Desenhar para conhecer: desenhando cidades · fauvismo e dialogando com o cubismo. ... Desde...
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KUSCHNIR, Karina. 2012. “Desenhar para conhecer: desenhando cidades”, Seminário
Conversas de Pesquisas – Departamento de Antropologia Cultural, DAC/IFCS/UFRJ, Rio de
Janeiro, 5 de dezembro de 2012.
Desenhar para conhecer: desenhando cidades
Karina Kuschnir
Ao contrário da maioria dos que já se apresentaram, vou falar de uma pesquisa que
está começando. Não tenho muitas certezas... Vou tentar mostrar de onde veio a ideia de
começar essa pesquisa e os quatro caminhos que surgiram a partir do projeto inicial; caminhos
que espero desenvolver nos próximos três anos. 1
O título dessa apresentação, “Desenhar para conhecer”, ilustra uma ideia central, que
apresento num prólogo, antes de entrar na pesquisa propriamente dita. Começo com esse
quadro do realismo holandês, de Jan Davidsz de Heem, Un Dessert, de 1640, para contar uma
história.2
Foi com uma cópia desse quadro de Heem que Henri Matisse (1869‐1954) conseguiu
passar no crivo do exigente professor Gustave Moreau em 1890. Quando deixou o norte da
França para estudar pintura em Paris, Matisse não tinha experiência, nem berço, nem
dinheiro, o que anulava suas chances de ser aceito na Academia de Belas Artes.3 Mesmo para
se matricular num atelier particular, como o de Moreau, o aluno precisava produzir telas que
demonstrassem suas habilidades. Matisse passava as tardes no Louvre copiando aqueles que
eram considerados os mestres da pintura, como Jean‐Baptiste S. Chardin (1699‐1779) e J. D.
Heem (1606‐1684). Sete anos depois, Matisse investiu seus parcos recursos na produção dessa
releitura da cena de Heem, intitulada “La Desserte” (1897):
2
Apesar de parecer agradável aos nossos olhos de hoje, esse quadro foi o símbolo do
fracasso do Matisse como pintor para seus familiares e amigos em 1897. Consumiu um ano da
renda da família para produzir o cenário, comprar objetos, frutas raras e materiais de pintura
adequados. A mulher o abandona após dezenas de horas trabalhando como modelo (ao final,
ainda foi substituída por um manequim). Para culminar, o quadro teve uma recepção
desastrosa no Salão de Paris, sendo pendurado praticamente ao nível do chão.
Em 1908, Matisse retoma o tema de “La Desserte”, valendo‐se desta vez de
referências visuais que remetem à história de sua família: uma origem de classe média baixa,
de uma região onde a principal atividade econômica é a fabricação de tapetes. (E a tapeçaria
será um tema que acompanhará o trabalho de Matisse por toda a sua vida.) Vejamos então “La
Desserte Rouge”, de 1908:
Finalmente, temos ainda uma terceira versão do tema no quadro de Matisse “La
Desserte d’apres Heem”, de 1915:
3
Não cabe aqui fazer uma análise detalhada, pois cada quadro desses daria uma tese
inteira... O objetivo, nesse prólogo, é mostrar as diferentes (e infinitas) formas de expressão
que o olhar pode produzir sobre as mesmas cenas e objetos. E refiro‐me aqui ao “olhar” no
sentido amplo, cultural e simbolicamente informado, como um mediador na produção de
formas de expressão gráfica e artística. Vemos nessas imagens as interfaces de Heem e de
Matisse com as paisagens artísticas temporais, do realismo ao impressionismo, passando pelo
fauvismo e dialogando com o cubismo. Neste último, Matisse retoma mais literalmente os
objetos e a composição original, mas ao mesmo tempo mostra‐se impregnado pelas propostas
da vanguarda parisiense, onde ele ocupava uma posição central, não no sentido do
reconhecimento econômico ou oficial, mas no sentido do reconhecimento dos jovens que
movimentavam a arte na cidade. A todos esses coletivos, somam‐se, é claro, os componentes
biográficos e pessoais.
Feito esse pequeno prólogo, retomo a ideia de “desenhar pra ver”, “desenhar para
conhecer”.
4
Acima, vemos um desenho feito a partir da coleção indígena do Museu de Etnologia de
Lisboa por Barbara Assis Pacheco, artista residente no museu durante um ano. No catálogo,
Joaquim Pais Brito, antropólogo, diretor do museu, escreve o que me parece um síntese desse
prologo: “Os objetos existem perante os olhos que os olham. Cada olhar tem a sua própria
história, feita de construção intelectual, experiência e sensibilidade”.4 Ele nos fala sobre a
relação do sujeito que olha e ao mesmo tempo produz um registro através do desenho.
Em 2003, conheci uma rede de “desenhadores”, como eles se autodenominam, que foi
se fortalecendo ao longo dos últimos dez anos. Foram se formando como rede em torno do
que considero três polos principais: dois nos Estados Unidos e um na Europa, mas bastante
espalhada pelo mundo, inclusive Ásia, Oceania, África e América Latina.
Um dos autores‐chave dessa rede é Danny Gregory, publicitário de origem inglesa, mas
nova‐iorquino, que publicou um livro chamado Everyday matters em 2003. 5A narrativa
autobiográfica, feita com textos e desenhos, como o que vemos acima, fala sobre como
“aprender a desenhar” o ajudou a lidar com eventos pessoais dramáticos e a descobrir‐se
como artista: “Então, numa noite, decidi ensinar a mim mesmo a desenhar.” Não importava o
que; importava apenas desenhar a partir de um “olhar lento, contemplativo e cuidadoso.” A
obra de Gregory, hoje acrescida de muitos outros livros ilustrados, deu origem a vastos grupos
na internet e também a pequenos filmes e outros projetos.
O segundo polo dessa rede de desenhadores, do meu ponto de vista, é o trabalho de
Gabi Campanario (exemplificado no desenho acima), espanhol radicado nos EUA, que funda o
grupo Urban Sketchers, cujo lema é “conhecer o mundo, um desenho de cada vez”. 6
5
O Urban Sketchers tornou‐se uma ONG que realiza encontros anuais e estimula a
criação de grupos de desenho em dezenas de lugares do mundo. Em seu manifesto, veicula
valores associados à produção de desenhos que têm uma analogia muito forte com a
perspectiva etnográfica: um cuidado no olhar sobre o outro, sobre a cidade e ao registro
cuidadoso da experiência em campo. Uma cosmologia que está associada à produção de
conhecimento através do desenho.
Desenhamos no local, capturando aquilo que vemos pela
observação direta. Nossos desenhos contam a história do que
nos rodeia, dos lugares onde vivemos e por onde viajamos.
Nossos desenhos são um registro do tempo e do lugar. Somos
fiéis às cenas que presenciamos. Usamos qualquer tipo de
técnica e valorizamos a diversidade de estilos. Apoiamo‐nos
uns aos outros e desenhamos em grupo. Compartilhamos
nossos desenhos online.7
O terceiro polo dessa rede, segundo a pesquisa, é Eduardo Salavisa, de Lisboa
(desenho abaixo), que publicou em 2008 um livro sobre diários de viagem. A obra, toda feita
de textos e imagens desenhadas em cadernos, tem pelo menos três dimensões: uma pesquisa
sobre o tema; a apresentação de diversos desenhadores contemporâneos; e ainda propostas
de oficinas que exploram o uso de desenhos em cadernos.
6
Desde então, Salavisa publicou vários livros, sendo alguns deles frutos de suas viagens,
como no registro abaixo, em Cabo Verde.8
No catálogo de uma exposição em Almada por ele organizada – subtítulo “Não somos
desenhadores perfeitos” – lemos um artigo de Tereza Carneiro falando sobre desenhos que
exprimem um “olhar mais atento”, uma “investigação sistemática”, uma “atitude de interrogar
e redescobrir as mediações e modos de ver o mundo” para, finalmente, “(re)encontrar o
mundo pelo desenho”.9
Essa “rede de desenhadores” – conceito da pesquisa a partir de termos nativos – não
se constitui necessariamente de pessoas que se conhecem (embora muitas sim), mas de
relações que se estabelecem através de referências gráficas e cosmológicas comuns em torno
da experiência de desenhar. Além dos autores‐chave citados, algumas obras parecem ter
bastante influência nesse universo. Citarei aqui apenas, como exemplo, a de Saul Steinberg
(1914‐1999), como no desenho de Nova Iorque que vemos abaixo.10
7
O diálogo com os desenhadores urbanos se define não apenas visualmente, mas
também nos conceitos que informam a construção de suas imagens. Em sua biografia,
Steinberg comenta: “É preciso estabelecer uma cumplicidade com o objeto que se está
desenhando, até que se chegue a um conhecimento profundo dele”. A cidade se afirma aqui
como um dos focos dessa busca. Desenhar a cidade é uma forma de se apropriar dela, de
conhecê‐la. Steinberg busca a cidade americana como ele a vê.
Em 1950, fiz desenhos mais ou menos a partir da observação
de paisagens americanas, ruas americanas, coisas que já não
existem mais. Na época, não havia ninguém que se
interessasse por essas coisas; os pintores americanos
procuravam lugares, ângulos que se parecessem com a
“verdadeira pintura”. Mesmo numa main street, buscavam
uma nesga de pintura inglesa ou alguma coisa de Rembrandt
ou de Vermeer.11
Para Steinberg, era preciso encontrar uma nova forma de olhar e desenhar, para não
correr o risco de produzir apenas mais uma expressão da formação e da socialização no
universo pictórico de sua época – como na prática de fazer cópias no Louvre que Matisse
também abandona.
8
Nas obras de Steinberg (imagem acima) há uma tentativa de desconstruir uma certa
tradição, ao mesmo tempo em que dialoga com os valores e acontecimentos da sociedade
americana durante mais de meio século de produção intensa.12
O desenho acima é de Nina Johansson, correspondente do blog Urban Sketchers, em
Estocolmo, Suécia: “Desenhar uma cidade não é apenas capturá‐la no papel. É realmente
conhecê‐la, senti‐la, torná‐la sua”.13 Comparando os dois desenhos acima, vemos graficamente
como essa influência se expressa. O uso das linhas, a técnica do nanquim com aquarela, a cena
urbana, os vazios combinados com os detalhes, uma certa forma de usar a cor.
Vejamos abaixo uma outra comparação interessante:
9
À esquerda vemos um desenho de Steinberg sobre a cidade de Chicago, EUA.14 À
direita, a ilustração “São Paulo”, do artista Antônio Jorge Gonçalves, português que realizou o
projeto (posteriormente transformado em livro) Subway Life, onde desenhou dez cidades e
seus passageiros de metrô. 15
Abaixo, o desenho de um francês, radicado em Barcelona, na Espanha, também central
nessa rede, conhecido como Lapin.16 Seu uso peculiar dos cadernos de contabilidade como
suporte para seus desenhos ilustra bem o conceito de John Berger de que um desenho não
mostra um “objeto” mas sim um “objeto sendo olhado por alguém”.17
Como disse no início desta apresentação, o projeto se desdobra em quatro vertentes,
que apresento sumariamente aqui.
Em primeiro lugar, tenho interesse em continuar estudando a rede urban sketchers,
porque é um universo que me fornece elementos tanto para a pesquisa de fontes quanto a
etnográfica. Desde 2010, centenas de membros dessa rede se encontram uma vez por ano
num evento com workshops, palestras e trocas de experiências. Estive no encontro de 2011,
em Lisboa, e irei ao de Barcelona, em 2013. A reunião itinerante (em 2012, foi Santo
10
Domingos, na Republica Dominicana) congrega desenhadores de diversas partes do mundo
que vão como instrutores ou alunos, que pagam suas próprias despesas (inscrição,
hospedagem etc.) ou concorrem ao financiamento da própria organização (um brasileiro
conseguiu essa bolsa em 2011).
Em segundo lugar, outro caminho que se abriu é o da investigação sobre o uso de
desenhos na pesquisa etnográfica. O desenho como instrumento do etnógrafo no campo. Aqui
mesmo no Departamento de Antropologia do IFCS temos a Els Lagrou, desenhista e etnógrafa,
cujo material faz parte desse campo. Embora não‐antropóloga, Simonetta Capechi tem um
trabalho importante de “etnografia” em L’Aquila, cidade italiana destruída por um terremoto.
Todo o processo de conhecer e contar a história dessas ruínas (e chamar atenção das
autoridades para a situação precária da cidade e de seus moradores) foi feito através de
desenhos e relatos com as pessoas que habitavam esse lugar.18
Abaixo vemos imagens do caderno de campo de Manuel João Ramos, antropólogo
português, que também recentemente escreveu sobre o uso do desenho na etnografia.19
11
Michael Taussig, de Columbia, lançou recentemente I Swear I Saw This, um livro sobre
desenhos nos seus próprios cadernos de campo.20 Este e outros textos nos levam a pensar
sobre o desenho como ferramenta na etnografia – um bom tema para explorar por meio da
pesquisa bibliográfica e em arquivos.
Os outros dois eixos que o projeto poderá desenvolver estão relacionados à minha
história de pesquisa sobre a cidade do Rio de Janeiro. O Rio é uma cidade “hiper desenhada”,
com seus ícones identitários fortíssimos, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, mas
também apresenta faces por revelar. Através do trabalho de desenhadores contemporâneos,
muitos deles em diálogo com a obra de J. Carlos, um pioneiro da linha no Brasil, como
Steinberg nos EUA, vemos uma outra cidade.21 Abaixo, um desenho de Fortuna, publicado em
um dos catálogos de exposições de desenhadores brasileiros, levantados pela pesquisa
bibliográfica de fontes, que podemos enumerar como o terceiro eixo do projeto. 22
12
Logo a seguir, um trabalho que dialoga diretamente com este, de uma menina de nove
anos, moradora de um complexo de favelas aqui do Rio:
Neste desenho, produzido a partir de uma oficina em sala de aula (com cerca de 60
crianças), cada aluno desenhou seu local de moradia. A escada foi um elemento que se
destacou nesse e em outros desenhos. Essa forma de “passagem” surge em diálogo com uma
simbologia da casa (tema tradicional na área de estudos do desenho infantil da psicologia). É
uma boa pista, a meu ver, para uma etnografia dos caminhos, dos percursos, ladeiras, escadas,
e várias outras formas de acesso de menor visibilidade na cidade.
Nesta, que constitui a quarta vertente da pesquisa, buscamos exercitar a prática
etnográfica com desenhos, colocando em diálogo imagens produzidas pelos pesquisadores (no
processo de observação e convívio no campo), com imagens produzidas por pessoas do
universo investigado – seja espontaneamente ou por estímulo das atividades propostas pelo
grupo de pesquisa.
O desenvolvimento e a integração desses quatro eixos de pesquisa são alguns dos
desafios do projeto aqui muito sucintamente apresentado. Obrigada.
1 O projeto começou em março de 2012, vinculado à minha bolsa de produtividade do CNPq e, desde dezembro de 2012, conta também com recursos do Edital Universal do CNPq. 2 Todas as imagens incluídas nesse artigo estão disponíveis na internet, exceto quando feita alguma observação sobre fonte específica. 3 Para a história de Henri Matisse, utilizei como referência sua biografia escrita por Hilary Spurling, Matisse: uma vida (Cosac Naify, 2012). 4 Guache sobre papel (feita a partir de Pente Tapirapé An.298), de Bárbara Assis Pacheco, publicado em BRITO, Joaquim Pais de (org.). Desenhar para ver. Catálogo da exposição “Desenhar para ver: o encontro de Bárbara Assis Pacheco com as galerias da Amazónia”. Lisboa, Museu Nacional de Etnologia, 2009. 5 Imagem de Danny Gregory. Challenge #27 – Books, 2005. Publicada no Flickr do autor, set Drawing Challenges. Pode ser vista em: http://www.flickr.com/photos/dannygregory/32890555/in/set‐730977/ 6 Imagem de Gabi Campanario pode ser vista no Flicrk do autor, disponível em: http://www.flickr.com/photos/baconvelocity, Spain Sketchbook. 7 Trecho em tradução livre da autora com partes do manifesto do Urban Sketchers disponível em http://www.urbansketchers.org
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8 Imagem superior: Eduardo Salavisa. Largo da Graça, Lisboa. Ilustração publicada em reportagem do jornal Público (Portugal), 2010. Pode ser vista em: http://diario‐grafico.blogspot.com/2010/12/diario‐de‐viagem‐em‐lisboa.html. Imagem inferior: Eduardo Salavisa. Diário de Viagem Em Cabo Verde. Lisboa, Quimera, 2010. Pode ser vista em: http://diario‐grafico.blogspot.com/2010/12/lancamento‐de‐livros.html 9 O texto de Teresa Carneiro está disponível em Salavisa, Eduardo (coord.) Diários gráficos em Almada – “Não somos desenhadores perfeitos”. Almada, Câmara Municipal, Museu da Cidade, 2011. 10 Desenho de Saul Steinberg feito para a série The Passport (1954) da Revista New Yorker. Publicado no Brasil em SARAIVA, Renata (org.). Saul Steinberg. As aventuras da linha. Rio de Janeiro, Instituto Moreira Salles, 2011, p. 82. 11 Steinberg, Saul. Reflexos e sombras (com a colaboração de Aldo Buzzi). São Paulo, Instituto Moreira Salles, 2011:132‐3. 12 Imagem de Steinberg acima: The South, 1955. Ink and pencil (watercolor, added, c. 1990), 14,5 x 23 in. (36,8 x 58,4 cm). Saul Steinberg. Illuminations. Joel Smith. Introduction by Charles Simic, Yale University Press, New Haven and London, 2006, p. 51. 13 Nina Johansson. “Unfinished business workshop”. 2011. Disponível para visualização em: http://www.ninajohansson.se/2011/07/unfinished‐business‐workshop/ 14 Desenho de 1952 em Steinberg at The New Yorker. I. Frazier e J. Smith (eds.) NY, Abrams, 2005, p. 58. 15 Gonçalves, António Jorge. Subway life / Vida Subterrânea. Lisboa, Assírio e Alvim, 2010. 16 Lapin, imagem publicada por Eduardo Salavisa em Diariografico.com, seção “Outros autores”. 2011. 17 Berger, John. “Drawn to that moment”, em Berger on Drawing – Essays. Ireland, Occasional Press, 2005. 18 Simonetta Capecchi. “Da Napoli all Aquila Matite‐vs‐Macerie”, em Una Carriola di Disegni, 2010. Pode ser vista em http://unacarrioladidisegni.blogspot.com/2010/10/da‐napoli‐allaquila‐matite‐vs‐macerie.html. 19 Ramos, M. J. Histórias etíopes. Lisboa, Tinta da China, 2000. 20 Taussig, M. I Swear I Saw This. Chicago, Chicago University Press, 2011. 21 Para a obra de J. Carlos, ver Loredano, C. (org.) e Ventura, Z. (texto). O Rio de J. Carlos. Rio de Janeiro, Lacerda, 1998, e Loredano, C. O bonde e a linha: um perfil de J. Carlos. São Paulo, Capivara, 2002. 22 Fortuna. Revista de Arquitetura, nov. 1965. “Fortuna, o cartunista dos cartunistas”, em Caruso, Eliana (org.). 2º Festival Internacional de Humor do Rio de Janeiro: A arte de desdesenhar. Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, 2009.