Demografia

download Demografia

If you can't read please download the document

description

Texto que trata da formação de são paulo.

Transcript of Demografia

O crescimento demogrfico paulista dos sculos XVIII J nos dois primeiros sculos de colonizao nas capitais paulista se tinha uma populao muito pequena em torno de So Paulo, considerada nessa poca ainda uma vila. Os primeiros colonos vinham geralmente ss, desacompanhados de mulheres brancas, dai como consequncia se deu inicio a um povoamento caracterizados por mestios, conhecidos como mamelucos, que a mistura de branco com ndio. O crescimento da populao foi lento, o que permitiu, no sculo XVIII, com a maior entrada de europeus e africanos, a rpida modificao da mestiagem inicial, sendo que o mameluco foi substitudo pelo mulato. Esse perodo o inicio das grandes transformaes demogrficas relacionadas com as mudanas econmicas e sociais na capital de So Paulo, que a principio ocorreu devido ao ciclo de minerao nos territrios vizinhos, fazendo com que o numero de habitantes crescesse extraordinariamente e que favoreceu para a ocupao de novas reas, este crescimento permitiu a criao de povoados, de freguesias, de vilas, alargando fronteiras e pontilhando a cartografia regional. Com a populao em extenso ouve a necessidade do desenvolvimento da agricultura de mantimentos, para ento atender aos novos consumidores que brotavam das regies de minerao, as atividades mineradoras levaram transformaes da demogrfica paulista, pelo estimulo que trouxeram no aumento da produo agrcola e pecuria e tambm pela necessidade de mo-de-obra, as primeiras fortunas da historias paulistas nasceram com o comercio de abastecimento das Minas. Dois grandes momentos que marcou a crescimento relativo da regio foram entre 1700 at 1765 aproximadamente e j no sculo XIX, entre 1898 e 1872. Neste primeiro perodo o crescimento foi assombroso, especialmente quando se leva em considerao as condies da agricultura primitiva itinerante e no habitat disperso que caracterizava a regio na poca, j em um segundo momento citado os fatores que impulsionaram o crescimento demogrfico foi impulso da interveno capitalista acarretando nos anos seguintes um gigantesco desenvolvimento da agricultura de exportao, onde se estimulou a entrada macia de mo-de-obra escrava e os ensaios da imigrao livre de mo-de-obra europeia, Um fato importante a ser comentado que acorreu neste perodo o de que a taxa de mortalidade era muito alta e sempre constante, porm como observa a autora uma caracterstica predominante de sociedades pr-industriais, o fenmeno da fome como ceifador de populaes e provocador de crises demogrficas ou de subsistncias reflete nas elevaes dos bitos que ocorreu em um perodo de um ou dois anos no foi conhecida em So Paulo antes das anos 1850. Mas no s a fome ou algumas epidemias foram o grande causador de mortes da capital paulista, algumas guerras desenvolvidas durante o sculo XVIII at em 1828 com a criao do Uruguai contribuiu para a decadncia do povoamento. O desequilbrio entre os sexosA constante e forte dominncia feminina em territrio to teria levado, a varias consequncias do ponto de vista demogrfico, social a at econmico levando a considerao esse fenmeno apenas da populao livre, pois a escrava se encontrava em uma situao contraria a essa. Logo e existncia de uma legio de bastardos e um numero elevadssimo de mulheres solteiras de todas as idades. Esse desiquilbrio de fato ocorreu devido principalmente pelo recrutamento forados dos homens mais fortes e vigorosos da capitania para as guerrilhas do Sul. Estruturas etriasQuase 50% da populao livre, entre 1765 e 1836, tinha idade inferior a catorze anos, o que revela natalidade bastante elevada e dentro dos padres demogrficos de uma populao pr-malthusiana. Por tanto a idade de quinze anos era tomada como a idade da maioria na poca, com quinze anos o jovem rapaz j se iniciava na carreira das armas, passando a pertencer s companhias de milcias da terra. Os jovens de ambos sexos podiam contrair matrimonio livremente, e tambm aos quinze anos j integravam a foras de trabalho. A estrutura etria do escravo mostra caractersticas diversas e prprias deste segmentos dos habitantes livre, sendo que 60% da populao escrava possua idade superior aos 65 anos em 1828. Esta situao se devia forte e continua entrada de elementos adultos na populao escrava, essa entrada incessante de escravos adultos na capitania de So Paulo vinha por certa compensar uma fecundidade no elevada, em virtude da acentuada desproporcional de dos sexos e tambm por suas condies de vida sanitrias e de alimentao.Estruturas do domicilio e da famlia A historiografia brasileira, at os anos de 1970, aceitou a tese da preponderncia da familia extensa a patriarcal na sociedade tradicional brasileira, viveriam assim debaixo de um mesmo teto pais, avs, filhos solteiros e casados, netos, parentes e afins agregados, sem falar nos escravos, porm estudos mais recentes mostra uma outra realidade. No caso da cidade de So Paulo, por exemplo entre os meados do sculos XVIII e inicios do XIX, constataram que 79% de todos os grupos domsticos eram formados por famlias conjugais simples. Receber parentes prximos ou afastados em suas casas, ou conviver em um mesmo teto com vrios ncleos familiares eram situaes excepcionais e temporrias. O modelo do domicilio paulista antigo era o de uma casa, uma famlia, esta era a regra, o padro, que se mantm e se acentua mesmo com a introduo do setor agrcola da grande lavoura de exportao.Consideraes finais possvel acreditar que logo a ps a descoberta de ouro nas Gerais, proporcionou as capitais mais prximas um enorme crescimento demogrfico, e a construes que logo acarretarias em grandes centros principalmente agrcolas para atenderem a demanda populacional em ascenso, levando mudanas a todo o territrio, seja politico, econmico ou social.

Bibliografia MARCLIO, Luiza Maria; Crescimento demogrfico e evoluo agrria paulista 1700-1836.