Desenho organizacional (1)
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UNIC SORRISO
GRUPO 3
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Sorriso MT2012/2
GRUPO 3
TEORIA DA CONTINGENCIA
Trabalho apresentado ao curso de bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Cuiabá, para obtenção de nota parcial para a conclusão de curso sob supervisão do Profº Esp. Jazon Pereira
Sorriso MT2012/2
INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é apresentar a teoria da contingência e identificar como uma contingência influencia o sistema da contabilidade gerencial de uma organização. Intuitivamente, a palavra ‘teoria’ é associada a uma tentativa de explicar um fenômeno ou realidade. Uma teoria é uma hipótese não confirmada. Portanto é um conjunto de conhecimentos que apresentam credibilidade para explicar ou interpretar um fenômeno.
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Origens da Teoria da Contingência
A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar os modelos das estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. Os resultados das pesquisas conduziram a uma nova concepção da organização e o seu funcionamento é dependente da interface com o ambiente externo. Verificaram que não há um único e melhor jeito de organizar. Essas pesquisas e estudos foram contingentes, no sentido em que procuraram compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições que variam de acordo com o ambiente ou contexto que a empresa escolheu como seu domínio de operação. Em outras palavras, essas condições são ditas "de fora" da empresa, isto é, do seu ambiente. Essas contingências externas podem ser consideradas oportunidades e imperativos ou restrições e ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos da organização.
Teoria da contingência versus teoria sistêmica
Teoria da Contingência apresentam os seguintes aspectos básicos: A organização é de natureza sistêmica; ela é um sistema aberto. As variáveis organizacionais apresentam um complexo inter-relacionamento entre si e com o ambiente. Para cada uma das "Teorias Administrativas", há uma maneira diferenciada de administrar. Não podemos dizer que uma é mais certa que a outra. Para cada situação são utilizados critérios diferenciados pois depende da situação do ambiente. As atitudes administrativas deverão ser tomadas de acordo com o momento, já que a situação é que mostrará qual o procedimento correto a ser adotado para a evolução dos problemas.Para se ter boas medidas na administração se são necessário ter além de diferentes tipos de enfoques, tarefas e organizações se analisar principalmente o ambiente o qual está inserido.Enquanto a teoria dos sistemas diz que, as organizações atuam como um sistema, em que o estudo do geral se sobrepuja ao particular, privilegiando uma visão mais abrangente e permitindo uma análise, ao mesmo tempo profunda e mais ampla das organizações. O desempenho de qualquer componente depende do sistema em que se insere. É necessária uma abordagem holística ou sistêmica para lidar com a complexidade do todo.Então a Teoria da Contingência veio a complementar a Teoria dos Sistemas.
DESENHO ORGANIZACIONAL
A teoria da contingência focaliza o desenho das organizações dentro da abordagem de sistemas abertos. O desenho organizacional retrata a configuração estrutural da organização.
O esquema teórico para identificar as variáveis relevantes é a seguinte: Entradas características do ambiente geral e principalmente do ambiente de tarefa; Tecnologia utilizada para a execução das tarefas organizacionais; Tarefas ou funções são operações ou processos executados para adquirir certos
resultados; Estruturas é a relação que existe entre os componentes elementos de uma organização; Saídas e resultados podem ser os objetivos desejados ou resultados alcançados.
Nesse desenho organizacional, devem-se ter os ingredientes básicos.
1. Fatores de contexto2. Dimensão anatômica da organização 4
3. Feições organizacionais4. Conseqüências comportamentais
O desenho de uma organização constitui prioridades da administração, pois a sua função é ajudar a alcançar objetivos em três aspectos principais.
1. Estrutura básica: contribui para implementação bem sucedida de planos na alocação de pessoas e recursos;
2. Mecanismos de operação: Explica claramente aos membros aquilo que deles é esperado por meio de avaliações e recompensas;
3. Mecanismo de decisão: permite previsão de auxilio para o processo de tomadas de decisões e requisitos no processo de informação
O desenho de uma organização deve ser formulado dentro da abordagem da teoria da contingência e estrutura organizacional que é afeta por eles
a) Agrupar atividades em unidades é o mais lógico para desenhar uma estrutura básica;b) Desenhar esquemas integrativos é o 2º passo para determinar a estrutura básica;c) Estruturar as unidades individuais é o 3º passo no processo de desenho organizacional.
As estruturas são caracterizadas pela flexibilidade e adaptabilidade ao ambiente e a tecnologia.
ESTRUTURA MATRICIAL
O desenho matricial é usado em duas dimensões:Gerentes funcionais e gerentes de produtos ou de projeto. As pessoas são comandadas por ambos os gerentes e é daí que se cria uma delicada balança onde o duplo poder caracteriza a matiz.
A estrutura matricial é um tipo de remendo na velha estrutura funcional para possibilitar que ele se torne mais ágil e flexível as mudanças. Esse desenho permite o ganho das vantagens enquanto neutraliza as fraquezas e desvantagens de ambos.
Já a estrutura funcional enfatiza a especialização, mas não os negócios. O desenho matricial permite satisfazer ambas as necessidades simultaneamente das organizações, especialização e coordenação. Utilizadas pelas grandes organizações entre as décadas de 70 a 90 como meio de trazer inovação e flexibilidade, essa estrutura viola a unidade de comando e introduz conflitos inevitáveis, enfraquecendo a cadeia de comando e a coordenação vertical.O desenho matricial impõe nova cultura, mentalidade e um novo tipo de comportamento dentro da organização.
A matriz constitui um esquema participativo e flexível, dependendo da colaboração das pessoas envolvidas e enfatiza a interdependência entre departamentos.
ABORDAGENS EM REDES
Uma das abordagens mais recentes é a dinâmica através da estrutura em rede a organização desagrega as suas funções e as transfere para empresas ou unidades separadas que são interligadas por uma pequena organização que passa a possuir um núcleo central.
As vantagens de se ter essa estrutura em rede são: Competitividade em escala global; 5
Flexibilidade da força de trabalho; Custos administrativos reduzidos.
Ela também possui algumas alternativas, dentre elas encontra-se.
Modularidade e sistema celular
Mas como todos sabem tem suas desvantagens
Falta de controle global; Maior incerteza e potencial de falhas; A lealdade dos empregados fica enfraquecida.
ADHOCRACIA
Em seu livro Toffer retoma as conclusões de Burns e Stalker, sobre as organizações mecanistas e orgânicas ao salientar que a nova sociedade do futuro será extremamente dinâmica e mutável. Os sistemas deverão ser temporários, adaptáveis e capazes de mutações rápidas e substanciais. Ela caracteriza-se pelos seguintes aspectos:
Equipes temporárias e multidisciplinares, anatômicas e autossuficientes; Autoridade descentralizada, equipes auto-gerenciáveis ou auto-administrativas; Atribuições e responsabilidades fluidas e mutáveis; Poucas regras e procedimentos, muita liberdade de trabalho;
A Adhocracia é um sistema temporário, variável, fluido, adaptativo e é organizado em função dos problemas a serem resolvidos. Não Leva a anarquia, pois se baseia em unidades pequenas, profundamente centradas. A adhocracia reflete a crença de que a burocracia já não da mais resultados.
ESTRATEGIA ORGANIZACIONAL
A abordagem contingencial trouxe novos ares para a estratégia organizacional. Ela passa a ser um comportamento global e contingente em relação aos eventos ambientais. Várias são as abordagens contingenciais a estratégica organizacional a escola ambiental, a escola do design e a escola do posicionamento são as mais importantes.
O homem Complexo
Para a teoria da contingência as antigas concepções a Respeito da natureza humana contam apenas uma parte da história e não considera toda a complexidade do homem e dos diversos fatores que influenciam a sua motivação para alcançar os objetivos organizacionais.
Na realidade, o ser humano não é somente complexo, mas variável e contingencial, tem muitas motivações dispostas em certa hierarquia sujeita a mudanças em função de seu relacionamento com o ambiente. O homem complexo é sujeito ativo e não objeto de ação. Ao invés de selecionar as pessoas e padronizar o comportamento humano.
MODELO CONTIGENCIAL DE MOTIVAÇÃO 6
Os autores substituem as teorias de Mc Gregor, Maslow e de Flerzberg baseadas em uma estrutura uniforme, hierárquica e universal de necessidades por teorias que rejeitam idéias.
MODELO DE VROOM
O modelo contingencial proposto por Victor H. Vroom: Expectativas Recompensas Relação entre expectativas
Esses fatores determinam a motivação do individuo para produzir em qualquer circunstancia em que se encontre.
O modelo de Vroom enfatiza as diferenças individuais entre as pessoas e as situações em que elas podem se encontrar. Na maioria das vezes a tarefa é projetada pela organização no intuito de restringir as opções do empregado.
Teoria da Expectancia
O modelo de Vroom foi desenvolvido por Lawler III, que o relacionamento com dinheiro e as conclusões dele são as seguintes:
As pessoas desejam dinheiro porque ele permite a satisfação de necessidades e de segurança.
As pessoas acreditam que a obtenção do dinheiro depende do desempenho.Desde então o dinheiro tem sido afigurado como o vilão da historia que compra a dedicação do empregado. O dinheiro tem apresentado pouca potencia motivacional em face da sua inadequada aplicação pela maior parte das empresas.
ASPECTOS NEGATIVOS
Esta Teoria é recente, como tal ainda não é passível de serem avaliados os seus aspectos negativos. Contudo, já é possível serem delineadas algumas limitações.
1º. Relação entre a organização e o seu meio situacional ser considerada de uma forma parcial, ou seja:Meio situacional → influência sob → estrutura e funcionamento da organizaçãoPoucas referências relativamente: → influência da organização sob → meio externo As características organizacionais somente podem ser atendidas mediante a análise das características ambientais com as quais se defrontam.
A teoria contingencial tem gerado controvérsias consideráveis entre as escolas de liderança. De uma forma geral os argumentos que têm sido contestados são: a fiabilidade e validade da medida LPC; a medição e avaliação da “favorabilidade” das situações e a existência da interação entre o LPC e a “favorabilidade” das situações na determinação da eficácia. Por consequência, estas questões também põem em causa a utilidade do programa Leader match baseado no modelo de Fiedler. No entanto, segundo Jago (1982) até mesmo aqueles que criticam deveriam concordar que o desenvolvimento do modelo de contingência desafiou o pressuposto de que existe um “one best way” e que o modelo forneceu um valioso pequeno passo em direção à conceptualização da liderança em termos de dependências situacionais.
7LIMITAÇÕES
Viola a unidade de comando;
Provoca conflitos de duplicidade de supervisão;
Enfraquece a cadeia de comando e a coordenação vertical; e
Impõe uma nova cultura organizacional.
APRECIAÇÃO CRITICA DA TEORIA DA CONTIGÊNCIA
A teoria da Contingência leva em conta todas as teorias administrativas anteriores
dentro da esfera da teoria de sistemas. Os conceitos das teorias administrativas anteriores são
redimensionados, atualizado e integrados dentro da abordagem sistêmica para permitir uma
visão conjunta e abrangente.
Principais aspectos críticos da teoria da contingência
1- Relativismo em administração;
2- Bipolaridade Contínua;
3- Ênfase no Ambiente;
4- Ênfase na Tecnologia; e.
5- Compatibilização entre Abordagens de Sistema Fechado e de Sistema Aberto.
LIMITAÇÕES E CRÍTICAS À TEORIA DAS CONTINGÊNCIAS
Relacionamento casual: Outros elementos (desenho organizacional e sistemas de
informação) influenciam o desempenho além da estrutura.
Desempenho organizacional: Multifacetado.
Variáveis independentes: Discutível (organização pode influenciar seu ambiente).
Contingências múltiplas: diferentes padrões de fatores contingenciais têm implicações
distintas para o desenho organizacional.
Mudança planejada: Modelos falham na ênfase das consequências não previstas da
mudança planejada.
Fatores de poder: Não determinadas por condições situacionais impessoais.
Velocidade da mudança organizacional: Dificuldade de mudar com frequência a
intervalos muito curtos.
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CONCLUSÃO
Os estudos citados, no presente trabalho, comprovam que a teoria da contingência pode
ser utilizada em diversas áreas de estudo da gestão empresarial, pois uma contingência
representa uma circunstância do ambiente externo à qual a organização precisa se adaptar para
garantir sua continuidade no mercado e atingir seus objetivos, ou seja, uma contingência é
algo que não pode ser influenciado pela organização, porém é capaz de influenciar a
organização.
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REFERÊNCIAS
Teoria da contingencia. Disponível em:
<http://www.coladaweb.com/administracao/teoria-da-contingencia>. Acesso em: 28 Nov
2012.
Teoria da contingencia. Disponível em: <http://searchfunmoods.com/results.php?
src=land&category=web&s=conceito+da+teoria+das+contingencias&a=pcmega1&f=1&c
d=2XzuyEtN2Y1L1QzuzztD0E0EyBtAtC0AtCzz0B0CyCyEtC0CtN0D0Tzu0CtBzyyDt
N1L2XzutBtFtBtFtDtFtAyEyE&cr=1269825639&start=1>. Acesso em: 30 Nov 2012.
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