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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2008 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7 Cadernos PDE VOLUME II

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2008

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

MARIZA RAIZEL

ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE PREVENIR DORES NAS COSTAS

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

2008

MARIZA RAIZEL

UNIDADE TEMÁTICA:

ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE PREVINIR DORES NAS COSTAS

Material pedagógico apresentado como parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Professor Orientador: Dr. André L. F. Rodacki

PROFESSOR PDE: Mariza Raizel

Área PDE: Educação Física

Núcleo: Paranaguá

Professor Orientador: André L. F. Rodacki

IES Vinculada: Universidade Federal do Paraná

Escola de Implementação: Colégio Estadual Unidade Polo

Público objeto da intervenção: Alunos matriculados na disciplina de Educação

Física

SUMÁRIO

1 DORES NAS COSTAS E COMO AFETA A POPULAÇÃO ................................. 5

2 RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E DORES NAS COSTAS ...................... 9

3 EDUCAÇÃO FÍSICA COMO MEIO PREVENTIVO –

QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR ................................................................. 14

4 TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICA PARA PREVENÇÃO ....................................... 18

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27

ANEXOS ................................................................................................................... 29

1 DORES NAS COSTAS E COMO ELA AFETA A POPULAÇÃO

Segundo a teoria de Darwin a postura do ser humano sofreu grandes

alterações durante a evolução. As etapas dessa evolução deu-se a principio

vivendo em árvores, para depois em solo firme em quatro apoios e depois a posição

em pé. Para se adaptar a essa nova posição vertical, uma curvatura espinhal em “s”

foi se moldando na coluna vertebral, que se observada de perfil apresenta quatro

curvas fisiológicas, que distribuem as forças que atuam sobre o corpo humano.

(ASHER, 1976; BLACK, 1993 apud DETSCH & CANDOTTI, 2001).

Durante a vida, essas curvaturas anatômicas naturais sofrem novas

modificações de acordo com a idade, os hábitos, o tipo de trabalho entre outras

causas (KNOPLICH, 1985). Calais (1991) define as curvaturas da coluna, sendo

lordose a curvatura das regiões cervical e lombar, que são côncavas para trás,

cifose sendo a curvatura da região torácica, convexa para trás.

Figura 1- Coluna Vertebral - A: vista anterior; B: vista posterior; C: vista lateral. FONTE: Modificado de Putz et al (2001) apud Dezan (2004) (Sobotta Atlas of Human Anatomy CD-ROM, v. 1.5).

A coluna vertebral constitui-se de um eficiente sistema biomecânico composto

por vértebras (figura 1), ligamentos, músculos (figura 2) e discos intervertebrais

(figura 3). Durante as atividades diárias, fica constantemente submetida às forças de

compressivas de tensão, torção (ADAMS et al., 1994) sendo dentre as estruturas, o

disco intervertebral responsável pelo papel fundamental de absorção e distribuição

dessas forças. Os discos são amortecedores presentes entre os corpos vertebrais,

são compostos por duas partes: uma camada protetora mais dura externa, o anulo

do disco; e um tecido mole esponjoso no centro, o núcleo do disco.

Figura 2. Disco intervertebral entre as vértebras - http://www.institutodacoluna.com.br. Acesso em

dez/2008

Em um grande número de casos de dor nas costas, não se chega a um

diagnóstico claro. Quando do atendimento primário por médicos não-especialistas,

para apenas 15% das lombalgias e lombociatalgias, se encontra uma causa

específica. Várias estruturas da coluna podem causar dor, incluindo os ligamentos

que conectam as vértebras, fibras externas do disco intervertebral, músculos, vasos

sanguíneos e raízes nervosas. Geralmente, no decorrer do tempo, vários fatores de

risco atuam em conjunto ocasionando a dor: condicionamento físico deficiente, má

postura, mecânica anormal dos movimentos, pequenos traumas e esforço repetitivo

estão entre as causas mais comuns (ANDRADE &ARAÚJO, 2005).

Figura 3 :Fonte: http://img76.imageshack.us/img76/4441/anilloqy0.jpg. Acesso em dezembro de

2008

A figura acima mostra como a postura incorreta ocasiona dores nas costas.

Os músculos abdominais fracos também podem desestabilizar a coluna,

pressionando os discos numa distribuição irregular da pressão intradiscal. O

músculo que tem como função principal dar estabilidade à coluna vertebral é o

transverso abdominal, uma vez que a função dele é de envolver a coluna vertebral e

cintura pélvica (CARVALHO e LIMA, 2006).

Na maioria dos casos analisados por ANDRADE, ARAÚJO & VILAR, 2005, a

dor lombar em indivíduos jovens é conseqüência de comprometimento de força ou

resistência dos músculos desse segmento, sendo o exercício físico um importante

recurso a prevenção e tratamento desse tipo de dor.

A figura 4 demonstra as diferentes pressões a que o disco intervertebral é

submetido em diversas situações do cotidiano, ocasionando dor lombar.

FONTE: Modificado de Nachemson (1976) apud DEZAN & RODACKI(2007)

Fonte: Vídeo do site: Navrattna Yoga. Acesso em setembro de 2008.

Assista no site do Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=QQnDCjczmtI)

um vídeo tutorial sobre a coluna vertebral.

2 RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E DORES NAS COSTAS

Uma abordagem comum dos profissionais de saúde relacionadas às queixas

de dores lombares consiste em contra indicar atividades que provoquem dor,

considerando que as mesmas possam agravar os problemas que afetam algumas

estruturas da coluna vertebral. No entanto, o sedentarismo está diretamente

relacionado ao enfraquecimento da musculatura envolvida na extensão do tronco e,

conseqüentemente, é considerado fator de risco para a etiologia (estudo das

causas) da lombalgia (KOLONIAK et. al.,2004). No espaço escolar, principalmente

entre jovens e adultos, a dor nas costas é uma das queixas mais recorrentes para

não-participação nas aulas de Educação Física, como também é uma das maiores

causas de afastamento do trabalho.

Segundo Nahas (2001, pg. 11), o estilo de vida corresponde ao conjunto de

ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das

pessoas. Dentre esse conjunto de ações (nutrição, atividade física, comportamento

preventivo, relacionamento social e controle do stress), a atividade física tem papel

fundamental. Entendida como “qualquer movimento corporal voluntário com gasto

energético acima dos níveis de repouso” (Caspersen, Powell e Christenson, 1985

apud MADUREIRA et al., 2003), exercícios físicos, esportes, danças, lutas,

atividades ativas de lazer, atividades domésticas, deslocamentos ativos, atividades

ocupacionais e outras atividades da vida diária são descritos por MADUREIRA et al.

(2003) como alternativas que podem tornar as pessoas mais saudáveis.

Nahas (2006) observa que atitudes positivas em relação à atividade física

regular podem ser influenciadas por um melhor conhecimento sobre benefícios,

princípios e praticas de atividade física, e vice-versa.

Segundo o Relatório do SESI (2004), do ponto de vista do trabalhador (e dos

seus familiares), comportamentos saudáveis tornam a vida menos cansativa e o

trabalho mais produtivo. O risco de adoecer e ficar incapacitado é reduzido. A

percepção de bem-estar – no trabalho, no lar e no lazer – tende a ser ampliada e os

dias de afastamento para tratamento à saúde tendem a ser reduzidos, com maior

probabilidade de manutenção do emprego e maior potencial de empregabilidade.

Em suma, a qualidade de vida do trabalhador (e de seus familiares) está diretamente

associada ao seu estilo de vida.

No estudo de MACIEL et. al (2005) o crescimento nos últimos 20 anos das

Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho (LER/DORT), uma síndrome polêmica de dimensões sociais e econômicas,

refletida na incapacidade do trabalhador para exercer suas atividades e o sofrimento

decorrente disso, tem causas diversas, entre elas a má postura, natureza e

repetitividade dos movimentos e aplicação de forças, afetando o sistema músculo-

esquelético do trabalhador (pág. 72).

Segundo a autora, programas de Ginástica Laboral tem sido erroneamente

implementados nas empresas, trazendo a falsa idéia de estar sendo realizada uma

atividade física e não trazendo benefícios aos trabalhadores.

Fazendo uma distinção muito clara entre atividade física e ginástica laboral, o

estudo define que programas de atividade física são os que consistem em incentivos

à prática de esportes ou atividades que levem a um maior dispêndio energético e

movimentação da musculatura, que devem ser realizados ao menos três vezes por

semana e com o mínimo de duração de uma hora.

O SESI, ao lado do SESC e SENAI oferecem programas de Ginástica

Laboral que afirmam trazer indicações seguras de que a GL aumenta a prática de

atividades físicas dos funcionários e diminui a incidência de dores e demais

sintomas relacionados a LER/DORT. “No entanto, não há de fato um estudo

científico sobre o assunto realizado por essas instituições que comprove a afirmação

de que a Ginástica Laboral diminui as afecções relacionadas a LER/DORT”

(MACIEL et. al., 2005, pag. 78).

NAHAS (2006) considera ser o individuo responsável por mudanças de

atitude em relação à adoção de um estilo de vida ativo. Considera um esforço

individual necessário para iniciar e manter nível satisfatório de atividades para então

alcançar níveis adequados de atividade física e aptidão física.

Entretanto, o autor enumera diversos fatores que predispõem ou dificultam a

modificação do comportamento, entre as quais: o conhecimento, a atitude, as

experiências anteriores, o apoio social de familiares e amigos, a disponibilidade de

espaços e instalações, as barreiras como a falta de tempo, distancia até o local de

pratica, falta de recursos financeiros, entre outras e as normas sociais (Nahas, 2006.

pag. 11).

O estudo considera as oportunidades e barreiras que as pessoas enfrentam

em seus dia-a-dia, mas enumera os seguintes quesitos:

� Se informem da importância da atividade física regular para a saúde e a

qualidade de vida ;

� Desenvolvam o desejo de aplicar tais conhecimentos (atitudes favoráveis); e

� Se motivem para realizar tais intenções de forma continuada (ação e

manutenção).

O autor diz que a motivação, fator primordial para a ação e manutenção da

atividade física “é uma complexa interação de diversas variáveis psicológicas,

sociais, ambientais e até genéticas” . Nessa unidade temática, será abordado como

uma atividade física que envolva exercícios abdominais pode ser motivadora para a

adesão e manutenção dessa atividade física no cotidiano, uma vez que

comprovadamente reduz as dores lombares.

Quando se carrega um peso, os discos intervertebrais agem como

amortecedores hidráulicos, diminuindo sua altura e distribuindo o peso

uniformemente sobre a vértebra. Mas para que os discos não mudem de formato e

para evitar que sejam amassados e definitivamente, o disco intervertebral tem um

núcleo gelatinoso, cuja função é distribuir regularmente a pressão em todos os

eixos. A dor lombar e desconforto está relacionada à capacidade de recuperação da

altura do disco intervertebral e não somente relacionado à perda de estatura.

(Fowler et al., 2005; Healey et al., 2005; Rodacki et al., 2003).

Estudos descrevem que as deformações dos discos intervertebrais são

proporcionais à magnitude das forças impostas à coluna vertebral (Rodacki et al.,

2000). Por exemplo, estando em pé, quando se carrega peso sobre a cabeça, o

núcleo fica localizado bem no centro do disco. Se as faces das articulações

estiverem oblíquas, o núcleo tende a se deslocar, para frente ou para trás do platô

da articulação. .

Por exemplo: ao imaginar um sujeito que esteja em pé: ao fazer uma flexão

para frente, a partir da articulação da bacia com as pernas, as faces das

articulações das vértebras ficam paralelas, não haverá movimentação do disco. Se

ao contrário, houver a curvatura da coluna para inclinar o tronco à frente, as faces

das articulações das vértebras ficam oblíquas e o núcleo se desloca para trás,

fugindo do centro. Veja a figura abaixo:

Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/yoga_coluna_vertebral.htm -Acesso em novembro de 2008

A estabilização da coluna, ou seja, a capacidade do núcleo de voltar

regularmente ao centro, depois do movimento, é impedida em decorrência da falta

de atividades físicas e o estresse da vida moderna que provoca tensões na coluna

vertebral. RODACKI et al.(2007) comprovaram que exercícios abdominais fazem a

coluna recuperar sua altura com muito mais eficácia e rapidez do que o repouso,

pois os músculos também realizam um papel relevante na absorção de forças e

estabilização da coluna durante as atividades do cotidiano. Quando os músculos

flexores e extensores do tronco são fortalecidos há um aumento na pressão intra-

abdominal, a qual estabiliza e reduz o estresse aplicado a coluna (WATKINS, 1999).

Se os abdominais são fracos, além da redução dessa pressão, há pouco controle

sobre a pelve, desencadeando uma postura com acentuada curva lordótica, o que

sobrecarrega as articulações e os discos intervertebrais.

Estudos realizados pela Escola de Coluna (ANDRADE, ARAÚJO & VILAR,

2005) demonstram a eficiência de exercícios de fortalecimento dos músculos

abdominais e quadríceps no tratamento das algias de coluna (Moffet et al. e Linton

et al apud ANDRADE, ARAÚJO & VILAR, 2005) como também obtiveram

resultados significativos através da educação do treinamento postural, composto de

informações teórico-educativas, contendo prática de exercícios terapêuticos para a

coluna em pacientes com lombalgia crônica. O exercício abdominal pode também

ser utilizado com fins de solucionar problemas da coluna no estudo de BLACKBURN

& PORTNEY, apud ACHOUR, (1995).

O método desenvolvido por Joseph Pilates possui uma variedade de

exercícios que auxiliam no fortalecimento dos músculos abdominais, sendo usado

tanto para o tratamento como para a profilaxia de dores nas costas (Comerford et

Mottram, 2001), levando em consideração a melhor maneira de se realizarem os

exercícios abdominais: com alta eficiência e baixo risco de lesões, respeitando as

individualidades biológicas e com segurança uma vez que erros de postura na

realização e na prescrição dos exercícios bem como falta de orientação profissional

aumentam a possibilidade de lesões pelo movimento irregular (JOSEPH &

KATHLEEN, 1999),

3 EDUCAÇÃO FÍSICA COMO MEIO PREVENTIVO – QUALIDADE DE VIDA E

BEM ESTAR

As repercussões sobre a saúde pública das diversas doenças do mundo

moderno, em especial aquelas que podem ser evitadas com a prática sistemática de

atividade física, precisa ser amplamente discutida na população. Além de programas

governamentais, é possível a difusão dessa informação através da educação formal,

ou seja, por meio da escolarização (BARROS, CUNHA & SILVA JÚNIOR, 2007).

Nahas & Corbin (1992) afirmam que a aderência (fixação) a um estilo de vida ativo

parece resultar, entre diversos fatores, de decisões pessoais em função do

conhecimento adquirido e da possibilidade de perceber satisfação, prazer e

autocompetência nas atividades praticadas, não apenas "exercitamento corporal"

como as práticas higienistas do início do século .

A desinformação da população e até de profissionais da saúde sobre a

importância da atividade física, inclusive contra indicando exercícios físicos para

determinadas populações, demonstra que, apesar de terem sido teoricamente

alunos de Educação Física, esse não foi um fator que resultou numa aquisição de

saberes necessários para sua vida.

Isso se deve porque, na prática, a Educação Física Escolar - num estudo de

Guedes & Guedes (1997) – colaboram para afastar os futuros adultos de uma vida

ativa. Em escolas estaduais do Paraná, constatou-se nos programas de Educação

Física analisados, objetivos educacionais com limitada relação voltada a Educação

Física como promoção da saúde, com uma hegemonia recreativa, privilegiando

esportes coletivos de quadra. Os aspectos didáticos das atividades propostas aos

alunos não desenvolvem atitudes positivas para aquisição de hábitos de prática de

atividade física que possa persistir pelo resto de sua vida. Nem mesmo nessa

atividade esportiva a metodologia utilizada não resulta em benefícios para os alunos,

como muito tempo de transição entre as atividades e alunos não participando

ativamente das aulas.

Embora exista o paradigma pela predileção pela prática, ela se relaciona e

interdepende de aspectos cognitivos e teóricos de outros elementos da Educação

Física que devem ser objetos de estudo. Entre esses conhecimentos, a atividade

física e saúde é uma perspectiva da concepção de Educação Física Escolar na

promoção da saúde (GUEDES & GUEDES, 1995).

Felizmente, nestes últimos anos o envolvimento do professor de EF em

aspectos relacionados com a promoção da saúde, tem aumentado numa proporção

bastante acentuada nessa concepção "atividade física – saúde". (BARROS, CUNHA

& SILVA JÚNIOR, 2007).

Partindo da premissa que “atitudes positivas em relação à atividade física

regular podem ser influenciadas por um melhor conhecimento sobre os benefícios,

princípios e práticas de atividade física” , NAHAS (2006) considera o professor de

Educação Física o profissional que deve informar as pessoas sobre a adoção de

estilo de vida saudável. Porém, não se pode garantir que somente o repasse de

informação resulte em mudança de comportamento: é necessário que o profissional

elenque as informações que são importantes para aquele grupo a que se destina,

crie situações em que a prática seja favorecida, promova o apoio social necessário,

para então esperar que ocorram mudanças de atitude e até de comportamentos, o

que levaria a uma melhor condição geral de bem-estar e saúde.

DETSCH & CANDOTTI (2001) em seu estudo sobre desvios posturais em

crianças e adolescentes, preconizam que "talvez uma das maneiras mais adequadas

de diminuir a grande multidão de adultos sofredores de dores crônicas da coluna

vertebral, seja procurar fazer uma orientação preventiva nas crianças e

adolescentes".

Ao levar esse assunto à Escola é possível promover no aluno a educação

continuada para manutenção da saúde, através consciência de seu estilo de vida,

sua consciência corporal e demais fatores para então aplicar programas de

atividades físicas prazerosas, eficientes que, em contrapartida à inércia, evitem e

também diminuam os índices de queixas de dores nas costas entre adultos e jovens,

tornando-os ativos saudáveis, repercutindo na melhoria da qualidade de vida.

O conhecer, o querer e o agir são os fatores que deve ser levado em conta

como fator para mudança de comportamento. Para que se possa desenvolver ações

de promoção da saúde e qualidade de vida, é necessário que se conheça a

realidade em cada contexto, possibilitando investir com mais eficácia e eficiência

nessas ações. O Pentáculo do Bem-Estar de Nahas (2000) alia conceitos de saúde

e bem estar com a avaliação do estilo de vida de indivíduos ou de grupos, portanto,

indicamos como ponto de partida para a abordagem dessa perspectiva de Educação

Física e Saúde.

Nessa concepção, será aplicado um questionário em que constam

informações pessoais, adaptado do Pentáculo do Bem Estar de NAHAS (2000)

composto de 15 perguntas fechadas sobre nutrição, atividade física, comportamento

preventivo e histórico familiar, relacionamentos e estresse (Exemplo no Anexo)

No questionário, o aluno responderá às questões marcando de 0 a 3 suas

respostas, sendo cada opção que melhor reflete o seu comportamento:

Zero = absolutamente não faz parte de seu estilo de vida;

1 = às vezes corresponde ao seu comportamento;

2 = quase sempre verdadeiro no seu comportamento;

3 = a afirmação é sempre verdadeira no seu estilo de vida.

Quanto mais preenchida as alternativas 2 e 3, mais correta estará a conduta

do aluno. Caso as alternativas zero e 1 tenham sido escolhidas mais vezes os

hábitos devem mudar o quanto antes.

Como meio de visualizar melhor seu estilo de vida, será fornecido aos alunos

o Pentáculo do Bem Estar de NAHAS. Para preencher o Pentáculo do Bem Estar,

deve proceder de dentro para fora. Se a resposta for zero, nenhuma parte da estrela

será pintada. Se a resposta for 1 (cor laranja) deve-se pintar a parte mais interna da

estrela. Se for 2 (cor roxa) a parte interna e a parte do meio será pintada e se for 3 a

parte interna, do meio e a externa deve ser pintada. (Veja figuras na próxima

página).

Fonte: NAHAS, M.V.B. e Francalacci, v.l. O Pentáculo do bem-estar: base conceitual para avaliação

do estilo de vida de indivíduos ou grupos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 5(2), 48-59,

2000.

Exemplo de Preenchimento - Fonte: NAHAS (2000)

4 TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICA PARA PREVENÇÃO

O desafio de promover a adoção de vida ativo é muito grande. Numa

realidade em que o videogame, a TV e a internet envolvem muito mais e as aulas de

Educação Física não são valorizadas, com a dispensa facilitada e redução do tempo

e do número de aulas no ensino noturno, é necessário segundo Nahas (2006) saber

quando e quais conteúdos deve ser incluídos, estabelecer estratégias e uma

constante avaliação dos programas para que o conhecimento apropriados surtam os

efeitos desejados, isto é, que sejam adotados para o resto de sua vida.

Respondendo aos questionamentos de Nahas, indicaremos atividades físicas

para prevenção ou mesmo para redução de dores lombares (quando), sendo os

exercícios abdominais (quais) – como já abordamos anteriormente –

comprovadamente eficazes nesse objetivo. Sendo geralmente um exercício

monótono, os exercícios abdominais aqui propostos serão aplicados com o método

Pilates (estratégias). O indivíduo relatando a diminuição da dor, serve de parâmetro

de avaliação de o programa ser efetivo para o público alvo.

Ao prescrever um exercício abdominal, o professor de Educação Física

precisa decidir a ordem do exercício, o tipo, sua duração, intervalo, freqüência e

intensidade e trabalhado diferente do que nas atividades diárias. Para DOMINGUES

FILHO (2000) os exercícios abdominais seguem essa rotina:

� Ordem: dos músculos mais profundos para os mais superficiais;

� Tipo: deve ser levando em conta sua limitação e condição física;

� Duração: dependendo da disponibilidade da aula, variando de 10 a 30

minutos;

� Intervalo: exercícios de baixa intensidade de 10 a 15 segundos, com maior

intensidade e sobrecargas, de 60 a 120 segundos;

� Freqüência: Diária, com intensidade baixa;

� Intensidade: iniciantes – 1 a 2 séries de 10 a 20 repetições.

Intermediários – 2 séries de 10 a 30 repetições.

Avançados – 2 a 4 séries de 10 a 50 repetições.

Dois tipos de contração devem ser utilizados: a isométrica - sem movimentar

a articulação - e a isotônica, quando contraímos um músculo e mantemos contraído

durante o movimento da articulação.

Para o autor, quatro movimentos devem ser realizados num programa de

exercícios abdominais a fim de que vários segmentos sejam trabalhados,

principalmente aqueles movimentos aos quais a musculatura não está acostumada.

São eles:

� Movimento de flexão do tronco sobre os membros inferiores

� Movimento de flexão dos membros inferiores sobre o tronco

� Movimento de flexão simultânea de quadril e tronco ou mistos

� Movimento de flexão lateral do tronco

Domingues Filho (2008) acredita que o segredo de exercícios abdominais

perfeitos está na respiração, o que Pilates nos anos 20 do século passado já havia

descoberto. Joseph Pilates nasceu em 1880 na Alemanha desenvolveu seu método

a partir de estudos que fez em Yoga, Zen, Técnicas Gregas e transformou-se de

uma criança com saúde frágil a um atleta de ginástica, mergulho, box entre várias

modalidades. Embora tendo surgido desde 1929, somente a partir dos anos 90 que

no Brasil esse método ficou conhecido, principalmente por ser método de

treinamento dos famosos como Madonna entrarem em forma.

Os princípios do método é a “contrologia” ,que

é a concentração e atenção em detalhes do

movimento, com especial atenção à respiração, para

o controle através de uma contração de grupos

musculares. Sendo executados a maioria deles em

posição deitada, diminui os impactos na coluna

vertebral, permitindo a recuperação das estruturas da

região sacrolombar.

No sistema básico inclui um programa de

exercícios que fortalecem a musculatura abdominal e

paravertebral, de flexibilidade da coluna, além de exercícios para o corpo todo. A

melhoria das relações musculares “agonista-antagonista” é a premissa do método.

Descrição do método de Pilates sem aparelhos (Mat Pilates) modificado de

OLIVEIRA et al (2005) e CARVALHO (2006).

A) PONTE

Preparação:

No solo, sem equipamentos.

Objetivos:

� Aquecimento;

� Preparação para os demais exercícios;

� Fortalecimento da musculatura glútea e anterior da coxa.

� Mobilização da coluna;

� Estabilização do quadril.

� Fortalecimento do assoalho pélvico.

Figura 1 - Ponte (Bridge) Posição inicial e final(Bridge). Fonte: http://media.wiley.com/Lux/49/101449.image0.jpg - Acesso em março 2010

Descrição do Exercício:

Posição inicial deitada, mãos no solo com as palmas voltadas para baixo e

com os pés fixados no solo e joelhos flexionados a 90º. Antes de se elevar o tronco,

solicita-se a ativação dos pelvicanterianos e glúteos (“beijinho”), dos abdominais

profundos “colando o umbigo nas costas” e uma vigilância para manter a pelve em

posição neutra. Solicita-se que o sujeito eleve o quadril até a extensão máxima,

alongando e estabilizando a coluna. O sujeito inspira para se preparar sem se

movimentar, e na expiração vai subindo a coluna uma vértebra de cada vez

começando pelo cóccix. Imaginando a sua coluna como sendo um colar de pérolas

sendo elevado do chão. Quando formar uma linha reta do ombro aos joelhos parar o

movimento, inspirar para se preparar para a descida e ao expirar vai descendo uma

vértebra de cada vez de volta ao chão, sentindo-as tocando no solo.

B) ROLAMENTO PARA FRENTE

Preparação:

No solo, pode ser utilizado halteres para aumentar o grau de dificuldade.

Objetivos:

� Mobilização da coluna;

� Fortalecimento de abdominais;

� Coordenação com respiração e movimentos dos membros superiores;

� Alongamento dos membros superiores;

� Estabilização dinâmica de cintura pélvica e escapular.

Figura 2 - Rolamento para frente (Roll Up). Fonte: http://www.ab-abs-abdominals.com/images/the-roll-up.jpg -Acesso em março 2010

Descrição do Exercício:

Posição inicial deitada no solo com membros inferiores estendidos, membros

superiores com cotovelos esticados e relaxados elevados para o alto da cabeça com

alongamento peitoral. Antes de se elevar o tronco, solicita-se a ativação dos

pelvicanterianos e glúteos (“beijinho”), dos abdominais profundos “colando o umbigo

nas costas” e uma vigilância para manter a pelve em posição neutra. Então se

solicita que à medida que o tronco sobe, se “enrole” a coluna a partir de uma força

que puxe as costelas na direção da pelve. Um cuidado especial deve se ter com as

escápulas para mantê-las encaixadas, pois existe uma grande tendência a puxar o

tronco para cima a partir de uma contração de pré-cervicais e a instabilidade da

escápula pode favorecer um tensionamento da musculatura do pescoço. O exercício

se completa com a posição sentada com membros superiores e inferiores

estendidos. Ao descer, é solicitado um “desenrolamento” da coluna lento e uma

evolução dos membros superiores para o alto, até o máximo alongamento destes e

relaxamento de peso.

C) ROLAMENTO PARA TRÁS

Preparação:

No solo, sem equipamentos. Pode-se solicitar a assistência do professor. À

medida que o sujeito evolui, a assistência é retirada.

Objetivos:

� Mobilização da coluna;

� Fortalecimento de abdominais;

� Coordenação com respiração e movimento de membros inferiores,

� Alongamento da cadeia posterior;

� Estabilização dinâmica da cintura pélvica;

� Estabilização estática da cintura escapular.

Figura 3 - Rolamento para trás (Roll Over). Fonte: http://www.pilatesonfifth.com/video/pix/60-pilates-podcast.jpg - Acesso em março 2010

Descrição do Exercício:

Inicia-se deitado no solo com os membros inferiores com extensão de joelhos

e flexão do quadril a 90º e membros superiores ao lado do corpo. Os membros

superiores são utilizados para garantir a estabilidade durante a descida

pressionando o solo. Então é solicitado um movimento de “enrolar” a coluna de

baixo para cima (tirando o cóccix e cada vértebra lombar e depois a região torácica)

chegando ao final apenas com o apoio na cabeça, cervical e dorsal alta. Os

membros inferiores ficam paralelos ao solo, crescendo, enquanto o umbigo tenta ir à

direção contrária. Um cuidado especial é não tensionar os ombros, bem como ativar

o “beijinho”. O retorno à segunda posição também deve ser suave e controlado.

Pode-se associar o movimento de abdução e adução dos membros inferiores.

D) QUADRÚPEDE

Preparação:

No solo, em quatro apoios.

Objetivos:

� Estabilização dinâmica da cintura pélvica (power house);

� Alongamento Axial (da primeira vértebra ao cóccix)l;

� Fortalecimento de abdominais;

� Estabilização da cintura escapular.

Figura 4 - Quadrúpede – Fonte: http://woman.brigitte.de/asset/Image/Imported/gesund/balance/pilates-plus/bild13.jpg - Acesso em março 2010.

Descrição do exercício:

O indivíduo se posiciona em quatro apoios com os joelhos com uma flexão de

45 a 55º e o quadril com uma flexão de 45 a 55º, as mãos alinhadas com os

ombros e os cotovelos estendidos. É solicitada especial atenção com alongamento

axial da coluna e o controle da pelve em posição neutra, acionando os

estabilizadores do quadril (“beijinho”) e estabilizadores da cintura escapular

(“escápulas nos bolsos da calça”). É solicitado que se tente colocar “o umbigo nas

costas”. Então, se evolui com as pernas alternadamente para trás, puxando pela

musculatura abdominal profunda, depois a perna faz o mesmo movimento

lateralmente, voltando à posição inicial.

E) CÍRCULO COM UMA PERNA

Preparação:

No solo, sem equipamentos.

Objetivos:

� Fortalecimento de abdominais;

� Coordenação com respiração e movimento de membros inferiores;

Figura 5 - Círculo com uma perna (Single leg circle). Fonte: http://www.bombshell-bride.com – acesso em março 2010

Descrição do Exercício:

Em decúbito dorsal, com os braços ao longo do corpo as palmas das mãos

voltadas para baixo e com os membros inferiores em extensão. Solicita-se que se

realize uma flexão de quadril de um membro inferior, com o joelho flexionado, e em

seguida estenderá o mesmo, mantendo o membro contralateral na posição inicial.

Mantendo os quadris em contato com o tatame, se efetuado o movimento em

círculos com o membro inferior elevado, girando em um sentido, em seguida em

outro. Depois se realiza o mesmo procedimento com o membro contralateral.

F) ESTIRAMENTO DA COLUNA PARA FRENTE

Preparação:

No solo, sem equipamentos. O professor ou colega pode dar assistência.

Objetivos:

� Estabilizar a coluna;

� Controle e equilíbrio do tronco, membros superiores e inferiores com a

organização do tronco;

Figura 6 - Estiramento da coluna para frente (Spine stretch forward) . Fonte: http://www.freemotion.biz. Acesso em março 2010

Descrição do exercício:

Partindo da posição sentado, com a coluna vertebral alinhada (“espátulas nos

bolsos da calça”) e os membros inferiores em extensão e abdução. É solicitado que

se realize uma dorsiflexão e uma flexão de 90° de ombro com os cotovelos

estendidos e com as palmas das mãos voltadas para o solo. Realizada uma

inspiração pelo nariz, mantendo-se na postura com a coluna alinhada. Na expiração

o sujeito fará uma flexão de tronco, levando o queixo em direção ao peito, forçando

o ar a sair dos pulmões deixando a coluna em um formato de “C”, em seguida volta-

se lentamente à posição inicial.

G) CEM

Preparação:

No solo, sem equipamentos. Pode-se utilizar duas bolas sob as mãos para

desafiar um maior controle do tronco, enquanto se associa um fortalecimento de

membros superiores.

Objetivos:

� Fortalecimento de abdominais;

� Controle e equilíbrio do tronco, membros superiores e inferiores com a

organização do tronco;

� Coordenação da respiração;

� Integração das costelas com a pelve.

� Figura 7 - Cem (hundred). Fonte: pilates.about.com – Acesso em março 2010

Descrição do exercício:

Em decúbito dorsal, solicita-se a flexão do quadril até aproximadamente 70º

com os joelhos fletidos ou estendidos. A diminuição do ângulo de flexão aumentam a

exigência: quanto mais perto de 90º, menor o esforço. É solicitada uma flexão da

região superior do tronco a partir de uma tentativa de trazer o esterno na direção do

púbis e não uma flexão cervical, devendo a cabeça se elevar do solo como

conseqüência da flexão dorsal. A ativação dos estabilizadores da escápula e

movimentos de pequena amplitude no ombro de flexão e extensão num ritmo

adaptado à respiração, em geral contando 2 tempos para inspirar e 3 tempos para

expirar. Cada tempo corresponde a uma flexão e uma extensão de ombro.

Totalizando 5 ciclos de movimentos de membros superiores para cada ciclo

respiratório, totalizando 100 movimentos com os braços. Deve-se lembrar da

ativação do “beijinho” e “umbigo colado nas costas”.

H) CISNE

Preparação:

No solo, sem equipamentos.

Objetivos:

� Diminuição da pressão da coluna lombar;

� Extensão da coluna;

� Alongamento abdômen e peitorais;

� Fortalecimento dos músculos intercostais.

Figura 8 - Cisne (Swan). Fonte: pilates.about.com – Acesso em março 2010

Descrição do exercício:

Em decúbito ventral e com as palmas das mãos apoiadas na base, com

abdução de ombro de 90° e flexão de cotovelo de 90°. Os membros inferiores estão

em extensão e com os tornozelos em plantiflexão. É orientado a “empurrar o

umbigo em direção a coluna” – contração do transverso do abdome - ao mesmo

tempo em que realiza uma extensão de tronco, hiperestendendo a cabeça com os

membros superiores em extensão. Cuidado para manter a musculatura da coluna

lombar relaxada e o abdômen “com o umbigo nas costas”. O peito se abre para

frente e mantendo o topo do quadril no chão. Se empurre para o alto para manter as

escápulas organizadas e o pescoço alongado.

REFÊRENCIAS

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ANEXOS

ESTILO DE VIDA

Informações Pessoais 1 . Qual o seu Sexo? ( ) Masculino ( ) Feminino 2. Qual a sua idade? ( )menos de 30 anos ( ) 30 a 39 anos ( ) 40 a 49 anos ( ) 50 anos ou mais 3. Qual o seu estado civil? ( )solteiro(a) ( ) casado(a) / vivendo com parceiro ( ) viúvo(a) ( ) divorciado(a) / separado(a) 4. Quantos filhos que você tem: ( )nenhum ( ) 1 a 2 filhos ( ) 3 a 4 filhos ( ) mais de 4 filhos 5. Qual a sua Renda Familiar Mensal ? ( )até R$ 520,00 ( ) R$ 521,00 a 1.300,00 ( )R$ 1.301,00 a 2.600,00 ( )Acima de R$ 2.600 Alimentação a . Sua alimentação diária possui 5 porções de frutas e verduras? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre b. Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre c. Você faz 5 refeições diárias? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre Atividade Física d. Você realiza ao menos sempre 30 minutos de atividades físicas moderadas ou intensas, de forma contínua ou acumulada cinco ou mais dias da semana? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre e. Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvam força e alongamento muscular? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre f. No seu dia-a-dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente,usa as escadas ao invés do elevador? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre Comportamento preventivo g. Você conhece sua pressão arterial seus níveis de colesterol e procura controlá-los? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre h. Você nãofuma e ingere álcool com moderação (álcool menos de 2 doses por semana)? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre i. Você sempre usa o cinto de segurança e se dirige o faz respeitando as normas de trânsito, nunca ingerindo álcool se vai dirigir? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre Relacionamento Social j. Seu lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo ou participações em associações? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre k. Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil em seu ambiente social? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre l. Você está satisfeito com seu relacionamento? ( ) nunca ( )às vezes ( )quase sempre ( )sempre Controle do Estresse m.Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre n. Você mantém uma discussão em alterar-se mesmo quando contrariado? ( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre o. Você procura equilibrar o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer?( ) nunca ( ) às vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

Figura 9 - Os músculos abdominais -

MATERIAL PEDAGÓGICO -

PDE

COLÉGIO

ESTADUAL UNIDADE POLO

ATIVIDADE FÍSICA COMO

MEIO DE PREVENIR DOR NAS COSTAS

MARIZA RAIZEL

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

2008Y