DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · algoritmos nada mais são que respostas adquiridas para...
-
Upload
phungxuyen -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
Transcript of DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · algoritmos nada mais são que respostas adquiridas para...
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Ficha para Catálogo de Produção Didático - Pedagógi ca
Professor PDE/2009
Título A resolução de problemas favorecendo a compreensão das quatro operações com números naturais.
Autor
Marlene aparecida Lopes dos Santos
Escola de Atuação
Escola estadual Sagrada Família-E. F.
Município da escola
Siqueira Campos
Núcleo Regional de Educação
Ibaiti
Orientador
Jonis Jecks Nervis
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual Norte Pioneiro - UENP
Área do Conhecimento
Matemática
Produção Didático-Pedagógica Esta produção didático-pedagógica representa uma Unidade Didática caracterizada como um OAC.
Relação Interdisciplinar
Matemática e Língua Portuguesa
Público alvo Discentes de quinta série/ 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Sagrada Família.
Localização
Rua Quintino Bocaiúva - nº 1376 - Bairro: Centro CEP: 84940-000
Apresentação: Em sala de aula, ainda encontramos as operações sendo trabalhadas isoladamente como exercícios repetitivos e mecânicos, priorizando a técnica dos algoritmos deixando de possibilitar aos alunos, a compreensão dessas operações. Esse OAC tem como objetivo buscar maneiras de proporcionar o desenvolvimento matemático dos alunos no entendimento, uso e aplicação das quatro operações básicas com números naturais, de forma significativa e reflexiva, através da prática em sala de aula da resolução de diversos tipos de problemas.
Palavras-chave
Operações. Algoritmos. Problemas.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
MARLENE APARECIDA LOPES DOS SANTOS
A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS FAVORECENDO A
COMPREENSÃO DAS QUATRO OPERAÇÕES COM NÚMEROS
NATURAIS.
Jacarezinho 2010
MARLENE APARECIDA LOPES DOS SANTOS
A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS FAVORECENDO A
COMPREENSÃO DAS QUATRO OPERAÇÕES COM NÚMEROS
NATURAIS.
Material didático apresentado ao Departamento de Matemática da Universidade Estadual do Norte Pioneiro e à equipe PDE/SEED/PR. Orientador: Profo Jonis Jecks Nervis
Jacarezinho
2010
Problematização
Operações Básicas com Números Naturais - Um conteúd o que
precisa ser compreendido e ter significado para os alunos.
Nossos alunos vivem cercados por números, muitos realizam cálculos
mentais e resolvem situações-problemas cotidianas com grande facilidade, porém
na escola alguns destes não obtêm o mesmo resultado satisfatório. Não conseguem
entender a matemática utilizada na escola, não vêem relação da matemática escolar
com a matemática da vida que utilizam em seu dia-a-dia.
Em sala de aula, encontramos ainda as operações sendo propostas
isoladamente como exercícios repetitivos e mecânicos, priorizando a técnica dos
algoritmos deixando de possibilitar aos alunos, a compreensão das mesmas. Isso
requer uma reflexão por parte dos professores sobre sua prática docente.
A mudança na postura do professor, tendo como objetivo fundamental
melhorar e ou minimizar as dificuldades enfrentadas pelos alunos no domínio das
quatro operações básicas com Números Naturais nos leva a buscar respostas à
questão: De que maneira essas operações podem ser apresentadas e
desenvolvidas com os alunos para que favoreça a sua aprendizagem de forma
reflexiva e crítica, despertando o interesse e a motivação em sua resolução?
Referências PARANÁ. Diretrizes curriculares para o Ensino Fundamental . Curitiba: SEED, 2006.
Investigação disciplinar
A resolução de problemas favorecendo a compreensão das quatro
operações com números naturais.
Ao repensar a prática docente e tendo em vista algumas dificuldades
enfrentadas pelos alunos na resolução das quatro operações, nas séries finais do
Ensino Fundamental, mais especificamente pelos alunos da quinta série ou sexto
ano, faz-se necessário uma mudança de postura frente ao ensino desse conteúdo.
Esse Objeto de Aprendizagem Colaborativa - OAC tem como objetivo buscar
maneiras de proporcionar o desenvolvimento matemático dos alunos no
entendimento, uso e aplicação das quatro operações básicas com números naturais,
de forma significativa e reflexiva.
Um dos desafios do ensino da matemática consiste em dar significado ao
conteúdo estudado para que este tenha sentido para o aluno, pois aprender
matemática segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná:
...é mais que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível (PARANÁ, 1990, p.66) in PARANÁ (2008, p.46).
Diante disso, as operações com números naturais, desenvolvidas desde as
séries iniciais até as quintas séries ou sexto ano das séries finais, merecem um
tratamento diferenciado, para minimizar possíveis dúvidas ou dificuldades ainda
encontradas.
Para desenvolver esse conhecimento faz-se necessário oferecer condições
para que o aluno construa o conceito de adição, subtração, multiplicação e divisão e
compreenda os diferentes significados de cada uma delas, as relações entre elas e
seus algoritmos, propiciando as condições necessárias para que os mesmos tenham
acesso aos diferentes tipos de cálculos como: exato e aproximado, mental e escrito.
Também o uso de material concreto como o ábaco ou o material dourado poderá
ajudar na compreensão dessas operações.
Antes de ensinar o algoritmo breve (curto) das operações, o professor poderá
demonstrar outras formas de resolvê-las, servindo como etapas para a apropriação
do algoritmo breve, assim possibilitará ao aluno a “compreensão dos processos
nelas envolvidos, utilizando a calculadora para verificar e controlar resultados”.
Giovanni Júnior (2009, p.46).
Para ensinar as operações básicas, não basta ensinar os algoritmos isolados,
sobre isso Pereira (1998, p.21) nos relata que: “Isolados de seu contexto, os
algoritmos nada mais são que respostas adquiridas para perguntas futuras; servirão
para resolver problemas, mas ninguém sabe de que problema se trata.”
Sendo assim, para que essas quatro operações realmente sejam
compreendidas, os alunos devem ser expostos a variadas situações-problema, para
que então possam utilizá-las em seu desenvolvimento e soluções.
Os problemas ou as situações-problema a serem utilizados devem ser
escolhidos cuidadosamente pelo professor; não podendo ser muito fáceis, pois
assim não representaria desafio algum, bem como não devem ser muito difíceis a
ponto de levar o aluno a desistir da busca de sua solução.
Outro cuidado que o professor deve ter é de não propor problemas logo após
a apresentação do conteúdo, pois possibilita ao aluno descobrir qual a operação que
deverá utilizar, sem refletir sobre o enunciado e seus dados. Atualmente, se
quisermos formar alunos capazes de resolver problemas de forma reflexiva,
precisamos estar conscientes de que:
é preciso propor tipos variados de problemas, incluindo, por exemplo, problemas sem solução, problemas com mais de uma solução, problemas com excesso de dados, problemas cuja resolução envolva mais de uma operação e problemas que possam ser resolvidos pela combinação de diferentes operações. FOLLADOR apud PARANÁ, (2005, p.16).
Segundo, essa autora os problemas propostos pelo professor serão mais
interessantes se for permitido que estes sejam resolvidos de várias formas e que
suas resoluções sejam discutidas entre eles. Com este tipo de prática o professor
poderá discutir os erros e acertos, compreendendo o raciocínio dos alunos e suas
dificuldades.
Carvalho (2005, p. 17) nos afirma que ao possibilitar ao aluno resolver um
problema utilizando diversas estratégias como “desenhos, gráficos, tabelas,
esquemas, apoio de materiais concretos e, se for o caso, aplicando a operação”
estamos permitindo que este use os seus conhecimentos e a sua criatividade, bem
como estaremos possibilitando o “rompimento de um trabalho linear no ensino da
matemática.”
Os alunos poderão também, refletir sobre o seu modo de pensar e o modo de
pensar de seus colegas, fortalecendo sua autonomia e contribuindo para uma
melhor aprendizagem.
Segundo Giovanni Júnior (2009, p.11) “Com a prática da resolução de
problemas nas aulas de Matemática, os alunos têm a oportunidade de desenvolver e
sistematizar os conhecimentos matemáticos, dando significação aos conteúdos
trabalhados.”
Além da necessidade de ter significado, os conteúdos devem ser
organizados segundo Melão (2005, p.14) privilegiando a integração entre eles. A
melhor forma de fazer essa integração é “estudar matemática a partir da resolução
de problemas.” Sobre os problemas ele nos relata que:
Os problemas devem representar um ponto de partida na busca pelo conhecimento e não um fim, não apenas um recurso para aplicação de métodos e técnicas. É o problema que vai puxar o fio do conteúdo e, a partir do que a criança já sabe, vai possibilitar encontrar caminhos para a construção de novos conhecimentos. Esses novos conhecimentos passam a ser ferramentas para solução de outros problemas e assim por diante. MELÃO (2005, p.14).
O uso e o domínio dos algoritmos das operações básicas representam um
conhecimento importante na resolução de problemas e estes dão sentido a
utilização dos mesmos.
Para que a resolução dos algoritmos não seja repetitiva e enfadonha, estes
podem ser apresentados aos alunos de forma diferente e interessante, como os
quadrados mágicos, estrelas e triângulos com números, e outras atividades que
despertem o interesse e a motivação na busca das soluções. O professor pode
propor essas atividades fazendo questionamentos sobre o enunciado, sua resolução
e estratégias. Com o tempo os próprios alunos assumem essa prática de reflexão,
na busca de um melhor entendimento da atividade desenvolvida.
Veja o exemplo abaixo:
Um quadrado é mágico, quando a soma ou produto dos números em cada
linha horizontal, vertical e nas duas diagonais é o mesmo. Complete o quadrado
mágico com algarismos de 1 a 9, sem repeti-los. A soma nas horizontais, verticais e
diagonais deverá ser igual a 15:
A partir da solução encontrada o professor poderá fazer várias perguntas
como: Esta solução é a única? Como ela foi encontrada? Qual é a característica que
ela apresenta? É possível construir outros quadrados mágicos com outros números?
Socialize com os alunos as diferentes escritas encontradas, desde que
estejam corretas.
Atividades como essa e outras, interessantes para os alunos, podem
favorecer a compreensão da abordagem dada ao conteúdo trabalhado, estimular a
aprendizagem, fazer a verificação, a complementação e a fixação desses conteúdos.
Assim, deve-se propiciar aos alunos o desenvolvimento dos conteúdos com
variados textos e representações dessas operações, para que os alunos saibam que
os conhecimentos e suas representações estão em constante aperfeiçoamento.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, M. Problemas? Mas que Problemas?!. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005. FOLLADOR, D. Educação Matemática Nos Anos Iniciais Do Ensino Fundamental . Orientações Pedagógicas – Matemática Ciclo Básico de Alfabetização. Curitiba: SEED, 2005. GIOVANNI JÚNIOR.J.R.; CASTRUCCI, B. Sumário: A conquista da matemática, 6º ano.São Paulo:FTD, 2009. MELÃO, W. S. A Matemática Escolar como Instrumento de Educação. ? In: SEED - Orientações Pedagógicas – Matemática: Sala de Apoio à Aprendizagem. Curitiba: SEED, 2005. PARANÁ. Diretrizes curriculares para o Ensino Fundamental . Curitiba: SEED, 2006.
_______ Ensinar e Aprender – Impulso Inicial. (Projeto de C orreção de Fluxo) Matemática. Curitiba: CENPEC, 1998.
PEREIRA.J.F.; TAHAN. S. P. A Natureza da Divisão. In: Cadernos da TV Escola: PCN na Escola/ Coordenação Geral ARANTES. V. M. Matemática 2. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação a Distância. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1998, 64 p.
Perspectiva interdisciplinar Interdisciplinaridade: Matemática e Língua Portugue sa
A interdisciplinaridade é muito importante para que o aluno não tenha a visão
fragmentada. A interdisciplinaridade é muito importante para que o aluno não tenha
a visão fragmentada do conteúdo. Segundo Castro (2005) as disciplinas de
Matemática e Língua Portuguesa são imprescindíveis na formação do cidadão.
É preciso que o ensino dessas disciplinas colabore para a formação do
cidadão possibilitando o uso consciente da linguagem e os conceitos matemáticos.
Como essas disciplinas estão presentes no cotidiano dos alunos, o professor
pode desafiar os mesmos a refletir e encontrar soluções para os problemas que
enfrentam no dia a dia. Fazendo operações, interpretando e compreendendo textos,
fazendo compras ou escrevendo relatos de suas experiências, os alunos utilizam
raciocínio lógico e a linguagem.
O professor deve mostrar aos alunos que a resolução de problemas é uma
atividade não só da escola e apenas das aulas de matemática, mas que pode ser
desenvolvida em todas as disciplinas, pois necessita de leitura e interpretação nos
diferentes contextos.
A verdadeira integração dos conteúdos leva a formação de um aluno crítico,
capaz de estabelecer relações entre todas as áreas do conhecimento humano.
Referência
CASTRO, L. C. Português e Matemática: É Possível haver interdisciplinaridade? Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=704 acessado em: 27jul.2010.
Contextualização
A Matemática no orçamento familiar .
Atualmente é grande o apelo ao consumismo pelos meios de comunicação. O
dinheiro faz parte do nosso cotidiano, compramos, vendemos, pagamos, recebemos
nosso salário, etc. Assim é importante sabermos como administrá-lo. Essa noção
deve começar logo na infância, para que as crianças aprendam a utilizar o dinheiro
de forma consciente. Sendo assim e estar dentro do contexto social à escola tem
como dever auxiliar neste processo de conscientização. O professor poderá
desenvolver um planejamento de orçamento familiar em sala de aula, que poderá
ser utilizado no dia a dia dos alunos e famílias. Um exemplo de organização do
orçamento familiar é exposto pelo professor Fabio Gallo Coimbra, no globo repórter
Edição do dia 23/07/2010.
Saiba como se organizar, com o orçamento do ABCD.
O professor Fabio Gallo Coimbra, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, explica como a pessoa deve priorizar os gastos.
Duas em cada três famílias brasileiras gastam, em média, mais do que ganham. Ao todo, 68,4% estão com dívidas, segundo a pesquisa mais recente sobre orçamento familiar. Mas esse problema tem solução. Especialistas dão dicas bem práticas.
O conselho número 1 vem do professor Fabio Gallo Coimbra, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo: “saber o que ganha e o que gasta".
O economista explica como organizar um orçamento que dá certo. Basta seguir as letras ABCD.
A – Alimentar B – Básico: conta de água, luz, telefone, escola de filhos. C – Contornável: aquilo que faz a vida melhor e, em uma eventualidade, você corta. D – Desnecessário: por exemplo, ter cinco cartões de crédito.
Disponível em: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/07/saiba-como-se-organizar-com-o-orcamento-do-abcd.html . Acessado em 26/07/2010.
Sítios
Título do Sítio: Racha Cuca Não quebre a cabeça, rache a cuca
Título do sítio: Somatemática - Portal Matemático Disponível em: http://www.somatematica.com.br Acessado em: Julho / 2010. Comentários: Este é um portal matemático para professores, estudantes e aqueles que se
interessam por matemática, podendo aprender e se divertir com as seções de
entretenimento, seção de desafios que são muito interessantes. Outras como a
comunidade, os fóruns e os jogos. Apresenta também serviços, material de apoio e
uma série de produtos educacionais de qualidade, incluindo CDs com conteúdos
matemáticos e DVDs com vídeoaulas. Certamente, utilizando este site poderemos
aprimorar o nosso conhecimento e enriquecer nossa prática pedagógica. Sabendo
da importância de se diversificar os tipos de problemas matemáticos propostos aos
alunos, pode-se também ter acesso a uma lista de desafios matemáticos que
poderão ser selecionados e utilizados em sala de aula. Os desafios podem ser
encontrados em http://www.somatematica.com.br/desafios.php#
Título do sítio: Racha Cuca – Não quebre a cabeça, rache a cuca Disponível em: http://rachacuca.com.br/ Acessado em: Julho / 2010. Comentários: Este é um sítio muito interessante para quem gosta de Matemática e até para quem
não gosta muito. Apresenta várias categorias como jogos, lógica, quiz e testes. Os
jogos podem ser de lógica, matemática, quebra-cabeças e raciocínio. Também há
problemas de lógica, sudoku e quizzes sobre diversos assuntos para testar seus
conhecimentos e testes de inteligência. Após trabalhar problemas do tipo “travessia
de rio” e “encher jarros com água” onde os alunos têm que pensar numa estratégia e
descrever tentativas de soluções, o professor poderá levar seus alunos no
laboratório de informática para que estes participem online, dos problemas e jogos
de raciocínio seguindo as instruções que aparecem. O professor também poderá
fazer o caminho inverso, partindo da atividade online que é motivadora e
interessante para a forma descritiva no caderno.
Proposta de atividades
Problema Processo ou Heurístico Comentários:
O problema processo ou heurístico também chamado de problema não-
convencional por alguns autores apresenta maior complexidade para o aluno, pois
de acordo com Carvalho (2005, p.30) “as operações não estão evidenciadas no
enunciado”. Estes problemas permitem ao aluno o desenvolvimento de um processo
de resolução de problemas chamado processo científico, pois leva o aluno a fazer
tentativas, suposições, testar e provar a solução encontrada para o referido
problema, exige do mesmo um pouco de iniciativa e criatividade. Através
das orientações do professor, o aluno irá conhecer algumas estratégias como
tentativa e erro, transformar os dados do problema em desenhos e símbolos, fazer
gráficos, entre outras estratégias.
O arquivo em anexo traz sugestões de problemas e estratégias de resolução que
poderão ser utilizados no desenvolvimento do conteúdo de resolução de problemas.
1. Problema Processo ou Heurístico
1.1 - Tipo de atividade: Sugestões de estratégias que podem ser utilizados na
Resolução de Problemas Processo ou Heurístico.
1.2 - Objetivos:
- Proporcionar ao professor a reflexão de sua prática na possibilidade do uso da
sequencia de passos de Polya para orientar a compreensão dos alunos na
resolução de problemas.
- Propor ao professor estratégias que levem os alunos a interpretar e refletir sobre os
problemas, utilizando-se da sequencia de passos de Polya.
- Propor problemas que possibilitem ao aluno o desenvolvimento de sua criatividade,
sua iniciativa e seu espírito explorador.
1.3 - Recursos Utilizados: Problemas impressos a ser distribuídos aos alunos,
quadro de giz.
1.4 - Método Utilizado: Resolução de problemas em grupos.
1.5 - Desenvolvimento
Esse trabalho pode ser desenvolvido com turmas de quinta série (sexto ano)
com 35 a 40 alunos organizados em grupos de 2 ou 3 alunos.
Inicialmente o professor chamará a atenção dos alunos de forma a
sensibilizar os mesmos quanto às vantagens de aprimorarem seus conhecimentos a
respeito da resolução de problemas e a importância de participarem com dedicação,
realização de um contrato didático para o desenvolvimento das atividades.
Será apresentado um quadro com um resumo do esquema de POLYA (apud
DANTE, 1998, p. 29) com os passos que os alunos deverão seguir para apoiar o
entendimento e a resolução dos diversos tipos de problemas. Cada aluno receberá
uma tabela para seu uso particular com esses passos. Será proposto pelo professor,
alguns exemplos de problemas, enfatizando as soluções diferentes e criativas.
A partir daí uma série de problemas serão aplicados, distribuindo-se um
problema de cada vez para cada aluno, porém para ser resolvido em grupo, com o
acompanhamento do professor no desenvolvimento das atividades, realizando as
devidas interferências e dando um tempo para os alunos pensarem e estabelecerem
um plano de ação. Através das orientações e exemplos dados pelo professor,
o aluno irá aos poucos tendo conhecimento de algumas estratégias que poderão ser
usadas em outros problemas semelhantes como: transformar os dados do problema
em desenhos, fazer tabelas, esquemas, apoio de materiais concretos, simulação da
situação ou tentativa e erro, escolhendo uma operação até verificar que a meta foi
alcançada.
No momento da correção haverá um compartilhamento de idéias e soluções.
Os alunos terão oportunidade de mostrar aos colegas seus procedimentos e
raciocínio na busca das soluções e o professor poderá chamar a atenção para as
peculiaridades de cada problema e a possibilidade de utilizar estratégias diferentes.
Exemplos dado pelo professor e resolvido junto com os alunos observando a
sequencia de passos de Polya:
1º Exemplo
Foram convidadas 38 crianças para o aniversário de Paulinho. O pai de Paulinho
precisa alugar mesas quadradas para fazer uma longa fila, colocando as mesas lado
a lado, uma encostada na outra. Qual é o menor número possível de mesas que ele
deverá alugar?
a) Compreendendo o problema
Dados:
Número de crianças: 38
Longa fila de mesas encostadas uma na outra.
Ocupação de cada lado disponível da mesa por uma única criança.
Número inteiro de mesas, pois não há “meia mesa”.
Objetivo:
Determinar o número de mesas necessárias.
Figura:
...
Quantas mesas?
b) Estabelecendo um plano
1ª estratégia
Transformar o problema em desenho, onde os dados possam ser contados.
2ª estratégia
Dividir 38 por 2, porque cabem 2 crianças em cada mesa. Em seguida, subtrair1,
porque as duas crianças da última mesa podem se sentar nas pontas da fila.
3ª estratégia
Subtrair 6 de 38, porque nas duas mesas terminais, juntas, cabem 6 crianças. Dividir
o resultado por 2, porque nas demais mesas cabem 2 crianças. A este último
resultado acrescentar 2, porque são duas as mesas terminais retiradas.
c) Executando o plano
1ª estratégia
Fazemos o desenho das mesas:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38
Nesse caso, precisaríamos de 19 mesas. Mas não há ninguém sentado nas pontas.
Mas não há ninguém sentado nas pontas. Então, podemos diminuir 1 mesa, ficando
com 18. Assim:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
19 38
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37
2ª estratégia
38 : 2 = 19 19 - 1 = 18
3ª estratégia
38 – 6 = 32 32 : 2 = 16 16 + 2 = 18
Portanto, o número mínimo de mesas a serem alugadas é 18.
d) Fazendo o retrospecto ou verificação
Dezenove mesas resolveriam o problema, mas este não é o menor número possível.
O menor número é 18, pois 18 x 2 = 36 e 36 + 2 = 38.
As três estratégias utilizadas aqui servem para qualquer número par de crianças.
Experimente.
Quando se trata de “números grandes”, a 1ª estratégia (desenho) não se aplica.
Resposta: Nas condições dadas, o menor número possível de mesas que ele deverá
alugar é 18.
Algumas extensões para esse problema:
• E se colocássemos as mesas em forma de U ou de L, qual seria o número
mínimo de mesas necessárias?
• E se fizéssemos duas filas de mesas?
• E se o número de crianças fosse ímpar, como se resolveria o problema?
2º Exemplo
Num quintal há galinhas e coelhos. Ao todo são 12 cabeças e 34 pés. Quantos
animais de cada espécie há no quintal?
Para a resolução desse problema pode-se seguir a mesma sequência utilizada no
problema anterior: Compreendendo o problema; Estabelecendo um plano;
Executando o plano e Fazendo o retrospecto ou verificação.
Estratégias de Resolução
1ª estratégia
Fazemos o desenho dos animais (representação gráfica)
12 animais
Utilizamos a classe de abrangência para a adição, ou seja, galinhas e coelhos fazem
parte da classe dos animais.
- Alguns animais possuem 2 pés ( galinhas) e outras 4 (coelhos).
Se todos os animais possuíssem 2 pés, teríamos, ao todo 24 pés. Mas, ao todo,
temos 34 pés, sobrando, portanto, 10 pés, que, 2 a 2, correspondem a 5 coelhos.
Logo, são 7 galinhas.
5 coelhos + 7 galinhas = 12 animais.
12 cabeças = 12 animais
24 pés
Sobraram: 10 pés
Logo:
5 animais possuem 4 pés = 5 coelhos
7 animais possuem 2 pés = 7 galinhas
2ª estratégia
Através da aritmética, temos:
12 animais = 12 cabeças
34 pés
34 – 12 = 22 22 – 12 = 10 2 pés por animal sobrará 10 pés
10 : 2 = 5 ( 5 animais com mais 2 pés = 4 pés por animal) coelho
12 – 5 = 7 galinhas
Entenda-se aqui que “animais” correspondem somente a classe de coelhos e
galinhas.
3ª estratégia
Para os alunos da 6ª série ou 7º ano poderá ser apresentado a resolução através da
Álgebra:
I - nº total de animais ( cabeças ) 12 animais.
X – nº de galinhas
Y _ nº de coelhos
II – nº total de pés 34 pés
2X – animais que possuem dois pés
4Y _ animais que possuem 4 pés
x + y = 12 ( I )
2x + 4y = 34 ( II )
Resolução:
x = 12 – y ( I )
2x + 4y = 34 ( II )
Substituindo I em II, temos :
2 (12 – y ) + 4y = 34
24 – 2y + 4y =34
2y = 34 – 24
2y = 10
y = 10 :2
y = 5 coelhos
Substituindo em I, temos:
X = 12 – y
X = 12 – 5
X = 7 galinhas
Problemas propostos para os alunos:
1. Numa reunião de equipe há 6 alunos. Se cada um trocar um aperto de mão com
todos os outros, quantos apertos de mão teremos ao todo?
2. Num estacionamento há 14 veículos, entre motos e carros. Se o total de rodas é
44, quantos carros e quantas motos há nesse estacionamento?
3. Como é possível retirar de um rio exatamente 6 litros de água, se, para medir a
água, dispomos apenas de dois recipientes, um com 4 e outro com 9 litros de
capacidade?
4. Um homem que pesa 80 quilos e seus dois filhos, cada um deles pesando 40
quilos, querem atravessar um rio. Se eles tiverem apenas um bote com a
capacidade de carregar com segurança somente 80 quilos, de que modo eles
poderão atravessar o rio?
5. Júlia arrumou algumas garrafas de refrigerante colocando 4 garrafas na base da
pilha e uma a menos em cada camada. Quantas garrafas ela empilhou? E se a pilha
tivesse 6 garrafas na base?
6. Um estudante apanhou aranhas e joaninhas num total de 15, e as guardou numa
caixa. Contou em seguida 108 patas. Quantas aranhas e quantas joaninhas ele
apanhou? Como bom estudante de Ciências ele sabe que uma aranha tem 8 patas e
uma joaninha 6.
7.Num sítio existem 21 bichos, entre patos e cachorros. Sendo 54 o total de pés
desses bichos, calcule a diferença entre o número de patos e o número de
cachorros.
8. Numa festa restam ainda cinco pessoas. Se para se despedirem cada uma trocar
um aperto de mão com todas as outras, quantos apertos de mão teremos?
9. (Podemos mudar a pergunta) Houve 10 apertos de mão em uma festa. Sabe-se
que cada pessoa apertou a mão das demais uma só vez. Quantas pessoas estavam
na festa?
10. Algumas crianças estão sentadas em volta de uma mesa, e a mãe de Joãozinho
lhes dá um saquinho com 15 balas. Cada criança pega uma e passa o saquinho
adiante. Joãozinho pega a primeira e a última bala, e poderia pegar mais do que
essas duas. Quantas crianças poderiam estar sentadas em volta da mesa?
1.6 - Número de alunos: 35 a 40 alunos organizados em grupos de 2 ou 3 alunos.
1.7 - Avaliação
A avaliação será feita dia a dia mediante a observação na execução das atividades
propostas, bem como a anotação dos comentários, procedimentos e das
dificuldades encontradas pelos alunos para fazer as intervenções necessárias.
Soluções e/ou respostas dos problemas propostos:
Problema 1
R:15 apertos de mãos.
Algumas respostas que surgem dos alunos sem pensar muito são 12 ( 6 x 2 ), 36 (
6 x 6) e 30 ( 6 x 5), porém estão erradas. Esse problema pode ser solucionado com
diversas estratégias: fazendo uma lista dos nomes, diagramas e também simulando
o problema.
1ª estratégia: Solução através da representação (simulação) do problema.
Os seis alunos se cumprimentam de verdade e marcam a quantidade total de
apertos de mão. Assim, o primeiro aluno cumprimenta todos os outros e sai, são
cinco apertos de mão. O segundo aluno cumprimenta os quatro alunos que restam
fora ele, são mais quatro apertos. O terceiro aluno cumprimenta os três alunos que
restam fora ele, são mais três apertos. O quarto aluno precisa de dois apertos, pois
fora ele restam dois alunos. Agora só falta um aperto, pois temos apenas dois
alunos. Total: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15 apertos de mão.
2ª estratégia: Construção de uma tabela de dupla entrada representando as seis
pessoas. Cada aperto de mão pode ser representado com um X ou O. Não podemos
esquecer de ressaltar que cada pessoa cumprimenta outra somente uma vez e não
cumprimenta a si próprio.
P1 P2 P3 P4 P5 P6
P1 X X X X X
P2 X X X X
P3 X X X
P4 X X
P5 X
P6
Resposta: Teremos um total de 15 apertos de mãos.
O professor deverá incentivar os alunos à esquematizarem a solução desse
problema de outras maneiras.
Problema 2
R: Há nesse estacionamento 8 carros e 6 motos ( A resolução é semelhante ao
segundo exemplo dado: coelhos e galinhas)
Problema 3
R: Encher a vasilha de 9 litros e despejar na de 4 litros, jogar fora essa água.( 9 – 4=
5). Encher a vasilha de 4 litros com a água que ficou na vasilha maior. E depois
jogar fora (5 – 4 = 1).Despeje esse 1 litro que sobrou na vasilha menor e agora não
jogue ( A vasilha grande ficou vazia e a pequena com 1 litro, faltando 3 para encher).
Encho a vasilha maior ( 9 litros) e completo a menor (1 litro + 3 litros), restando 6
litros na vasilha maior (9 – 3 = 6).
Para resolver esse problema os alunos também poderão fazer desenhos, simular a
situação ou outra estratégia.
Problema 4
R:Inicialmente vão os dois filhos para a outra margem. Um fica e outro volta. Na
segunda viagem, vai o pai e volta o filho que havia ficado. Finalmente, vão os dois
filhos.
Problema 5
R: Ela empilhou 10 garrafas. 21 garrafas.
Problema 6
R: 9 aranhas e 6 joaninhas.
Oscar Guelli, Jogando com a Matemática, pag. 47 e 48. (1995) Contando a História
da Matemática.
Problema 7
R: Há 15 patos e 6 cachorros, portanto a diferença é 15 – 6= 9.
Problema 8
R: 10 apertos de mão
Problema 9
R: 5 pessoas
Problema 10
R: O objetivo é determinar o número de crianças que poderiam estar sentadas em
volta da mesa. Podem-se fazer desenhos e fazer uma contagem de modo
organizado, eliminando os números impossíveis ou procurar os números n, de modo
que 15 dividido por n deixe resto igual a 1.
1ª estratégia
É possível ter 2 crianças, pois Joãozinho pega a 1ª, 3ª, 5ª, 7ª, 9ª, 11ª, 13ª e a 15ª
balas.
Não é possível ter 3 crianças pois Joãozinho pega a 1ª e não pega a última (15ª).
Não é possível ter 4 crianças. Experimente.
Não é possível ter 5 crianças. Experimente.
Não é possível ter 6 crianças. Experimente.
É possível ter 7 crianças, pois Joãozinho pega a 1ª, a 8ª e a 15ª balas.
Não é possível ter 8, 9,10,11,12 ou 13 crianças.
É possível ter 14 crianças, pois Joãozinho pega a 1ª e a 15ª( última).
2ª estratégia
15 : 2 = 7 resto = 1
15 : 7 = 2 resto = 1
15 : 14 = 1 resto = 1
Resposta: A quantidade de crianças possível é 2 ou 7 ou 14.
Referências
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática . São Paulo: Ática,1998. PARANÁ. Coleção Cadernos de Ensino Fundamental. Matemática: 5ª a 8ª série . Curitiba: SEED, 1994. GUELLI, O. Contando a História da Matemática. 5 Jogando com a Matemática . São Paulo: Ática, 1995. KRULIK, S. A; Reys, R. E. Resolução de Problemas na Matemática Escolar . São
Paulo: Atual, 1997.
Problemas de lógica
Comentários:
Os problemas de lógica são problemas sem dados numéricos e que exigem
raciocínio dedutivo e estratégias, como organização dos dados em uma tabela ou
diagrama, desenhos, dramatizações, etc. Para resolver esses problemas os alunos
precisam levantar hipóteses, checar essas hipóteses e esse raciocínio dedutivo será
muito importante para que o aluno estabeleça relações lógicas na organização de
seu pensamento. São geralmente problemas que desafiam os alunos.
1.1 - Tipo de atividade: Sugestões de estratégias que podem ser utilizados na
Resolução de Problemas de Lógica.
1.2 - Objetivos:
- Proporcionar ao professor a reflexão de sua prática na possibilidade do uso da
sequencia de passos de Polya para orientar a compreensão dos alunos na
resolução de problemas.
- Propor ao professor estratégias que poderão ser usadas pelos alunos na resolução
de problemas de lógica, utilizando-se da sequencia de passos de Polya para
interpretar e melhor refletir sobre os problemas.
- Propor problemas que possibilitem ao aluno o desenvolvimento de sua criatividade,
sua iniciativa e o trabalho com um raciocínio do tipo “se..., então...”, isto é o
raciocínio dedutivo.
1.3 - Recursos Utilizados: problemas impressos a ser distribuídos aos alunos e
quadro de giz.
1.4 - Método Utilizado: Resolução de problemas em grupos.
1.5 - Desenvolvimento
O desenvolvimento desse trabalho com problemas de lógica pode seguir os mesmos
passos dos Problemas Heurísticos: Exemplificação do professor e proposta de
problemas para os alunos. O professor poderá em outra ocasião propor um
problema curioso, e interessante ou de maior dificuldade no início da semana e
recolhe-lo ao final da mesma, realizando um trabalho de socialização e comentários
das soluções encontradas pelos alunos. O professor exemplificará um problema de
lógica e algumas estratégias de resolução para o entendimento dos alunos.
Problema exemplo.
Eu tenho dois irmãos, Paulo e Lucas. Cada um de nós tem um gato de estimação
que se chamam Daqui, Dali e Delá. Um dos gatos é branco, o outro é preto e o
terceiro é malhado.
• Delá não é branco e é o meu predileto.
• Paulo prefere o gato preto que não é Daqui.
• Lucas não gosta do gato malhado.
Descubra o dono de cada gato e a cor do meu gatinho.
Ilustração 1 e 2: Gatinhos Ilustração 3: Gato branco Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gato Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:WhiteCat.jpg
Solução 1 : Esquema
O aluno poderá ir lendo as dicas e montando um esquema. Pode ser um traço sob o
correto e um X para o que for eliminado ou outra marca. Veja como exemplo:
1ª dica - Delá não é branco e é o meu predileto.
Então Delá é o gato do narrador e pode ser preto ou malhado (elimina o branco).
Daqui Dali Delá
Branco Branco Branco x
Preto Preto Preto
Malhado Malhado Malhado
Narrador
2ª dica - Paulo prefere o gato preto que não é Daqui
Percebe-se que o gato preto é de Paulo e não é Daqui. Delá é do narrador, então só
pode ser Dali (elimina Daqui e Delá), sobrando o Dali. Se o Dali é preto então
elimina preto para Daqui e Dela (marca um x). Para Delá só sobra: malhado. Para
Daqui só sobra o branco.
Daqui Dali Delá
Branco Branco x Branco x
Preto x Preto Preto x
Malhado x Malhado x Malhado
Paulo Narrador
3ª dica - Lucas não gosta do gato malhado.
Daqui Dali Delá
Branco Branco x Branco x
Preto x Preto Preto x
Malhado x Malhado x Malhado
Lucas Paulo Narrador
Elimina o gato malhado que Lucas não gosta e o preto que é de Paulo, sobrando o
branco para Lucas.
R: Delá é o gato do narrador e é malhado, Paulo tem o gato preto Dalí e Lucas tem o
gato branco Daqui.
Solução 2: Fazendo uma tabela para organizar os dados.
O aluno vai lendo as dicas e colocando um X na tabela para as negações e uma O
para as confirmações.
Daqui Delá Dali Branco Preto Malhado Narrador X O X X X O Paulo X X O X O X Lucas O X X O X X
Também poderia construir duas tabelas uma para os gatos e seus donos e outra
para os gatos e suas cores.
Problemas propostos para os alunos:
Os problemas apresentados a seguir poderão ser resolvidos da mesma forma
que o exemplo anterior, fazendo algumas adaptações ou deixando os alunos usarem
outra estratégia que leve ao resultado correto.
1. Mabel, Ruth e Laura moram na mesma rua, uma do lado da outra.
Leia as dicas com atenção e diga onde cada uma delas mora.
- Na casa da direita não há boneca.
- A menina que tem bicicleta não é vizinha da menina que tem patins.
- Na casa da Mabel não tem bicicleta nem patins.
- A bicicleta da Laura é diferente.
2. João, Ana, Cláudia, Elen e Rodrigo são irmãos. Sabemos que:
- João não é o mais velho;
- Cláudia não é a mais moça;
- João é mais velho que Cláudia;
- Ana é mais velha do que Elen;
- Rodrigo é mais velho que Cláudia e mais moço que João.
- Você pode descobrir em que ordem nasceram esses cinco irmãos?
3. Ana, Pedro, Carlos e Diná gostam de gêneros literários diferentes: humor,
mistério, esportes e aventuras. Um dos colegas de grupo de Ana gosta mais de livro
de mistério, enquanto Carlos e Diná não gostam de livrosde aventura. O gênero
favorito de Pedro é esportes. Diná gostava de livros de humor, mas acabou
mudando de gosto.
- Qual é o gênero de livro que Diná prefere?
- Invente um problema como esse envolvendo você e seus colegas.
4. Os meninos Huguinho, Luizinho e Zezinho montaram três barracas na praia:
- Na barraca da direita não há prancha.
-O menino que tem bóia não é vizinho do menino que tem prancha.
- Na barraca de Zezinho não tem bóia nem prancha.
A prancha de Luizinho é bonita.
Qual é a barraca de cada um dos meninos?
5. Lucas, Rubens e Fábio ganharam os presentes que queriam em diferentes datas.
Leia as dicas com atenção e diga quem ganhou determinado presente e em que
data.
-Lucas não ganhou presente de Páscoa.
-Fábio não ganhou patins nem autorama.
-No natal, Rubens adorou o presente.
-O menino que ganhou o par de patins de aniversário já saiu patinando pela casa.
6. Andréia, Bernardo, Carolina e Daniel tomavam o café da manhâ, que não era
necessariamente café para todos.
Você saberia dizer o que cada um tomava, se eu lhe contar que:
-à esquerda de Carolina tomavam chá;
-Bernardo estava em frente de quem tomava café;
-quem sentava à direita de Andréia tomava suco de laranja;
-quem tomava chocolate estava em frente de quem tomava suco de laranja.
7. Três homens e suas esposas ganharam juntos R$ 5400,00. As esposas
receberam juntas R$ 2400,00. Raquel tinha R$ 200,00 a mais que Renata, Lígia
tinha R$200,00 a mais que Raquel. Paulo recebeu metade do que sua esposa
recebeu, Beto o mesmo que sua esposa e Marcio recebeu duas vezes mais que
sua esposa.
Quem é casado com quem?
1.6 - Número de alunos: 35 a 40 alunos organizados em grupos de 2 ou 3 alunos.
1.7 - Avaliação
A avaliação será feita dia a dia mediante a observação na execução das atividades
propostas, bem como a anotação dos comentários, procedimentos e das
dificuldades encontradas pelos alunos para fazer as intervenções necessárias.
Soluções e/ou respostas para os problemas propostos
Problema1
R: A casa de Laura é a da esquerda, a da Mabel a do centro e a da Ruth a da
direita.
Problema 2
R: Ana; João; Rodrigo; Cláudia e Elen.
Problema 3
R: O gênero preferido de Diná é mistério.
Problema 4
.R: Barraca de Luizinho, barraca de Zezinho, barraca de Huguinho.
Problema 5
R: Lucas ganhou o par de patins no aniversário, Rubens, o autorama no Natal e o
Fábio o CD Player na Páscoa.
Problema 6
R: Imaginemos uma mesa com quatro lugares numerados,1,2,3 e 4, raciocinemos
sempre no sentido horário.
Coloquemos Carolina no lugar 1 e ficamos sabendo que em 2 tomavam chá. Pela
segunda afirmação, sabemos que Bernardo não pode estar no lugar 4. Pela terceira,
sabemos que Andréia não pode estar no lugar 3, pois aí Carolina estaria tomando
café e suco de laranja ao mesmo tempo.
Resposta: Logo, Andréia tomava café, Daniel tomava suco de laranja, Carolina
tomava chocolate e Bernardo tomava chá.
Problema 7
R: Raquel e Paulo; Renata e Beto; Lígia e Márcio.
Referências
CARVALHO, M. Problemas? Mas que Problemas?! . Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005. DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Ática,1998. MATEMATICA. Programa Adequação Idade – Série: PAI-S . Caderno 1 Curitiba: SEED,1998. PARANÁ. Ensinar e Aprender – Impulso Inicial. (Projeto de Correção de Fluxo) Matemática. Curitiba: CENPEC, 1998.
________ Ensinar e Aprender 2 – (Projeto de Correção de Fluxo) Matemática. Curitiba: CENPEC, 1998.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas: Um novo aspecto do mé todo matemático. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.
POZO, J. I. A Solução de Problemas. Aprender a Resolver, Resolv er para Aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Problemas sem dados numéricos, com excesso ou falta de dados e
impossíveis de resolver.
Comentários:
Os alunos geralmente acreditam que todo problema tem solução, basta
utilizar as informações contidas no enunciado que se chegará à resposta.
Porém, há problemas cujas informações dadas são insuficientes para obter a
resposta, outros com dados que não são necessários para resolução do mesmo.
Para que os alunos se familiarizem com esses problemas, o professor pode
propor alguns problemas cuja resolução foge aos padrões convencionais, onde os
alunos precisem refletir sobre as informações contidas no enunciado e se elas são
necessárias ou não para sua resolução, superando as idéias de que todo problema
é numérico, sempre tem solução e que todos os dados que estão no enunciado
devem ser usados em sua resolução.
1.1 - Tipo de atividade: Sugestões de Problemas não convencionais: sem dados
numéricos, com falta de dados, com excesso de dados e impossíveis de resolver
que poderão ser propostos aos alunos.
1.2 - Objetivos:
- Proporcionar ao professor a reflexão de sua prática na possibilidade do uso da
sequencia de passos de Polya para orientar a compreensão dos alunos na
resolução de problemas.
- Propor problemas que possibilitem ao aluno refletir sobre o seu enunciado e seus
dados, sobre a finalidade adequação e utilização dos dados apresentados e
escolher apenas as informações necessárias para a sua resolução.
1.3 - Recursos utilizados: lista de problemas para cada aluno.
1.4 - Método Utilizado: Resolução de problemas individualmente.
1.5 - Desenvolvimento
O trabalho com esses problemas não convencionais pode ser realizado com a
classe toda. O professor apresentará aos alunos uma lista com 4 ou 5 problemas
para serem resolvidos individualmente. Este dará um tempo razoável para que os
alunos leiam, compreendam e busquem uma forma de resolver, sem que esse
tempo se transforme numa competição para ver quem é mais rápido. O professor
fará interferências mínimas, deve criar segundo Dante (1998, p.53) “um clima de
busca, exploração e descoberta, deixando claro que mais importante que obter a
resposta correta é pensar e trabalhar no problema durante o tempo que for
necessário para resolvê-lo.”
Enquanto os alunos estão trabalhando nos problemas, o professor percorre
as carteiras incentivando, dando pequenas dicas e sugestões. Depois que a maioria
dos alunos terminou de resolver, alguns alunos irão à lousa, explicar o que fizeram,
como fizeram, como pensaram essa resposta, confrontando suas respostas com as
demais respostas dos colegas. Finalmente, o professor confirma a resposta correta
ou as respostas corretas, chamando atenção para as peculiaridades de cada
problema e convidando-os a fazerem anotações de como cada um conseguiu
chegar a uma resposta, é a etapa do retrospecto e verificação sugeridas por Polya.
O professor poderá apresentar outros exemplos a serem resolvidos juntamente com
os alunos.
Exemplos para o professor utilizar em sala de aula.
a) Problemas sem dados numéricos :
De que dados necessito para saber se tive lucro ao vender uma bicicleta?
Nesse problema alguns alunos costumam dizer que não é possível resolver
por falta de número. O professor poderá fazer questionamentos que possibilite aos
alunos o entendimento do problema até chegar a resposta, que neste exemplo é o
preço de compra e o preço de venda da bicicleta que deve ser maior para se ter
lucro.
b) Problemas com falta de dados (basta tirar alguns dados de um problema
convencional).
Seu Manuel fez duas centenas de pães. Vendeu a metade do que produziu.
Quanto ele faturou?
Segundo Carvalho (2005, p. 40) Ӄ interessante que os alunos percebam que
o problema não tem solução porque falta dados.” Essa autora sugere que o
professor poderá pedir que os alunos reescrevam esse problema de modo que
possa ser resolvido, isto é acrescentando os dados necessários que neste caso é o
preço de cada pão.
c) Problema com excesso de dados (basta acrescentar alguns dados a um
problema convencional)
Manuel precisa emagrecer 20 quilos. Está pesando 90 quilos e já perdeu 7
quilos. Quantos quilos ele ainda deve emagrecer?
Para responder a questão do problema bastava fazer a diferença 20 – 7 = 13.
O peso não foi necessário para responder essa questão.
d) Problemas impossíveis de resolver a partir dos d ados :
Um prédio tem 7 andares com 6 janelas em cada andar. Qual a idade do
zelador?
É comum nesse tipo de problema os alunos usarem os números do problema
para fazer uma “conta” e dar uma resposta qualquer, sem refletir sobre a adequação
dos dados a pergunta solicitada. Alguns fariam 7 x 6 = 42, novamente cabe ao
professor fazer as devidas interferências e colocações sobre a necessidade de uma
análise mais cuidadosa sobre o enunciado dos problemas e seus dados.
Problemas propostos para os alunos:
1. Um menino subiu na cama e ficou da altura de seu pai.Qual a diferença entre a
altura do pai e do menino?
2. Quantos quilos de carne come por semana uma onça que pesa 90 quilos?
3. Paula levanta todos os dias às 6 horas da manhã e vai à padaria comprar 2 litros
de leite e 6 pãezinhos. Aos domingos, ela acorda às 8 horas e vai novamente à
padaria, onde compra o leite e a mesma quantidade de pãezinhos, e também um
grande pão doce. Quantos pãezinhos Paula comprará por mês?
4. Num estojo tem 12 lápis de cor, 3 canetas, 1 lápis preto, um apontador e uma
borracha. Qual o preço do estojo?
5.Existe algum número natural que, multiplicado por 4, resulte em 34? Se existe,
qual é ele? Se não, por que?
6. Um pedaço de madeira foi cortado em 3 partes: uma das partes mede 78 cm de
comprimento e as outras duas tem o mesmo comprimento. Qual a medida de cada
parte?
1.6 - Número de alunos: 35 a 40 alunos organizados em grupos de 2 ou 3 alunos.
1.7 – Avaliação
A avaliação será feita dia a dia mediante a observação na execução das atividades
propostas, bem como a anotação dos comentários, procedimentos e das
dificuldades encontradas pelos alunos para fazer as intervenções necessárias.
Soluções e/ou respostas para os problemas propostos para os alunos na lista.
Problema 1
R: A diferença entre a altura do pai e do menino é a cama. Nesse problema alguns
alunos dizem que não é possível resolver pois faltam números.
Problema 2
R: Nesse problema falta de dados, pois para saber quanto a onça come de carne
por semana teria que por exemplo, saber quanto ela come por dia.
Problema 3
R: Paula compra 30 x 6 = 180 pãezinhos por mês. Esse problema apresenta muitos
dados que não são necessários a resposta, porém o professor pode pedir para que
os alunos criem outras perguntas para esse problema, utilizando os demais dados.
Problema 4
R: Impossível de resolver a partir dos dados.
Problema 5
R: Não existe pois 34 não é múltiplo de 4.
Problema 6
R: Problema com falta de dados. O professor poderá pedir aos alunos que
reescrevam esse problema acrescentando o dado necessário para responder a
questão.
Referências
CARVALHO, M. Problemas? Mas que Problemas?! . Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2005. DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Ática,1998. PARANÁ. Ensinar e Aprender – Impulso Inicial. (Projeto de Correção de Fluxo) Matemática. Curitiba: CENPEC, 1998. POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas: Um novo aspecto do mé todo matemático. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.
POZO, J. I. A Solução de Problemas. Aprender a Resolver, Resolv er para Aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Sugestões de leitura
Livro 1
Categoria: Livro Sobrenome: Polya Nome: George Título do livro: A Arte de Resolver Problemas: um novo aspecto do método matemático. Edição: 2 Local da publicação: Rio de Janeiro Editora: Interciência. Ano da Publicação: 1995. Comentários:
Este livro traz considerações muito importantes sobre a resolução de problemas.
Apresenta uma lista de indagações ou passos que os alunos podem seguir para
orientar a compreensão e a resolução de problemas mostrando os objetivos dessa
lista. Apresenta variados exemplos que nos orienta em como resolver um problema,
dando sugestões, indicações e soluções aos problemas apresentados.
Livro 2
Categoria: Livro Sobrenome: Dante Nome: Luiz Roberto Título do livro: Didática da Resolução de Problemas de Matemática. Edição: 10 Local da publicação: São Paulo Editora: Ática. Ano da Publicação: 1998. Comentários:
Esse livro traz importantes contribuições para a melhoria da prática na Educação
Matemática. Classifica os vários tipos de problemas, sugere vários exemplos e as
etapas envolvidas em sua resolução.
Livro 3
Categoria: Livro Sobrenome: Carvalho Nome: Mercedes Título do livro: Problemas? Mas que Problemas?! Estratégias de resolução de problemas matemáticos em sala de aula. Local da publicação: Petrópolis Editora: Vozes Ano da Publicação: 2005. Comentários:
A autora propõe, neste livro, a resolução de problemas como eixo norteador do
ensino de matemática e apresenta sugestões e possibilidades de trabalho com
problemas matemáticos. É uma obra de muita utilidade para todos os docentes da
disciplina.
Destaques
Tipos de Problemas e Etapas para a Resolução de Pro blemas.
Para que os alunos compreendam melhor as quatro operações básicas com
números naturais e que estas tenham significado para eles, pode-se apresentar
esse conteúdo por meio de problemas, que deverão ser variados, possibilitando o
desenvolvimento do pensamento reflexivo e a criatividade dos alunos. Como
destaque, apresento alguns tipos de problemas que poderão ser utilizados em sala
de aula e os passos de Polya como apoio ao entendimento e resolução dos
problemas sugeridos.
Tipos de problemas de acordo com Dante (1998, pag. 16 - 21):
Exercícios de reconhecimento : objetiva que o aluno reconheça, identifique ou
lembre um conceito, um fato específico, uma propriedade, etc. Exemplo: Dados os
números 2, 5, 10, 103, 156 e 207, quais são os pares?
Exercícios de algoritmos : seu objetivo é treinar a habilidade em executar um
algoritmo e reforçar conhecimentos anteriores. Podem ser resolvidos passo a passo.
Exemplo: Calcule o valor de (12+ 7) x 5
Problemas-padrão : tem como objetivo recordar e fixar os fatos básicos através dos
algoritmos das quatro operações fundamentais, reforçando o vínculo existente entre
essas operações e seu emprego nas situações do cotidiano. São os tradicionais
problemas de final de capítulo nos livros didáticos e ”de um modo geral, eles não
aguçam a curiosidade do aluno nem o desafiam” Dante (1998, p.17). Exemplos:
Problemas-padrão simples : Numa classe há 17 meninos e 22 meninas.
Quantos alunos há na classe?
Problemas-padrão compostos : Luiz tem 7 anos a mais que o triplo da idade
de Felipe. Os dois juntos têm 55 anos. Qual a idade de cada um?
Problemas-processo ou heurísticos : não podem ser traduzidos diretamente para a
linguagem matemática, nem resolvidos pela aplicação automática de algoritmos,
pois exige do aluno um tempo para pensar e arquitetar um plano de ação, isto é, a
estratégia que poderá levá-lo à solução. Esse tipo de problema é “mais interessante
do que os problemas-padrão” Dante (1998, p.18) e para Carvalho (2005) também,
podem ser chamados de problema não convencional ou de lógica, pois desafiam os
alunos a usarem sua criatividade na elaboração de estratégias para a resolução:
desenhos, esquemas, gráficos, etc. Exemplo: Numa reunião de equipe há 6 (seis)
alunos. Se cada um trocar um aperto de mão com todos os outros, quantos apertos
de mão terão ao todo?
Problemas de aplicação ou situações-problema : retratam situações reais do dia-
a-dia e que necessitam do uso da Matemática para serem resolvidos, isto é, através
de conceitos, técnicas e procedimentos, organizando dados em tabelas, traçando
gráficos, fazendo operações, etc. Dante (1998, p.20), coloca como exemplo o
seguinte problema:
Para fazer seu relatório, um diretor de escola precisa saber qual é o gasto mensal, por aluno, que ele tem com a merenda escolar. Vamos ajudá-lo a fazer esses cálculos? Podemos levantar as seguintes questões: a) Quantos alunos comem a merenda por dia? E por mês? b) Quantos quilos de arroz, macarrão, tomate, cebola, sal etc. a escola
recebe por mês? c) Qual o preço atual, por quilo, de cada um desses alimentos? d) Qual o salário mensal da merendeira? e) Quanto se gasta de gás?
Problemas de quebra-cabeça : constituem geralmente a Matemática recreativa,
envolvem e desafiam grande parte dos alunos. “[...] e sua solução depende, quase
sempre, de um golpe de sorte ou da facilidade em perceber algum truque, que é a
chave da solução” Dante (1998, p. 21). Exemplo: Com 24 palitos de fósforo, forme 9
quadradinhos. Como fazer para tirar apenas 4 palitos e deixar 5 quadradinhos?
Resumo do esquema de POLYA (apud DANTE, 1998, p. 29 ):
Compreender o problema a) O que se pede no problema? b) Quais são os dados e as condições do problema? c) É possível fazer uma figura, um esquema ou um diagrama? d) É possível estimar a resposta? Elaborar um plano a) Qual é o seu plano para resolver o problema? b) Que estratégia você tentará desenvolver? c) Você se lembra de um problema semelhante que pode ajudá-lo a
resolver este?
d) Tente organizar os dados em tabelas e gráficos. e) Tente resolver o problema por partes. Executar um plano a) Execute o plano elaborado, verificando-o passo a passo. b) Efetue todos os cálculos indicados no plano. c) Execute todas as estratégias pensadas, obtendo várias maneiras de
resolver o mesmo problema. Fazer o retrospecto ou verificação a) Examine se a solução obtida está correta. b) Existe outra maneira de resolver o problema? c) É possível usar o método empregado para resolver problemas
semelhantes?
Referências:
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Ática,1998. POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas: Um novo aspecto do mé todo matemático. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.