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BRGAAP em R$ Demonstrações Financeiras Intermediárias 31 de março de 2019

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BRGAAP em R$

Demonstrações Financeiras Intermediárias 31 de março de 2019

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Demonstrações Financeiras Intermediárias Vale S.A. Conteúdo

Página Relatório sobre a revisão de informações trimestrais 3 Demonstração do Resultado Consolidado e da Controladora 5 Demonstração do Resultado Abrangente Consolidado e da Controladora 6 Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidado e da Controladora 7 Balanço Patrimonial Consolidado e da Controladora 8 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 9 Demonstração do Valor Adicionado Consolidado e da Controladora 10 Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias 11

1. Contexto operacional 2. Base de preparação das demonstrações financeiras intermediárias 3. Rompimento da barragem de Brumadinho 4. Informações por segmento de negócios e por área geográfica 5. Custos e despesas por natureza 6. Resultado financeiro 7. Tributos sobre o lucro 8. Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação 9. Contas a receber 10. Estoques 11. Outros ativos e passivos financeiros 12. Aquisições e desinvestimentos 13. Investimentos em coligadas e joint ventures 14. Intangíveis 15. Imobilizado 16. Empréstimos, financiamentos e caixa e equivalentes de caixa 17. Passivos relacionados à participação em coligadas e joint ventures 18. Classificação dos instrumentos financeiros 19. Estimativa do valor justo 20. Instrumentos financeiros derivativos 21. Provisões 22. Processos judiciais 23. Obrigações com benefícios de aposentadoria 24. Patrimônio líquido 25. Partes relacionadas 26. Informações da Controladora (informações intermediárias individuais) 27. Informações complementares sobre os instrumentos financeiros derivativos

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Relatório sobre a revisão de informações trimestrais

Aos Administradores e Acionistas Vale S.A. Introdução

Revisamos as informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, da Vale S.A. (a “Companhia”), contidas no Formulário de Informações Trimestrais - ITR referente ao trimestre findo em 31 de março de 2019, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de março de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de três meses findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

A administração é responsável pela elaboração das informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária e com a norma internacional de contabilidade IAS 34 –Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB) assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas informações contábeis intermediárias com base em nossa revisão. Alcance da revisão

Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 – Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 – Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria. Conclusão sobre as informações intermediárias Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas incluídas nas informações trimestrais acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC 21 e o IAS 34, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR, e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, Rua do Russel 804, Edifício Manchete, 6º e 7º andares, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 22210-907, T: (21) 3232-6112, F: (21) 3232-6113, www.pwc.com/br

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Ênfase

Rompimento da Barragem de Brumadinho

Chamamos a atenção para a Nota 3 às informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, que descreve as ações tomadas pela Companhia e os impactos nas informações contábeis, relacionados com o rompimento da Barragem de Brumadinho. Conforme divulgado pela Administração, a Companhia incorreu em custos e reconheceu provisões com base nas suas melhores estimativas e premissas. Em decorrência da natureza e das incertezas inerentes a esse tipo de evento, os valores reconhecidos e/ou divulgados deverão ser revistos e poderão vir a ser ajustados de forma significativa em períodos futuros, à medida que novos fatos e circunstâncias sejam conhecidos. Nossa conclusão não está ressalvada em relação a esse assunto. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Revisamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), individuais e consolidadas, referentes ao período de três meses findo em 31 de março de 2019, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação nas informações intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais – ITR e considerada informação suplementar pelas IFRS, que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foram elaboradas de maneira consistente, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Auditoria e revisão das cifras do ano anterior

As Informações Trimestrais - ITR mencionadas no primeiro parágrafo incluem informações contábeis correspondentes aos resultados, aos resultados abrangentes, às mutações do patrimônio líquido, aos fluxos de caixa e aos valores adicionados (individuais e consolidados) do trimestre findo em 31 de março de 2018, obtidas das informações trimestrais - ITR daquele trimestre, e aos balanços patrimoniais, individuais e consolidados, em 31 de dezembro de 2018, obtidas das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018, apresentadas para fins de comparação. A revisão das Informações Trimestrais - ITR do trimestre findo em 31 de março de 2018 e o exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foram conduzidos sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram, respectivamente, relatório de revisão datado de 25 de abril de 2018, sem ressalvas, e relatório de auditoria datado de 27 de março de 2019, sem ressalvas e com parágrafo de ênfase relacionado a evento subsequente decorrente do rompimento da barragem de Brumadinho ocorrido em 25 de janeiro de 2019. Rio de Janeiro, 9 de maio de 2019 PricewaterhouseCoopers Patricio Marques Roche Auditores Independentes Contador CRC 1RJ081115/O-4

CRC 2SP000160/O-5

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Demonstração do Resultado Em milhões de reais, exceto o lucro diluído por ação

Consolidado Controladora

Período de três meses findos em 31 de março de

Notas 2019 2018 2019 2018

Operações continuadas Receita de vendas, líquida 4(c) 30.952 27.932 16.785 15.705 Custo dos produtos vendidos e serviços prestados 5(a) (17.750) (16.970) (9.201) (8.376)

Lucro bruto 13.202 10.962 7.584 7.329 Receitas (despesas) operacionais Com vendas e administrativas 5(b) (418) (402) (201) (226) Pesquisa e desenvolvimento (269) (223) (159) (147) Pré operacionais e paradas de operação (815) (253) (776) (201) Resultado de participações societárias em controladas - - 4.075 2.227 Evento de Brumadinho 3 (17.315) - (17.315) - Outras despesas operacionais, líquidas 5(c) (318) (406) (313) (263)

(19.135) (1.284) (14.689) 1.390 Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes 3 e 15 (781) (52) (631) (80)

Lucro (prejuízo) operacional (6.714) 9.626 (7.736) 8.639 Receitas financeiras 6 364 382 110 59 Despesas financeiras 6 (2.961) (2.110) (3.148) (1.888) Outros itens financeiros 6 7 (343) 155 (336) Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures 13 e 17 314 229 314 229

Lucro (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro (8.990) 7.784 (10.305) 6.703 Tributos sobre o lucro 7 Tributo corrente (961) (295) (492) (1) Tributo diferido 3.405 (2.044) 4.375 (1.319)

2.444 (2.339) 3.883 (1.320) Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas (6.546) 5.445 (6.422) 5.383 Lucro líquido (prejuízo) atribuído aos acionistas não controladores (124) 62 - -

Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas atribuído aos acionistas da Vale (6.422) 5.383 (6.422) 5.383

Operações descontinuadas Prejuízo proveniente das operações descontinuadas - (271) - (271)

Prejuízo das operações descontinuadas atribuído aos acionistas da Vale - (271) - (271)

Lucro líquido (prejuízo) (6.546) 5.174 (6.422) 5.112 Lucro líquido (prejuízo) atribuído aos acionistas não controladores (124) 62 - -

Lucro líquido (prejuízo) atribuído aos acionistas da Vale (6.422) 5.112 (6.422) 5.112

Lucro (prejuízo) por ação atribuído aos acionistas da Vale: Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação: 8 Ações ordinárias (R$) (1,24) 0,98 (1,24) 0,98

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras intermediárias.

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Demonstração do Resultado Abrangente Em milhões de reais

Consolidado Controladora

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018 2019 2018

Lucro líquido (prejuízo) (6.546) 5.174 (6.422) 5.112

Outros resultados abrangentes: Itens que não serão reclassificados subsequentemente ao resultado Obrigações com benefícios de aposentadoria 35 176 (14) (9) Ajuste ao valor justo de investimento em ações (147) (114) (114) (86) Resultado de participações em coligadas e joint ventures - - 16 157 Transferência para reserva - (67) - (67)

Total dos itens que não serão reclassificados subsequentemente ao resultado, líquido de imposto (112) (5) (112) (5)

Itens que poderão ser reclassificados subsequentemente ao resultado Ajustes de conversão 1.179 61 1.183 (100) Hedge de investimentos líquidos (nota 20d) (44) (96) (44) (96) Transferência de resultados realizados para o lucro líquido - (257) - (112)

Total dos itens que poderão ser reclassificados subsequentemente ao resultado, líquido de imposto 1.135 (292) 1.139 (308)

Total do resultado abrangente (5.523) 4.877 (5.395) 4.799

Resultado abrangente atribuído aos acionistas não controladores (128) 78

Resultado abrangente atribuído aos acionistas da Vale (5.395) 4.799

De operações continuadas (5.395) 4.783 De operações descontinuadas - 16

(5.395) 4.799

Os itens acima estão apresentados líquidos de impostos, os quais estão divulgados na nota 7. As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras intermediárias.

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Demonstração dos Fluxos de Caixa Em milhões de reais

Consolidado Controladora

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018 2019 2018

Fluxo de caixa das atividades operacionais: Lucro (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro das operações continuadas (8.990) 7.784 (10.305) 6.703 Ajustado por: Resultado de participações societárias em controladas - - (4.075) (2.227) Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures (314) (229) (314) (229) Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes 781 52 631 80 Depreciação, amortização e exaustão 3.029 2.834 1.744 1.403 Resultado financeiro, líquido 2.590 2.071 2.883 2.165 Variações de ativos e passivos: Contas a receber 2.045 41 6.497 (1.844) Estoques (1.706) 153 (456) (403) Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros (362) (1.172) 314 (981) Provisão - Salários, encargos sociais e outras remunerações (1.758) (1.653) (1.157) (1.122) Passivos relacionados a Brumadinho (nota 3) 9.317 - 9.317 - Descaracterização das barragens a montante (nota 3) 7.137 - 7.137 - Outros ativos e passivos, líquidos (219) (303) 246 183

11.550 9.578 12.462 3.728 Juros de empréstimos e financiamentos pagos (nota 16) (927) (1.237) (1.283) (1.085) Derivativos pagos, líquidos (440) (80) (321) (116) Juros de arrendamentos pagos (84) - - - Tributos sobre o lucro (incluindo programa de refinanciamento) (1.838) (1.177) (1.010) (431)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais das operações continuadas 8.261 7.084 9.848 2.096 Fluxo de caixa das atividades de investimento: Investimento no imobilizado e intangível (2.305) (2.885) (1.300) (1.075) Adições em investimentos (1) (58) (208) (707) Aquisição de subsidiária, líquido do caixa (1.884) - (1.884) - Recursos provenientes da alienação de bens do imobilizado e do investimento 347 3.536 13 6 Dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos - 33 342 454 Bloqueios bancários e depósitos judiciais (nota 3) (13.042) - (13.042) - Outras atividades de investimentos, líquidas (1) 98 8.650 (500) 4.591

Caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades de investimento das operações continuadas (16.787) 9.276 (16.579) 3.269 Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Empréstimos e financiamentos de terceiros (nota 16) 6.933 - 2.894 - Pagamentos de empréstimos e financiamentos de terceiros (nota 16) (789) (7.448) (660) (960) Pagamentos de arrendamentos (288) - (19) - Dividendos e juros sobre capital próprio pagos aos acionistas - (4.721) - (4.721) Dividendos e juros sobre capital próprio pagos aos acionistas não controladores (237) (290) - - Transações com acionistas não controladores - (56) - (56)

Caixa líquido proveniente das (utilizado nas) atividades de financiamento das operações continuadas 5.619 (12.515) 2.215 (5.737) Caixa líquido utilizado nas operações descontinuadas - (150) - -

Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (2.907) 3.695 (4.516) (372) Caixa e equivalentes de caixa no início do período 22.413 14.318 4.835 1.876 Efeito de variação cambial no caixa e equivalentes de caixa 7 159 - - Caixa e equivalentes de caixa de empresas vendidas e incorporadas, líquidos - (331) - -

Caixa e equivalentes de caixa no final do período 19.513 17.841 319 1.504

Transações que não envolveram caixa: Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 141 194 140 194

(1) inclui empréstimos e adiantamentos de/a partes relacionadas. Para o período findo em 31 de março de 2018, inclui os recursos recebidos do project finance de Nacala (nota 25b) no valor de R$8.434. As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras intermediárias.

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Balanço Patrimonial Em milhões de reais

Consolidado Controladora

Notas 31 de março de

2019 31 de dezembro de

2018 31 de março de

2019 31 de dezembro de

2018

Ativo Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa 19.513 22.413 319 4.835 Contas a receber 9 9.558 10.261 11.202 17.333 Outros ativos financeiros 11 1.816 1.683 785 360 Estoques 10 19.130 17.216 5.231 4.775 Tributos antecipados sobre o lucro 2.210 2.104 1.914 1.938 Tributos a recuperar 4.629 3.422 2.903 2.024 Outros 1.886 2.157 1.387 2.096

58.742 59.256 23.741 33.361 Ativo não circulante Depósitos judiciais 22(c) 19.968 6.649 19.418 6.274 Outros ativos financeiros 11 12.109 12.180 5.142 5.276 Tributos antecipados sobre o lucro 2.183 2.107 - - Tributos a recuperar 2.184 2.913 1.606 2.281 Tributos diferidos sobre o lucro 7(a) 30.049 26.767 21.972 17.536 Outros 1.156 1.015 1.220 1.163

67.649 51.631 49.358 32.530 Investimentos 13 12.751 12.495 147.190 139.510 Intangíveis 14 33.279 30.850 16.000 15.622 Imobilizado 15 194.455 187.481 104.635 103.816

308.134 282.457 317.183 291.478

Total do ativo 366.876 341.713 340.924 324.839

Passivo Passivo circulante Fornecedores e empreiteiros 12.981 13.610 7.711 7.342 Empréstimos e financiamentos 16 10.582 3.889 5.559 2.523 Arrendamentos 2(c) 854 - 354 - Outros passivos financeiros 11 5.587 6.213 5.051 5.083 Tributos a recolher 2.605 1.659 1.872 806 Programa de refinanciamento ("REFIS") 7(c) 1.689 1.673 1.655 1.638 Passivos relacionados a participação em coligadas e joint ventures 17 1.091 1.120 1.091 1.120 Provisões 21 3.795 5.278 2.415 3.331 Passivos relacionados a Brumadinho 3 6.398 - 6.398 - Outros 2.991 1.843 2.887 2.743

48.573 35.285 34.993 24.586 Passivo não circulante Empréstimos e financiamentos 16 55.861 56.039 22.295 23.082 Arrendamentos 2(c) 5.952 - 1.709 - Outros passivos financeiros 11 11.732 10.511 72.644 71.740 Programa de refinanciamento ("REFIS") 7(c) 14.903 15.179 14.606 14.876 Tributos diferidos sobre o lucro 7(a) 5.938 5.936 - - Provisões 21 35.574 27.491 16.291 9.758 Passivos relacionados a Brumadinho 3 2.919 - 2.919 - Passivos relacionados a participação em coligadas e joint ventures 17 2.982 3.226 2.982 3.226 Receita diferida - Fluxo de ouro 5.931 6.212 - - Outros 8.251 8.151 7.393 7.168

150.043 132.745 140.839 129.850

Total do passivo 198.616 168.030 175.832 154.436

Patrimônio líquido 24 Patrimônio líquido dos acionistas da Vale 165.092 170.403 165.092 170.403 Patrimônio líquido dos acionistas não controladores 3.168 3.280 - -

Total do patrimônio líquido 168.260 173.683 165.092 170.403

Total do passivo e patrimônio líquido 366.876 341.713 340.924 324.839

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras intermediárias.

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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Em milhões de reais

Capital

social

Resultado na conversão de

ações Reserva de

capital

Resultado com mudanças de participações

societárias Reserva de

lucro Ações em

tesouraria

Ajustes de avaliação

patrimonial

Ajustes acumulados de

conversão

Lucros (prejuízos)

acumulados

Patrimônio líquido dos

acionistas da Vale

Patrimônio líquido dos

acionistas não controladores

Patrimônio líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2018 77.300 50 3.634 (2.714) 42.502 (6.604) (3.248) 59.483 - 170.403 3.280 173.683

Prejuízo - - - - - - - - (6.422) (6.422) (124) (6.546) Outros resultados abrangentes: Obrigações com benefícios de aposentadoria - - - - - - 35 - - 35 - 35 Hedge de investimentos líquidos (nota 20d) - - - - - - - (44) - (44) - (44) Ajuste ao valor justo de investimento em ações - - - - - - (147) - - (147) - (147) Ajustes de conversão - - - - - - 13 1.170 - 1.183 (4) 1.179 Transações com acionistas: Dividendos de acionistas não controladores - - - - - - - - - - (6) (6) Capitalização de adiantamento de acionistas não controladores - - - - - - - - - - 22 22 Cessão e transferência de ações (nota 24) - - - - - 84 - - - 84 - 84

Saldo em 31 de março de 2019 77.300 50 3.634 (2.714) 42.502 (6.520) (3.347) 60.609 (6.422) 165.092 3.168 168.260

Capital

social

Resultado na conversão de

ações Reserva de

capital

Resultado com mudanças de participações

societárias Reserva de

lucro Ações em

tesouraria

Ajustes de avaliação

patrimonial

Ajustes acumulados de

conversão

Lucros (prejuízos)

acumulados

Patrimônio líquido dos

acionistas da Vale

Patrimônio líquido dos

acionistas não controladores

Patrimônio líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2017 77.300 50 3.634 (2.663) 24.539 (2.746) (3.912) 47.556 - 143.758 4.348 148.106

Lucro líquido - - - - - - - - 5.112 5.112 62 5.174 Outros resultados abrangentes: Obrigações com benefícios de aposentadoria - - - (67) - - 176 - - 109 - 109 Hedge de investimentos líquidos (nota 20d) - - - - - - - (96) - (96) - (96) Ajuste ao valor justo de investimento em ações - - - - - - (114) - - (114) - (114) Ajustes de conversão - - - - - - (7) (205) - (212) 16 (196) Transações com acionistas: Dividendos de acionistas não controladores - - - - - - - - - - (5) (5) Aquisições e baixas de acionistas não controladores - - - - - - - - - - (751) (751)

Saldo em 31 de março de 2018 77.300 50 3.634 (2.730) 24.539 (2.746) (3.857) 47.255 5.112 148.557 3.670 152.227

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras intermediárias.

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Demonstração do Valor Adicionado Em milhões de reais

Consolidado Controladora

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018 2019 2018

Geração do valor adicionado das operações continuadas Receita bruta Receita de produtos e serviços 31.285 28.251 17.066 15.964 Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes (781) (52) (631) (80) Receitas relativas à construção de ativos próprios 2.680 2.407 1.497 1.695 Outras receitas 616 6.270 195 2.668 Menos: Aquisição de produtos (402) (338) (177) (179) Material, serviço e manutenção (8.169) (7.263) (4.319) (4.244) Óleo combustível e gás (1.325) (1.164) (823) (776) Energia (799) (795) (377) (386) Frete (2.874) (2.931) (27) (29) Evento Brumadinho (17.315) - (17.315) - Outros custos e despesas (2.443) (7.570) (1.618) (4.112)

Valor adicionado bruto 473 16.815 (6.529) 10.521 Depreciação, amortização e exaustão (3.029) (2.834) (1.744) (1.403)

Valor adicionado líquido (2.556) 13.981 (8.273) 9.118 Recebido de terceiros: Resultado de participações societárias em entidades 314 229 4.389 2.456 Receita financeira 364 382 112 59 Variações monetárias e cambiais de ativos 184 169 190 226

Total do valor adicionado das operações continuadas a distribuir (1.694) 14.761 (3.582) 11.859 Valor adicionado das operações descontinuadas a distribuir - 63 - -

Total do valor adicionado a distribuir (1.694) 14.824 (3.582) 11.859

Pessoal 1.936 2.038 970 981 Impostos, taxas e contribuições 1.542 1.859 1.326 854 Tributo corrente 961 295 492 1 Tributo diferido (3.405) 2.044 (4.375) 1.319 Despesa financeira (exclui juros capitalizados) 2.556 2.026 2.878 1.646 Variações monetárias e cambiais de passivos 494 563 253 786 Outras remunerações de capitais de terceiros 768 762 1.296 1.160 Lucro líquido reinvestido (prejuízo absorvido) (6.422) 5.112 (6.422) 5.112 Lucro líquido (prejuízo) atribuído aos acionistas não controladores (124) 62 - -

Distribuição do valor adicionado das operações continuadas (1.694) 14.761 (3.582) 11.859 Distribuição do valor adicionado das operações descontinuadas - 63 - -

Distribuição do valor adicionado (1.694) 14.824 (3.582) 11.859

As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras intermediárias.

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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1. Contexto operacional A Vale S.A. e suas controladas diretas e indiretas (“Vale” ou “Companhia”) são produtores globais de minério de ferro e pelotas, matérias-primas essenciais para a indústria siderúrgica e produtores de níquel, com aplicações na indústria de aço inoxidável e ligas metálicas utilizadas na produção de diversos produtos. A Companhia também produz cobre, carvão térmico e metalúrgico, manganês, ferroligas, metais do grupo de platina, ouro, prata e cobalto. As informações por segmento estão apresentadas na nota 4. A Vale S.A. (“Controladora”) é uma sociedade anônima de capital aberto com sede na cidade do Rio de Janeiro, Brasil e tem seus títulos negociados nas bolsas de valores de São Paulo – B3 S.A. (VALE3), Nova York – NYSE (VALE), Paris – NYSE Euronext (VALE3) e Madri – LATIBEX (XVALO).

2. Base de preparação das demonstrações financeiras intermediárias a) Declaração de conformidade As demonstrações financeiras intermediárias condensadas consolidadas e individuais da Companhia (“demonstrações financeiras intermediárias”) foram preparadas e estão apresentadas de acordo com o IAS 34 Interim Financial Reporting (CPC 21) dos padrões internacionais de relatórios financeiros (International Financial Reporting Standards - “IFRS”), implementados no Brasil através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”), aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (“CFC”). Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras intermediárias, e apenas essas informações, estão sendo evidenciadas e correspondem às utilizadas na gestão da Administração da Companhia. As notas explicativas selecionadas da Controladora estão apresentadas de forma sumarizada na nota 26. b) Base de apresentação As demonstrações financeiras intermediárias foram preparadas para atualizar os usuários sobre os eventos e transações relevantes ocorridas no período e devem ser analisadas em conjunto com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2018. As políticas contábeis, estimativas e julgamentos contábeis, gestão de risco e métodos de mensuração são os mesmos que aqueles adotados na elaboração das últimas demonstrações financeiras anuais, exceto pelos julgamentos e estimativas contábeis críticas aplicados para determinar os impactos financeiros do evento de Brumadinho, conforme descrito na nota 3 e pela nova política contábil relacionada com a adoção da IFRS 16 – Arrendamentos, adotada pela Companhia a partir de 1º de janeiro de 2019, descrita na nota 2(c). A política contábil de reconhecimento e mensuração do imposto de renda no período intermediário está descrita na nota 7. As demonstrações financeiras intermediárias da Companhia e de suas coligadas e joint ventures são mensuradas utilizando a moeda do principal ambiente econômico no qual a entidade opera (“moeda funcional”), que no caso da Controladora é o real (“R$”). Para fins de apresentação, as demonstrações financeiras intermediárias estão apresentadas em R$. As principais taxas cambiais utilizadas pela Companhia para converter suas operações no exterior são as seguintes: Taxa média

Taxa final Período de três meses findo em

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 31 de março de 2019 31 de março de 2018

Dólar Americano ("US$") 3,8967 3,8748 3,7684 3,2433 Dólar Canadense ("CAD") 2,9165 2,8451 2,8346 2,5649 Euro ("EUR" ou "€") 4,3760 4,4390 4,2802 3,9866

A emissão dessas demonstrações financeiras intermediárias foi autorizada pelo Conselho de Administração, em 9 de maio de 2019.

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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c) Mudanças em políticas contábeis significativas - IFRIC 23 Incerteza sobre tratamento de impostos – A IFRIC 23 entrou em vigor para os exercícios anuais iniciados após 1º de janeiro de 2019 e esclarece os critérios para mensuração e reconhecimento do IAS 12 - Tributos sobre o lucro. A Companhia avaliou os requerimentos dessa nova interpretação e concluiu que não há impacto significativo nas demonstrações financeiras intermediárias. - IFRS 16 Arrendamentos – A Companhia adotou o IFRS 16 a partir de 1º de janeiro de 2019, data de adoção inicial, utilizando a abordagem retrospectiva modificada. Dessa forma, a informação comparativa não foi reapresentada e continua a ser divulgada de acordo com o IAS 17 e IFRIC 4. Como resultado da adoção do IFRS 16, a Companhia alterou sua política contábil para os contratos de arrendamento. Os principais contratos de arrendamento identificados estão detalhados a seguir: Os minerais ferrosos produzidos no Brasil são embarcados substancialmente para a Ásia. A Companhia possui contratos de arrendamento de terminais portuários no Brasil, em Ponta da Madeira e Itaguaí, que são utilizados principalmente para embarcar minério de ferro e pelotas. Os contratos dos portos em Ponta da Madeira e Itaguaí têm prazo remanescente de 4 e 7 anos, respectivamente. A Vale também possui contrato de arrendamento, com prazo remanescente de 24 anos, da estrutura portuária em Omã, que é utilizada para embarcar as pelotas produzidas nessa localidade. Parte dos embarques de minério de ferro realizados no Brasil para os clientes asiáticos, são feitos através de cinco navios contratados na modalidade “Time charter”, cujo período contratual remanescente médio é de 11 anos. Ainda como parte do segmento de minerais ferrosos, a Companhia possui contratos com joint ventures para a exploração e processamento de minério de ferro, principalmente, os contratos de arrendamento das usinas de pelotização no Brasil. Adicionalmente, a Companhia arrenda uma usina de oxigênio dedicada à operação de metais básicos, na planta de níquel localizada no Canadá. Esse contrato de possui um período de 11 anos remanescentes. A Companhia possui ainda um contrato de longo prazo referente ao direito de uso de algumas locomotivas, que estão dedicadas ao transporte de carvão em Moçambique. Esse contrato tem um prazo remanescente de 7 anos. A Vale também possui contratos de arrendamento de propriedades utilizadas como instalações operacionais e escritórios administrativos e comerciais em diversas localidades onde a Companhia opera. Até 31 de dezembro de 2018, esses contratos descritos acima eram classificados como arrendamento operacional e não estavam reconhecidos no balanço patrimonial da Companhia. Os pagamentos contratuais eram reconhecidos na demonstração do resultado de forma linear pela vigência contratual. Em 1º de janeiro de 2019, esses contratos passaram a ser classificados como arrendamento e foram reconhecidos no balanço patrimonial. O montante reconhecido foi mensurado descontando os pagamentos mínimos contratuais remanescentes ao valor presente, usando a taxa incremental de captação que variou entre 3% e 6%, de acordo com o período contratual remanescente. A Companhia adotou os seguintes expedientes práticos na aplicação do IFRS 16:

Aplicação de uma taxa de desconto única para uma carteira de arrendamentos com características semelhantes.

Aplicação da isenção de não reconhecimento dos ativos de direito de uso e passivos de arrendamentos com um período inferior a 12 meses e para arrendamentos de baixo valor. Os pagamentos associados a esses contratos serão reconhecidos como uma despesa em base linear durante o prazo contratual.

Utilização de informação observável retrospectiva para determinar o prazo de arrendamento, considerando as opções de extensão ou rescisão contratual.

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Abaixo, demonstramos a reconciliação dos compromissos contratuais de arrendamentos operacionais, conforme o IAS 17, com os passivos de arrendamento reconhecidos por classe de ativo, de acordo com o IFRS 16:

Compromissos com arrendamento divulgados

em 31 de dezembro de 2018 Contratos

fora do escopo Ajuste

a valor presente

Passivo de arrendamento reconhecido

em 1º de janeiro de 2019

Portos 4.384 2 (1.415) 2.971 Embarcações 2.980 (4) (634) 2.343 Plantas de pelotização 843 (57) (201) 585 Imóveis 628 (2) (94) 531 Plantas de energia 362 - (114) 248 Locomotivas 264 (28) (62) 173 Equipamentos de mineração 179 (50) (17) 111 Outros 36 (20) (1) 15

Total 9.676 (161) (2.538) 6.978

O passivo de arrendamento está apresentado no balanço patrimonial como “Arrendamentos”. A seguir estão demonstrados os ativos de arrendamento reconhecidos por classe de ativo: 1 de janeiro de 2019 31 de março de 2019

Portos 2.971 2.946 Embarcações 2.343 2.310 Plantas de pelotização 585 549 Imóveis 531 475 Plantas de energia 248 252 Locomotivas 173 187 Equipamentos de mineração 111 101 Outros 15 11

Total 6.978 6.830

A política contábil relacionada aos arrendamentos está descrita na nota 15.

3. Rompimento da barragem de Brumadinho Em 25 de janeiro de 2019, ocorreu o rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão, que pertence ao Complexo Paraopebas no Sistema Sul, localizada em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil (“Barragem de Brumadinho”). Essa barragem foi construída pelo método de alteamento a montante, estava inativa desde 2016 (sem descarte adicional de rejeitos) e não havia nenhuma outra atividade operacional na barragem. Pelo método “a montante”, a barragem é erguida através da construção de camadas sucessivas (“alteamento”) sobre os rejeitos acumulados no reservatório. Existem dois outros métodos de alteamento, o método “a jusante” e o método “centro de linha”. Cada um desses métodos apresenta um perfil de risco diferente. Em decorrência do rompimento da Barragem de Brumadinho (“evento”), 270 pessoas perderam suas vidas ou estão desaparecidas. Aproximadamente 11,7 milhões de toneladas de rejeitos de minério de ferro estavam depositados na Barragem de Brumadinho e ainda não se sabe o exato volume que saiu da estrutura por ocasião de seu rompimento. Os rejeitos percorreram cerca de 270 km de extensão, destruindo instalações da Vale, afetando as comunidades locais e causando impactos ao meio ambiente. O rio Paraopeba e seus ecossistemas também foram impactados pelo evento. A Companhia vem adotando todas as ações julgadas necessárias para o amparo das vítimas e a mitigação e reparação dos danos, sociais e ambientais, decorrentes do rompimento. A Vale proporcionou esse suporte mediante diversas frentes de ação, com o objetivo de assegurar toda a assistência humanitária necessária aos afetados pelo rompimento da barragem.

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A Companhia estabeleceu três Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário para dar suporte ao Conselho de Administração. Os membros destes comitês são independentes e não relacionados com a administração ou as operações da Companhia, para garantir que suas iniciativas e ações sejam imparciais. Os comitês estão relacionados a seguir: (i) O Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração (“CIAEA”), dedicado à investigação das causas e

responsabilidades pelo rompimento da Barragem de Brumadinho; (ii) O Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apoio e Reparação (“CIAEAR”), dedicado ao acompanhamento

das medidas tomadas para o suporte e reparação dos atingidos e recuperação das áreas afetadas pelo rompimento da Barragem de Brumadinho, assegurando que todos os recursos necessários serão aplicados; e

(iii) O Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Segurança de Barragens (“CIAESB”), dedicado a assessorar o Conselho de Administração nas questões relacionadas ao diagnóstico das condições de segurança, gerenciamento e mitigação de risco relacionados às barragens de rejeitos da Vale, bem como recomendar medidas a serem tomadas para reforçar as condições de segurança das barragens utilizadas pela Companhia.

Adicionalmente, a Vale determinou a suspensão (i) da remuneração variável de seus executivos; (ii) da Política de Remuneração aos Acionistas e (iii) de qualquer outra deliberação relacionada à recompra de ações. a) Impactos financeiros decorrentes do rompimento da barragem No estágio atual das investigações, apurações das causas e possíveis ações de terceiros contra a Companhia, não é possível determinar todos os potenciais custos que podem ser incorridos em decorrência do evento, portanto, os valores que estão sendo divulgados nestas demonstrações financeiras intermediárias foram determinados com base nas melhores estimativas da Administração e consideram os fatos e circunstâncias conhecidos até o momento. Os impactos financeiros reconhecidos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do período estão apresentados a seguir: Balanço Patrimonial 31 de março de 2019

Circulante Não circulante Total

Ativos Outros ativos financeiros - Caixa restrito 432 - 432 Depósitos judiciais

Processos cíveis - 6.748 6.748 Processos trabalhistas - 1.611 1.611 Processos ambientais - 4.251 4.251

Total de ativos 432 12.610 13.042

Passivos Provisões

Descaracterização das barragens a montante 614 6.523 7.137 Passivos relacionados a Brumadinho

Acordo com o Ministério Público do Trabalho 949 - 949 Acordo com o Ministério Público e Defensoria Pública 4.931 2.919 7.850 Sanções administrativas - IBAMA 250 - 250 Doações 268 - 268

6.398 2.919 9.317

Total do passivo 7.012 9.442 16.454

Além do caixa restrito e dos depósitos judiciais, a Companhia possui R$3,75 bilhões bloqueados utilizando 75.325.801 ações ordinárias mantidas em tesouraria (vide detalhes abaixo em “Ações judiciais”).

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Demonstração do resultado

Período de três meses findo

em 31 de março de 2019

Evento de Brumadinho Descaracterização das barragens a montante 7.137 Provisões relacionadas ao evento de Brumadinho 9.317 Despesas incorridas (*) 392 Outros 469

17.315 Pré operacionais e paradas de operação Parada de operação 605

Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes Baixa de ativos 585

Total 18.505

(*) Efeito caixa, cujo detalhamento por natureza está demonstrado abaixo em “Doações e outras despesas incorridas”.

b) Descaracterização das barragens (i) Barragens a montante Em 29 de janeiro de 2019, a Companhia formalizou ao mercado e às autoridades brasileiras sua intenção de acelerar o plano de descaracterização de todas as suas barragens de contenção de rejeitos de mineração construídas pelo método de alteamento a montante (o mesmo método da Barragem de Brumadinho) existentes no Brasil. A descaracterização significa que a estrutura será desmobilizada e perderá por completo as características de barragem. Antes do evento, os planos para o descomissionamento dessas barragens até então eram baseados em métodos que asseguravam a estabilidade física e química das estruturas, sem necessariamente prever, a retirada completa e eventual processamento dos rejeitos existentes. Após o evento, a Companhia vem trabalhando para desenvolver um plano detalhado de engenharia para a descaracterização de cada uma dessas barragens. Com base no estágio atual, os planos atualizados indicam que para algumas dessas barragens “a montante”, a Companhia terá primeiro que reforçar à jusante os maciços dessas barragens, para então concluir a descaracterização, de acordo com as condições geotécnicas e geográficas de cada barragem “a montante”. Também foi levada em conta a necessidade de construção de contenções adicionais para algumas barragens, de acordo com seu nível de segurança. Portanto, houve uma revisão dos custos totais e do tempo esperado para as saídas de caixa, levando em consideração os estudos de engenharia atualizados. Ainda, durante o mês de março de 2019, foram protocolados os conceitos de projeto para descaracterização das barragens, cujo desenvolvimento conceitual está previsto para conclusão em agosto de 2019 e está sujeito a revisão e aprovação das autoridades competentes. Assim, com base nas informações disponíveis na data da elaboração dessas demonstrações financeiras intermediárias, a estimativa de custos resultou no reconhecimento de uma provisão de R$7.137 em 31 de março de 2019, ajustado a valor presente pela taxa de 4,38%, considerando o fluxo de desembolso esperado. A mensuração dos custos e o registro da referida provisão levam em consideração diversas premissas e estimativas que dependem de fatores, alguns dos quais não estão sob o controle da Companhia. As principais estimativas e premissas críticas aplicadas consideram, dentre outros: (i) o volume de rejeitos a ser removido que foi baseado nas informações históricas disponíveis e na interpretação das leis e regulamentos que estão em vigor; (ii) a disponibilidade de locais para o depósito dos rejeitos; e (iii) a aprovação dos métodos e soluções de engenharia apresentados para as autoridades competentes. Portanto, mudanças nas premissas e estimativas relevantes poderão resultar em alteração significativa no montante provisionado em 31 de março de 2019.

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(ii) Outras estruturas Além das barragens mencionadas acima, outras 4 estruturas não obtiveram a renovação de suas Declarações de Condição de Estabilidade (“DCE”), em função do novo fator de segurança estabelecido pela Agência Nacional de Mineração (“ANM”), ocasionando a paralisação dessas estruturas. Especialistas externos revisaram todas as informações disponíveis das estruturas adotando novas interpretações, mais conservadoras, para determinação dos fatores de segurança. Para garantir a estabilidade dessas estruturas, a Companhia está trabalhando para concluir, com base nos parâmetros adotados por esses especialistas e seguindo as determinações principalmente emitidas pela ANM, se a Companhia precisará adotar qualquer medida para aumentar os fatores de segurança ou realizar a descaracterização dessas 4 estruturas. Também foram identificados diques construídos pelo método de alteamento a montante, que fazem parte da estrutura de algumas barragens a jusante, com relação aos quais, a Companhia também está avaliando a necessidade ou não de descaracterização. Em função do estágio atual dos estudos e análises, ainda não é possível estimar o potencial montante de uma provisão adicional para a descaracterização dessas estruturas, tampouco se outras estruturas ou diques serão identificados durante avaliações que estão em andamento ou devido a eventuais novos padrões para a condição de estabilidade. (iii) Coligadas Algumas de nossas coligadas também operam estruturas semelhantes de barragens, que estão expostas as circunstâncias detalhadas nos itens i) e ii) acima. No entanto, essas investidas ainda não desenvolveram um plano detalhado e, portanto, não estimaram de maneira suficientemente confiável, ainda que preliminarmente, os custos e o tempo estimado para a descaracterização de suas barragens de rejeitos a montante. Essas coligadas ainda estão desenvolvendo estudos específicos para reintegrar à barragem e seu conteúdo ao ambiente local e até o momento não é possível determinar se a Companhia irá refletir as despesas potenciais relacionadas à provisão dessas investidas. c) Paradas de operação Para realizar com segurança a descaracterização das barragens, a Companhia paralisou temporariamente a produção das unidades, localizadas no sistema sul, onde as estruturas de barragem a montante estão localizadas. A paralisação pode resultar em uma perda anual de produção estimada em aproximadamente 40 milhões de toneladas de minério de ferro, baseado no volume produzido em 2018. Como referência, a Companhia vendeu 364 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas em 2018. Adicionalmente, a Companhia possui outras operações que se encontram temporariamente suspensas, por decisões judiciais ou por análises técnicas das barragens efetuadas pela Companhia, que podem resultar em uma perda de venda anual de até 52,8 milhões de toneladas de minério de ferro. A Companhia está trabalhando em medidas técnicas e legais para a retomada dessas operações. A Companhia registrou uma perda de R$605 relacionada a parada de operação e capacidade ociosa do segmento de minerais ferrosos reconhecido no resultado como “Pré-operacionais e paradas de operação” no período de três meses findo em 31 de março de 2019. d) Baixa de ativos Como resultado do evento e em conjunto com a decisão de aceleração do plano de descaracterização das barragens a montante, a Companhia reconheceu uma perda de R$585 como “Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulante” no período de três meses findo em 31 de março de 2019, referente à baixa dos ativos da mina Córrego do Feijão e os relacionados às demais barragens a montante no Brasil. A Companhia avaliou o risco de redução ao valor recuperável considerando as circunstâncias atuais, e concluiu que não há perdas adicionais a serem reconhecidas neste momento.

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e) Acordos A Companhia vem trabalhando junto às autoridades competentes e com a sociedade para reparar os impactos ambientais e sociais decorrentes do evento. Nesse sentido, a Companhia realizou negociações e celebrou acordos com as autoridades competentes, bem como com pessoas afetadas pelo evento. (i) Ministério Público do Trabalho Em 15 de fevereiro de 2019, a Vale celebrou um acordo parcial com o Ministério Público do Trabalho para indenizar os empregados diretos e terceirizados da mina do Córrego do Feijão que foram impactados pelo término da operação. Nos termos do acordo, a Vale manterá os empregos dos seus empregados diretos até 31 de dezembro de 2019. Quanto aos empregados terceirizados que foram dispensados, a Vale auxiliará na sua recolocação no mercado ou manterá o pagamento do seu salário até 31 de dezembro de 2019. A Companhia adicionalmente manterá regularmente o pagamento dos salários das pessoas desaparecidas até que sejam consideradas vítimas fatais do evento pelas autoridades competentes, assim como pagará às famílias das vítimas fatais um montante equivalente aos seus salários até 31 de dezembro de 2019 ou até a celebração de um acordo final com o Ministério Público do Trabalho. A Companhia estimou a provisão com base nos termos do acordo parcial e levando em consideração as informações disponíveis até o momento. No entanto, como a Companhia não teve acesso a todas as informações necessárias e ainda não fechou o acordo final com a definição dos montantes de indenização, a Administração aplicou julgamento na determinação das principais premissas utilizadas para a estimativa da provisão. As principais premissas adotadas foram (i) remuneração média, (ii) a idade e o número estimado de parentes dos afetados pelo evento e (iii) a taxa de desconto. O valor estimado para cumprir com o compromisso firmado resultou no reconhecimento de uma provisão no valor de R$885 em 31 de março de 2019. A Companhia fornecerá, ainda, o benefício de seguro médico vitalício aos cônjuges viúvos e um benefício semelhante aos dependentes das vítimas até que completem 22 anos. A Vale reconheceu uma provisão no valor de R$64 em 31 de março de 2019, calculado com base em premissas atuariais. (ii) Governo Federal, Estado de Minas Gerais, Ministério Público e Defensoria Pública Em audiência judicial realizada em 20 de fevereiro de 2019, no âmbito da ação civil pública n° 5010709-36.2019.8.13.0024, em trâmite perante a 6ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte, a Vale firmou um acordo preliminar junto ao Estado de Minas Gerais, ao Governo Federal, e representantes do Ministério Público Federal e do Estado de Minas Gerais e da Defensoria Pública Federal e do Estado de Minas Gerais nos termos do qual assumiu a obrigação de realizar o pagamento emergencial aos moradores de Brumadinho e das comunidades que estiverem localizadas até um quilômetro do leito do Rio Paraopeba, desde Brumadinho até a cidade de Pompéu, mediante prévio cadastro. Em razão desse acordo, a Companhia vai antecipar as indenizações por meio de pagamentos mensais, para cada membro da família e durante um período de 12 meses. O valor total desta obrigação pode variar dependendo do número de beneficiários que serão cadastrados e do número de parentes com direito à indenização. Portanto, a Vale estimou o custo total associado à obrigação assumida com base no número esperado de pessoas e usando premissas demográficas, resultando no reconhecimento de uma provisão no valor de R$1.016 em 31 de março de 2019. O acordo ainda prevê as seguintes medidas: (i) contratação de assessoria técnica independente para que auxiliem aos atingidos, que assim desejarem na avaliação das suas indenizações individuais; e (ii) reembolso ou custeio direto das despesas extraordinárias do Estado de Minas Gerais, seus órgãos e sua Administração indireta em razão do rompimento, inclusive despesas de transporte, alojamento e alimentação dos servidores envolvidos nos trabalhos de resgate e demais ações emergenciais. Em 5 de abril de 2019, a Vale e a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais formalizaram termo de compromisso por meio do qual as pessoas atingidas pelo rompimento da Barragem de Brumadinho podem optar por negociar com a Vale a celebração de acordos extrajudiciais, individuais ou por grupo familiar, para estabelecer a indenização por danos materiais e morais por eles sofridos. Este termo de compromisso inclui uma ampla variedade de danos, os quais foram estabelecidos com base na melhor prática e na jurisprudência dos Tribunais brasileiros, sob os quais a Vale aplicou julgamento significativos na determinação das premissas utilizadas na elaboração da melhor estimativa para cada item no escopo do termo de compromisso.

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O montante estimado de provisão leva em consideração o volume esperado de reivindicações para cada item e o prazo esperado para resolução dos acordos de indenização para os indivíduos e suas famílias. Esta provisão também leva em consideração premissas demográficas, taxa de desconto e o valor de mercado atual de determinados itens que estão no escopo do termo de compromisso. Portanto, com base na melhor estimativa e considerando as incertezas relacionadas aos possíveis desfechos, tendo em vista que os acordos firmados podem ser diferentes em relação às premissas adotadas pela Administração, a Companhia, reconheceu uma provisão no valor de R$6.834 em 31 de março de 2019, ajustado a valor presente pela taxa de 4,38%, considerando o fluxo de desembolso esperado. f) Doações e outras despesas incorridas (i) Doações A Companhia celebrou um termo de doação com o Município de Brumadinho mediante o qual doará ao município o valor aproximado de R$80, em um prazo de 2 anos. A Vale também celebrou um termo de compromisso com a Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais (“AMIG”) mediante o qual a Companhia se comprometeu a realizar doações emergenciais a determinados municípios mineiros no valor total de R$100, além de termos de doação com outras instituições no valor total de R$114. Adicionalmente, a Companhia ofereceu doações a famílias com entes desaparecidos ou falecidos e às famílias que residiam nas áreas da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem rompida e àqueles que desenvolviam atividades produtivas nas ZAS. (ii) Meio ambiente e fauna A Companhia está construindo diques de contenção para reter os rejeitos depositados nas áreas impactadas. A Companhia também promoveu a instalação de barreiras antiturbidez no Rio Paraopeba, para conter a evolução da mancha de turbidez, além da mobilização para dragagem de parte do material liberado, incluindo a limpeza e o desassoreamento da calha do rio Paraopeba. Além disso, foram instalados pontos de coletas diárias de água e sedimento ao longo do Rio Paraopeba, reservatório Três Maias e rio São Francisco. A Vale conta, ainda, com estruturas dedicadas e equipes especializadas para resgate, acolhimento e tratamento exclusivo dos animais resgatados das áreas impactadas, possibilitando o atendimento emergencial e recuperação para que, após autorização veterinária, eles sejam devolvidos aos seus lares e respectivos tutores. Além disso, a Companhia pagou multas administrativas impostas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD MG, no valor de R$100. Os potenciais passivos ambientais resultantes do rompimento da barragem podem ser significativos, no entanto, a Companhia não pode estimar de forma suficientemente confiável o montante das possíveis perdas ou acordos ou estimar o momento para o desembolso das obrigações relacionadas ao meio ambiente, devido ao estágio preliminar das negociações com as autoridades competentes. (iii) Despesas incorridas A Companhia incorreu nos seguintes gastos no período de três meses findo em 31 de março de 2019:

Período de três meses findo

em 31 de março de 2019

Despesas incorridas Sanções administrativas 100 Doações às pessoas afetadas e municípios 68 Perfuração e infraestrutura 7 Recuperação Ambiental 62 Assistência médica e outros materiais 18 Combustível e transporte 14 Outros (*) 123

Total 392

(*) incluem gastos com comunicação, realocações, assistência humanitária, equipamentos, serviços jurídicos, água, ajuda alimentícia, impostos, entre outros.

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g) Contingências e outras questões legais A Vale está sujeita a contingências significativas em razão do rompimento da Barragem de Brumadinho. A Vale já é parte em diversas investigações e processos judiciais e administrativos movidos por autoridades e pessoas afetadas. Novos processos são esperados. A Vale ainda está avaliando essas contingências e realizará provisões, com base nas evoluções desses processos. Devido ao estágio preliminar das investigações e processos, não é possível determinar um conjunto de resultados ou estimativas confiáveis da exposição potencial relacionada à ruptura da barragem neste momento, em adição aos montantes reconhecidos até o momento. (i) Ações judiciais Em 27 de janeiro de 2019, após liminares concedidas relativamente aos requerimentos do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e do Estado de Minas Gerais, a Companhia sofreu bloqueios e ordens de transferências judiciais totalizando R$11 bilhões nas contas bancárias da Companhia para garantir a adoção das medidas necessárias para assegurar a estabilidade de outras barragens do complexo de minas do Córrego do Feijão, proporcionar acomodação e assistência às pessoas afetadas, remediar os impactos ambientais, entre outras obrigações. Em 31 de janeiro de 2019, o Ministério Público do Trabalho ajuizou uma Ação Civil Pública e duas decisões preliminares foram concedidas determinando o bloqueio de R$1,6 bilhão nas contas bancárias da Companhia para assegurar a indenização de empregados diretos e terceirizados que trabalhavam na mina Córrego do Feijão no momento do rompimento da Barragem de Brumadinho. Em 18 de março de 2019, Ministério Público do Estado de Minas Gerais propôs Ação Civil Pública, na qual foi proferida decisão liminar de forma a determinar o bloqueio de R$1 bilhão em ativos da Companhia para garantir o ressarcimento das perdas sofridas em razão da remoção da população da área de Sebastião de Águas Claras – comunidade de Macacos. Em 25 de março de 2019, Ministério Público do Estado de Minas Gerais propôs Ação Civil Pública, na qual foram proferidas decisões liminares determinando o bloqueio do total de R$3 bilhões em ativos da Companhia para garantir o ressarcimento das perdas sofridas em razão da remoção da população da área de Barão de Cocais. Em 28 de março de 2019, Ministério Público do Estado de Minas Gerais propôs Ação Civil Pública na qual foi proferida decisão liminar de forma a determinar a suspensão de R$1 bilhão em ativos da Companhia para garantir o ressarcimento das perdas sofridas em razão da remoção da população da área de Nova Lima. Ao todo, cerca de R$16,9 bilhões de ativos da Companhia foram bloqueados, sendo que deste montante cerca de R$432 foram bloqueados nas contas bancárias da Companhia, R$12,6 bilhões foram convertidos em depósitos judiciais e R$3,75 bilhões foram assegurados utilizando 75,325,801 ações em tesouraria do total de 156.192.313 ações em tesouraria detidas pela Vale em 31 de março de 2019. Adicionalmente, a Companhia possui seguro garantia no valor de R$5,3 bilhões oferecidos como garantia de depósitos judiciais. Outras ações coletivas e individuais relacionadas ao rompimento da Barragem de Brumadinho foram arquivadas. Algumas ações coletivas foram julgadas extintas pelo juízo de primeira instância. (ii) Sanções administrativas

A Companhia foi notificada da imposição de multas administrativas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (“IBAMA”), no valor de R$250, que a Companhia espera liquidar através de projetos ambientais e, portanto, esse montante foi provisionado em 31 de março de 2019. Adicionalmente, a Companhia foi notificada de uma multa diária de R$100 mil, lavrada em 07 de fevereiro de 2019, até que IBAMA concorde que a Companhia executou de forma integral e satisfatória o plano de salvamento de fauna. Ademais, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho também aplicou multas em razão da poluição causada pela Companhia, somando cerca de R$108. A Vale está se defendendo administrativamente contra essas notificações.

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(iii) Ações coletivas nos Estados Unidos

A Companhia tomou conhecimento, por meio de informações públicas disponíveis, de que a Vale e alguns de seus atuais executivos foram indicados supostamente como réus em possíveis ações coletivas perante Tribunais Federais de Nova York, ajuizada por detentores de American Depositary Receipts (“ADRs”) de emissão da Vale, com base na legislação Federal Norte Americana sobre valores mobiliários. No entanto, nem a Companhia nem seus executivos foram oficialmente notificados. Os requerimentos iniciais alegam que a Vale fez declarações falsas e enganosas ou deixou de fazer divulgações relativas aos riscos e danos potenciais de um rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão. Os autores não especificaram valores dos prejuízos alegados nessas demandas. A Vale pretende defender-se desses processos e preparar uma defesa completa contra todas as alegações. Com base na avaliação dos consultores jurídicos da Companhia, apesar de ainda estar em estágio muito preliminar, a expectativa de perda deste processo é classificada como possível. Considerando que nenhuma notificação oficial foi recebida até o momento, a fase inicial da suposta ação coletiva acima mencionada e o fato de que nenhum montante foi reivindicado pelos autores contra os réus, não é possível, no momento, estimar com segurança o potencial montante envolvido. A Companhia está negociando com as seguradoras com base nas suas apólices de seguro de risco operacional, responsabilidade civil geral e riscos de engenharia, mas essas negociações ainda estão em um estágio inicial. Qualquer pagamento de indenizações dependerá da definição de cobertura dos seguros, com base nessas apólices e na avaliação do montante da perda. Em função das incertezas relacionadas ao tema, nenhuma indenização para a Companhia foi reconhecida nas demonstrações financeiras interinas da Vale. Política contábil

A mensuração das provisões requer o uso de premissas que podem ser afetadas principalmente por: (i) alterações nas leis e regulamentos, (ii) variação dos preços correntes estimados de custos diretos e indiretos relacionados a insumos e serviços, (iii) alterações do fluxo previsto de pagamentos dos custos estimados, (iv) mudanças em tecnologias consideradas na mensuração atual, (v) quantidade de pessoas com direito aos pagamentos de indenização, (vi) resolução de questões legais potenciais e existentes, e (vii) atualizações na taxa de desconto. Desta forma, os valores efetivamente incorridos pela Companhia poderão diferir dos valores atualmente provisionados, em razão da confirmação das premissas utilizadas e que dependem de diversos fatores, alguns dos quais não estão sob o controle da Companhia. Essas mudanças podem resultar em um impacto material no valor da provisão em períodos futuros. Em cada data de relatório, a Companhia reavaliará as principais premissas utilizadas na preparação dos fluxos de caixa projetados e ajustará a provisão, quando necessário.

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4. Informações por segmento de negócios e por área geográfica

A Companhia operou os seguintes segmentos reportáveis durante este trimestre: Minerais ferrosos, Carvão e Metais básicos. Os segmentos estão alinhados com os produtos e refletem a estrutura utilizada pela Administração para avaliar o desempenho da Companhia. Os órgãos responsáveis por tomar as decisões operacionais, de alocação de recursos e de avaliação de desempenho, incluem as Diretorias Executivas e o Conselho de Administração, que utilizam o LAJIDA (EBITDA) ajustado como medida de desempenho. Em 2019, em decorrência do rompimento da Barragem de Brumadinho, a Companhia criou a Diretoria Especial de Reparação e Desenvolvimento que será responsável por todas as ações de recuperação social, humanitária, ambiental e estrutural que serão realizadas em Brumadinho e nos municípios impactados. Esta diretoria está ligada diretamente à presidência da Companhia e, avaliará os custos atrelados ao evento de Brumadinho. Esses custos não estão diretamente ligados as atividades operacionais da Companhia e, portanto, não foram alocados a nenhum segmento operacional. A Companhia aloca em “Outros” as vendas e custos de outros produtos, serviços, pesquisa e desenvolvimento, investimentos em joint ventures e coligadas de outros negócios e despesas corporativas não alocadas aos segmentos. a) LAJIDA (EBITDA) ajustado O LAJIDA (EBITDA) ajustado é calculado para cada segmento a partir do lucro ou o prejuízo operacional acrescido de dividendos recebidos e juros de empréstimos de coligadas e joint ventures, excluindo (i) depreciação, exaustão e amortização e (ii) redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes. Consolidado

Período de três meses findo em 31 de março de 2019

Receita de vendas, líquida

Custo dos produtos vendidos e serviços

prestados

Vendas, administrativas e

outras despesas operacionais

Pesquisa e desenvolvimento

Pré operacionais e paradas de

operação

Dividendos recebidos e juros de empréstimos

de coligadas e joint ventures

LAJIDA (EBITDA) ajustado

Minerais ferrosos Minério de ferro 16.888 (6.204) (49) (71) (601) - 9.963 Pelotas de minério de ferro 6.320 (2.845) (14) (17) (37) - 3.407 Ferroligas e manganês 324 (218) (3) (1) - - 102 Outros produtos e serviços ferrosos 401 (287) (3) - - - 111

23.933 (9.554) (69) (89) (638) - 13.583 Carvão 1.258 (1.601) (4) (22) - 106 (263) Metais básicos Níquel e outros produtos 3.701 (2.599) (46) (26) (30) - 1.000 Cobre 1.776 (853) (1) (20) - - 902

5.477 (3.452) (47) (46) (30) - 1.902 Evento de Brumadinho - - (17.315) - - - (17.315) Outros 284 (318) (559) (112) - - (705)

Total 30.952 (14.925) (17.994) (269) (668) 106 (2.798)

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Consolidado

Período de três meses findo em 31 de março de 2018

Receita de

vendas, líquida

Custo dos produtos vendidos

e serviços prestados

Vendas, administrativas e

outras despesas operacionais

Pesquisa e desenvolvimento

Pré operacionais e

paradas de operação

Dividendos recebidos e juros

de coligadas e joint ventures

LAJIDA (EBITDA) ajustado

Minerais ferrosos Minério de ferro 15.278 (6.756) (41) (65) (113) - 8.303 Pelotas de minério de ferro 5.142 (2.638) (5) (16) (10) - 2.473 Ferroligas e manganês 406 (242) (3) (1) - - 160 Outros produtos e serviços ferrosos 372 (237) (9) - - - 126

21.198 (9.873) (58) (82) (123) - 11.062 Carvão 1.234 (1.086) 6 (11) - 193 336 Metais básicos Níquel e outros produtos 3.675 (2.291) (48) (29) (27) - 1.280 Cobre 1.627 (804) (3) (12) - - 808

5.302 (3.095) (51) (41) (27) - 2.088 Outros 198 (225) (647) (89) (18) 33 (748)

Total das operações continuadas 27.932 (14.279) (750) (223) (168) 226 12.738

Operações descontinuadas (Fertilizantes) 288 (272) (4) - - - 12

Total 28.220 (14.551) (754) (223) (168) 226 12.750

O LAJIDA (EBITDA) ajustado é reconciliado com o lucro líquido (prejuízo) conforme demonstrado abaixo: Operações continuadas Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas (6.546) 5.445

Depreciação, amortização e exaustão 3.029 2.834 Tributos sobre o lucro (2.444) 2.339 Resultado financeiro, líquido 2.590 2.071

LAJIDA (EBITDA) (3.371) 12.689 Itens para reconciliação do LAJIDA (EBITDA) ajustado Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures, líquido dos dividendos recebidos (208) (3) Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes 781 52

LAJIDA (EBITDA) ajustado das operações continuadas (2.798) 12.738

Operações descontinuadas Consolidado

Período de três meses findo em 31 de março de 2018 Prejuízo das operações descontinuadas (271) Tributos sobre o lucro (104) Resultado financeiro, líquido 12

LAJIDA (EBITDA) (363) Itens para reconciliação do LAJIDA (EBITDA) ajustado Redução ao valor recuperável de ativos não circulantes 375

LAJIDA (EBITDA) ajustado das operações descontinuadas 12

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b) Ativos por segmento Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Estoque de produto

Investimentos em coligadas e joint

ventures Imobilizado e intangível (i)

Estoque de produto

Investimentos em coligadas e joint

ventures Imobilizado e intangível (i)

Minerais ferrosos 10.009 7.241 130.590 8.562 7.030 121.572 Carvão 344 1.258 6.346 461 1.228 6.157 Metais básicos 4.824 53 84.440 4.443 54 82.515 Outros 80 4.199 6.358 45 4.183 8.087

Total 15.257 12.751 227.734 13.511 12.495 218.331

Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Investimentos

no imobilizado e intangível (ii) Investimentos

no imobilizado e intangível (ii)

Investimento

corrente Execução de

projetos Depreciação,

amortização e exaustão Investimento

corrente Execução de

projetos Depreciação,

amortização e exaustão

Minerais ferrosos 1.052 324 1.616 1.044 1.077 1.406 Carvão 190 - 185 79 29 212 Metais básicos 688 41 1.158 588 49 1.137 Outros 2 8 70 2 17 79

Total 1.932 373 3.029 1.713 1.172 2.834

(i) O ágio está alocado principalmente nos segmentos de minerais ferrosos e metais básicos nos montantes de R$7.133 e R$7.186 em 31 de março de 2019 e R$7.133 e R$7.022 em 31 de dezembro de 2018, respectivamente. (ii) Efeito caixa.

c) Receitas de vendas, líquida por destino Período de três meses findo em 31 de março de 2019

Minerais ferrosos Carvão Metais básicos Outros Total

Américas, exceto Estados Unidos e Brasil 608 - 834 - 1.442 Estados Unidos 370 - 787 - 1.157 Alemanha 987 - 439 - 1.426 Europa, exceto Alemanha 1.554 400 1.497 - 3.451 Oriente Médio/África/Oceania 2.373 102 22 - 2.497 Japão 1.802 246 333 - 2.381 China 12.243 - 539 - 12.782 Ásia, exceto Japão e China 1.636 451 845 - 2.932 Brasil 2.360 59 181 284 2.884

Receita de vendas, líquida 23.933 1.258 5.477 284 30.952

Consolidado

Período de três meses findo em 31 de março de 2018

Minerais ferrosos Carvão Metais básicos Outros Total

Américas, exceto Estados Unidos e Brasil 711 - 509 - 1.220 Estados Unidos 267 - 792 24 1.083 Alemanha 1.053 - 229 - 1.282 Europa, exceto Alemanha 1.528 331 1.620 - 3.479 Oriente Médio/África/Oceania 1.924 140 14 - 2.078 Japão 1.483 107 373 - 1.963 China 11.006 - 677 - 11.683 Ásia, exceto Japão e China 1.124 487 806 - 2.417 Brasil 2.102 169 282 174 2.727

Receita de vendas, líquida 21.198 1.234 5.302 198 27.932

Contratos de venda a preços provisórios – Em 31 de março de 2019, a Companhia possuía 8 milhões de toneladas métricas de minério de ferro e pelotas (27 milhões de toneladas métricas em 31 de dezembro de 2018) e 94 mil toneladas métricas de cobre (78 mil toneladas métricas em 31 de dezembro de 2018) precificadas provisoriamente com base nos preços futuros. O preço final dessas vendas será determinado no segundo trimestre de 2019. Uma variação de 10% no preço realizado comparado com as vendas com preço provisório, todos os outros fatores mantidos constantes, aumentaria ou reduziria o lucro líquido do minério de ferro em R$277 e o lucro líquido de cobre em R$269.

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5. Custos e despesas por natureza

a) Custo de produtos vendidos e serviços prestados Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Pessoal 1.739 1.794 Materiais e serviços 3.601 2.869 Óleo combustível e gases 1.314 1.147 Manutenção 2.372 2.393 Energia 797 774 Aquisição de produtos 402 399 Depreciação e exaustão 2.825 2.691 Frete 2.874 2.931 Outros 1.826 1.972

Total 17.750 16.970

Custo dos produtos vendidos 17.142 16.491 Custo dos serviços prestados 608 479

Total 17.750 16.970

b) Despesas com vendas e administrativas Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Pessoal 174 202 Serviços 53 63 Depreciação e amortização 56 57 Outros 135 80

Total 418 402

c) Outras despesas (receitas) operacionais, líquidas Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Provisão para processos judiciais 299 146 Programa de participação nos lucros 132 154 Outros (113) 106

Total 318 406

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6. Resultado financeiro Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de 2019 2018 Receitas financeiras Aplicações financeiras 173 82 Outras 191 300

364 382 Despesas financeiras Juros brutos de empréstimos e financiamentos (947) (1.090) Juros de empréstimos e financiamentos capitalizados 141 194 Debêntures participativas (1.337) (590) Juros sobre REFIS (160) (187) Outras (658) (437)

(2.961) (2.110) Outros itens financeiros Ganhos (perdas) cambiais, líquidas dos empréstimos e financiamentos (49) (416) Instrumentos financeiros derivativos 340 285 Outros ganhos (perdas) cambiais, líquidas 26 182 Perdas monetárias, líquidas (310) (394)

7 (343) Resultado financeiro, líquido (2.590) (2.071)

Investimento líquido em operações no exterior A partir de 1º de janeiro de 2019, a Companhia passou a considerar determinados empréstimos de longo prazo a serem pagos para a Vale International S.A. como parte do investimento líquido detido nessa subsidiária. Até 31 de dezembro de 2018, o impacto da variação cambial sobre esses empréstimos entre partes relacionadas foi refletido no resultado do exercício e com a adoção dessa prática contábil, a variação cambial passou a ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido. Para maiores detalhes, vide nota 20.

7. Tributos sobre o lucro a) Imposto de renda diferido ativos e passivos As variações dos tributos diferidos são as seguintes: Consolidado

Ativo Passivo Imposto diferido, líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2018 26.767 5.936 20.831

Efeitos no resultado 3.283 (122) 3.405 Ajuste de conversão 30 108 (78) Outros resultados abrangentes (31) 16 (47)

Saldo em 31 de março de 2019 30.049 5.938 24.111

Consolidado

Ativo Passivo Imposto diferido, líquido

Saldo em 31 de dezembro de 2017 21.959 5.687 16.272

Efeitos no resultado (2.044) - (2.044) Transferências entre ativo e passivo 27 27 - Ajuste de conversão (17) (77) 60 Outros resultados abrangentes 288 28 260 Efeito das operações descontinuadas Efeitos no resultado 104 - 104 Transferência de ativos líquidos para mantidos para venda (19) - (19)

Saldo em 31 de março de 2018 20.298 5.665 14.633

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b) Reconciliação do imposto de renda – Demonstração do resultado O total demonstrado como tributos sobre o lucro no resultado está reconciliado com as alíquotas estabelecidas pela legislação, como segue: Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Lucro (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro (8.990) 7.784 Tributos sobre o lucro às alíquotas da legislação - 34% 3.057 (2.647) Ajustes que afetaram o cálculo dos tributos: Benefício tributário sobre os juros sobre o capital próprio - 216 Incentivos fiscais 121 88 Resultado de participações societárias 135 93 Prejuízos fiscais não reconhecidos no período (633) (477) Outros (236) 388

Tributos sobre o lucro 2.444 (2.339)

A despesa de imposto de renda é reconhecida com base na estimativa da alíquota efetiva ponderada esperada para o ano, ajustada pelo efeito tributário de certos itens reconhecidos integralmente no período intermediário. Desta forma, a alíquota efetiva na demonstração financeira intermediária pode diferir da estimativa da administração da alíquota efetiva para a demonstração financeira anual. c) Tributos sobre o lucro - Programa de refinanciamento (“REFIS”) O saldo é substancialmente proveniente da adesão ao REFIS de tributos sobre o lucro para o pagamento dos valores relativos aos tributos incidentes sobre o lucro de suas subsidiárias e afiliadas estrangeiras de 2003 a 2012. Em 31 de março de 2019, o saldo de R$16.592 (R$1.689 no circulante e R$14.903 no não circulante) é devido em 115 parcelas mensais, com juros à taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

8. Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação Os valores do lucro (prejuízo) básico e diluído por ação estão apresentados a seguir: Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Lucro líquido (prejuízo) atribuído aos acionistas da Vale: Lucro líquido (prejuízo) das operações continuadas (6.422) 5.383 Prejuízo das operações descontinuadas - (271)

Lucro líquido (prejuízo) (6.422) 5.112

Em milhares de ações Média ponderada do número de ações em circulação - ações ordinárias 5.183.120 5.197.432 Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação das operações continuadas: Ação ordinária (R$) (1,24) 1,03 Prejuízo básico e diluído por ação das operações descontinuadas: Ação ordinária (R$) - (0,05) Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação: Ação ordinária (R$) (1,24) 0,98

A Companhia não detém ações potenciais diluíveis em circulação ou outros instrumentos que poderiam resultar na diluição do lucro por ação.

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9. Contas a receber Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Contas a Receber 9.800 10.502 Perda de crédito esperada (242) (241)

9.558 10.261

Receita relacionada ao mercado siderúrgico - % 83,18% 85,50%

Não houve montantes significativos reconhecidos no resultado relativos à redução ao valor recuperável do contas a receber nos trimestres findos em 31 de março de 2019 e 2018. Nenhum cliente isoladamente representa mais de 10% do contas a receber ou das receitas.

10. Estoques Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Estoque de produtos acabados 12.601 10.847 Estoque de produtos em elaboração 2.656 2.664 Estoque de material de consumo 3.873 3.705

Total 19.130 17.216

Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Reversão (provisão) para ajuste ao valor realizável líquido (69) (3)

O estoque de produtos acabados e em elaboração por segmento está apresentado na nota 4(b).

11. Outros ativos e passivos financeiros Consolidado

Circulante Não circulante

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Outros ativos financeiros Investimentos financeiros 46 125 - - Caixa bloqueado 432 - - - Empréstimos - - 601 589 Instrumentos financeiros derivativos (nota 20) 166 149 1.648 1.520 Investimentos em ações (nota 12) - - 3.637 3.823 Partes relacionadas - Empréstimos (nota 25) 1.172 1.409 6.223 6.248

1.816 1.683 12.109 12.180

Outros passivos financeiros Instrumentos financeiros derivativos (nota 20) 1.296 1.821 1.213 1.335 Partes relacionadas - Empréstimos (nota 25) 4.291 4.392 3.731 3.722 Debêntures participativas - - 6.788 5.454

5.587 6.213 11.732 10.511

Debêntures participativas Em 2 de abril de 2019 (evento subsequente), a Companhia pagou a título de remuneração para seus debenturistas o montante de R$382.

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12. Aquisições e desinvestimentos a) Fertilizantes (operações descontinuadas) Em janeiro de 2018, a Companhia e a The Mosaic Company (“Mosaic”) concluíram a transação celebrada em dezembro de 2016 para vender: (i) os ativos de fosfatados localizados no Brasil, exceto aqueles localizados em Cubatão, Brasil; (ii) o controle na Compañia Minera Miski Mayo S.A.C, no Peru; (iii) os ativos de potássio localizados no Brasil; e (iv) os projetos de potássio no Canadá. A Companhia recebeu R$3.495 (US$1.080 milhões) pagos em espécie e 34,2 milhões de ações ordinárias, correspondente a 8,9% das ações ordinárias em circulação da Mosaic após a emissão destas ações que totalizavam R$2.907 (US$899 milhões), baseado na cotação das ações da Mosaic na data do fechamento da transação e uma perda de R$184 foi reconhecida na demonstração do resultado das operações descontinuadas. As ações recebidas da Mosaic foram contabilizadas como um instrumento financeiro mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. b) Cubatão (parte do segmento de fertilizantes) Em novembro de 2017, a Companhia celebrou um acordo com Yara International ASA para vender os ativos localizados em Cubatão, Brasil. Em maio de 2018, a transação foi concluída e a Companhia recebeu R$882 (US$255 milhões) pagos em espécie e uma perda de R$231 foi reconhecida na demonstração do resultado das operações descontinuadas. c) New Steel Em 24 de janeiro de 2019, a Companhia adquiriu 100% do capital votante da New Steel Global N.V. (“New Steel”) e obteve seu controle pelo valor de R$1.884 (US$496 milhões). A New Steel é uma empresa que desenvolve tecnologia de processamento e beneficiamento de minério de ferro através de um processo integralmente a seco. A Companhia espera continuar a desenvolver essa tecnologia no centro tecnológico da New Steel possibilitando a utilização dessa tecnologia em suas operações no futuro. O valor pago é substancialmente atribuível ao ativo intangível do projeto de pesquisa e desenvolvimento dessa tecnologia. Quando concluída, a Companhia pretende utilizar a técnica de beneficiamento em suas operações de pelotização. A vida útil do ativo intangível reconhecido será definida no início de sua fase operacional e até que esse ativo não esteja sujeito à amortização, seu valor recuperável será testado anualmente, ou com maior frequência se eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que ele pode não ser mais recuperável. A alocação do preço de compra aos ativos adquiridos e passivos assumidos reconhecidos na data de aquisição está demonstrada a seguir: 24 de janeiro de 2019

Preço de compra 1.884 Ativos adquiridos (67)

Intangíveis (nota 14) (8) Outros ativos (59)

Passivos assumidos 63 Ajuste a valor justo do ativo intangível de pesquisa e desenvolvimento (nota 14) (1.880)

Goodwill -

d) Ferrous Resources Limited Em dezembro de 2018, a Companhia celebrou um contrato para adquirir o controle da Ferrous Resources Limited, uma empresa que atualmente possui e opera minas de minério de ferro próximas às operações da Companhia em Minas Gerais, pelo valor de R$2.143 (US$550 milhões). A conclusão da transação está prevista para 2019, sujeita a condições precedentes, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

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13. Investimentos em coligadas e joint ventures a) Variações durante o período As variações dos investimentos em coligadas e joint ventures são como a seguir: Consolidado

Coligadas Joint ventures Total

Saldo em 31 de dezembro de 2018 5.403 7.092 12.495

Adições - 1 1 Ajuste de conversão 57 9 66 Resultado de participações societárias no resultado (25) 422 397 Resultado de participações societárias em outros resultados abrangentes (13) - (13) Dividendos declarados (37) (170) (207) Outros 2 10 12

Saldo em 31 de março de 2019 5.387 7.364 12.751

Consolidado

Coligadas Joint ventures Total

Saldo em 31 de dezembro de 2017 4.774 7.028 11.802

Adições - 58 58 Ajuste de conversão 55 5 60 Resultado de participações societárias no resultado (10) 283 273 Dividendos declarados - (89) (89) Transferência de ativo não circulante mantidos para venda (i) 280 (17) 263

Saldo em 31 de março de 2018 5.099 7.268 12.367

(i) Refere-se à participação de 18% detida pela Vale Fertilizantes na Ultrafértil que foi transferida para a Vale como parte da liquidação final ocorrida em janeiro de 2018 (nota 12).

O investimento por segmento está apresentado na nota 4(b). b) Garantias concedidas Em 31 de março de 2019, o total de garantias concedidas pela Vale (no limite de sua participação direta ou indireta) para as companhias Norte Energia S.A. e Companhia Siderúrgica do Pecém S.A totalizavam R$1.278 e R$5.280, respectivamente.

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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Investimentos em coligadas e joint ventures (Continuação)

Consolidado

Investimentos em coligadas

e joint ventures Resultado de participações

societárias no resultado Dividendos recebidos

Período de três meses findos em 31 de março de

Período de três meses findos

em 31 de março de

Coligadas e joint ventures % de participação % de capital votante 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 2019 2018 2019 2018

Minerais ferrosos Baovale Mineração S.A. 50,00 50,00 94 88 6 5 - - Companhia Coreano-Brasileira de Pelotização 50,00 50,00 471 404 67 50 - - Companhia Hispano-Brasileira de Pelotização (i) 50,89 50,89 370 323 47 48 - - Companhia Ítalo-Brasileira de Pelotização (i) 50,90 51,00 342 312 31 52 - - Companhia Nipo-Brasileira de Pelotização (i) 51,00 51,11 690 575 114 98 - - MRS Logística S.A. 48,16 46,75 1.907 1.922 44 38 - - VLI S.A. 37,60 37,60 3.277 3.319 3 (43) - - Zhuhai YPM Pellet Co. 25,00 25,00 90 87 - - - -

7.241 7.030 312 248 - - Carvão Henan Longyu Energy Resources Co., Ltd. 25,00 25,00 1.258 1.228 (21) 13 - -

1.258 1.228 (21) 13 - - Metais básicos Korea Nickel Corp. 25,00 25,00 53 54 (2) 3 - -

53 54 (2) 3 - - Outros Aliança Geração de Energia S.A. (i) 55,00 55,00 1.826 1.882 54 62 - 33 Aliança Norte Energia Participações S.A. (i) 51,00 51,00 635 628 7 22 - - California Steel Industries, Inc. 50,00 50,00 1.029 958 62 67 - - Companhia Siderúrgica do Pecém (ii) 50,00 50,00 - - - (140) - - Mineração Rio do Norte S.A. 40,00 40,00 356 360 (4) 10 - - Outras 353 355 (11) (12) - -

4.199 4.183 108 9 - 33

Total 12.751 12.495 397 273 - 33

(i) Embora a Companhia detenha a maioria dos votos, as entidades são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial devido ao acordo de acionistas nos quais as decisões relevantes são compartilhadas com as partes. (ii) A Companhia Siderúrgica do Pecém (“CSP”) é uma controlada em conjunto (“joint venture”) e seus resultados são registrados pelo método de equivalência patrimonial, no qual os prejuízos acumulados estão limitados à participação da Companhia no capital dessa investida, de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis. Ou seja, após o investimento ser reduzido a zero, a Companhia não reconhece perdas adicionais, tampouco passivos relacionados à investida. No entanto, a Companhia forneceu uma garantia financeira para a CSP, com valor justo de R$612 em 31 de março de 2019 e que está registrada no balanço patrimonial como “Outros passivos não circulante”.

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14. Intangíveis As variações dos intangíveis são as seguintes: Consolidado

Ágio Concessões (i) Direito de uso Software Projeto de pesquisa e

desenvolvimento e patentes (ii) Total

Saldo em 31 de dezembro de 2018 14.155 15.737 530 428 - 30.850

Adições - 816 - 61 1.888 2.765 Baixas - (38) - - - (38) Amortização - (419) (2) (75) - (496) Ajuste de conversão 165 16 12 5 - 198

Saldo em 31 de março de 2019 14.320 16.112 540 419 1.888 33.279

Custo 14.320 20.144 804 3.751 1.888 40.907 Amortização acumulada - (4.032) (264) (3.332) - (7.628)

Saldo em 31 de março de 2019 14.320 16.112 540 419 1.888 33.279

Consolidado

Ágio Concessões Direito de uso Software Projeto de pesquisa e

desenvolvimento e patentes Total

Saldo em 31 de dezembro de 2017 13.593 13.236 506 759 - 28.094

Adições - 829 - 1 - 830 Baixas - (22) - - - (22) Amortização - (108) (11) (99) - (218) Ajuste de conversão (126) 3 - (1) - (124)

Saldo em 31 de março de 2018 13.467 13.938 495 660 - 28.560

Custo 13.467 17.534 767 5.147 - 36.915 Amortização acumulada - (3.596) (272) (4.487) - (8.355)

Saldo em 31 de março de 2018 13.467 13.938 495 660 - 28.560

(i) Com base em estudos técnicos efetuados por empresa independente e após a aprovação pelo órgão regulador (ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres), a Companhia reduziu a vida útil dos trilhos de suas ferrovias em 2019. (ii) Refere-se a aquisição da New Steel Global N.V. (nota 12c).

15. Imobilizado As variações do imobilizado são as seguintes: Consolidado

Terrenos Imóveis Instalações Equipamentos Ativos

minerários Contratos de

arrendamento (ii) Outros Imobilizado

em curso Total

Saldo em 31 de dezembro de 2018 2.459 42.434 43.536 24.826 32.931 - 28.175 13.120 187.481

Adições (i) - - - - - 6.978 - 3.032 10.010 Baixas (79) (235) (1) (8) (486) - (4) (278) (1.091) Obrigações para desmobilização de ativos - - - - 472 - - - 472 Depreciação, amortização e exaustão - (501) (610) (798) (603) (180) (847) - (3.539) Ajuste de conversão 6 157 162 114 473 32 67 111 1.122 Transferências 1 161 12 1.359 947 - 237 (2.717) -

Saldo em 31 de março de 2019 2.387 42.016 43.099 25.493 33.734 6.830 27.628 13.268 194.455

Custo 2.387 71.456 68.213 48.838 66.824 7.018 46.183 13.268 324.187 Depreciação acumulada - (29.440) (25.114) (23.345) (33.090) (188) (18.555) - (129.732)

Saldo em 31 de março de 2019 2.387 42.016 43.099 25.493 33.734 6.830 27.628 13.268 194.455

Consolidado

Terrenos Imóveis Instalações Equipamentos Ativos

minerários Contratos de

arrendamento Outros Imobilizado

em curso Total

Saldo em 31 de dezembro de 2017 2.375 40.028 38.986 22.803 29.999 - 27.104 20.240 181.535

Adições (i) - - - - - - - 1.685 1.685 Baixas - (118) (50) (8) (14) - (5) (9) (204) Obrigações para desmobilização de ativos - - - - 124 - - - 124 Depreciação, amortização e exaustão - (505) (598) (763) (455) - (613) - (2.934) Ajuste de conversão - (54) (65) 13 (351) - (72) 302 (227) Transferências 12 (4) 1.179 587 653 - 690 (3.117) -

Saldo em 31 de março de 2018 2.387 39.347 39.452 22.632 29.956 - 27.104 19.101 179.979

Custo 2.387 62.976 61.276 42.949 57.752 - 41.558 19.101 287.999 Depreciação acumulada - (23.629) (21.824) (20.317) (27.796) - (14.454) - (108.020)

Saldo em 31 de março de 2018 2.387 39.347 39.452 22.632 29.956 - 27.104 19.101 179.979

(i) Inclui juros capitalizados. (ii) Refere-se ao reconhecimento dos arrendamentos conforme IFRS 16 (nota 2c).

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Não houve mudanças materiais em relação aos valores líquidos dos ativos imobilizados dados em garantias de processos judiciais e empréstimos e financiamentos (nota 16) em comparação com os divulgados nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2018. Baixas de ativos A Companhia reconheceu no resultado como ”Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes” uma perda de R$196 e R$52 nos períodos findos em 31 de março de 2019 e 2018, respectivamente, referentes a baixa de projetos inviáveis e ativos operacionais baixados por venda ou obsolescência. Adicionalmente, a Companhia reconheceu uma perda de R$585 referente à baixa dos ativos da mina Córrego do Feijão e os relacionados às barragens a montante no Brasil (nota 3) no período findo em 31 de março de 2019. Política contábil

Arrendamentos - No início de um contrato, a Companhia avalia se um contrato é, ou contém um arrendamento. Um contrato é, ou contém um arrendamento, quando a Vale obtém o direito de controlar o uso de um ativo identificado, por um período de tempo, em contrapartida de uma contraprestação. A Companhia reconhece o ativo referente ao direito de uso e um passivo correspondente ao arrendamento na data de início do contrato. O ativo de direito de uso é mensurado inicialmente ao custo, o que inclui o valor inicial do passivo de arrendamento ajustado por qualquer pagamento de arrendamento feito no momento ou antes da data de início. O ativo é subsequentemente depreciado de forma linear durante o período contratual ou até o final da vida útil do ativo. O passivo de arrendamento é inicialmente mensurado pelo valor presente dos pagamentos de arrendamento, descontados utilizando a taxa de juros implícita do arrendamento ou, caso essa taxa não possa ser imediatamente determinada, com base na taxa de incremental de captação da Companhia. Os pagamentos de arrendamento incluídos na mensuração do passivo de arrendamento compreendem: (i) pagamentos fixos, incluindo pagamentos fixos em essência; (ii) pagamentos variáveis de arrendamento que dependam de um índice ou taxa; e (iii) preço de exercício de uma opção de compra ou renovação, quando for provável o exercício da opção contratual e estiver no controle da Companhia. O passivo de arrendamento é mensurado ao custo amortizado pelo método de juros efetivo e é remensurado quando há uma alteração nos pagamentos futuros de arrendamento resultante de uma mudança em um índice ou taxa. Quando o passivo de arrendamento é remensurado, um ajuste correspondente é feito no valor contábil do ativo do contrato de arrendamento, ou é reconhecido diretamente no resultado do exercício se o valor contábil do ativo já tiver sido reduzido a zero.

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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16. Empréstimos, financiamentos e caixa e equivalentes de caixa a) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa compreendem os valores de caixa, depósitos líquidos e imediatamente resgatáveis, aplicações financeiras em investimento com risco insignificante de alteração de valor. São prontamente conversíveis em caixa, sendo parte em R$ indexadas à taxa dos certificados de depósito interbancário (“taxa DI” ou “CDI”) e parte em US$, em Time Deposits. b) Empréstimos e financiamentos i) Total da dívida Consolidado

Passivo circulante Passivo não circulante

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Principal em: US$ (i) 6.076 993 40.743 39.909 EUR - - 4.162 4.217 R$ (i) 3.637 1.907 10.442 11.392 Outras moedas 94 96 514 492 Encargos incorridos 775 893 - 29

Total 10.582 3.889 55.861 56.039

(i) No período de três meses findo em 31 de março de 2019, a Companhia contratou linhas de crédito à exportação.

Os fluxos de pagamentos futuros da dívida, principal e juros, são os seguintes: Consolidado

Principal Fluxo estimado de pagamento de juros (i)

2019 5.121 2.626 2020 7.586 3.445 2021 4.836 3.055 2022 8.075 2.704 Entre 2023 e 2027 20.345 9.983 2028 em diante 19.705 13.374

Total 65.668 35.187

(i) Com base nas curvas de taxas de juros e taxas de câmbio em vigor em 31 de março de 2019 e considerando que os pagamentos de principal serão efetuados nas datas contratadas. O montante inclui valores estimados de juros ainda não provisionados e os juros já reconhecidos nas demonstrações financeiras intermediárias.

ii) Reconciliação da dívida com os fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento Consolidado

Empréstimos e financiamentos

31 de dezembro de 2018 59.928 Adições 6.933 Pagamentos (789) Juros pagos (927)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento 5.217 Efeito de taxa de câmbio 424 Juros provisionados 874

Variação não caixa 1.298

31 de março de 2019 66.443

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iii) Linhas de crédito

Para mitigar o risco de liquidez, a Vale possui duas linhas de crédito rotativo, com vencimento em 2020 e 2022, no montante disponível de R$19.484 (US$5.000 milhões) para auxiliar na gestão de liquidez de curto prazo e permitir maior eficiência na gestão de caixa, consistente com o foco estratégico de redução do custo de capital. Em 31 de março de 2019, não havia nenhum saldo devedor relativo a estas linhas. iv) Garantias Em 31 de março de 2019 e 31 de dezembro de 2018, a Companhia possui empréstimos e financiamentos no montante de R$920 e R$857, respectivamente, garantidos por ativo imobilizado e recebíveis. Os títulos emitidos pela Companhia através de sua controlada financeira Vale Overseas Limited estão total e incondicionalmente garantidos pela Vale.

v) Covenants Alguns contratos de dívida da Companhia contêm cláusulas de covenants. Os principais covenants da Companhia obrigam a manter certos índices, como a dívida sobre o EBITDA (LAJIDA – Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) e de cobertura de juros. A Companhia não identificou nenhum evento de não conformidade em 31 de março de 2019.

17. Passivos relacionados à participação em coligadas e joint ventures A movimentação da provisão para cumprimento do acordo relacionado ao rompimento da barragem da Samarco Mineração S.A. (“Samarco”), uma joint venture entre a Vale S.A. e a BHP Billiton Brasil Ltda. (“BHPB”), no período de três meses findo em 31 de março de 2019 e 2018 é demonstrada a seguir: 2019 2018

Saldo em 01 de janeiro de 4.346 3.296

Pagamentos (200) (191) Atualização ao valor presente (73) 226

Saldo em 31 de março de 4.073 3.331 Passivo circulante 1.091 1.227 Passivo não circulante 2.982 2.104

Passivo 4.073 3.331

Em adição à provisão, a Vale S.A. também disponibilizou no período de três meses findo em 31 de março de 2019 e 2018, os montantes de R$115 e R$44, respectivamente, os quais foram integralmente utilizados para capital de giro da Samarco e reconhecidos pela Companhia no resultado como uma despesa em “Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures”. Até 30 de junho de 2019, a Vale S.A. ainda poderá disponibilizar uma linha de crédito de curto prazo de até R$226 para suportar a necessidade de caixa da Samarco, sem que isso configure uma obrigação para com a Samarco. A disponibilização dos recursos pelos acionistas – Vale S.A. e BHPB - está sujeita ao cumprimento de determinadas condições, sendo liberados pelos acionistas, nas mesmas bases e de forma concomitante, à medida que forem necessários.

Conforme a legislação brasileira e os termos do acordo da joint venture, a Vale não tem a obrigação de prover recursos a Samarco. Como consequência, o investimento da Vale na Samarco teve seu valor recuperável reduzido para zero e nenhuma provisão relacionada ao patrimônio líquido negativo da Samarco foi reconhecida. As contingências relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco estão divulgadas na nota 22.

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18. Classificação dos instrumentos financeiros Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Ativos financeiros

Custo

amortizado

Valor justo por meio do

resultado abrangente

Valor justo por meio do

resultado Total Custo

amortizado

Valor justo por meio do

resultado abrangente

Valor justo por meio do

resultado Total

Circulantes Caixa e equivalentes de caixa 19.513 - - 19.513 22.413 - - 22.413 Caixa restrito 432 - - 432 - - - - Investimentos financeiros - - 46 46 - - 125 125 Instrumentos financeiros derivativos - - 166 166 - - 149 149 Contas a receber 9.348 - 210 9.558 10.679 - (418) 10.261 Partes relacionadas 1.172 - - 1.172 1.409 - - 1.409

30.465 - 422 30.887 34.501 - (144) 34.357 Não circulantes Instrumentos financeiros derivativos - - 1.648 1.648 - - 1.520 1.520 Investimentos em ações - 3.637 - 3.637 - 3.823 - 3.823 Empréstimos 601 - - 601 589 - - 589 Partes relacionadas 6.223 - - 6.223 6.248 - - 6.248

6.824 3.637 1.648 12.109 6.837 3.823 1.520 12.180

Total dos ativos financeiros 37.289 3.637 2.070 42.996 41.338 3.823 1.376 46.537

Passivos financeiros Circulantes Fornecedores e empreiteiros 12.981 - - 12.981 13.610 - - 13.610 Arrendamentos 854 - - 854 - - - - Instrumentos financeiros derivativos - - 1.296 1.296 - - 1.821 1.821 Empréstimos e financiamentos 10.582 - - 10.582 3.889 - - 3.889 Partes relacionadas 4.291 - - 4.291 4.392 - - 4.392

28.708 - 1.296 30.004 21.891 - 1.821 23.712 Não circulantes Arrendamentos 5.952 - - 5.952 - - - - Instrumentos financeiros derivativos - - 1.213 1.213 - - 1.335 1.335 Empréstimos e financiamentos 55.861 - - 55.861 56.039 - - 56.039 Partes relacionadas 3.731 - - 3.731 3.722 - - 3.722 Debêntures participativas - - 6.788 6.788 - - 5.454 5.454

65.544 - 8.001 73.545 59.761 - 6.789 66.550

Total dos passivos financeiros 94.252 - 9.297 103.549 81.652 - 8.610 90.262

19. Estimativa do valor justo a) Ativos e passivos mensurados e reconhecidos pelo valor justo: Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros Investimentos financeiros 46 - - 46 125 - - 125 Instrumentos financeiros derivativos - 586 1.228 1.814 - 525 1.144 1.669 Contas a receber - 210 - 210 - (418) - (418) Investimentos em ações 3.637 - - 3.637 3.823 - - 3.823

Total 3.683 796 1.228 5.707 3.948 107 1.144 5.199

Passivos financeiros Instrumentos financeiros derivativos - 1.926 583 2.509 - 2.466 690 3.156 Debêntures participativas - 6.788 - 6.788 - 5.454 - 5.454

Total - 8.714 583 9.297 - 7.920 690 8.610

Não houve transferências entre o Nível 1 e o Nível 2, ou entre o Nível 2 e o Nível 3 durante o período de três meses findo em 31 de março de 2019.

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Apresentamos as movimentações nos ativos e passivos de nível 3 durante o período de três meses findo em 31 de março de 2019: Consolidado

Instrumentos financeiros derivativos Ativos financeiros Passivos financeiros Saldo em 31 de dezembro de 2018 1.144 690 Ganhos e perdas reconhecidos no resultado 84 (107) Saldo em 31 de março de 2019 1.228 583

Método e técnicas de avaliação Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos foram avaliados por meio da utilização das curvas e preços de mercado que impactam cada instrumento, nas datas de apuração, conforme detalhado no tópico “curvas de mercado” (nota 27). Para a precificação de opções a Companhia geralmente utiliza o modelo de Black & Scholes. Neste modelo, o valor justo do derivativo é obtido basicamente como função da volatilidade e preço do ativo subjacente, do preço de exercício da opção, da taxa de juros livre de risco e do prazo até o vencimento da opção. No caso das opções em que o resultado é função da média do preço do ativo subjacente em determinado período da vida da opção, denominadas asiáticas, a Companhia utiliza o modelo de Turnbull & Wakeman. Neste modelo, além dos fatores que influenciam o preço da opção no modelo de Black & Scholes, é considerado o período de formação do preço médio. No caso de swaps, tanto o valor presente da ponta ativa quanto da ponta passiva são estimados através do desconto dos seus fluxos de caixa pelas taxas de juros nas moedas correspondentes. O valor justo é obtido pela diferença entre o valor presente da ponta ativa e da ponta passiva do swap na moeda de referência. No caso de swaps atrelados à TJLP, o cálculo do valor justo considera a TJLP constante, ou seja, as projeções dos fluxos futuros de caixa em reais são feitas considerando a última TJLP divulgada. Os contratos a termo e futuros são precificados utilizando as curvas futuras dos respectivos ativos subjacentes. Normalmente, estas curvas são obtidas nas bolsas onde esses ativos são negociados, como a London Metals Exchange (“LME”), a Commodities Exchange (“COMEX”) ou outros provedores de preços de mercado. Quando não há preço para o vencimento desejado, a Vale utiliza interpolações entre os vencimentos disponíveis. O valor justo dos derivativos classificados como nível 3 é estimado utilizando fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções com inputs não observáveis de taxas de desconto, preços de ações e preços de commodities. b) Valor justo de instrumentos financeiros não mensurados a valor justo Os valores justos e os saldos contábeis dos empréstimos e financiamentos são os seguintes: Consolidado

Passivos financeiros Saldo contábil Valor justo Nível 1 Nível 2

31 de março de 2019 Principal da dívida 65.668 69.653 41.488 28.165

31 de dezembro de 2018 Principal da dívida 59.006 63.013 41.408 21.605

Devido ao ciclo de curto prazo, o valor justo dos saldos de caixa e equivalentes de caixa, investimentos financeiros, contas a receber de clientes e contas a pagar a fornecedores são próximos aos seus valores contábeis.

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20. Instrumentos financeiros derivativos a) Efeitos dos derivativos no balanço patrimonial Consolidado

Ativo

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Circulante Não circulante Circulante Não circulante

Risco de câmbio e taxa de juros Swaps CDI & TJLP vs. taxa fixa e flutuante em US$ 41 2 35 -

Swap IPCA 23 347 27 324 Swap Eurobonds - - - 17

Swap pré-dolar 73 6 73 3

137 355 135 344 Riscos de preços de produtos Níquel 23 15 8 - Óleo combustível 6 - 3 -

29 15 11 - Outros (nota 27) - 1.278 3 1.176

- 1.278 3 1.176

Total 166 1.648 149 1.520

Consolidado

Passivo

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Circulante Não circulante Circulante Não circulante

Risco de câmbio e taxa de juros Swaps CDI & TJLP vs. taxa fixa e flutuante em US$ 1.189 384 1.481 380 Swap IPCA 43 141 136 181 Swap Eurobonds 18 39 19 - Swap pré-dolar 39 60 40 72

1.289 624 1.676 633 Riscos de preços de produtos Níquel 4 - 31 8 Óleo combustível - - 114 -

4 - 145 8 Outros (nota 27) 3 589 - 694

3 589 - 694

Total 1.296 1.213 1.821 1.335

b) Efeitos dos derivativos no resultado e fluxo de caixa Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

Ganho (perda)

reconhecido no resultado Liquidação financeira

entradas (saídas)

2019 2018 2019 2018

Risco de câmbio e taxa de juros Swaps CDI & TJLP vs. taxa fixa e flutuante em US$ (28) 107 (324) (144) Swap IPCA 46 57 (101) - Swap Eurobonds (72) 101 (19) - Swap pré-dolar 8 61 (8) (3)

(46) 326 (452) (147) Riscos de preços de produtos Níquel 74 13 13 38 Óleo combustível 108 - - 29

182 13 13 67 Outros 204 (54) (1) -

Total 340 285 (440) (80)

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As datas dos vencimentos dos instrumentos financeiros derivativos são as seguintes: Últimas datas de vencimento

Moedas e juros Setembro 2029 Óleo combustível Junho 2019 Níquel Março 2021 Outros Dezembro 2027

c) Investimento líquido em operações no exterior A partir de 1º de janeiro de 2019, a Companhia passou a considerar alguns empréstimos de longo prazo a pagar para a Vale International S.A., para os quais a liquidação não é provável de ocorrer nem está planejada para um futuro previsível, como parte de seu investimento líquido em operações no exterior. As diferenças cambiais decorrentes desse item monetário são reconhecidas em outros resultados abrangentes e serão reclassificadas do patrimônio líquido para o resultado no momento da alienação ou alienação parcial do investimento líquido. A Companhia reconheceu uma perda de R$292 (R$193 líquido dos tributos) no período de três meses findo em 31 de março de 2019, em “Ajustes acumulados de conversão” no patrimônio líquido. d) Operações de contabilidade de hedge Em janeiro de 2017, a Companhia implementou a contabilidade de hedge para o risco cambial decorrente dos investimentos líquidos da Vale S.A. na Vale International S.A. e na Vale International Holding GmbH. Com o programa hedge, a dívida da Companhia com terceiros denominada em dólares e euros serve como instrumento de hedge para os investimentos nessas subsidiárias. Como resultado do programa de hedge, o impacto da variação cambial sobre a dívida denominada em dólares e euros passou a ser parcialmente registrado em outros resultados abrangentes. Em 31 de março de 2019, o valor das dívidas designadas como instrumento de hedge desses investimentos é de R$12.292 (US$3.154 milhões) e R$3.193 (EUR750 milhões), e o hedge resultou no reconhecimento de uma perda de R$67 (R$44 líquido dos tributos) no período de três meses findo em 31 de março de 2019, em “Ajustes acumulados de conversão” no patrimônio líquido.

21. Provisões Consolidado

Passivo circulante Passivo não circulante 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 Salários, encargos sociais e outras remunerações (i) 2.059 4.054 - - Contratos onerosos 180 235 2.538 2.486 Obrigações ambientais 388 382 869 784 Obrigações para desmobilização de ativos 293 331 12.874 11.738 Descaracterização das barragens a montante (nota 3) 614 - 6.523 - Provisões para processos judiciais (nota 22) - - 5.409 5.258 Obrigações com benefícios de aposentadoria (nota 23) 261 276 7.361 7.225

Provisões 3.795 5.278 35.574 27.491

(i) Variação refere-se principalmente ao pagamento do programa de participação nos lucros.

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22. Processos judiciais a) Provisões para processos judiciais A Vale é parte envolvida em ações trabalhistas, cíveis, tributárias e outras em andamento na esfera administrativa e judicial. As provisões para as perdas decorrentes dessas ações são estimadas e atualizadas pela Companhia, amparada pela opinião de consultores legais. As variações dos processos judiciais são as seguintes: Consolidado

Provisões

tributárias Provisões cíveis Provisões

trabalhistas Provisões

ambientais Total de passivos

provisionados

Saldo em 31 de dezembro de 2018 2.680 644 1.921 13 5.258

Adições e reversões, líquido 21 174 85 19 299 Pagamentos (58) (46) (108) - (211) Atualizações monetárias (30) 63 30 5 68 Ajuste de conversão - (5) - - (5)

Saldo em 31 de março de 2019 2.613 830 1.929 37 5.409

Consolidado

Provisões

tributárias Provisões cíveis Provisões

trabalhistas Provisões

ambientais Total de passivos

provisionados

Saldo em 31 de dezembro de 2017 2.483 432 1.924 34 4.873

Adições e reversões, líquido 1 5 139 1 146 Pagamentos (7) (1) (58) - (66) Adições - operações descontinuadas 97 2 43 - 142 Atualizações monetárias 23 9 (67) 1 (34) Ajuste de conversão - (2) - - (2)

Saldo em 31 de março de 2018 2.597 445 1.981 36 5.059

b) Passivos contingentes Passivos contingentes em causas discutidas nas esferas administrativa e judicial, cuja expectativa de perda é classificada como possível, as quais o reconhecimento de provisão não é considerado necessário pela Companhia, baseado nos pareceres jurídicos são os seguintes: Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Processos tributários 36.763 33.481 Processos cíveis 6.853 7.583 Processos trabalhistas 5.224 5.717 Processos ambientais 4.128 4.070

Total 52.968 50.851

i - Processos tributários – Os passivos contingentes de natureza tributária mais significativos referem-se a processos em que se discute (i) a dedutibilidade dos pagamentos de contribuição social sobre o lucro líquido (“CSLL”) do nosso lucro tributável, (ii) glosas de créditos de PIS e COFINS, (iii) autuações de CFEM (“royalties”) e (iv) cobranças relativas ao imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (“ICMS”), em especial o uso de créditos sobre venda e transmissão de energia, cobrança de ICMS na entrada de bens no Estado do Pará e cobrança de ICMS/multa sobre transporte próprio. A variação no período decorre basicamente de novos processos

de ISS, PIS, COFINS, CSLL e IRPJ, da aplicação de juros e atualização monetária dos valores em discussão. ii - Processos cíveis - A maioria dessas reclamações tem sido apresentada pelos fornecedores e referem-se a indenizações de contratos de construção, principalmente supostos prejuízos, pagamentos e multas contratuais. Outras reclamações envolvem disputas sobre cláusulas contratuais de indexação da inflação. iii - Processos trabalhistas – Nesta rubrica contempla basicamente reclamações individuais de empregados e fornecedores de serviços, envolvendo principalmente remuneração adicional sobre horas extras, horas “intinere”, adicional de periculosidade e insalubridade; e reclamações com o Instituto Nacional de Seguridade Social (“INSS”) relacionadas a contribuições sobre programas de remuneração baseados nos lucros.

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iv - Processos ambientais – As reclamações mais significativas referem-se a alegados vícios processuais na obtenção de licenças, não cumprimentos de licenças ambientais existentes ou prejuízos ambientais. c) Depósitos judiciais Correlacionados às provisões e passivos contingentes, a Companhia é exigida por lei a realizar depósitos judiciais para garantir potenciais pagamentos de contingências. Os depósitos judiciais são atualizados monetariamente e registrados no ativo não circulante da Companhia até que aconteça a decisão judicial de resgate destes depósitos por uma das partes envolvidas. Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Processos tributários 4.119 4.143 Processos cíveis 7.677 231 Processos trabalhistas 3.786 2.150 Processos ambientais 4.386 125

Total 19.968 6.649

Os depósitos judiciais relacionados ao evento de Brumadinho estão detalhados na nota 3(a) e estão incluídos nos montantes acima. Além dos depósitos já feitos, a Companhia possui seguro garantia e fianças bancárias oferecidas como garantias de depósitos judiciais no montante de R$15,4 bilhões, dos quais R$5,3 bilhões estão relacionados ao evento de Brumadinho. O custo dessas garantias reconhecido como despesa financeira foi de R$8 no período de três meses findo em 31 de março de 2019. d) Contingências relacionadas ao acidente da Samarco (i) Ação civil pública movida pelo Governo Federal e outros e ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (“MPF”) Em 2016, a União Federal, os estados de Espírito Santo e Minas Gerais e outras autoridades governamentais iniciaram uma ação civil pública contra a Samarco e seus acionistas, cujo valor indicado pelos autores é de R$20,2 bilhões. No mesmo ano, o MPF ajuizou ação civil pública contra a Samarco e seus acionistas, por meio da qual apresenta diversos pedidos, incluindo: (i) a adoção de medidas voltadas à mitigação dos impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes do rompimento da barragem, bem como outras medidas emergenciais; (ii) pagamento de indenização à comunidade; e (iii) pagamento de dano moral coletivo. O valor da causa indicado pelo MPF é de R$155 bilhões. Em junho de 2018, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta entre as partes, que extinguiu (i) a ação civil pública de R$20,2 bilhões movida pelo Governo Federal e outros; e (ii) parte dos pedidos constantes na ação civil pública de R$155 bilhões movida pelo MPF. (ii) Ações Coletivas nos Estados Unidos da América Em março de 2017, os detentores de títulos emitidos pela Samarco Mineração S.A. entraram com uma ação coletiva no Tribunal Federal de Nova York contra a Samarco Mineração S.A., a Vale S.A. e a BHP Brasil Ltda. com base na legislação Federal Norte Americana sobre valores mobiliários. Os autores alegam que a Vale S.A. fez declarações falsas e enganosas ou não divulgou informações sobre os riscos e perigos das operações da barragem de Fundão da Samarco e a adequação de programas e procedimentos relacionados. Com base na avaliação dos consultores legais da Companhia, a expectativa de perda deste processo é classificada como possível. Os autores não especificaram os valores ou as supostas indenizações pleiteadas nessas ações. Portanto, não é possível, no momento, estimar com segurança os valores potenciais envolvidos.

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(iii) Denúncia criminal Em 2016, a Samarco e seus acionistas, VogBr Recursos Hídricos e Geotecnia Ltda. e 22 pessoas físicas foram denunciadas criminalmente pelo MPF devido às consequências relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão. Atualmente, o andamento da ação penal encontra-se paralisado em razão do julgamento de Habeas Corpus, ainda sem decisão. Em 23 de abril de 2019, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu uma ordem de Habeas Corpus de modo a retirar as acusações de homicídio e lesões corporais cometidas por dolo eventual de um dos acusados na ação criminal. Na mesma ocasião, o Tribunal estendeu a concessão da ordem a todos os acusados na ação, posto que a informação criminal não descreve os crimes de homicídio e lesão corporal, mas descreve o crime de inundação qualificada pelo resultado da morte e lesão corporal como consequência do rompimento da barragem de Fundão. Portanto, o Tribunal retirou as acusações de homicídio e lesões corporais de todos os acusados. Atualmente, a ação criminal aguarda o agendamento pelo juiz das novas audiências para a oitiva das testemunhas de defesa e adicionalmente, para determinar a carta rogatória a ser enviada ao Canadá para a coleta do testemunho das três testemunhas da acusação que lá residem. (iv) Processos tributários Em 2018, a Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN) ajuizou medida judicial para garantia de supostos débitos tributários federais, no valor aproximado de R$10 bilhões, relacionados a sociedade em que a Vale detém participação. Houve concessão de liminar, revertida em todos os aspectos relevantes. Tais débitos encontram-se com exigibilidade suspensa e a defesa cabível foi tempestivamente apresentada. e) Ativos Contingentes

Em 2015, a Companhia ingressou com Execução de Sentença, no montante de R$ 524 milhões, em decorrência de decisão parcialmente favorável transitada em julgado, que lhe garantiu o direito à restituição das diferenças de correção monetária e juros relativos ao empréstimo compulsório do setor elétrico no período de 1987 a 1993. Aguarda-se decisão judicial que defina o valor do ativo a ser contabilizado. Consequentemente, o ativo não foi reconhecido nas demonstrações financeiras da Companhia. Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a tese de que o ICMS não integra a base de cálculo do PIS e da COFINS. Esta decisão ainda não transitou em julgado, pois há Embargos de Declaração, apresentados pela Procuradoria da Fazenda Nacional, pendentes de julgamento. A Vale discute a tese em dois processos judiciais, que abrangem os fatos geradores ocorridos a partir de dezembro de 2001. Em 18 de março de 2019, houve trânsito em julgado favorável em um dos processos (março de 2012 em diante). Na outra ação judicial, aguarda-se decisão no Tribunal Regional Federal da 2ª Região para a aplicação do entendimento do STF. O ativo referente ao processo com trânsito em julgado ainda não foi reconhecido nas demonstrações financeiras. Sua mensuração adequada está condicionada ao resultado final do julgamento dos embargos de declaração, pendentes perante o STF. Em 2010, a Companhia adquiriu uma participação de 51% na VBG - Vale BSGR Limited (“VBG”) (anteriormente BSG Resources (Guiné) Limited), que possuía direitos de concessão de minério de ferro em Simandou South (“Zogota”) e permissões para exploração de minério de ferro em Simandou North (Blocks 1 & 2), na Guiné. Em 2014, a República da Guiné revogou essa concessão com base em evidências de que a BSGR a teria obtido por meio de atos de corrupção envolvendo autoridades da República da Guiné, tendo concluído também que a Vale não participou de forma alguma nesses atos de corrupção. Em abril de 2019, a Companhia foi notificada da decisão proferida por um tribunal arbitral em Londres condenando a BSG Resources Limited (“BSGR”) a pagar à Vale o valor de R$4.676 (US$1,2 bilhão), ou mais de R$7.793 (US$2,0 bilhões), considerando juros e despesas, por fraude e violações de garantia pela BSGR, ao induzir, a Vale a constituir uma joint venture para exploração da concessão de mina de minério de ferro na região de Simandou na República da Guiné. A Vale ajuizou um processo judicial contra a BSG Resources Limited (“BSGR”), na Corte distrital do Southern District de Nova Iorque, para fazer cumprir a decisão arbitral contra a BSGR, que foi proferida em 4 de abril de 2019 por um tribunal arbitral sob os auspícios da London Court of International Arbitration. A Vale pretende continuar adotando todas as medidas legalmente cabíveis para execução dessa decisão arbitral, ainda que perante outras jurisdições. Entretanto, como não há quaisquer garantias quanto ao prazo e ao valor do recebimento, o ativo não foi reconhecido nas demonstrações financeiras da Companhia.

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23. Obrigações com benefícios de aposentadoria Conciliação dos passivos líquidos reconhecidos no balanço patrimonial

Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Planos

superavitários Planos

deficitários Outros

benefícios Planos

superavitários Planos

deficitários Outros

benefícios

Valor reconhecido no balanço patrimonial Valor presente das obrigações atuariais (11.868) (15.904) (5.215) (13.861) (15.226) (4.956) Valor justo dos ativos 18.713 13.497 - 18.355 12.681 - Efeito do limite do ativo (teto) (6.845) - - (4.494) - -

Passivo - (2.407) (5.215) - (2.545) (4.956)

Passivo circulante - (88) (173) - (74) (202) Passivo não circulante - (2.319) (5.042) - (2.471) (4.754)

Passivo - (2.407) (5.215) - (2.545) (4.956)

24. Patrimônio líquido a) Capital social

Em 31 de março de 2019, o capital social é de R$77.300 correspondendo a 5.284.474.782 ações escrituradas, totalmente integralizadas e sem valor nominal. 31 de março de 2019

Acionistas ON PNE Total

Litel Participações S.A. e Litela Participações S.A. 1.075.773.534 - 1.075.773.534 BNDES Participações S.A. 323.496.276 - 323.496.276 Bradespar S.A. 293.907.266 - 293.907.266 Mitsui & Co., Ltd 286.347.055 - 286.347.055 Investidores estrangeiros em ADRs 1.199.344.981 - 1.199.344.981 Investidores institucionais estrangeiros no mercado local 1.194.732.165 - 1.194.732.165 FMP - FGTS 53.070.716 - 53.070.716 PIBB - Fund 2.455.573 - 2.455.573 Investidores institucionais 378.691.740 - 378.691.740 Investidores de varejo no país 320.463.151 - 320.463.151 Governo Brasileiro (Golden Share) - 12 12

Ações em circulação 5.128.282.457 12 5.128.282.469 Ações em tesouraria 156.192.313 - 156.192.313

Total de ações emitidas 5.284.474.770 12 5.284.474.782

Capital social por classe de ações (em milhões) 77.300 - 77.300

Total de ações autorizadas 7.000.000.000 - 7.000.000.000

b) Ações em tesouraria Em 31 de março de 2019, a Companhia possui 156.192.313 ações em tesouraria dos quais 75.325.801 estão bloqueadas judicialmente, conforme descrito na nota 3, em decorrência do evento de Brumadinho. Adicionalmente, a Companhia utilizou 2.024.059 de ações em tesouraria para pagamento do programa Matching dos seus executivos elegíveis. Para esse pagamento, a Companhia utilizou parte das ações em tesouraria adquiridas no programa de recompra de ações, aprovado pelo Conselho de Administração em 25 de julho de 2018, no valor de R$84 registrado como “cessão e transferência de ações”.

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25. Partes relacionadas As partes relacionadas da Companhia são subsidiárias, joint ventures, coligadas, acionistas e suas empresas ligadas e o pessoal chave da administração da Companhia. As transações entre a Controladora e suas subsidiárias são eliminadas na consolidação e não são divulgadas nesta nota. As transações com partes relacionadas foram realizadas pela Companhia em termos equivalentes aos que prevalecem em transações de mercado, observando o preço e as condições usuais do mercado, portanto, essas transações estão em condições que não são menos favoráveis para a Companhia do que aquelas negociadas com terceiros. Compras, contas a receber, outros ativos, contas a pagar e outros passivos referem-se principalmente a valores cobrados pelas joint ventures e coligadas relacionadas aos arrendamentos operacionais das plantas de pelotização e serviços de transporte ferroviário. As informações sobre transações com partes relacionadas e os efeitos nas demonstrações financeiras são apresentados abaixo: a) Transações com partes relacionadas A receita de vendas líquida refere-se à venda de minério de ferro para as siderúrgicas e ao direito de uso da capacidade das ferrovias. Os custos e despesas operacionais referem-se principalmente aos arrendamentos das plantas de pelotização. Consolidado

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Joint Ventures Coligadas Principais acionistas Total Joint Ventures Coligadas

Principais acionistas Total

Receita de vendas, líquida 243 255 165 663 338 252 157 747 Custos e despesas operacionais (1.882) (30) - (1.912) (1.635) (67) - (1.702) Resultado financeiro 12 (1) (116) (105) 129 1 (171) (41)

b) Saldos em aberto com partes relacionadas Consolidado

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Joint

Ventures Coligadas Principais acionistas Total

Joint Ventures Coligadas

Principais acionistas Total

Ativos Caixa e equivalentes de caixa - - 2.541 2.541 - - 4.867 4.867 Contas a receber 214 643 14 871 426 163 12 601 Dividendos a receber 682 37 - 719 511 - - 511 Empréstimos 7.395 - - 7.395 7.657 - - 7.657 Instrumentos financeiros derivativos - - 1.168 1.168 - - 1.151 1.151 Outros ativos 280 - - 280 96 - - 96

Passivos Fornecedores e empreiteiros 1.052 420 80 1.552 854 80 94 1.028 Empréstimos - 5.222 11.896 17.118 - 5.136 10.268 15.404 Instrumentos financeiros derivativos - - 425 425 - - 433 433 Outros passivos 2.800 366 - 3.166 2.978 - - 2.978

Principais acionistas Refere-se a instrumentos financeiros usuais com grandes instituições financeiras dos quais os acionistas fazem parte do bloco de

controle do “acordo de acionistas”.

Transações com segmento de carvão Em março de 2018, Nacala BV, uma joint venture entre Vale e Mitsui no corredor logístico de Nacala, concluiu o seu project finance e reembolsou parte dos empréstimos concedidos pela Vale, no valor de R$8.434 (US$2.572 milhões). Sobre o saldo a receber de R$7.395 incide juros de 7,44%a.a. O empréstimo a pagar a coligadas refere-se principalmente ao empréstimo com a Pangea Emirates Ltd, uma empresa do grupo de acionistas que detém 15% de participação na Vale Moçambique, com incidência de juros de 6,54% a.a.

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26. Notas selecionadas das informações da Controladora (informações intermediárias individuais) a) Investimentos Controladora

2019 2018

Saldo em 01 de janeiro de 139.510 117.387

Adições/Capitalizações (i) 2.092 707

Baixas (84) - Ajuste de conversão 1.366 (100)

Resultado de participações societárias no resultado 4.472 2.500 Resultado de participações societárias em outros resultados abrangentes 16 90

Dividendos declarados (164) (99) Outros (ii) (18) 3.485

Saldo em 31 de março de 147.190 123.970

(i) Refere-se a aquisição da New Steel Global N.V. (nota 12c). (ii) Em 2018 inclui ativos disponíveis para venda (Vale Fertilizantes), alienados indiretamente pela controladora.

b) Intangíveis Controladora

Concessões (i) Direito de uso Software Total

Saldo em 31 de dezembro de 2018 15.240 105 277 15.622

Adições 815 - 24 839 Baixas (38) - - (38) Amortização (360) (1) (62) (423)

Saldo em 31 de março de 2019 15.657 104 239 16.000

Custo 19.662 223 2.567 22.452 Amortização acumulada (4.005) (119) (2.328) (6.452)

Saldo em 31 de março de 2019 15.657 104 239 16.000

Controladora

Concessões Direito de uso Software Total

Saldo em 31 de dezembro de 2017 12.773 111 587 13.471

Adições 829 - 1 830 Baixas (19) - - (19) Amortização (106) (1) (87) (194)

Saldo em 31 de março de 2018 13.477 110 501 14.088

Custo 17.008 223 4.111 21.342 Amortização acumulada (3.531) (113) (3.610) (7.254)

Saldo em 31 de março de 2018 13.477 110 501 14.088

(i) Com base em estudos técnicos efetuados por empresa independente e após a aprovação pelo órgão regulador (ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres), a Companhia reduziu a vida útil dos trilhos de suas ferrovias em 2019.

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c) Imobilizado Controladora

Terrenos Imóveis Instalações Equipamentos Ativos

minerários Contratos de

arrendamento (ii) Outros Imobilizado

em curso Total

Saldo em 31 de dezembro de 2018 1.735 26.559 30.593 10.004 7.689 - 19.240 7.996 103.816

Adições (i) - - - - - 2.058 - 997 3.055 Baixas (2) (229) - (3) (92) - (4) (276) (606) Obrigações para desmobilização de ativos - - - - 208 - - - 208 Depreciação, amortização e exaustão - (248) (346) (327) (136) (76) (705) - (1.838) Transferências 1 437 63 374 (11) - 519 (1.383) -

Saldo em 31 de março de 2019 1.734 26.519 30.310 10.048 7.658 1.982 19.050 7.334 104.635

Custo 1.734 33.442 38.422 17.598 9.850 2.058 31.161 7.334 141.599 Depreciação acumulada - (6.923) (8.112) (7.550) (2.192) (76) (12.111) - (36.964)

Saldo em 31 de março de 2019 1.734 26.519 30.310 10.048 7.658 1.982 19.050 7.334 104.635

Controladora

Terrenos Imóveis Instalações Equipamentos Ativos

minerários Contratos de

arrendamento Outros Imobilizado

em curso Total

Saldo em 31 de dezembro de 2017 1.739 25.315 27.204 9.716 5.367 - 18.205 15.432 102.978

Adições (i) - - - - - - - 842 842 Baixas - - (49) (8) - - (5) (6) (68) Obrigações para desmobilização de ativos - - - - 96 - - - 96 Depreciação, amortização e exaustão - (201) (291) (305) (71) - (452) - (1.320) Transferências 13 2 967 287 366 - 651 (2.286) -

Saldo em 31 de março de 2018 1.752 25.116 27.831 9.690 5.758 - 18.399 13.982 102.528

Custo 1.752 30.433 34.824 16.727 7.580 - 28.290 13.982 133.588 Depreciação acumulada - (5.317) (6.993) (7.037) (1.822) - (9.891) - (31.060)

Saldo em 31 de março de 2018 1.752 25.116 27.831 9.690 5.758 - 18.399 13.982 102.528

(i) Inclui juros capitalizados. (ii) Refere-se ao reconhecimento dos arrendamentos conforme IFRS 16 (nota 2c).

Baixas de ativos A Companhia reconheceu no resultado como ”Redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes” uma perda de R$585 referente à baixa dos ativos da mina Córrego do Feijão e os relacionados às barragens a montante no Brasil (nota 3) no período findo em 31 de março de 2019. d) Empréstimos e financiamentos Controladora

Passivo circulante Passivo não circulante

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Principal em: US$ (i) 3.350 557 8.943 9.004 EUR - - 3.282 3.329 R$ 1.955 1.581 10.070 10.749 Encargos incorridos 254 385 - -

Total 5.559 2.523 22.295 23.082

(i) No período de três meses findo em 31 de março de 2019, a Companhia contratou linhas de crédito à exportação.

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Os fluxos de pagamentos futuros da dívida (principal) são os seguintes: Controladora

Principal da dívida

2019 2.773 2020 5.108 2021 3.059 2022 2.734 Entre 2023 e 2027 11.488 2028 em diante 2.438

27.600

e) Provisões Controladora

Passivo circulante Passivo não circulante 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018 Salários, encargos sociais e outras remunerações (i) 1.335 2.808 - - Obrigações ambientais 265 277 501 514 Obrigações para desmobilização de ativos 133 158 3.083 3.217 Descaracterização das barragens a montante (nota 3) 614 - 6.523 - Provisões para processos judiciais - - 4.604 4.483 Obrigações com benefícios de aposentadoria 68 88 1.580 1.544

Provisões 2.415 3.331 16.291 9.758

(i) Variação refere-se principalmente ao pagamento do programa de participação nos lucros.

f) Provisões para contingências Controladora

Provisões

tributárias Provisões cíveis Provisões

trabalhistas Provisões

ambientais Total de passivos

provisionados

Saldo em 31 de dezembro de 2018 2.240 467 1.767 9 4.483

Adições e reversões, líquido 20 76 66 19 181 Pagamentos (1) (1) (96) 5 (93) Atualizações monetárias (32) 38 26 - 32

Saldo em 31 de março de 2019 2.227 581 1.763 33 4.604

Controladora

Provisões

tributárias Provisões cíveis Provisões

trabalhistas Provisões

ambientais Total de passivos

provisionados

Saldo em 31 de dezembro de 2017 2.117 308 1.770 24 4.219

Adições e reversões, líquido 2 4 120 1 127 Pagamentos (5) (1) (49) - (55) Atualizações monetárias 22 1 (48) - (25) Adições - operações descontinuadas 97 2 43 - 142

Saldo em 31 de março de 2018 2.233 314 1.836 25 4.408

g) Passivos contingentes Controladora

31 de março de 2019 31 de dezembro de 2018

Processos tributários 33.988 30.808 Processos cíveis 5.165 5.371 Processos trabalhistas 4.931 5.398 Processos ambientais 3.950 3.897

Total 48.034 45.474

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h) Tributos sobre o lucro O total demonstrado como resultado de tributos sobre o lucro no resultado está reconciliado com as alíquotas estabelecidas pela legislação, como segue: Controladora

Período de três meses findos em 31 de março de

2019 2018

Lucro (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro (10.305) 6.703 Tributos sobre o lucro às alíquotas da legislação - 34% 3.504 (2.279) Ajustes que afetaram o cálculo dos tributos: Benefício tributário sobre os juros sobre o capital próprio - 216 Incentivos fiscais 8 - Resultado de participações societárias 1.521 850 Outros (1.150) (107)

Tributos sobre o lucro 3.883 (1.320)

27. Informações complementares sobre os instrumentos financeiros derivativos O risco da carteira de derivativos é mensurado pelo método paramétrico delta-Normal, considerando que a distribuição futura dos fatores de risco e suas correlações tenderão a apresentar as mesmas propriedades estatísticas verificadas nas observações históricas. A estimativa do valor em risco considera nível de confiança de 95% para o horizonte de um dia útil. A carteira de derivativos a seguir inclui as posições da Vale e companhias controladas em 31 de março de 2019, sendo apresentadas as seguintes informações: valor nominal, valor justo incluindo risco de crédito, ganhos ou perdas no período, valor em risco e valor justo por data de pagamento. a) Posições em derivativos de câmbio e taxas de juros (i) Programas de proteção dos empréstimos e financiamentos em R$ Com o objetivo de reduzir a volatilidade do fluxo de caixa, foram realizadas operações de swap para converter para US$ o fluxo de caixa de certas dívidas em R$ referentes a contratos de empréstimos e financiamentos, com taxas indexadas principalmente ao CDI, à TJLP e ao IPCA. Nestas operações de swap, a Vale paga taxas fixas ou flutuantes em US$ e recebe remuneração em R$ atrelada às taxas de juros das dívidas protegidas.

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Os contratos de swap foram negociados em mercado de balcão (over-the-counter) e os itens protegidos são os fluxos de caixa de dívidas atreladas a R$. Esses programas transformam para US$ as obrigações denominadas em R$ para buscar o equilíbrio de moedas no fluxo de caixa da empresa, contrabalançando os recebíveis - atrelados principalmente a US$ - com os pagamentos.

Valor principal Valor justo

Liquidação financeira

Entradas (Saídas)

Valor em Risco Valor justo por ano

Fluxo 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 Índice Taxa

Média 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março

de 2019 31 de março

de 2019 2019 2020 2021+

Swap CDI vs. Taxa Fixa em US$ (167) (178) (16) 26 (52) (66) (49) Ativo R$ 1.575 R$ 1.581 CDI 98,77% Passivo US$ 450 US$ 456 Pré 3,17%

Swap TJLP vs. Taxa Fixa em US$ (1.146) (1.433) (306) 88 (860) (80) (206) Ativo R$ 2.183 R$ 2.303 TJLP + 1,18% Passivo US$ 875 US$ 994 Pré 1,72%

Swap TJLP vs. Taxa flutuante em US$ (217) (215) (2) 7 (217) - - Ativo R$ 178 R$ 181 TJLP + 0,83% Passivo US$ 105 US$ 107 Libor + -1,24%

Swap Taxa Fixa em R$ vs. Taxa Fixa em US$ (20) (36) (8) 72 44 38 (102) Ativo R$ 1.058 R$ 1.078 Pré 6,92% Passivo US$ 343 US$ 351 Pré -0,58%

Swap IPCA vs. Taxa Fixa em US$ (182) (310) (101) 19 - (40) (142) Ativo R$ 865 R$ 1.315 IPCA + 6,57% Passivo US$ 278 US$ 434 Pré 4,26%

Swap IPCA vs. CDI 368 344 - 1 21 198 149 Ativo R$ 1.350 R$ 1.350 IPCA + 6,62% Passivo R$ 1.350 R$ 1.350 CDI 98,59%

(ii) Programa de proteção para empréstimos e financiamentos em EUR Com o objetivo de reduzir a volatilidade do fluxo de caixa, foram realizadas operações de swap para converter para US$ o fluxo de caixa de certas dívidas denominadas em EUR emitidas pela Vale. Nestas operações, a Vale recebe taxas fixas em EUR e paga remuneração atrelada a taxas fixas em US$. Os contratos de swap foram negociados em mercado de balcão (over-the-counter) e o item protegido é o fluxo de caixa de parte das dívidas atreladas ao EUR. O resultado de entrada/saída da liquidação financeira é compensado pelo resultado de perda/ganho do item protegido devido à variação cambial EUR/US$.

Valor principal

Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas)

Valor em Risco Valor justo por ano

Fluxo 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 Índice Taxa

Média 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março

de 2019 31 de março

de 2019 2019 2020 2021+

Swap Taxa Fixa em EUR vs. Taxa Fixa em US$ (57) (1) (19) 22 - (19) (38) Ativo € 500 € 500 Pré 3,75% Passivo US$ 613 US$ 613 Pré 4,29%

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

49

b) Posições em derivativos de commodities (i) Programa de proteção de fluxo de caixa para compra de óleo combustível (bunker oil) Com o objetivo de reduzir o impacto das oscilações do preço do óleo combustível na contratação e disponibilização de frete marítimo e, consequentemente, reduzir a volatilidade do fluxo de caixa da Companhia, foram realizadas operações de proteção deste insumo, através da contratação de opções. Os contratos foram negociados em mercado de balcão (over-the-counter) e o item protegido é uma parcela do custo da Vale atrelada ao preço do óleo combustível. O resultado de entrada/saída da liquidação financeira é compensado pelo resultado de perda/ganho do item protegido devido à variação do preço do óleo combustível.

Valor principal (ton) Valor justo Valor em Risco

Valor justo por ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra / Venda Strike médio

(US$/ton) 31 de março de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março de

2019 2019

Opções de compra 1.095.000 2.100.000 C 518 7 4 3 7 Opções de venda 1.095.000 2.100.000 V 292 (1) (115) - (1)

Total 6 (111) 3 6

(ii) Programas de proteção de insumos e produtos de metais básicos No programa operacional de proteção de vendas de níquel a preço fixo foram realizadas operações com derivativos para converter para preço flutuante os contratos comerciais de níquel com clientes que solicitam a fixação do preço, de forma a manter a exposição das receitas a flutuações de preço do níquel. As operações usualmente realizadas neste programa são compras de níquel para liquidação futura. No programa operacional de proteção de compras de insumos foram realizadas operações com derivativos, usualmente através de vendas de níquel e cobre para liquidação futura, com o objetivo de reduzir o risco de descasamento de preços entre o período de compra de produtos de níquel (concentrado, catodo, sínter e outros) e de cobre (sucata e outros) e o período de venda dos produtos finais aos clientes. Os contratos são negociados na London Metal Exchange ou em mercado de balcão (over-the-counter) e o item protegido é uma parcela das receitas e custos da Vale atrelados aos preços de níquel e cobre. O resultado de entrada/saída da liquidação financeira é compensado pelo resultado de perda/ganho do item protegido devido à variação dos preços de níquel e cobre.

Valor principal (ton) Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas)

Valor em Risco Valor justo por ano

Fluxo 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 Compra /

Venda Strike médio

(US$/ton) 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março

de 2019 31 de março

de 2019 2019

2020+

Proteção para vendas a preço fixo Futuros de Níquel 11.789 7.244 C 12.201 38 (39) 13 17 36 2

Proteção para compra de insumos Futuros de Níquel 141 120 V 12.293 - 1 - - - - Futuros de Cobre 48 81 V 6.184 - - - - - -

Total 38 (38) 13 17 36 2

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50

c) Posições em derivativos de frete

Com o objetivo de reduzir o impacto da volatilidade do preço de afretamento marítimo no fluxo de caixa da Companhia, foram realizadas operações de proteção, através de contratos a termo de frete denominados Forward Freight Agreements (FFAs). O item protegido é uma parcela do custo da Vale atrelada ao preço spot de afretamento marítimo. O resultado de entrada/saída da liquidação financeira destes contratos a termo é compensado pelo resultado de perda/ganho do item protegido devido à variação do preço do frete. Os FFAs são negociados em mercado de balcão (over-the-counter) e podem ser registrados em Centrais de Liquidação e Custódia, neste caso sujeitos a requerimentos de margem.

Valor Principal (dias) Valor justo

Liquidação Financeira Entradas (saídas) Valor em Risco

Valor justo por ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra /

Venda Strike médio

(US$/dia) 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março de

2019 31 de março de

2019 2019

Termo Frete 780 480 C 13.146 (3) 3 (1) 2 (3)

d) Warrants da Wheaton Precious Metals Corp. A Companhia possui warrants da Wheaton Precious Metals Corp., empresa canadense com ações negociadas na Toronto Stock Exchange e na New York Stock Exchange. Estes warrants se comportam de forma similar a uma opção de compra americana e foram recebidos como parte do pagamento pela venda de parte dos fluxos do ouro pagável produzido como subproduto da mina de cobre do Salobo e de certas minas de níquel de Sudbury.

Valor principal (quantidade) Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas) Valor em Risco

Valor justo por ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra /

Venda Strike médio (US$/ação)

31 de março de 2019

31 de dezembro de 2018

31 de março de 2019

31 de março de 2019 2023

Opções de compra 10.000.000 10.000.000 C 44 50 32 - 6 50

e) Debêntures conversíveis em ações da Valor da Logística Integrada (“VLI”) A Companhia possui contratos de debêntures nos quais os credores possuem a opção de conversão do saldo devedor das debêntures em determinada quantidade de ações da VLI detidas pela Companhia.

Valor Principal (quantidade) Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas)

Valor em Risco

Valor justo por

ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra / Venda Strike médio

(R$/ação) 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março de

2019 31 de março de

2019 2027

Opções de conversão 140.239 140.239 V 8.134 (205) (228) - 12 (205)

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51

f) Opções relacionadas a ações da Minerações Brasileiras Reunidas S.A. (“MBR”)

A Companhia celebrou um contrato de compra e venda de ações da MBR que possui opções associadas. A Companhia possui o direito de recomprar esta participação minoritária na subsidiária. Além disso, sob determinadas condições contratuais restritas e contingentes, fora do controle do comprador, como o caso de ilegalidade por mudanças na lei, há uma cláusula no contrato que dá ao comprador o direito de revender sua participação para a Companhia. Neste caso, a Companhia poderia optar pela liquidação através de caixa ou ações.

Valor Principal (quantidade, em milhões) Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas)

Valor em Risco

Valor justo por ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro de

2018 Compra /

Venda Strike médio

(R$/ação) 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março

de 2019 31 de março

de 2019 2019+

Opções 2.139 2.139 C/V 1,7 1.089 1.082 - 50 1.089

g) Opção relacionada às SPEs Casa dos Ventos

A Companhia adquiriu em janeiro de 2019 a opção de compra de ações das sociedades de propósito específico Ventos de São Bento Energias Renováveis, Ventos São Galvão Energias Renováveis e Ventos de Santo Eloy Energias Renováveis (SPEs Casa dos Ventos), que compõem o parque eólico do projeto Folha Larga Sul, em Campo Formoso, na Bahia, com operação comercial prevista para o primeiro semestre de 2020. Esta opção foi adquirida no contexto da celebração pela Companhia de contratos de compra e venda de energia elétrica com a Casa dos Ventos, com fornecimento pelo referido parque eólico.

Valor Principal (quantidade) Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas)

Valor em Risco

Valor justo por

ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro de

2018 Compra /

Venda Strike médio

(R$/ação) 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março

de 2019 31 de março

de 2019 2022

Opção de compra 137.751.623 - C 2,81 70 - - 6 70

h) Derivativos embutidos em contratos A Companhia possui contratos de compra de matérias-primas e concentrado de níquel que contêm provisões baseadas nos preços futuros de cobre e níquel. Estas provisões são consideradas derivativos embutidos.

Valor Principal (ton) Valor justo Valor em Risco Valor justo por

ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra /

Venda Strike médio

(US$/ton) 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março de

2019 2019

Termo Níquel 1.134 3.763 V 12.303 (3) 6 2 (3) Termo Cobre 1.743 2.035 V 6.260 (1) 1 1 (1)

Total (4) 7 3 (4)

A Companhia possui ainda um contrato de compra de gás natural com uma cláusula de prêmio no preço do gás caso as pelotas de minério de ferro da Companhia sejam negociadas acima de um nível pré-definido. Esta cláusula é considerada um derivativo embutido.

Valor Principal (volume/mês) Valor justo

Liquidação financeira

Entradas (Saídas) Valor em

Risco Valor justo por ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra /

Venda Strike médio

(US$/ton) 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março de

2019 31 de março de

2019 2019 2020+

Opções de compra 746.667 746.667 V 233 (6) (4) - 4 (1) (5)

Em agosto de 2014 a Companhia vendeu parte de sua participação acionária na Valor da Logística Integrada (“VLI”) para um fundo de investimento administrado pela Brookfield Asset Management (“Brookfield”). O contrato de venda inclui cláusula que estabelece, sob determinadas condições, garantia de retorno mínimo sobre o investimento da Brookfield. Essa cláusula é considerada um derivativo embutido, com payoff equivalente ao de uma opção de venda.

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52

Valor Principal (quantidade) Valor justo

Liquidação financeira Entradas (Saídas) Valor em Risco

Valor justo

por ano

Fluxo 31 de março de

2019 31 de dezembro

de 2018 Compra /

Venda Strike médio

(R$/ação) 31 de março

de 2019 31 de dezembro

de 2018 31 de março de

2019 31 de março de

2019 2019+

Opção de venda 1.105.070.863 1.105.070.863 V 3,88 (309) (400) - 36 (309)

i) Análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros derivativos A análise a seguir estima o valor potencial dos instrumentos em cenários hipotéticos de stress dos principais fatores de risco de mercado que impactam cada uma das posições. - Provável: O cenário provável foi definido como o valor justo dos derivativos em 31 de março de 2019 - Cenário I: Estimativa do valor justo considerando uma deterioração de 25% nas variáveis de risco associadas - Cenário II: Estimativa do valor justo considerando uma deterioração de 50% nas variáveis de risco associadas Instrumento Principais eventos de risco do instrumento Provável Cenário I Cenário II

Swap CDI vs. Taxa Fixa em US$ Desvalorização do R$ (167) (617) (1.066)

Queda do cupom cambial (167) (179) (191) Alta da taxa pré em R$ (167) (167) (166) Item protegido: Dívidas atreladas a R$ Desvalorização do R$ n.a. - -

Swap TJLP vs. Taxa Fixa em US$ Desvalorização do R$ (1.146) (1.991) (2.837)

Queda do cupom cambial (1.146) (1.178) (1.212) Alta da taxa pré em R$ (1.146) (1.199) (1.248) Queda da TJLP (1.146) (1.197) (1.249) Item protegido: Dívidas atreladas a R$ Desvalorização do R$ n.a. - -

Swap TJLP vs. Taxa flutuante em US$ Desvalorização do R$ (217) (319) (421)

Queda do cupom cambial (217) (219) (222) Alta da taxa pré em R$ (217) (219) (221) Queda da TJLP (217) (219) (221) Item protegido: Dívidas atreladas a R$ Desvalorização do R$ n.a. - -

Swap Taxa Fixa em R$ vs. Taxa Fixa em US$ Desvalorização do R$ (20) (312) (604)

Queda do cupom cambial (20) (52) (85) Alta da taxa pré em R$ (20) (79) (132) Item protegido: Dívidas atreladas a R$ Desvalorização do R$ n.a. - -

Swap IPCA vs. Taxa Fixa em US$ Desvalorização do R$ (182) (459) (737)

Queda do cupom cambial (182) (193) (204) Alta da taxa pré em R$ (182) (203) (224) Queda do IPCA (182) (195) (208) Item protegido: Dívidas atreladas a R$ Desvalorização do R$ n.a. - -

Swap IPCA vs. CDI Alta da taxa pré em R$ 368 306 248

Queda do IPCA 368 332 297 Item protegido: Dívidas em R$ atreladas a IPCA Queda do IPCA n.a. (332) (297)

Swap Taxa Fixa em EUR vs. Taxa Fixa em US$ Desvalorização do EUR (57) (688) (1.319)

Alta da Euribor (57) (68) (79) Queda da Libor US$ (57) (109) (163) Item protegido: Dívida atrelada a EUR Desvalorização do EUR n.a. 688 1.319

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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Instrumento Principais eventos de risco do instrumento Provável Cenário I Cenário II

Proteção de óleo combustível Opções Queda do preço do óleo combustível 6 (38) (354) Item protegido: Parte dos custos atrelados ao preço do insumo Queda do preço do óleo combustível n.a. 38 354

Proteção de afretamento marítimo Termo Queda do preço do frete (3) (12) (22) Item protegido: Parte dos custos atrelados ao preço do frete Queda do preço do frete n.a. 12 22

Proteção para vendas de níquel a preço fixo Futuros Queda do preço do níquel 38 (108) (254) Item protegido: Parte das receitas de níquel com preços fixos Queda do preço do níquel n.a. 108 254

Proteção para compras de insumos Futuros de níquel Alta do preço do níquel - (2) (4) Item protegido: Parte dos custos atrelados ao preço do níquel Alta do preço do níquel n.a. 2 4

Futuros de cobre Alta do preço do cobre - - (1) Item protegido: Parte dos custos atrelados ao preço do cobre Alta do preço do cobre n.a. - 1

Warrants da Wheaton Precious Metals Corp. Queda do preço da ação da WPM 50 14 1

Opções de conversão - VLI Alta do valor da ação da VLI (205) (333) (502)

Opções - MBR Queda do preço do minério de ferro 1.089 700 394

Opção SPEs Casa dos Ventos Queda do valor das ações das SPEs Casa dos Ventos

70 32 8

Instrumento Principais riscos Provável Cenário I Cenário II

Derivativo embutido - Compra de matéria-prima (níquel) Alta do preço do níquel (3) (18) (32) Derivativo embutido - Compra de matéria-prima (cobre) Alta do preço de cobre (1) (12) (23) Derivativo embutido - Compra de gás Alta do preço da pelota (6) (14) (27) Derivativo embutido - Garantia de retorno mínimo (VLI) Queda do valor da ação da VLI (309) (825) (1.720)

j) Ratings das contrapartes financeiras

As operações de instrumentos financeiros derivativos, caixa e equivalentes de caixa e investimentos financeiros são realizadas com instituições financeiras cujos limites de exposição são revistos periodicamente e aprovados por alçada competente. O risco de crédito das instituições financeiras é avaliado através de uma metodologia que considera, dentre outras informações, os ratings divulgados pelas agências internacionais de rating.

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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O quadro a seguir apresenta os ratings publicados pelas agências Moody’s e S&P para as principais instituições financeiras com as quais a Companhia contrata operações de derivativos, caixa e equivalentes de caixa.

Ratings de longo prazo por contraparte Moody’s S&P Ratings de longo prazo por contraparte Moody’s S&P

ANZ Australia and New Zealand Banking Aa3 AA- Citigroup Baa1 BBB+ Banco ABC Ba3 BB- Credit Agricole A1 A+ Banco Amazônia SA - - Credit Suisse Baa2 BBB+ Banco Bradesco Ba3 BB- Deutsche Bank A3 BBB+ Banco de Credito del Peru Baa1 BBB+ Goldman Sachs A3 BBB+ Banco do Brasil Ba3 BB- HSBC A2 A Banco do Nordeste Ba3 BB- Intesa Sanpaolo Spa Baa1 BBB Banco Safra Ba3 BB- Itaú Unibanco Ba3 BB- Banco Santander A2 A JP Morgan Chase & Co A2 A- Banco Votorantim Ba3 BB- Macquarie Group Ltd A3 BBB Bank of America A3 A- Mega Int. Commercial Bank A1 A Bank of China A1 A Mitsui & Co A1 A- Bank of Mandiri Baa2 BB+ Mizuho Financial A1 A- Bank of Montreal Aa2 A+ Morgan Stanley A3 BBB+ Bank of Nova Scotia Aa2 A+ Muscat Bank Ba2 BB Bank of Shanghai Baa2 - National Australia Bank NAB Aa3 AA- Bank of Tokyo Mitsubishi UFJ A1 A- National Bank of Canada Aa3 A Bank Rakyat Baa2 BB+ National Bank of Oman Ba2 - Banpará - BB- Natixis A1 A+ Barclays Baa3 BBB Rabobank Aa3 A+ BBVA A3 A- Royal Bank of Canada Aa2 AA- BNP Paribas Aa3 A Societe Generale A1 A BTG Pactual Ba3 BB- Standard Bank Group Ba1 - Caixa Economica Federal Ba3 BB- Standard Chartered A2 BBB+ Canadian Imperial Bank Aa2 A+ Sumitomo Mitsui Financial A1 A- China Construction Bank A1 A UBS Aa3 A- CIMB Bank A3 A- Unicredit Baa1 BBB

k) Curvas de mercado As curvas utilizadas para a precificação dos derivativos foram construídas com base em dados da B3, Banco Central do Brasil, London Metals Exchange e Bloomberg. (i) Produtos

Níquel

Vencimento Preço (US$/ton) Vencimento Preço (US$/ton) Vencimento Preço (US$/ton)

SPOT 13.015 SET19 13.074 MAR20 13.230 ABR19 12.936 OUT19 13.101 MAR21 13.496 MAI19 12.968 NOV19 13.127 MAR22 13.768 JUN19 12.994 DEZ19 13.155 MAR23 14.045 JUL19 13.021 JAN20 13.180

AGO19 13.047 FEV20 13.202 Cobre

Vencimento Preço (US$/lb) Vencimento Preço (US$/lb) Vencimento Preço (US$/lb)

SPOT 2,94 SET19 2,94 MAR20 2,94 ABR19 2,94 OUT19 2,94 MAR21 2,94 MAI19 2,94 NOV19 2,94 MAR22 2,93 JUN19 2,94 DEZ19 2,94 MAR23 2,93 JUL19 2,94 JAN20 2,94

AGO19 2,94 FEV20 2,94 Óleo combustível

Vencimento Preço (US$/ton) Vencimento Preço (US$/ton) Vencimento Preço (US$/ton)

SPOT 419 SET19 392 MAR20 331 ABR19 420 OUT19 379 MAR21 323 MAI19 419 NOV19 365 MAR22 283 JUN19 416 DEZ19 352 MAR23 248 JUL19 410 JAN20 343

AGO19 403 FEV20 336

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Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

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Afretamento marítimo (Capesize 5TC)

Vencimento Preço (US$/dia) Vencimento Preço (US$/dia) Vencimento Preço (US$/dia)

SPOT 3.796 SET19 15.591 MAR20 12.121 ABR19 5.188 OUT19 16.288 Cal 2020 13.234 MAI19 7.167 NOV19 16.288 Cal 2021 12.558 JUN19 9.279 DEZ19 16.288 Cal 2022 12.542 JUL19 10.592 JAN20 12.121

AGO19 12.142 FEV20 12.121

(ii) Taxas de câmbio e de juros Cupom Cambial - US$ Brasil

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

02/05/19 3,59 02/03/20 3,52 01/04/22 3,52 03/06/19 3,48 01/04/20 3,52 01/07/22 3,51 01/07/19 3,43 04/05/20 3,53 03/10/22 3,53 01/08/19 3,40 01/07/20 3,53 02/01/23 3,54 02/09/19 3,33 01/10/20 3,53 03/04/23 3,54 01/10/19 3,35 04/01/21 3,52 03/07/23 3,54 01/11/19 3,38 01/04/21 3,52 02/10/23 3,54 02/12/19 3,38 01/07/21 3,52 02/01/24 3,56 02/01/20 3,45 01/10/21 3,53 01/07/24 3,56 03/02/20 3,49 03/01/22 3,50 02/01/25 3,61

Curva de Juros US$

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

1M 2,50 6M 2,57 11M 2,55 2M 2,57 7M 2,56 12M 2,55 3M 2,60 8M 2,56 2A 2,42 4M 2,58 9M 2,56 3A 2,37 5M 2,57 10M 2,55 4A 2,37

TJLP

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

02/05/19 7,03 02/03/20 7,03 01/04/22 7,03 03/06/19 7,03 01/04/20 7,03 01/07/22 7,03 01/07/19 7,03 04/05/20 7,03 03/10/22 7,03 01/08/19 7,03 01/07/20 7,03 02/01/23 7,03 02/09/19 7,03 01/10/20 7,03 03/04/23 7,03 01/10/19 7,03 04/01/21 7,03 03/07/23 7,03 01/11/19 7,03 01/04/21 7,03 02/10/23 7,03 02/12/19 7,03 01/07/21 7,03 02/01/24 7,03 02/01/20 7,03 01/10/21 7,03 01/07/24 7,03 03/02/20 7,03 03/01/22 7,03 02/01/25 7,03

Curva pré em Reais

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

02/05/19 6,42 02/03/20 6,58 01/04/22 7,92 03/06/19 6,42 01/04/20 6,58 01/07/22 8,02 01/07/19 6,44 04/05/20 6,65 03/10/22 8,13 01/08/19 6,45 01/07/20 6,75 02/01/23 8,24 02/09/19 6,46 01/10/20 6,96 03/04/23 8,34 01/10/19 6,48 04/01/21 7,14 03/07/23 8,42 01/11/19 6,48 01/04/21 7,33 02/10/23 8,42 02/12/19 6,51 01/07/21 7,49 02/01/24 8,54 02/01/20 6,52 01/10/21 7,64 01/07/24 8,65 03/02/20 6,55 03/01/22 7,78 02/01/25 8,75

Inflação Implícita (IPCA)

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

02/05/19 4,11 02/03/20 4,26 01/04/22 4,13 03/06/19 4,11 01/04/20 4,25 01/07/22 4,15 01/07/19 4,13 04/05/20 4,19 03/10/22 4,19 01/08/19 4,14 01/07/20 4,09 02/01/23 4,24 02/09/19 4,15 01/10/20 4,06 03/04/23 4,28 01/10/19 4,18 04/01/21 4,01 03/07/23 4,32 01/11/19 4,17 01/04/21 4,03 02/10/23 4,28

02/12/19 4,20 01/07/21 4,04 02/01/24 4,36 02/01/20 4,21 01/10/21 4,06 01/07/24 4,40 03/02/20 4,24 03/01/22 4,09 02/01/25 4,45

Page 56: Demonstrações Financeiras Intermediárias...2 Demonstrações Financeiras Intermediárias Vale S.A. Conteúdo Página Relatório sobre a revisão de informações trimestrais 3 Demonstração

Notas Explicativas Selecionadas às Demonstrações Financeiras Intermediárias Em milhões de reais, exceto quando indicado de outra forma

56

Curva de Juros EUR

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

1M (0,42) 6M (0,27) 11M (0,23) 2M (0,37) 7M (0,26) 12M (0,23) 3M (0,35) 8M (0,25) 2A (0,20) 4M (0,31) 9M (0,24) 3A (0,14) 5M (0,29) 10M (0,24) 4A (0,07)

Curva de Juros CAD

Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.) Vencimento Taxa (% a.a.)

1M 1,98 6M 2,09 11M 1,09 2M 2,00 7M 1,77 12M 0,99 3M 2,01 8M 1,54 2A 1,94 4M 2,05 9M 1,35 3A 1,92 5M 2,07 10M 1,20 4A 1,95

Cotação de Fechamento

CAD/US$ 0,7482 US$/BRL 3,8967 EUR/US$ 1,1235