de visão - produtorsouzacruz.com.br · Rio Negro (PR): cultiva e comercializa mais de 1,5 mil kg...

Cada vez mais, produtoras assumem atitude empreendedora e se destacam no campo criando e comandando novas atividades

...e muito mais!

Projeto conscientiza produtores integrados sobre importância da biodiversidade e de um modelo de agricultura sustentável

SUSTENTABILIDADE

de visãoMulher

Vera Lúcia Haide, 48 anos, produtora integrada em

Rio Negro (PR): cultiva e comercializa mais de

1,5 mil kg de aipim orgânico por mês

Souza Cruz investe no desenvolvimento de cultivares para você lucrar mais com sua lavoura

TECNOLOGIA

Abril/Maio/Junho de 2014 – No 161 – www.produtorsouzacruz.com.br

o produtor iNtegrAdo de tAbAco2

O PRODUTOR INTEGRADO DE TABACOé uma publicação da Souza Cruz S/A, destinada aos produtores integrados de tabaco da companhia.

As opiniões manifestadas por terceiros não refletem necessariamente o posicionamento da empresa.

comitê editorialDimar FrozzaFernando PinheiroMaria Alice TavaresCarlos PalmaHélio MouraJuliana BarretoLeonora BardiniFernanda VianaClaudimir RodriguesFernando WerglesMartin SchneiderSérgio RicardoSandra MullerJornalista responsável: Juliana Barreto (MTB JP 26974 RJ) [email protected]ãoEduardo ScofanoeditorMarcelo de AndradeProjeto Gráfico e produção editorialVia Corporativa Comunicaçãowww.viacorporativa.com.brFoto da capa:Gelson Pereira

editorial

Envie suas dúvidas, opiniões, sugestões ou críticas

para o e-mail: [email protected] ou entregue sua carta ao

orientador agrícola.

Amigoprodutor

ais uma vez temos a grande satisfação de home-nagear as mulheres, dedicando a elas a reporta-gem de capa da revista O Produtor Integrado de Tabaco. e, convenhamos, nossas

produtoras integradas merecem – e muito – essa homenagem. inovadoras, atuantes e dedicadas, elas vêm se destacando cada vez mais como empreendedoras rurais e na gestão das propriedades, dando uma significativa contribuição para alavancar os negó-cios no campo.

São, inclusive, grandes aliadas nas ações que visam a sustentabilidade do nosso ne-gócio. Individualmente ou junto com suas famílias, participam ativamente de cursos e programas que desenvolvemos com esse objetivo. A propósito, ao priorizar essas ações, buscamos, além de contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, cons-cientizar nossos parceiros sobre a importância dessa conduta para o futuro do negócio. cada vez mais, os mercados compradores exigem um tabaco produzido de acordo com os mais rigorosos padrões de sustentabilidade, de forma economicamente viável, social-mente justa e ecologicamente responsável.

diante desse cenário, estamos desenvolvendo, por meio de parcerias com organiza-ções Não governamentais e produtores integrados, um importante projeto que visa estabelecer um novo modelo de agricultura sustentável, a partir de ações que envolvam o manejo da biodiversidade, compatibilizando benefícios para a produção agrícola com a preservação da natureza. o projeto parcerias pela biodiversidade vem apresentando ótimos resultados, conforme mostra reportagem publicada nesta edição.

Ainda com foco na sustentabilidade do negócio, chamo atenção para outro impor-tante assunto que consta da revista: os esforços do nosso centro de Melhoramento de tabaco no desenvolvimento de cultivares de qualidade cada vez mais alta com foco no aumento da produtividade e, consequentemente, maior lucro nas propriedades rurais. Nesse contexto, fica evidente a importância da utilização de cultivares corretos para ca-da região como condição para se obter bons resultados.

e não poderia deixar de mencionar também o portal do produtor, que vem receben-do números crescentes de acesso e já se torna referência de informações de qualidade no que tange à produção de tabaco.

essas e muitas outras iniciativas sustentáveis que adotamos há mais de um século eviden-ciam a nossa crença de que esse é o único caminho capaz de garantir um País cada vez melhor e mais justo para todos nós, para nossos filhos, netos e para as futuras gerações.

Forte abraço.

M

Espaço do Leitor

COMPLEMENTO ÚTIL

Acho as matérias da revista O Produtor Integrado de Tabaco muito inte-ressantes e importantes para o nosso negócio. Destaco, principalmente, as tecnologias e inovações sobre a cultura do tabaco, mostradas em todas as edições. elas complementam, por escrito, as orientações passadas pelo orientador agrícola e são levadas em consideração por toda nossa família. Sugiro até que se amplie esse tipo de matéria, para levar ainda mais infor-mação e novos conhecimentos a todos os produtores.

NILO LEONOR MALINOSKISanta Terezinha – Santo Antônio do Palma (RS)

dIMAR fROzzADiretor de Tabaco da Souza Cruz


o produtor iNtegrAdo de tAbAco 3

conteúdo desta edição

4 MATÉRIA DE CAPA Com espírito empreendedor, produtora do paraná cria um novo negócio a partir do aipim orgânico

6 TECNOLOGIA Saiba como os investimentos da Souza cruz no desenvolvimento de cultivares melhoram a produtividade da safra

8 HISTóRIA DE SUCESSO com dedicação e comprometimento, produtor integrado constrói uma trajetória vitoriosa

PIONEIRISMO

Há 47 anos, formamos uma parceria com a Souza cruz, passando de pai para filho, que nos trouxe muita inovação e sucesso. Fomos pioneiros na im-plantação do sistema float, estufas elétricas e camalhão alto de base larga. Na revista O Produtor Integrado de Tabaco, buscamos as informações de novas tecnologias e exemplos de sucesso na cultura. As mulheres de nossa família ficam sempre ansiosas para a chegada das novas edições, pois gostam de ver o que ela traz de novo no espaço das receitas.

WILMAR WERLINGRibeirão Pequeno – Taió (SC)

10 CAMPEõES DE PRODUTIVIDADE cuidado rigoroso com o solo garante excelentes resultados na lavoura

12 SUCESSÃO Jovens cada vez mais preparados dão continuidade ao trabalho dos pais no campo

13 DIVERSIFICAçÃO com diversidade de culturas, produtor paranaense cria novas alternativas de renda

14 MUNDO DIGITAL internet já é ferramenta essencial para a gestão do negócio

Fotos: Arquivo Pessoal


A partir da esq., o orientador Aureo de Oliveira, o produtor Wilmar Werling, a esposa Sonia Werling, o filho William Werling, a mãe Berta Werling e o pai Wigold Werling

15 DESTAqUE produtores integrados desenvolvem novos talentos nas horas de folga

16 SUSTENTABILIDADE projeto de manejo de recursos naturais tem bons resultados para um modelo eficaz de agricultura sustentável

17 CLIMA Frio chega mais cedo no outono da região Sul

18 RECEITA duas receitas deliciosas de uma talentosa produtora integrada

19 ESPAçO DA MULHER enfeite sua casa com uma linda capelinha de porongo

20 PARCERIAS DE VALOR conheça produtores e orientadores que se destacam no campo

Pág. 4

Pág. 14

Pág. 15


Força

Materia de Capa

feminina

H á 25 anos, quando Vera Lúcia Haide, 48 anos, ganhou suas

primeiras mudas de aipim orgânico, não imaginava que no futuro elas se tornariam uma excelente opção de in-vestimento e que renderiam bons lu-cros para sua família. Foi nessa época que ela se casou com o agricultor João Honorato Haide, 60 anos, e deixou seu trabalho na olaria da família para atuar junto com o marido na nova propriedade do casal, localizada em Fazendinha II, no município de Rio Negro (pr). Lá, as mudas de aipim fo-ram cuidadosamente plantadas, para o consumo da família. Já no primeiro ano de casados, João tornou-se pro-dutor integrado Souza cruz e plantou uma lavoura de 1,2 hectare de taba-co. A estufa, que até hoje atende a produção, foi construída com os tijo-los que Vera e seu marido faziam. “Não estava muito acostumada com o trabalho na agricultura, mas assumi a parceria com meu marido e junto com o tabaco, passamos a plantar feijão e milho para venda e consumo pró-prio”, conta ela.

Bom negócio em vistacom o passar dos anos, a planta-

ção de aipim foi aumentando gradati-vamente e Vera começou a vender a produção para feirantes e restaurantes da região. ela conta que naquela épo-ca já entregava as raízes descascadas e congeladas. “o nosso produto estava sendo muito bem aceito e os pedidos


João Honorato e Vera Lúcia Haide

mostram, orgulhosos, os resultados do trabalho

Seja como empreendedora ou gestora da propriedade,

as mulheres vêm cada vez mais se destacando no meio

rural e conquistando o espaço merecido

Foto

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Força


União faz a força: o orientador agrícola Thalles Hack (à esq.), João Honorato Haide e Vera Lúcia Haide entre os filhos Scheila e Leo Haide

cresciam. por conta disso, também fui aumentando a produção”. Nos últi-mos quatro anos, ela mais que dupli-cou a área plantada, passando de meio hectare para 1,2 hectare.

Vera destaca que sempre se preo-cupou em produzir a planta da forma mais natural possível, sem o uso de qualquer agroquímico, mantendo-a também livre de aditivos e conservan-tes após o seu beneficiamento. Esse princípio lhe rendeu o convite para fazer parte da Associação dos produ-tores orgânicos Nossa terra do muni-cípio de Rio Negro, e a motivou a in-vestir na produção. Foi preciso construir uma cozinha industrial, se-guindo padrões estabelecidos pela le-gislação, para o beneficiamento de todo o aipim que cultiva. o processo consiste em descascar, lavar, embalar e congelar o produto. dessa forma, Vera passou a produzir de acordo com as normas do manual da Federação internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica (Ifoam), certifi-cado pelo instituto de tecnologia do paraná (tecpar), entidade credenciada pelo inmetro.

Atualmente a produção atende restaurantes e mercearias e, por meio da Associação, creches e escolas do município. Durante a safra, que é de seis meses, ela vende cerca de 1.500 kg de aipim por mês. Nos outros me-ses, por falta de mais espaço para ar-mazenamento, o produto só é forne-cido para as escolas e creches. “em razão da demanda, já estamos am-pliando a cozinha. também pensa-mos em investir numa máquina de

descascar aipim que, além de facilitar o trabalho, vai possibilitar aumentar a produção”, diz Vera, que acrescen-ta: “para construir a cozinha recorri aos bancos. Meu marido quando soube, achou que eu estava sonhan-do alto e não acreditou muito que o investimento daria certo. pelo con-trário, após o primeiro ano compra-mos o carro para as entregas, tam-bém financiado, e tanto ele como a cozinha estão sendo pagos com os lucros que estamos obtendo. Hoje ele reconhece e apóia”.

Trabalho em famíliaNa condução das lavouras de ta-

baco – principal fonte e renda da fa-mília –, de feijão, de milho e de aipim, o casal conta com a ajuda do filho mais novo, Leo Haide, 20 anos. cada cultura é administrada separadamen-te e, ao final das respectivas safras, a família sabe o quanto cada uma ren-deu e de que forma o lucro vai ser aplicado. Mas a produção de aipim tem a atenção especial de Vera que, em tempos de safra, deixa as outras lavouras aos cuidados do marido e do filho. “Durante esse período minha dedicação é exclusiva, pois a produ-ção é grande e tem muito aipim para beneficiar”, explica ela. Em razão da grande quantidade, a colheita é feita por João e as entregas, por Leo. “divi-dimos os trabalhos e os lucros. Hoje, me sinto uma mulher realizada. Sou uma profissional, uma empreende-dora, tudo isso sem abandonar meu papel de mãe e também de dona de casa. existem muitas culturas que po-

dem ser levadas paralelamente à do tabaco e para as quais existe comér-cio. com força de vontade e o apoio certo, muitas mulheres podem mu-dar o seu destino”.

para daniela Marques, gerente ter-ritorial de Produção Agrícola da Souza cruz, o aumento da participação das mulheres como gestoras de proprie-dades é uma importante conquista, que se traduz em benefícios para os negócios rurais. “As mulheres vêm desempenhado cada vez mais um pa-pel determinante para o sucesso das propriedades. elas fazem a diferença, com determinação e perseverança e pela forma de inovar e ousar nos ne-gócios”, destaca Daniela.

O aipim é embalado e

congelado seguindo

rígidos padrões de higiene


alta qualidade e produtividade das safras de tabaco são exi-gências de um mercado cada

vez mais competitivo. Mas, para al-cançar esses resultados, é essencial o uso de sementes resistentes e adequa-das para cada região. comprometida com o desempenho das lavouras dos seus produtores integrados, a Souza cruz mantém o centro de Melhora-mento de tabaco (cMt), com investi-mentos contínuos no desenvolvimen-to de cultivares melhorados. o cMt é parte integrante da área global de pes-quisa e tecnologia de tabaco da Sou-za cruz, que desenvolve projetos para todas as operações de tabaco do gru-po british American tobacco (bAt), sócio majoritário da Souza Cruz.

A lição dasemente

A

teCnologia

No cMt, uma equipe composta por engenheiros agrônomos, biólo-gos, químicos e técnicos emprega as mais avançadas tecnologias a fim de criar os cultivares mais resistentes a doenças, e que se adaptam melhor a cada tipo de solo e clima, atendendo também às exigências do mercado. “os cultivares são desenvolvidos e avaliados em uma rede de ensaios, ou experimentos agrícolas, realizados nas propriedades de diversos produtores integrados nos três estados do Sul do País, o que traz resultados mais preci-sos”, garante o gerente de genética do cMt, carlos eduardo pulcinelli.

Cultura personalizadaA equipe de Produção Agrícola esco-

lhe os cultivares mais adequados para cada propriedade agrícola, consideran-do clima, condições de solo, entre ou-tros aspectos. para obter o máximo aproveitamento do potencial produtivo de cada cultivar, os produtores contam ainda com completo pacote tecnológi-co oferecido pela Souza cruz.

gilberto ranck, 22 anos, tornou-se produtor integrado há três anos e co-memora os bons resultados da safra com as variedades de sementes ofere-cidas pela Souza cruz. o pai dele, ta-deu darci ranck, 46 anos, tornou-se produtor integrado há alguns anos, seguindo o exemplo do cunhado, que é produtor de tabaco há 30 anos e tem safras de excelente qualidade e com produtividade acima da média.

cultivares mais produtivos e resis-tentes às principais doenças são de-senvolvidos no centro de Melhora-mento de tabaco da Souza cruz, loca-lizado em rio Negro (pr), desde 1988. Ao longo dos anos, os resultados obti-dos pelo CMT têm contribuído de for-ma significativa para a sustentabilida-de e o desenvolvimento da produção de tabaco no brasil e no mundo.


Com cultivares mais produtivos e resistentes, lavoura de tabaco ganha em volume e qualidade, o que se traduz em lucro para os produtores integrados

No CMT, a técnica de

pesquisa Simone Cavalet

verifica a resistência

das plantas às doenças

Tecnologiaa favor da produção


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Aline Lima, auxiliar de pesquisa do CMT, faz a polinização manual: sementes de qualidade

Variedades de sementes de tabaco desenvolvidas pelo CMT são destinadas aos produtores integrados e exportadas para diversos países“com esses cultivares diferenciados,

os produtores integrados têm maior produtividade sem aumentar a área de plantio, o que significa maior ren-tabilidade por hectare. Além disso, produzem um tabaco que atende às principais demandas de nossos clien-tes”, comenta ivan Agotani, coorde-nador da unidade de industrialização de Sementes do cMt.

Andréia cidral da costa, coorde-nadora de Pesquisa Agrícola do cMt, destaca a importância do tra-balho desenvolvido pelo centro. “conhecendo as necessidades dos produtores, buscamos constante-mente entregar a eles as melhores sementes dos melhores cultivares.

Na propriedade de 48 hectares (ha), localizada em espigão do bugre, no município de Mafra (SC), a família cultiva 4,5 hectares de tabaco Virgínia. “estamos bastante satisfeitos. os culti-vares Souza Cruz têm a qualidade final que o mercado exige e é isso que man-tém nosso negócio. Antes de contar com essa tecnologia, chegamos à pro-dutividade de 2.600 kg/ha. Agora, na safra de 2013, atingimos 3.200 quilos por hectare”, comemora tadeu ranck.

o cMt é um dos alicerces da ca-deia produtiva da empresa, res-ponsável pelo fornecimento de sementes de tabaco para todos os produtores integrados da Souza cruz e pela exportação para vá-rios países nos quais o grupo BAT possui empresas instaladas ”.

a favor da produção


Com dedicação e comprometimento, produtor integrado construiu trajetória marcada por êxitos e conquistas nos 28 anos de parceria com a Souza Cruz

História de Sucesso

p

desenvolvimento

com o passar dos anos, a área plan-tada foi aumentando e, em consequ-ência, os lucros também. “Até 1991, contávamos com três juntas de boi pa-ra auxiliar na lavoura e, naquele ano, conseguimos comprar nosso primeiro trator. Em 1993, construímos nossa no-va casa, que, no ano seguinte, recebeu água encanada, puxada por uma bom-ba elétrica”, recorda o produtor. e as melhorias não pararam por aí. Em 1998 e 2004, compraram tratores novos e todos os implementos necessários para tocar a produção. Hoje, contam ainda com um caminhão, um carro e duas motos na garagem. As antigas estufas convencionais passaram a ser usadas apenas em caso de necessidade, pois a propriedade já conta com quatro estu-fas LL, abastecidas com lenha própria proveniente do reflorestamento de seis hectares de eucalipto. A produção de tabaco, atualmente, é de 150 mil pés e a área da propriedade também aumen-tou para 42,2 hectares.

Segurança para a famíliaOs investimentos da família Silva já

vão além das fronteiras da proprieda-de. Há alguns anos carlos comprou

exemplaror conhecer a cultura do taba-co e saber das suas vantagens,

carlos Jair Viegas da Silva, 49 anos, resolveu, em 1986, investir na sua primeira lavoura. passou, então, a plantar 20 mil pés na propriedade do pai, que além de transportar ta-baco para a Souza cruz era produtor integrado, com quem aprendeu so-bre a cultura. Já nos dois anos se-guintes, aumentou a produção para 25 mil e 30 mil pés, respectivamen-te. com os rendimentos adquiridos e a ajuda do pai, logo pôde comprar sua primeira área de terra, com 26,4 hectares, em passo da telha, no mu-nicípio de Amaral Ferrador (RS).

casado, há 27 anos, com Maria Ze-loí Trintin da Silva, 44 anos, Carlos lembra que a nova propriedade era uma área praticamente abandonada, onde havia apenas uma pequena casa e uma velha estufa, que precisou ser reformada para dar conta dos 33 mil pés de tabaco que plantou na ocasião. “Além disso, a terra era muito desgas-

tada e teve de ser totalmente recupe-rada”, relembra. Mas os esforços logo foram recompensados: “consegui-mos, de imediato, bons resultados. Quitamos o empréstimo com meu pai e construímos uma nova estufa, o que nos possibilitou aumentar a produção já na segunda safra”, diz.

Foto

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A partir da esq., Doutel, Carla, Fabricius, Maria Zeloí, Carlos, Maiara e Aneksom

Vista de parte da bem-sucedida propriedade: muitas benfeitorias

o produtor iNtegrAdo de tAbAco 99o produtor iNtegrAdo de tAbAco

exemplar

uma casa para o filho mais velho, Aneksom, 21 anos, e um terreno na parte central da cidade, onde cons-truiu um prédio comercial. casado com Maiara Freitas da Silva, 21 anos, Aneksom já é produtor integrado, mas também investe em outro negócio. com a ajuda do pai, montou uma lan house (loja que oferece acesso à inter-net e jogos eletrônicos) em Amaral Ferrador e, paralelo a isso, presta assis-tência técnica a usuários de computa-dor. “Nosso genro, Fabricius Martins

Caminhão e dois tratores fazem parte dos diversos equipamentos utilizados na propriedade: vida muito tranquila e confortável

da Silva, 20 anos, também é produtor e trabalha conosco. Nossa filha Carla Natani, 16 anos, cursa o ensino Médio e, após concluir, pretende dar conti-nuidade aos estudos. esses investi-mentos vão ajudar a garantir o futuro deles”, acrescenta.

Para Maria, que também é filha de produtores de tabaco e sempre este-ve ao lado do marido, a história deles é mesmo de sucesso. “começamos sem água, sem luz, sem carro e mo-rando praticamente num galpão. Foi

preciso coragem, mas, hoje, temos uma vida muito tranquila. Nossos fi-lhos puderam estudar e estão muito bem e isso é tudo o que os pais mais querem”, enfatiza.

Garantia de bons resultadosO orientador agrícola Doutel Cam-

pelo, que há nove anos atende a famí-lia Silva, destaca que o segredo do su-cesso deles está no total comprometi-mento com o negócio: “O Carlos par-ticipa de todas as reuniões promovi-das pela empresa e dos cursos tam-bém. É um produtor interessado e muito dedicado, que aceita as novida-des e, principalmente, põe em prática o que aprende. Prova disso é a ótima produtividade dele que, em média, tem sido de 3 mil quilos por hectare sempre com excelente qualidade”.

entre os cursos de que participou, o produtor destaca o Nr31 e o SoL rural. Segundo ele, em todos apren-deu alguma novidade que pôde apli-car na propriedade. “Nossa parceria com a Souza cruz se fortaleceu ano após ano, o que foi fundamental para conseguirmos os bons resultados de hoje”, afirma Carlos.

Detalhe do açude e da plantação: lenha utilizada na estufa é produzida em

reflorestamento próprio

a propriedade da família Alves pereira, em Sanga da Areia, no

município de Araranguá (SC), a cada nova safra de tabaco os resultados têm se mostrado mais favoráveis. Nos últi-mos três anos, houve um crescimento de 68% na produtividade. o excelente desempenho pode ser atribuído, prin-cipalmente, aos cuidados com o solo. “Há quatro anos fomos orientados a fazer uma análise de solo e a necessária correção. Já na primeira safra notamos um aumento significativo da produtivi-dade. Desde então, quando damos iní-cio aos preparativos para cada nova safra, a primeira providência é fazer no-vamente a análise do solo e, quando preciso, sua correção”, afirma Vitor Anastácio pereira, produtor integrado Souza cruz há 27 anos. Na proprieda-de a família produziu, na última safra,

Solo mais produtivo

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3.360 quilos por hectare. esse resulta-do foi 46% maior do que a média da região, que ficou em torno de 2.290 quilos por hectare.

“Além de um solo bem preparado, é preciso também que todas as de-mais etapas da produção sejam reali-zadas respeitando o seu tempo e o manejo adequado. cada detalhe me-rece especial atenção”, alerta Vitor, que, para aplicar as melhores práticas na propriedade, conta com a ajuda da esposa, Sylvia regina Selau Alves, com quem é casado há 21 anos. todos es-ses cuidados adotados pelo casal vêm se revertendo em excelentes resulta-dos. Já em 2012, a produção foi de 2.000 quilos de tabaco por hectare e, em 2013, atingiu 2.500 quilos por hectare.

“eles, de fato, seguem rigorosa-mente todas as orientações que passa-mos e são muito receptivos às novida-des que apresentamos. por isso, alcançaram essa expressiva produtivi-dade”, afirma Alex Matos, orientador

agrícola que atende a família. Segundo Alex, o casal também

tem consciência da importância da rotação de culturas para manter os bons resultados. Foi, inclusive, com esse objetivo, que Vítor e Sylvia com-praram, recentemente, uma nova área de oito hectares. “A rotação for-talece a terra, além disso, uma cultu-ra pode se beneficiar da outra”, res-salta Vítor, que também planta milho e cria gado para consumo próprio e venda do excedente.

Conhecimento extrade acordo com Sylvia, os progra-

mas de treinamento oferecidos pela Souza Cruz têm contribuído significa-tivamente para o conhecimento deles sobre as práticas mais adequadas, tan-to para a produção de tabaco como para a propriedade, em geral.

“Há três anos participamos do SoL rural. colocamos em prática o que aprendemos e notamos significativas mudanças. passamos a nos organizar


Com especial atenção ao preparo da terra,

produtor do sul de Santa Catarina viu

os resultados da sua safra de tabaco

se multiplicarem

A partir da esq., o orientador agrícola Alex Matos, Sylvia e Vitor, com os filhos Vitória e Matheus; ao lado, detalhe da casa da família

mais, a manter todas as coisas em seus devidos lugares. Aprendemos também sobre a importância do planejamento da safra e da propriedade. pequenos cuidados que se transformaram em bons resultados”, afirma.

A produtora também participou do com Licença Vou à Luta. “É um curso que te prepara para administrar a pro-priedade como um todo. Aprendi a cui-dar da contabilidade, a fazer cálculos e a lidar com os funcionários e percebi que, quando o produtor trabalha de forma organizada, tudo flui e o resultado fi-nal melhora muito”, afirma. Vitor acrescenta: “Já participamos também dos cursos de Nr31, de inclusão digi-tal e de dias de campo, onde apren-demos sobre o manejo adequado das bandejas e sobre todo o preparo do solo antes da safra. Aqueles que souberem aproveitar as ações que a Souza cruz oferece, sairão ganhando”, afirma.

Família unida na agricultura

Vítor e Sylvia são filhos de produto-res de tabaco – o pai de Vitor tam-bém era transporta-dor da Souza cruz – e os filhos do ca-sal já demonstram interesse pelos ne-gócios do campo. O mais velho, Ma-theus Alves pereira, 18 anos, acaba de fazer seu primeiro registro como pro-dutor integrado. “Concluí o Ensino Médio e desejo continuar estudando à noite. Quero dar continuidade ao tra-balho dos meus pais aqui na proprie-dade, mas acho importante ter uma formação mais técnica”, afirma Ma-theus. A caçula, Vitória Alves Pereira, 14 anos, está frequentando as aulas, em turno integral, do curso técnico em Agropecuária integrado ao ensino

Médio no instituto Federal catarinen-se (iFc), no campus Santa rosa do Sul (Sc). “Apesar de ainda não trabalhar na nossa propriedade, posso transmi-tir para minha família um pouco do que aprendo nas aulas”, destaca a es-tudante, que sonha cursar, no futuro, faculdade de Agronomia.

“É gratificante ver meus filhos inte-grados à propriedade e preocupados em dar continuidade à cultura que es-colhemos e que nos proporciona a vida tranquila que levamos”, come-mora Vitor.

Matheus com o pai: lenha de reflorestamento para a estufa


unior cesar Soares, 24 anos, é produtor integrado Souza cruz

há cinco anos. A inspiração para defi-nir tão cedo o seu destino profissional veio do exemplo do pai, o produtor in-tegrado Jairo Soares, 50 anos. os dois comandam, juntos, a lavoura de 6,5 hectares, com 100 mil pés de tabaco. Na propriedade, com 15,4 hectares, localizada em Rio Belo, no município de urussanga (Sc), também cultivam milho, feijão e eucalipto e têm uma pequena criação de gado para o con-sumo próprio do leite e da carne.

A parceria entre eles, que já rendeu muitos resultados positivos, ficou ain-da mais produtiva depois que o filho começou a cursar Agronomia. “Além de todos os conhecimentos que rece-bo do meu pai, aplico na prática o que aprendo no curso. isso tem sido enri-quecedor para nós dois”, revela Junior. Orgulhoso, Jairo afirma que também aprende muito com Junior. “A troca de informações é fundamental para que a gente consiga avaliar melhor em que precisamos melhorar”, destaca.

Qualificação profissional e acesso à informação são fatores essenciais para estimular a permanência dos jovens no campo

J

suCessão

de pai para filho

Jairo com a filha Daniele entre a esposa Maria de Fátima e o filho Junior

Parceiros no trabalho e no lucro

de olho no futuro, Jairo revela o desejo de que Junior assuma a ad-ministração da propriedade. “para que aconteça de forma natural, é importante que os filhos não sejam vistos apenas como ajudantes no pla-nejamento. É fundamental que eles tenham participação nos lucros do negócio para que não sintam neces-

Apoio constantede acordo com o gerente territo-

rial de Produção Agrícola da Souza cruz, Marco bender, a empresa bus-ca apoiar as famílias dos produtores integrados no processo de sucessão rural, oferecendo conhecimento e informações complementares. “A Souza Cruz está ao lado das famí-lias, na sucessão, para garantir que a propriedade se mantenha como um negócio rentável, e que os novos gestores tenham condições de asse-gurar qualidade de vida para suas famílias”, ressalta.

em parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem rural), a Souza cruz oferece treinamento para os jovens produtores integrados, além de investir em pesquisas para o de-senvolvimento tecnológico, a fim de aprimorar o processo produtivo do tabaco. “O jovem precisa de qualifi-cação profissional e acesso à informa-ção. esses recursos são essenciais para ele ser bem-sucedido no negócio e permanecer na propriedade”, afirma Marco bender.

“A troca de informações é fundamental para que a

gente consiga avaliar melhor em que

precisamos melhorar”Junior Cesar Soares,

produtor integrado Souza Cruz

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s: G

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sidade de procurar sustento fora de casa”, ensina. A teoria já é posta em prática na propriedade dos Soares. Junior tem os lucros dos 25% da pro-dução que lhe cabem e, com esses recursos, paga a faculdade, trocou o carro e investe na poupança e na pre-vidência privada.


Pai e filhos apostam na diversificação da propriedade e colhem ótimos resultados

u

segurançaFotos: Gelson Pereira

ma propriedade bem diversifi-cada é sinônimo de rendimen-

tos seguros. Este é o princípio segui-do, há anos, pela família Grande, em Água Azul de Baixo, no município de Lapa (pr). em 1983, Valdir João gran-de, 63 anos, que produzia milho e fei-jão, decidiu diversificar ainda mais a produção. como já tinha conheci-mento sobre o tabaco, decidiu investir na cultura. “de imediato obtive bons resultados, tanto que, após a primeira

safra de tabaco, já consegui comprar um carro e, de lá para cá, os investi-mentos e os retornos só aumenta-ram”, conta ele.

Hoje, a propriedade de 77 hectares, que há poucos anos foi passada para os filhos João Valdecir Grande, 39 anos, e Waldir Meira grande, 30 anos, produtores integrados há 14 e 10 anos, respectivamente, abriga uma boa variedade de culturas que garan-tem o sustento de toda a família. Nela, os grande cultivam 6,2 ha de tabaco, 2,5 ha de feijão, 25 ha de milho, 6 ha de soja e 10 ha de eucalipto. Além das lavouras, criam ovelha para venda e gado para consumo próprio do leite e da carne. “o tabaco é nosso alicerce, mas a diversificação nos garante tran-quilidade, pois lidamos melhor com oscilações tanto de mercado como cli-máticas”, enfatiza Waldir.

Inovando sempreRecentemente, a família passou

também a cultivar soja. “Foi a nossa primeira safra. uma área relativamen-

te pequena, que serviu principalmen-te para nosso aprendizado, mas na próxima já vamos aumentar a lavou-ra”, afirma Waldir. Conforme explica João, a opção pela soja foi para am-pliar as alternativas de renda e tam-bém as opções de rotação de culturas: “Se repetirmos muito tempo a mesma cultura em uma mesma área, ela ficará mais suscetível a doenças. Além disso, com a rotação de culturas conserva-mos melhor o solo e o seu manejo fica mais fácil. Sempre adotamos essa prá-tica aqui”.

Produtores atentosO orientador agrícola Anderson

cordeiro lembra, no entanto, que o produtor precisa dar a devida atenção que cada cultura necessita. “Não po-de descuidar de nenhuma delas. As-sim, alcança-se o sucesso”. A opinião é compartilhada por João: “cada cul-tura tem as suas particularidades e técnicas. É preciso conhecer cada uma e adotar os cuidados necessários em todas elas”.

A partir da esq., o orientador agrícola Anderson Cordeiro, Waldir e a esposa Neuseli Aparecida, o filho André, o patriarca Valdir, João com o filho Ruan e a esposa Jucélia e Valderez, mãe de Waldir e João; no detalhe, lavouras de tabaco, de milho e parte da reserva legal

Maior

diversifiCação

Produção comercial de ovelhas: diversificação garante renda o ano todo



A cada ano, mais brasileiros têm acesso à internet, e estar conectado tem sido fundamental para o bom desempenho nos negócios

Ferramentaindispensável

A

Mundo digital

O orientador agrícola Emerson Marcolin com o produtor integrado Ricardo Mencatto Hanell

Celso e o filho Felipe com o orientador agrícola Charles Berger: atualização permanente

internet já faz parte do dia a dia de milhões de pessoas. e seja na

cidade ou no campo, a rede está sendo cada vez mais utilizada como ferramenta para a gestão dos negócios. O produtor integrado rodinaldo Felipe da Silva, 20 anos, de Água Clara, município de Qui-tandinha (pr), já faz uso da ferramenta com essa finalidade há dois anos e co-nhece bem a importância dela. “Sempre acompanhei notícias, previsões do tem-po e cotações. e desde que a Souza cruz lançou o portal do produtor, acesso to-dos os dias, pois é muito útil para o negó-cio”, destaca. ele passou a ter acesso à rede depois que o pai, o também produ-tor integrado celso cavalheiro da Silva, 58 anos, adquiriu um computador por meio do projeto Saber, da Souza cruz.

Felipe também é adepto das redes sociais. “tenho amigos virtuais que, co-mo eu, produzem tabaco e estamos sempre em contato, tirando dúvidas e trocando experiências”, revela. para Feli-pe e celso, a internet é uma grande alia-da dos negócios. “Com as informações que o Felipe encontra na rede e princi-palmente no portal, tomamos muitas decisões de como vamos conduzir nos-sas safras, tanto de tabaco como de mi-lho e de batata-doce”, atesta o pai.

ricardo Mencatto Hanell, 24 anos, que há seis anos é produtor integrado em Água Verde, no município de Três barras do paraná (pr), também usufrui dos benefícios da internet, bem como do portal do produtor. “Hoje faço prati-camente tudo pela internet para otimi-zar o meu tempo”, afirma o produtor, que costuma comprar produtos por meio da rede. “com o devido cuidado, acessando apenas sites confiáveis, a in-ternet facilita muito a vida”, afirma.

Anderson Voigt, coordenador de Serviços e Sistemas da Souza cruz,

destaca que o homem do cam-po é um empresário do agro-negócio e precisa estar de olho em todos os fatores que po-dem influenciar na sua safra: “Além do portal do produtor, existem outros sites que po-dem ser úteis. para um bom planejamento e gestão da pro-priedade, é fundamental estar bem informado”.

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Arquivo Souza Cruz

Confira alguns sites úteis:www.produtorsouzacruz.com.brwww.portaltransparencia.gov.brwww.receita.fazenda.gov.brwww.agroshop.com.brwww.g1.globo.com/economia/agronegocios

www.terraagricola.com.br www.tratoresecolheitadeiras.com.brwww.mda.gov.brwww.agricultura.gov.brwww.negociosdaterra.com.brwww.bb.com.brwww.itau.com.brwww.bradesco.com.br www.sicredi.com.brwww.santander.com.brwww.zerohora.com.brwww.gaz.com.brwww.diariocatarinense.com.brwww.jornaldesantacatarina.com.brwww.gazetadopovo.com.br


ncontro do clube de Mães, reu-nião no Sindicato e atividades

com o pessoal da igreja. A rotina da produtora integrada Melania della giustina inclui compromissos que não se limitam à lida com afazeres da casa e da lavoura. casada, há 24 anos, com o produtor integrado Moacir della giustina, ambos de 47 anos, ela e o marido comandam juntos uma pro-priedade de 18 hectares, localizada em Lado da União, no município de Braço do Norte (Sc). o casal é integrado com a Souza cruz há 16 anos e, recente-mente, passou a contar com a ajuda do filho mais velho, William Della Giusti-na, 23 anos, que se tornou produtor.

Sempre muito atuante na comunida-de, Melania coordena, de forma voluntá-ria, o clube de Mães, faz parte da direto-ria do Sindicato dos trabalhadores rurais e é coordenadora da Liturgia e ministra da Eucaristia, na paróquia local. Esse en-volvimento lhe rendeu, há oito anos, o

Além daslavourase

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convite, por parte do Sindicato dos tra-balhadores rurais, para ser Mobilizadora do Senar, na comunidade. um trabalho voluntário onde ela é a encarregada de convidar as pessoas da sua região para participarem dos cursos oferecidos pela entidade. “Quando fui convidada para essa tarefa aceitei na hora, pois é muito importante que os cursos cheguem até nossa região e quanto mais pessoas consigo mobilizar, mais cursos aconte-cem”, afirma Melania que, nesses oito anos, já mobilizou para mais de 30 cur-sos. entre eles, o Nr31, inclusão digital, Manutenção de Equipamentos Agríco-las e Administração rural.

O orientador agrícola Silvio Volpat-to, que atende a família, atesta a im-portância da atuação de Melania na comunidade: “ela está sempre dispo-nível para realizar tarefas pelo bem de todos e demonstra prazer no que faz. Sem o trabalho dela muitos cursos deixariam de acontecer”, diz, indican-do que o casal faz parte do programa propriedade Sustentável – produtor 10.

Hora de lazertambém em braço do Norte (Sc),

na localidade de pinheiral, o produtor integrado Aldo Lucktemberg, 46 anos, dedica seu tempo livre a uma atividade que lhe dá grande prazer: colecionar e cultivar orquídeas. Ele, que também faz parte do programa propriedade Susten-tável – produtor 10, passou a se interes-sar pela atividade há mais de 25 anos quando viu, pela primeira vez, uma or-quídea nativa. “Desde então, minha curiosidade só aumentou”, atesta ele,

que acredita já ter mais de 40 espécies. Segundo conta, a coleção se formou aos poucos: “Algumas, compro em ex-posições e floriculturas; outras, ganho de presente ou surgem a partir de mu-das que planto aqui”.

Há quatro anos, Aldo construiu seu primeiro orquidário. Lucilei Lu-cktemberg, 40 anos, esposa de Aldo, que divide com ele os afazeres na pro-priedade de 7,8 hectares, e ocupa seu tempo livre fazendo crochê ou cui-dando do jardim, também é fã do ho-bby do marido: “O cultivo das orquí-deas é um vício para ele, mas eu também gosto muito. o carinho e o cuidado é tanto, que ele chega até a conversar com as plantas”. Mas as ha-bilidades de Aldo não param por aí. Quando a safra do tabaco termina, ele confecciona móveis com madeira de eucalipto ou com tocos de outras ár-vores que encontra na propriedade. A estante, onde as orquídeas que flores-cem ficam expostas, foi feita por ele.

Não somente da atuação na lavoura vive o produtor

integrado; nas horas vagas muitos se dedicam

a trabalhos voluntários e a atividades de lazer

O produtor integrado Aldo

Lucktemberg, que possui em

casa mais de 40 espécies

de orquídeas; acima, alguns

exemplares, na bonita varanda

da casa

O orientador agrícola Silvio Volpatto com o casal Moacir e Melania Della Giustina

destaque

erar benefícios para a produ-ção agrícola e, ao mesmo

tempo, contribuir para a conserva-ção da natureza. esse é o principal objetivo do projeto parcerias pela biodiversidade, que vem apresen-tando resultados significativos para a estruturação de um modelo eficaz de agricultura sustentável.

realizado pela Souza cruz, desde setembro de 2012, em conjunto com as organizações não governamentais (oNgs) Sociedade de pesquisa em Vida Selvagem e educação Ambien-tal (SpVS) e Fauna & Flora interna-cional (FFi), o projeto, que inicial-mente era realizado em oito propriedades rurais, no município de paula Freitas (pr), já dobrou o nú-mero de participantes na região, em razão do êxito alcançado.

A iniciativa, que integra o progra-ma propriedade Sustentável – pro-dutor 10, envolve produtores rurais, biólogos e pesquisadores, que se re-únem para avaliar e executar ações de manejo com foco nas temáticas água, solo, florestas e animais. “As ações são implementadas em áreas experimentais dentro de cada uma das propriedades rurais que inte-gram o projeto e monitoradas, por meio de indicadores, pela equipe do projeto e pelos produtores, que fo-ram devidamente capacitados para isso”, explica André Zecchin, biólo-go e técnico da SpVS. para garantir seu êxito, as ações são baseadas em critérios como a relevância para a agricultura, eficácia científica com-provada e aceitação do agronegócio.

de acordo com André Zecchin, o que se espera com o projeto é que o produtor rural familiar seja conscienti-zado sobre a importância da biodiver-sidade e que desenvolva um modelo

parcerias pelaBiodiversidade

g

Sustentabilidade

de agricultura sustentável. “os pri-meiros resultados já estão aparecendo e esperamos que, até o final de 2015, tenhamos um modelo adequado e re-plicável de manejo da biodiversidade nas pequenas propriedades rurais do Sul do Brasil”, afirma.

Neste ano, o projeto será replica-do em 12 propriedades que partici-pam do programa propriedade Sus-tentável, nos três estados do Sul. os produtores vão atuar como dissemi-nadores de conhecimento nas comu-nidades vizinhas.

Produtores engajadosentre os produtores integrados

que participam do projeto, estão Fá-bio opaloski, 32 anos, e sua esposa Vera Lúcia, 31 anos. Na propriedade

do casal, localizada em carazinho, no município de Paula Freitas (PR), são realizadas quatro ações: monito-ramento da biodiversidade, manejo de polinizadores, enriquecimento florestal e coleta de sementes de ár-vores nativas.

“recebemos um guia com fotos para identificação de animais nativos e outro guia para monitoramento das ações de manejo. essas ações não atrapalham o andamento da produção”, diz Fábio.

o produtor integrado izaurino Levandoski, 43 anos, e sua esposa, dária, 30 anos, também estão parti-cipando ativamente do projeto. Na propriedade de 24,2 hectares, locali-zada em palmital do Jararaca, em paula Freitas (pr), dos 1.200 m² da


Manejo de recursos naturais tem ótimos resultados para um modelo eficaz de agricultura sustentável

A partir da esq., o orientador agrícola Valdecir de Bona, o biólogo André Zecchin e o produtor Izaurino Levandoski: “Te nho orgulho de integrar um projeto como esse. No futuro, meus filhos vão ver o que fiz para deixar um mundo melhor para eles”

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Fábio Opaloski acompanha o desenvolvimento das plantas e já identificou mais de 40 espécies de animais

s primeiras ondas de frio típicas do outono vão surgir nos estados da região Sul um

pouco mais cedo do que em 2013: ainda na pri-meira quinzena de abril. em meados de maio, de acordo com previsões do Somar Meteorologia, os produtores rurais podem aguardar frio com po-tencial para geadas. entretanto, será nos meses de junho e julho que devem ocorrer as maiores e mais intensas ondas de frio. outra tendência que requer atenção é a possibilidade do frio tardio em setembro em boa parte do Sul.

em abril, a segunda quinzena será mais chu-vosa que a primeira, com maiores índices acumu-lados localizados entre o centro do paraná e o centro do rio grande do Sul. Já em maio, junho e julho, os maiores volumes devem ocorrer na pri-meira quinzena de cada mês. Isso não significa que a segunda metade dos meses será seca, ape-nas menos chuvosa.

Para os próximos meses, as previsões indicam elevação da temperatura do Pacífico Equatorial. No entanto, como os últimos episódios de aqueci-mento não resultaram em el Niño, trata-se de um indício de que o aquecimento do Pacífico poderá não acontecer e, provavelmente, haverá neutrali-dade até o fim do primeiro semestre de 2014. Na região Sul do brasil, esse cenário demonstra que as próximas estações devem seguir dentro do pa-drão, com chuvas concentradas em períodos cur-tos, intercalados por outros de tempo seco.

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Frio chega mais cedo no outono do Sul

CliMa

Fonte: www.somar.com.br

área de preservação permanente (App), 600 m² estão sendo restaurados. No local, foram plantadas várias mu-das de árvores nativas e instalado um poleiro artificial para que os pássaros tenham onde pousar e dispersar se-mentes. o casal também faz ações de cercamento de APPs, monitoramento da biodiversidade – já identifica-ram cerca de 50 espécies de animais diferentes – e mane-jo de polinizadores.

Ações de manejo do projeto Parcerias pela Biodiversidade�Cercamento de remanescentes florestais

ameaçados por gado;

�Enriquecimento florestal com foco na preservação permanente;

�enriquecimento de espécies de árvores ameaçadas de extinção;

�Seleção de matrizes arbóreas e coleta de sementes para produção de mudas;

�Manejo de espécies vegetais exóticas invasoras nas áreas de remanescentes florestais;

�Monitoramento da biodiversidade nas propriedades rurais;

�Utilização de inoculante (bactérias fixadoras de nitrogênio) em culturas de leguminosas e gramíneas;

Manejo de polinizadores.


Receita

A mais velha de cinco irmãos, Luciana rengel, 33 anos, co-meçou a aprender os segredos da culinária bem cedo, aos

11 anos. As lições eram transmitidas pela mãe, Maria dolores, a quem ajudava nas tarefas de casa, e pela avó, Maria. “Minha mãe me ensinou muito e fui tomando gosto. Quando a minha avó fi-cou viúva, eu comecei a passar as noites com ela e, nesse período, fizemos muitos pratos juntas na cozinha”, relembra, com carinho.

casada, há 14 anos, com o produtor integrado à Souza cruz Jefferson rengel, 33 anos, Luciana administra com ele a proprie-dade, localizada em Figueiredo, no município de Chapadão do La-jeado (Sc), onde produzem tabaco, cebola, milho e soja, além de destinar área para reflorestamento. A gestão dos negócios rurais, no entanto, não afastou a produtora da cozinha. É para os filhos, Maria eduarda, 11 anos, e Júlio cesar, 10, que prepara todas as de-lícias que aprendeu com a mãe e a avó.

Luciana, que adora testar as receitas publicadas na revista, ensina agora duas de suas produções que mais fazem sucesso com a família. Experimente!

Doçuras emProdutora Luciana Rengel, que herdou o talento da mãe e da avó, compartilha com os leitores duas receitas muito especiais

Ingredientes (massa):� 1 ovo� 2 colheres de sopa rasas de fermento

biológico (para pão)� 1 colher de sopa rasa de manteiga� 1 colher de sopa rasa de banha� 2 colheres de sopa de açúcar� Sal a gosto� 1 copo de leite morno� ½ copo de água morna� Farinha de trigo até o ponto de sovar

Modo de fazer:Misture o fermento com a água morna, em seguida os ovos, o açúcar, o sal, a manteiga e a banha. Acrescente o leite e a farinha de trigo até dar o ponto de massa de pão. Sove bem e deixe crescer. depois de crescido, abra com um rolo de macarrão, distribua o recheio sobre toda a superfície, enrole a massa, corte em rodelas, distribua em forma untada e deixe crescer. depois de crescido, distribua a calda sobre os pãezinhos e leve para assar em forno pré-aquecido (200°) por aproximadamente 30 minutos.

Recheio: Misture 2 colheres de sopa de manteiga ou nata com ½ xícara de coco, 1 colher de sopa de açúcar e 1 colher de sopa de canela.

Calda: Em uma panela, leve ao fogo 1 xícara de açúcar com 1 xícara de leite e deixe ferver até o ponto de calda grossa.

família

pãezinhos de coco

bolo de Aipim Ingredientes:4 ovos1 pitada de sal1 colher de sopa de manteiga2 xícaras de açúcar1 xícara de leite1 xícara de aipim cru ralado grosso�1 colher de sopa de açúcar

de baunilha3 fatias de queijo colonial�1 colher de sopa de farinha de trigo

bem cheia�1 colher de sopa de fermento

químico (para bolo)

bata bem todos os ingredientes no liquidificador. Coloque a massa em forma grande untada e leve para assar em forno pré-aquecido (200°) por aproximadamente 30 minutos.

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Inspirada pela mãe e pela

avó, Luciana prepara

deliciosas receitas para

a família


Produtora gaúcha descobriu há pouco tempo o talento para o artesanato e já faz belas criações

Espaço da Mulher

élia Kober Lopes, 48 anos, sempre se dedicou ao traba-

lho no campo. Filha de produtores rurais, há 31 anos casou-se com o produtor integrado Ariovaldo Lopes, 50. Na propriedade em que cultiva, além do tabaco, milho, o casal reali-zou o sonho de ter uma vida tranqui-la e próspera ao lado dos filhos An-derson, 26 anos, também produtor integrado Souza cruz, e Alessandro, 14 anos, estudante do ensino Médio.

Moradora de gaspar Simões, no município de Dom Feliciano (RS), Zélia conta, com orgulho, que sua família foi a primeira da região a par-ticipar do SoL rural, em 2006: “Foi uma experiência muito gratificante. Hoje, conseguimos manter a pro-priedade muito mais limpa e organi-zada”. outra experiência que faz questão de mencionar é a participa-ção no programa com Licença Vou à Luta, também promovido pela Sou-za cruz, em parceria com o Senar.

“com ele, adquirimos importante aprendizado sobre a administração de negócios rurais”, diz.

recentemente, Zélia fez uma nova descoberta: o talento para o artesanato. “Nunca tinha feito tra-balhos manuais, mas, ao visitar uma exposição agrícola, fiquei ad-mirada com as peças em porongo. como temos esse material no quin-tal de casa, resolvi arriscar”, conta ela, que fez seu primeiro trabalho em agosto e, desde então, não pa-rou mais. “Sempre é tempo de aprender algo novo”, afirma.

Fruto do porongueiro, o poron-go, ou cabaça, é conhecido em várias regiões do brasil e se constitui em matéria-prima para peças de decora-ção, brinquedos, utensílios domésti-cos, instrumentos musicais – como o chocalho e o berimbau – e para as tradicionais cuias de chimarrão.

Aprenda agora, com Zélia, a fazer uma linda capelinha de porongo:

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Do trabalho no campo ao

artesanato: Zélia descobre um novo talento

Capelinha de porongoMaterial:

1 porongo

Lixa para madeira

Pincel

Verniz

Cola branca e/ou cola quente

Barba-de-pau

Flores artificiais ou secas

Festão de Natal

1 imagem da santa de sua devoção

1 pedaço de isopor para apoiar a imagem da santa

1

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3 4

5

No detalhe: plantação de Porongo

Como fazer:

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1 Colha o porongo seco, lave-o bem, lixe e corte com serrote ao meio no sentido do comprimento;

2 Faça a limpeza interna tirando todas as sementes;

3 Passe duas camadas de verniz na parte externa;

4 Em seguida, passe uma camada de cola

branca em toda a superfície interna do porongo para colar a base de isopor e a barba-de-pau;

5 Prenda o Festão de Natal – ou, se preferir, flores secas, artificiais, ou uma renda franzida – ao redor do porongo, usando cola quente ou percevejos;

6 Cole a imagem da santa na placa de isopor e finalize fixando algumas flores ao seu redor e pela barba-de-pau.

parcerias de valorProdutores integrados e orientadores agrícolas: parabéns aos responsáveis pelo grande sucesso

do Sistema integrado de produção

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“Estamos muito satisfeitos com a orientação técnica e as variedades de sementes, ofereci-das pela Souza Cruz, que proporcionam óti-ma produtividade e qualidade. A cultura do tabaco nos ajudou a realizar nossos sonhos, como comprar mais áreas de terras e poder pagar a faculdade do nosso filho”.

O produtor Airton Capelari entre a esposa, Suzane Carlesso Capelari, e o orientador agrícola Adair Giongo. LINHA BORGES dE MEdEIROS – ILÓPOLIS (RS)

da dir. para a esq., o orientador agrícola Edson Baesso, o produtor Agostinho zanelato com a esposa, Lourdes Marcon Zanelato, e o filho, também produtor, Alexsandro zanelato com a esposa, Josiane Bortolato zanelato. ALTO PEdRINHAS – PEdRAS GRANdES (SC)

O produtor aposentado Odilo Schumann e a esposa, Alzira Schumann (sentados); em pé, a partir da dir., o orientador

Rudi Santin, os filhos e produtores Alceu, Irton Luiz e Walmir, o neto Mateus e a nora Eni de Fátima Antunes.

SANTA INÊS – ITAIPULÂNdIA (PR)

A partir da dir., o produtor Miguel Lopes com a esposa, Ana Beatriz Lopes, e o orientador

agrícola André Luiz Sehnem. CERRO ALEGRE BAIXO – SANTA CRUz dO SUL (RS)

“Iniciamos nossa parceria com a Souza Cruz em 1972 e o resultado foi excelente. Hoje, nossa lavoura, que começou com um hectare, já é de 25 hectares, e meus filhos também passaram a ser produtores, o que muito nos orgulha. Continuaremos sempre apostando nessa cultura”.

“Com novas tecnologias e informações, conseguimos garantir um tabaco de ótima qualidade e aumentamos a nossa produtivi-dade, que, hoje, fica em torno de 2800 kg/ha, em média. Temos muito orgulho dessa parceria de sucesso com a Souza Cruz”.

“Nossa parceria com a Souza Cruz começou em 1975 e, graças às boas práticas agrícolas estimuladas pela Empresa, conseguimos ótimos resultados. Estamos muito felizes com as nossas conquistas, entre elas novos terrenos, carros e implementos agrícolas”.

“Temos 33 anos de parceria com a Souza Cruz, o que nos possibi-litou muitas conquistas. A tecno-logia e as novidades trazidas pelo orientador agrícola Maurício sempre foram fundamentais para os excelentes resultados que al-cançamos na nossa propriedade de 30 hectares, onde cultivamos 16 hectares de tabaco”.

O produtor Oladi Lucio Schroeder, o orientador agrícola Mauricio Pozzebon e a esposa de Oladi, Marli Lardi Schroeder. fAXINAL dE dENTRO – VALE dO SOL (RS)

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