Depressão

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MARINA CARVALHO DE SOUZA

Psicóloga

CRP.: 7184

 

DEPRESSÃO

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O QUE É?

  Ao  contrário  do  que  muitos  dizem,  depressão  não  significa  tristeza.  A 

tristeza  é  um  sentimento  experimentado  por  todas  as  pessoas,  em algum 

momento da vida, que em geral dura horas ou poucos dias. 

A depressão vai muito além disso. Ela invade o indivíduo afetando não só o 

seu  humor,  mas  também  o  seu  comportamento  e  pensamento. A  tristeza 

profunda  e  abatimento  são  desproporcionas  a  qualquer  causa  alegada,  e 

muita  vezes  surgem  sem  nenhum  motivo  aparente.  Além  disso,  a 

depressão perdura por semanas, meses e até anos, comprometendo a vida 

pessoal e profissional das pessoas. 

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As relações familiares também podem ser prejudicadas 

pelas  mudanças  que  ocorrem  com  o  indivíduo  e  pela 

dificuldade dos  familiares em compreendê-lo. Somente 

o deprimido sabe o quanto está sofrendo, a depressão 

é  invisível,  não  sangra.  As  pessoas  próximas  muitas 

vezes não a compreendem por não “verem” a doença.

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Muitas pessoas ainda a consideram uma “fraqueza”, ou falta de “força 

de  vontade”,  até  mesmo  muitos  indivíduos  deprimidos,  que  se 

recusam a procurar ajuda. 

Outro equívoco comum é acreditar que sintomas depressivos seriam 

“normais” em determinados períodos da vida como a menopausa ou a 

terceira  idade.  Por  impedir  o  acesso  ao  tratamento,  estas  ideias 

acabam  impossibilitando que    indivíduos acometidos pela  depressão 

possam voltar a desfrutar da vida plenamente.

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TRATAMENTO

Os  medicamentos  antidepressivos  constituem  a  base  do  tratamento  da 

depressão.  Quando  surgiram  produziam  muitos  eventos  adversos,  o  que 

dificultava o tratamento. Além de eficazes, estes medicamentos mais novos são 

geralmente muito bem tolerados pelos pacientes.

Ao contrário de alguns medicamentos que agem no sistema nervoso central, os 

antidepressivos não causam dependência. Porém, o tratamento é longo. 

Após o desaparecimento dos sintomas, o paciente deve  iniciar um  tratamento 

de  manutenção  de  vários  meses  de  duração,  para  evitar  o  retorno  da 

depressão. 

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A  psicoterapia  é  uma  forma  de  tratamento,  que  geralmente  é 

associada  à  terapia medicamentosa. O  tratamento  exclusivo  com 

psicoterapia  é  reservado  para  os  casos  leves.  Nos  casos  mais 

graves, muitas vezes é preciso esperar que o paciente melhore um 

pouco para que consiga iniciar a psicoterapia.

 Em casos específicos,  como nos casos de depressão  recorrente 

(em que o paciente apresenta vários quadros depressivos ao longo 

da  vida),  o  tratamento  com  antidepressivos  deve  ser  ainda mais 

longo, às vezes por toda vida.

 

  

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CONSEQUÊNCIAS

Como  pudemos  observar,  a  depressão  está  associada  a  extremo 

sofrimento  tanto  para  o  paciente  quanto  para  as  pessoas  que o  cercam, 

especialmente  os  mais  próximos.  Seus  sintomas  repercutem  não  só  na 

vida familiar, como também na vida social e profissional do indivíduo. 

É  comum  os  amigos  se  afastarem  dos  pacientes  deprimidos,  muitos 

pacientes chegam a perder o emprego em decorrência dos sintomas e até 

separações conjugais podem ser ocasionadas por quadros depressivos. 

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Além  disso,  o  abuso  de  álcool  e  de  outras  drogas  com  frequência  está  associado  a 

casos de depressão. Muitos pacientes  fazem uso de drogas como uma  forma de obter 

alívio  momentâneo  dos  sintomas,  porém  o  quadro  depressivo  costuma  ser  agravado 

pelo uso de drogas, o que intensifica ainda mais o problema.

As consequências da depressão, no entanto, não se restringem ao sofrimento pessoal e 

prejuízo funcional do  indivíduo. Estudos demonstram que a depressão aumenta o risco 

de  mortalidade  por  doença  coronariana,  podendo  até  ser  um  fator  de  risco  para  o 

desenvolvimento desta doença. 

A  associação  dos  estados  depressivos  com  câncer  ainda  não  está  bem  estabelecida, 

mas  já  se  sabe  que  a  presença  de  depressão  piora  a  evolução  do  câncer.  Também 

existem estudos sugerindo que a depressão está associada a uma piora da evolução da 

AIDS.

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SINTOMAS A tristeza não é o único sintoma da depressão e em alguns casos nem é o 

mais  importante.  Existem  diversos  sintomas  que  caracterizam  o  quadro 

depressivo,  mas  nem  todos  precisam  estar  presentes  para  se  fazer  o 

diagnóstico. Dependendo da gravidade do quadro, o paciente irá apresentar 

um número maior ou menor de sintomas.

O  indivíduo  deprimido  pode  apresentar  perda  de  interesse  ou  a 

incapacidade de sentir prazer em atividades habituais, mesmo aquelas que 

antes  eram  consideradas  agradáveis.  Para  o  deprimido  tudo  costuma 

parecer fútil ou sem importância, vazio e sem graça.  

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Também  são  comuns  os  sentimentos  excessivos  de  culpa, 

desesperança e baixa autoestima, alterações do sono e do apetite, 

cansaço fácil e falta de energia, irritabilidade, ansiedade, indecisão 

e  dificuldades  de  concentração,  com  consequente  prejuízo  da 

memória. 

Outros  sintomas  frequentes  são  a  tendência  ao  isolamento, 

problemas  sexuais  como  a  falta  de  desejo  sexual,  dores  pelo 

corpo  e  dores  de  cabeça.  Pensamentos  recorrentes  de  morte  e 

suicídio podem ocorrer nos casos mais graves.

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SE VOCÊ APRESENTAR 4 OU MAIS SINTOMAS ABAIXO, DURANTE MAIOR PARTE DO TEMPO POR, NO MÍNIMO,

DUAS SEMANAS, CONVERSE COM O SEU MÉDICO:

Tristeza intensa, angústia, choro fácil ou apatia

Perda do interesse ou prazer pelas atividades antes

prazerosas

Diminuição de energia ou cansaço excessivo

Baixa autoestima

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Culpa e autocrítica excessivas

Alterações do sono (insônia ou sonolência excessiva)

Alterações do apetite (diminuição ou aumento importante)

Dificuldades de raciocínio e concentração

Agitação intensa ou lentidão

Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio

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DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é clínico, baseado nos sinais e sintomas 

já  descritos,  não  existem  exames  específicos  que 

identifiquem  a  doença.  Um  exame  completo  é 

indispensável,  uma  vez  que  outras  doenças  podem 

apresentar  sintomas  parecidos  aos  da  depressão  ou 

podem piorar os sintomas depressivos.

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OBRIGADA PELA  ATENÇÃO DE TODOS!