamento, e não pelos objetos materiais, que nenhum poder exercem sobre eles. Em todos os tempos os Espíritos superiores têm condenado o emprego de sinais e de formas cabalísticas, de modo que todo Espírito que lhes atribuir uma virtude qualquer, ou que pretender oferecer talismãs como objeto de magia, por isso mesmo revelará a sua infe-rioridade, quer quando age de boa fé e por

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Re-vista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

ignorância, em consequência de antigos preconceitos terrestres de que ainda se acha imbuído, quer quando, como Espírito zombe-teiro, se diverte conscientemente com a cre-dulidade alheia. Quando não traduzem pura fantasia, os sinais cabalísticos são símbolos que lembram crenças supersticiosas na vir-tude de certas coisas, como os números, os planetas e sua concordância com os metais, crenças que foram geradas nos tempos da ignorância e que repousam sobre erros ma-nifestos, aos quais a Ciência fez justiça, ao revelar o que existe sobre os pretensos sete planetas, os sete metais, etc. A forma mística e ininteligível desses emblemas tinha, por ob-jetivo, a sua imposição ao vulgo, sempre in-clinado a considerar maravilhoso tudo aquilo que é incapaz de compreender. Quem quer que tenha estudado racionalmente a natureza dos Espíritos não poderá admitir que, sobre eles, se exerça a influência de formas conven-cionais, nem de substâncias misturadas em certas proporções; seria renovar as práticas do caldeirão das feiticeiras, dos gatos negros, das galinhas pretas e de outros sortilégios. Não podemos dizer a mesma coisa de

um objeto magnetizado que, como se sabe, tem o poder de provocar o sonambulismo ou certos fenômenos nervosos sobre o organis-mo. Nesse caso, porém, a virtude do objeto reside unicamente no fluido de que se acha momentaneamente impregnado e que assim se transmite, por via mediata, e não em sua forma, em sua cor e nem, sobretudo, nos si-nais de que possa estar sobrecarregado.

Um Espírito pode dizer: “Traçai tal sinal e, à vista dele, reconhecerei que me chamais, e virei”; nesse caso, todavia, o sinal traçado é apenas a expressão do pensamento; é uma evocação traduzida de modo material. Ora, os Espíritos, seja qual for a sua natureza, não necessitam de semelhantes artifícios para se comunicarem; os Espíritos superiores jamais os empregam; os inferiores podem fazê-lo vi-sando fascinar a imaginação das pessoas

crédulas que querem manter sob depen-dência. Regra geral: para os Espíritos supe-

riores a forma nada é; o pensamento é tudo. Todo Espírito que liga mais importância à forma do que ao fundo é inferior e não me-rece nenhuma confiança, mesmo quando, vez por outra, diga algumas coisas boas, porquan-to essas boas coisas frequentemente são um meio de sedução.

Tal era, de maneira geral, nosso pensa-mento a respeito dos talismãs, como meio de entrar em relação com os Espíritos. Eviden-temente que se aplica também àqueles que a superstição emprega como preservativos de moléstias ou acidentes.

Entretanto, para edificação do proprietário da medalha, e para um melhor aprofunda-mento da questão, na sessão de 17 de julho de 1858 pedimos a São Luís, que conosco se comunica de bom grado sempre que se trata de nossa instrução, que nos desse sua opinião a respeito. Interrogado sobre o valor da me-dalha, eis qual foi sua resposta:

“Fazeis bem em não admitir que objetos materiais possam exercer qualquer influência sobre as manifestações, quer para provocá--las, quer para impedi-las. Temos dito com bastante frequência que as manifestações são espontâneas e que, além disso, jamais nos re-cusamos a atender ao vosso apelo. Por que pensais que sejamos obrigados a obedecer a uma coisa fabricada pelos seres humanos?

P. – Com que finalidade foi feita essa me-dalha?

Resp. – Foi fabricada com o objetivo de chamar a atenção das pessoas que nela gos-tariam de crer; porém, apenas por magneti-zadores poderá ter sido feita, com a intenção de magnetizar e adormecer um sensitivo. Os signos nada mais são que fantasia.

P. – Dizem que pertenceu a Cazotte; po-deríamos evocá-lo, a fim de obtermos alguns ensinamentos a esse respeito?

Resp. – Não é necessário; ocupai-vos pre-ferentemente de coisas mais sérias”.

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, se-tembro/1958, Editora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 5

Credor incompassível(*)

Clareando as ideias com Kardec

Qual o mais culpado de dois ho-mens ricos que empregam exclusiva-mente em gozos pessoais suas rique-zas, tendo um nascido na opulência e desconhecido sempre a necessi-dade, devendo o outro ao seu tra-balho os bens que possui?

“Aquele que conheceu os so-frimentos, porque sabe o que é so-frer. A dor, a que nenhum alívio procura dar, ele a conhece; porém, como frequente-mente sucede, já dela se não lembra.”

Aquele que incessantemente acu-mula haveres, sem fazer o bem a quem quer que seja, achará desculpa que valha na circunstância de acumular com o fito de maior soma legar aos seus herdeiros?

“É um compromisso com a consci-ência má.”

Figuremos dois avarentos, um dos quais nega a si mesmo o necessário e morre de miséria sobre o seu tesouro,

ao passo que o segundo só o é para os outros, mostrando-se pródigo para consigo mesmo; enquanto recua ante o mais ligeiro sacrifício para prestar

um serviço ou fazer qualquer coisa útil, nunca julga dema-siado o que depen-da para satisfazer aos seus gostos ou às suas paixões. Peça-se-lhe um obséquio e estará sempre em dificul-dade para fazê-lo; imagine, porém, realizar uma fanta-sia e terá sempre o bastante para isso. Qual o mais culpa-

do e qual o que se achará em pior si-tuação no mundo dos Espíritos?

“O que goza, porque é mais egoísta do que avarento. O outro já recebeu parte do seu castigo.”

(*) Título criado para este trecho do texto. Título do texto completo: As virtudes e os vícios.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 899 a 901, Editora FEB.

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Todos nós, os espíritas, que estamos crescendo nos espiritualizando não podemos deixar, jamais, de lembrar de Deus, o alvo supremo. Se não houver a procura, a busca desse Ser, todos os nossos esforços tenderão a não prosseguir em paz, por nos faltar objetivos maiores."

Dia : 12 / 06 / 2016 - 16 horasCulto no Lar de

Paraguacy

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletIm Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

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InFormatIVo do CeIC

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 6

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração.Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Assembleia oculta(*)

Africanismo e Espiritismo, Deolindo Amorim,Editora CELD.

Estudando sobre Mediunidade

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espir-itismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

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Sugestão de Leitura

Fora erro acreditar alguém que pre-cisa ser médium, para atrair a si os se-res do mundo invisível. Eles povoam o espaço; temo-los incessantemente em tomo de nós, ao nosso lado, ven-do-nos, observando-nos, intervindo em nossas reuniões, seguindo-nos, ou evitando-nos, conforme os atraímos ou repelimos. A faculdade mediúni-ca em nada influi para isto: ela mais não é do que um meio de comunica-ção. De acordo com o que dissemos acerca das causas de simpatia ou an-tipatia dos Espíritos, facilmente se compreenderá que devemos estar cer-cados daqueles que têm afinidade com o nosso próprio Espírito, conforme é este graduado, ou degradado. Consi-deremos agora o estado moral do nos-so planeta e compreenderemos de que gênero devem ser os que predominam entre os Espíritos errantes. Se tomar-mos cada povo em particular, podere-mos, pelo caráter dominante dos habi-tantes, pelas suas preocupações, seus sentimentos mais ou menos morais e humanitários, dizer de que ordem são os Espíritos que de preferência se reú-nem no seio dele.Partindo deste princípio, suponhamos

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habitantes”. Cairbar Schutel (Médiuns e Mediu-nidades, Editora “O Clarim”).

uma reunião de homens levianos, inconsequentes, ocupados com seus praze-res; quais serão os Espí-ritos que preferentemente os cercarão? Não serão de certo Espíritos superiores, do mesmo modo que não seriam os nossos sábios e filósofos os que iriam pas-sar o seu tempo em seme-lhante lugar. Assim, onde quer que haja uma reunião de homens, há igualmente em torno deles uma assem-bleia oculta, que simpatiza com suas qualidades ou com seus defeitos, feita abstração completa de toda ideia de evocação. Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se comunicar com os seres do mundo in-visível, por meio de um intérprete, isto é, por um médium; quais serão os que lhes responderão ao chamado? Eviden-temente, os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião para se comunicarem. Se, numa as-sembleia fútil, chamarem um Espírito superior, este poderá vir e até proferir algumas palavras ponderosas, como

um bom pastor que acode ao chama-mento de suas ovelhas desgarradas. Porém, desde que não se veja com-preendido, nem ouvido, retira-se, como em seu lugar o faria qualquer de nós, ficando os outros com o cam-po livre.

(*) Título criado para este trecho do capítulo. Título do capítulo comple-to: Da influência do meio.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, capítulo XXI, item 232, Edi-tora FEB.

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 7

Na Seara Mediúnica

Quem são os médiuns na sua generalidade

Aprendendo com Joanna de Ângelis

Fugir da realidade, nunca!

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Retempera o ânimo e persevera." "Não te desalentes, nem duvides do triunfo do bem."

Fonte: Amorterapia.Espírito : Joanna de Ângelis.Psicografia : Divaldo Franco.

“Há um grande vazio existen-cial na criatura contemporânea, que perdeu o referencial da felici-dade, manipulada pela habilidade dos vendedores dos bem sucedi-dos do prazer entorpecente e dos gozos exaustivos...”. (lição 2)

“Não te permitas o desencanto em relação à vida, nem te preci-pites nos abismos das fugas psi-cológicas, porque a encontrarás onde quer que vás, talvez mais complicada do que deparas neste momento.

Adota a conduta reta, educa-te mediante as lições iluminativas

Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção co-mum do termo; são almas que fra-cassaram desastradamente, que con-trariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ili-mitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamo-

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é ine-rente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

rosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autorida-de, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande nú-mero de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorgani-

zando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de cri-minosas arbitrariedades e de conde-nável insânia.

Emmanuel

Fonte: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB, capítulo XI.

do evangelho de Jesus, desper-tando para novos comporta-mentos.

És autor do teu futuro, que escreves com as tuas ações atuais, assim como delineaste ontem as ocorrências de hoje.

Não te permitas o anestésico da ilusão, sempre temporária, porque despertarás inevitavel-mente...” (lição 4).

Fonte: Entrega-te a Deus, psi-cografia de Divaldo Pereira Franco, Editora Inter Vidas.

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 8

Em Busca da Reforma Íntima

Nível de consciênciaFatores limitantes: Sou por natureza uma pessoa de persona-lidade muito determinada. Esta-beleço para toda a minha famí-lia firmes princípios religiosos a ser seguidos. mas parece que de nada adianta. Nasci numa épo-ca em que os pais é que sabiam o que era melhor para seus entes queridos. Sei exatamente o que meus filhos devem fazer e quais as boas qualidades que lhes fal-tam. Quero promover o desenvol-vimento espiritual deles, porém não me ouvem, nem aceitam meu ponto de vista. Estou desgastado, perco sempre a paciência. Que devo fazer nesta situação crítica?

Expandindo nossos horizontes: Quem vive num baixo nível de consciência tem uma visão pri-mária e muito aca-nhada das pessoas, dos atos e dos acontecimentos. O discernimento ou a opinião que fazem sobre as coisas é estreita e rudimentar.

Há um ditado que diz: a ver-dade é uma tocha que brilha nas trevas, mas não as extingue. Esse adágio leva a entender que dife-rentes pessoas, num mesmo am-biente, podem perceber o mesmo fato de maneira divergente, e até mesmo antagônica.

A aurora boreal extasia com seu espetáculo fascinante e en-cantador, mas para alguns é mero fenômeno que passa despercebi-do, sem valor algum. A brisa do mar é sempre aromática e revi-gorante, mas para determinados indivíduos é simplesmente vento

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919)“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”. Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix).

inoportuno e incômodo, que des-penteia os cabelos. Cada um vê a criação e as criaturas exatamente como vê a si mesmo.

Quando você estiver com a consciência desperta, notará com facilidade em todos os aconteci-mentos um roteiro ou um ensina-mento de vida. Ficar atento a tudo que acontece, aos fatos interiores e exteriores, pode conduzi-lo a um autêntico caminho de realização, fazendo com que você encontre um verdadeiro orientador interno.

Conferências, cursos, métodos e disciplinas o ajudarão a iniciar a caminhada ascensional, mas lembre-se de que, para aprender a ver e discernir, você terá como re-quisito básico o aperfeiçoamento de seus potenciais.

Não menospreze as opiniões e

os sentimentos de seus familia-res, nem exija-lhes obediência absoluta. Respeite a individuali-dade de cada um e oriente seus parentes queridos com compreen-são, sem usar mãos imperiosas.

A evolução ocorre de forma surpreendente quando as pessoas estão preparadas. Trata-se de pro-cesso que vai se desenvolvendo ao longo do tempo e que tem início quando elas mesmas se sentirem habilitadas. Não se pode reformar o mundo, apenas reformar o pró-prio mundo individual.

Quem tem olhos sensíveis e lú-cidos enxerga nas ações humanas, mesmo nas que pareçam más, al-

guns valores positivos, e identi-ficam nos erros oportunidades de crescimento. Ao contrário, aque-les que possuem os olhos turvos pela ignorância veem de acordo com o que eles realmente são em seu interior.

Como veria o Cristo nessa cir-cunstância? É uma indagação sempre oportuna e conveniente em todas as situações. Entretanto, não devemos cair em uma ange-litude ingênua, vivendo em um paraíso antecipado, crendo facil-mente em tudo o que é dito ou mostrado pelos intérpretes intran-sigentes da vida cristã.

Os objetos exteriores nos esti-mulam à ação de formular ideias ou ativar o raciocínio, mas o que se percebe não se encontra nos objetos, e sim na mente de quem

os interpreta. A qualidade da percepção não se acha nas coisas que vemos, mas, proporcionalmente, no de-senvolvimento espiritual do indivíduo que examina.

Nossa forma de ver é uma rique-za que não se vende nem se com-pra, mas se conquista. O desres-peito é a verdadeira sepultura do discernimento do homem.

Seja acessível. Lembre-se de que o direito de cada um consiste nas resoluções adotadas confor-me sua vontade, podendo ou não coexistir com o arbítrio dos de-mais. Esse é o fundamento da lei de liberdade.

Lourdes Catherine

Fonte: Conviver e Melhorar, psi-cografia de Francisco do Espírito Santo Neto, Editora Boa Nova.

...a verdade é uma tocha que brilha nas trevas, mas não as extingue...

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 9

Pergunta: Qual o fim objetivado com a reencarnação?Resposta: Expiação; melhoramen-to progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça? (Item n° 167, de “O livro dos Espíri-tos”).

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz. E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto às próprias resoluções. Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais unidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a opor-tunidade de construir a verdadeira libertação.

Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Conta-bilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registre por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nos-sas faltas. A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento. E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal. Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é tam-bém dentro delas que somos habi-tualmente defrontados pelas mais du-ras provações. Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebe-mos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os reflexos de nós próprios. É natural que todas as conjunções afetivas no

mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enle-va com a exaltação dos objetivos por atingir. A existência física, entretan-to, é processo específico de evolução nas áreas do tempo e, assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado nenhum proveito recolheria do casa-mento, caso pretendesse imobilizar--se no êxtase do noivado. Os princí-pios cármicos desenovelam-se com as horas. Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportu-nidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente planta-da, oferece o fruto em tempo certo. O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subsequentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore. A jovem suave que hoje nos fasci-na, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a conse-cução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado - em existências já transcorridas -, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconsequência, con-vertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar. O rapaz distinto que atrai

presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente de-pois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incom-patíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma. Esse mes-mo rapaz distinto, porém, foi no pre-térito - em existências que já se fo-ram – a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfi-gurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar. Toda vez que amamos alguém e nos entrega-mos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois somente depois - surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não vía-mos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de con-tas certas, mas, sobretudo, a esmolar--nos compreensão e assistência, to-lerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino. A união suposta infeliz deixa de ser, portan-to, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o es-pírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sem-pre que possível, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, libe-rando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.

Fonte: Vida e Sexo, Emmanuel, psi-cografia de Francisco Cândido Xa-vier, lição 9, Editora FEB.

A Família na Visão Espírita

União infeliz

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”. Paulo (I Timóteo, 5:6)

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 10

Espiritismo na Arte

O Impressionismo é uma técnica pictória criada para melhor represen-tar a impressão visual da realidade. Seu antecedente imediato é, portanto, o Realismo de meados do século XIX. Pode-se considerar o Impressionismo como o complemento técnico desse movimento que constitui uma impor-tante revolução na temática da pintura; a paisagem torna-se o objeto único do quadro.

A interpretação da paisagem impres-sionista teve os seus modelos e pre-cursores nas décadas de 1820 e 1830, quando foram fundadas na França as primeiras colônias de artistas cujos membros queriam levar uma vida na-

tural e experimentar a Pintura Plein Air. Escolheram, então, a floresta de Fontainebleau, situada a cerca de 60 km de Paris, e que atraía muitos artis-tas e servia como meio de inspiração.

Barbizon, uma das aldeias nas pro-ximidades da floresta, deu o nome a um movimento artístico que não constituiu um grupo sólido nem uma escola, no seu sentido restrito, mas a uma espécie de “atelier ao ar livre”, no qual se encontravam para trabalhar artistas amigos. No entanto, a finaliza-ção do trabalho costumava ser realiza-da dentro do atelier.

As paisagens pintadas fugiam às normas acadêmicas, o que tornava a

pintura incompreendida e rejeitada pelas diversas instituições acadêmi-cas. Portanto, podemos considerar que durante esta época nasceu o tema pai-sagem.

O camponês, nesse momento, ga-nha seu direito de ser retratado. A pin-tura de corte havia terminado e assim nasce o pintor sem mecenas.

Esta nova maneira de pintar e de ver ultrapassou as fronteiras da França e alcançou todos os lugares onde se pra-ticava a arte da pintura. O Impressio-nismo influenciou também, direta ou indiretamente, todas as demais artes, principalmente a música, a escultura e a literatura.

Em Impressão: Amanhecer, Havre, 1872 – 1873. Óleo sobre tela, 48x63cm. Monet constrói o seu quadro sobre tons de apenas duas cores: azul e laranja.

Um movimento artístico chamado Impressionismo

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 11 Em 15 de abril de 1874 organizou-se

nos antigos salões do estúdio do fotó-grafo GaspardFelix Tournachon, mas conhecido como Nadar, no Boulevard des Capucines de Paris, uma exposição que ficaria inscrita para sempre nos anais de ouro da história da arte. Com o nome Sociedade Anônima de Pinto-res, Escultores e Gravadores, trinta ar-tistas expuseram um total de 165 obras. Muito caíram no esquecimento, outros passaram a fazer parte do grupo dos artistas mais representativos e impor-tantes do século XIX. Pintores como Paul Cezanne, Edgar Degas, Claude Monet, Berthe Morisot, Camille Pi-sarro, Alfred Sisley e Auguste Renoir formavam o núcleo desta heterogênea Sociedade.

Depois de várias exposições fra-cassadas o resultado final acabou por concretizar-se. As críticas mal intencionadas da revista satírica Le Charivari contribuíram talvez para aumentar o número de visitantes que certamente foram à procura de novas sensações.

O termo “impressionistas” foi cunha-do por Louis Leroy, crítico do jornal humorístico Le Charivari, que viu a exposição de 1874 como vasta cole-ção de “impressões” (algumas telas, inclusive, levavam essa palavra no tí-tulo – Impressão, Nascer do Sol, por exemplo) e como exibição antiacadê-mica, hostil e desafiadora em relação à arte oficial do Salon.

Os críticos depreciavam o efeito não acabado das obras. O título da crí-tica de Louis Leroy tinha associações tanto para o espírito acadêmico quan-

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to para o popular e acabou sendo um rótulo que perduraria.

A Cor, a Atmosfera e o Trabalho de Pincel.

Analisavam a cor local, isto é, a cor do objeto na Natureza, banhado por uma luz permanente. Observaram que a cor local é composta por mais de uma cor, o que levou a desenvolver o uso de pinceladas quebradas e justa-postas de cores puras.

Eles empenharam-se obstinada-mente em registrar a variedade cro-mática da luz refletida e assinalaram numerosos fenômenos.

Uma maneira nova de olharEsta mistura ótica da cor, que de-

pende da participação do espectador para poder contemplar seu espetacu-lar resultado, é a grande revolução do Impressionismo.

Porém, quando abrimos completa-mente os olhos e chegamos bem perto da tela, as figuras e os objetos perdem definição e só vemos manchas de co-res, como se estivéssemos diante de um grande abstrato.

Não julgar por detalhes continua sendo a melhor maneira de se ver um quadro... e qualquer coisa na vida. É como lembrar o provérbio árabe es-panhol: “Não deixes que a árvore te impeça de ver o bosque”.

Fontes de pesquisa:– A arte do século XIX – autor: Do-

nald Reynolds.– Coleção Grandes Mestres – Mo-

net – ed. Abril.

– O Impressionismo – autor: Juan J. Balzi.

– O Impressionismo – autor: Marti-na Padberg.

– A História da Arte – autor: F. H. Gombrich.

Complementação doutrinária: Pergunta: Todo artista pode ser

também um missionário de Deus?R.: Os artistas, como os chamados

sábios do mundo, podem enveredar, igualmente, pelas cristalizações do convencionalismo terrestre, quando nos seus corações não palpite a cha-ma dos ideais divinos, mas, na maio-ria das vezes, têm sido grandes mis-sionários das ideias, sob a égide do Senhor, em todos os departamentos da atividade que lhes é própria, como a literatura, a música, a pintura, a plástica.

Sempre que a sua arte se desvenci-lha dos interesses do mundo, transitó-rios e perecíveis, para considerar tão somente a luz espiritual que vem do coração uníssono com o cérebro, nas realizações da vida, então o artista é um dos mais devotados missionários de Deus, porquanto saberá penetrar os corações na paz da meditação e do silêncio, alcançando o mais alto sentido da evolução de si mesmo e de seus irmãos em humanidade.

Emmanuel

Fonte: O Consolador, psicografia de Francisco Cândido Xavier,2ª parte, pergunta 162, Editora FEB.Organizado por Gloria Machay

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 12

Mais uma vez, ao nos reportarmos aos primeiros experimentadores no Brasil, o estudo nos remeterá à figura de José Bonifácio, pensador, político, professor, filósofo e pesquisador ficou mais conhecido na nossa história pelo seu trabalho junto ao movimento de libertação, regência e primeiro Impé-rio. Homem culto, um dos espíritos en-carregados na preparação do território brasileiro para o porvir, tinha noção da grandeza da vida. Como chefe supre-mo da loja Maçônica no Brasil, junto com outros adeptos, divulgou os ideais de liberdade à nação.

Deixou-nos um trabalho em torno da Constituinte do Império com alto valor humanitário, principalmente no tocan-te à escravatura, talvez se tivéssemos levado em consideração seus escritos, nossa lei áurea teria chegado em 1825, ou seja, sessenta e três anos antes.

Outra figura memorável e contem-porânea a José Bonifácio foi – Maria-no José Pereira da Fonseca – o Mar-quês de Maricá, pensador, político e estudioso do comportamento social, o Marquês, deixou-nos suas famosas máximas, que a FEB – Federação Es-pírita Brasileira, em comemoração ao centenário de sua publicação, em 1944, reeditou as “Máximas, Pensamentos e

Reflexões Morais por um Brasileiro”. Suas máximas em sua última edição já continha 608 páginas e o germe da Doutrina Espírita.

As máximas do Marquês versavam sobre os mais variados assuntos, e os historiadores concordam em que suas máximas estavam à frente da condi-ção geral de entendimento do povo.

Dentre os assuntos tratados, desta-camos alguns:

- Formação dos mundos,- Pluralidade dos mundos,- Princípio Vital,- Dos Espíritos, - Do Perispírito,- Da matéria,- Da reencarnação e outros...

Os periódicos da década de 1850, “O Jornal do Comércio”, “Correio Mercantil” e “Diário do Rio de Ja-neiro” começaram a publicar artigos sobre as mesas girantes e magnetis-mo animal, os artigos versavam so-bre: Magnetismo Animal, Mesas Gi-rantes, Rotação Elétrica, Descoberta prodigiosa...

Nesta mesma década estava então o Dr. Mello Moraes organizador das primeiras reuniões Espíritas no Bra-sil, professor, médico, historiador e

político, converteu-se à homeopa-tia em 1847, quando conheceu João Vicente, e que por sua vez conver-teu outros companheiros médicos a homeopatia, fundou o periódico “O Médico do Povo” pela divulgação da homeopatia. Em sua farmácia, na Rua Teófilo Otoni, ocorreram as primei-ras Reuniões Espíritas, que também tomavam parte os Srs. Visconde de Uberaba, o General Pinto, Dr. Assis e o Marquês de Olinda entre outros foram os fundadores da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade.

Fonte: Apostila II Seminário de His-tória e Espiritismo (texto adaptado do livro Memória Espírita. Papéis Velhos e Histórias de Luz – Caderno de pesquisas espíritas, vol. 4 – João Marcos Weguelin, Edições Léon De-nis).

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Respingos Históricos

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 13

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos

horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Espiritismo e Ecologia

Seis espécies de borboletas ingle-sas podem entrar em extinção – sai-ba por que isso é um problema.

De acordo com pesquisa publicada na ‘Nature Climate Change’, se as emissões de carbono não diminuírem, as espécies com papel fundamental na polinização e produção de alimentos podem desaparecer em menos de qua-tro décadas.

As mudanças climáticas estão ma-tando as borboletas inglesas. De acor-do com estudo publicado na revista 'Nature Climate Change' na segunda--feira (10/08/15), seis espécies do in-seto sensíveis a secas provavelmente intensificadas pelas emissões de gás carbônico podem ser extintas antes de 2050. A queda drástica de insetos como as borboletas e abelhas, funda-mentais para a polinização de frutas, verduras e legumes, abre a possibili-dade da redução da produção desses vegetais, com graves consequências para o abastecimento de alimentos em todo o mundo.

Para realizar a análise, os pesqui-sadores do Centro de Ecologia e Hi-drologia de Oxfordshire utilizaram a seca de 1995, uma das piores que já aconteceram no Reino Unido, como base. Eles monitoraram 28 espécies de borboletas de 129 lugares diferen-tes. De acordo com os especialistas, a falta d’água reduziu drasticamente as populações dos insetos. Por meio de modelos estatísticos, os pesquisa-dores previram cenários reais de seca, que podem retornar ainda piores e

“Os bens da Terra não são somente os produtos do solo, mas sim, tudo o que o homem pode gozar neste mundo”. (o Livro dos Espíritos, Allan Kardec – questão 706).“(...) Imprevidente não é a Natureza, é o homem que não sabe regrar o seu viver.” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – questão 705).

com mais frequência, e identificaram seis espécies que poderão ser extin-tas caso não haja a diminuição da emissão de carbono e a readaptação desses insetos no habitat natural. No entanto, se os cortes acontecerem, afirma o estudo, a probabilidade de sobrevivência das borboletas aumen-ta 50%.

Equilíbrio ambiental - A preo-cupação dos cientistas é devido aos “serviços” que as borboletas prestam ao ambiente. Esses insetos, assim como abelhas, libélulas ou besouros, ajudam na reprodução dos vegetais, eliminação de pragas e decomposi-ção de matéria orgânica. Com a ex-tinção das espécies, essas atividades ficariam prejudicadas, causando de-sequilíbrios ambientais que podem afetar diretamente os seres humanos, como a queda da produção de lavou-ras e cultivos agrícolas.

Além disso, o sumiço das borbo-letas também seria uma perda cul-tural, pois diversas pessoas gostam de admirá-las. Veja as seis espécies de borboletas que podem entrar em extinção: Aphantopus hyperantus, Pieris napi, Pieris brassicae, Parar-ge aegeria, Pieris rapae e Ochlodes sylvanus.

(Da redação)

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/conheca-as-seis-especies-de--borboletas-inglesas-que-podem-entrar--em-extincao-e-saiba-por-que-isso-e-um--problema

Complementação doutrinária

Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade da destruição?

“Essa necessidade se enfraquece no homem, à medida que o Espírito so-brepuja a matéria. Assim é que, como podeis observar, o horror à destruição cresce com o desenvolvimento inte-lectual e moral.”

Em seu estado atual, tem o homem direito ilimitado de destruição sobre os animais?

“Tal direito se acha regulado pela necessidade, que ele tem, de prover ao seu sustento e à sua segurança. O abuso jamais constitui direito.”

Que se deve pensar da destruição, quando ultrapassa os limites que as necessidades e a segurança traçam? Da caça, por exemplo, quando não objetiva senão o prazer de destruir sem utilidade?

“Predominância da bestialidade so-bre a natureza espiritual. Toda destrui-ção que excede os limites da necessi-dade é uma violação da lei de Deus. Os animais só destroem para satisfação de suas necessidades; enquanto que o homem, dotado de livre-arbítrio, des-trói sem necessidade. Terá que prestar contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, pois isso significa que cede aos maus instintos.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kar-dec, questões 733 a 735, Editora FEB.

Espécies em extinção

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 14

Obsessão – Estude e Liberte-se

Influência espiritual sutil

INFLUÊNCIA - do latim “in” + “fluere” = ação de fluir sobre.

É um poder psíquico espiritual que todos nós possuímos e pelo qual irradiamos nossos predicados morais e culturais, devendo atingir aqueles que pensam semelhantemente a nós. Exercemos esse poder de influenciação de várias formas: pela palavra, pelos atos e pelo pensamento. As pessoas de personalidade forte influenciam as de caráter mais frágil. É muito comum que o adulto experiente indu-zir uma criança ou um adolescente a fazer o que é certo ou que é errado. Passe a observar e irá concluir conosco que a influenciação entre os humanos é fenômeno corriqueiro e funda-mental na cultura, nos pensamentos e nos sen-timentos de todos nós.

Os desencarnados, ou seja, os Espíritos, usam o pensamento para nos influenciar. Allan Kardec perguntou ao Espírito de Verda-de, na questão 459 de “O Livro dos Espíritos”:

- Os Espíritos influem sobre os nossos pen-samentos e nossas ações?

E a resposta veio assim:- A esse respeito a sua influência é maior do

que credes porque, frequentemente, são eles que vos dirigem.

Imaginemos que você esteja portando um pequeno rádio a pilha e que, em determinado momento, deseja ouvir música. Liga o rádio e sintoniza na estação que mais gosta. Agora você está ouvindo a sua música preferida. Se mudar de ideia, trocará de emissora e passa-rá a ouvir um noticiário. Tudo dependerá so-mente da sintonia do seu rádio com a estação transmissora... Com a sua mente vai acontecer o mesmo: pense em coisas desagradáveis e estará sintonizando espiritualmente com um desencarnado que se sente infeliz. Agora vem a pergunta chave dessa situação:

- Será que você começou a pensar negati-vamente porque quis ou porque foi induzido por algum Espírito? As duas coisas podem acontecer. Se você resolveu ser infeliz a partir daquele momento, a decisão foi sua, você é quem vai sofrer. A responsabilidade é somente sua. Se foi induzido e passou a aceitar a suges-tão, cabe a você mudar de opinião e não sinto-nizar com aquela entidade. Assim como você pode controlar a sintonia do seu rádio, poderá, também, controlar a sintonia de sua mente.

Encarnados e desencarnados, ou seja, ho-mens e Espíritos, estão mergulhados num

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diver-sos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 8).

oceano de irradiações mentais, assim como o seu rádio está sendo bombardeado com as di-versas ondas sonoras de inúmeras emissoras.

Do Espírito para nós, a influenciação se dá mente a mente. Primeiramente atingindo a nossa aura espiritual, depois chegando à zona perispiritual e, finalmente, alcançando o íntimo do cérebro físico que, sendo aceita a sugestão, faz-nos sentir tal qual o Espírito influenciador deseja. Ele pensa e nós respon-demos positiva ou negativamente. Se acei-tarmos a sua sugestão, estaremos vibrando na mesma faixa, “ouvindo a música que ele toca”, ou seja, o que ele nos “diz”. Essa dinâ-mica, é claro, vale tanto para os bons quanto para os maus Espíritos, e para aqueles que, não sendo necessariamente maus, são inferio-res nos seus desejos, resultando da qualidade de suas vibrações um bem estar ou um mal estar; alegria ou tristeza, pessimismo ou oti-mismo.

Kardec, em “A Gênese”, cap. XIV, item 15, esclarece este mecanismo de influenciação de desencarnado para encarnado, da seguinte maneira:

“Sendo os fluidos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluidos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. Pode-se, pois dizer, sem receio de errar, que há, nesses fluidos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confun-direm, como há no ar ondas e raios sonoros”.

Ensina-nos Emmanuel que “Todos exte-riorizamos a energia mental, configurando as formas sutis com que influenciamos o próxi-mo, e todos somos afetados por essas mesmas formas, nascidas dos cérebros alheios.

Cada atitude de nossa existência polari-za forças naqueles que se nos afinam com o modo de ser, impelindo-os à imitação cons-ciente ou inconsciente.” (Pensamento e Vida).

Somos levados a concluir que a influen-ciação que os Espíritos possam exercer sobre cada um de nós vai depender da nossa sintonia mental.

A nossa companhia espiritual vai ser sem-pre resultado dos nossos pensamentos, atos e sentimentos que cultivamos, nesta ou em ou-tras vidas.

Vamos, portanto, manter disciplinada a nossa mente, para que os pensamentos por ela produzidos sejam os mais elevados pos-síveis, gerando em nós sentimentos nobres e procedimentos lícitos, consonantes com a éti-ca cristã, para que da influenciação sutil não

passemos para a obsessão. É este cuidado o objetivo maior de nossa conversa. Por estar-mos sujeitos à influenciação sutil de que fala André Luiz, na obra “Estude e Viva”, a ela nos habituamos, embora, consequentemente, nela desacreditando. Dificilmente aceitamos do companheiro de luta, que já nos conhece, a ad-vertência de que estejamos mal influenciados naqueles momentos intempestivos, quando deixamos de agir conforme pregamos. No en-tanto, facilmente admitimos que a Espirituali-dade Superior está ao nosso lado, nos ajudan-do, quando algo de bom e positivo sugerimos aos irmãos em nossas atividades. Funciona, nesse último caso, a nossa vaidade: ser in-fluenciado por um bom Espírito é aceitável; o contrário não! Por essa razão, entendemos que o alerta de André Luiz se fundamenta no pou-co caso que damos a esse fato, quando diz que “Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou isolar, ou se essas meio obsessões de quase obsidiados, despercebi-das, contudo bem mais frequentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas influenciando o roteiro de legiões de outras”. (“Estude e Viva”, capítulo 35) – Edições FEB. Como diagnosticar essa “influenciação sutil” o citado Mentor nos ensina naquela mesma obra.

Detectada a influenciação sutil, sugerimos alguns antídotos que os Espíritos nos ensi-nam. O trabalho, qualquer que seja ele, físico ou intelectual, aparece como o primeiro remé-dio no combate à insurgência de pensamentos deprimentes. Logo depois vêm a boa leitura, a música harmoniosa, a conversa edificante, o equilíbrio diante de situações de desespero e, finalmente, o hábito da oração, na forma de conversa com o Criador, para louvar, agrade-cer ou pedir-Lhe ajuda. Colocamos a oração por último, por entender que ao nos dirigir-mos a Deus devemos levar-Lhe a oferenda de nosso labor cristão, pois vale mais um dia de “bom combate”, de bons atos e de “trabalho--amor” do que uma oração petitória, lamurio-sa e vazia, sem o testemunho do nosso esforço na reforma íntima.

Waldehir Bezerra de Almeida

FONTE: Revista Internacional de Espiritis-mo, janeiro de 1998.

Sintonia com os desencarnados

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 15

Na Seara Mediúnica

Quem são os médiuns na sua generalidade

Medicina Espiritual - A Cura Real

Mediunidade curadora e Mediunidade receitista

Os médiuns, em sua genera-lidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desas-tradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes so-ciais, pelos abusos do poder, da autori-dade, da fortuna e da inteligência, e que

De par com a mediunida-de de cura há a mediunidade receitista.

Nunca confundir mé-dium receitista com médium curador. Médium receitista é o médium que receita re-médios; ele age como uma variante da mediunidade psicográfica; ele age como médico. Quem cura não é o médico e sim o remédio. O médico conhece a doença, receita determinada substân-cia química, mas ele – médi-co – não cura; o remédio que ele receita é que cura.

Já o médium curador cura. Ele não receita; ele não pode receitar remédio,

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é ine-rente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande nú-

mero de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São al-mas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto es-facelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia.

Emmanuel

Fonte: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Edito-ra FEB, capítulo XI.

“O corpo reflete o que há no Espírito. Sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra, do Espírito.”.

(Ignácio Bittencourt -19/04/1862 – 18/02/1943)

mas o fluido dele cura.São dois gêneros de mediunidade:

mediunidade curativa e mediunidade

receitista. Médium receitista é aquele que receita remé-dio, cura pelos remédios que receita; médium curador é aquele que cura pelo fluido que ele tem e que é capaz de curar os outros. Pode-se ser médium receitista e não ser curador; pode-se ser médium curador sem ser receitista e pode-se ter as duas possibi-lidades: ser receitista e cura-dor.

Fonte: Técnica de Passes - Bases e Princípios do Passe, Luiz Carlos Dallarosa e colaboradores, Editora CELD.

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 16

O Pensamento de Léon Denis

Há um objetivo, há uma lei no Uni-verso?

Ou esse Universo é apenas um abismo onde o pensamento se perde, por falta de ponto de apoio, em que ele gira sobre si mesmo como uma folha morta ao sopro do vento?

Há uma força, uma esperança, uma certeza que possa nos elevar acima de nós mesmos na direção de um ob-jetivo superior, na di-reção de um princípio, um ser em quem se identifiquem o bem, a verdade, a sabedoria; ou não haveria em nós e em torno de nós senão dúvida, incerteza e tre-vas?

O homem, o pensa-dor, sonda com o olhar a vasta amplidão. In-terroga as profundezas do céu. Nele busca a solução de dois grandes problemas: o problema do mundo, o problema da vida. Considera este majestoso Universo, no qual ele se sente como que mergulhado. Segue com os olhos o curso dos gigantes do Espaço, sóis da noi-te, terríveis focos cuja luz percorre as mornas imensidades. Interroga esses astros, esses mundos inumeráveis, mas eles passam mudos, prosseguin-do seu caminho para um objetivo que ninguém conhece. Um silêncio esma-gador plana sobre o abismo, envolve o homem, torna esse Universo mais solene ainda. (1)

Entretanto, duas coisas nos apare-cem à primeira vista nesse Universo: a matéria e o movimento, a substân-cia e a força. Os mundos são forma-dos de matéria, e essa matéria, inerte

por si mesma, se move. Quem, pois, a faz mover-se? Que força é esta que a anima? Primeiro problema. Mas o ho-mem, do infinito, chama sua atenção sobre si mesmo. Essa matéria e essa

força universais, ele as encontra em si e, com elas, um terceiro elemento, com o auxílio do qual ele conheceu, viu, mediu os outros: a Inteligência.

Todavia, a inteligência humana não é, em si mesma, sua própria causa. Se o homem fosse sua própria causa, po-deria manter e conservar o poder da vida que está nele; enquanto que esse poder, sujeito a variações, a fraque-zas, escapa à sua vontade.

** *

Se a inteligência está no homem, ela deve se encontrar nesse Universo

do qual ele é parte integrante. O que existe na parte, deve se encontrar no todo. A matéria é apenas a vestimenta, a forma sensível e mutável, revestida pela vida; um cadáver não pensa, nem

se move. A força é um simples agente cha-mado para manter as funções vitais. É, pois, a inteligência que go-verna os mundos e rege o Universo.

Essa inteligência se manifesta através de leis, leis sábias e pro-fundas, ordenadoras e conservadoras do Uni-verso.

Todas as pesquisas, todos os trabalhos da Ciência Contemporâ-nea concorrem para demonstrar a ação das leis naturais, que uma Lei suprema religa, abarca, para constituir a harmonia universal. Através dessa Lei, uma Inteligência So-berana se revela como a Razão mesma das coisas, Razão cons-ciente, Unidade uni-versal para onde con-vergem, se ligam e se

fundem todas as relações, onde todos os seres vêm haurir a força, a luz e a vida; Ser absoluto e perfeito, funda-mento imutável e fonte eterna de toda a ciência, de toda a verdade, de toda a sabedoria, de todo o amor.

(1) Esse silêncio é relativo e resulta unicamente da imperfeição de nossos sentidos. (N.A.)

Fonte: O Grande Enigma, Léon De-nis, Edição CELD, 3ª edição. Primei-ra Parte, Cap. I – O Grande Enigma

O grande enigma

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 17

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Fé inoperante

A fé inoperante é problema cre-dor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clare-za, que o ideal mais nobre, sem traba-lho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma soberba pai-sagem improdutiva.

Que diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza? De uma fonte que não se movimente para fer-tilizar o campo? De uma luz que não se irradie?

Confiaremos com segurança em determinada semente, todavia, se não a plantamos, em que redundará nossa expectativa, senão em simples inuti-lidade? Sustentaremos absoluta espe-rança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispo-mos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria-prima repousará, indefini-damente, a caminho da desintegração.

A crença religiosa é o meio.O apostolado é o fim.A celeste confiança ilumina a inte-

ligência para que a ação benéfica se estenda, improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandeci-mento e sublimação.

Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando o amadurecimento pre-ciso para a vida superior, procure, de imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso co-

mum.A fé, na essência, é aquele em-

brião de mostarda do ensinamen-to de Jesus que, em pleno cresci-mento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.

Guardar, pois, o êxtase reli-gioso no coração! sem qualquer atividade nas obras de desenvol-

vimento da sabedoria e do amor, con-substanciados no serviço da caridade e da educação, será conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.

Fonte: Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 39, Editora FEB.

Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos

Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago, 2:17.)

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Lembrete Carinhoso aos Médiuns

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JUNINA

19/06/2016

Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 18

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Reflexão

Ação fluídica do perdãoAo falarmos de perdão, não nos esqueçamos de que emitimos uma sobrecarga mental e fluídica todas as vezes que agimos contra alguém.

Ao criarmos uma atmosfera de ódio, de extensas reclamações, de observações inoportunas, até mesmo desagradáveis, agimos não somente de um ponto de vis-ta moral e mental, mas também fluídico, envolvendo as criaturas nas vibrações que enviamos a partir dos nossos sentimentos.

Quando Jesus recomendou o perdão das ofensas, Ele quis nos ensinar que, ao perdoar, a cria-tura se deixa preparar por Deus para enfrentar os fluidos negati-vos que tentam envolvê-la:

- Sabe-se que a luz dissolve as trevas.

Assim, quem ama, perdoa, e tem pensamentos positivos, ele-vados, cria a própria atmosfera de tranquilidade e, ao mesmo tempo, de força capaz de dissol-ver energias negativas que lhe estejam ao redor.

Igualmente, quando nos dispo-mos a perdoar alguém, quando dei-xamos de alimentar o pensamento

negativo contra alguém, deixamos de enviar uma força maléfica.

Nesse momento, ao dizer: - “Perdoo”, passamos a deixar de conduzir fluidos contrários ao próximo.

Por isso, com a lição da noite de hoje, quando estamos apren-dendo o perdão das ofensas, va-mos entender que, ou perdoando no sentido de não nos deixarmos envolver, ou perdoando no sen-tido de doarmos um sentimento de amor ao próximo, estaremos criando uma atmosfera benéfica em torno de nós.

O estudo das energias irradian-tes, o estudo dos fluidos e do me-canismo do magnetismo ajudarão a todos a pensar e discernir sobre o perdão das ofensas de um ponto de vista moral e fluídico.

Que Deus a todos nós ajude a compreender, a perdoar e a agir corretamente no bem!

Balthazar

Fonte: Pela Graça Infinita de Deus, vol. 1, lição 5 ,psicografia de Altivo C. Pamphiro, Editora CELD.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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Clareando / Ano IX / Edição 153 / Junho . 2016 - Pág . 19

Suplemento InfantojuvenilDeus existe

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

"CoIsas" de adolesCente,GIBson Bastos, edItora Celd.

Era sexta-feira e a professorinha primária se dirigia a seus queridos alunos, na última aula da semana, falando-lhes de Religião...

Esforçando-se por lhes provar a existência de Deus, dizia:- Vocês já ouviram de manhã cedinho, nem bem o dia amanhece, o

passaredo cantando nos ramos floridos das árvores? Eles entoam o Hino ao Criador de todas as coisas, eles louvam a Deus!

Já observaram o murmúrio das águas que deslizam pela encosta da montanha? É um Hino de Amor, que a Natureza entoa a Deus!

Já contemplaram, à beira-mar, o ir e vir perenal das ondas verdes, com sua espuma se espalhando na areia branca da praia? É o mar louvando o Criador de todas as coisas: Deus!

Já admiraram as nuvenzinhas brancas, que bailam no horizonte além contrastando com o azul do céu? É o mundo que nos cerca, louvando a Deus, nosso Criador!

Não é verdade, portanto, crianças, que Deus existe?- Sim, senhora! - responderam todos, isto é, todos, não. Pedrinho, um

garoto esperto e muito comunicativo, levantou-se e disse:- Professora, eu não creio em Deus. Achei muito bonito o que a senho-

ra falou, mas não me convenci da existência de Deus. Quero ver Deus! Se a senhora me mostrasse Deus, então eu acreditarei nEle!...

E, por mais que a professora se esmerasse em seus argumentos, Pedri-nho permanecia irredutível:

- Não adianta, professora! Eu quero ver Deus!...A mestra encerrou como pode sua aula e lá se foi para a casa de seus

pais, numa cidade próxima, a fim de passar o final de semana.Tempos depois, passava pelo colégio o inspetor escolar que, após a

visita rotineira, perguntou à professora se havia algum problema ou al-guma dificuldade a resolver e ela se lembrou logo de Pedrinho, o garoto que desejava ver Deus, e lhe narrou tudo o que fazia para convencê-lo, mas debalde.

O inspetor prometeu ajudá-la e, momentos após, dirigindo-se aos alu-nos tocou no assunto combinado: provas da existência de Deus. Repetiu todos os argumentos da jovem mestra e ainda aduziu outros que no mo-mento conseguiu, fazendo, no fim da explanação, a pergunta fatal:

- Não é verdade, meus alunos, que, depois de tudo o que lhes falei, nin-guém mais duvida da existência de Deus? Não é verdade que Deus existe?

E a turma inteira confirmou as palavras do inspetor, num perfeito e uníssono jogral:

- Sim, senhor. Deus existe!Somente um aluno permanecera indiferente e impassível. Mal termi-

nara o entusiasmo da turma, aplaudindo as palavras do inspetor, nosso Pedrinho se levantou e confessou sua dúvida cruel: precisava ver Deus, para então acreditar na sua existência.

O inspetor, quando foi inteirado do problema da professora, pediu-lhe dois copos com água e num deles colocara açúcar, tendo, porém, antes,

o cuidado de coar várias vezes a água açucarada, de modo a não se poder saber, a olho nu, qual dos dois era o de água adocicada e cobrira com um guardanapo os dois copos – um com água e açúcar e o outro com água natural – apresentando ambos a mesma limpidez.

- Está bem, meu filho – falou o inspetor. – Vou ajudá-lo a ver Deus. Você está vendo esses dois copos com água? – disse-lhe, retirando o pano que cobria os dois copos.

- Sim, senhor! – respondeu-lhe Pedrinho. – Ver é comigo, pois, só creio no que posso ver!

- Pois bem. Um dos dois copos tem água com açúcar. Você é capaz de me dizer qual deles?

Para logo, o menino olhou por cima dos dois copos, esperando en-contrar cristais de açúcar no fundo de um deles. Nada descobriu, porém.

Já ia batendo em retirada, frustrado, diante dos colegas, que aguar-davam ansiosos, o desfecho esperado: a conversão do descrente colega.

Entretanto, o inspetor prosseguiu:- Vamos, Pedrinho, não desista!- O senhor me deixa segurar os copos?- À vontade, rapaz, faça como quiser!Pedrinho, então, inverteu a minuciosa inspeção, passando a olhar por

baixo dos dois copos e o resultado foi nenhum... Cabisbaixo, ia-se retiran-do, derrotado, ante os cochichos zombeteiros dos colegas, mas o inspetor impediu-lhe a saída, animando-o:

- Vamos, Pedrinho, tente mais uma vez!Pedrinho parou um pouco, como que refletindo e lhe propôs:- O senhor me deixa provar?- Pois não, Pedrinho, esteja à vontade!Mais calmo, já meio esperançoso, o menino toma o primeiro copo,

prova-lhe a água e nada acha. Pega o segundo copo e exclama, vitorio-samente:

- Achei! Achei! É este o que tem açúcar!...- Como foi que você descobriu? – indagou o inspetor.- Ah! Foi fácil. Eu senti... - Pois bem, meu filho. Deus também é assim não se vê, se sen-

te!... Quando você refletir melhor, haverá de sempre sentir Deus em tudo e em todas as coisas: no mais pequenino grão de areia, que o vento rola, até nos gigantescos mundos, que rodopiam no Infinito. E arrematou, con-cludente:

- Deus não se vê, se sente!Pedrinho não meneou afirmativamente a cabeça, concordando, de

pronto, com as palavras do experimentado inspetor, porém, nunca mais negou a existência de Deus.

José Jorge

Fonte: Reformador, janeiro de 1982.