DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE ZIRCÃO PARA …‡Ã… · v contribuiÇÕes Às ciÊncias da terra...
Transcript of DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE ZIRCÃO PARA …‡Ã… · v contribuiÇÕes Às ciÊncias da terra...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE ZIRCÃO PARA
GEOCRONOLOGIA U-Pb E ANÁLISES ISOTÓPICAS DE Hf
POR LASER ABLATION ICP-MS
Maristella Moreira Santos
DISSERTAÇÃO nº 322
Daniela de Oliveira
Couto
Ouro Preto, março de 2015
i
DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE ZIRCÃO PARA
GEOCRONOLOGIA U-Pb E ANÁLISES ISOTÓPICAS DE Hf
POR LASER ABLATION ICP-MS
ii
iii
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Reitor
Marcone Jamilson Freitas Souza
Vice-Reitor
Célia Maria Fernandes Nunes
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Valdei Lopes de Araújo
ESCOLA DE MINAS
Diretor
Issamu Endo
Vice-Diretor
José Geraldo Arantes de Azevedo Brito
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Chefe
Fernando Flecha de Alkmim
iv
EVOLUÇÃO CRUSTAL E RECURSOS NATURAIS
v
CONTRIBUIÇÕES ÀS CIÊNCIAS DA TERRA – VOL. 74
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Nº 322
DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE ZIRCÃO PARA
GEOCRONOLOGIA U-Pb E ANÁLISES ISOTÓPICAS DE Hf POR
LASER ABLATION ICP-MS
Maristella Moreira Santos
Orientador
Cristiano de Carvalho Lana
Co-orientador
Ricardo Augusto Scholz Cipriano
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais do
Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto como requisito
parcial à obtenção do Título de Mestre em Ciências Naturais, Área de Concentração: Tectônica,
Petrogênese e Recursos Minerais
OURO PRETO
2015
vi
Universidade Federal de Ouro Preto – http://www.ufop.br
Escola de Minas - http://www.em.ufop.br
Departamento de Geologia - http://www.degeo.ufop.br/
Campus Morro do Cruzeiro s/n - Bauxita
35.400-000 Ouro Preto, Minas Gerais
Tel. (31) 3559-1600, Fax: (31) 3559-1606
Os direitos de tradução e reprodução reservados.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos,
fotocopiada ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou utilizada sem a
observância das normas de direito autoral.
ISSN 85-230-0108-6
Depósito Legal na Biblioteca Nacional
Edição 1ª
Catalogação elaborada pela Biblioteca Prof. Luciano Jacques de Moraes do
Sistema de Bibliotecas e Informação - SISBIN - Universidade Federal de Ouro Preto
S237d Santos, Maristella Moreira.
Desenvolvimento de padrões de zircão para geocronologia U-Pb e análises isotópicas de Hf por laser ablation ICP-MS [manuscrito] / Maristella Moreira Santos. - 2015.
xxiv, 115f.: il.: color; grafs; tabs; mapas. (Contribuições às Ciências da Terra, Série M, v.74,)
Orientador: Prof. Dr. Cristiano de Carvalho Lana. Coorientador: Prof. Dr. Ricardo Augusto Scholz Cipriano.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas.
Departamento de Geologia. Programa de Pós-graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais.
Área de Concentração: Tectônica, Petrogênese e Recursos Minerais.
1. Zircão. 2. Sistema isotópico. 3. Geocronologia. 4. Sri Lanka. I. Lana, Cristiano de Carvalho. II. Cipriano, Ricardo Augusto Scholz. III. Universidade Federal de Ouro Preto. IV. Titulo.
CDU: 550.93
http://www.sisbin.ufop.br
vii
Ficha de Aprovação
viii
ix
Dedico a todos que colaboraram para o sucesso deste trabalho.
x
xi
Agradecimentos
Agradeço, primeiramente, a Deus, por me dar forças nesta caminhada.
Aos meus pais, Eugênio e Marilene, às minhas irmãs, Eugênia e Vivianni, ao meu namorado,
Bruno, e demais familiares, por todo amor, carinho, paciência e apoio necessários para a conclusão do
mestrado.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de
estudos.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelos projetos
402852/2012-5, 401334/2012-0 e 302633/2011-1, à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de
Minas Gerais (FAPEMIG), pelos projetos RDP0067-10, VALE CRA RDP0063-10 e APQ03943, e à
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), pelo projeto CT-INFRA, que custearam esse trabalho de
mestrado.
Aos colegas do grupo AIR (Applied Isotope Research Group) e pós-graduação pelo
companheirismo e auxílio no desenvolvimento deste trabalho.
Aos docentes do Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais do
Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, pelas
contribuições.
Ao Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Congonhas, por permitir e apoiar a conclusão
deste trabalho.
Finalmente e, de modo especial, aos meus orientadores, professores Dr. Cristiano de Carvalho
Lana e Dr. Ricardo Augusto Scholz Cipriano, pela dedicação, paciência e aprendizado adquirido
durante a realização deste trabalho.
xii
xiii
Sumário
Agradecimentos ....................................................................................................................... xi
Lista de Ilustrações ............................................................................................................... xvii
Lista de Tabelas ..................................................................................................................... xix
Resumo ................................................................................................................................... xxi
Abstract ................................................................................................................................ xxiii
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1
1.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ....................................................................................... 1
1.2 – JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 3
1.3 – LOCALIZAÇÃO DAS AMOSTRAS ........................................................................... 4
1.4 – OBJETIVOS .................................................................................................................. 5
1.5 – MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 5
1.5.1 – Revisão Bibliográfica ............................................................................................. 5
1.5.2 – Preparação das Amostras e Métodos Analíticos .................................................... 6
1.5.3 – Elaboração da dissertação/artigo científico .......................................................... 17
CAPÍTULO 2 - CONTEXTO GEOLÓGICO ..................................................................... 19
2.1 – COMPLEXO HIGHLAND ......................................................................................... 21
2.1.1 – Litologia ............................................................................................................... 21
2.1.2 – Deformação e Metamorfismo ............................................................................... 22
2.1.3 – Geocronologia ...................................................................................................... 23
2.1.4 – O Campo de Gemas Ratnapura ............................................................................ 24
CAPÍTULO 3 - ESTADO DA ARTE ................................................................................... 27
3.1 – GEOCRONOLOGIA U-Pb ......................................................................................... 27
3.1.1 – Introdução ............................................................................................................. 27
3.1.2 – Decaimento de U e Th para Pb ............................................................................. 28
3.1.3 – Considerações sobre Perda de Pb ......................................................................... 33
xiv
3.1.4 – Histórico da Geocronologia U-Pb em Zircão ...................................................... 34
3.2 – SISTEMA DE DATAÇÃO Lu-Hf .............................................................................. 36
3.2.1 – Introdução ............................................................................................................ 36
3.2.2 – O Decaimento Lu-Hf ........................................................................................... 38
3.2.3 – Hf como traçador geoquímico .............................................................................. 38
3.2.4 – Isótopos de Hf em zircão ..................................................................................... 41
3.2.5 – Uso da Técnica LA-MC-ICP-MS para Análises Isotópicas de Hf em Zircão ..... 43
3.3 – ZIRCÕES EMPREGADOS COMO MATERIAL DE REFERÊNCIA ..................... 44
3.3.1 – Zircão QGNG ....................................................................................................... 44
3.3.2 – Zircão 91500 ........................................................................................................ 45
3.3.3 – Zircão Mud Tank ................................................................................................. 46
3.3.4 – Zircão GJ-1 .......................................................................................................... 47
3.3.5 – Zircão CZ3 ........................................................................................................... 48
3.3.6 – Zircão BR266 ....................................................................................................... 49
3.3.7 – Zircão M257 ......................................................................................................... 50
3.3.8 – Zircão Temora ...................................................................................................... 51
3.3.9 – Zircão Plešovice ................................................................................................... 52
3.3.10 – Zircão Penglai .................................................................................................... 53
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................... 57
BB zircon – A new Sri Lankan reference material for U-Pb and Hf isotopic laser ablation
ICP-MS analysis .................................................................................................................. 57
4.1 – INTRODUCTION ...................................................................................................... 58
4.2 – GEOLOGICAL BACKGROUND AND SAMPLE DESCRIPTION ........................ 59
4.3 – ANALYTICAL METHODS ....................................................................................... 60
4.3.1 – Trace element concentration measurements ........................................................ 61
4.3.2 – Raman spectroscopy and X-ray powder diffraction ............................................ 61
xv
4.3.3 – U-Pb geochronology ............................................................................................. 62
4.3.4 – Hf isotope analysis ............................................................................................... 66
4.4 – RESULTS AND DISCUSSION .................................................................................. 67
4.4.1 – Structural study by X-ray powder diffraction and Raman spectroscopy.............. 67
4.4.2 – Trace element and Hf concentration ..................................................................... 70
4.4.3 – U-Pb dating ........................................................................................................... 72
4.4.4 – Hf isotopic composition........................................................................................ 80
4.4.5 – Comparison with other Sri Lankan zircon reference materials ............................ 81
4.5 – CONCLUSIONS ......................................................................................................... 83
4.6 – ACKNOWLEDGEMENTS ........................................................................................ 84
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES ........................................................................................... 85
Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 87
Apêndices ............................................................................................................................... 101
xvi
xvii
Lista de Ilustrações
Figura 1.1: Mapa de localização da região a partir da qual os cristais de zircão utilizados neste estudo
foram originalmente extraídos (fonte: U.S. Central Intelligence Agency 2000)......................................4
Figura 1.2: Imagens dos fragmentos do zircão estudado: (a) típicas formas dos fragmentos; (b)
imagens de catodoluminescência; (c) imagens de luz transmitida. Os pontos e linhas marcados nas
figuras são referentes às análises LA-ICP-MS.........................................................................................6
Figura 1.3: Configuração esquemática do sistema LA-ICP-MS (Günther & Hattendorf 2005)...........10
Figura 2.1: Mapa geológico simplificado do Sri Lanka, mostrando suas principais unidades
litotectônicas (modificado de Chandrajith et al. 2001)...........................................................................20
Figura 2.2: Mapa geológico do campo de gemas Ratnapura (modificado de Dissanayake et al.
2000).......................................................................................................................................................25
Figura 3.1: Plot de número de publicações por ano para vários métodos de datação de radioisótopos
(modificado de Schoene 2013)...............................................................................................................28
Figura 3.2: Ilustração das diferentes meia-vidas de 232Th, 238U e 235U através de decaimento do
isótopo-pai para o filho (modificado de Schoene 2013).........................................................................29
Figura 3.3: Exemplo de um dos três possíveis diagramas Isochron no sistema U-Th-Pb. t0, t1, etc,
referem-se a diferentes momentos da evolução do sistema (modificado de Schoene 2013)..................31
Figura 3.4: Representação gráfica da história de crescimento de um zircão no diagrama concórdia. (a)
Exemplo de um zircão de 1700 Ma, perdendo Pb ou misturando com supercrescimento metamórfico.
t0 é a idade de cristalização do zircão; depois de 1700 Ma, ocorre a entrada de Pb, e o zircão aparece
sobre a concórdia em t1; em t2, o zircão sofre perda de Pb ou ocorre crescimento de zircão em torno do
núcleo antigo; t’ representa zircões que são discordantes após a perda de Pb parcial ou
supercrescimento mineral em t2. (b) O mesmo dado após o sistema ter fechado novamente. A linha
discórdia, definida pelas análises em roxo, agora tem uma interseção superior com a curva concórdia,
representando o evento de cristalização ígnea original em t1, e uma interseção inferior, representando
t2. (c) Ilustração de como o cenário em (a) e (b) possivelmente poderia ser gravado em um evento de
metamorfismo como t2. (d) Caso onde ocorre perda de Pb em t2 (modificado de Schoene 2013).........32
Figura 3.5: (a) Evolução hipotética de 176Hf/177Hf em função do tempo para a Bulk Silicate Earth
(BSE) / CHUR, o manto depletado (DM), dois reservatórios crustais e zircão. (b) Os mesmos
reservatórios plotados como εHf em função do tempo. A crosta é extraída da BSE por fusão no ponto
(1), deixando para trás um reservatório de manto depletado complementar; a idade U-Pb do zircão
representa sua cristalização (3); a idade Lu-Hf de residência crustal (TDM) estima o tempo decorrido
desde que o domínio crustal, que hospeda o zircão, foi extraído do manto depletado (2) (modificado de
Scherer et al. 2007).................................................................................................................................39
Figura 3.6: Isócrona Lu/Hf para os gnaisses Amîtsoq, modificado de Pettingill & Patchett (1981),
mostrando como os zircões podem preservar a razão 176Hf/177Hf inicial de suas rochas ígneas
hospedeiras, apesar de sofrerem metamorfismo posterior (desde que nenhum núcleo mais velho esteja
presente e que nenhuma nova borda seja adicionada ao zircão durante os eventos posteriores)...........42
Figure 4.1: Images of the clear translucent brown fragments of BB zircon: (a) typical crystal shapes
of the BB zircons; (b) cathodoluminescence image; (c) transmitted light image. The points and lines
marked in the figures refer to the LA-ICP-MS analyses………………………....................................60
xviii
Figure 4.2: XRD patterns of eight zircon fragments with well-defined peaks and low background
values, showing the good crystallinity of the BB zircon........................................................................68
Figure 4.3: Raman spectra of nine fragments of BB zircon..................................................................69
Figure 4.4: Unit-cell parameters (a, b), and width of the main Raman band (c) of BB zircon, plotted
against the time-integrated alpha dose. Note that parameters of this zircon agree well within the “Sri
Lankan” trends………………………....................................................................................................69
Figure 4.5: Chondrite-normalized trace element composition of eight fragments of the BB zircon
(after Taylor & McLennan 1985)………………...................................................................................70
Figure 4.6: ID-TIMS U-Pb dates of BB zircons; a) Jack Satterly Geochronology Laboratory, b)
NERC Isotope Geosciences Laboratory, c) University of Oslo; d) summary of the ID-TIMS dates from
the labs using the ET535 spike. On the left are concordia plots with decay constant uncertainties and
on the right are 206Pb/238U dates. Uncertainties are 2σ............................................................................74
Figure 4.7: Laser ablation ICP-MS U-Pb ages obtained at: a) Q-ICP-MS - UFOP, b) SF-ICP-MS –
UFOP, c) J.W. Goethe University of Frankfurt am Main, d) University of São Paulo, and e) University
of Portsmouth. On the left are concordia plots and on the right are 206Pb/238U dates.............................75
Figure 4.8: Hf isotopic composition of the BB zircon sample obtained by laser ablation MC ICP-MS
analyses...................................................................................................................................................81
Figure 4.9: Chondrite-normalized REE composition of the BB, M257, BR266 and SL7 zircons. The
black line indicates the field for several analyses on the BB zircons.....................................................83
xix
Lista de Tabelas
Tabela 2.1: Litologias, idades de rochas ígneas e supracrustais e idade de metamorfismo de diferentes
unidades litotectônicas do embasamento do Sri Lanka (modificado de Kröner et al. 2003).................21
Tabela 3.1: Parâmetros de referência para a Bulk Silicate Earth..........................................................40
Tabela 3.2: Síntese dos principais zircões usados / propostos como materiais de referência para
análises isotópicas in situ e compilação de seus dados U-Pb e Lu-Hf...................................................55
Table 4.1: Unit-cell parameters a0 and c0 of the BB zircon. The , and angles are 90º..................68
Table 4.2: Trace element composition of the BB zircon (laser ablation ICP-MS data)........................71
Table 4.3a: ID-TIMS U-Pb and Pb-Pb data for the BB zircon..............................................................73
Table 4.3b: Summary of ID-TIMS U-Pb data for the BB zircon..........................................................75
Table 4.4a: Summary of laser ablation Q-ICP-MS U-Pb data for the BB zircon.................................77
Table 4.4b: Summary of laser ablation SF-ICP-MS U-Pb data for the BB zircon................................78
Table 4.4c: Summary of laser ablation U-Pb data for BB zircon (Universidade de São Paulo)...........79
Table 4.5: Results of laser ablation SF-ICP-MS U-Pb analyses of other zircon reference materials
when calibrated versus BB zircon..........................................................................................................80
Table 4.6: Summary of laser ablation MC-ICP-MS measurements of Hf isotopic composition in the
BB zircon................................................................................................................................................81
Table 4.7: Summary of Sri Lankan zircon reference materials used/proposed for in-situ isotopic
analysis and compilation of their U-Pb and Hf isotopic data.................................................................83
xx
xxi
Resumo
A crescente demanda de medidas isotópicas U-Pb e de Hf por meio da técnica laser ablation
inductively coupled plasma mass spectrometry (LA-ICP-MS) tem resultado em uma constante
necessidade de desenvolvimento de materiais de referência naturais e bem caracterizados, tanto para
correção das análises (padrão primário), quanto para controle de qualidade (padrão secundário).
Este estudo apresenta dados isotópicos para um zircão considerado como um potential
material de referência para datação U-Pb e medidas isotópicas de Hf via LA-ICP-MS, disponível em
um depósito secundário de plácer no Complexo Highland, Sri Lanka. Caracterizou-se um lote de
aproximadamente 300 gramas de grãos de zircão, com tamanhos variando entre 0,5 e 1,0 cm. As
análises focaram na caracterização cristaloquímica, por meio de imagens de catodoluminescência,
espectroscopia Raman e difratometria de raios-x, na caracterização química, a partir de medidas das
concentrações de elementos traço, através de análises por LA-ICP-MS, e na caracterização isotópica
das amostras, através de análises por LA-ICP-MS e isotope dilution-thermal ionization mass
spectrometry (ID-TIMS) em diversos laboratórios.
As análises TIMS e LA-ICP-MS mostraram que a grande maioria das amostras de zircão
apresentam uma idade U-Pb concordante, com uma idade 206Pb/238U de 562.58 ± 0.26 Ma (ID-TIMS,
2). No entanto, para um dos fragmentos de zircão, a idade ID-TIMS foi de 556.25 ± 0.70 Ma,
sugerindo que a datação U-Pb via ID-TIMS é necessária para todos os grãos individuais de zircão. A
média das concentrações de U varia entre 270 e 452 ppm. A razão Th/U para todos os cristais
analisados varia entre 0.245 e 0.485. As amostras são composicionalmente homogêneas, como é
mostrado pelas medidas das concentrações de elementos traço (via LA-ICP-MS) e pela ausência de
texturas internas em imagens de catodoluminescência. A composição isotópica de Hf para todas as
amostras analisadas (1.29 - 1.51 wt.% de Hf) é homogênea, tanto dentro quanto entre os grãos,
apresentando uma razão 176Hf/177Hf de 0.281674 ± 0.000018 (2 S.D.). O fator alpha fluence de 0.79 x
1018 g-1 corresponde a uma estrutura cristalina do zircão, e encontra-se dentro da tendência de amostras
de zircão do Sri Lanka previamente estudadas, o que nos permite concluir que o zircão não teve seu
sistema isotópico perturbado desde que se cristalizou.
As concentrações relativamente altas de U e Pb, juntamente com sua homogeneidade de
elementos traço, idade e de isótopos de Hf, faz do zircão estudado um material de referência ideal para
análises via LA-ICP-MS. Ainda foram realizadas comparações com outros zircões do Sri Lanka, que
sugeriram uma gênese metamórfica para o zircão estudado.
xxii
xxiii
Abstract
The increasing demand for U-Pb and Hf measurements by laser ablation inductively coupled
plasma mass spectrometry (LA-ICP-MS) technique has resulted in a constant need to develop well-
characterized natural reference materials, for both calibration of equipment (primary standard) and
quality control purposes (secondary standard).
This study presents isotopic data for a natural zircon that appears to be a suitable reference
material for U-Pb dating and Hf isotopic measurements by laser ablation ICP-MS, that was collected
from a secondary placer deposit in the Sri Lankan Highland Complex. We have characterized a
batch of about 300 grams zircon grains with sizes ranging between 0.5 and 1.0 cm. The analyses
focused on the crystalline structure characterization by means of cathodoluminescence images, Raman
spectroscopy and X-ray powder diffraction, the chemical characterization, based on measurements of
trace elements concentrations by LA-ICP-MS, and the isotopic characterization of the samples by LA-
ICP-MS and isotope dilution ionization-thermal mass spectrometry (ID-TIMS) analyses in several
laboratories.
The TIMS and LA-ICP-MS analyses show that nearly all zircon samples have a concordant U-
Pb age with a weighted mean 206Pb/238U date of 562.58 ± 0.26 Ma (ID-TIMS, 2). However, for one
of the zircon fragments, the ID-TIMS age was 556.25 ± 0.70 Ma, suggesting that the ID-TIMS U-Pb
dating of all individual zircons is needed. The average U content varies between 270 and 452 ppm.
The Th/U ratio for all crystals analysed averages between 0.245 and 0.485. The BB zircons are
compositionally homogeneous, as shown by measured trace elements concentrations (LA-ICP-MS)
and by the absence of any internal textures in cathodoluminescence images. Hf isotopic composition
of all BB zircons analysed (1.29 - 1.51 wt.% Hf) is homogenous within and between the grains with a
mean 176Hf/177Hf value of 0.281674 ± 0.000018 (2 S.D.). The calculated alpha fluence of 0.79 x 1018 g-
1 corresponds to a fine zircon structure, and is within the trend of previously studied, untreated zircon
samples from Sri Lanka, which enables us to conclude that the zircon has not been annealed since it
crystallized.
The relatively high U and Pb concentrations of the BB zircon, together with its homogeneity
of trace element contents, age and Hf isotopes make it an ideal calibration and reference material for
LA-ICP-MS analyses. Comparisons with other Sri Lankan zircons suggest a metamorphic genesis for
the BB zircon.
xxiv
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS
O zircão (ZrSiO4) é um mineral acessório comum na natureza, ocorrendo em uma
grande variedade de rochas sedimentares, ígneas e metamórficas. Conhecido por incorporar
uma série de elementos menores e traço, o zircão tem a capacidade de reter informações
químicas e isotópicas, o que permite seu uso em um vasto campo de investigações
geoquímicas, incluindo estudos sobre a evolução da crosta e do manto da Terra (e.g., Bowring
1995, Scherer et al. 2007, Iizuka et al. 2010, Bell et al. 2011), bem como estudos de datação
(e.g., Paquette et al. 1985, Roddick & Bevier 1995, Liati et al. 2002, Zhao et al. 2008, Yang
et al. 2011) . A durabilidade física e química do zircão é um fator importante para a datação
de muitas rochas antigas conhecidas na Terra (e.g., Maas et al. 1992, Bowring &Williams
1999, Wilde et al. 2001).
Sendo assim, o zircão é o mineral mais comumente utilizado na geocronologia U-Pb,
visto que o mesmo aceita facilmente a entrada de U no seu retículo cristalino em substituição
ao Zr e, em contrapartida, não aceita a entrada de quantidades consideráveis de Pb comum
(204Pb), o que permite interpretar que praticamente todo o Pb presente nele é radiogênico,
sendo o resultado do decaimento do U e do Th. Em adição, o zircão é resistente ao
intemperismo, caracterizando, assim, um mineral ideal para a datação U-Pb, devido à sua
pouca perda de Pb por intemperismo e dilatação (Geraldes 2010).
A datação isotópica de minerais acessórios, por meio de geocronologia U-Th-Pb in
situ, surgiu há aproximadamente três décadas, com a introdução e o desenvolvimento da
técnica de alta resolução SIMS (Secondary Ion Mass Spectrometry; Compston et al. 1984,
Williams 1998, Compston 1999, Ireland & Williams 2003). Esta técnica claramente
demonstrou a existência de heterogeneidades de idade dentro de cristais individuais de zircão
e outras fases acessórias e, então, viu-se a necessidade da geocronologia com alta resolução
espacial. A datação in situ por sonda iônica é capaz de alcançar uma precisão analítica que é
apenas uma ordem de grandeza menor do que a técnica de datação ID-TIMS (Isotope Dilution
- Thermal Ionization Mass Spectrometry). Tem a vantagem, no entanto, de identificar mais
facilmente porções concordantes de grãos, não exige tratamento químico das amostras antes
da análise, é essencialmente não-destrutiva, e pode alcançar maiores volumes de amostra
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
2
(Williams 1998). Um dos principais obstáculos para a maior utilização da datação por sonda
iônica sempre foi o alto custo de instrumentação e, portanto, relativa escassez de laboratórios
geológicos devidamente equipados.
A técnica LA-ICP-MS (Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass
Spectrometry) surgiu em 1985 e, rapidamente, tornou-se uma ferramenta analítica importante
para determinações de elementos traço em amostras geológicas (Jackson et al. 1992).
Percebeu-se que as grandes variações nas concentrações de Pb radiogênico e nas razões
isotópicas U-Pb encontradas na natureza poderiam ser resolvidas pela técnica ICP-MS que,
quando acoplada a um laser, poderia ser usada como uma ferramenta de datação similar a de
uma sonda iônica. Os trabalhos pioneiros de Feng et al. (1993), Fryer et al. (1993) e Hirata &
Nesbitt (1995) ilustraram a potencial utilidade da amostragem do laser para datação in situ
via ICP-MS. No entanto, estes estudos e outros que se seguiram também revelaram as
principais dificuldades com o método, tais como: fraccionamento elementar de U e Pb no
local de ablação (e.g., Hirata & Nesbitt 1995, Jeffries et al. 1996, Hirata 1997, Horn et al.
2000, Russo et al. 2000) e na fonte ICP (Guillong & Günther 2002), devido às diferenças de
volatilidade; e limitada disponibilidade de materiais de referência adequados, necessários,
tanto para a calibração dos equipamentos, quanto para fins de controle de qualidade.
Um potencial candidato a material de referência (padrão) para análises U-Pb deve
apresentar (Sláma et al. 2008): homogeneidade e concordância de razões radiogênicas U/Pb;
baixo conteúdo de Pb comum; moderado conteúdo de U (dezenas a centenas de ppm);
estrutura cristalina (não-metamíctica); tamanho apropriado para repetidas análises por ablação
a laser (grãos com vários milímetros a centímetros de diâmetro); e disponibilidade para a
comunidade científica.
Vale ressaltar que o zircão também pode ser utilizado como material de referência
para análises isotópicas de Hf. Para tal, o mesmo deve apresentar (Sláma et al. 2008):
composição isotópica de Hf homogênea, tanto dentro quanto entre grãos individuais;
moderado conteúdo de Hf e preferencialmente concentrações homogêneas de Hf; baixos
valores das razões Lu/Hf e Yb/Hf; e ter dimensões de mm-cm, sendo disponível em
quantidades suficientes para muitas análises.
Existem várias amostras de zircões naturais, como, por exemplo, 91500 (Wiedenbeck
et al. 1995), Temora (Black et al. 2003a), Mud Tank (Woodhead & Hergt 2005) e GJ-1
(Jackson et al. 2004). Estes zircões têm sido propostos como potenciais padrões para
calibração de análises isotópicas de U-Pb, mas só alguns atendem aos critérios para um "bom"
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
3
material de referência e eles, muitas vezes, não estão disponíveis em quantidades necessárias
para análises por LA-ICP-MS.
Neste contexto, os aspectos científicos deste projeto estão destinados à necessidade
internacional de desenvolver continuamente padrões para técnicas destrutivas, como LA-ICP-
MS. Como material usado para desenvolvimento de padrões, foram utilizadas amostras de
zircões com qualidade de gema, disponíveis em um depósito secundário de plácer no
Complexo Highland, Sri Lanka.
Como benefícios gerais, o trabalho de desenvolvimento de padrões permitirá que a
unidade LA-ICP-MS da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) seja utilizada em vários
estudos da evolução da Terra, como datação por U-Pb e determinação de isótopos para a
descoberta de proveniência sedimentar, datação isotópica em mineralizações hidrotermais,
determinação do tempo de diagênese em bacias sedimentares e determinação do tempo de
metamorfismo de baixo a alto grau.
1.2 – JUSTIFICATIVA
A técnica LA-ICP-MS requer um constante fornecimento de materiais naturais, que
sejam bem caracterizados, isotopicamente uniformes e que possam ser utilizados como
materiais de referência (padrões), tanto para correção das análises (padrão primário), quanto
para controle de qualidade (padrão secundário). Isso se deve ao fato de que tal técnica é
essencialmente destrutiva, gerando furos, nos padrões, de diâmetro, geralmente, entre 20 e
50 m e profundidade entre 10 e 30 m.
Atualmente, existe uma pequena quantidade de padrões disponíveis para distribuição
internacional, seja gratuitamente ou para compra. Especificamente, para técnicas de laser
ablation, o fornecimento de alguns padrões tem se esgotado, devido à alta demanda
internacional, associada ao aumento do número de laboratórios que possuem LA-ICP-MS
utilizado para geocronologia.
Desta maneira, percebe-se, claramente, uma necessidade constante de se desenvolver
uma ampla gama de materiais de referência para geocronologia U-Pb e, também, para análises
de isótopos de Hf via técnicas de alta resolução espacial, justificando o desenvolvimento deste
projeto.
Este estudo apresenta novos dados isotópicos para um zircão natural, extraído de um
depósito secundário de plácer localizado no Complexo Highland, Sri Lanka, que é
considerado um material de referência apropriado para datação U-Pb e análises isotópicas de
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
4
Hf por LA-ICP-MS, visto que o mesmo apresenta-se em grande quantidade e possui
qualidade de gema.
1.3 – LOCALIZAÇÃO DAS AMOSTRAS
Os cristais de zircão utilizados, neste estudo, são provenientes de um depósito
secundário de plácer, que ocorre em um dos maiores campos de gema do Sri Lanka,
conhecido como Ratnapura, localizado no Complexo Highland, Sri Lanka.
A Figura 1.1 mostra a localização da região a partir da qual o lote de zircões foi
originalmente extraído.
Figura 1.1: Mapa de localização da região a partir da qual os cristais de zircão utilizados neste estudo foram
originalmente extraídos (fonte: U.S. Central Intelligence Agency 2000).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
5
1.4 – OBJETIVOS
Como as técnicas com ICP-MS e laser são destrutivas e consomem padrões primários
e secundários, existe uma necessidade crítica e contínua para desenvolvimento de padrões
isotópicos com razão U-Pb (zircão, monazita, titanita, xenotime, cassiterita,
columbita/tantalita, rutilo) e Hf (zircão)- Nd- (monazita, titanita, allanita, apatita). Na
Universidade Federal de Ouro Preto, por exemplo, somente a geocronologia U-Pb em zircão é
rotineiramente realizada até o momento e, mesmo assim, o padrão principal usado (GJ-1 da
Macquarie University, Austrália) está se esgotando e não pode mais ser obtido. Posto isto, o
presente estudo tem como objetivo precípuo o desenvolvimento de potenciais padrões de
zircão para datações U-Pb e análises isotópicas de Hf via LA-ICP-MS, sendo tais materiais de
referência provenientes de um depósito secundário de plácer localizado no Complexo
Highland, Sri Lanka. Como objetivos específicos, têm-se:
1- Caracterização cristaloquímica dos zircões por meio de imagens de catodoluminescência,
espectroscopia Raman e difratometria de raios-x;
2- Caracterização química dos zircões a partir de medidas das concentrações de elementos
traço através de análises por LA-ICP-MS;
3- Caracterização isotópica dos zircões através de análises por LA-ICP-MS e TIMS.
Os padrões desenvolvidos neste estudo serão disponibilizados para pesquisadores de
outras instituições, tanto no Brasil, quanto em outros laboratórios internacionais.
1.5 – MATERIAIS E MÉTODOS
1.5.1 – Revisão Bibliográfica
Primeiramente, realizou-se uma série de pesquisas bibliográficas em trabalhos
relacionados à geocronologia U-Pb e análises de isótopos de Hf em zircões, nos quais
aplicaram-se como técnicas analíticas SIMS, TIMS e, especialmente, LA-ICP-MS. Ainda,
consultaram-se trabalhos anteriores sobre o desenvolvimento de padrões de zircão para
microanálises de geocronologia, de modo a se adquirir informações sobre quais métodos
utilizar para tal fim, bem como sobre a interpretação dos dados obtidos.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
6
1.5.2 – Preparação das Amostras e Métodos Analíticos
Um lote de zircões de boa qualidade, com um peso total de aproximadamente 300 g e
tamanhos variando entre 0,5 e 1,0 cm (Fig. 1.2), foi utilizado para o desenvolvimento de
padrão.
Figura 1.2: Imagens dos fragmentos do zircão estudado: (a) típicas formas dos fragmentos; (b) imagens de
catodoluminescência; (c) imagens de luz transmitida. Os pontos e linhas marcados nas figuras são referentes às
análises LA-ICP-MS.
Para assegurar a completa caracterização dos zircões estudados, as análises
cristaloquímicas e isotópicas foram conduzidas usando uma série de técnicas diferentes em
vários laboratórios: ID-TIMS: Jack Satterly Geochronology Laboratory (JSGL; Canadá),
NERC Isotope Geosciences Laboratory (NIGL; Inglaterra), University of Oslo (Noruega);
LA-ICP-MS: J.W. Goethe University of Frankfurt (JWG; Alemanha), Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP), University of Portsmouth (Inglaterra), Universidade de São Paulo
(USP); Catodoluminescência: USP e JWG; Espectroscopia Raman: Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG); Difratometria de Raios-X: UFOP. Onde possível, as medidas foram
reproduzidas por técnicas similares em laboratórios diferentes.
Os fragmentos dos zircões foram usados para análises isotópicas em solução (datação
por U-Pb a partir de TIMS). Para as análises de amostras sólidas por meio de técnicas "in
situ", os zircões foram montados em pastilhas, que foram lixadas para expor os cristais e
polidas para obter superfícies planas adequadas para: catodoluminescência (CL) e medidas
isotópicas por LA-ICP-MS.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
7
1.5.2.1 – Medidas das Concentrações de Elementos Traço
Os conteúdos de elementos traço foram adquiridos por um sistema de laser NdYAG
213 (New Wave Research UP-213) acoplado a um ICP-MS quadrupolo Agilent 7700x da
Universidade Federal de Ouro Preto. Foram analisados conteúdos de Nb, La, Ce, Pr, Nd, Sm,
Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Lu, Hf, Pb, Th e U para observação de efeito matriz e correção
das análises.
O laser disparou com uma frequência de 10 Hz, usando uma energia de 6 J/cm2, uma
linha de 55 μm e He como gás carregador da amostra. O vidro sintético NIST-612 foi usado
para calibrar os dados de concentração de elementos traço. Os dados de background são
adquiridos por 20 s seguidos por uma ablação do laser de 50 s. O Si é usado como padrão
interno para corrigir as diferenças nos rendimentos de ablação entre zircão e padrões de vidro.
Os dados de sinal de tempo resolvido são processados usando o pacote de software Glitter
(van Achterbergh et al. 2001).
1.5.2.2 – Imageamento por Catodoluminescência, Espectroscopia Raman e
Difratometria de Raios-X
Para se realizar a caracterização cristaloquímica das amostras de zircão estudadas,
fazem-se necessárias a geração de imagens de catodoluminescência (para verificação de
zoneamento composicional) e espectroscopia vibracional Raman (para análise da estrutura
cristalina dos zircões). Estes métodos têm como vantagem o caráter não destrutivo das
amostras. Além disso, faz-se necessária a aplicação da difratometria de raios-x, afim de se
contribuir para a análise do grau de cristalinidade dos zircões.
A catodoluminescência (CL) é um fenômeno ótico que se baseia na geração de
radiação visível, através da excitação de uma amostra com elétrons de alta energia. Em geral,
a energia do feixe incidente varia de 5 a 25 kV e sua profundidade de penetração em uma
amostra é de 1-3 μm (Marshall 1988). Os comprimentos de onda das emissões de CL vão do
ultravioleta ao infravermelho e resultam de uma variedade de defeitos (por exemplo, várias
imperfeições estruturais, tais como má ordenação, danos de radiação) e impurezas, tais como
a presença de íons de elementos terras raras na estrutura cristalina de um mineral (Gucsik et
al. 2002). De acordo com Boggs et al. (2001), a combinação de análises de microscopia
eletrônica de varredura e de catodoluminescência (MEV-CL) pode proporcionar melhores
resolução espacial e informação micro composicional do que os métodos óticos
convencionais.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
8
A CL é a técnica mais utilizada para observar a estrutura interna do zircão
(geralmente, não é detectada por microscópios óticos), tais como núcleos herdados, áreas de
reabsorção, zoneamento magmático etc. Desta maneira, é importante que a técnica de CL
preceda as análises químico-isotópicas em zircões (Poller et al. 1997, Gucsik et al. 2002).
As imagens de CL apresentadas na Figura 1.2 foram adquiridas usando um
microscópio eletrônico FEI XL 30, no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo,
com uma voltagem de aceleração de 15 kV e corrente do feixe de 60 nA, e em um
microscópio eletrônico JEOL JSM-6510, na Universidade de Frankfurt, com uma voltagem
de aceleração de 20 kV e corrente do feixe de 80 nA. Os cristais de zircão estudados por CL
foram montados em pastilhas, que foram lixadas para expor os cristais e polidas para obter
superfícies planas.
Para medir possíveis danos de radiação e a cristalinidade dos grãos de zircão, utilizou-
se a espectroscopia Raman. Neste método, coleta-se a radiação espalhada de um material
previamente iluminado, considerando-se a geometria de espalhamento empregada no
experimento, de modo que se possa obter as frequências dos modos vibracionais
característicos do material, a partir das diferenças entre os espectros da radiação incidente e
espalhada (Rodrigues & Galzerani 2012). O espectro Raman mostra a relação: diferença entre
o número de onda da radiação incidente e espalhada (deslocamento Raman) em cm-1 versus a
intensidade espectral em unidades arbitrárias, que dependem dos parâmetros experimentais.
As análises de espectroscopia Raman foram realizadas no Departamento de Física da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As medidas Raman foram realizadas em um
espectrômetro Dilor XY equipado com um detector N2-cooled CCD. As amostras foram
focadas em um microscópio ótico por uma objetiva de 50 x (N.A. = 0.55) e excitadas por um
laser de argônio, que produziu um feixe de luz polarizado de comprimento de onda
= 514,5 nm.
Para contribuir com a análise da cristalinidade das amostras estudadas, também
realizou-se a difratometria de raios-x. Neste método, os raios-x, ao alcançarem uma amostra,
são espalhados elasticamente, sem perder energia (espalhamento coerente). Após a colisão
com os elétrons do material, o fóton de raios-X altera sua trajetória, preservando, no entanto, a
energia do fóton incidente. Quando os átomos responsáveis pelo espalhamento encontram-se
distribuídos de modo sistemático (como em uma estrutura cristalina), é possível observar uma
periodicidade das relações de fase entre os espalhamentos, de modo que a difração dos raios-x
pode ser verificada em vários ângulos. A difração de raios-x, ou interferência construtiva,
ocorre em função da diferença de caminho percorrida pelos raios-x e o comprimento de onda
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
9
da radiação incidente, condição esta que é expressa pela lei de Bragg e que é própria de cada
material (Cullity 1978).
A difratometria de raios-x, além de caracterizar o grau de cristalinidade das amostras,
possibilitará a determinação dos parâmetros da cela unitária. Estes parâmetros serão
confrontados com valores previamente conhecidos, de modo que se possa avaliar a atuação de
possíveis processos de metamictização e/ou danos de radiação, caso sejam observadas
alterações de volume na estrutura cristalina dos zircões.
As análises de difratometria de raios-x foram realizadas no laboratório de
Difratometria de Raios-X da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), utilizando-se um
difratômetro do tipo Panalytical, modelo Empyrean, de geometria Bragg-Brentano. As
análises foram executadas sob as seguintes condições: radiação CuKa (l = 1.5418 Å),
produzida a 45 kV e 40 mA, espelho ajustado para feixe de 0.2 mm, campo do goniômetro 2-
70° 2θ, tamanho do passo = 0,02° e tempo de contagem de 40 s/passo.
1.5.2.3 – Datação de Zircão por Geocronologia U-Pb
Afim de se avaliar a homogeneidade isotópica do material de referência analisado, fez-
se necessária a execução de análises replicadas do zircão em diversos laboratórios
internacionalmente bem reconhecidos, que possuem unidades LA-ICP-MS. Também foram
realizadas análises de idades através da técnica TIMS, de alta precisão, visto que a mesma
fornece a idade verdadeira do material padrão para análises em LA-ICP-MS.
Datação U-Pb por Laser Ablation ICP-MS
A técnica LA-ICP-MS (laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry)
é amplamente utilizada para determinação de elementos maiores, menores e traço, bem como
para medidas de razões isotópicas (Günther & Hattendorf 2005). Laser ablation (ablação a
laser) refere-se ao processo no qual uma intensa explosão de energia, proveniente de um curto
pulso de laser, é usada para amostrar (remover uma pequena porção) um material. Dentre as
vantagens de uma análise química por ablação a laser, pode-se citar: caracterização direta de
sólidos; não são necessários processos químicos para dissolução; riscos reduzidos de
contaminação ou perda de amostra; quantidade de material necessária à análise é
extremamente baixa; determinação da distribuição espacial da composição dos elementos
(Russo et al. 2002). No entanto, esta técnica sofre de efeitos não estequiométricos, que
ocorrem durante a amostragem, transporte de aerossol, vaporização, atomização e ionização
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
10
dentro do ICP, descritos como fracionamento elementar. O fenômeno de dependência da
interação laser - material com as propriedades físicas da matriz tem sido uma limitação para
análises quantitativas, sem a presença de padrões de calibração com matriz similar à das
amostras (Günther & Hattendorf 2005).
Um típico sistema de ablação a laser consiste em um laser, um estágio de ablação e um
sistema de detecção (Fig. 1.3) (Günther et al. 1999). A amostra é colocada em uma câmara
fechada, hermética, de ablação, que recebe um fluxo de Ar/He (gás carregador) e o feixe de
laser é focado sobre a superfície da amostra. Desde que a irradiação seja suficientemente alta,
o material será ablado (gerando vapor, partículas e aglomerados) e transportado para o plasma
do ICP-MS. O ICP funciona como uma fonte de excitação separada, onde as partículas
geradas pelo laser são vaporizadas, atomizadas e ionizadas. Subsequentemente, os íons são
extraídos por uma interface a vácuo e guiados para dentro de um analisador de massas
(utilizou-se, neste trabalho, os analisadores de massa do tipo quadrupolo – Q –, monocoletor –
SF – e multicoletor – MC), separados em função da razão massa/carga e, finalmente, contados
por um sistema de detecção (Günther & Hattendorf 2005).
Figura 1.3: Configuração esquemática do sistema LA-ICP-MS (Günther & Hattendorf 2005).
LA-Q-ICP-MS
Uma característica do analisador de massa quadrupolo é sua capacidade de digitalizar
entre massas selecionadas. O tempo de medida de uma massa particular é menor do que 1
ms; 1000 massas por segundo podem ser medidas. Embora a medição não seja simultânea, a
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
11
velocidade é alta, comparada com o tempo de resposta de introdução da amostra no sistema
de laser ablation. Uma desvantagem de usar quadrupolos ocorre quando: partículas grandes
estão presentes no vapor ablado; partículas grandes levam a mudanças espaciais (aumentos ou
depressões no nível do sinal e na composição química) na nuvem de íons dentro do ICP. O
tempo de trânsito através do ICP para esta nuvem de partículas ionizadas é de apenas poucos
ms e, portanto, somente uma medição de massa pode ser obtida para tais partículas (Russo et
al. 2002).
Na UFOP, utilizou-se o LA-Q-ICP-MS para determinação dos elementos traço e das
idades U-Pb preliminares. As amostras que apresentaram maior homogeneidade das razões
isotópicas foram selecionadas para análises em laboratórios internacionais e para datação pelo
método TIMS. Foram feitas análises isotópicas em mais de 20 grãos de zircão por LA-Q-ICP-
MS, seguindo a técnica descrita em Takenaka (2014). Um sistema de laser NdYAG 213 (New
Wave Research UP-213) acoplado a um ICP-MS quadrupolo Agilent 7700x foi usado para
medir a razão isotópica U-Pb nos grãos de zircão. O laser foi configurado para produzir uma
densidade de energia de cerca de 8 J/cm2 com uma frequência 10 Hz, produzindo furos nos
zircões com diâmetro de 25 μm. Utilizou-se He como gás carregador, e, após a saída deste,
juntamente com as partículas em suspensão, adicionou-se Ar ao sistema. Como material de
referência primário, utilizou-se o zircão GJ-1 (Jackson et al. 2004) e para controle de
qualidade, utilizou-se, como padrão secundário, o zircão Plešovice (Sláma et al. 2008). O
tempo total de varredura das massas foi de 60s, sendo 20s de background e 40s de ablação. Os
dados de sinal de tempo resolvido foram processados usando o pacote de software Glitter e,
posteriormente, plotaram-se estes dados em uma extensão do Microsoft Excel, o Isoplot
(Ludwig 2012). A redução dos dados incluiu a correção de problemas de fracionamento e de
erros nas contagens das massas. Não foram aplicadas correções de Pb comum para os dados.
Na Universidade de Portsmouth, as idades U-Pb foram determinadas para uma única
gema (BB9), seguindo a técnica descrita em Jeffries et al. (2003). Utilizou-se um ICP-MS
Agilent 7500cs acoplado a um laser New Wave Research UP-213 Nd-YAG. As razões
isotópicas foram calculadas utilizando-se uma versão modificada de Lam Tool (Košler et al.
2008), sendo normalizadas a partir de medidas nos padrões 91500 e Plešovice. A quantidade
de 204Pb nestas análises foram abaixo do limite de detecção, e nenhuma correção de Pb
comum foi realizada.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
12
LA-SF-ICP-MS
Os instrumentos conhecidos como sector field ICP-MS são baseados na presença de
um campo magnético. A fenda de entrada, o campo magnético e o analisador eletrostático, e a
fenda de saída podem ser considerados como os principais componentes destes instrumentos.
Tradicionalmente, o analisador eletrostático é colocado antes do campo magnético, mas, hoje
em dia, a chamada geometria inversa, com o analisador eletrostático colocado depois do
campo magnético, é considerada mais vantajosa, uma vez que a análise de massa reduz as
correntes elevadas de íons a partir da fonte, e apenas os íons com a massa selecionada são
submetidos à subsequente análise de energia. Consequentemente, uma melhoria na
sensibilidade das análises pode ser alcançada (Moldovan et al. 2004).
Além do alto poder de resolução, uma outra característica relevante dos instrumentos
sector field é a sua sensibilidade muito alta combinada com seus valores de background
extremamente baixos. A elevada sensibilidade e o baixo background permitem que os limites
de detecção sejam melhores. Além da boa capacidade de detecção, um outro benefício destes
equipamentos é a habilidade de medir quantitativamente com excelente precisão (Moldovan et
al. 2004).
A sigla LA-SF-ICP-MS refere-se aos equipamentos que possuem um analisador de
massa do tipo monocoletor.
Dezessete diferentes grãos de zircão do lote estudado foram analisados, na
Universidade Federal de Ouro Preto e em J.W. Goethe University of Frankfurt, usando um
ICP-MS sector field da Thermo-Finnigan Element 2 acoplado a um sistema de laser
ultravioleta CETAC213, na UFOP, e a um sistema de laser Excimer Resonetics M50 193 nm,
em JWG. O diâmetro dos furos realizados pelo laser foi de 20 μm. A profundidade típica das
crateras de ablação foi de 15-20 μm. Os dados foram adquiridos no modo peak jumping
durante 20 s de background seguidos por 20 s de ablação da amostra. O sinal foi ajustado para
máxima sensibilidade para Pb e U, mantendo a produção de óxido bem abaixo de 1%. Os
dados brutos foram corrigidos para sinal de background, Pb comum, fracionamento elementar
induzido pelo laser, discriminação instrumental de massa, e fracionamento elementar de Pb/U,
dependente do tempo, usando um programa de planilha in-house do MS Excel. A correção de
Pb comum foi baseada no modelo de composição de Pb (Stacey & Kramers 1975). O
fracionamento elementar induzido pelo laser e a discriminação instrumental de massa foram
corrigidos via normalização pelo zircão de referência GJ-1 (Jackson et al. 2004), o qual foi
analisado juntamente com as amostras, exatamente sob as mesmas condições.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
13
LA-MC-ICP-MS
O ICP-MS com analisador de massa do tipo multicoletor é uma técnica relativamente
recente, utilizada para a medição de composições de isótopos com alta precisão e exatidão,
normalmente alcançadas apenas pela técnica TIMS. A detecção simultânea real dos isótopos
elimina as fontes clássicas de incertezas presentes no quadrupolo (Moldovan et al. 2004). A
elevada eficiência de ionização da fonte de plasma permite a medição de uma grande
variedade de elementos, incluindo os que não são acessíveis para fontes de ionização térmica,
como por exemplo o Hf (e.g., Wu et al. 2006, Blichert-Toft 2008, Morel et al. 2008).
No modo multicoletor, o MC-ICP-MS é usado com um campo magnético fixo,
limitando, assim, o intervalo de massa que pode ser medido simultaneamente para alguma
porcentagem (entre 10 e 30) da massa de interesse (Moldovan et al. 2004).
As análises U-Pb por LA-MC-ICP-MS foram realizadas usando um espectrômetro de
massa da Finnigan Neptune acoplado a um sistema de laser Photon-Machines 193 nm do
Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. A ablação foi realizada adotando um
diâmetro de furo de 29 μm, uma frequência de 6 Hz e uma intensidade de 6 J/cm2. O material
ablado foi carregado por Ar (~ 0,7 L/min) e He (~ 0,6 L/min). Como material de referência,
utilizou-se o zircão GJ-1. Os dados brutos foram reduzidos usando um programa de planilha
in-house do MS Excel e correções foram feitas para background, drift de interferência de
massa instrumental e Pb comum. As idades foram calculadas usando o Isoplot (Ludwig
2012).
Datação U-Pb por ID-TIMS
ID-TIMS (Isotope Dilution Thermal Ionization Mass Spectrometry) é um
espectrômetro de massa, com setor magnético, capaz de realizar medições muito precisas de
razões isotópicas de elementos que podem ser ionizados termicamente, normalmente,
fazendo-se passar uma corrente através de uma fina fita metálica ou fitas sob vácuo. Os íons
criados nas fitas são acelerados através de um gradiente de potencial elétrico (até 10 kV) e
focados em um feixe através de uma série de fendas e placas carregadas eletrostaticamente.
Este feixe de íons, em seguida, passa através de um campo magnético e é, então, disperso em
feixes separados, com base na sua razão massa / carga. Estes feixes, chamados de mass-
resolved, são, então, direcionados para coletores, onde são convertidos em voltagem. A
comparação das voltagens correspondentes aos feixes de íons individuais fornece as razões
isotópicas com precisão entre 0,01 e 0,001% (Parrish & Noble 2003).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
14
Comparando-se o método TIMS com outras técnicas utilizadas para determinação de
razões isotópicas, pode-se observar as seguintes vantagens: estabilidades química e física do
ambiente de medição, o que leva a medições altamente precisas; capacidade para ionizar e
evaporar as amostras a diferentes temperaturas, utilizando vários conjuntos de filamentos;
menor fracionamento de massa; uso de soluções de um único elemento para eliminar as
interferências isobáricas; produção de íons com uma gama restrita de energias (elimina a
necessidade de filtro de energia); transmissão de quase 100% dos íons da fonte até o coletor
(Parrish & Noble 2003). Como limitações, o método apresenta: nem todos os elementos são
facilmente ionizados, o que restringe sua aplicação para elementos com baixo potencial de
ionização; a ionização não é igualmente eficiente para todos os elementos, sendo geralmente
menor que 1%; o fracionamento de massa muda continuamente durante as análises; uma
extensiva preparação é requerida para a produção de soluções elementarmente puras, a fim de
se evitar as interferências isobáricas (Parrish & Noble 2003).
Pequenos fragmentos de três grãos do zircão estudado foram lavados em H2O
ultrapura, imersos em HNO3 30%, limpos ultrassonicamente durante uma hora, e colocados
numa placa de aquecimento a 80 °C durante uma hora. O HNO3 foi removido e os grãos
foram novamente lavados em H2O ultrapura, antes de serem colocados em microcápsulas
Teflon FEP de 300 μl com a solução spike 205Pb-233U-235U EARTHTIME (ET535). Os
fragmentos foram dissolvidos em recipientes Parr em 120 μl de HF 29 M com um traço de
HNO3 30% a 210 ° C durante 48 h, secou-se a fluoretos, e, em seguida, foram re-dissolvidos
em HCl 6M a 180 ° C durante a noite. U e Pb foram separados utilizando-se o procedimento
de cromatografia de troca aniônica (Krogh 1973). Os dois elementos foram depositados sobre
filamentos de rénio desgaseificados com sílica gel (Gerstenberger & Haase 1997), antes de
serem medidos pela técnica TIMS nas respectivas instituições.
Para as análises TIMS no JSGL, as medidas foram realizadas em um espectrômetro de
massa VG354. Todo Pb comum foi atribuído ao Pb processual. O U foi medido no modo
estático ou utilizando coletor Faraday ou Daly no modo pulse counting. O dead time do
sistema de medição para Pb foi de 22 ns e de 20,8 ns para U. A correção para a interferência
do detector Daly é constante: 0,05% por unidade de massa atômica. Utilizou-se o padrão de
Pb NIST SRM 982 para monitorar a análise. Uma correção de 0,10% por unidade de massa
atômica para fracionamento termal de massa foi utilizado.
As medidas no NIGL foram realizadas em um TIMS Thermo Triton. Duas análises de
Pb foram medidas em um detector MasCom SEM e corrigidas para fracionamento de massa
de 0,16 ± 0,04%/a.m.u. O restante das análises de Pb foram feitas no modo multidinâmico
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
15
Faraday-SEM. Estes dados foram corrigidos para um fracionamento de massa de 0,12 ±
0,04%/a.m.u. As análises foram monitoradas realizando-se repetidas análises nos padrões
NBS982 e U500. O U foi medido no modo estático Faraday em resistores de 1011 Ω. U foi
lido como óxido e corrigido para interferências isobáricas com uma razão 18O/16O de 0,00205.
Os dados U-Pb e as incertezas foram calculadas usando o algoritmo de Schmitz & Schoene
(2007) e uma razão 235U/205Pb para a solução ET535 de 100,18 ± 0,05. O Pb comum das
análises foi atribuído ao branco e subtraído com base na composição isotópica e incertezas
associadas analisadas ao longo do tempo.
Na Universidade de Oslo, as medidas foram realizadas em um espectrômetro de massa
MAT 262 ou no modo estático Faraday, ou no modo peak jumping em um contador de íons
com multiplicador de elétrons secundário. As análises foram corrigidas utilizando-se o padrão
Pb NBS982. Além disso, todos os dados foram corrigidos para um fracionamento de massa de
0.1%/a.m.u. usando fatores de reprodutibilidade de ± 0.05%/a.m.u. para os dados Faraday e ±
0.1%/a.m.u. para os dados do multiplicador de elétrons secundário. As análises dos grãos de
zircão foram corrigidas para o Pb com valor de 2 pg e para o U com valor de 0.1 pg U. O Pb
comum inicial residual foi subtraído usando composições calculadas com o modelo de Stacey
& Kramers (1975) para a idade da amostra.
O tratamento dos dados foi realizado, utilizando-se o Isoplot (Ludwig 2012).
1.5.2.4 – Análises de Isótopos de Hf
Análises de Hf por Laser Ablation MC-ICP-MS
Devido à alta concentração de Hf (da ordem de porcentagem) em zircão, combinada
com razões muito baixas de Lu-Hf, pode-se dizer que a presença de Hf radiogênico em tal
mineral é uma poderosa ferramenta para decifrar a evolução crustal e mantélica da Terra
(Kinny & Maas 2003, Harrison et al. 2005, Hawkesworth & Kemp 2006). No entanto, a
dificuldade de separar o Zr do Hf por química e o elevado potencial de ionização em
espectrômetros de massa dificultam a análise deste elemento. Geralmente, as medidas de
isótopos de Hf podem ser realizadas por TIMS e SIMS através da dissolução de todo o grão e
separando o Hf dos outros elementos interferentes e da matriz (Salters 1994), mas estes
processos de purificação são trabalhosos e demorados, e requerem habilidades especiais.
Além disso, qualquer informação sobre uma variação espacial de isótopos de Hf não pode ser
alcançada, visto que o grão inteiro é destruído durante estes processos.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
16
Kinny et al. (1991) foi o primeiro a tentar análises in situ de Hf em zircão usando a
técnica SIMS. Com um tamanho de furo de ∼ 25 μm, obtiveram-se resultados com uma
precisão de uma ordem de grandeza menor do que os obtidos pela técnica TIMS.
Consequentemente, este método não foi amplamente adotado (Kinny & Maas 2003). O
advento da técnica LA-MC-ICP-MS, nos últimos anos, vem mostrando que esta é uma
ferramenta ideal para medidas in situ de razões isotópicas de Hf em grãos individuais de
zircão (e.g., Thirlwall & Walder 1995, Iizuka & Hirata 2005, Matteini et al. 2010, Chen et al.
2013). O aerossol de amostras submetidas à ablação pelo laser de alta energia é transportado
por Ar ou He para dentro da tocha do ICP, onde os elementos no plasma são ionizados a uma
temperatura superior a 8000 °C. A precisão e a acurácia das razões isotópicas de Hf
determinadas por LA-MC-ICP-MS podem ser comparadas com as da técnica TIMS e, além
disso, a preparação da amostra é mais fácil e a eficiência das análises é maior do que as de tal
técnica (Wu et al. 2006). Contudo, materiais de referência são necessários para monitorar o
drift da máquina e são usados para calibração externa durante as análises in situ por LA-MC-
ICP-MS.
Serão apresentadas, neste trabalho, as composições isotópicas de Hf, as razões Lu/Hf e
as concentrações de Lu e Hf de fragmentos do zircão estudado, a fim de se investigar seu
potencial como material de referência para análises in situ de isótopos de Hf.
As análises isotópicas de Hf foram realizadas na JWG e na UFOP. Estas análises
foram feitas em dezoito grãos de zircão, utilizando-se um ICP-MS multicoletor da Thermo-
Finnigan Neptune acoplado a um sistema de laser Resonetics M50 193 nm, na JWG, e a um
laser Photon-Machines 193 nm, na UFOP. Os dados foram coletados no modo estático
durante 60 s de ablação com um furo de diâmetro de 60 μm. Introduziu-se nitrogênio
(~0.080 l/min) ao gás carregador da amostra (argônio) por meio de um sistema de nebulização
Aridus. A intensidade típica do sinal foi cerca de 10 V para o 180Hf. Os isótopos 172Yb, 173Yb
e 175Lu foram monitorados simultaneamente durante cada etapa das análises para permitir a
correção de interferências isobáricas dos isótopos Lu e Yb na massa 176. Os isótopos 176Yb e
176Lu foram calculados utilizando-se as razões 176Yb/173Yb de 0,796218 (Chu et al. 2002) e
176Lu/175Lu de 0,02658 (valor in-house da JWG). A correção para o fracionamento de massa
instrumental utilizou uma lei exponencial e um valor 179Hf/177Hf de 0,7325 (Patchett &
Tatsumoto 1980a) para a correção das razões isotópicas de Hf.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
17
1.5.3 – Elaboração da dissertação/artigo científico
Finalmente, de posse das informações compiladas pela revisão bibliográfica e dos
dados obtidos por todas as análises realizadas, foi possível a elaboração da dissertação,
constituída pelos capítulos introdutórios, pelos resultados e respectivas discussões em formato
de artigo científico1, e pela conclusão, atendendo às normas do Programa de Pós-Graduação
em Evolução Crustal e Recursos Naturais da Universidade Federal de Ouro Preto.
1 Submetido na Chemical Geology em 30/01/2015. Autores: Maristella M. Santos, Cristiano Lana, Ricardo Sholz, Ian Buick, Sandra L.
Kamo, Axel Gerdes, Daniel J. Condon, Fernando Corfu, Eric Tohver, Craig D. Storey, Miguel A.S. Basei, Klaus Krambrock, Cristiano
Fantini
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
18
CAPÍTULO 2
CONTEXTO GEOLÓGICO
As amostras obtidas para o desenvolvimento de padrão de zircão são provenientes de
um depósito secundário de plácer, onde ocorre um dos principais campos de gema do Sri
Lanka, chamado de Ratnapura, localizado no Complexo Highland, Sri Lanka. A seguir, será
apresentada uma breve explanação sobre a geologia do Sri Lanka, dando ênfase ao complexo
de onde as amostras de zircão foram retiradas.
O embasamento metamórfico do Sri Lanka é dividido em três unidades maiores, sendo
estas o Complexo Vijayan a leste, o Complexo Highland no centro, e o Complexo Wanni a
oeste (Kehelpannala 1997, Fig. 2.1). A base para esta subdivisão é a determinação de idades
modelos de Nd, cobrindo todo o embasamento (e.g. Milisenda et al. 1994, Tabela 2.1). O
Complexo Vijayan é constituído principalmente de granitoides metamorfizados na fácies
anfibolito, metadioritos, metagabros e migmatitos (e.g. Cooray 1994, Kröner et al. 2003),
enquanto o Complexo Highland é composto por granulitos máficos e quartzo-feldspáticos,
rochas charnockíticas, mármore e quartzito, todos metamorfizados na fácies granulito. Alguns
destes granulitos contém assembleias de ultra alta temperatura (Kröner et al. 1994b). As
rochas no Complexo Wanni são metapelitos, metasemipelitos, quartzitos, charnockitos,
metagabro, metadiorito e metagranitoides, sendo metamorfizadas na fácies anfibolito alto a
granulito (e.g. Ogo et al. 1992).
O contato entre os Complexos Highland e Vijayan é tectônico com forte cisalhamento
e falhas de empurrão (e.g. Kleinschrodt 1994). Um outro pequeno complexo chamado
Kadugannawa (Cooray 1994) também foi reconhecido entre os Complexos Wanni e
Highland. Com base na geologia, geocronologia e estrutura, o Complexo Kadugannawa é
agora considerado como parte do Complexo Wanni (Kehelpannala 1997, Kröner et al. 2003).
O embasamento metamórfico do Sri Lanka é considerado como um terreno chave para
compreender a evolução do supercontinente Gondwana, visto que esta ilha se localiza
geograficamente próximo a Índia, Madagascar e Antártica Oriental, compondo as principais
porções de Gondwana Leste. Os eventos Grenvilliano e Pan-Africano se desenvolveram
distintamente no Complexo Highland (e.g. Kröner et al. 2003), durante sua evolução desde o
Paleoproterozoico, semelhante à situação que ocorre na península da Índia e em outros
fragmentos de Gondwana.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
20
Figura 2.1: Mapa geológico simplificado do Sri Lanka, mostrando suas principais unidades litotectônicas
(modificado de Chandrajith et al. 2001).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
21
Tabela 2.1: Litologias, idades de rochas ígneas e supracrustais e idade de metamorfismo de diferentes unidades
litotectônicas do embasamento do Sri Lanka (modificado de Kröner et al. 2003).
Terreno Litologia
Idade de deposição
(a) / de colocação (b)
(Ma)
Idade
modelo
Nd (Ga)
Idade de
metamorfismo
(Ma)
Complexo
Wanni
Quartzito, gnaisse calciossilicático,
cordierita gnaisse, gar-sill-bio gnaisse,
gar-bio gnaisse, gnaisse quartzo-
feldspático, apatita mármore
Granitoide, charnockito, metadiorito,
granito rosa, anfibolito, metagabro,
migmatito, intrusivas alcalinas, diques
máficos
<785> 1080 (a)
~750-1080 (b)
1–2
Fácies
anfibolito a
granulito
~ 610-550
Complexo
Highland
Quartzito, mármore, gar-sill gnaisse, gar-
bio gnaisse, gnaisse quartzo-feldspático,
rochas metavulcânicas (?), charnockito,
granulito básico, migmatito
<2000-2300 (a) 2–3
~ 610-550
Fácies
granulito
Complexo
Vijayan
Gnaisse charnockítico, intrusivas máficas
a granitoides, metabasito, diques máficos
Quartzito, rocha calciossilicática, gnaisse
quartzo-feldspático;
Migmatito, diques máficos
~650–1942 (b)
Não há dados
disponíveis
~1100
1–2
~ 456-591
Fácies
anfibolito
bio – biotita; gar – granada; sill – sillimanita.
2.1 – COMPLEXO HIGHLAND
2.1.1 – Litologia
O Complexo Highland (HC) é a localização central, com cinturão de trend NE-SW,
compreendendo, principalmente, gnaisses charnockíticos e granulitos, metassedimentos,
granulitos básicos, gnaisses e migmatitos. Os metassedimentos incluem quartzitos, mármores,
gnaisses pelíticos e granada - sillimanita xisto, também conhecido como Khondalitos (Kröner
et al. 1994b). Mapeamento de campo em várias partes do HC revelou uma associação estreita
e íntima de rochas charnockíticas e metassedimentos, tanto em pequena, quanto em escala
regional (Cooray 1984).
Nas partes sudoeste do HC, bandas espessas de mármore e quartzito são escassas, e
ocorrem bandas mapeáveis de rochas com wollastonita-escapolita, diopsídio-escapolita, e
cordierita gnaisses. Anteriormente, essa diferença litológica levou à subdivisão do cinturão
central em duas unidades: o Grupo Highland e o Grupo Sudoeste. Esta diferença litológica é
atribuída a uma mudança nas fácies sedimentares e todo o cinturão é, agora, considerado
como uma única unidade (Katz 1972, Cooray 1984).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
22
As rochas charnockíticas, que foram anteriormente consideradas como de origem
metassedimentar, com base na relação de campo e a presença de cristais de zircão e grafita
arredondados a sub-arredondados, são consideradas agora como tendo uma filiação ígnea,
baseando-se em relações geoquímicas e de campo, e, particularmente, na presença de
megacristais de feldspato deformado com margens parcialmente ou completamente
recristalizadas. No entanto, a formação de charnockitos aprisionados em paragnaisses indica
que pelo menos algumas rochas charnockíticas têm parentesco sedimentar. Embora o
mecanismo não seja claramente compreendido, acredita-se que a maioria das rochas
charnockíticas foi formada de granitos pelo processo chamado de “charnockitization” (Kröner
1986).
Dados geocronológicos indicam que a pilha sedimentar do Complexo Highland
tornou-se cada vez mais espessa em virtude de intrusões intermitentes de granitoides em torno
de 2.0 e 0.65 Ga (Hölzl et al. 1994). Estudos de campo revelam, ainda, que os
metassedimentos e granitoides foram intrudidos por um grande número de soleiras e/ou
diques basálticos, variando em espessura de cerca de centímetros a metros. As intrusões são
anteriores à deformação e ao metamorfismo da pilha sedimentar (Voll & Kleinschrodt 1991,
Kehelpannala et a1. 1994). Estas rochas basálticas foram transformadas em metabasitos, que
ocorrem paralelamente às superfícies S nas rochas hospedeiras, durante a forte deformação e
metamorfismo, e, então, ocorrem como bandas concordantes ou camadas dentro das rochas
hospedeiras.
Um estudo petrográfico detalhado em granadas porfiroblásticas dos khondalitos, bem
como de alguns gnaisses pelíticos, revelou, pela primeira vez, a ocorrência de cianita e de
estaurolita em rochas de alto grau do Sri Lanka. Estes minerais ocorrem exclusivamente como
inclusões relícticas em granadas porfiroblásticas (Hiroi et al. 1994).
2.1.2 – Deformação e Metamorfismo
A deformação polifásica das rochas do HC foi primeiramente descrita por Berger &
Jayasinghe (1976), os quais mostraram as estruturas L-S dominantes, compreendendo as
superfícies S dominantes, lineações de estiramento, estruturas boudinage e sem raiz, dobras
isoclinais, que foram produzidas por fases de deformação D1 e D2. A fase de deformação D3
redobrou tais estruturas e deu origem à morfologia do HC. As dobras pertencentes a estas
fases foram reconhecidas no início do século XX como uma série de sinformes e antiformes
em escala quilométrica, e foram nomeadas como dobras Taprobanian (Coomaraswamy l906
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
23
in Mathavan et al. 1999). Berger & Jayasinghe (1976) reconheceram a evidência da fase de
deformação D1 em padrões de interferência produzidos por F2 em F1. Apesar disso, estes
autores consideraram que o metamorfismo na fácies granulito foi contemporâneo com as fases
de deformação D1 e D2.
Trilhas de inclusões em granadas porfiroblásticas, bem como dobras menores
relícticas, raramente preservadas, foram utilizadas para inferir que D1 é uma fase de
deformação pré-granulito (Kröner et a1. 1994b, Kehelpannala 1997). O esquema estrutural de
Berger & Jayasinghe (1976) foi expandido, adicionando uma fase de deformação D4 para
acomodar as estruturas pós-D3 dúcteis a rúpteis. Os granulitos foram submetidos a um
achatamento muito forte, da ordem de 1/10 - 1/25, e a um estiramento de 10 a 15 vezes o
comprimento original (Kleinschrodt & Voll 1994).
O esquema estrutural proposto por Kleinschrodt & Voll (1994) sugere que a
deformação D1 é responsável pelo desenvolvimento do forte estiramento e achatamento e das
superfícies S dominantes. Além disso, eles designaram os maiores antiformes e sinformes
como pertencentes à fase de deformação D4, enquanto Kehelpannala (1997) correlaciona estas
estruturas com sua fase de deformação D5.
Um dos aspectos controversos sobre a geologia estrutural do HC está relacionado ao
reconhecimento, ou não, de sua estratigrafia original, apesar da forte deformação. Kröner et
al. (1994b) consideraram que a forte deformação e a intercalação dos metassedimentos por
granitoides impedem o reconhecimento da estratigrafia original nestes metassedimentos. Por
outro lado, Kleinschrodt & Voll (1994) mostraram que a estratigrafia original pode ser
reconhecida tanto nos metassedimentos, quanto nas camadas de rochas ígneas.
2.1.3 – Geocronologia
Os dados isotópicos Rb-Sr de Crawford & Oliver (1969) foram usados por quase duas
décadas para colocar limites de tempo na evolução geológica das rochas de alto grau do Sri
Lanka. Estes dados sugeriram que o metamorfismo de fácies granulito na Série Highland
ocorreu há 2 Ga, e que o metamorfismo Vijayan (presente nos complexos Vijayan e Wanni)
ocorreu há 1.1 Ga.
Os dados Rb-Sr foram criticados e rejeitados (e.g., Hölzl et al. 1994) devido às
seguintes razões: (1) os dados Rb-Sr foram obtidos por regressão de amostras geneticamente
não relacionadas e/ou geograficamente espaçadas e, portanto, as idades não são confiáveis;
(2) o equilíbrio e a homogeneização isotópica de Rb-Sr são limitados a apenas alguns
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
24
centímetros durante o metamorfismo de alto grau (estudos de isótopos estáveis fornecem
suporte para a mobilidade limitada do Sr durante o metamorfismo de alto grau); (3)
argumenta-se que o sistema Rb-Sr refere-se à idade da gênese do protólito e não do
metamorfismo de alto grau.
Extensos estudos isotópicos U-Pb e a aplicação de técnicas, como SIMS, tem sido
utilizados para estabelecer um novo quadro geocronológico para as rochas de alto grau do Sri
Lanka (e.g., Hölzl et al. 1994, Kröner et al. 1994a, Nasdala et al. 2004, Sajeev et al. 2010).
As idades de sedimentação e do metamorfismo de fácies granulito no Complexo Highland
são, respectivamente, 2.0 Ga e 610-550 Ma (Hölzl et al. 1994, Schumacher & Faulhaber
1994, Tabela 2.1).
2.1.4 – O Campo de Gemas Ratnapura
Estima-se que cerca de 25% do total da área do Sri Lanka apresenta potencial para
depósitos de gema (Dissanayake & Rupasinghe 1993). Durante as últimas décadas, muitas
novas pedras preciosas e, até então desconhecidas, foram descobertas.
O Complexo Highland presumivelmente contém as rochas hospedeiras para as gemas
(Dissanayake et al. 2000), ou seja, quase todos os depósitos de gema do Sri Lanka são
derivados de rochas formadas na fácies granulito, localizadas no Complexo Highland,
indicando claramente que havia condições petrológicas adequadas para a formação de pedras
preciosas. Os campos de gema do Sri Lanka estão localizados, principalmente, em regiões de
alta pressão, no sudeste, e em algumas regiões do norte. Estes são muito menos proeminentes
em regiões de baixa pressão. As temperaturas de formação dos minerais gema no Complexo
Highland variam de 700 °C a 900 °C (Prame 1991).
A presença de metassedimentos ricos em Al, regimes de alta pressão e temperatura,
metamorfismo de contato e extensa atividade com presença de fluidos foram os pré-requisitos
para a formação de gemas dentro do Complexo Highland (Munasinghe & Dissanayake 1981).
Os depósitos de gema são, em sua maioria, do tipo sedimentar, sendo estes
classificados como residual, eluvial e aluvial (Dahanayake et al. 1980). Os depósitos aluviais
são mais amplamente distribuídos no Sri Lanka, sendo o campo de gemas Ratnapura um bom
exemplo. Eles costumam atingir profundidades de mais de 20 metros e, geralmente, contêm
duas ou três camadas de gema. Ocorrem, principalmente, em terraços aluviais antigos e
planícies de inundação, possuindo grãos bem arredondados. As camadas de gema nestes
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
25
depósitos são marcadamente heterogêneas, exibindo uma variedade de formas e tamanhos,
que indicam mudanças frequentes no curso e na velocidade dos fluxos.
O campo de gemas Ratnapura é, de longe, o mais importante do Sri Lanka. Como
mostrado na Figura 2.2, as áreas abrangidas pelo campo de gemas Ratnapura consistem de
rochas metamórficas pré-cambrianas do tipo charnockito-metassedimentar. Os principais tipos
de rocha são charnockitos, granada-sillimanita granulitos, anfibolitos e granada-biotita
gnaisses granulíticos. Destes, os charnockitos e os granada-sillimanita granulitos pelíticos são
os mais abundantes. A ocorrência de rochas intrusivas de zircão granitos, veios de quartzo e
pegmatitos é de importância particular (Dissanayake et al. 2000).
O campo Ratnapura é constituído por aluviões do Pleistoceno ou sub-recentes, com
faixas de cascalho de minerais pesados depositados na planície de inundação de rios, ou nos
leitos de afluentes abandonados, ou ainda no sopé das encostas íngremes (Wadia & Fernando
1945). Os minerais pesados, incluindo as gemas, foram depositados durante períodos de
intensas inundações, que causaram a remoção mecânica destes minerais de suas áreas de
origem.
As principais gemas encontradas no campo de Ratnapura são: ametista, andalusita,
apatita, berilo, crisoberilo, citrino, corindon, diamante, danburita, diopsídio, ekanita, granada,
cordierita, kornerupina, escapolita, sillimanita, sinhalita, espinélio, taaffeita, topázio,
turmalina e zircão (Dissanayake & Rupasinghe 1993).
Figura 2.2: Mapa geológico do campo de gemas Ratnapura (modificado de Dissanayake et al. 2000).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
26
CAPÍTULO 3
ESTADO DA ARTE
Neste capítulo, serão apresentados uma revisão sobre a geocronologia U-Pb e o
sistema isotópico Lu-Hf, além de trabalhos relacionados ao desenvolvimento de padrões de
zircão para geocronologia U-Pb e análises isotópicas de Hf.
3.1 – GEOCRONOLOGIA U-Pb
3.1.1 – Introdução
O primeiro grande trabalho sobre geocronologia foi publicado por Holmes (1911),
cujo título é “The Association of Lead with Uranium in Rock-Minerals and Its Application to
the Measurement of Geological Time”. Este trabalho foi surpreendentemente preciso, apesar
de ter sido realizado antes da descoberta de isótopos (Soddy 1913) e de ser restrito a análises
geoquímicas de rocha total. Este e outros esforços complementares, examinando o decaimento
do U e utilizando a geocronologia U-Pb (e.g., Holmes & Lawson 1927), lançaram as bases
para o que viria a se tornar um dos mais importantes métodos para datação isotópica.
Sabe-se que o elemento Pb tem quatro ocorrências naturais de isótopos estáveis, 204Pb,
206Pb, 207Pb, e 208Pb, dos quais os três últimos tem um componente radiogênico produzido
pelo decaimento independente do 238U, 235U e 232Th, respectivamente. A abundância de
minerais com alta concentração de U na maioria dos tipos de rocha, bem como a resistência
de alguns destes minerais ao intemperismo físico e químico, contribui para a propagação do
uso do sistema U-Pb para geocronologia. Apesar do zircão ser, de longe, o mineral mais
comumente utilizado para datação U-Pb (Hanchar & Hoskin 2003), monazita, apatita,
xenotime, titanita, rutilo, badeleíta, alanita e perovskita são também comumente datados e
fornecem um espectro de aplicações geocronológicas e termocronológicas em sistemas
ígneos, metamórficos, hidrotermais e epitermais (e.g., Corfu 1988, von Blanckenburg 1992,
Heaman & LeCheminant 1993, Corfu et al. 1994, Rubatto 2002, Oberli et al. 2004, Gregory
et al. 2007, Storey et al. 2007). Combinado com técnicas de dissolução parcial de rocha total,
de crescente sofisticação (e.g., Wadhwa et al. 2009), o sistema U-Pb tem fornecido limites de
tempo cruciais para a formação do sistema solar, calibração da escala de tempo geológico,
taxas de processos tectonotermais na litosfera, e reconstrução da paleogeografia e do ciclo dos
supercontinentes.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
28
A quantidade de material necessário a uma determinada análise tem continuamente
diminuído e a precisão destas análises aumentou, desde que os espectrômetros de massa
começaram a ser aplicados à geocronologia U-Pb na década de 1960. A última década assistiu
a uma explosão de dados U-Pb na literatura (Fig. 3.1), em parte, devido à facilidade de datar
minerais com altas concentrações de U, através da aplicação de métodos, como ablação a
laser, à geocronologia.
A seguir, serão mostrados o esquema de decaimento U-Th-Pb, os modos de
visualização dos dados e a interpretação dos mesmos, bem como o desenvolvimento da
geocronologia U-Pb na datação de zircão.
Figura 3.1: Plot de número de publicações por ano para vários métodos de datação de radioisótopos (modificado
de Schoene 2013).
3.1.2 – Decaimento de U e Th para Pb
3.1.2.1 – Mecanismo de Decaimento
A geocronologia U-Th-Pb pode ser explicada a partir do decaimento de vários
isótopos-pai para diferentes isótopos estáveis de Pb, cada um com sua respectiva meia-vida
(Fig. 3.2).
Núm
ero
de
pap
ers
Ano de publicação
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
29
Figura 3.2: Ilustração das diferentes meia-vidas de 232Th, 238U e 235U através de decaimento do isótopo-pai para
o filho (modificado de Schoene 2013).
Nenhum dos isótopos-pai decai diretamente para Pb, mas, ao contrário, segue uma
sequência de decaimentos alfa e beta (o que implica na projeção de uma partícula alfa ou beta,
respectivamente, a partir dos núcleos) que cria uma série de isótopos filhos intermediários, e
sempre leva ao mesmo isótopo estável de Pb (Bateman 1910). Para entender os efeitos desta
cadeia de decaimentos na geocronologia U-Th-Pb, é necessário compreender o conceito de
equilíbrio secular (Krane 1987). Uma cadeia de decaimento está em equilíbrio secular quando
o produto da abundância de um isótopo e sua constante de decaimento são iguais entre todos
os isótopos-filho intermediários e o isótopo-pai:
N1λ1 = N2λ2 = N3λ3 = ... [1]
onde N1 é o número de mols do isótopo-pai 1 e λ1 é sua constante de decaimento. Em um
sistema fechado, qualquer cadeia de decaimento irá atingir o equilíbrio secular em um tempo
proporcional à meia-vida mais longa do isótopo-filho intermediário. O sistema permanecerá
em equilíbrio secular até que um ou mais isótopos da cadeia seja fracionado a partir dos
outros, por exemplo, por partição química em um sistema magmático ou fracionamento a
baixa temperatura, durante intemperismo químico. Surgem duas importantes implicações a
partir desta formulação (Krane 1987): (1) se o sistema está em equilíbrio secular, um átomo
- - Pb*/Pai0
_
Tempo (Ma)
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
30
de 206Pb é criado para cada átomo de 238U que decai, e (2) se o equilíbrio secular for
perturbado durante a cristalização ou fusão parcial, a idade aparente calculada será
prejudicada - porém apenas se a meia-vida do isótopo, que é fracionado, for
significativamente longa.
3.1.2.2 – Equações de Idade
Considerando cada um dos três sistemas de decaimento, independentemente, pode-se
construir três equações de idade distintas (Faure 1986), assumindo o equilíbrio secular no
momento do fechamento do sistema:
(Pb206
Pb204) = (
Pb206
Pb204)
0
+ (U238
Pb204) (eλ238t-1) [2]
(Pb207
Pb204) = (
Pb207
Pb204)
0
+ (U235
Pb204) (eλ235t-1) [3]
(Pb208
Pb204) = (
Pb208
Pb204)
0
+ (Th232
Pb204) (eλ232t-1) [4]
onde o índice 0 segue a razão entre a composição isotópica de Pb quando o sistema fechou
(por exemplo, cristalização de um mineral), t é o tempo desde quando o sistema fechou, e
λ238, λ235 e λ232 são as constantes de decaimento de 238U, 235U e 232Th. Para normalização, um
isótopo estável do elemento-filho é escolhido, e, neste caso, escolheu-se o 204Pb, o único
isótopo de Pb não radiogênico. A normalização traz uma série de benefícios. Um deles é que
pode-se medir a razão 206Pb/204Pb com muito mais precisão do que a medida de mols de 206Pb,
o qual é uma função da concentração, relativamente mal conhecida, da solução com traçador
ou mineral padrão usado para a análise. Um segundo benefício, é que ela permite ignorar a
concentração absoluta de ambos U e Pb e concentrar simplesmente na sua razão, que mais
uma vez pode ser medida com grande precisão em relação à concentração (Faure 1986). Cada
uma das equações [2] – [4] podem ser usadas para calcular uma idade modelo, se a
composição isotópica de Pb inicial, em t = 0, for conhecida, ou se sua contribuição pode ser
desprezada, e se outras fontes de Pb comum forem contabilizadas. Alternativamente, um
conjunto de análises de minerais e rochas pode formar uma disposição linear no diagrama
isochron (por exemplo, 206Pb/204Pb vs. 238U/204Pb), onde a inclinação da linha é igual a 𝑒λt – 1
e a interseção com o eixo y é equivalente à composição isotópica inicial de Pb (Holmes 1946,
Stacey & Kramers 1975). Este é o clássico diagrama isochron usado em quase todos os
métodos geocronológicos e é mostrado graficamente na Figura 3.3.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
31
Figura 3.3: Exemplo de um dos três possíveis diagramas Isochron no sistema U-Th-Pb. t0, t1, etc, referem-se a
diferentes momentos da evolução do sistema (modificado de Schoene 2013).
3.1.2.3 – Visualização dos Dados U-Th-Pb
Devido às numerosas equações que permitem o cálculo de idades e de composições de
Pb0 na geocronologia U-Th-Pb, várias representações gráficas de dados são usadas para
mostrar as numerosas variáveis existentes. A seguir, será mostrado uma das principais formas
de visualização de dados, o diagrama concórdia.
Diagrama Concórdia
Wetherill (1956) introduziu o diagrama concórdia, que plota as razões 206Pb/238U vs.
207Pb/235U da mesma análise. A curva concórdia (Fig. 3.4) pode, então, ser desenhada como o
conjunto de soluções das equações
(Pb206
U238) =(eλ238t-1) [5]
(Pb207
U235) =(eλ235t-1) [6]
onde a contribuição do Pb inicial é considerada insignificante, comparando-se com o
componente radiogênico. Esta relação não é linear, pois o 238U e o 235U têm meia-vidas
diferentes. As amostras que permaneceram com o sistema fechado desde sua formação plotam
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
32
sobre a curva concórdia, enquanto aquelas que tiveram seu sistema aberto, não, sendo
chamadas de discordantes.
Figura 3.4: Representação gráfica da história de crescimento de um zircão no diagrama concórdia. (a) Exemplo
de um zircão de 1700 Ma, perdendo Pb ou misturando com supercrescimento metamórfico. t0 é a idade de
cristalização do zircão; depois de 1700 Ma, ocorre a entrada de Pb, e o zircão aparece sobre a concórdia em t1;
em t2, o zircão sofre perda de Pb ou ocorre crescimento de zircão em torno do núcleo antigo; t’ representa zircões
que são discordantes após a perda de Pb parcial ou supercrescimento mineral em t2. (b) O mesmo dado após o
sistema ter fechado novamente. A linha discórdia, definida pelas análises em roxo, agora tem uma interseção
superior com a curva concórdia, representando o evento de cristalização ígnea original em t1, e uma interseção
inferior, representando t2. (c) Ilustração de como o cenário em (a) e (b) possivelmente poderia ser gravado em
um evento de metamorfismo como t2. (d) Caso onde ocorre perda de Pb em t2 (modificado de Schoene 2013).
Perda e ganho de Pb, perda e ganho de U, e a mistura de materiais com diferentes
idades podem causar arranjos discordantes (Williams et al. 1984). Quando um mineral
cristaliza e começa a acumular Pb radiogênico em um sistema fechado, as razões 207Pb/235U e
206Pb/238U evoluem de modo que ambas seguem a curva concórdia (Fig. 3.4). Minerais que
experimentam diferentes quantidades de perda de Pb inicialmente caem sobre uma linha
discórdia, que passa pela origem, e cruza a curva concórdia em um ponto que corresponde à
(c)
(d)
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
33
sua idade real de cristalização. Se os minerais, em seguida, retornarem ao sistema fechado,
eles continuam a acumular Pb radiogênico e evoluem segundo uma trajetória de tal forma que
a disposição da discórdia é preservada como uma linha. A linha discórdia pode apresentar
uma interseção inferior com a curva concórdia que corresponde ao evento que causou a perda
de Pb.
Se uma análise mistura dois domínios com idades diferentes, por exemplo, um núcleo
de zircão antigo com uma borda de zircão mais novo, o mesmo efeito é observado. Sendo
assim, esta simples análise gráfica pode ser estendida para eventos de múltiplas perdas de Pb
ou mistura de múltiplas idades, embora os dados se encontrarão dispersos fora de uma linha,
tornando a informação geológica consistente difícil de se extrair.
3.1.3 – Considerações sobre Perda de Pb
Um dos principais focos de pesquisa dos geocronologistas tem sido compreender as
causas de discordâncias em análises de zircão. Enquanto a mistura de domínios de
crescimento com diferentes idades é de fácil compreensão e, agora, é muitas vezes resolvida,
utilizando-se técnicas de alta resolução espacial (e.g., Dumond et al. 2008), o processo de
perda de Pb tem inúmeras causas possíveis, que são difíceis de se quantificar. O exemplo
dado na Figura 3.4 segue a interpretação comum de que as interseções inferiores da linha
discórdia com a curva concórdia representam eventos geológicos significativos que causaram
a perda de Pb em uma suíte de zircões. Tilton (1960) notou a inusitada coincidência de que
muitas linhas discórdia de zircões provenientes de diferentes locais tiveram interceptos
inferiores, globalmente semelhantes, de ~ 600 Ma, mas não seguiram uma disposição linear,
como era de se esperar para um único evento de perda de Pb. Ele desenvolveu fórmulas para
explicar a perda de Pb no espaço concórdia, como resultado da difusão de Pb através da
estrutura cristalina do zircão. Tilton (1960) percebeu o problema deste modelo, no qual,
enquanto muitos zircões permanecem com o sistema fechado em condições metamórficas de
alta temperatura, outros caem sobre a linha discórdia com interceptos inferiores que são, na
verdade, mais jovens do que os dados K-Ar em biotitas (em que o Ar difunde em
temperaturas mais baixas que 300 ºC) provenientes das mesmas rochas. Wasserburg (1963)
desenvolveu equações para um modelo em que a perda de Pb ocorreu por difusão, mas com
um coeficiente de difusão que é função de danos de radiação na estrutura do zircão.
Os danos de radiação no zircão são um resultado tanto do recuo de partículas alfa,
quanto da acumulação dos traços de fissão (e.g., Deliens et al. 1977, Nasdala et al. 1996,
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
34
1998, 2004, Meldrum et al. 1998), e tem sido mostrado para correlacionar, aproximadamente,
com o grau de discordância de algumas suítes de zircão (Nasdala et al. 1998). Em
temperaturas acima de ~250 ºC, o dano de radiação no zircão é “fundido” em uma curta
escala de tempo geológico (Ketcham et al. 1999). Dados experimentais sobre difusão de Pb
em zircão mostram que esta é insignificante a temperaturas acima de 900 ºC em cristais não
metamícticos (Lee 1997, Cherniak & Watson 2001). Deformação plástica do cristal, como
meio de gerar caminhos para rápida difusão (Reddy et al. 2006), e reprecipitação-dissolução
hidrotermal em baixas temperaturas (Geisler et al. 2002, 2003) podem contribuir para a perda
de Pb. Conclui-se, então, que a perda de Pb em zircão só deveria ocorrer a baixas
temperaturas. Mezger & Krogstad (1997) inferiram que a perda de Pb em altas temperaturas é
resultado da recristalização de zircões metamícticos, e pode resultar em dados de interceptos
inferiores significativos ou não. Para Schoene (2013), o conceito de “recristalização” é
confuso e mau definido. Alternativamente, é mais sensato que os dados de intercepto inferior,
que parecem ter significado geológico (por exemplo, correspondem a um evento metamórfico
conhecido), podem representar uma mistura de núcleo-borda, que possivelmente se sobrepôs à
perda de Pb em zircões metamícticos. Ou, mais simplesmente, o oposto da interpretação
tradicional é correto: os dados de intercepto inferior representam não o momento em que a
perda de Pb ocorreu, mas o tempo em que a perda de Pb parou, devido à alta temperatura de
“recozimento”.
3.1.4 – Histórico da Geocronologia U-Pb em Zircão
A história da geocronologia em zircão ilustra alguns dos fatores que impulsionam o
progresso científico. O método inicial Pb-α (1950-1957) foi rapidamente substituído por
diluição isotópica (Tilton et al. 1955), mas o próximo maior avanço precisou de quase 15
anos, até que o ativador de ionização com sílica gel foi amplamente adotado (Cameron et al.
1969), e rapidamente seguido por bomba de dissolução, coluna química miniaturizada, e spike
205Pb (Krogh 1973). Subsequentemente, depois de cerca de uma década de aplicações, mas
com alguns grandes avanços na técnica, a abrasão de zircão foi introduzida (Krogh 1982),
quase ao mesmo tempo da técnica de datação SIMS (Compston et al. 1982). O método SIMS
abriu uma nova abordagem para a datação de zircão e foi seguida por uma técnica de
evaporação dos grãos (Kober 1986), um novo ramo da datação TIMS. Após anos de evolução
das técnicas SIMS e TIMS, surge o LA-ICP-MS (Feng et al. 1993, Fryer et al. 1993), uma
nova tecnologia que veio para desafiar os métodos anteriores.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
35
A percepção de um impasse que os métodos existentes não poderiam superar foi,
talvez, o impulso mais importante para grandes avanços nas técnicas de datação (Davis et al.
2003). Por exemplo, o método Pb-α mostrou o potencial dos zircões para datação, mas sua
precisão era limitada e, por isso, foi substituído pela diluição isotópica. As discordâncias em
zircões tornavam-se cada vez mais evidentes e a compreensão destas foi o foco das pesquisas
subsequentes. No início da década de 1970, as inovações na Carnegie Institution in
Washington (CIW) aumentaram grandemente o número de dados em zircão, tornando o
processo analítico mais eficiente em termos de tempo e consumo de amostra.
Estudos realizados por Steiger & Wasserburg (1969) sugeriram que o zircão é
constituído por fases concordantes e discordantes. A conclusão lógica é a de que se pode
eliminar a discordância por identificação e isolamento de fases concordantes. No entanto, por
muito tempo, os esforços foram mais focados em debates sobre a natureza e o significado da
perda de Pb e, ainda, sobre os métodos mais apropriados para tratamento dos dados.
A grande herança deixada pela datação em zircão é a calibração precisa de grande
parte do tempo geológico. Seu valor científico reside no poder de testar modelos geológicos e
resolver controvérsias que, geralmente, surgem devido à incompletude do registro geológico.
Como exemplo, têm-se as datações precisas de leitos de cinzas vulcânicas por Tucker et al.
(1990), dentre outros, que serviram para estabelecer uma escala de tempo absoluta para o
registro paleontológico. A maior extinção em massa conhecida e o limite Permo-Triássico
foram correlacionados com o Siberian Traps, devido à datações U-Pb em zircões (Kamo et al.
1996, Bowring et al. 1998).
O rico registro cronológico revelado por zircões não chega a terminar em 4.0 Ga, a
idade das rochas mais antigas. O éon Hadeano permanece quase escondido da observação
direta, com exceção de uma única área no oeste da Austrália, onde zircões com mais de 4,0
Ga são preservados como grãos detríticos e xenocristais. O zircão mais antigo é agora datado
em 4404 Ma (Valley et al. 2002), apenas cerca de 100 Ma mais jovem do que a colisão
maciça que formou o sistema Terra-Lua.
3.1.4.1 – Desenvolvimento da Datação U-Pb em Zircão por LA-ICP-MS
As primeiras tentativas bem sucedidas do uso de LA-ICP-MS para a datação isotópica
de zircões foram relatadas por Feng et al. (1993) e Fryer et al. (1993). No entanto, devido ao
fracionamento elementar incontrolável de Pb e U, durante a ablação a laser, e à discriminação
de massa variável dos primeiros instrumentos ICP-MS, estes trabalhos foram restritos,
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
36
principalmente, para medir as idades 207Pb/206Pb. Hirata & Nesbitt (1995) e Jackson et al.
(1996) foram os primeiros a datar zircões, com sucesso, pelo método U-Pb via LA-ICP-MS.
Ambos usaram padronização externa para corrigir o fracionamento elementar Pb/U e a
discriminação de massa dos isótopos no ICP-MS, e notaram que o fracionamento Pb/U era
dependente da matriz. Hirata & Nesbitt (1995) sugeriram a redução do fracionamento
elementar Pb/U, concentrando-se ativamente o feixe de laser sobre o fundo da cratera de
ablação, enquanto Jackson et al. (1996) propuseram a utilização de um feixe de laser
desfocado e uma célula de ablação, onde um jato de gás carregador de amostra resfria o local
da ablação e ajuda a remover o material ablado da cratera produzida pelo laser. Ambas as
abordagens foram bem sucedidas na redução do fracionamento elementar Pb/U, mas eles não
o eliminaram completamente. A aplicação da chamada técnica de “ablação suave” (aumento
gradual da potência do laser, durante a análise; Hirata 1997) levou a uma melhor estabilidade
do sinal das razões isotópicas e a uma redução adicional do fracionamento Pb/U durante as
análises de zircão. Foi demonstrado, por vários autores nos anos seguintes, que o
fracionamento está relacionado com a razão largura/profundidade do furo do laser (e.g.,
Eggins et al. 1998, Mank & Mason 1999). Parrish et al. (1999) propuseram um feixe de laser
do tipo raster (contínuo), ao invés de análises por um único furo de laser, e eles conseguiram
reduzir o fracionamento Pb/U significativamente. Diferentes métodos para lidar com o
fracionamento Pb/U foram propostos por Horn et al. (2000) e Košler et al. (2002), que
aplicaram correções matemáticas, em vez de padronização externa, para compensar o
fracionamento. A ablação a laser assistida quimicamente (Hirata 2003) melhorou a precisão
nas análises de U-Pb por LA-ICP-MS, devido à introdução de gás fréon na célula de ablação.
Enquanto a maioria dos primeiros trabalhos de datação em zircão por laser ablation
foram realizados com instrumentos ICP-MS quadrupolo (Russo et al. 2002), recentemente,
tem havido uma série de tentativas bem sucedidas de datar zircões e outros minerais
acessórios por ICP-MS sector field e multicollector (e.g., Simonetti et al. 2005, Frei & Gerdes
2009, Chemale et al. 2012).
3.2 – SISTEMA DE DATAÇÃO Lu-Hf
3.2.1 – Introdução
O sistema Lu-Hf foi inicialmente explorado como traçador geoquímico no início de
1980 (Patchett & Tatsumoto 1980a), mas algumas dificuldades analíticas restringiram seu
uso. Durante a última década, entretanto, os rápidos avanços dos instrumentos ICP-MS com
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
37
multicoletores, combinados com as novas técnicas de microanálise in situ por laser ablation,
fizeram o sistema isotópico Lutécio-Háfnio uma das ferramentas mais inovadoras e poderosas
para estudos geocronológicos e isotópicos (e.g., Thirlwall & Walder 1995, Blichert-Toft &
Albarède 1997, Vervoort & Blichert-Toft 1999, Woodhead et al. 2004, Woodhead & Hergt
2005, Gerdes & Zeh 2006, 2009, Hawkesworth & Kemp 2006, Matteini et al. 2010, Chen et
al. 2013), uma vez que a eliminação da necessidade de se utilizar a técnica de diluição
isotópica permitiu evitar os problemas de purificação destes elementos e as consequentes
interferências de outros elementos nos detectores. A troca da ionização térmica pela do
plasma também possibilitou a resolução do problema da baixa taxa de ionização do Lu, visto
que tal elemento demanda altas temperaturas (maiores do que as suportadas por filamentos
utilizados em outros métodos) para uma boa ionização (Geraldes 2010).
O 176Lu constitui 2.6% do lutécio natural, o mais pesado dos Elementos Terras-Raras
(ETR). O Lu tende a residir, principalmente, em minerais pesados ricos em ETR, como
granada, zircão e xenotime. O Hf é um High Field Strength Element (HFSE), cuja geoquímica
é praticamente idêntica à do zircônio. Por isso, o Hf pode substituir o Zr no zircão e em outros
minerais raros que contenham Zr em sua estrutura. A maioria dos cristais de zircão contém
0.5-2.0 % de HfO2 em peso (Hoskin & Schaltegger 2003), mas zircões extremamente ricos
em Hf já foram reportados, por exemplo, provenientes de pegmatitos mineralizados em metais
raros (Correia Neves et al. 1974).
A importância do método Lu-Hf em grãos de zircão, quando combinado com o
método U-Pb, está na possibilidade de caracterizar isotopicamente o magma hospedeiro, a
partir do qual ele se cristalizou. As aplicações geológicas desta informação são numerosas.
Primeiramente, em estudos de proveniência sedimentar, os isótopos de Hf fornecem limites
isotópicos sobre a origem de zircões detríticos e, consequentemente, dos sedimentos
hospedeiros. As diferentes assinaturas dos isótopos de Hf, encontrados em uma população de
zircão, ou até mesmo em um único zircão, permitem caracterizar diferentes eventos
magmáticos ou metamórficos de alta temperatura, que ocorrem durante a evolução crustal das
regiões de origem (Gerdes & Zeh 2006).
Em seguida, será apresentada uma revisão bibliográfica sobre o método Lu-Hf e sua
utilização em datações de zircão.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
38
3.2.2 – O Decaimento Lu-Hf
O 176Lu é um radionuclídeo instável que sofre, espontaneamente, decaimento de
partículas β para o isótopo estável 176Hf, com uma meia-vida de, aproximadamente, 37 Ga
(Scherer et al. 2001). O 176Lu também decai para 176Yb, por captura de elétrons, mas em uma
quantidade que pode ser desconsiderada para os cálculos de idade (Geraldes 2010). As
variações na abundância de 176Hf são convencionalmente expressas em relação ao 177Hf, cuja
abundância natural é constante. Assim, a equação básica de idade para o método de datação
Lu-Hf, como aplicado a qualquer sistema fechado (Faure 1986), é:
(Hf176
Hf177)
t
= (Hf176
Hf177)
inicial
+ (Lu176
Hf177)
t
(eλt-1) [7]
onde t é o tempo decorrido, e λ é a constante de decaimento β do 176Lu. Diferentes valores
para λ foram propostos, no passado, por vários autores. A maioria dos estudos geológicos tem
usado tanto o valor 1.94 × 10-11 y-1, originalmente calculado a partir da inclinação da isócrona
Lu-Hf gerada para um meteorito eucrita de 4.56 Ga (Patchett & Tatsumoto 1980b), quanto,
alternativamente, o valor 1.93 × 10-11 y-1, como foi determinado por uma medição direta da
atividade de raios γ (Sguigna et al. 1982). No entanto, estimativas mais recentes, tanto por
contagem direta de cintilação (Nir-El & Lavi 1998), quanto pela calibração da inclinação da
isócrona Lu-Hf com idades U-Pb de minerais ricos em Lu (Scherer et al. 2001), indicam que
um valor revisto de 1.86 × 10-11 y-1 seria mais apropriado. Se este valor revisto for adotado, a
implicação imediata para todos os trabalhos anteriores é que as idades Lu-Hf calculadas,
usando 1.93 ou 1.94 × 10-11 y-1, serão 4% mais jovens, e a posição da curva de evolução da
composição total de isótopos de Hf da Terra não fracionada, que é a principal referência para
estudos petrogenéticos, se deslocará, de tal modo que a magnitude dos desvios medidos a
partir desta curva também mudará.
3.2.3 – Hf como traçador geoquímico
O sistema isotópico Lu-Hf pode ser utilizado para rastrear a história da diferenciação
química da Terra (crosta e manto), em virtude do fato de que o fracionamento de Lu e Hf
ocorre durante a geração de magma (Patchett et al. 1981, Fig. 3.5a). Uma vez uniforme, a
razão inicial Lu/Hf do condrito (CHUR - Chondritic Uniform Reservoir) para a Terra tem
sido progressivamente modificada, ao longo do tempo, por episódios de fusão parcial do
manto superior que, na geração de magmas basálticos, empobreceram o manto residual em Hf
(o mais incompatível dos dois elementos) e, de forma correspondente, enriqueceu a crosta de
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
39
basalto assim gerada. Ao longo do tempo, a composição isotópica de Hf do manto
empobrecido (Lu/Hf > condritos) e da crosta enriquecida (Lu/Hf < condritos) diverge a partir
de qualquer material restante não fracionado (Lu/Hf = condritos), como mostrado na Figura
3.5a.
Figura 3.5: (a) Evolução hipotética de 176Hf/177Hf em função do tempo para a Bulk Silicate Earth (BSE) /
CHUR, o manto depletado (DM), dois reservatórios crustais e zircão. (b) Os mesmos reservatórios plotados
como εHf em função do tempo. A crosta é extraída da BSE por fusão no ponto (1), deixando para trás um
reservatório de manto depletado complementar; a idade U-Pb do zircão representa sua cristalização (3); a idade
Lu-Hf de residência crustal (TDM) estima o tempo decorrido desde que o domínio crustal, que hospeda o zircão,
foi extraído do manto depletado (2) (modificado de Scherer et al. 2007).
Como em muitos outros sistemas isotópicos, os desvios da composição isotópica de Hf
nos condritos, em um tempo, t, são expressas em unidades de epsilon (ε, partes por dez mil),
como dado pela seguinte fórmula:
εHf= [( Hf176 Hf177⁄ )
amostra
( Hf176 Hf177⁄ )CHUR
-1] ×104 [8]
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
40
Assim, amostras com razão 176Hf/177Hf maior que a do condrito, em um tempo, t,
apresentam valores positivos de εHf, enquanto aquelas com razão 176Hf/177Hf menor que a de
CHUR têm um εHf negativo. Os condritos possuem εHf igual a zero (Kinny & Maas 2003).
Valores positivos de εHf implicam que o Hf se originou de uma fonte empobrecida, contendo
razão Lu/Hf maior que a do reservatório condrítico, ou seja, εHf > 0 indica que o magma foi
extraído do manto depletado (empobrecido), e os valores negativos implicam em uma
derivação de fonte enriquecida, com baixa razão Lu/Hf em relação ao reservatório condrítico,
isto é, εHf < 0 é típico de rochas formadas pela fusão de crosta antiga (Fig. 3.5b).
Alguns parâmetros de referência adotados para a razão 176Hf/177Hf inicial do Sistema
Solar e os valores 176Lu/177Hf atuais dos condritos são apresentados na Tabela 3.1.
Tabela 3.1: Parâmetros de referência para a Bulk Silicate Earth.
(176Hf/177Hf)hoje (176Lu/177Hf)hoje (176Hf/177Hf)inicial Parâmetros para Hf inicial Referências
0.28286 ± 9 0.0334 0.27978 ± 9 t0 4.55 Ga; λLu 1.94 × 10-11 1
0.282772 ± 29 0.0332 ± 2 0.279742 ± 29 t0 4.56 Ga; λLu 1.93 × 10-11 2
1. Tatsumoto et al. 1981; 2. Blichert-Toft & Albarède 1997.
É possível calcular uma idade modelo, referente ao manto depletado, denominada
TDM. Esta idade está relacionada ao tempo decorrido desde a geração da amostra a partir de
um magma com razão 176Hf/177Hf semelhante ao manto depletado. A idade TDM é obtida a
partir da seguinte fórmula (Matteini et al. 2010):
HfTDM=1
λ× ln {
( Hf176 Hf177⁄ )amostra
- ( Hf176 Hf177⁄ )DM
( Lu176 Hf177⁄ )amostra
- ( Lu176 Hf177⁄ )DM
+1} [9]
Considerando que um único estágio de idade TDM é comumente calculado para
análises de rocha total, para estudos de zircão, são necessários dois estágios de idade TDM
(Nebel et al. 2007). A idade TDM em zircão é calculada a partir da composição isotópica de Hf
inicial do zircão, usando uma média da razão Lu/Hf crustal. A composição inicial de Hf
representa o valor 176Hf/177Hf calculado no momento em que o zircão se cristalizou, ou seja,
equivale à idade U-Pb obtida anteriormente no mesmo cristal. Estas idades modelo indicam o
tempo de residência crustal para as rochas que hospedaram o zircão. Sendo assim, é evidente
a importância de se realizar medições U-Pb e Lu-Hf em uma mesma porção do grão de zircão,
de modo que se possa recalcular os valores de εHf e HfTDM no momento de sua cristalização.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
41
3.2.4 – Isótopos de Hf em zircão
O zircão possui uma afinidade maior com o Hf do que com o Lu, o que significa que a
razão Lu/Hf em zircões é invariavelmente muito baixa, tipicamente ~ 0.002. Assim, a
cristalização do zircão em qualquer ambiente geológico resulta em extremo fracionamento de
Lu/Hf entre o zircão e quaisquer outras fases co-precipitantes (Kinny & Maas 2003).
O zircão efetivamente preserva a razão 176Hf/177Hf inicial, proporcionando um registo
permanente da composição isotópica de Hf do seu ambiente de origem, no momento da
cristalização. Esta razão pode, então, ser utilizada para determinar uma idade modelo de Hf,
contribuir para construir a isócrona Lu-Hf, ou, se a idade de cristalização do zircão é
conhecida de forma independente, a partir de datação U-Pb, para determinar um valor εHf
inicial em relação à curva de referência de evolução de Hf para a Bulk Silicate Earth (BSE)
(Fig. 3.5). Desta forma, a composição isotópica de Hf do zircão pode ser utilizada como um
traçador geoquímico da origem de sua rocha hospedeira. O Hf é um traçador mais sensível do
que o Nd, visto que a razão Lu/Hf no manto depletado tem aumentado em aproximadamente o
dobro da razão Sm/Nd, em relação ao material não fracionado (Patchett & Tatsumoto 1980c).
Além disso, a bem conhecida capacidade de resistência do zircão a processos de
intemperismo, transporte e sedimentação permite que as mesmas técnicas de rastreamento
isotópico, aplicadas ao método Sm-Nd, também sejam aplicadas para Lu-Hf, a fim de
esclarecer as origens de grãos de zircão detríticos em rochas sedimentares e
metassedimentares (Kinny & Maas 2003).
A constatação de que o zircão realmente preserva a razão 176Hf/177Hf inicial de uma
rocha ígnea hospedeira foi fornecida por um estudo da isócrona Lu-Hf do gnaisse arqueano
Amîtsoq, localizado na Groelândia Oeste, realizado por Pettingill & Patchett (1981). Análises
de rocha total e de zircão foram plotadas juntas para produzir uma idade isocrônica Lu-Hf
(Fig. 3.6). É importante ressaltar que o cálculo da idade isocrônica Lu-Hf segue as mesmas
premissas dos métodos Sm-Nd e Rb-Sr, isto é: a inclinação da isócrona é tanto maior quanto
mais antiga for a rocha; a razão 176Hf/177Hf inicial é definida pelo intercepto da reta com o
eixo y, a partir da relação m = 𝑒λt – 1 (os erros são calculados a partir da distância dos pontos
analíticos em relação à reta isócrona); todas as amostras são co-magmáticas e apresentam a
mesma razão inicial 176Hf/177Hf (a maioria dos magmas são suficientemente misturados na
escala da amostra analisada); o mineral ou rocha se comportou como um sistema fechado
desde sua formação; a constante de decaimento deve ser completamente conhecida; e o
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
42
isótopo radiogênico (176Hf) teve sua origem somente através do decaimento do isótopo
radioativo (176Lu) (Geraldes 2010).
No entanto, no trabalho de Pettingill & Patchett (1981), as amostras analisadas não
eram estritamente co-genéticas, nem contemporâneas, e a isócrona foi pobremente ajustada
(MSWD ~12, com três pontos de dados rejeitados). Ainda assim, as duas frações de zircão
analisadas plotaram dentro do erro, perto da intersecção da linha de regressão (definida pelas
amostras de rocha total) com o eixo y (Fig. 3.6), o que rendeu uma idade plausível de 3.59 ±
0.22 Ga (λLu = 1,94 × 10-11 y-1), apesar destas rochas terem experimentado metamorfismo de
alto grau no final do Arqueano (e.g., Nutman et al. 1996).
Figura 3.6: Isócrona Lu/Hf para os gnaisses Amîtsoq, modificado de Pettingill & Patchett (1981), mostrando
como os zircões podem preservar a razão 176Hf/177Hf inicial de suas rochas ígneas hospedeiras, apesar de
sofrerem metamorfismo posterior (desde que nenhum núcleo mais velho esteja presente e que nenhuma nova
borda seja adicionada ao zircão durante os eventos posteriores).
Os primeiros pesquisadores tinham receio em usar zircão para estudos isotópicos pelo
método Lu-Hf, devido à existência de discordâncias U-Pb e à possibilidade de perturbações
termais, após a cristalização, influenciarem as composições de Hf no zircão (Patchett et al.
1981, Patchett 1983, Smith et al. 1987). A principal preocupação era que a adição de Hf
radiogênico pudesse ocorrer, durante o metamorfismo, proveniente de minerais acessórios
ricos em ETR, como monazita, alanita, xenotime, ou apatita, que teriam altas razões Lu/Hf.
Parte da incerteza se devia ao fato de que nem sempre era claro se a discordância da idade U-
Pb observada era função da presença de bordas de zircão mais jovens, ou da perda de Pb a
partir de um zircão pré-existente, ou devido a outros mecanismos. Este problema era evitado
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
43
através da seleção de populações concordantes e da abrasão mecânica dos grãos para remover
as bordas, antes da digestão da amostra.
A possibilidade de um sistema aberto de isótopos de Hf em zircão foi explorada por
Patchett (1983), que analisou populações de zircão variavelmente discordantes, retiradas de
dois gnaisses tonalíticos arqueanos, provenientes de localidades distintas nos EUA. Um dos
gnaisses tonalíticos é constituído por zircões que não mostraram variações na razão
176Hf/177Hf, enquanto o outro possui zircões que apresentaram um aumento sistemático da
razão 176Hf/177Hf, com o aumento da discordância U-Pb. Patchett (1983) concluiu que este
aumento poderia estar relacionado à presença de bordas metamórficas nos zircões, contendo
Hf radiogênico. Este fato foi confirmado posteriormente por Kinny et al. (1991), através de
análises de Hf por ion-probe, que mostraram a presença de bordas recém-adicionadas aos
zircões e, além disso, provaram que as partes restantes dos cristais de zircão não apresentaram
variações detectáveis da razão 176Hf/177Hf, mesmo com a presença de discordância U-Pb.
Estes resultados mostraram que as composições de Hf em zircão não se alteram, de
modo significante, durante episódios de perturbação do sistema U-Pb, exceto através da
adição de Hf nas bordas de zircões recém-cristalizados. Hoskin & Black (2000) também
demostraram que o zircão pode perder U, Th e Pb radiogênico durante o metamorfismo e
ainda manter abundâncias primárias de Lu e Hf. Esta é uma vantagem em relação ao método
Sm-Nd, pois sabe-se que, em determinadas circunstâncias, a razão Sm/Nd pode ser perturbada
durante episódios de metamorfismo (e.g., Gruau et al. 1996). Tais fatos levaram ao recente
interesse de aplicar o sistema Lu–Hf, em zircões, para o estudo da diferenciação da Terra
(e.g., Amelin et al. 1999, 2000).
3.2.5 – Uso da Técnica LA-MC-ICP-MS para Análises Isotópicas de Hf em Zircão
A aplicação da sistemática Lu-Hf nas geociências foi desenvolvida desde 1980,
quando Patchett & Tatsumoto (1980a) e Patchett et al. (1981) usaram a técnica TIMS para
medir os respectivos isótopos. No entanto, devido ao elevado potencial de ionização do Hf
(6,65 eV), o método TIMS necessita de grandes quantidades de amostra e de uma separação
de íons com alta pureza, a fim de conseguir resultados aceitáveis. Na última década, o novo
método MC-ICP-MS, que permite excelente ionização em soluções de amostra, tornou-se o
melhor método para a análise de isótopos de Hf. A técnica de ablação a laser (in situ)
acoplada ao MC-ICP-MS permitiu a análise de amostras sólidas, como grãos minerais, com
uma elevada resolução espacial (Matteini et al. 2010).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
44
O uso de um conjunto com múltiplos detectores Faraday compensa a instabilidade do
plasma, na medida em que a precisão interna aproxima-se da análise TIMS e, ainda, com um
tempo menor de análise. A popularidade da técnica ICP-MS também tem levado ao
desenvolvimento de melhores métodos de separação química para Lu e Hf, otimizados para a
fonte de plasma (Blichert-Toft et al. 1997), de modo que os grãos individuais de zircão,
contendo tão pouco quanto 25 ng de Hf, podem, agora, ser analisados.
Na técnica in situ, o laser perfura a uma taxa de 0.5-1.0 μm s-1, e o volume resultante
da análise é até 100 vezes maior do que uma análise SIMS equivalente, envolvendo de 10 a
50 ng de Hf (Thirlwall & Walder 1995, Griffin et al. 2000). A alta temperatura do plasma
resulta em interferências moleculares menores do que as do método SIMS, no entanto,
correções substanciais nas medições de 176Hf são, ainda, necessárias, devido à presença dos
isóbaros 176Yb e 176Lu (Chu et al. 2002, Segal et al. 2003, Iizuka & Hirata 2005).
3.3 – ZIRCÕES EMPREGADOS COMO MATERIAL DE REFERÊNCIA
3.3.1 – Zircão QGNG
O zircão QGNG deriva de um afloramento de Quartzo-Gabro-Norito-Gnaisse
(QGNG) da Suíte Donnington, no Cráton Gawler, Sul da Austrália (Mortimer et al. 1988). Os
cristais deste zircão são utilizados em uma série de laboratórios com ion probe (e.g., Sano et
al. 2000), mas sua disponibilidade é limitada, a menos que mais amostras sejam coletadas.
Uma análise ID-TIMS inicial foi realizada por G.E. Mortimer & C.M. Fanning e, embora não
tenha sido publicada por estes autores, sua idade concórdia de 1849.8 ± 1.1 Ma (2) foi
formalmente relatada por Daly et al. (1998). Um estudo subsequente realizado por
Dougherty-Page & Bartlett (1999), usando a técnica de evaporação (Kober 1987), produziu
uma idade de 1850.0 ± 1.2 Ma (2). Mais recentemente, Black et al. (2003b) realizaram
análises ID-TIMS no zircão QGNG e obtiveram uma idade 207Pb/206Pb de 1851.6 ± 0.6 Ma
(2).
Woodhead & Hergt (2005) fizeram análises isotópicas de Hf em cristais do zircão
QGNG e encontraram uma razão 176Hf ⁄ 177Hf de 0.281612 ± 4 (2 S.D.), para o método de
solução, e uma razão 176Hf ⁄ 177Hf de 0.281613 ± 24 (2 S.D.), para análises por LA-MC-ICP-
MS, que está de acordo com o primeiro valor obtido. Iizuka et al. (2010) encontraram uma
razão 176Hf ⁄ 177Hf de 0.281588 ± 37 (2 S.D.), a partir de análises in situ, que encontra-se
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
45
concordante com o resultado obtido por solução (0.281586 ± 4, 2 S.D.) e por Woodhead &
Hergt (2005).
3.3.2 – Zircão 91500
O zircão 91500, preservado no Museu de Mineralogia de Havard, é um cristal único,
com peso original de 238 g. O mesmo foi recolhido no distrito Renfrew, Ontário, Canadá.
Esta amostra é de cor vermelha escura, transparente e não apresenta inclusões visíveis sob luz
transmitida (Wiedenbeck et al. 1995). Tal zircão é um dos padrões mais amplamente
distribuído e tem sido extensivamente utilizado em análises U-Pb, de elementos traço e de
isótopos de Hf (Wiedenbeck et al. 1995, 2004, Horn et al. 2000, Košler et al. 2002, Tiepolo et
al. 2003, Yuan et al. 2004, Nebel-Jacobsen et al. 2005, Wu et al. 2006).
Os primeiros resultados obtidos para o zircão 91500 foram compilados por
Wiedenbeck et al. (1995). Nesse estudo, três laboratórios (Ottawa, Toronto e Zurich)
realizaram análises U-Pb pela técnica TIMS, obtendo uma idade de 1065.4 ± 0.6 Ma para a
razão 207Pb/206Pb e 1062.4 ± 0.8 Ma para a razão 206Pb/238U. Também foram realizadas
análises de isótopos de Hf, obtendo-se uma razão 176Hf/177Hf de 0.282284 ± 6 (2 S.D.).
Paquette & Pin (2001) demonstraram seu esquema de extração para análises U-Pb através do
estudo de seis fragmentos (0.2-0.8 mg) do padrão 91500. A idade 207Pb/206Pb encontrada foi
de 1066.5 ± 1.1 Ma e para a razão 206Pb/238U foi de 1064.0 ± 1.5 Ma, estando, portanto, dentro
do erro dos resultados de Wiedenbeck et al. (1995). Lopez et al. (2001) utilizaram o zircão
91500 como padrão durante suas medições U-Pb e apresentaram uma razão 206Pb/238U de
0.17990 ± 62 (2 S.D.). Este valor é ligeiramente maior do que os previamente relatados, mas
poderiam reproduzir a razão U/Pb dentro de 0.3%. Usando, também, o zircão 91500 como
padrão, Amelin & Zaitsev (2002) relataram uma razão 206Pb/238U de 0.17849 ± 128 (2 S.D.),
com base em oito medidas.
Nesbitt et al. (1997) apresentaram os primeiros resultados de análises LA-ICP-MS
para elementos traço no zircão 91500, medindo as concentrações de Hf e U, mas não as
composições isotópicas de Hf e Pb. Horn et al. (2000) determinaram as composições
isotópicas de Pb e a razão U/Pb por LA-ICP-MS. Eles obtiveram uma idade 207Pb/206Pb de
1074 ± 5 Ma (2 S.D.) e uma idade 206Pb/238U de 1061 ± 4 Ma (2 S.D.).
Os primeiros dados isotópicos de Hf adquiridos pelo método de ablação a laser foram
publicados por Griffin et al. (2000). Eles determinaram uma razão 176Hf/177Hf igual a
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
46
0.282297 ± 44 (2 S.D.). Machado & Simonetti (2001) também utilizaram a técnica LA-ICP-
MS e relataram uma razão 176Hf/177Hf de 0.282270 ± 123 (2 S.D.).
Os primeiros dados de análises em solução por ICP-MS para a razão Lu/Hf e a
composição isotópica de Hf, no zircão 91500, foram apresentados por Amelin et al. (2000),
onde foi obtido um valor de 0.282320 ± 28 (2 S.D.) para a razão 176Hf/177Hf. Estes autores
também encontraram uma variação de 176Lu/177Hf entre os diferentes fragmentos do zircão,
que excedeu os erros analíticos. Mais recentemente, um estudo publicado por Goolaerts et al.
(2004) apresentou uma razão 176Hf/177Hf de 0.282302 ± 8 (2 S.D.), usando MC-ICP-MS.
Griffin et al. (2006) revelou que as composições isotópicas de Hf neste padrão são
heterogêneas, com uma distribuição essencialmente bimodal (razão 176Hf/177Hf 0.282284 ±
0.000022 e 0.282330 ± 0.000029 (2σ)), obtendo-se um valor médio de 0.282307 ± 0.000031
(Wu et al. 2006). No entanto, Corfu (2007) sugere que a dispersão e a aparente distribuição
bimodal da razão 176Hf/177Hf obtida por LA-ICP-MS são, provavelmente, relacionadas a uma
subestimação das incertezas analíticas.
3.3.3 – Zircão Mud Tank
Este zircão é derivado do carbonatito Mud Tank, localizado em Strangways Range,
Northern Territory, Austrália (Black & Gulson 1978, Currie et al. 1992). O zircão Mud Tank
é um grande cristal, apresentando cerca de 1 cm. Uma idade U-Pb de 732 ± 5 Ma foi relatada
por Black & Gulson (1978), com base em cinco análises TIMS, quatro das quais se encontram
bastante concordantes. As concentrações de U relatadas por estes autores variam de 6 a 36
ppm. No entanto, 16 análises de elementos traço via LA-ICP-MS, realizadas por Jackson et
al. (2004), resultaram em uma variação de 11 a 131 ppm. Jackson et al. (2004) também
obtiveram uma idade LA-ICP-MS de 732 ± 1.4 Ma (95% de confiança) para a razão
206Pb/238U, que encontra-se dentro do erro da idade TIMS relatada por Black & Gulson
(1978).
Woodhead & Hergt (2005) realizaram um série de análises isotópicas de Hf em
cristais com qualidade de gema, com uma variedade de cores, do zircão Mud Tank. Estes
autores mostraram que, apesar deste zircão exibir um forte zoneamento sob
catodoluminescência e que seu sinal de Yb e sua razão Lu/Hf variam sistematicamente com
este zoneamento, suas concentrações e composição isotópica de Hf mostram uma variação
insignificante. Com base nisso e no tamanho do grão deste zircão (oferta abundante), estes
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
47
autores concluíram que o Mud Tank é um potencial material de referência para análises
isotópicas de Hf por LA-MC-ICP-MS.
As razões 176Hf/177Hf para os cristais incolores e para os cristais coloridos, obtidas a
partir de amplas análises de longo prazo via LA-MC-ICP-MS, são de 0.282523 ± 0.000043
(2σ, N = 2190, Griffin et al. 2006) e 0.282504 ± 0.000044 (2σ, N = 158, Woodhead & Hergt
2005), respectivamente, enquanto as análises de solução por MC-ICP-MS resultaram em uma
razão de 0.282507 ± 0.000006 (2σ, N = 5, Woodhead & Hergt 2005).
3.3.4 – Zircão GJ-1
GJ-1 é um zircão com qualidade de gema, com coloração variando de vermelho a
vermelho rosado, verde amarelado e marrom, presumivelmente derivado do pegmatito Leste
Africano (Jackson et al. 2004, Elhlou et al. 2006). Este zircão foi fornecido pelo G&J Gem
Merchants (Sydney, Austrália), grupo GEMOC. A avaliação de homogeneidade por
catodoluminescência e imagem BSE, e análises de elementos traço e maiores por LA-ICP-MS
não encontraram zoneamento ou variações de elementos traço dentro de cristais individuais
(Jackson et al. 2004). As análises de elementos traço, via LA-ICP-MS, realizadas por Jackson
et al. (2004) mostram que o zircão apresenta relativamente baixas concentrações de Th, com
conteúdo de U e Th, em média, de 230 e 15 ppm, respectivamente. Em relação aos padrões de
ETR, o GJ-1 é caracterizado por concentrações muito baixas de La (< 0.1 x condrito), uma
forte anomalia positiva de Ce, nenhuma anomalia de Eu e uma concentração de Lu de cerca
de 280 vezes a do condrito. Análises ID-TIMS deste zircão resultaram em uma idade
altamente precisa de 608.5 ± 0.4 Ma para a razão 207Pb/206Pb e uma idade relativamente mais
jovem de 599.8 ± 4.5 Ma para a razão 206Pb/238U Ma (média das idades aparentes) (Jackson et
al. 2004). Segundo Jackson et al. (2004), uma desvantagem deste padrão é que o mesmo não
é concordante e, enquanto as idades TIMS das razões 206Pb/238U e 207Pb/235U para fragmentos
de grãos individuais variam menos que 0.6%, há pequenas variações, destas razões, entre os
grãos (ca. 1%).
Elhlou et al. (2006) não encontraram variações na idade U-Pb ou na composição
isotópica Lu-Hf entre populações de diferentes cores do zircão GJ. No entanto, grupos com
diferentes cores mostram pequenas variações na composição de elementos traço. A variedade
vermelha, estudada por Elhlou et al. (2006), é utilizada como padrão para datação U-Pb,
devido ao seu alto conteúdo de U (230 ± 13 ppm) e maior concentração de Th (18 ± 3 ppm)
do que as outras populações do zircão GJ. Elhlou et al. (2006) realizaram análises de
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
48
composição de elementos traço, idade U-Pb e composição isotópica de Hf em quatro
diferentes cristais do chamado zircão GJ-red, obtendo-se uma concentração de 11 ± 1 ppm de
Lu, 61 ± 5 ppm de Yb, 0.79 ± 0.03 wt.% de HfO2 e uma idade de 610 ± 1.7 Ma (2) para a
razão 206Pb/238U, que encontra-se dentro do erro TIMS (608.5 ± 0.4 Ma (Jackson et al. 2004)).
Estes autores também encontraram uma razão 176Hf/177Hf de 0.282015 ± 19 (2, N = 25), a
partir de análises via LA-MC-ICP-MS.
Jackson et al. (2004) e Elhlou et al. (2006) concluíram que os zircões GJ são
quimicamente e isotopicamente homogêneos, e, por isso, são adequados como material de
referência para análises isotópicas e de elementos traço por LA-ICP-MS.
Morel et al. (2008) analisaram as concentrações de Lu e Hf, a razão Lu/Hf e as
composições isotópicas de Hf de dois diferentes cristais do zircão GJ-1, a partir da técnica ID-
MC-ICP-MS (solução). As concentrações de Lu e Hf variam de 9.34 ppm a 14.3 ppm e 4976
ppm a 7719 ppm, respectivamente, com uma média da razão 176Lu/177Hf de 0.00025. Dados
de solução deram, como resultado, uma razão 176Hf/177Hf de 0.282000±0.000005 (2σ), sendo
esta a razão recomendada por Morel et al. (2008) como o valor de referência para análises
isotópicas de Hf por laser ablation. As análises de Hf por ablação a laser mostraram razões
176Hf/177Hf homogêneas, idênticas aos valores obtidos por solução, o que faz estes zircões
serem adequados para determinações de isótopos de Hf, utilizando a técnica LA-MC-ICP-MS.
3.3.5 – Zircão CZ3
O zircão CZ3 é proveniente de um depósito fluvial, pertencente a um terreno
granulítico do Sri Lanka (Pidgeon et al. 1994). CZ3 foi um grande cristal de zircão (~ 1 g),
sem zoneamento observável (Pidgeon et al. 1994) e foi adotado como padrão U-Pb primário
para análises SIMS na Universidade de Curtin, Austrália, devido à sua homogeneidade em
termos de U e Pb (Pidgeon et al. 1994, De Laeter & Kennedy 1998). Análises U-Pb por
TIMS, no zircão CZ3, deram como resultado uma idade 206Pb/238U concordante de 564 Ma, e
concentrações de U e Th de 551 ± 10 ppm e 30 ± 2 ppm, respectivamente (Pidgeon et al.
1994, Nasdala et al. 2004).
Xia et al. (2011) realizaram análises U-Pb, por LA-ICP-MS, no zircão CZ3, e
obtiveram uma idade de 565.8 ± 2.8 Ma (95% de confiança) para a razão 207Pb/235U e uma
idade de 564.4 ± 2.4 Ma (95% de confiança) para a razão 206Pb/238U, que são idênticas à idade
TIMS relatada por Pidgeon et al. (1994).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
49
Xu et al. (2004) fizeram análises isotópicas de Hf, via LA-MC-ICP-MS, no padrão
CZ3, e encontraram uma razão 176Hf/177Hf de 0.281704 ± 17 (2 S.D., N = 16), idêntica à
relatada por Kemp et al. (2006), que encontraram uma razão 176Hf/177Hf de 0.281697 ± 12 (2
S.D., N=15). Wu et al. (2006) obtiveram uma razão 176Hf/177Hf de 0.281729 ± 21 (2 S.D.), ao
realizarem análises de Hf por LA-MC-ICP-MS. Estes autores também descobriram que o
zircão CZ3 possui razões 176Yb/177Hf e 176Lu/177Hf muito baixas, variando de 0.00091 a
0.00125 (com uma média de 0.00099 ± 26) e 0.000032 a 0.000035 (com uma média de
0.000034 ± 2), respectivamente. Wu et al. (2006) ainda realizaram análises isotópicas de Hf
por solução, via MC-ICP-MS, e obtiveram uma razão 176Hf/177Hf de 0.281732 ± 7 (2 S.D.),
que é idêntica ao valor obtido por laser ablation. Xia et al. (2011) obtiveram uma razão
176Hf/177Hf de 0.281725 ± 0.000018 (95% de confiança) para análises isotópicas de Hf por
LA-MC-ICP-MS, valor este que concorda com aquele relatado por Wu et al. (2006). Os
valores extremamente baixos de 176Yb/177Hf e 176Lu/177Hf, juntamente com a homogeneidade
isotópica de Hf, fazem com que o zircão CZ3 seja um excelente padrão para calibração de
instrumento e correção externa durante análises isotópicas de Hf em zircões.
3.3.6 – Zircão BR266
BR266 é um zircão com qualidade de gema, proveniente do Sri Lanka, que tem sido
utilizado, pelo Serviço Geológico do Canadá, como material de referência para a técnica
SIMS (Stern 2001). Este zircão apresenta uma massa de ~ 2.5 g e foi fornecido pela
Universidade de Curtin, Austrália. A origem do cristal é desconhecida, mas provavelmente foi
coletado de um depósito fluvial não consolidado. Tal padrão é transparente e incolor e não
apresenta heterogeneidades internas sob catodoluminescência ou imagem BSE (Stern 2001).
Stern (2001) também estudou a estrutura cristalina do zircão por difratometria de raios-x e
concluiu que o mesmo não foi “recozido” desde sua cristalização e é, portanto,
estruturalmente adequado como material de referência.
Fragmentos do zircão BR266 foram examinados por Stern (2001), a partir de análises
pela técnica TIMS e por microssonda eletrônica, afim de se determinar a idade absoluta e a
composição dos elementos deste padrão. Foram obtidas idades de 559.0 ± 0.3 Ma e 562.2 ±
0.5 Ma para as razões 206Pb/238U e 207Pb/206Pb, respectivamente. As concentrações médias de
U, Th e Hf obtidas foram de 909 ppm, 201 ppm e 8220 ppm, respectivamente, com erro
padrão de 1 - 3%.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
50
Simonetti et al. (2005) realizaram análises U-Pb por laser ablation no zircão BR266 e
obtiveram uma idade concordante de 566.6 ± 1.5 Ma para a razão 207Pb/206Pb, sendo esta
apenas alguns anos mais velha do que a recomendada por Stern (2001).
Woodhead et al. (2004), Woodhead & Hergt (2005) e Yuan et al. (2008) fizeram
análises de Hf em solução por MC-ICP-MS no zircão BR266 e obtiveram uma razão
176Hf/177Hf de 0.281630 ± 0.000010 (2σ), enquanto análises por LA-MC-ICP-MS deram uma
média de 0.281621 ± 0.000024 (2σ).
Os autores acima citados concluíram que tal padrão apresenta um alto grau de
homogeneidade em termos de composições isotópicas de Hf e idade U-Pb, sendo adequado
como material de referência para análises de microssonda, no entanto, cabe ressaltar que sua
disponibilidade futura é limitada (massa total de apenas ~ 2.5 g).
3.3.7 – Zircão M257
O zircão M257 apresentava, originalmente, um formato oval, com dimensão maior de
19.5 mm e peso de 5.1412 g. A amostra pertencia à coleção do Institut für Edelsteinforschung
Idar-Oberstein und Mainz, Alemanha, e foi encontrada, originalmente, em um depósito
secundário de plácer, no Complexo Highland, Sri Lanka (Kröner et al. 1994b). O cristal
apresenta uma coloração marrom clara, é transparente e não foram observadas fraturas
internas e inclusões significativas sob microscópio binocular (Nasdala et al. 2008).
Este zircão foi primeiramente descrito como material de referência para determinação
de idade U-Pb, via SIMS, por Nasdala et al. (2008). Foram realizadas análises TIMS,
obtendo-se um valor de 0.09100 ± 0.00003 para a razão 206Pb/238U e um valor de 0.7392 ±
0.0003 para a razão 207Pb/235U. Sua idade TIMS para a razão 206Pb/238U é de 561.28 ± 0.26
Ma (95% de confiança) e para a razão 207Pb/235U é de 561.35 ± 0.21 (95% de confiança), o
que mostra que o sistema U-Pb do zircão M257 é concordante dentro das incertezas das
constantes de decaimento. Também foram realizadas análises LA-ICP-MS, onde obteve-se
um conteúdo de U de ~ 840 ppm (Th/U ~ 0.27) e uma idade concórdia de 561.9 ± 1.7 Ma
(95% de confiança), que está de acordo com os resultados obtidos pela técnica TIMS.
Os estudos realizados por Nasdala et al. (2008) concluíram que o zircão M257
constitui um material de referência apropriado para análises SIMS em amostras de zircões
desconhecidos, visto que o mesmo tem como vantagens homogeneidade e concordância do
sistema isotópico U-Pb, uma concentração muito baixa de Pb comum, bem como
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
51
concentrações relativamente altas de U e Pb, resultando em altas taxas de contagem durante as
análises.
Quanto às análises isotópicas de Hf, o primeiro trabalho que as realizou, no zircão
M257, foi o de Hu et al. (2012), onde obteve-se uma razão 176Hf/177Hf de 0.281544 ±
0.000018 (2 S.D., N = 151) como resultado de análises LA-MC-ICP-MS. Tais análises
mostraram que o zircão M257 é bastante homogêneo em seus conteúdos de isótopos de Hf.
3.3.8 – Zircão Temora
O zircão Temora é derivado do Diorito Gabroico Middledale, localizado no Orógeno
Lachlan, de idade paleozoica, no leste da Austrália. Devido à sua disponibilidade e
integridade isotópica, este zircão foi desenvolvido como padrão para datação via SIMS de
rochas fanerozoicas. Black et al. (2003a) foram os primeiros a realizar uma caracterização
deste zircão como material de referência para análises U-Pb. As concentrações de U variam
de 60 a 600 ppm e análises TIMS de 21 grãos individuais foram concordantes e forneceram
uma idade de 416.8 ± 0.24 Ma (95% de confiança) (Black et al. 2003a). Jackson et al. (2004)
realizaram análises U-Pb via LA-ICP-MS no zircão Temora, obtendo uma idade de 416.7 ±
2.9 Ma para a razão 206Pb/238U, estando de acordo com a idade TIMS relatada por Black et al.
(2003a). Yuan et al. (2004) também fizeram análises LA-ICP-MS e obtiveram uma idade
intercepto de 415.0 ± 4.5 Ma (2) e uma idade de 415.2 ± 4.1 Ma (2) para a razão
206Pb/238U.
Xu et al. (2004) realizaram 24 análises isotópicas de Hf, no zircão Temora, utilizando
a técnica LA-MC-ICP-MS, e obtiveram uma razão 176Hf/177Hf de 0.282684±14 (2σ) ou
0.282684 ± 66 (2 S.D., N=24). As análises indicaram que este padrão de zircão tem algumas
variações em suas composições isotópicas de Hf. Woodhead et al. (2004) tiveram, como
resultado, uma razão 176Hf/177Hf de 0.282686 ± 7 (2 S.D.), utilizando a técnica de solução, e
0.282680 ± 24 (2 S.D.), para análises de LA-MC-ICP-MS. As análises realizadas por
Woodhead et al. (2004) mostraram que o zircão Temora apresenta uma composição isotópica
de Hf extremamente homogênea. Recentemente, Qi et al. (2005) obtiveram um valor
176Hf/177Hf de 0.282706 ± 20 (2 S.D., N=7) a partir de análises por solução. Harrison et al.
(2005) e Hawkesworth & Kemp (2006) utilizaram a técnica de laser ablation e obtiveram
uma razão 176Hf/177Hf de 0.282684 ± 36 (2 S.D.) e 0.282687 ± 24 (2 S.D.), respectivamente.
Wu et al. (2006) obtiveram, por LA-MC-ICP-MS, um valor 176Hf/177Hf de 0.282680 ± 31 (2
S.D.) e, por solução, uma razão 176Hf/177Hf de 0.282685 ± 11 (2 S.D.).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
52
3.3.9 – Zircão Plešovice
Sláma et al. (2008) descreveram o zircão Plešovice como sendo um potencial material
de referência para análises via LA-ICP-MS. Este zircão foi extraído de um granulito potássico
de alta temperatura (Vrána 1989, Janoušek et al. 2007), coletado na parte sul do Maciço
Bohemian (Plešovice, República Tcheca). Os cristais do zircão Plešovice são de
aproximadamente 0.5cm, prismáticos, idiomorfos e de coloração rosada a marrom. Dados
obtidos por diferentes técnicas (ID-TIMS, SIMS e LA-ICP-MS) e vários laboratórios sugerem
que este zircão tem uma idade U-Pb concordante de 337.13 ± 0.37 Ma para a razão 206Pb/238U
(ID-TIMS, 95% de confiança) e uma homogeneidade da idade U-Pb na escala utilizada em
datação por LA-ICP-MS. Heterogeneidades na composição de elementos traço, devido ao
zoneamento de crescimento primário, impediram a sua utilização como padrão de calibração
para análise de elementos traço. O conteúdo de U varia de 465 ppm, nas partes cristalinas dos
grãos, a ~ 3000 ppm, nos setores ricos em actinídeos que correspondem às fácies piramidais
com um elevado grau de metamictização (presente em cerca de 30% dos grãos, Sláma et al.
2008).
Frei & Gerdes (2009) realizaram 402 análises U-Pb no zircão Plešovice, por LA-SF-
ICP-MS, e obtiveram uma idade de 338 ± 1 Ma para a razão 206Pb/238U age, que encontra-se
dentro do erro da análise ID-TIMS relatada por Sláma et al. (2008).
Xia et al. (2011) obtiveram, por análises LA-ICP-MS, uma idade U-Pb de 339.2 ±
1.6 Ma para a razão 207Pb/235U (95% de confiança) e de 336.3 ± 1.4 Ma para a razão
206Pb/238U (95% de confiança), ambas concordantes com a idade ID-TIMS relatada por Sláma
et al. (2008).
Petrus & Kamber (2012) realizaram 22 análises LA-ICP-MS no zircão Plešovice e
encontraram uma idade U-Pb de 337.7 ± 0.8 Ma para a razão 206Pb⁄238U, também em
concordância com a idade proposta por Sláma et al. (2008).
Sláma et al. (2008) também fizeram análises de Hf, por LA-MC-ICP-MS, no zircão
Plešovice (> 0.9 wt.% Hf) e concluíram que sua composição isotópica é homogênea dentro e
entre os grãos, com uma razão 176Hf/177Hf de 0.282482 ± 0.000013 (2 S.D.).
Xia et al. (2011) tiveram como resultado de análises LA-MC-ICP-MS uma razão
isotópica 176Hf/177Hf de 0.282493 ± 0.000009 (95% de confiança, N = 37), que é idêntica ao
valor proposto por Sláma et al. (2008).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
53
A homogeneidade da idade U-Pb e da composição isotópica de Hf do zircão Plešovice,
em conjunto com seus conteúdos relativamente altos de U e Pb, o fizeram um material de
referência ideal para análises LA-ICP-MS.
3.3.10 – Zircão Penglai
Li et al. (2010) propuseram o zircão Penglai como um novo material de referência –
megacristais de zircão natural provenientes de um basalto alcalino do Plioceno (Penglai, norte
da Ilha Hainan, sul da China) – para análises de isótopos de Hf e O, e datação U-Pb via
análises microbeam. Estes megacristais apresentam, em sua maioria, um comprimento acima
de 10 mm, são translúcidos e de coloração marrom. A maioria dos megacristais são
homogêneos, possuindo apenas um fraco zoneamento sob catodoluminescência. Alguns
poucos fragmentos do zircão apresentam forte zoneamento, com domínios mais escuros, que
indicam alta abundância em elementos traço (U, Th e ETR) (Li et al. 2010). O zircão Penglai
foi submetido a uma série de análises LA-MC-ICP-MS e SIMS e, desta forma, Li et al.
(2010) concluíram que o mesmo é bastante homogêneo em isótopos de Hf e O.
Qiu et al. (2005) realizaram análises isotópicas de Hf e de elementos traço no zircão
Penglai e descobriram que os megacristais são caracterizados por conteúdos de U (a maioria >
30 ppm) e razão Th ⁄ U (> 0.4) relativamente altos. Estes autores encontraram uma razão
176Hf/177Hf de 0.282916 ± 0.000056 (2), sugerindo que o zircão Penglai pode ser homogêneo
em isótopos de Hf. A razão 176Hf ⁄ 177Hf encontrada por Li et al. (2010), via análises em
solução por MC-ICP-MS, foi de 0.282906 ± 0.0000010 (2). Este valor concorda com os
encontrados por análises in situ e por Qiu et al. (2005), sendo, então, adotado como valor de
referência para este zircão.
Medições SIMS e ID-TIMS, realizadas por Li et al. (2010), forneceram idades
206Pb/238U consistentes dentro das incertezas analíticas, obtendo-se uma média de 4.4 ± 0.1
Ma (95% de confiança).
A idade jovem, a grande variabilidade em conteúdo de Pb comum, e as baixas
concentrações de U e Pb (em relação a outros materiais de referência de idades paleozoica e
pré-cambriana) levam a baixas taxas de contagem durante as análises, fazendo com que o
zircão Penglai seja inadequado como material de referência primário. No entanto, tal zircão
pode ser utilizado como material de referência secundário para controle de qualidade em
análises U-Pb de zircões jovens (particularmente < 10 Ma) (Li et al. 2010).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
54
Atualmente, 800 g do zircão Penglai estão disponíveis para distribuição. Estes são
armazenados em um laboratório SIMS no Institute of Geology and Geophysics, Chinese
Academy of Science, Pequim.
A Tabela 3.2 mostra um resumo sobre os dados U-Pb e Lu-Hf dos zircões
apresentados acima. É importante dizer que: o padrão QGNG é muito antigo (1851.6 ± 0.6
Ma) para ser utilizado como padrão para LA-ICP-MS, o ideal é que os materiais de referência
tenham entre 0.6 e 1.0 Ga; o fornecimento do zircão 91500 está quase se esgotando e, além
disso, o mesmo possui um alto preço (um pequeno fragmento pode chegar a 300 dólares); o
padrão Mud Tank não é muito adequado para geocronologia U-Pb; o zircão GJ-1 não é mais
comercializado, ou seja, seu fornecimento já se esgotou; os padrões CZ3 e BR266 foram
desenvolvidos para análises isotópicas via SIMS e também não são mais comercializados; o
zircão M257 é um material de referência para geocronologia U-Pb via SIMS, embora também
seja utilizado como padrão secundário para análises via LA-ICP-MS; o zircão Temora é um
padrão mais adequado para análises isotópicas de Hf; o zircão Plešovice é o único que,
atualmente, atende aos requisitos para um bom material de referência para análises por LA-
ICP-MS, mas, ainda assim, é muito utilizado apenas como material de referência secundário;
o zircão Penglai é muito jovem para ser utilizado como material de referência para análises
via LA-ICP-MS. Posto isto, pode-se perceber a grande necessidade de se desenvolver
materiais de referência, tanto para a geocronologia U-Pb, quanto para análises isotópicas de
Hf via LA-ICP-MS.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
55
QG
NG
1851.6
± 0
.6 (
1)
35-1
151 (
1)
0.2
81613 ±
0.0
00024 (
2)
~ 1
0600 (
2)
~ 0
.000731 (
2)
91500
1065.4
± 0
.6 (
3)
71-8
6 (
3)
13-1
6 (
3)
0.2
82307 ±
0.0
00031 (
4)
5610-2
9748 (
4)
~ 0
.000317 (
4)
~ 0
.0115 (
4)
Mud T
ank
732 ±
5 (
5)
6.1
-36.5
(5)
0.7
3-4
.39 (
5)
0.2
82504 ±
0.0
00044 (
2)
~ 0
.000042 (
2)
GJ-
1608.5
± 0
.4 (
6)
212-4
22 (
6)
19.3
-37.4
(6)
0.2
82000 ±
0.0
00005 (
7)
~ 6
558 (
7)
~ 0
.000278 (
7)
~ 0
.007135 (
7)
CZ
3564.4
± 2
.4 (
8)
~ 5
51 (
8)
0.2
81704 ±
0.0
00017 (
9)
~ 0
.000034 (
9)
~ 0
.000990 (
9)
BR
266
559.0
± 0
.3 (
10)
871-9
58 (
10)
76.5
-84.2
(1
0)
0.2
81621 ±
0.0
00024 (
11)
~ 0
.000217 (
11)
M257
561.2
8 ±
0.2
6 (
12)
812-8
63 (
12)
52.0
-90.1
(12)
0.2
81544 ±
0.0
00018 (
13)
Tem
ora
416.8
± 0
.24 (
14)
60-6
00 (
14)
~ 1
4.3
(14)
0.2
82680 ±
0.0
00031 (
15)
~ 0
.0011 (
15)
~ 0
.032 (
15)
Ple
šovic
e337.1
3 ±
0.3
7 (
16)
465-3
084 (
16)
21-1
58 (
16)
0.2
82482 ±
0.0
00013 (
16)
8980-1
4431 (
16)
0.0
004-0
.0015 (
16)
0.0
038-0
.0245 (
16)
Pengla
i4.4
± 0
.1 (
17)
> 3
0 (
17)
0.2
82906 ±
0.0
00001 (
17)
0.0
047-0
.0318 (
17)
Yb/H
fM
ate
rial de
Refe
rência
Idade (
Ma)
U (
ppm
)P
bra
d (
ppm
)176H
f/177H
fH
f (p
pm
)L
u/H
f
Ta
bel
a 3
.2:
Sín
tese
do
s p
rinci
pai
s zi
rcõ
es u
sad
os
/ p
rop
ost
os
com
o m
ater
iais
de
refe
rênci
a p
ara
anál
ises
iso
tóp
icas
in
sit
u e
co
mp
ilaç
ão d
e se
us
dad
os
U-P
b
e L
u-H
f.
(1)
Bla
ck e
t a
l. (
20
03b
), (
2)
Wo
od
hea
d &
Her
gt
(20
05
), (
3)
Wie
den
bec
k e
t a
l. (
19
95
), (
4)
Gri
ffin
et
al.
(2
006
), (
5)
Bla
ck &
Guls
on (
19
78
), (
6)
Jack
son e
t
al.
(2
00
4),
(7
) M
ore
l et
al.
(2
00
8),
(8)
Pid
geo
n e
t a
l. (
199
4),
(9
) X
u e
t a
l. (
20
04
), (
10)
Ste
rn (
20
01
), (
11
) W
oo
dhea
d e
t a
l. (
20
04
), (
12
) N
asd
ala
et a
l.
(20
08
), (
13
) H
u e
t a
l. (
201
2),
(1
4)
Bla
ck e
t a
l. (
20
03
a),
(15
) W
u e
t a
l. (
200
6),
(1
6)
Slá
ma
et
al.
(2
00
8),
(17
) L
i et
al.
(20
10
).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
56
CAPÍTULO 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos neste trabalho e a discussão dos mesmos serão apresentados em
formato de artigo científico, conforme segue abaixo.
BB zircon – A new Sri Lankan reference material for U-Pb and Hf isotopic laser
ablation ICP-MS analysis
Maristella M. Santosa,b, Cristiano Lanaa, Ricardo Scholza, Ian Buickc, Sandra L. Kamod, Axel
Gerdese, Daniel J. Condonf, Fernando Corfug, Eric Tohverh, Craig D. Storeyi,j, Miguel A.S.
Baseik, Klaus Krambrockl, Cristiano Fantinil
Abstract: The increasing demand for U-Pb and Hf measurements by laser ablation inductively
coupled plasma mass spectrometry (LA-ICP-MS) has resulted in a constant need to develop well-
characterized primary and secondary (control) natural reference materials. We describe a new potential
zircon standard (BB zircon) for LA-ICP-MS U/Pb geochronology and Hf isotope geochemistry that
was collected from a secondary placer deposit in the Sri Lankan Highland Complex. We have
characterized a number of grains that come from a batch containing 300 grams of 10 mm-long, gem-
quality zircon crystals. Isotope dilution-thermal ionization mass spectrometry (ID-TIMS) and LA-ICP-
MS techniques were conducted in various laboratories and show that nearly all zircon samples have a
concordant U-Pb age with a weighted mean 206Pb/238U date of 562.58 ± 0.26 Ma (ID-TIMS, 2,
including tracer calibration uncertainty). LA-ICP-MS spot analyses show that seventeen individual
gem-quality crystals have uniform U-Pb isotope compositions. However, for one of the zircon
fragments, the ID-TIMS age was 556.25 ± 0.70 Ma, suggesting that the ID-TIMS U-Pb dating of all
individual zircons is needed. The average U content varies between 270 and 452 ppm. The Th/U ratio
for all crystals analysed averages between 0.245 and 0.485. The BB zircons are compositionally
a Departamento de Geologia, Universidade Federal de Ouro Preto. b Instituto Federal de Minas Gerais. c Centre for Crustal Petrology, Dept. of Earth Sciences, Stellenbosch University. d Jack Satterly Geochronology Laboratory, Department of Geology, University of Toronto. e Institute of Geosciences, Johann Wolfgang Goethe University. f NERC Isotope Geosciences Laboratory. g Department of Geosciences, University of Oslo. h Tectonics Special Research Center, University of Western Australia. i Department of Earth Sciences, University of Bristol. j Department of Mineralogy, The Natural History Museum. k Centro de Pesquisas Geocronológicas – CPGeo/IGc – Universidade de São Paulo. l Departamento de Física, Universidade Federal de Minas Gerais.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
58
homogeneous, as shown by measured trace elements concentrations (LA-ICP-MS) and by the absence
of any internal textures in cathodoluminescence images. Hf isotopic composition of all BB zircons
analysed (1.29 - 1.51 wt.% Hf) is homogenous within and between the grains with a mean 176Hf/177Hf
value of 0.281674 ± 0.000018 (2 S.D.). The calculated alpha fluence of 0.79 x 1018 g-1 corresponds to
a fine zircon structure, and is within the trend of previously studied, untreated zircon samples from Sri
Lanka, which enables us to conclude that the zircon has not been annealed since it crystallized. The
relatively high U and Pb concentrations of the BB zircon, together with its homogeneity of trace
element contents, age and Hf isotopes make it an ideal calibration and reference material for LA-ICP-
MS analyses. Comparisons with other Sri Lankan zircons suggest a metamorphic genesis for the BB
zircon.
Keywords: BB zircon, Sri Lankan reference material, U-Pb geochronology, Hf isotopic system, Rare
Earth Elements, LA-ICP-MS
4.1 – INTRODUCTION
Of the available accessory phases used for U/Pb geochronology, zircon has the highest
utility because of its occurrence in a wide range of sedimentary, igneous and metamorphic
rock types, its robustness to weathering, its low common Pb contents and low diffusivity for
Pb (e.g., Finch & Hanchar 2003, Orihashi et al. 2003, Yuan et al. 2008, Xia et al. 2011).
Moreover, the zircon Hf isotope composition can be used to track crustal evolution in
magmatic rocks and isotopic fingerprint detrital zircon populations; its oxygen isotope
composition can be used as a petrogenetic tracer (e.g., King et al. 1998, Kinny & Maas 2003,
Valley 2003, Harrison et al. 2005, Hawkesworth & Kemp 2006) and in appropriately buffered
mineral assemblages, its Ti content can be used as a geothermometer (e.g., Ferry & Watson
2007, Page et al. 2007, Tailby et al. 2011). Individual zircon crystals commonly preserve
multiple compositional and (U-Th-Pb, Hf) isotopic domains, even through magmatic and
high-temperature metamorphic cycles, thus generally requiring high-spatial resolution
analytical approaches that involve SIMS (Secondary Ionisation Mass spectrometry) or LA-
ICP-MS (Laser Ablation-Inductively Coupled Plasma-Mass Spectrometry).
The increasing widespread use of instruments capable of high-spatial resolution U/Pb
geochronology and isotopic tracing has placed an increased pressure on the development of
reference materials for U/Pb geochronology and isotope geochemistry in general, and for
zircon in particular. This problem is exacerbated for LA-ICP-MS zircon dating because: a)
all LA-ICP-MS analyses are destructive in nature; and b) the high sample throughput
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
59
compared to SIMS - based approaches means that large numbers of ablations of reference
materials may be undertaken in a given analytical session e.g. 40-50 ablations in
working day is common; c) most LA-ICP-MS laboratories run one or more secondary
zircon standards in analytical runs, for the purposes of quality control; and d) zircon has
also been used, with variable degrees of success, as the standard for non-matrix matched
dating of other accessory phases, for which U/Pb reference materials are difficult to obtain,
do not exist (e.g. xenotime, cassiterite, columbite-tantalite, scheelite, perovskite; Gulson &
Jones 1992, Batumike et al. 2008, Dewaele et al. 2011, ZhiChao et al. 2011). The
development of well-characterized natural zircon reference materials for in-situ analysis via
LA-ICP-MS, in particular, is therefore essential.
There are a number of natural zircons used as reference materials for geochronology
and isotope geochemistry, including 91500, Mud Tank, GJ-1, M257, Temora and Plešovice
(e.g., Wiedenbeck et al. 1995, Black et al. 2003a; Jackson et al. 2004; Woodhead & Hergt
2005, Nasdala et al. 2008, Sláma et al. 2008). These have been widely used over the last two
decades but some most are now too limited in quantity to meet international demand. This
study presents isotopic data for natural zircon material that appears to be a suitable reference
material for U-Pb dating and Hf isotopic measurements by LA-ICP-MS. Our analyses focused
on the determination of reliable values of U-Pb age, isotopic ratios and U and Hf
concentrations, and the study of internal homogeneity/heterogeneity of the samples, in order
to check if the randomly selected fragments have reliable and representative values in
analytical terms. This zircon meets most of the requirements for a reference material and can
be obtained upon request to the Department of Geology at the Federal University of Ouro
Preto, Brazil.
4.2 – GEOLOGICAL BACKGROUND AND SAMPLE DESCRIPTION
The samples for standard zircon development come from a secondary placer deposit of
the Ratnapura gemstone field (Dissanayake & Rupasinghe 1993), located in the southwestern
region of the Sri Lankan Highland Complex (Kröner et al. 1994b). The Highland Complex is
composed of mafic and quartz-feldspathic granulites, charnockitic rocks, marble and
quartzite, all metamorphosed to granulite facies (Kröner et al. 1994b, Dissanayake et al.
2000). Extensive U-Pb isotopic studies and the application of techniques such as sensitive
high mass resolution ion microprobe (SHRIMP) analysis, have contributed to establish a
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
60
geochronological framework for high-grade rocks of Sri Lanka (e.g., Hölzl et al. 1994,
Kröner et al. 1994a, Nasdala et al. 2004, Sajeev et al. 2010), yielding ages of sedimentation
and granulite facies metamorphism in the Highland Complex of respectively 2.0 Ga and 610-
550 Ma.
About 300 g of dark-purple zircon megacrysts (comprising some eighty grains),
hereafter referred as to Blue Berry (BB) zircons, were acquired for the present study. The
individual gems of the BB zircon are dark purple translucent and often larger than 10 mm in
length (Fig. 4.1a). No significant fractures and inclusions were observed under a binocular
microscope. Most megacrysts are homogeneous, or show broad weak zoning under
cathodoluminescence imaging (CL – Fig. 4.1b).
Figure 4.1: Images of the clear translucent brown fragments of BB zircon: (a) typical crystal shapes of the BB
zircons; (b) cathodoluminescence image; (c) transmitted light image. The points and lines marked in the figures
refer to the LA-ICP-MS analyses.
4.3 – ANALYTICAL METHODS
Previous studies have determined key requirements for minerals such as zircon to be
considered as reference material for U-Pb and Hf isotopes analyses by LA-ICP-MS (e.g.,
Sláma et al. 2008). First, the mineral must be dated with high precision and accuracy by
independent methods. It must be homogeneous in both U-Pb age and Hf isotopic composition,
presenting moderate U (tens to hundreds ppm) and Hf (a few percent contents), low common
Pb and low Lu/Hf and Yb/Hf ratios. The crystals should have an adequate size for repeated
analyses by laser ablation (grains several millimeters to centimeters in diameter) and should
be found in large quantities for distribution to the scientific community.
To ensure complete characterization of the zircon investigated here, chemical and
isotopic analyses were conducted using a number of different techniques in several
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
61
laboratories: ID-TIMS: Jack Satterly Geochronology Laboratory (JSGL; Canada), NERC
Isotope Geosciences Laboratory (NIGL; UK), University of Oslo (Norway); LA-ICP-MS:
J.W. Goethe University of Frankfurt am Main (JWG; Germany), Federal University of Ouro
Preto (UFOP; Brazil), University of Portsmouth (UK), University of São Paulo (USP; Brazil);
Cathodoluminescence imaging: USP and JWG; Raman spectroscopy: Federal University of
Minas Gerais (UFMG; Brazil); X-ray powder diffraction: UFOP. Where possible, the
measurements were reproduced by similar techniques in different laboratories.
4.3.1 – Trace element concentration measurements
Trace element contents (Nb, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Lu, Hf,
Pb, Th and U) measurements in the BB zircon were performed to characterise the chemical
composition of the individual gems and to see whether they are chemically different . The
analyses were acquired by an Agilent 7700x quadrupole ICP-MS coupled to a 213 Nd-YAG
laser (New Wave Research UP-213) at Federal University of Ouro Preto. The laser was fired
at a repetition rate of 10 Hz, using 6 J/cm2 laser energy and a linear raster of 55 μm. Each
analysis consisted of 20 s background data (gas blank) followed by 50 s of laser ablation
signal. Helium was used as the carrier gas. Synthetic silicate glass NIST-612 was used to
calibrate the trace element concentration data and stoichiometric Si (SiO2 = 32.78 wt%) was
used as the internal standard. Time-resolved signal data were processed using the Glitter
software package (van Achterbergh et al. 2001).
4.3.2 – Raman spectroscopy and X-ray powder diffraction
The physical properties of the zircon were investigated via cathodoluminescence
imaging (CL), Raman spectroscopy and X-ray powder diffraction. These analyses were used
to constrain possible effects of radiation damage (metamictization; e.g., Holland & Gottfried
1955, Woodhead et al. 1991, Murakami et al. 1991). The Raman spectroscopy analyses were
performed at the Department of Physics at UFMG. Raman measurements were carried out on
a Dilor XY spectrometer equipped with a liquid N2-cooled CCD detector. The samples were
focused on an optical microscope by a 50 x (N.A. = 0.55) objective and excited with an
argon-ion laser at a wavelength of = 514.5 nm. Measurements were carried out on nine
different grains to check for homogeneity of samples.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
62
Raman bands were fitted assuming Lorentzian–Gaussian band profiles. Real band
FWHM (full width at half band maximum) values were calculated by correcting measured
FWHMs according to
𝑏 = 𝑏𝑠 × √1 − 2 (𝑠
𝑏𝑠)
2
(Irmer 1985), where 𝑏 is the real (i.e. corrected) FWHM, 𝑏𝑠 is the measured FWHM, and 𝑠 is
the spectral resolution of the Raman system.
The X-ray powder diffraction analyses were performed at the X-ray diffraction
laboratory, UFOP, using an Empyrean diffractometer, Panalytical type. The analyses were
carried out under the following conditions: Cu Kα ( = 1.5418 Å) radiation at 45 kV and
40 mA, receiving slit of 0.2 mm, 0.02° 2θ steps, 40 seconds per step, range of 2 to 70° 2θ.
Unit-cell parameters were determined by Rietveld refinement, using the High Score Plus
software.
4.3.3 – U-Pb geochronology
4.3.3.1 – ID-TIMS U-Pb dating (JSGL, NIGL, University of Oslo)
Small fragments of the gem-quality zircons BB9, BB12 and BB17 were rinsed in
ultrapure H2O, immersed in 30% HNO3, ultrasonically cleaned for an hour, and placed on a
hotplate at 80 °C for an hour. The HNO3 was removed and the grains were again rinsed in
ultrapure H2O, before being loaded into 300 μl Teflon FEP microcapsules and spiked with the
EARTHTIME mixed 205Pb-233U-235U tracer (ET535). Zircon was dissolved in Parr vessels in
120 μl of 29 M HF with a trace of 30% HNO3 at 210 °C for 48 h, dried to fluorides, and then
re-dissolved in 6 M HCl at 180 °C overnight. U and Pb were separated using an HCl-based
anion-exchange chromatographic procedure (Krogh 1973). Pb and U were loaded together on
a single Re filament in a silica-gel/phosphoric acid mixture (Gerstenberger & Haase 1997)
before measurement by TIMS at the respective institutions.
For TIMS analyses at JSGL, measurements were performed on a VG354 mass
spectrometer. All common Pb was assigned to procedural Pb blank. Uranium was measured
in static mode or by using the axial Faraday or axial Daly collector in pulse counting mode.
Dead time of the measuring system for Pb and U was 22.8 ns and 20.8 ns, respectively. The
mass discrimination correction for the Daly detector was constant at 0.05%/a.m.u. Amplifier
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
63
gains and Daly characteristics were monitored using the NIST SRM 982 Pb reference
material. Thermal mass discrimination corrections were 0.10%/a.m.u.
Measurements at NIGL were performed on a Thermo Triton TIMS. Two Pb analyses
were measured on a MasCom SEM detector and corrected for 0.16 ± 0.04%/a.m.u. mass
fractionation. The rest of the Pb analyses were done in a multidynamic Faraday-SEM mode,
peak hopping mass 204 and 205 in the SEM, which corrects for the SEM gain in real time.
These data were corrected for mass fractionation of 0.12 ± 0.04%/a.m.u. Linearity and dead
time correction on the SEM were monitored using repeated analyses of NBS982 and U500.
Uranium was measured in static Faraday mode on 1011 Ω resistors. U was run as the oxide
and corrected for isobaric interferences with an 18O/16O of 0.00205. U mass fractionation was
calculated in real time using the ET535 tracer solution. U-Pb dates and uncertainties were
calculated using the algorithms of Schmitz & Schoene (2007) and a 235U/205Pb ratio for
ET535 of 100.18 ± 0.05. The 206Pb/238U ratios and dates were corrected for initial 230Th
disequilibrium using a Th/U[magma] of 4 ± 1 applying the algorithms of Crowley et al. (2007),
resulting in an increase in the 206Pb/238U dates of ~100 kyr and uncertainties in calculated
Th/U for zircons of ~0.002. Common Pb in the analyses was attributed to blank and
subtracted based on the isotopic composition and associated uncertainties analyzed over time.
Because of the radiogenic character of these samples, the reduced data are insensitive to
reasonable variations in the composition of this correction.
At Oslo, measurements were performed on a MAT 262 mass spectrometer either on
Faraday cups in static mode, or by peak-jumping in an ion-counting secondary electron
multiplier. The secondary electron multiplier data were corrected for a non-linear bias using
an exponential equation whose parameters were adjusted based on concurrent measurements
of the NBS982 Pb standard. In addition, all the data were corrected for 0.1%/a.m.u.
fractionation using reproducibility factors of ± 0.05%/a.m.u. for Faraday data and ±
0.1%/a.m.u. for secondary electron multiplier data. Bulk reproducibility for zircon was tested
by measuring aliquots of samples split after dissolution but before chemistry, and also by
analyzing separate fragments of zircon standards 91500 (Wiedenbeck et al. 1995) and GJ
(provided by W. L. Griffin). The zircon analyses were corrected for a Pb blank of 2 pg and
0.1 pg U, but in some instances it was evident that the actual blank must have been higher
than that and allowance has been made for that during the calculation of the data. The residual
initial common Pb was subtracted using compositions calculated with the Stacey & Kramers
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
64
(1975) model for the age of the sample. The data were reduced with ROMAGE 5.1, a
program originally written by T. E. Krogh and expanded by L. Heaman.
Data plotting and age calculations were performed with the program Isoplot (Ludwig
2012).
4.3.3.2 – Laser ablation Q-ICP-MS U-Pb dating (UFOP and University of
Portsmouth)
At UFOP, isotopic analysis of more than 20 zircon grains were obtained via laser
ablation Quadrupole (Q)-ICP-MS followed the technique described in Takenaka (2014). An
Agilent 7700x quadrupole ICP-MS coupled to a 213 Nd-YAG laser (New Wave Research
UP-213) was used to measure Pb/U and Pb isotopic ratios in grains. The laser was set up to
produce energy density of ca. 8 J/cm2 at a repetition rate of 10 Hz, producing spots of 25 μm
in the sample. Helium was used as carrier gas and, after this output, together with particles in
suspension, argon is added to the system. As primary reference material, we used the GJ-1
zircon (608.5 ± 0.4 Ma; Jackson et al. 2004) and for quality control, we used, as secondary
standard, the Plešovice zircon (337.1 ± 0.4 Ma; Sláma et al. 2008). The results are within
error of recommended TIMS ages. Sixty analyses of GJ1 zircon gave a Concordia age of
607.8 ± 1.9 Ma (mean 206Pb/238U age = 607.8 ± 1.8 Ma; mean 207Pb/235U age = 608.1 ± 2.1
Ma). Twenty analyses of Plešovice zircon gave a Concordia age of 338.4 ± 1.4 Ma (mean
206Pb/238U age = 338.2±1.1 Ma; mean 207Pb/235U age = 339.5±1.3 Ma). The background data
were acquired for 20 s followed by 40 s of laser ablation signal. The relevant isotope rations
(207Pb/206Pb, 208Pb/206Pb, 208Pb/232Th, 206Pb/238U and 207Pb/235U, where 235U is calculated from
238U counts by abundant natural reason 235U = 238U/137.88) were processed using the Glitter
software package and plotting and age calculations were done using the Excel-based Isoplot
program (Ludwig 2012). The data reduction included the correction of fractionation problems
and of errors in the mass counting.
At the University of Portsmouth, U-Pb ages of BB9 zircon were measured by LA-Q-
ICP-MS after Jeffries et al. (2003), using an Agilent 7500cs coupled to a New Wave Research
UP-213 Nd-YAG laser. Isotope ratios were calculated using a modified version of Lam Tool
(Košler et al. 2008), normalized to either 91500 or Plešovice through sample-standard
bracketing. The amount of 204Pb in these analyses was below the detection limit, and no
common Pb correction was undertaken.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
65
4.3.3.3 – Laser ablation SF-ICP-MS U-Pb dating (JWG, UFOP)
Seventeen different grains of the BB zircon were analyzed at Federal University of
Ouro Preto and J. W. Goethe University of Frankfurt am Main, using a Thermo-Finnigan
Element 2 sector field ICP-MS coupled to a CETAC213 ultraviolet laser system, at UFOP,
and a Resonetics M50 193 nm Excimer laser system, at JWG. Laser spot size of 20 μm was
used. The typical depth of the ablation crater was 15 - 20 μm. Data were acquired in peak
jumping mode during 20 s background measurement followed by 20 s sample ablation. Signal
was tuned for maximum sensitivity for Pb and U while keeping oxide production well below
1%. Raw data were corrected for background signal, common Pb, laser-induced elemental
fractionation, instrumental mass discrimination, and time-dependent elemental fractionation
of Pb/U using an in-house MS Excel spreadsheet program. The common Pb correction was
based on the Pb composition model (Stacey & Kramers 1975). Laser-induced elemental
fractionation and instrumental mass discrimination were corrected by normalization to the
reference zircon GJ-1 (Jackson et al. 2004), which was analyzed during the analytical session
under exactly the same conditions as the samples. Prior to this normalization, the drift in
elemental fractionation was corrected by applying a linear regression through all measured
ratios, excluding the outliers (N ± 2 S.D.), and using the intercept with the y-axis as the initial
ratio. The total offset of the measured drift-corrected 206Pb/238U ratio from the “true” ID-
TIMS value of the analyzed GJ-1 grain was typically around 1 - 3%. Reported uncertainties
(2σ) were propagated by quadratic addition of the external reproducibility (2 S.D.) obtained
from the zircon reference material GJ-1 during the individual analytical session.
At UFOP, three secondary standards were used before and during runs: Plešovice
zircon (337 ± 1 Ma; Sláma et al. 2008), M127 zircon (524.35 ± 0.92 Ma; Klötzli et al. 2009)
and 91500 zircon (1065.4 ±0.6 Ma; Wiedenbeck et al. 1995). The results are within error of
recommended TIMS ages. Sixty-two analyses of Plešovice zircon gave a Concordia age of
338.39 ± 0.72 Ma (mean 206Pb/238U age = 338.36 ± 0.69; mean 207Pb/235U age = 338.46 ± 0.78
Ma). Thirty-four analyses of M127 zircon gave a Concordia age of 526.7 ± 1.1 Ma (mean
206Pb/238U age = 526.9 ± 1.5; mean 207Pb/235U age = 525.7 ± 1.2 Ma). Twenty-three analyses
of 91500 zircon gave a Concordia age of 1060.4 ± 3.4 Ma (mean 206Pb/238U age = 1059.5 ±
4.2; mean 207Pb/235U age = 1061.1 ± 3.7 Ma).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
66
4.3.3.4 – Laser ablation MC-ICP-MS U-Pb dating (USP)
U-Pb analyses by LA-MC-ICP-MS were carried out using a Thermo-Finnigan
Neptune multicollector ICP-MS coupled to a Photon-Machines 193 nm laser system at the
Geochronology Research Center of the University of São Paulo. The mount containing
zircons were cleaned in a HNO3 solution (3%) and in ultraclean water bath. The ablation was
done with spot size of 29 μm, at a frequency of 6 Hz and an intensity of 6 mJ. The ablated
material was carried by Ar (∼0.7 L/min) and He (∼0.6 L/min) in analyses of 60 cycles of 1 s.
GJ-1 zircon was used as reference material. Raw data were reduced using a in-house
spreadsheet and corrections were done for background, instrumental mass bias drift and
common Pb. The ages were calculated using Isoplot (Ludwig 2012).
4.3.4 – Hf isotope analysis
4.3.4.1 – Laser ablation MC-ICP-MS Hf analyses (JWG, UFOP)
Hf isotopic measurements were carried out at JWG and UFOP. These analyses were
performed on the same seventeen zircon grains as dated by LA-SF-ICP-MS, using a Thermo-
Finnigan Neptune multicollector ICP-MS coupled to a Resonetics M50 193 nm Excimer laser
system, at JWG, and a Photon-Machines 193 nm laser system, at UFOP. Data were collected
in static mode during 60 s of ablation with a spot size of 60 μm. Nitrogen (~0.080 l/min) was
introduced into the Ar sample carrier gas via an Aridus nebulisation system. Typical signal
intensity was ca. 10 V for 180Hf. The isotopes 172Yb, 173Yb and 175Lu were simultaneously
monitored during each analysis step to allow for correction of isobaric interferences of Lu and
Yb isotopes on mass 176. The 176Yb and 176Lu were calculated using a 176Yb/173Yb of
0.796218 (Chu et al. 2002) and 176Lu/175Lu of 0.02658 (JWG in-house value). The correction
for instrumental mass bias utilized an exponential law and a 179Hf/177Hf value of 0.7325
(Patchett & Tatsumoto 1980a) for correction of Hf isotopic ratios. The mass bias of Yb
isotopes generally differs slightly from that of the Hf isotopes with a typical offset of the
βHf/βYb of ca. 1.04 to 1.06 when using the 172Yb/173Yb value of 1.35274 from Chu et al.
(2002). This offset was determined for each analytical session by averaging the βHf/βYb of
multiple analyses of the JMC 475 solution doped with variable Yb amounts and all laser
ablation analyses (typically n> 50) of zircon with a 173Yb signal intensity of >60 mV. The
mass bias behavior of Lu was assumed to follow that of Yb. The Yb and Lu isotopic ratios
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
67
were corrected using the βHf of the individual integration steps (n=60) of each analysis
divided by the average offset factor of the complete analytical session.
At JWG, two standards were used before and during runs: GJ1 zircon (176Hf/177Hf =
0.282000 ± 0.000005; Morel et al. 2008) and Temora zircon (176Hf/177Hf = 0.282680 ±
0.000031; Wu et al. 2006). The results are within error of recommended values. Forty-seven
analyses of GJ1 zircon gave a 176Hf/177Hf ratio of 0.282017 ± 0.000031. Twenty-five analyses
of Temora zircon gave a 176Hf/177Hf ratio of 0.282699 ± 0.000048.
At UFOP, three reference materials were used before and during runs: GJ1 zircon,
Temora zircon and Plešovice zircon (176Hf/177Hf = 0.282482 ± 0.000013; Sláma et al. 2008).
The results are also within error of recommended values. Nine analyses of GJ1 zircon gave a
176Hf/177Hf ratio of 0.282023 ± 0.000014. Nineteen analyses of Temora zircon gave a
176Hf/177Hf ratio of 0.282670 ± 0.000021. Nine analyses of Plešovice zircon gave a
176Hf/177Hf ratio of 0.282485 ± 0.000015.
4.4 – RESULTS AND DISCUSSION
4.4.1 – Structural study by X-ray powder diffraction and Raman spectroscopy
In order to evaluate the crystallinity of the samples, unit cell parameters were obtained
by X-ray powder diffraction (Table 4.1): a0 has a variation between 6.6072 ± 0.0005 Å and
6.6185 ± 0.0004 Å, while c0 varies between 5.9897 ± 0.0006 Å and 6.0100 ± 0.0005 Å, which
results in a unit cell volume ranging between 261.481 ± 0.080 Å3 and 263.265 ± 0.090 Å3.
These data indicate a partially metamict structure, but still maintaining good crystallinity, as it
can be observed in Figure 4.2, which shows the XRD patterns with well-defined peaks and
low background values. The self-irradiation causing this radiation damage was quantified
from the U and Th concentrations and the zircon age by calculating the time-integrated alpha
fluence (Dα) according to (Murakami et al. 1991, Nasdala et al. 2001)
𝐷𝛼 =6. 𝑐𝑇ℎ. 𝑁𝐴
106. 𝑀232. (𝑒λ232t − 1) +
7. 𝑐𝑈. 0.0072. 𝑁𝐴
106. 𝑀235. (𝑒λ235t − 1) +
8. 𝑐𝑈. 0.9928. 𝑁𝐴
106. 𝑀238. (𝑒λ238t − 1)
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
68
where 𝑐𝑈 and 𝑐𝑇ℎ are the present actinide concentrations (in ppm), NA is Avogadro's number,
M238, M235, and M232 are the molecular weights of the parent isotopes, λ238, λ235, and λ232 are
the respective decay constants, and t is the integration time in Ma.
Table 4.1: Unit-cell parameters a0 and c0 of the BB zircon. The , and angles are 90º.
Unit-cell parameters
Analysis a0 [Å] c0 [Å] BB9 6.6152±0.0006 6.0032±0.0006
BB10 6.6144±0.0003 6.0046±0.0003
BB11 6.6142±0.0003 6.0048±0.0003
BB12 6.6147±0.0004 6.0034±0.0004
BB13 6.6185±0.0004 6.0100±0.0005
BB14 6.6144±0.0003 6.0061±0.0004
BB15 6.6072±0.0005 5.9897±0.0006
BB18 6.6141±0.0003 6.0011±0.0003
Figure 4.2: XRD patterns of eight zircon fragments with well-defined peaks and low background values,
showing the good crystallinity of the BB zircon.
The calculated fluence of 0.79 x 1018 alpha-events per gram corresponds to a "well-
crystallized" structure according to Murakami et al. (1991). Furthermore, the unit-cell
parameters of BB zircon correspond very well to the calculated alpha fluence. In addition,
data for studied zircons are within the trend of previously studied, untreated zircon samples
from Sri Lanka (Fig. 4.4).
Raman spectroscopy (Fig. 4.3) of the samples was also needed to characterize their
structural properties and homogeneity. The degree of radiation damage was determined from
the FWHM of the ν3(SiO4) Raman band (internal anti-symmetric stretching of SiO4
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
69
tetrahedrons; B1g mode). This band was observed at 1001.6 ± 0.8 cm-1, its corrected FWHM
was determined to 7.2 ± 0.8 cm-1. These values confirm the mildly to moderately radiation-
damaged state of BB zircon (Nasdala et al. 1995, 2004). Moreover, they correspond very well
to the calculated alpha fluence (Fig. 4.4).
Based on these data, it is concluded that the BB zircon has not been annealed since it
crystallized, and that it is structurally suitable as a reference material.
Figure 4.3: Raman spectra of nine fragments of BB zircon.
Figure 4.4: Unit-cell parameters (a, b), and width of the main Raman band (c) of BB zircon, plotted against the
time-integrated alpha dose. Note that parameters of this zircon agree well within the “Sri Lankan” trends.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
70
4.4.2 – Trace element and Hf concentration
The results of trace element and Hf concentrations are presented in Table 4.2 and
Figure 4.5. Trace element and Hf composition of all BB zircons analyses is relatively
homogeneous. For within grain analyses, the variations often are below 1% for most
elements. For example, trace element analyses of BB11 grain show a standard deviation
ranging of 0.01 to 1.10, except Hf, which has a standard deviation of 146.93 (%RSD = 0.97).
As for between grains, the average of contents of U and radiogenic Pb varies between 270.46
– 452.39 ppm and 89.48 – 148.42 ppm, respectively. Some REE, such as Ce, Nd, Sm and Eu,
have an average variation of 1.65 – 2.85 ppm, 0.41 – 3.60 ppm, 0.58 – 4.56 ppm and 0.17 –
1.24 ppm, respectively. The Th/U ratio averages between 0.245 – 0.485 (determined from the
values presented in Table 4.2), corresponding to typical values of zircon samples from Sri
Lanka (e.g., Murakami et al. 1991, Zhang et al. 2000, Nasdala et al. 2004). These regular
concentrations of trace elements can be confirmed by the rather uniform CL images.
Nonetheless, to consider this zircon as a reference material for trace element microanalysis,
further analysis will be required.
As can be observed in Figure 4.5, the REE data show typical “magmatic” steep
chondrite-normalized patterns enriched in HREE relative to LREE, negative Eu and a positive
Ce anomaly. However, according to Rubatto (2002), zircons overgrowths crystallized during
high-temperature metamorphism in equilibrium with partial melt have compositions similar to
magmatic zircon.
Figure 4.5: Chondrite-normalized trace element composition of eight fragments of the BB zircon (after Taylor
& McLennan 1985).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
71
BB
9B
B10
BB
11
BB
12
BB
14
BB
16
BB
17
BB
18
Nb
0.3
1 ±
0.0
10.2
1 ±
0.0
10.2
7 ±
0.0
10.2
1 ±
0.0
20.2
2 ±
0.0
10.3
1 ±
0.0
20.3
3 ±
0.0
20.2
0 ±
0.0
2
La
0.0
13 ±
0.0
04
0.0
2 ±
0.0
10.0
2 ±
0.0
10.0
21 ±
0.0
02
0.0
2 ±
0.0
10.0
12 ±
0.0
02
0.0
13±
0.0
02
0.0
3 ±
0.0
3
Ce
2.1
5 ±
0.0
22.8
5 ±
0.0
91.8
4 ±
0.2
72.3
7 ±
0.0
71.7
1 ±
0.0
52.0
5 ±
0.0
21.6
5 ±
0.0
42.0
4 ±
0.0
8
Pr
0.0
43 ±
0.0
04
0.2
4 ±
0.0
20.0
5 ±
0.0
30.2
0 ±
0.0
10.0
9 ±
0.0
10.0
41 ±
0.0
03
0.0
27±
0.0
01
0.1
2 ±
0.0
1
Nd
0.6
1 ±
0.0
33.6
0 ±
0.1
50.4
7 ±
0.1
13.3
7 ±
0.2
01.3
7 ±
0.1
50.5
7 ±
0.0
20.4
1 ±
0.0
32.2
3 ±
0.1
5
Sm
0.8
0 ±
0.0
34.5
6 ±
0.2
10.5
8 ±
0.0
44.4
4 ±
0.2
21.9
2 ±
0.1
20.7
7 ±
0.0
30.5
9 ±
0.0
53.2
1 ±
0.1
7
Eu
0.2
4 ±
0.0
11.2
4 ±
0.0
80.1
8 ±
0.0
11.1
5 ±
0.0
30.5
4 ±
0.0
50.2
3 ±
0.0
10.1
7 ±
0.0
10.8
9 ±
0.0
2
Gd
2.7
5 ±
0.0
414.1
3 ±
0.4
42.3
0 ±
0.0
314.4
2 ±
0.4
76.7
7 ±
0.4
62.5
7 ±
0.0
52.3
0 ±
0.0
511.0
1 ±
0.3
2
Tb
0.7
8 ±
0.0
13.5
7 ±
0.1
20.6
7 ±
0.0
23.6
8 ±
0.0
81.9
0 ±
0.1
30.7
1 ±
0.0
20.6
6 ±
0.0
22.8
8 ±
0.0
7
Dy
8.8
7 ±
0.0
538.3
8 ±
1.3
77.9
7 ±
0.1
439.6
6 ±
0.9
821.7
4 ±
1.2
88.0
1 ±
0.1
57.9
7 ±
0.1
731.0
6 ±
0.5
7
Ho
3.1
5 ±
0.0
412.5
4 ±
0.3
32.9
2 ±
0.0
312.8
1 ±
0.3
07.3
4 ±
0.3
62.7
9 ±
0.0
32.8
7 ±
0.0
210.2
6 ±
0.2
2
Er
14.5
9 ±
0.1
954.0
1 ±
1.2
513.7
2 ±
0.0
555.0
4 ±
1.4
533.0
8 ±
1.4
312.9
4 ±
0.1
613.1
5 ±
0.2
344.5
9 ±
0.9
2
Tm
3.1
1 ±
0.0
710.9
6 ±
0.2
53.0
2 ±
0.0
411.0
7 ±
0.2
36.8
4 ±
0.2
92.7
5 ±
0.0
52.8
2 ±
0.0
48.9
9 ±
0.1
5
Yb
104.9
4 ±
0.7
3172.2
5 ±
3.3
3110.6
8 ±
1.1
0174.7
2 ±
3.0
8132.9
8 ±
2.1
197.8
4 ±
1.1
299.3
7 ±
1.2
8153.6
0 ±
1.8
8
Lu
5.3
6 ±
0.0
517.6
4 ±
0.4
05.5
1 ±
0.0
217.7
1 ±
0.3
511.6
6 ±
0.4
14.8
4 ±
0.0
94.8
3 ±
0.0
814.7
0 ±
0.2
7
Hf
14007.2
8 ±
99.6
714396.3
4 ±
215.4
415087.1
1 ±
146.9
314848.5
9 ±
192.4
912917.1
4 ±
215.6
813115.5
6 ±
165.4
913326.5
4 ±
177.2
213861.6
0 ±
211.8
1
Pb
117.9
1 ±
0.7
0126.1
2 ±
3.7
389.4
8 ±
1.1
7148.4
2 ±
3.5
9113.0
9 ±
2.6
7108.0
3 ±
2.0
6140.9
4 ±
3.6
5121.5
7 ±
3.0
6
Th
119.4
8 ±
1.7
2193.4
8 ±
4.5
178.1
1 ±
0.5
6181.3
3 ±
5.7
7106.0
3 ±
5.5
0105.4
2 ±
1.8
8110.9
9 ±
2.7
8139.4
7 ±
2.6
1
U370.3
8 ±
2.6
7399.1
3 ±
6.0
3270.4
6 ±
0.6
4444.1
6 ±
8.5
3380.2
9 ±
7.2
0357.2
9 ±
5.3
0452.3
9 ±
7.7
4389.1
3 ±
5.1
6
Th
/U0.3
23 ±
0.0
03
0.4
85 ±
0.0
05
0.2
89 ±
0.0
02
0.4
08 ±
0.0
05
0.2
79 ±
0.0
10
0.2
95 ±
0.0
01
0.2
45 ±
0.0
02
0.3
58 ±
0.0
04
Co
ncen
trati
on
s [
μg
g-1
]
(n=
5)
Ta
ble
4.2
: T
race
ele
men
t co
mp
osi
tio
n o
f th
e B
B z
irco
n (
lase
r ab
lati
on I
CP
-MS
dat
a).
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
72
4.4.3 – U-Pb dating
The U-Pb age data obtained by ID-TIMS (JSGL, NIGL and University of Oslo) and
LA-ICP-MS (JWG, UFOP, University of Porstmouth and USP), are shown in Figures 4.6 and
4.7.
Age data from two (BB9 and BB12 – JSGL) and one (BB9 – NIGL) zircon fragments
yielded 206Pb/238U and 207Pb/235U dates that agree within the decay constant uncertainties,
while the dating of one (BB17) zircon fragment analyzed at University of Oslo showed lower
206Pb/238U and 207Pb/235U values than the others (Table 4.3a, Fig. 4.6), indicating that the
TIMS U-Pb dating of all BB zircons is needed. The weighted mean 206Pb/238U dates are
summarized in Table 4.3b of each laboratory. A weighted mean of the ages obtained at JSGL
and NIGL gives a 206Pb/238U date of 562.58 ± 0.26 Ma (n = 10) with a MSWD of 4.8 (Fig.
4.6d). For the BB17 fragment, the weighted mean of the ages obtained at University of Oslo
gives a 206Pb/238U date of 556.25 ± 0.70 Ma (MSWD = 0.77, n = 3; Fig. 4.6c).
Laser ablation ICP-MS U-Pb dates (Fig. 4.7) obtained from five different LA-ICP-MS
instruments are concordant and identical within the limits of the analytical precision. The ages
are statistically indistinguishable from the 562.58 ± 0.26 Ma ID-TIMS weighted mean
206Pb/238U date, indicating that the TIMS analysis of BB17 grain probably has an analytical
problem and, therefore, BB17 crystal will be submitted to further analysis. The respective
calculated laser ablation ICP-MS ages determined at UFOP, JWG, USP and University of
Portsmouth are as follows (for individual analyses, see Appendix A - Supplementary data): by
LA-Q-ICP-MS – 562.1 ± 1.1 Ma (2σ, 107 analyses in 8 BB zircons, Fig. 4.7a; Table 4.4a), by
LA-SF-ICP-MS – 563.63±0.69 Ma (2σ, 189 analyses in 9 BB zircons, Fig. 4.7b; Table 4.4b);
562.6 ± 1.3 Ma (2σ, 63 analyses in 9 BB zircons, Fig. 4.7c; Table 4.4b); 562.1 ± 1.3 Ma (2σ,
117 analyses in 3 BB zircons, Fig. 4.7d; Table 4.4c); and 561.3 ± 3.0 Ma (2σ, 30 analyses in
one BB zircon, Fig. 4.7e; Table 4.4a).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
73
Sam
ple
Pb
cT
h/
206P
b/2
04P
b207P
b/2
35U
Err
206P
b/2
38U
Err
207P
b/2
06P
bE
rrC
orr
.207P
b/2
35U
±206P
b/2
38U
±207P
b/2
06P
b±
(pg)
U(a
bs)
(abs)
(abs)
coef
.
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(d)
(e)
(d)
(e)
(f)
(g)
(f)
(g)
(f)
(g)
JSG
L B
B9-1
0.7
40.3
6122921
0.7
43090
0.0
007440
0.0
914020
0.0
000930
0.9
82
564.2
10.4
3563.8
20.5
5565.7
50.4
2
JSG
L B
B9-2
3.0
40.3
328786
0.7
42188
0.0
004850
0.0
913010
0.0
000600
0.9
79
563.6
80.2
8563.2
20.3
6565.5
30.2
9
JSG
L B
B9-3
0.5
40.3
23433
0.7
41062
0.0
013430
0.0
912260
0.0
001570
0.8
57
563.0
30.7
8562.7
80.9
3564.0
02.0
7
JSG
L B
B12-1
0.8
60.3
135994
0.7
41923
0.0
013170
0.0
912490
0.0
001720
0.9
44
563.5
30.7
7562.9
21.0
1565.9
81.3
5
JSG
L B
B12-2
1.5
80.2
953648
0.7
40444
0.0
010140
0.0
911520
0.0
001290
0.9
67
562.6
60.5
9562.3
50.7
6563.9
50.7
9
NIG
L B
B9-1
1.7
00.3
272519
0.7
40427
0.0
006210
0.0
911690
0.0
000520
0.0
589290
0.0
000180
0.8
71
562.6
50.3
6562.5
40.3
1563.5
00.9
6
NIG
L B
B9-2
0.5
30.3
4351299
0.7
40839
0.0
005800
0.0
911880
0.0
000600
0.0
589490
0.0
000110
0.8
81
562.8
90.3
4562.6
50.3
5564.2
50.8
1
NIG
L B
B9-3
0.9
80.3
2108439
0.7
40496
0.0
004410
0.0
911540
0.0
000390
0.0
589440
0.0
000110
0.7
82
562.6
90.2
6562.4
50.2
3564.0
60.8
1
NIG
L B
B9-4
0.3
00.3
142102
0.7
40383
0.0
006230
0.0
911610
0.0
000400
0.0
589310
0.0
000310
0.7
12
562.6
30.3
6562.4
90.2
3563.5
71.3
4
NIG
L B
B9-5
0.1
60.3
465638
0.7
40269
0.0
004770
0.0
911310
0.0
000370
0.0
589410
0.0
000270
0.5
05
562.5
60.2
8562.3
10.2
2563.9
41.2
2
Osl
o B
B17-1
3.4
40.1
7146901
0.7
28890
0.0
018620
0.0
900380
0.0
002070
0.0
587130
0.0
000380
0.9
70
555.9
01.0
9555.7
61.2
2556.4
71.4
0
Osl
o B
B17-2
3.1
00.1
8108529
0.7
30993
0.0
019150
0.0
902200
0.0
002120
0.0
587640
0.0
000390
0.9
69
557.1
41.1
2556.8
41.2
5558.3
61.4
5
Osl
o B
B17-3
2.0
00.1
7103938
0.7
29720
0.0
018750
0.0
901070
0.0
002060
0.0
587350
0.0
000410
0.9
66
556.3
91.1
0556.1
71.2
2557.2
81.5
0
Ato
mic
rat
ios
Ap
par
ent
ages
(M
a)
(a)
To
tal
wei
gh
t o
f co
mm
on
Pb.
(b)
Th
co
nte
nts
cal
cula
ted
fro
m r
adio
gen
ic 2
08P
b a
nd
th
e 207P
b/2
06P
b d
ate
of
the
sam
ple
, as
sum
ing c
onco
rdan
ce b
etw
een
U-T
h a
nd
Pb s
yst
ems.
(c)
Mea
sure
d r
atio
co
rrec
ted
fo
r fr
acti
on
atio
n a
nd
sp
ike
con
trib
uti
on
on
ly.
(d)
Co
rrec
ted
fo
r fr
acti
on
atio
n,
spik
e, a
nd
bla
nk.
All
co
mm
on
Pb w
as a
ssu
med
to
be
pro
ced
ura
l bla
nk.
206P
b/2
38U
rat
io c
orr
ecte
d f
or
init
ial
dis
equ
ilib
riu
m i
n 2
30T
h/2
38U
usi
ng T
h/U
[mag
ma]
=4
±1
.
(e)
Err
ors
are
2 s
igm
a, p
rop
agat
ed u
sin
g t
he
algo
rith
ms
of
Sch
mit
z &
Sch
oen
e (2
00
7)
and C
row
ley e
t a
l. (
200
7).
(f)
Cal
cula
tio
ns
are
bas
ed o
n t
he
dec
ay c
on
stan
ts o
f Ja
ffey
et
al.
(19
71).
206P
b/2
38U
dat
e co
rrec
ted
fo
r in
itia
l d
iseq
uil
ibri
um
in
230T
h/2
38U
usi
ng T
h/U
[m
agm
a]=
4±
1.
(g)
Err
ors
are
2 s
igm
a.
Ta
ble
4.3
a:
ID-T
IMS
U-P
b a
nd
Pb
-Pb
dat
a fo
r th
e B
B z
irco
n.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
74
Figure 4.6: ID-TIMS U-Pb dates of BB zircons; a) Jack Satterly Geochronology Laboratory, b) NERC Isotope
Geosciences Laboratory, c) University of Oslo; d) summary of the ID-TIMS dates from the labs using the ET535
spike. On the left are concordia plots with decay constant uncertainties and on the right are 206Pb/238U dates.
Uncertainties are 2σ.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
75
Table 4.3b: Summary of ID-TIMS U-Pb data for the BB zircon.
Laboratory Tracer 206Pb/238U ±(2σ) MSWD n
JSGL ET535 563.20 0.60 2.80 5
NIGL ET535 562.45 0.11 0.83 5
University of Oslo ET535 556.25 0.70 0.77 3
Figure 4.7: Laser ablation ICP-MS U-Pb ages obtained at: a) Q-ICP-MS - UFOP, b) SF-ICP-MS – UFOP, c)
J.W. Goethe University of Frankfurt am Main, d) University of São Paulo, and e) University of Portsmouth. On
the left are concordia plots and on the right are 206Pb/238U dates.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
76
Figure 4.7 (continued).
The performance of the BB zircon as a standard for laser ablation ICP-MS analysis
was checked via laser ablation SF-ICP-MS measurements of four other zircon references,
namely, Plešovice, M127, GJ1 and 91500. The analyses were calibrated against the BB9
crystal. The results are shown in Table 4.5. Problems in the analysis of the other zircon
standards (as for instance irregular sputtering behavior, high 204Pb count rates, U-Pb
discordance) were not observed. Therefore, there appear to be no performance problems that
would preclude the use of the BB zircon as a primary standard for laser ablation ICP-MS. As
can be seen in Table 4.5, using this zircon as primary standard and assuming a concordant age
of 562 Ma, all mean 207Pb/235U, 206Pb/238U and 207Pb/206Pb ages determined for the other
reference materials are correct within analytical uncertainties.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
77
Analy
sis
207P
b/2
35U
1σ
(abs)
206P
b/2
38U
1σ
(abs)
207P
b/2
06P
b1σ
(abs)
207P
b/2
35U
1σ
(abs)
206P
b/2
38U
1σ
(abs)
207P
b/2
06P
b1σ
(abs)
UF
OP
-Q B
B9
0.7
4079
0.0
1110
0.0
9115
0.0
0097
0.0
5900
0.0
0093
562.9
6.5
562.4
5.7
566.9
34.0
13
UF
OP
-Q B
B11
0.7
3818
0.0
1195
0.0
9088
0.0
0099
0.0
5894
0.0
0101
561.3
7.0
560.7
5.8
564.8
37.2
11
UF
OP
-Q B
B12
0.7
3962
0.0
0991
0.0
9113
0.0
0093
0.0
5889
0.0
0084
562.2
5.8
562.2
5.5
563.0
30.9
16
UF
OP
-Q B
B13
0.7
4008
0.0
0948
0.0
9118
0.0
0091
0.0
5890
0.0
0081
562.4
5.5
562.5
5.4
563.2
29.6
15
UF
OP
-Q B
B14
0.7
4015
0.0
0978
0.0
9111
0.0
0092
0.0
5895
0.0
0084
562.5
5.7
562.1
5.4
565.0
30.6
14
UF
OP
-Q B
B16
0.7
3704
0.0
1014
0.0
9119
0.0
0094
0.0
5865
0.0
0086
560.7
5.9
562.6
5.5
553.6
31.9
15
UF
OP
-Q B
B17
0.7
3797
0.0
1008
0.0
9103
0.0
0095
0.0
5882
0.0
0085
561.2
5.9
561.6
5.6
560.4
31.2
13
UF
OP
-Q B
B18
0.7
4122
0.0
0992
0.0
9119
0.0
0092
0.0
5898
0.0
0085
563.1
5.8
562.6
5.4
566.5
31.1
10
Port
smouth
BB
90.7
3340
0.0
1222
0.0
9109
0.0
0115
0.0
5900
0.0
0097
558.5
9.3
562.0
7.1
566.9
9.3
30n
Ato
mic
ratios
Appare
nt
ages
(Ma)
Ta
ble
4.4
a:
Su
mm
ary o
f la
ser
abla
tio
n Q
-IC
P-M
S U
-Pb
dat
a fo
r th
e B
B z
irco
n.
An
alyse
s n
ames
in
dic
ate
wh
ere
the
mea
sure
men
ts w
ere
do
ne:
UF
OP
– F
eder
al U
niv
ersi
ty o
f O
uro
Pre
to,
Po
rtsm
ou
th –
Univ
ersi
ty o
f P
ort
smo
uth
. In
div
idu
al a
nal
yse
s ar
e re
po
rted
in
sup
ple
men
tary
mat
eria
ls.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
78
Analy
sis
207P
b/2
35U
2σ
(%
)206P
b/2
38U
2σ
(%
)207P
b/2
06P
b2σ
(%
)207P
b/2
35U
2σ
(abs)
206P
b/2
38U
2σ
(abs)
207P
b/2
06P
b2σ
(abs)
JWG
BB
10.7
3919
2.0
0997
0.0
9117
1.7
7955
0.0
5880
0.9
2560
561.9
8.7
562.4
9.6
559.9
20.2
8
JWG
BB
20.7
4113
2.4
8600
0.0
9125
2.2
1436
0.0
5891
1.0
9167
563.1
10.8
562.9
11.9
563.7
23.8
5
JWG
BB
30.7
3946
2.6
8137
0.0
9121
2.3
2669
0.0
5880
1.2
0312
562.1
11.6
562.7
12.5
559.7
26.2
13
JWG
BB
40.7
4076
2.0
7823
0.0
9132
1.7
7754
0.0
5883
1.0
6068
562.8
9.0
563.4
9.6
560.7
23.1
6
JWG
BB
50.7
4101
2.2
2259
0.0
9137
2.0
3105
0.0
5882
0.8
8973
563.0
9.7
563.7
11.0
560.3
19.4
8
JWG
BB
60.7
3908
1.8
8172
0.0
9118
1.6
0891
0.0
5879
0.9
7263
561.9
8.2
562.5
8.7
559.3
21.2
10
JWG
BB
80.7
3826
2.1
3203
0.0
9108
1.7
8375
0.0
5879
1.1
6157
561.4
9.2
561.9
9.6
559.1
25.3
4
JWG
BB
90.7
4242
2.3
9718
0.0
9135
2.2
0715
0.0
5894
0.9
2642
563.8
10.4
563.5
11.9
565.0
20.2
4
JWG
BB
F0.7
3766
2.7
4525
0.0
9101
2.6
2199
0.0
5879
0.8
0168
561.0
11.9
561.5
14.1
559.2
17.5
5
UF
OP
BB
90.7
4046
1.7
2838
0.0
9119
1.3
2439
0.0
5889
1.1
0070
562.7
7.5
562.6
7.1
563.1
24.0
28
UF
OP
BB
10
0.7
4293
3.4
2383
0.0
9141
2.0
1176
0.0
5894
2.7
3489
564.1
14.9
563.9
10.9
565.0
59.6
16
UF
OP
BB
11
0.7
4147
3.0
7370
0.0
9136
2.1
7882
0.0
5886
2.1
6286
563.3
13.4
563.6
11.8
562.0
47.1
12
UF
OP
BB
12
0.7
4133
2.8
2782
0.0
9133
1.9
8899
0.0
5887
2.0
0621
563.2
12.3
563.4
10.7
562.3
43.7
20
UF
OP
BB
13
0.7
4054
2.5
2437
0.0
9108
1.9
3087
0.0
5897
1.6
1632
562.7
11.0
561.9
10.4
565.9
35.2
17
UF
OP
BB
14
0.7
3851
2.1
2038
0.0
9150
1.2
4145
0.0
5854
1.7
1210
561.5
9.2
564.4
6.7
549.9
37.4
18
UF
OP
BB
16
0.7
4293
1.8
4671
0.0
9143
1.5
4545
0.0
5893
1.0
0614
564.1
8.0
564.0
8.4
564.5
21.9
30
UF
OP
BB
17
0.7
4348
1.5
2224
0.0
9149
1.0
4389
0.0
5893
1.0
7494
564.4
6.6
564.4
5.6
564.7
23.4
29
UF
OP
BB
18
0.7
3992
1.5
7711
0.0
9110
1.0
4906
0.0
5891
1.1
6779
562.4
6.8
562.0
5.6
563.7
25.4
18n
Ato
mic
ratios
Appare
nt
ages
(Ma)
Ta
ble
4.4
b:
Su
mm
ary o
f la
ser
abla
tio
n S
F-I
CP
-MS
U-P
b d
ata
for
the
BB
zir
con.
An
alyse
s n
ames
in
dic
ate
wh
ere
the
mea
sure
men
ts w
ere
do
ne:
JW
G –
J.W
. G
oet
he
Un
iver
sity
of
Fra
nkfu
rt a
m M
ain
, U
FO
P –
Fed
eral
Un
iver
sity
of
Ou
ro P
reto
. In
div
idu
al a
nal
yse
s
are
rep
ort
ed i
n s
up
ple
men
tary
mat
eria
ls.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
79
Analy
sis
1σ
1σ
1σ
1σ
1σ
1σ
(abs)
(abs)
(abs)
(abs)
(abs)
(abs)
US
P B
B9
0.7
4204
0.0
2278
0.0
9097
0.0
0129
0.0
5916
0.0
0170
563.6
22.9
561.3
8.3
572.9
62.5
39
US
P B
B12
0.7
4934
0.0
2801
0.0
9155
0.0
0111
0.0
5937
0.0
0222
567.8
28.1
564.7
7.2
580.4
80.9
39
US
P B
B17
0.7
3845
0.0
2519
0.0
9113
0.0
0097
0.0
5877
0.0
0211
561.5
25.3
562.2
6.2
558.2
78.2
39n207P
b/2
35U
206P
b/2
38U
207P
b/2
35U
206P
b/2
38U
207P
b/2
06P
b207P
b/2
06P
b
Ato
mic
ratios
Appare
nt
ages
(Ma)
Ta
ble
4.4
c: S
um
mar
y o
f la
ser
abla
tio
n U
-Pb
dat
a fo
r B
B z
irco
n (
Univ
ersi
dad
e d
e S
ão P
aulo
)
Ind
ivid
ual
an
alyse
s ar
e re
po
rted
in
sup
ple
men
tary
mat
eria
ls.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
80
Table 4.5: Results of laser ablation SF-ICP-MS U-Pb analyses of other zircon reference materials when
calibrated versus BB zircon.
Sample Published
age (Ma) n
Determined age* when calibrated versus BB9 zircon
207Pb/235U 206Pb/238U 207Pb/206Pb
Plešovice 337.1 17 337.1 ± 1.5 336.6 ± 1.3 341.0 ± 13.0
M127 524 16 524.4 ± 2.8 524.3 ± 3.1 525.0 ± 12.0
GJ1 608.5 19 609.0 ± 2.4 606.7 ± 2.3 618.0 ±13.0
91500 1065.4 12 1071.7 ± 6.9 1066.3 ± 5.2 1084.0 ± 23.0
* Calculated ages are weighted mean values. Uncertainties are quoted at the 95% confidence level; they include the
uncertainty of the reference analyses.
4.4.4 – Hf isotopic composition
Concentration of Hf in the BB zircons varies between 1.29 - 1.51 wt.% (Table 4.2).
The laser ablation MC-ICP-MS data suggest a homogenous Hf isotopic composition (Fig. 4.8)
within and between individual zircon grains with 176Hf/177Hf values of 0.281671 ± 0.000025
(178Hf/177Hf = 1.46720 ± 0.00007; 2 S.D., JWG) and 0.281676 ± 0.000010 (178Hf/177Hf
1.46726 ± 0.00005; 2 S.D., UFOP; cf. Table 4.6 – for individual analyses, see Appendix B -
Supplementary data), and with a mean 176Hf/177Hf for the pooled data set of 0.281674 ±
0.000018 (2 S.D., 197analyses from 16 grains, Fig. 4.8).
The laser ablation Hf isotopic data obtained from the two laboratories are in good
agreement, however, there is a small (but statistically negligible) difference in laser ablation
Hf isotopic measurements conducted at the JWG and data reported from UFOP. Hf isotopic
composition of the studied zircon measured at the JWG shows somewhat larger variation of
the 176Hf/177Hf data within and between individual grains (cf. Fig. 4.8). This could suggest
some minor heterogeneity of the Hf isotope composition within and between the grains
analyzed at JWG. However, we can conclude that these variations are in the limit of the
analytical precision and probably represent an artifact. It is also possible that the variation
relates to the amount of material sampled during laser ablation, given that the laser conditions
(spot size and energy) were different for the laboratories. For instance at JWG spot sizes were
substantially smaller (40 μm spots) then at UFOP (50 μm spots). This difference translated in
much smaller errors for measurements at UFOP, whereas the mean values remained
essentially the same.
The BB zircon has a mean εHf, (at 562 Ma) for the pooled data set of -26.9 ± 0.6
(2S.D., Table 4.6 and Fig. 4.8).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
81
Table 4.6: Summary of laser ablation MC-ICP-MS measurements of Hf isotopic composition in the BB zircon.
Analysis Lu/Hf Yb/Hf 176Hf/177Hf 2σ 178Hf/177Hf 180Hf/177Hf Hf562 2σ n
JWG BB1 0.00003 0.000002 0.281670 0.000022 1.46719 1.88663 -27.0 0.8 7
JWG BB2 0.00015 0.000009 0.281670 0.000023 1.46720 1.88675 -27.0 0.8 13
JWG BB3 0.00006 0.000004 0.281669 0.000024 1.46719 1.88676 -27.0 0.9 20
JWG BB4 0.00005 0.000003 0.281684 0.000023 1.46721 1.88663 -26.5 0.8 5
JWG BB5 0.00006 0.000003 0.281669 0.000024 1.46719 1.88682 -27.0 0.9 16
JWG BB6 0.00004 0.000002 0.281668 0.000024 1.46723 1.88683 -27.1 0.9 5
JWG BB7 0.00004 0.000002 0.281678 0.000024 1.46718 1.88676 -26.7 0.8 7
JWG BB9 0.00005 0.000003 0.281667 0.000027 1.46723 1.88683 -27.1 0.9 3
UFOP BB9 0.00008 0.000005 0.281676 0.000013 1.46725 1.88687 -26.8 0.5 17
UFOP BB10 0.00016 0.000010 0.281677 0.000013 1.46725 1.88668 -26.8 0.5 13
UFOP BB11 0.00009 0.000006 0.281676 0.000013 1.46726 1.88679 -26.8 0.4 12
UFOP BB12 0.00015 0.000009 0.281677 0.000012 1.46725 1.88678 -26.8 0.4 15
UFOP BB13 0.00004 0.000002 0.281675 0.000012 1.46726 1.88680 -26.8 0.4 12
UFOP BB14 0.00005 0.000003 0.281678 0.000015 1.46727 1.88669 -26.7 0.5 9
UFOP BB16 0.00005 0.000003 0.281675 0.000013 1.46726 1.88681 -26.8 0.5 16
UFOP BB17 0.00005 0.000003 0.281677 0.000012 1.46725 1.88680 -26.8 0.4 11
UFOP BB18 0.00014 0.000008 0.281674 0.000012 1.46725 1.88680 -26.9 0.4 16
Analyses names indicate where the measurements were done: JWG – J.W. Goethe University of Frankfurt am Main, UFOP –
Federal University of Ouro Preto. εHf562 calculated as an initial value for the age 562 Ma obtained by U-Pb dating of BB
zircon. Individual analyses are reported in supplementary materials.
Figure 4.8: Hf isotopic composition of the BB zircon sample obtained by laser ablation MC ICP-MS analyses.
4.4.5 – Comparison with other Sri Lankan zircon reference materials
The remarkable properties of Sri Lankan zircon have supported its use as international
intra laboratory reference materials. To mention some examples, gem-quality zircon samples
SL7 (Kinny et al. 1991), CZ3 (Pidgeon et al. 1994), M257 (Nasdala et al. 2008) and BR266
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
82
(Stern 2001) are important standards for U-Pb and/or Hf isotopic analyses used in zircon
geochronology. These zircons have been used primarily as standards for ion microprobe
analysis, which has a relatively low demand of material. For laser ablation ICP-MS analysis,
Gehrels et al. (2008) used a Sri Lankan zircon crystal as a primary standard for calibration of
ages. All these reference materials, as well as the BB zircon, are derived from gem gravels in
the Ratnapura district.
Ratnapura zircons that show well-developed oscillatory compositional zoning have
generally been interpreted to be igneous in origin (Chakoumakos et al. 1987, Kröner et al.
1987). In contrast, unzoned zircons, such as CZ3 and M257, have δ18O values well above
13 ‰ VSMOW (Vienna Standard Mean Ocean Water), that is clearly higher than what is
typical of igneous zircon (Valley et al. 2005). Cavosie et al. (2011) proposed that these gems
must have a metamorphic origin, supposedly derived from a marble or Ca-silicate skarn.
The unzoned SL7, CZ3, M257, BR266, Sri Lankan standard (Gehrels et al. 2008) and
BB zircons have, respectively, Th/U ratio of 0.15 (Kinny et al. 1991), 0.06 (Pidgeon et al.
1994), 0.27 (Nasdala et al. 2008), 0.22 (Stern 2001), 0.13 (Gehrels et al. 2008) and averages
between 0.25 - 0.49 (this study). It is notable that all of the measured Th/U, except CZ3, are
significantly higher than 0.1. In addition, as can be seen in Figure 4.9, the SL7, BR266 and
M257 have a small variation in the concentration of REE with respect to the zircon studied,
but show the same pattern (typical “magmatic” steep chondrite-normalized patterns enriched
in HREE relative to LREE, negative Eu and a positive Ce anomaly). It is important to note
that Rubatto (2002) stated that zircons overgrowths crystallized during high-temperature
metamorphism in equilibrium with partial melt have compositions similar to magmatic zircon
and, therefore, presents a similar REE pattern. Because they follow the same pattern, it can be
said that the standards quoted have a common origin, possibly metamorphic in nature, since it
is known that M257 zircon have a metamorphic genesis (Nasdala et al. 2008).
Furthermore, these zircon reference materials have identical 206Pb/238U ages and
176Hf/177Hf values (Table 4.7), within uncertainties, implying, again, a common origin or
metamorphic history. The 176Hf/177Hf initial of the SL7, CZ3 and BB zircons corresponds to
an εHf of approximately -23.0 (Kinny et al. 1991), -25.5 (Xu et al. 2004) and -26.8 (this
work), respectively. According to Kinny et al. (1991), this values of εHf implying a
metamorphic origin as a reworked product of ancient crust.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
83
Figure 4.9: Chondrite-normalized REE composition of the BB, M257, BR266 and SL7 zircons. The black line
indicates the field for several analyses on the BB zircons.
Table 4.7: Summary of Sri Lankan zircon reference materials used/proposed for in-situ isotopic analysis and
compilation of their U-Pb and Hf isotopic data.
Reference material Age ( ± 2Ma) 176Hf/177Hf (±2 S.D.) Reference
SL7 569 ± 3 0.28160 ± 0.00006 (1)
CZ3 564.4 ± 2.4 0.281704 ± 0.000017 (2), (3)
BR266 559.0 ± 0.3 0.281621 ± 0.000024 (4), (5)
M257 561.28 ± 0.26 0.281544 ± 0.000018 (6), (7)
Sri Lanka 563.5 ± 2.3 (8)
BB 562.58 ± 0.26 0.281674±0.000018 this work
References: (1) Kinny et al. 1991 (2) Pidgeon et al. 1994 (3) Xu et al. 2004 (4) Stern 2001 (5) Woodhead et al. 2004 (6)
Nasdala et al. 2008 (7) Hu et al. 2012 (8) Gehrels et al. 2008.
4.5 – CONCLUSIONS
The BB zircon constitutes a suitable reference material for LA-ICP-MS analysis of
unknown zircon samples. Based on a number of high quality techniques, including ID-TIMS
and LA-ICP-MS, we were able to demonstrate that the BB zircon is a suitable normalization
and quality control standard for both U-Pb and Lu-Hf isotopic systems. Various gem-quality
crystals were tested and shown to be concordant (in the case of U-Pb) and highly
homogeneous. The BB crystals are marked by very low level of common Pb and high
radiogenic uranium and lead concentrations, yielding high count rates and good counting
statistics. ID-TIMS ages give a 206Pb/238U date of 562.58 ± 0.26 Ma. However, one gemstone
gave a slightly younger age of 556.25 ± 0.70 Ma, which implies that future TIMS analysis
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
84
will be needed to further evaluate the variability of ID-TIMS U-Pb ages in different BB zircon
fragments.
Laser ablation MC-ICP-MS analyses yielded low Lu/Hf (average of 0.00008) and
Yb/Hf (average of 0.000005) ratios, which influences the choice of isobaric interference
correction procedure on the value and uncertainty of the corrected 176Hf/177Hf ratios. The
mean 176Hf/177Hf value of 0.281674 ± 0.000018 (2 S.D.) is considered as the best estimate of
the Hf isotopic composition of the BB zircon and is valid for any random chip to be used as a
reference sample.
Remarkably low degree of internal heterogeneity is indicated by CL imaging, which in
turn did not show significant internal zoning. Variations in chemical composition as
determined by LA-ICP-MS analyses did not exceed experimental uncertainties, however,
further analysis will be required to demonstrate that BB zircon can be used as a reference
material for in-situ REE analyses. Structural state analyses (X-ray powder diffraction and
Raman spectroscopy) indicated no significant heterogeneity within individual grains and
between several fragments of BB zircon. The degree of accumulation of radiation damage
corresponds to other Sri Lankan zircon samples, which states that BB zircon has not been
annealed since it crystallized, and, therefore, it is structurally suitable as a reference material.
4.6 – ACKNOWLEDGEMENTSm
m This work was funded by CNPq (projects 402852/2012-5, 401334/2012-0, 302633/2011-1), FAPEMIG (projects RDP0067-10, VALE
CRA RDP00063-10, APQ03943), and FINEP (project CT-INFRA). We would like to acknowledge help from Adriana Tropia, José Cirilo
Pereira and Antônio Celso Torres for assistance with lab preparation. Maristella Santos acknowledges scholarship from CAPES.
CAPÍTULO 5
CONCLUSÕES
O zircão estudado constitui um material de referência adequado para análises de
amostras de zircão via LA-ICP-MS. Com base em uma série de análises de alta qualidade,
incluindo ID-TIMS e LA-ICP-MS, fomos capazes de demonstrar que este zircão é um padrão
apropriado para normalização e controle de qualidade de análises dos sistemas isotópicos U-
Pb e Lu-Hf. Vários cristais com qualidade de gema foram testados e mostraram-se altamente
homogêneos e com idades U-Pb concordantes. Os cristais são marcados por um nível muito
baixo de Pb comum e por altas concentrações de U e Pb, o que permitiu altas taxas de
contagem e boas contagens estatísticas. As análises ID-TIMS deram uma idade 206Pb/238U de
562.58 ± 0.26 Ma. No entanto, uma das gemas deu uma idade um pouco mais jovem, de
556.25 ± 0.70 Ma, o que implica que futuras análises TIMS serão necessárias para melhor
avaliar as idades U-Pb nos diferentes fragmentos do zircão estudado.
As análises isotópicas de Hf por LA-MC-ICP-MS produziram baixas razões Lu/Hf
(média de 0.00008) e Yb/Hf (média de 0.000005), o que influencia a escolha do procedimento
de correção das interferências isobáricas no valor e na incerteza das razões 176Hf/177Hf
corrigidas. O valor 176Hf/177Hf de 0.281674 ± 0.000018 (2 S.D.) é considerado como a melhor
estimativa da composição isotópica de Hf no zircão estudado e é válido para qualquer
fragmento que venha a ser utilizado como amostra de referência.
As amostras apresentam um baixo grau de heterogeneidade interna, indicado pelas
imagens de catodoluminescência, que, por sua vez, não mostraram um zoneamento interno
significativo. Variações na composição química determinadas por LA-ICP-MS não
excederam as incertezas experimentais, no entanto, futuras análises serão necessárias para
demonstrar que o zircão estudado pode ser utilizado como material de referência para análises
in situ de Elementos Terras Raras. As análises do estado estrutural (difratometria de raios-X e
espectroscopia Raman) não indicaram heterogeneidade significativa nem dentro dos grãos
individuais, nem entre os vários fragmentos do zircão estudado. O grau de acumulação de
danos por radiação corresponde ao de outras amostras de zircão provenientes do Sri Lanka, o
que indica que o zircão estudado não teve seu sistema isotópico perturbado desde sua
cristalização e, portanto, é considerado estruturalmente adequado como um material de
referência.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
86
Referências Bibliográficas
Amelin Y.V. & Zaitsev A.N. 2002. Precise geochronology of phoscorites and carbonatites: the critical role of U-
series disequili brium in age interpretations. Geochim. Cosmochim. Acta, 66: 2399-2419.
Amelin Y., Lee D.-C., Halliday A.N. 2000. Early-middle Archaean crustal evolution deduced from Lu-Hf and
U-Pb isotopic studies of single zircon grains. Geochim. Cosmochim. Acta, 64: 4205-4225.
Amelin Y., Lee D.-C., Halliday A.N., Pidgeon R.T. 1999. Nature of the Earth’s earliest crust from hafnium
isotopes in single detrital zircons. Nature, 399: 252-255.
Bateman H. 1910. Solution of a system of differential equations occurring in the theory of radioactive
transformations. Proc. Camb. Philosop. Soc., 15: 423-427.
Batumike J.M., Griffin W.L., Belousova E.A., Pearson N.J., O'Reilly S.Y., Shee S.R. 2008. LAM-ICPMS U–Pb
dating of kimberlitic perovskite: Eocene–Oligocene kimberlites from the Kundelungu Plateau, D.R. Congo.
Earth Planet. Sci. Lett., 267: 609–619.
Bell E.A., Harrison T.M., McCulloch M.T. Young E.D. 2011. Early Archean Crustal Evolution of the Jack Hills
Zircon Source Terrane Inferred from Lu–Hf, 207Pb/206Pb, and δ18O Systematics of Jack Hills Zircons.
Geochim. Cosmochim. Acta, 75: 4816-4829.
Berger A.R. & Jayasinghe N.R. 1976. Precambrian structure and chronology in the Highland Series of Sri
Lanka. Precamb. Res., 3: 554-576.
Black L.P. & Gulson B.L. 1978. The age of the Mud Tank carbonatite, Strangways Range, Northern Territory.
BMR J.Aust. Geol.Geophys., 3: 227-232.
Black L.P., Kamo S.L., Allen C.M., Aleinikoff J.N., Davis D.W., Korsch R.J., Foudoulis C. 2003a. TEMORA 1:
a new zircon standard for phanerozoic U–Pb geochronology. Chem. Geol., 200: 155–170.
Black L.P., Kamo S.L., Williams I.S., Mundil R., Davis D.W., Korsch R.J., Foudoulis C. 2003b. The application
of SHRIMP to Phanerozoic geochronology: A critical appraisal of four zircon standards. Chem. Geol., 200:
171-188.
Blichert-Toft J. 2008. The Hf isotopic composition of zircon reference material 91500. Chem. Geol., 253: 252-
257.
Blichert-Toft J. & Albarède F. 1997. The Lu-Hf isotope geochemistry of chondrites and the evolution of the
mantle-crust system. Earth Planet. Sci. Lett., 148: 243-258.
Blichert-Toft J., Chauvel C., Albarède F. 1997. Separation of Hf and Lu for high-precision isotope analysis of
rock samples by magnetic sector-multiple collector ICP-MS. Contrib. Mineral. Petrol., 127: 248-260.
Boggs S., Krinsley D.H., Goles G.G., Seyedolali A., Dypvik H. 2001. Identi¢cation of shocked quartz by
scanning cathodoluminescence imaging. Meteorit. Planet. Sci., 36: 783-793.
Bowring S.A. 1995. The Earth’s early evolution. Science, 269: 1535-1540.
Bowring S.A. & Williams I.S. 1999. Priscoan (4.00-4.03 Ga) orthogneisses from northwestern Canada. Contrib.
Mineral. Petrol., 134:3-16.
Bowring S.A., Erwin D.H., Jin Y.G., Martin M.W., Davidek K., Wang W. 1998. U/Pb zircon geochronology and
tempo of the End-Permian mass extinction. Science, 280: 1039-1045.
Cameron A.E., Smith D.E., Walker R.L. 1969. Mass spectrometry of nanogram size samples of lead. Anal.
Chem., 41: 525-526.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
88
Cavosie A.J., Valley J.W., Kita N.T., Spicuzza M.J., Ushikubo T., Wilde S.A. 2011. The origin of high δ18O
zircons: marbles, megacrysts, and metamorphism. Contrib. Mineral. Petrol., 162: 961–974.
Chakoumakos B.C., Murakami T., Lumpkin G.R., Ewing R.C. 1987. Alpha-decay induced fracturing in zircon –
the transition from the crystalline to the metamict state. Science, 236: 1556–1559. Chandrajith R., Dissanayake C.B., Tobschalla H.J. 2001. Application of multi-element relationships in stream
sediments to mineral exploration: a case study of Walawe Ganga Basin, Sri Lanka. App. Geochem., 16: 339-
350.
Chemale F., Kawashita K., Dussin I.A., Avila J.N., Justino D., Bertotti A. 2012. U-Pb zircon in situ dating with
LA-MC-ICP-MS using a mixed detector configuration. An. Acad. Bras. Ciênc., 84: 275-295.
Chen N., Gong S., Xia X., Geng H., Wang L., Sun M., Kusky T.M. 2013. Zircon Hf Isotope of Yingfeng
Rapakivi Granites from the Quanji Massif and ~2.7 Ga Crustal Growth. J. Earth Sci., 24: 29-41.
Cherniak D.J. & Watson E.B. 2001. Pb diffusion in zircon. Chem. Geol., 172: 5-24.
Chu N.C., Taylor R.N., Chavagnac V., Nesbitt R.W., Boella R.M., Milton J.A., German C.R., Bayon G., Burton
K. 2002. Hf isotope ratio analysis using multi-collector inductively coupled plasma mass spectrometry: an
evaluation of isobaric interference corrections. J. Analyt. Atom. Spectrom., 17: 1567-1574.
Compston W. 1999. Geological age by instrumental analysis: The 29th Hallimond lecture. Mineral. Mag., 63:
297-311.
Compston W., Williams I.S., Clement S.W. 1982. U-Pb ages within single zircons using a sensitive high-
resolution ion microprobe. Am. Soc. Mass. Spectrom., 30th Conf., Honolulu, 593-595.
Compston W., Williams I.S., Meyer C. 1984. U-Pb geochronology of zircons from Lunar breccia 73217 using a
sensitive high mass-resolution ion microprobe. J. Geophys. Res., 89B: 525-534.
Cooray P.G. 1984. Geology, with special reference to the Precambrian. In: Fernando C. H. (ed.) Ecology and
biogeography in Sri Lanka. Dr. W. Junk, The Haugue, p.: 1-34.
Cooray P.G. 1994. The Precambrian of Sri Lanka: a historical review. Precamb. Res., 66: 3-18.
Corfu F. 1988. Differential response of U–Pb systems in coexisting accessory minerals, Winnepeg River
Subprovince, Canadian Shield: Implications for Archean crustal growth and stabilization. Contrib. Mineral.
Petrol., 98: 312-325.
Corfu F. 2007. Comment to short-communication ‘Comment: Hf-isotope heterogeneity in zircon 91500’ by
Griffin W.L., Pearson N.J., Belousova E.A., Saeed A. (Chemical Geology 233 (2006) 358–363). Chem.
Geol., 244: 350-353.
Corfu F., Heaman L.M., Rogers G. 1994. Polymetamorphic evolution of the Lewisian complex, NW Scotland, as
recorded by U–Pb isotopic compositions of zircon, titanite and rutile. Contrib. Mineral. Petrol., 117: 215-
228.
Correia Neves J.M., Lopes Nunes J.E., Sahama Th.G. 1974. High hafnium members of the zircon-hafnon series
from the granite pegmatites of Zambézia, Mozambique. Contrib. Mineral. Petrol., 48: 73-80.
Crawford A.R. & Oliver R.C. 1969. The Precambrian geochronology of Ceylon. Geol. Soc. Aust. Specl. Pub., 2: 288-316.
Cullity B.D. 1978. Elements of X-ray diffraction. Addison-Wesley Publishing Company. 555 p.
Currie K.L., Knutson J., Temby P.A. 1992. The Mud Tank carbonatite complex, central Australia—an example
of metasomatism at midcrustal levels. Contrib. Mineral. Petrol., 109: 326-339.
Dahanayake K., Liyanage A.N., Ranasinghe A.P. 1980. Genesis of sedimentary gem deposits in Sri Lanka. Sed.
Geol., 25: 105-115.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
89
Daly S.J., Fanning C.M., Fairclough M.C. 1998. Tectonic evolution and exploration potential of the Gawler
Craton, South Australia. AGSO J. Aust. Geol. Geophys., 17: 145-168.
Davis D.W., Williams I.S., Krogh T.E. 2003. Historical development of zircon geochronology. In: Hanchar J.M.,
Hoskin P.W.O. (eds.) Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical Society of America,
53, Washington, DC, p.: 145-181.
De Laeter J.R. & Kennedy A.K. 1998. A double focusing mass spectrometer for geochronology. Int. J. Mass.
Spectrom., 178: 43-50.
Deliens M., Delhal J., Tarte P. 1977. Metamictization and U–Pb systematics – A study by infrared absorption
spectrometry of Precambrian zircons. Earth Planet. Sci. Lett., 33: 331-344.
Dewaele S., Henjes-Kunst F., Melcher F., Sitnikova M., Burgess R., Gerdes A., Fernandez M.A., Clercq F.,
Muchez P., Lehmann B. 2011. Late Neoproterozoic overprinting of the cassiterite and columbite-tantalite
bearing pegmatites of the Gatumba area, Rwanda (Central Africa). J. Afric. Earth Sci., 61: 10–26.
Dissanayake C.B. & Rupasinghe M.S. 1993. A prospector’s guide map of the gem deposits of Sri Lanka. Gems
Gemmol., 29: 173-181.
Dissanayake C.B., Chandrajith R., Tobschall H.J. 2000. The geology, mineralogy and rare element geochemistry
of the gem deposits of Sri Lanka. Bull. Geol. Soc. Finl., 72: 5-20.
Dougherty-Page J.S. & Bartlett J.M. 1999. New analytical procedures to increase the resolution of zircon
geochronology by the evaporation technique. Chem. Geol., 153: 227-240.
Dumond G., McLean N., Williams M.L., Jercinovic M.J., Bowring S.A. 2008. High-resolution dating of granite
petrogenesis and deformation in a lower crustal shear zone: Athabasca granulite terrane, western Canadian
Shield. Chem. Geol., 254: 175-196.
Eggins S.M., Kinsley L.P.J., Shelley J.M.M. 1998. Deposition and element fractionation processes during
atmospheric pressure laser sampling for analysis by ICPMS. App. Surf. Sci., 129: 278-286.
Elhlou S., Belousova E., Griffin W.L., Pearson N.J., O'reilly S.Y. 2006. Trace element and isotopic composition
of GJ red zircon standard by laser ablation. Geochim. Cosmochim. Acta, 70: A158.
Faure G. 1986. Principles of isotope geology. John Wiley & Sons, 2, New York, 589p.
Feng R., Machado N., Ludden J. 1993. Lead geochronology of zircon by LaserProbe-Inductively coupled plasma
mass spectrometry (LP-ICPMS). Geochim. Cosmochim. Acta, 57: 3479-3486.
Ferry J. M. & Watson E. B. 2007. New thermodynamic models and revised calibrations for the Ti-in-zircon and
Zr-in-rutile thermometers. Contrib. Mineral. Petrol., 154: 429–437.
Finch R.J. & Hanchar J.M. 2003. Structure and Chemistry of Zircon and Zircon-Group Minerals. In: Hanchar
J.M., Hoskin P.W.O. (eds.), Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical Society of
America, 53, Washington, DC, p.: 1–25.
Frei D. & Gerdes A. 2009. Precise and accurate in situ U–Pb dating of zircon with high sample throughput by
automated LA-SF-ICP-MS. Chem. Geol., 261: 261-270.
Fryer B.J., Jackson S.E., Longerich H.P. 1993. The application of laser ablation microprobe-inductively coupled
plasma mass spectrometry (LAM-ICPMS) to in situ (U)-Pb geochronology. Chem. Geol., 109: 1-8.
Gehrels G.E., Valencia V., Ruiz J. 2008. Enhanced precision, accuracy, efficiency, and spatial resolution of U-Pb ages by laser ablation–multicollector–inductively coupled plasma–mass spectrometry. Geochem. Geoph.
Geosyst., 9.doi:10.1029/2007GC001805, Q03017.
Geisler T., Pidgeon R.T., van Bronswijk W., Kurtz R. 2002. Transport of uranium, thorium, and lead in
metamict zircon under low-temperature hydrothermal conditions. Chem. Geol., 191: 141-154.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
90
Geisler T., Pidgeon R.T., Kurtz R., van Bronswijk W., Schleicher H. 2003. Experimental hydrothermal alteration
of partially metamict zircon. Am. Mineral., 88: 1496-1513.
Geraldes M.C. (Eds.) 2010. Introdução à Geocronologia. SBG, São Paulo, 148 pp.
Gerdes A. & Zeh A. 2006. Combined U-Pb and Hf isotope LA-(MC)-ICP-MS analyses of detrital zircons:
comparison with SHRIMP and new constraints for the provenance and age of an Armorican metasediment in
Central Germany. Earth Planet. Sci. Lett., 249: 47-61.
Gerdes A. & Zeh A. 2009. Zircon formation versus zircon alteration – New insights from combined U-Pb and
Lu-Hf in-situ LA-ICP-MS analyses, and consequences for the interpretation of Archean zircon from the
Central Zone of the Limpopo Belt. Chem. Geol., 261: 230-243.
Gerstenberger H. & Haase G. 1997. A highly effective emitter substance for mass spectrometric Pb isotope ratio
determinations. Chem. Geol., 136: 309-312.
Goolaerts A., Mattielli N., de Jong J., Weis D., Scoates J.S. 2004. Hf and Lu isotopic reference values for the
zircon standard 91500 by MC-ICP-MS. Chem. Geol., 206: 1-9.
Gregory C.J., Rubatto D., Allen C.M., Williams I.S., Hermann J., Ireland T. 2007. Allanite micro-
geochronology: A LA-ICP-MS and SHRIMP U–Th–Pb study. Chem. Geol., 245: 162-182.
Griffin W.L., Pearson N.J., Belousova E., Jackson S.E., van Achterbergh E., O’Reilly S.Y., Shee S.R. 2000. The
Hf isotope composition of cratonic mantle: LAM-MC-ICPMS analysis of zircon megacrysts in kimberlites.
Geochim. Cosmochim. Acta, 64: 133-147.
Griffin W.L., Pearson N.J., Belousova E.A., Saeed A. 2006. Comment: Hf-isotope heterogeneity in zircon
91500. Chem. Geol., 233: 358-363.
Gruau G., Rosing M., Bridgwater D., Gill R.C.O. 1996. Resetting of Sm-Nd systematics during metamorphism
of >3.7 Ga rocks: implications for isotopic models of early Earth differentiation. Chem. Geol., 133: 225-240.
Gucsik A., Koeberl C., Brandstätter F., Reimold W.U., Libowitzky E. 2002. Cathodoluminescence, electron
microscopy, and Raman spectroscopy of experimentally shock-metamorphosed zircon. Earth Planet. Sci.
Lett., 202: 495-509.
Guillong M. & Günther D. 2002. Effect of particle size distribution on ICP-induced elemental fractionation in
laser ablation-inductively coupled plasma-mass spectrometry. J. Anal. Atom. Spectrom., 8: 831-837.
Gulson B.L., Jones M.T. 1992. Cassiterite: Potential for direct dating of mineral deposits and a precise age for
the Bushveld Complex granites. Geology, 20: 355-358.
Günther D. & Hattendorf B. 2005. Solid sample analysis using laser ablation inductively coupled plasma mass
spectrometry. Trends Anal. Chem., 24: 255-265.
Günther D., Jackson S.E., Longerich H.P. 1999. Laser ablation and arc/spark solid sample introduction into
inductively coupled plasma mass spectrometers. Spectrochim. Acta B, 54: 381-409.
Hanchar J.M., Hoskin P.W.O. 2003. Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical Society of
America, 53, Washington, DC, 500 p.
Harrison T.M., Blichert-Toft J., Muller W., Albarede F., Holden P., Mojzsis S.J. 2005. Heterogeneous Hadean
hafnium: evidence of continental crust at 4.4 to 4.5 Ga. Science, 310: 1947-1950.
Hawkesworth C. & Kemp T. 2006. Using hafnium and oxygen isotopes in zircons to unravel the record of
crustal evolution. Chem. Geol., 226: 144-162.
Heaman L.M. & LeCheminant A.N. 1993. Paragenesis and U–Pb systematics of baddeleyite (ZrO2). Chem.
Geol., 110: 95-126.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
91
Hirata T. 1997. Soft ablation technique for laser ablation-inductively coupled plasma-mass spectrometry. J.
Anal. Atom. Spectrom., 12: 1337-1342.
Hirata T 2003. Chemically assisted laser ablation ICP mass spectrometry. Anal. Chem., 75: 228-233.
Hirata T. & Nesbitt R.W. 1995. U-Pb isotope geochronology of zircon: Evaluation of the laser probe-inductively
coupled plasma mass spectrometry technique. Geochim. Cosmochim. Acta, 59: 2491-2500.
Hiroi Y., Ogo Y., Namba K. 1994. Evidence for prograde metamorphic evolution of Sri Lankan pelitic granulites
andimplications for the development of continental crust Precamb. Res., 66: 254-263.
Holland H.D. & Gottfried D. 1955. The effect of nuclear radiation on the structure of zircon. Acta Crystal., 8:
291–300.
Holmes A. 1911. The association of lead with uranium in rock-minerals and its application to the measurement
of geological time. Proc. Roy. Soc. Lond., 85: 248-256.
Holmes A. 1946. An estimate of the age of the Earth. Nature, 157: 680-684.
Holmes A. & Lawson R.W. 1927. Factors inolves in the calculation of the ages of radioactive minerals. Am. J.
Sci., 13: 327–344.
Hölzl S., Hofmann A.W., Todt W., Kiihler H. 1994. U-Pb geochronology of the Sri Lankan basement. Precamb.
Res., 66: 123-149.
Horn I., Rudnick R.L., McDonough W.F. 2000. Precise elemental and isotope ratio measurement by
simultaneous solution nebulisation and laser ablation-ICP-MS: Application to U-Pb geochronology. Chem.
Geol., 164: 281-301.
Hoskin P.W.O. & Black L.P. 2000. Metamorphic zircon formation by solid-state recrystallization of protolith
igneous zircon. J. Metamor. Geol., 18: 423-439.
Hoskin P.W.O. & Schaltegger U. 2003. The composition of zircon and igneous and metamorphic petrogenesis.
In: Hanchar J.M., Hoskin P.W.O. (eds.) Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical
Society of America, 53, Washington, DC, p.: 27-62.
Hu Z., Liu Y., Gao S., Liu W., Zhang W., Tong X., Lin L., Zong K., Li M., Chen H., Zhou L., Yang L. 2012.
Improved in situ Hf isotope ratio analysis of zircon using newly designed X skimmer cone and jet sample
cone in combination with the addition of nitrogen by laser ablation multiple collector ICP-MS. J. Anal. At.
Spectrom., 27: 1391-1399.
Iizuka T. & Hirata T. 2005. Improvements of precision and accuracy in in-situ Hf isotope microanalysis of
zircon using the laser ablation-MC-ICPMS technique. Chem. Geol., 220: 121-137.
Iizuka T., Komiya T., Rino S., Maruyama S., Hirata T. 2010. Detrital Zircon Evidence for Hf Isotopic Evolution
of Granitoid Crust and Continental Growth. Geochim. Cosmochim. Acta, 74: 2450-2472.
Ireland T.R. & Williams I.S. 2003. Considerations in zircon geochronology by SIMS. In: Hanchar J.M., Hoskin
P.W.O. (eds.) Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical Society of America, 53,
Washington, DC, p.: 243-275.
Irmer G. 1985. ZumEinfluß der Apparatefunktion auf die Bestimmung von Streuquerschnitten und
Lebensdauern aus optischen Phononenspektren. Experim. Tech. Phys., 33: 501–506.
Jackson S.E., Longerich H.P., Dunning R., Fryer B.J. 1992. The application of laser-ablation microprobe-
inductively coupled plasma mass spectrometry LAM-ICP-MS to in situ trace element determinations in
minerals. Can. Mineral., 30: 1049-1064.
Jackson S.E., Longerich H.P., Horn I., Dunning R. 1996. The application of laser ablation microprobe
(LAM)ICP-MS to in situ U-Pb zircon geochronology. J. Conf. Abstr., 1: 283.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
92
Jackson S.E., Pearson N.J., Griffin W.L., Belousova E.A. 2004. The application of laser ablation-inductively
coupled plasma-mass spectrometry to in situ U–Pb zircon geochronology. Chem. Geol., 211: 47–69.
Jaffey A.H., Flynn K.F., Glendenin L.E., Bentley W.C., Essling A.M. 1971. Precision measurement of half-lives
and specific activities of 235U and 228U. Phys. Ver. Sec., C 4: 1889–1906.
Janoušek V., Krenn E., Finger F., Míková J., Frýda J. 2007. Hyperpotassic granulites from Blanský les
(Moldanubian Zone, Bohemian Massif) revisited. J. Geosci., 52: 73-112.
Jeffries T.E., Fernandez-Suarez J., Corfu F., Alonso G.G. 2003. Advances in U–Pb geochronology using a
frequency quintupled Nd:YAG based laser ablation system (λ = 213 nm) and quadrupole based ICP-MS. J.
Anal. At. Spect., 18: 847–855.
Jeffries T.E., Pearce N.J.G., Perkins W.T., Raith A. 1996. Chemical fractionation during infrared and ultraviolet
laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry - implications for mineral microanalysis. Anal.
Com., 33: 35-39.
Kamo S.L., Czamanske G.K., Krogh T.E. 1996. A minimum U-Pb age for Siberian flood-basalt volcanism.
Geochim. Cosmochim. Acta, 60: 3505-3511.
Katz M.B. 1972. Facies Series of the High-grade metamorphic rocks of the Ceylon Precambrian. 24th IGC,
Section 2, p.: 43-51.
Kehelpannala K.V.W. 1997. Deformation of a high-grade gondwana fragment, Sri Lanka. Gond. Res., 1: 47-68.
Kehelpannala K.V.W., MathavanV., Prame W.K.B.N. 1994. Geology and structure of lithotectonic units of the
Proterozoic basement of Sri Lanka. In: Kehelpannala K.V.W., Prame W.K.B.N., Ranasinghe N.S. (eds.) The
Second South Asia Geological Congress, Colombo, Sri Lanka, Excursion Guide. Geol. Surv., Mines Bureau,
p.: 17-40.
Kemp A.I.S., Hawkesworth C.J., Paterson B.A., Kinny P.D. 2006. Episodic growth of the Gondwana
supercontinent from hafnium and oxygen isotopes in zircon. Nature, 439: 580-583.
Ketcham R.A., Donelick R.A., Carlson W.D. 1999. Variability of apatite fission-track annealing kinetics: III.
Extrapolation to geological time scales. Am. Mineral., 84: 1235-1255.
King E.W., Valley J.W., Davis D.W., Edwards G.R. 1998. Oxygen isotope ratios of Archaean plutonic zircons
from granite–greenstone belts of the Superior Province: indicator of magmatic source. Precamb. Res., 92:
365–387.
Kinny P.D. & Maas R. 2003. Lu–Hf and Sm–Nd isotope systems in zircon. In: Hanchar J.M., Hoskin P.W.O.
(eds.) Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical Society of America, 53,
Washington, DC, p.: 327-341.
Kinny P.D., Compston W., Williams I.S. 1991. A reconnaissance ion-probe study of hafnium isotopes in zircons.
Geochim. Cosmochim. Acta, 55: 849-859.
Kleinschrodt R. 1994. Large-scale thrusting in the lower crustal basement of Sri Lanka. Precamb. Res., 66: 39-
57.
Kleinschrodt R. & Voll G. 1994. Deformation and metamorphic evolution of a large-scale fold in the lower
crust: The Dumbara synform, Sri Lanka. J. Struct. Geol., 16: 1495-1507.
Klötzli U., Klötzli E., Günes Z., Košler J. 2009. Accuracy of Laser Ablation U-Pb Zircon Dating: Results from a
Test Using Five Different Reference Zircons. Geostand. Geoanal. Res., 33: 5–15.
Kober B. 1986. Whole-grain evaporation for 207Pb/206Pb age investigations on single zircons using a double-
filament thermal ion source. Contrib. Mineral. Petrol., 93:482-490.
Kober B. 1987. Single zircon evaporation combined with Pb+ emitter bedding for 207Pb/206Pb age investigations
using thermal ion mass spectrometry, and implications for zirconology. Contrib. Mineral. Petrol., 96: 63-71.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
93
Košler J. & Sylvester P.J. 2003. Present trends and the future of zircon in geochronology: laser ablation ICP-MS.
In: Hanchar J.M., Hoskin P.W.O. (eds.) Zircon. Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical
Society of America, 53, Washington, DC, p.: 243-275.
Košler J., Fonneland H., Sylvester P., Tubrett M., Pedersen R.B. 2002. U-Pb dating of detrital zircons for
sediment provenance studies – a comparison of laser ablation ICP-MS and SIMS techniques. Chem. Geol.,
182: 605-618.
Krane K.S. 1987. Introductory Nuclear Physics. John Wiley & Sons, 2, New York, 835 p.
Krogh T.E. 1973. Low-contamination method for hydrothermal decomposition of zircon and extraction of U and
Pb for isotopic age determinations. Geochim. Cosmochim. Acta, 37: 485-494.
Krogh T.E. 1982. Improved accuracy of U-Pb ages by the creation of more concordant systems using an air
abrasion technique. Geochim. Cosmochim. Acta, 46: 637-649.
Kröner A. 1986. Composition, structure and evolution of the early Precambrian lower continental curst:
constraints from geological observations and age relationships. Am. Geophys. Union, Geodyn. Ser., 14: 107-
119.
Kröner A., Jaeckel P., Williams I.S. 1994a. Pb-loss patterns in zircons from a high-grade metamorphic terrain as
revealed by different dating methods: U–Pb and Pb–Pb ages for igneous and metamorphic zircons from
northern Sri Lanka. Precamb. Res., 66: 151-181.
Kröner A., Kehelpannala K.V.W., Kriegsman L.M. 1994b. Origin of compositional layering and mechanism of
crustal thickening in the high-grade gneiss terrain of Sri Lanka. Precamb. Res., 66: 21-37.
Kröner A., Kehelpannala K.V.W., Hegner E. 2003. Ca. 700–1000 Ma magmatic events and grenvillian-age
deformation in Sri Lanka: relevance for rodinia supercontinent formation and dispersal, and Gondwana
amalgamation. J. Asian Earth Scienc., 22: 279-300.
Kröner A., Williams I.S., Compston W., Baur N., Vitanage P.W., Perera .R.K. 1987. Zircon ion-microprobe
dating of high-grade rocks in Sri Lanka. J. Geol., 95: 775–791.
Lee J.K.W. 1997. Pb, U, and Th diffusion in natural zircon. Nature, 390: 159-162.
Li X.-H., Long W.-G., Li Q.-L., Liu Y., Zheng Y.-F., Yang Y.-H., Chamberlain K.R., Wan D.-F., Guo C.-H.,
Wang X.-C., Tao H. 2010. Penglai zircon megacrysts: A potential new working reference material for
microbeam determination of Hf-O isotopes and U-Pb age. Geostand. Geoanal. Res., 34: 117-134.
Liati A., Gebauer D., Wysoczanski R. 2002. U–Pb SHRIMP-dating of zircon domains from UHP garnet-rich
mafic rocks and late pegmatoids in the Rhodope zone (N Greece); evidence for Early Cretaceous
crystallization and Late Cretaceous metamorphism. Chem. Geol., 184: 281-299.
Lopez R., Cameron K.L., Jones N.W. 2001. Evidence for Paleoproterozoic, Grenvillian and Pan-African age
Gondwana crust beneath northeastern Mexico. Precamb. Res., 107: 195-214.
Ludwig K.R. 2012. Isoplot Version 3.75: a Geochronological Toolkit for Microsoft Excel. Berkeley
Geochronology Center, Berkeley, CA.
Maas R., Kinny P.D., Williams I.S., Froud, D.O., Compston W. 1992. The Earth’s oldest known crust: A
geochronological and geochemical study of 3900–4200 Ma old detrital zircons from Mt. Narryer and Jack
Hills, Western Australia. Geochim. Cosmochim. Acta, 56: 1281-1300.
Machado N. & Simonetti A. 2001. U–Pb dating and Hf isotopic composition of zircons by laser ablation-MC-
ICP-MS. In: Sylvester P. (ed.) Laser Ablation-ICP-MS in the Earth Sciences: Principles and Applications.
Mineralogica1 Association of Canada, Ottawa, p.: 121-146.
Mank A.J.G. & Mason P.R.D. 1999. A critical assessment of laser ablation ICP-MS as an analytical tool for
depth analysis in silica-based glass samples. J. Anal. Atom. Spectrom., 14: 1143-1153.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
94
Marshall D.J. 1988. Cathodoluminescence of Geological Materials. Unwin Hyman, Boston, 146 p.
Mathavan V., Prame W. K., Cooray P. G. 1999. Geology of the high grade Proterozoic terrains of Sri Lanka and
the assembly of Gondwana: an update on recent developments. Gond. Res., 2: 237-250.
Matteini M., Dantas E.L., Pimentel M.M., Bühn B. 2010. Combined U-Pb and Lu-Hf isotope analyses by laser
ablation MC-ICP-MS: methodology and applications. Annals Brazil. Acad. Scienc., 82: 479-491.
Meldrum A., Boatner L.A., Weber W.J., Ewing R.C. 1998. Radiation damage in zircon and monazite. Geochim.
Cosmochim. Acta, 62: 2509-2520.
Mezger K. & Krogstad E.J. 1997. Interpretation of discordant U–Pb zircon ages: An evaluation. J. Met. Geol.,
15: 127-140.
Milisenda C.C., Liew T.C., Hofmann A.W., Köhler H. 1994. Nd isotopic mapping of the Sri Lankan basement:
update, and additional constraints from Sr isotopes. Precamb. Res., 66: 95-110.
Moldovan M., Krupp E.M., Holliday A.E., Donard O.F.X. 2004. High resolution sector field ICP-MS and
multicollector ICP-MS as tools for trace metal speciation in environmental studies: a review. J. Anal. Atom.
Spectrom., 19: 815-822.
Morel M.L.A., Nebel O., Nebel-Jacobsen Y.J., Miller J.S., Vroon P.Z. 2008. Hafnium isotope characterization of
the GJ-1 zircon reference material by solution and laser-ablation MC-ICPMS. Chem. Geol., 255: 231-235.
Mortimer G.E., Cooper J.A., Oliver R.L. 1988. The geochemical evolution of Proterozoic granitoids near Port
Lincoln in the Gawler Orogenic Domain of South Australia. Precamb. Res., 40/41: 387- 406.
Munasinghe T. & Dissanayake C.B. 1981. The origin of gemstones of Sri Lanka. Econ. Geol., 76: 1216-1224.
Murakami T., Chakoumakos B.C., Ewing R.C., Lumpkin G.R., Weber W.J. 1991. Alpha-decay event damage in
zircon. Am. Mineral., 76: 1510–1532.
Nasdala L., Irmer G., Wolf D. 1995. The degree of metamictization in zircon: a Raman spectroscopic study.
Europ. J. Mineral., 7: 471–478.
Nasdala L., Pidgeon R.T. Wolf D. 1996. Heterogeneous metamictization of zircon on a microscale. Geochim.
Cosmochim. Acta, 60: 1091-1097.
Nasdala L., Pidgeon R.T., Wolf D., Irmer G. 1998. Metamictization and U–Pb isotopic discordance in single
zircons: A combined Raman microprobe and SHRIMP ion probe study. Mineral. Petrol., 62: 1-27.
Nasdala L., Wenzel M., Vavra G., Irmer G., Wenzel T., Kober B. 2001. Metamictisation of natural zircon:
accumulation versus thermal annealing of radioactivity-induced damage. Contrib. Mineral. Petrol., 141:
125–144.
Nasdala L., Reiners P.W., Garver J.I., Kennedy A.K., Stern R.A., Balan E., Wirth R. 2004. Incomplete retention
of radiation damage in zircon from Sri Lanka. Am. Mineral., 89:219-231.
Nasdala L., Hofmeister W., Norberg N., Martinson J.M., Corfu F., Dörr W., Kamo S.L., Kennedy A.K., Kronz
A., Reiners P.W., Frei D., Košler J., Wan Y., Götze J., Häger T., Kröner A., Valley J.W. 2008. Zircon M257
- a homogeneous natural reference material for the ion microprobe U-Pb analysis of zircon. Geostand.
Geoanal. Res., 32: 247-265.
Nebel O., Nebel-Jacobsen Y., Mezger K., Berndt J. 2007. Initial Hf isotope compositions in magmatic zircon
from early Proterozoic rocks from the Gawler Craton, Australia: A test for zircon model ages. Chem. Geol.,
241: 23-37.
Nebel-Jacobsen Y., Scherer E.E., Munker K., Mezger K. 2005. Separation of U, Pb, Lu, and Hf from single
zircons for combined U–Pb dating and Hf isotope measurements by TIMS and MC-ICPMS. Chem. Geol.,
220: 105-120.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
95
Nesbitt R.W., Hirata T., Butler I.B., Milton J.A. 1997. UV laser ablation ICP-MS: some applications in the earth
sciences. Geostand. Newsl., 21: 231-243.
Nir-El Y. & Lavi N. 1998. Measurement of the half-life of 176Lu. Appl. Rad. Iso., 49: 1653-1655.
Nutman A.P., McGregor V.R., Friend C.R.L., Bennett V.C., Kinny P.D. 1996. The Itsaq Gneiss Complex of
southern West Greenland: the world’s most extensive record of early crustal evolution (3900-3600 Ma).
Precamb. Res., 78: 1-39.
Oberli F., Meier M., Berger A., Rosenberg C.L., Gieré R. 2004. U–Th–Pb and 230Th/238U disequilibrium
isotope systematics: Precise accessory mineral chronology and melt evolution tracing in the Alpine Bergell
intrusion. Geochim. Cosmochim. Acta, 68: 2543-2560.
Ogo Y., Hiroi Y., Prame K.B.N., Motoyoshi Y. 1992. A new insight of possible correlation between the
Lützow–Holm bay granulites (East Antarctica) and Sri Lankan granulites. In: Yoshida Y., Kaminuma K.,
Shiraishi K. (eds.) Recent Progress in Antarctic Earth Science. Terrapub, Tokyo, p.: 75-86.
Orihashi Y., Hirata T., Tani K., Yoshida H. 2003. Rapid and simultaneous determination of multi-element
abundances and U-Pb age for zircon crystal using UV laser ablation ICP-MS technique: critical evaluation
of the technique with 91500 zircon standard. J. Mineral. Petrol. Sci., 98: 109–117.
Page F.Z., Fu B., Kita N.T., Fournelle J., Spicuzza M.J., Schulze D.J., Viljoen F., Basei M.A.S., Valley J.W.
2007. Zircons from kimberlite: New insights from oxygen isotopes, trace elements, and Ti in zircon
thermometry. Geochim. Cosmochim. Acta, 71: 3887–3903.
Paquette J.L. & Pin C. 2001. A new minimaturized extraction chromatography method for precise U–Pb zircon
geochronology. Chem. Geol., 176: 311-319.
Paquette J.L., Peucat J.J., Bernard-Griffiths J., Marchand J. 1985. Evidence for old precambrian relics shown by
U-Pb zircon dating of eclogites and associated rocks in the Hercynian Belt of South Brittany, France. Chem.
Geol., 52: 203-216.
Parrish R.R. & Noble S.R. 2003. Zircon U-Th-Pb Geochronology by Isotope Dilution - Thermal Ionization Mass
Spectrometry (ID-TIMS). In: Hanchar J.M., Hoskin P.W.O. (eds.) Zircon. Reviews in Mineralogy and
Geochemistry. Mineralogical Society of America, 53, Washington, DC, p.: 243-275.
Parrish R.R., Nowell G., Noble S.R., Horstwood M., Timmerman H., Shaw P., Bowen I.J. 1999. LA-PIMMS: A
new method of U-Th-Pb geochronology using micro-sampling techniques. J. Conf. Abstr., 4: 799.
Patchett P.J. 1983. Importance of the Lu-Hf isotopic system in studies of planetary chronology and chemical
evolution. Geochim. Cosmochim. Acta, 47: 81-91.
Patchett P.J. & Tatsumoto M. 1980a. A routine high-precision method for Lu–Hf isotope geochemistry and
chronology. Contrib. Mineral. Petrol., 75: 263-267.
Patchett P.J. & Tatsumoto M. 1980b. Lu-Hf total-rock isochron for the eucrite meteorites. Nature, 288: 571-574.
Patchett P.J. & Tatsumoto M. 1980c. Hafnium isotope variations in oceanic basalts. Geophys. Res. Lett., 7: 1077-
1080.
Patchett P.J., Kouvo O., Hedge C.E., Tatsumoto M. 1981. Evolution of continental crust and mantle
heterogeneity: evidence from Hf isotopes. Contrib. Mineral. Petrol., 78: 279-297.
Petrus J.A., & Kamber B.S. 2012. VizualAge: A novel approach to laser ablation ICP-MS U-Pb geochronology
data reduction. Geostand. Geoanal. Res., 36: 247 - 270.
Pettingill H.S. & Patchett P.J. 1981. Lu-Hf total-rock age for the Amîtsoq gneisses, West Greenland. Earth
Planet. Sci. Lett., 55: 150-156.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
96
Pidgeon R.T., Furfaro D., Kennedy A.K., Nemchin A.A., Van Bronswijk W. 1994. Calibration of zircon
standards for the Curtin SHRIMP II. In: Eighth International Conference on Geochronology,
Cosmochronology, and Isotope Geology - Abstracts: U.S. Geol. Surv. Circ., 1107: 251.
Poller U., Liebetrau V., Todt W. 1997. U-Pb single-zircon dating under cathodoluminescence control (CLC-
method): application to polymetamorphic orthogneisses. Chem. Geol., 139: 287-297.
Prame W.K.B.N. 1991. Metamorphism and nature of granulite facies crust in Southwest Sri Lanka –
Characterization by pelitic/psammo-pelitic rocks and associated granulites. In: Kroner A. (ed.) The
crystalline crust of Sri Lanka, Part I, Summary of Research of the German-Sri Lankan Consortium. Geol.
Surv. Dept. Sri Lanka, Prof. Paper 5, p.: 188-200.
Qi C.S., Li X.H., Liang X.R., Liu Y., Tu X.L. 2005. High-precision measurement of Hf isotopic reference values
for the U–Pb geochronology standard zircons by multi-collector ICP-MS. J. Chin. Mass Spectrom. Soc., 26:
149-154.
Qiu Z.L., Wu F.Y., Yu Q.Y., Xie L.W., Yang S.F. 2005. Hf isotopic compositions of zircon megacrysts in
Cenozoic basalts from eastern China. Chin. Sci. Bull., 50: 2602-2611.
Reddy S.M., Timms N.E., Trimby P., Kinny P.D., Buchan C., Blake K. 2006. Crystal-plastic deformation of
zircon: A defect in the assumption of chemical robustness. Geology, 34: 257-260.
Roddick J.C. & Bevier M.L. 1995. U-Pb dating of granites with inherited zircon: Conventional and ion
microprobe results from two Paleozoic plutons, Canadian Appalachians. Chem. Geol., 119: 307-329.
Rodrigues A.D. & Galzerani J.C. 2012. Espectroscopias de infravermelho, Raman e de fotoluminescência:
potencialidades e complementaridades. Rev. Bras. Ens. Fis., 34:4309(1-9).
Rubatto D. 2002. Zircon trace element geochemistry: Partitioning with garnet and the link between U–Pb ages
and metamorphism. Chem. Geol., 184: 123-138.
Russo R.E., Mao X.L., Borisov O.V., Liu H. 2000. Influence of wavelength on fractionation in laser ablation
ICP-MS. J. Anal. Atom. Spectrom. 15: 1115-1120.
Russo R.E., Mao X.L., Liu H., Gonzalez J., Mao S.S. 2002. Laser ablation in analytical chemistry – a review.
Talanta, 57: 425-451.
Sajeev K., Williams I.S., Osanai Y. 2010. Sensitive high-resolution ion microprobe U-Pb dating of prograde and
retrograde ultrahigh-temperature metamorphism as exemplified by Sri Lankan granulites. Geol., 11: 971-
974.
Salters V.J.M. 1994. 176Hf/177Hf determination in small samples by a high-temperature SIMS technique. Anal.
Chem., 66: 4186-4189.
Sano Y., Hidaka H., Terada K., Shimizu H., Suzuki M. 2000. Ion microprobe U-Pb zircon geochronology of the
Hida gneiss: Finding of the oldest minerals in Japan. Geochem. J., 34: 135-153.
Scherer E., Münker C., Mezger K. 2001. Calibration of the lutetium-hafnium clock. Science, 293: 683-687.
Scherer E., Whitehouse M. J., Münker C. 2007. Zircon as a Monitor of Crustal Growth. Elements, 3: 19-24.
Schmitz M.D. & Schoene B. 2007. Derivation of isotope ratios, erros and error correlations for U–Pb
geochronology using 205Pb–235U–(233U)-spiked isotope dilution thermal ionization mass spectrometric data.
Geoch. Geoph. Geosyst., 8.doi:10.1029/2006GC001492 (G3), Q08006.
Schoene B. 2013. U-Th-Pb geochronology. In: Rudnick R. (ed.) Treatise on Geochemistry. Elsevier, 2, Oxford,
UK, p.: 341-378.
Schumacher R. & Faulhaber S. 1994. Summary and discussion of P-T estimates from garnet–plagioclase–quartz-
bearing granulite-facies rocks from Sri Lanka. Precamb. Res., 66: 295-308.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
97
Segal I., Halicz L., Platzner I.T. 2003. Accurate isotope ratio measurements of ytterbium by multiple collection
inductively coupled plasma mass spectrometry applying erbium and hafnium in an improved double external
normalization procedure. J. Anal. Atom. Spectrom., 18: 1217-1223.
Sguigna A.P., Larabee A.J., Waddington J.C. 1982. The half-life of 176Lu by a γ−γ coincidence measurement.
Can. J. Phys., 60: 361-364.
Simonetti A., Heaman L.M., Hartlaub R.P., Creaser R.A., MacHattie T.G., Böhm C. 2005. U-Pb zircon dating
by laser ablation-MC-ICP-MS using a new multiple ion counting Faraday collector array. J. Anal. Atom.
Spectrom., 20: 677-686.
Sláma J., Košler J., Condon D.J., Crowley J.L., Gerdes A., Hanchar J.M., Horstwood M.S.A., Morris G.A.,
Nasdala L., Norberg N., Schaltegger U., Schoene B., Tubrett M.N., Whitehouse M.J. 2008. Plešovice zircon
– a new natural reference material for U–Pb and Hf isotopic microanalysis. Chem. Geol., 249: 1-35.
Smith P.E., Tatsumoto M., Farquhar R.M. 1987. Zircon Lu-Hf systematics and the evolution of the Archean
crust in the southern Superior Province, Canada. Contrib. Mineral. Petrol., 97: 93-104.
Soddy F. 1913. Intra-atomic charge. Nature, 92: 399-400.
Stacey J.S. & Kramers J.D. 1975. Approximation of terrestrial lead isotope evolution by a two-stage model.
Earth Planet. Sci. Lett., 26: 207-221.
Steiger R.H. & Wasserburg G.J. 1969. Comparative U-Th-Pb systematics in 2.7×109 yr plutons of different
geologic histories. Geochim. Cosmochim. Acta, 33:1213-1232.
Stern R.A. 2001. A new isotopic and trace-element standard for the ion microprobe: preliminary thermal
ionisation mass spectrometry (TIMS) U–Pb and electron-microprobe data. Rad. Age Isot. Stud., Report 14,
Geological Survey of Canada, Current Research, 2001-F1.
Storey C.D., Smith M.P., Jeffries T.E. 2007. In situ LA-ICP-MS U–Pb dating of metavolcanics of Norrbotten,
Sweden: Records of extended geological histories in complex titanite grains. Chem. Geol., 240: 163-181.
Tailby N.D., Walker A.M., Berry A.J., Hermann J., Evans K.A., Mavrogenes J.A., O’Neill H.St.C., Rodina I.S.,
Soldatov A.V., Rubatto D., Sutton S.R. 2011. Ti site occupancy in zircon. Geochim. Cosmochim. Acta, 75:
905–921.
Takenaka L., Lana C., Scholz R. 2014. Optimization of the in-situ U-Pb age dating method via LA-Quadrupole-
ICP-MS with applications to the timing of U-Zr-Mo mineralization in the Poços de Caldas Alkaline
Complex, SE Brazil. J. South Am. Earth Sci., submitted.
Tatsumoto M., Unruh D.M., Patchett P.J. 1981. U-Pb and Lu-Hf systematics of Antarctic meteorites. Proc. 6th
Symp. Antarc. Meteor., Natl. Inst. Polar. Res., Tokyo, p.: 237-249.
Taylor S.R. & McLennan S.M. 1985. The Continental Crust: its Composition and Evolution. Blackwell, Oxford.
312 pp.
Thirlwall M.F. & Walder A.J. 1995. In-situ hafnium isotope ratio analysis of zircon by inductively coupled
plasma multiple collector mass spectrometry. Chem. Geol., 122: 241-247.
Tiepolo M., Bottazzi P., Palenzona M., Vannucci R. 2003. A laser probe coupled with ICP-double-focusing
sector-field mass spectrometer for in-situ analysis of geological samples and U–Pb dating of zircon. Can.
Mineral., 41: 259-272.
Tilton G.R. 1960. Volume diffusion as a mechanism for discordant lead ages. J. Geophys. Res., 65: 2933-2945.
Tilton G.R., Patterson C., Brown H., Inghram M., Hayden R., Hess D., Larsen E. 1955. Isotopic composition and
distribution of lead, uranium and thorium in a Precambrian granite. Geol. Soc. Am. Bull., 66: 1131-1148.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
98
Tucker R.D., Krogh T.E., Ross R.J., Williams S.H. 1990. Time-scale calibration by high-precision U-Pb zircon
dating of interstratified volcanic ashes in the Ordovician and Lower Silurian stratotypes of Britain. Earth
Planet. Sci. Lett., 100:51-58.
U.S. Central Intelligence Agency 2000. Sri Lanka Map. Disponível em http://www.loc.gov/item/2001622328/.
Acessado em 24 fev 2014.
Valley J.W. 2003. Oxygen isotopes in zircon. In: Hanchar J.M., Hoskin P.W.O. (eds.) Zircon. Reviews in
Mineralogy and Geochemistry. Mineralogical Society of America, 53, Washington, DC, p.: 343–380.
Valley J.W., Cavosie A.J., Graham C.M., King E.M., Peck W.H., Wilde S.A. 2002. Zircon evidence of the
earliest Archean crust: 4.0-4.4 Ga. Abstr. 12th annual V.M. Goldschmidt Conf., Davos, Switzerland,
Geochim. Cosmochim. Acta, Special Supplement, p.: A794.
Valley J.W., Lackey J.S., Cavosie A.J., Clechenko C.C., Spicuzza M.J., Basei M.A.S., Bindeman I.N., Ferreira
V.P., Sial A.N., King E.M., Peck W.H., Sinha A.K., Wei C.S. 2005. 4.4 billion years of crustal maturation:
oxygen isotope ratios of magmatic zircon. Contrib. Mineral. Petrol., 150: 561–580.
van Achterbergh E., Ryan C.G., Jackson S.E., Griffin W. 2001. Appendix III. Data reduction software for LA-
ICP-MS. In: Sylvester P. (Ed.) Laser-ablation-ICP-MS in the Earth sciences, principles and applications.
Short Course Series, 29, Mineralogical Association of Canada, p.: 239–243.
Vervoort J.D. & Blichert-Toft J. 1999. Evolution of the depleted mantle: Hf isotope evidence from juvenile
rocks through time. Geochim. Cosmochim. Acta, 63: 533-556.
Voll G. & Kleinschrodt R. 1991. Sri Lanka: Structural magmatic and metamorphic development of a Gondwana
fragment. In: Kroner A. (ed.) The crystalline crust of Sri Lanka, Part I, Summary of Research of the
German-Sri Lankan Consortium. Geol. Surv. Dept. Sri Lanka, Prof. Paper 5, p.: 22-51.
von Blanckenburg F. 1992. Combined high-precision chronometry and geochemical tracing using accessory
minerals: Applied to the Central-Alpine Bergell intrusion (central Europe). Chem. Geol., 100: 19-40.
Vrána S. 1989. Perpotassic granulites from southern Bohemia – a new rock-type derived from partial melting of
crustal rocks under upper mantle conditions. Contrib. Mineral. Petrol., 103: 510-522.
Wadhwa M., Amelin Y., Bogdanovski O., Shukolyukov A., Lugmair G.W., Janney P. 2009. Ancient relative and
absolute ages for a basaltic meteorite: Implications for timescales of planetesimal accretion and
differentiation. Geochim. Cosmochim. Acta, 73: 5189-5201.
Wadia D.N. & Fernando L.J.D. 1945. Gems and semi-precious stones of Ceylon. Ceylon Depart. Mineral., Prof.
Paper, 2: 13-44.
Wasserburg G.J. 1963. Diffusion processes in lead–uranium systems. J. Geophys. Res., 68: 4823-4846.
Wetherill G.W. 1956. Discordant uranium–lead ages. Transac. Am. Geoph. Un., 37: 320-326.
Wiedenbeck M., Allé P., Corfu F., Griffin W.L., Meier M., Oberli F., von Quadt A., Roddick J.C., Spiegel W.
1995. Three natural zircon standards for U-Th-Pb, Lu-Hf, trace element and REE analyses. Geostand.
Newsl., 19: 1-23.
Wiedenbeck M., Hanchar J.M., Peck W.H., Sylvester P., Valley J.W., Whitehouse M.J., Kronz A., Morishita Y.,
Nasdala L., Fiebig J., Franchi I., Girard J.P., Greenwood R.C., Hinton R., Kita N., Mason P.R.D., Norman
M., Ogasawara M., Piccoli R., Rhede D., Satoh H., Schulz-Dobrick B., Skar O., Spicuzza M.J., Terada K.,
Tindle A., Togashi S., Vennemann T., Xie Q., Zheng Y.F. 2004. Further characterisation of the 91500 zircon
crystal. Geostand. Geoanal. Res., 28: 9-39.
Wilde S.A., Valley J.W., Peck W.H., Graham C.M. 2001. Evidence from detrital zircons for the existence of
continental crust and oceans on the Earth 4.4 Gyr ago. Nature, 409:175-178.
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
99
Williams I.S. 1998. U–Th–Pb geochronology by ion microprobe. In: McKibben M.A., Shanks W.C. III, Ridley
W.I. (eds.) Applications of Microanalytical Techniques to Understanding Mineralizing Porcesses. Reviews
in Economic Geology. Society of Economic Geologists, 7, Littleton, CO, p.: 1-35.
Williams I.S., Compston W., Black L.P., Ireland T.R., Foster J.J. 1984. Unsupported radiogenic Pb in zircon: A
cause of anomalously high Pb–Pb, U–Pb and Th–Pb ages. Contrib. Mineral. Petrol., 88: 322-327.
Woodhead J.D. & Hergt J.M. 2005. Preliminary appraisal of seven natural zircon reference materials for in situ
Hf isotope determination. Geostand. Geoanal. Res., 29: 183–195.
Woodhead J.A., Rossman G.R., Silver L.T. 1991. The metamictization of zircon: radiation dose-dependent
structural characteristics. Am. Mineral., 76: 74–82.
Woodhead J.D., Hergt J.M., Shelley M., Eggins S., Kemp R. 2004. Zircon Hf-isotope analysis with an excimer
laser, depth profiling, ablation of complex geometries and concomitant age estimation. Chem. Geol., 209:
121-135.
Wu F.Y., Yang Y.H., Xie L.W., Yang J.H., Xu P. 2006. Hf isotopic compositions of the standard zircons and
baddeleyites used in U–Pb geochronology. Chem. Geol., 234: 105-126.
Xia X., Sun M., Geng H., Sun Y., Wanga Y., Zhao G. 2011. Quasi-simultaneous determination of U-Pb and Hf
isotope compositions of zircon by excimer laser-ablation multiple-collector ICPMS. J. Anal. At. Spectrom.,
26: 1868-1871.
Xu P., Wu F.Y., Xie L.W., Yang Y.H. 2004. Hf isotopic compositions of the standard zircons for U–Pb dating.
Chin. Sci. Bull., 49: 1642-1648.
Yang T.N., Zhang H.R., Liu Y.X., Wang Z.L., Song Y.C., Yang Z.S., Tian S.H., Xie H.Q., Hou K.J. 2011.
Permo-Triassic arc magmatism in central Tibet: Evidence from zircon U–Pb geochronology, Hf isotopes,
rare earth elements, and bulk geochemistry. Chem. Geol., 284: 270-282.
Yuan H.L., Gao S., Liu X.M., Li H.M., Günther D.,Wu F.Y. 2004. Accurate U–Pb age and trace element
determinations of zircon by laser ablation-inductively coupled plasma mass spectrometry. Geostand.
Geoanal. Res., 28: 353-370.
Yuan H.L., Gao S., Dai M.N., Zong C.L., Günther D., Fontaine G.H., Liu X.M., Diwu C. 2008. Simultaneous
determinations of U–Pb age, Hf isotopes and trace element compositions of zircon by excimer laser-ablation
quadrupole and multiple-collector ICP-MS. Chem. Geol., 247: 100-118.
Zhang M., Salje E.K.H., Farnan I., Graeme-Barber A., Daniel P., Ewing R.C., Clark A.M., Lennox H. 2000.
Metamictization of zircon: Raman spectroscopic study. J. Physics: Condensed Matter, 12: 1915–1925.
Zhao Z.-F., Zheng Y.-F., Wei C.-S., Chen F.-K., Liu X., Wu F.-Y. 2008. Zircon U–Pb ages, Hf and O isotopes
constrain the crustal architecture of the ultrahigh-pressure Dabie orogen in China. Chem. Geol., 253: 222-
242.
ZhiChao L., Yuan W. F., ChunLi G., ZiFu Z., JinHui Y., JinFeng S. 2011. In situ U-Pb dating of xenotime by
laser ablation (LA)-ICP-MS. Chin. Sci. Bull., 56: 2948–2956.
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
100
Apêndices
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
102
Analysis
207Pb/
235U 1σ (abs) 206
Pb/238
U 1σ (abs) 207Pb/
206Pb 1σ (abs) 207
Pb/235
U 1σ (abs) 206Pb/
238U 1σ (abs) 207
Pb/206
Pb 1σ (abs)
UFOP BB9-1 0.73585 0.01113 0.09167 0.00098 0.05825 0.00093 560.0 6.5 565.4 5.8 538.4 35.1
UFOP BB9-2 0.74322 0.01069 0.09101 0.00096 0.05925 0.00090 564.3 6.2 561.5 5.7 576.3 32.7
UFOP BB9-3 0.73855 0.01082 0.09111 0.00096 0.05882 0.00091 561.6 6.3 562.1 5.7 560.3 33.5
UFOP BB9-4 0.74638 0.01108 0.09115 0.00097 0.05942 0.00093 566.1 6.4 562.3 5.8 582.4 33.6
UFOP BB9-5 0.74086 0.01059 0.09055 0.00095 0.05936 0.00089 562.9 6.2 558.8 5.6 580.4 32.4
UFOP BB9-6 0.74389 0.01087 0.09192 0.00098 0.05872 0.00090 564.7 6.3 566.9 5.8 556.7 33.0
UFOP BB9-7 0.73770 0.01148 0.09149 0.00100 0.05851 0.00096 561.1 6.7 564.4 5.9 548.8 35.3
UFOP BB9-8 0.73500 0.01117 0.09120 0.00098 0.05848 0.00094 559.5 6.5 562.6 5.8 547.9 34.6
UFOP BB9-9 0.74162 0.01075 0.09132 0.00096 0.05892 0.00090 563.4 6.3 563.4 5.7 564.2 33.0
UFOP BB9-10 0.74008 0.01087 0.09083 0.00097 0.05912 0.00092 562.5 6.3 560.4 5.7 571.5 33.4
UFOP BB9-11 0.74558 0.01264 0.09045 0.00098 0.05982 0.00109 565.7 7.4 558.2 5.8 596.9 38.9
UFOP BB9-12 0.75260 0.01090 0.09147 0.00096 0.05970 0.00091 569.7 6.3 564.2 5.7 593.2 32.5
UFOP BB9-13 0.74011 0.01092 0.09161 0.00097 0.05862 0.00091 562.5 6.4 565.1 5.7 553.0 33.7
UFOP BB11-1 0.73620 0.01233 0.09032 0.00101 0.05914 0.00104 560.2 7.2 557.4 6.0 572.4 37.9
UFOP BB11-2 0.73912 0.01145 0.09104 0.00095 0.05892 0.00098 561.9 6.7 561.7 5.6 564.0 35.9
UFOP BB11-3 0.73452 0.01146 0.09079 0.00095 0.05871 0.00098 559.2 6.7 560.2 5.6 556.3 36.7
UFOP BB11-4 0.74539 0.01197 0.09053 0.00098 0.05975 0.00102 565.5 7.0 558.7 5.8 594.3 36.7
UFOP BB11-5 0.72820 0.01162 0.09080 0.00095 0.05820 0.00100 555.5 6.8 560.3 5.6 536.8 37.8
UFOP BB11-6 0.73620 0.01299 0.09077 0.00105 0.05885 0.00109 560.2 7.6 560.1 6.2 561.5 40.0
UFOP BB11-7 0.74049 0.01375 0.09029 0.00106 0.05950 0.00116 562.7 8.0 557.3 6.3 585.6 41.9
UFOP BB11-8 0.74599 0.01126 0.09096 0.00095 0.05951 0.00096 565.9 6.6 561.2 5.6 585.9 34.7
UFOP BB11-9 0.73930 0.01139 0.09106 0.00095 0.05891 0.00098 562.0 6.7 561.8 5.6 563.9 35.7
UFOP BB11-10 0.73768 0.01178 0.09166 0.00101 0.05840 0.00098 561.0 6.9 565.3 6.0 544.7 36.4
UFOP BB11-11 0.73687 0.01147 0.09143 0.00098 0.05848 0.00097 560.6 6.7 564.0 5.8 547.6 35.7
UFOP BB12-1 0.73803 0.00995 0.09126 0.00094 0.05868 0.00084 561.3 5.8 563.0 5.6 555.3 30.9
UFOP BB12-2 0.73777 0.00975 0.09174 0.00093 0.05835 0.00082 561.1 5.7 565.8 5.5 543.0 30.4
UFOP BB12-3 0.74868 0.01157 0.09119 0.00100 0.05957 0.00097 567.5 6.7 562.6 5.9 588.0 34.9
UFOP BB12-4 0.73611 0.00984 0.09117 0.00092 0.05859 0.00084 560.1 5.8 562.4 5.5 551.7 30.9
UFOP BB12-5 0.74097 0.00971 0.09114 0.00090 0.05899 0.00084 563.0 5.7 562.3 5.3 566.9 30.6
UFOP BB12-6 0.74097 0.00977 0.09123 0.00091 0.05894 0.00084 563.0 5.7 562.8 5.4 564.8 30.2
UFOP BB12-7 0.74135 0.00973 0.09193 0.00094 0.05851 0.00081 563.2 5.7 566.9 5.5 549.0 30.1
UFOP BB12-8 0.73847 0.00980 0.09106 0.00091 0.05885 0.00084 561.5 5.7 561.8 5.4 561.4 31.4
UFOP BB12-9 0.74267 0.01008 0.09078 0.00093 0.05936 0.00086 564.0 5.9 560.1 5.5 580.5 31.1
UFOP BB12-10 0.73781 0.00971 0.09132 0.00092 0.05863 0.00083 561.1 5.7 563.3 5.4 553.2 30.5
UFOP BB12-11 0.73750 0.00968 0.09087 0.00091 0.05889 0.00083 560.9 5.7 560.7 5.4 563.0 30.6
UFOP BB12-12 0.74765 0.00995 0.09130 0.00094 0.05942 0.00083 566.9 5.8 563.2 5.6 582.6 30.2
UFOP BB12-13 0.73676 0.00989 0.09054 0.00093 0.05904 0.00084 560.5 5.8 558.8 5.5 568.7 30.7
UFOP BB12-14 0.73915 0.00957 0.09084 0.00090 0.05904 0.00082 561.9 5.6 560.5 5.3 568.6 30.1
UFOP BB12-15 0.73401 0.00986 0.09097 0.00094 0.05854 0.00083 558.9 5.8 561.3 5.6 550.2 30.7
UFOP BB12-16 0.73595 0.00974 0.09078 0.00092 0.05882 0.00083 560.0 5.7 560.1 5.4 560.6 30.5
UFOP BB13-1 0.73998 0.00919 0.09084 0.00090 0.05911 0.00079 562.4 5.4 560.5 5.3 571.1 28.8
UFOP BB13-2 0.74253 0.00945 0.09111 0.00089 0.05914 0.00082 563.9 5.5 562.1 5.3 572.3 29.7
UFOP BB13-3 0.73761 0.00940 0.09027 0.00090 0.05929 0.00081 561.0 5.5 557.1 5.3 577.8 29.5
UFOP BB13-4 0.73640 0.00922 0.09147 0.00091 0.05842 0.00078 560.3 5.4 564.2 5.4 545.4 28.9
UFOP BB13-5 0.73918 0.00975 0.09024 0.00092 0.05944 0.00083 561.9 5.7 557.0 5.5 583.1 30.1
UFOP BB13-6 0.74037 0.00949 0.09152 0.00092 0.05870 0.00080 562.6 5.5 564.5 5.5 555.9 29.5
UFOP BB13-7 0.74275 0.00930 0.09119 0.00090 0.05910 0.00080 564.0 5.4 562.6 5.3 570.8 29.0
UFOP BB13-8 0.74006 0.00910 0.09173 0.00090 0.05854 0.00077 562.4 5.3 565.8 5.3 550.0 28.6
UFOP BB13-9 0.73817 0.00971 0.09142 0.00092 0.05859 0.00083 561.3 5.7 564.0 5.4 551.8 30.6
UFOP BB13-10 0.73604 0.00950 0.09103 0.00091 0.05867 0.00081 560.1 5.6 561.6 5.4 554.8 30.0
UFOP BB13-11 0.74420 0.00936 0.09143 0.00092 0.05906 0.00079 564.9 5.5 564.0 5.4 569.2 28.9
UFOP BB13-12 0.74006 0.00930 0.09192 0.00092 0.05842 0.00078 562.4 5.4 566.9 5.4 545.4 29.1
UFOP BB13-13 0.74537 0.00939 0.09124 0.00091 0.05927 0.00080 565.5 5.5 562.9 5.4 577.1 29.0
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
APÊNDICE A – Dados U-Pb de laser ablation ICP-MS para o zircão estudado
Tabela A.1: Dados U-Pb de laser ablation Q-ICP-MS para o zircão estudado (Universidade Federal de Ouro
Preto).
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
103
Analysis
207Pb/
235U 1σ (abs) 206
Pb/238
U 1σ (abs) 207Pb/
206Pb 1σ (abs) 207
Pb/235
U 1σ (abs) 206Pb/
238U 1σ (abs) 207
Pb/206
Pb 1σ (abs)
UFOP BB13-14 0.73990 0.01053 0.09124 0.00091 0.05885 0.00091 562.3 6.1 562.9 5.4 561.5 33.2
UFOP BB13-15 0.73864 0.00955 0.09106 0.00091 0.05886 0.00082 561.6 5.6 561.8 5.4 561.8 30.0
UFOP BB14-1 0.73280 0.00951 0.09129 0.00092 0.05825 0.00081 558.2 5.6 563.1 5.4 538.5 30.7
UFOP BB14-2 0.73304 0.00966 0.09101 0.00091 0.05845 0.00083 558.3 5.7 561.5 5.4 546.5 30.8
UFOP BB14-3 0.74451 0.00979 0.09093 0.00090 0.05942 0.00085 565.0 5.7 561.0 5.3 582.4 30.7
UFOP BB14-4 0.74510 0.00997 0.09110 0.00090 0.05935 0.00086 565.4 5.8 562.1 5.3 580.0 31.3
UFOP BB14-5 0.73773 0.00962 0.09088 0.00090 0.05891 0.00083 561.1 5.6 560.7 5.3 563.7 30.5
UFOP BB14-6 0.73943 0.00974 0.09160 0.00093 0.05857 0.00082 562.1 5.7 565.0 5.5 551.2 30.3
UFOP BB14-7 0.74684 0.00966 0.09127 0.00090 0.05938 0.00083 566.4 5.6 563.0 5.3 581.0 30.1
UFOP BB14-8 0.74116 0.00965 0.09090 0.00090 0.05916 0.00083 563.1 5.6 560.9 5.3 573.2 30.3
UFOP BB14-9 0.73868 0.00966 0.09079 0.00090 0.05904 0.00084 561.6 5.6 560.2 5.3 568.6 30.5
UFOP BB14-10 0.73299 0.00959 0.09100 0.00093 0.05845 0.00081 558.3 5.6 561.4 5.5 546.6 30.0
UFOP BB14-11 0.74582 0.00989 0.09112 0.00093 0.05939 0.00084 565.8 5.8 562.2 5.5 581.4 30.4
UFOP BB14-12 0.74029 0.00964 0.09155 0.00094 0.05867 0.00081 562.6 5.6 564.7 5.5 554.9 29.8
UFOP BB14-13 0.74200 0.01085 0.09040 0.00097 0.05956 0.00092 563.6 6.3 557.9 5.7 587.5 33.1
UFOP BB14-14 0.74177 0.00965 0.09174 0.00092 0.05867 0.00082 563.4 5.6 565.8 5.4 554.9 30.1
UFOP BB16-1 0.74211 0.00999 0.09160 0.00091 0.05879 0.00086 563.6 5.8 565.0 5.4 559.3 31.5
UFOP BB16-2 0.72909 0.00970 0.09095 0.00091 0.05817 0.00083 556.0 5.7 561.2 5.4 535.5 31.6
UFOP BB16-3 0.74416 0.00976 0.09233 0.00094 0.05848 0.00081 564.8 5.7 569.3 5.6 547.7 30.1
UFOP BB16-4 0.73380 0.00953 0.09189 0.00093 0.05794 0.00080 558.8 5.6 566.7 5.5 527.1 30.3
UFOP BB16-5 0.74581 0.01012 0.09130 0.00092 0.05928 0.00087 565.8 5.9 563.2 5.4 577.2 31.5
UFOP BB16-6 0.73386 0.00973 0.09118 0.00091 0.05840 0.00083 558.8 5.7 562.5 5.4 544.9 30.9
UFOP BB16-7 0.72980 0.01051 0.09093 0.00096 0.05824 0.00088 556.4 6.2 561.0 5.7 538.1 33.5
UFOP BB16-8 0.73037 0.01077 0.09077 0.00096 0.05838 0.00091 556.8 6.3 560.1 5.7 544.0 33.8
UFOP BB16-9 0.73337 0.01024 0.09122 0.00094 0.05834 0.00087 558.5 6.0 562.7 5.5 541.7 33.0
UFOP BB16-10 0.74066 0.00990 0.09100 0.00091 0.05906 0.00085 562.8 5.8 561.4 5.4 569.4 31.1
UFOP BB16-11 0.73558 0.01071 0.09086 0.00096 0.05874 0.00091 559.8 6.3 560.6 5.7 557.4 33.3
UFOP BB16-12 0.74604 0.01009 0.09077 0.00094 0.05964 0.00085 565.9 5.9 560.1 5.6 590.4 30.6
UFOP BB16-13 0.72911 0.01060 0.09091 0.00098 0.05819 0.00089 556.0 6.2 560.9 5.8 536.5 33.5
UFOP BB16-14 0.74491 0.01047 0.09077 0.00093 0.05955 0.00090 565.3 6.1 560.1 5.5 587.1 32.3
UFOP BB16-15 0.73700 0.00999 0.09142 0.00094 0.05849 0.00084 560.7 5.8 563.9 5.5 548.3 31.2
UFOP BB17-1 0.73844 0.01117 0.09069 0.00099 0.05908 0.00094 561.5 6.5 559.6 5.9 570.1 34.1
UFOP BB17-2 0.73629 0.00984 0.09101 0.00093 0.05870 0.00083 560.2 5.8 561.5 5.5 555.9 30.7
UFOP BB17-3 0.74073 0.00919 0.09123 0.00089 0.05892 0.00079 562.8 5.4 562.8 5.3 564.1 29.4
UFOP BB17-4 0.73906 0.00934 0.09147 0.00092 0.05863 0.00079 561.9 5.5 564.2 5.5 553.3 29.0
UFOP BB17-5 0.74562 0.01136 0.09175 0.00104 0.05897 0.00092 565.7 6.6 565.9 6.1 565.9 33.7
UFOP BB17-6 0.73726 0.00946 0.09159 0.00093 0.05841 0.00079 560.8 5.5 564.9 5.5 545.1 29.3
UFOP BB17-7 0.73781 0.00965 0.09089 0.00092 0.05890 0.00082 561.1 5.6 560.8 5.4 563.4 30.3
UFOP BB17-8 0.74014 0.00939 0.09068 0.00091 0.05922 0.00080 562.5 5.5 559.6 5.4 575.3 29.1
UFOP BB17-9 0.73690 0.01028 0.09094 0.00095 0.05879 0.00087 560.6 6.0 561.1 5.6 559.4 31.8
UFOP BB17-10 0.73792 0.01030 0.09132 0.00096 0.05863 0.00086 561.2 6.0 563.3 5.7 553.5 31.7
UFOP BB17-11 0.73005 0.01010 0.09118 0.00097 0.05810 0.00084 556.6 5.9 562.5 5.8 532.9 31.7
UFOP BB17-12 0.73673 0.00980 0.09002 0.00092 0.05938 0.00084 560.5 5.7 555.6 5.5 581.2 30.4
UFOP BB17-13 0.73664 0.01118 0.09067 0.00099 0.05895 0.00094 560.4 6.5 559.5 5.9 565.1 34.3
UFOP BB18-1 0.73882 0.00995 0.09122 0.00091 0.05878 0.00086 561.7 5.8 562.7 5.4 558.8 31.5
UFOP BB18-2 0.74115 0.00974 0.09173 0.00091 0.05863 0.00083 563.1 5.7 565.8 5.4 553.3 30.6
UFOP BB18-3 0.74275 0.00973 0.09156 0.00091 0.05886 0.00083 564.0 5.7 564.8 5.4 562.0 31.0
UFOP BB18-4 0.74177 0.00977 0.09118 0.00090 0.05903 0.00085 563.4 5.7 562.5 5.3 568.3 30.9
UFOP BB18-5 0.74268 0.00981 0.09045 0.00089 0.05958 0.00086 564.0 5.7 558.2 5.3 588.5 31.0
UFOP BB18-6 0.75004 0.01012 0.09152 0.00095 0.05947 0.00085 568.2 5.9 564.5 5.6 584.2 30.6
UFOP BB18-7 0.74060 0.01076 0.09138 0.00097 0.05880 0.00090 562.8 6.3 563.7 5.7 559.8 33.4
UFOP BB18-8 0.74021 0.00969 0.09051 0.00090 0.05934 0.00084 562.5 5.7 558.6 5.3 579.7 30.5
UFOP BB18-9 0.73711 0.00979 0.09103 0.00091 0.05876 0.00084 560.7 5.7 561.6 5.4 558.1 30.9
UFOP BB18-10 0.73709 0.00984 0.09129 0.00091 0.05859 0.00084 560.7 5.8 563.2 5.4 551.8 31.1
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
104
Tabela A.2: Dados U-Pb de laser ablation SF-ICP-MS para o zircão estudado (Universidade Federal de Ouro
Preto).
Analysis
207Pb/
235U 2σ (%) 206
Pb/238
U 2σ (%) 207Pb/
206Pb 2σ (%) 207
Pb/235
U 2σ (abs) 206Pb/
238U 2σ (abs) 207
Pb/206
Pb 2σ (abs)
UFOP BB9-1 0.73841 1.51975 0.09093 1.13368 0.05890 1.01213 561.5 6.6 561.0 6.1 563.3 22.0
UFOP BB9-2 0.73859 1.54757 0.09090 1.21527 0.05893 0.95817 561.6 6.7 560.9 6.5 564.4 20.9
UFOP BB9-3 0.74402 1.72081 0.09145 1.36358 0.05901 1.04967 564.8 7.5 564.1 7.4 567.4 22.9
UFOP BB9-4 0.74975 1.69436 0.09208 1.32609 0.05906 1.05468 568.1 7.4 567.8 7.2 569.2 23.0
UFOP BB9-5 0.73632 2.09876 0.09064 1.81953 0.05892 1.04598 560.3 9.1 559.3 9.8 564.1 22.8
UFOP BB9-6 0.75257 1.95060 0.09231 1.52802 0.05913 1.21244 569.7 8.5 569.2 8.3 571.8 26.4
UFOP BB9-7 0.73897 1.60681 0.09136 1.17136 0.05866 1.09990 561.8 7.0 563.6 6.3 554.6 24.0
UFOP BB9-8 0.74624 1.69575 0.09169 1.36899 0.05903 1.00071 566.0 7.4 565.5 7.4 568.2 21.8
UFOP BB9-9 0.73342 1.67267 0.09092 1.28656 0.05851 1.06892 558.6 7.2 561.0 6.9 548.8 23.3
UFOP BB9-10 0.73467 1.69295 0.09055 1.35931 0.05885 1.00914 559.3 7.3 558.8 7.3 561.4 22.0
UFOP BB9-11 0.73892 1.57122 0.09101 1.13237 0.05888 1.08925 561.8 6.8 561.5 6.1 562.8 23.7
UFOP BB9-12 0.73786 1.88337 0.09086 1.54596 0.05890 1.07568 561.2 8.2 560.6 8.3 563.4 23.4
UFOP BB9-13 0.74026 1.74866 0.09105 1.34834 0.05897 1.11346 562.6 7.6 561.7 7.3 565.9 24.2
UFOP BB9-14 0.74180 1.60103 0.09218 1.17747 0.05836 1.08483 563.5 6.9 568.4 6.4 543.4 23.7
UFOP BB9-15 0.73254 1.68615 0.09027 1.31691 0.05886 1.05303 558.0 7.3 557.1 7.0 561.8 22.9
UFOP BB9-16 0.74473 1.83136 0.09172 1.34025 0.05889 1.24804 565.2 8.0 565.7 7.3 563.0 27.2
UFOP BB9-17 0.73278 1.66871 0.09029 1.30576 0.05886 1.03902 558.2 7.2 557.2 7.0 562.1 22.6
UFOP BB9-18 0.73737 1.94451 0.09085 1.22509 0.05886 1.51006 560.9 8.4 560.6 6.6 562.0 32.9
UFOP BB9-19 0.73673 1.82449 0.09076 1.29336 0.05888 1.28685 560.5 7.9 560.0 6.9 562.5 28.0
UFOP BB9-20 0.74317 1.52246 0.09164 1.14442 0.05882 1.00409 564.3 6.6 565.2 6.2 560.3 21.9
UFOP BB9-21 0.74220 1.66824 0.09132 1.29064 0.05894 1.05700 563.7 7.2 563.3 7.0 565.0 23.0
UFOP BB9-22 0.75274 1.66664 0.09226 1.29498 0.05917 1.04915 569.8 7.3 568.9 7.1 573.5 22.8
UFOP BB9-23 0.74298 1.62134 0.09138 1.25572 0.05897 1.02563 564.1 7.0 563.7 6.8 566.0 22.3
UFOP BB9-24 0.74261 1.89757 0.09128 1.18172 0.05901 1.48469 563.9 8.2 563.1 6.4 567.3 32.3
UFOP BB9-25 0.73624 2.01002 0.09058 1.46826 0.05895 1.37273 560.2 8.7 558.9 7.9 565.3 29.9
UFOP BB9-26 0.73445 1.55989 0.09048 1.26510 0.05887 0.91256 559.2 6.7 558.4 6.8 562.3 19.9
UFOP BB9-27 0.74110 1.76665 0.09125 1.49766 0.05891 0.93705 563.0 7.7 562.9 8.1 563.6 20.4
UFOP BB9-28 0.74142 1.72216 0.09129 1.42654 0.05891 0.96480 563.2 7.5 563.1 7.7 563.6 21.0
UFOP BB10-1 0.74445 3.16945 0.09138 2.20954 0.05908 2.27230 565.0 13.8 563.7 11.9 570.2 49.4
UFOP BB10-2 0.74198 3.14122 0.09153 2.33255 0.05880 2.10392 563.6 13.7 564.6 12.6 559.5 45.9
UFOP BB10-3 0.74328 2.99780 0.09163 2.01451 0.05883 2.22004 564.3 13.1 565.2 10.9 560.8 48.4
UFOP BB10-4 0.73912 2.69685 0.09103 1.78691 0.05889 2.01989 561.9 11.7 561.6 9.6 563.0 44.0
UFOP BB10-5 0.74114 3.07314 0.09112 2.18111 0.05899 2.16493 563.1 13.4 562.2 11.8 566.7 47.1
UFOP BB10-6 0.74818 3.05597 0.09210 1.99322 0.05892 2.31647 567.2 13.4 568.0 10.8 564.0 50.5
UFOP BB10-7 0.74183 3.02298 0.09147 2.21178 0.05882 2.06070 563.5 13.2 564.2 12.0 560.5 44.9
UFOP BB10-8 0.74210 5.26385 0.09118 2.39035 0.05903 4.68982 563.6 23.0 562.5 12.9 568.2 102.1
UFOP BB10-9 0.74274 5.25825 0.09149 2.50589 0.05888 4.62274 564.0 23.0 564.4 13.6 562.5 100.7
UFOP BB10-10 0.73642 3.04183 0.09042 2.13397 0.05907 2.16769 560.3 13.2 558.0 11.4 569.6 47.2
UFOP BB10-11 0.74835 3.68661 0.09140 2.08059 0.05938 3.04339 567.3 16.2 563.8 11.2 581.2 66.1
UFOP BB10-12 0.74016 3.40707 0.09148 1.65931 0.05868 2.97570 562.5 14.8 564.3 9.0 555.3 64.9
UFOP BB10-13 0.73880 3.14521 0.09128 1.68208 0.05870 2.65763 561.7 13.7 563.1 9.1 556.0 58.0
UFOP BB10-14 0.74492 3.08775 0.09165 1.69591 0.05895 2.58034 565.3 13.5 565.3 9.2 565.2 56.2
UFOP BB10-15 0.74796 3.34874 0.09176 1.67941 0.05912 2.89718 567.0 14.7 565.9 9.1 571.5 63.0
UFOP BB10-16 0.74548 3.38446 0.09170 1.63098 0.05896 2.96555 565.6 14.8 565.6 8.8 565.7 64.6
UFOP BB11-1 0.74010 2.97989 0.09116 2.29597 0.05888 1.89954 562.5 13.0 562.4 12.4 562.7 41.4
UFOP BB11-2 0.74655 2.98582 0.09193 2.16715 0.05890 2.05393 566.2 13.0 567.0 11.8 563.3 44.7
UFOP BB11-3 0.74109 3.08326 0.09136 2.04020 0.05883 2.31172 563.0 13.4 563.6 11.0 560.9 50.4
UFOP BB11-4 0.74655 2.98582 0.09193 2.16715 0.05890 2.05393 566.2 13.0 567.0 11.8 563.3 44.7
UFOP BB11-5 0.74406 3.66292 0.09223 2.78081 0.05851 2.38414 564.8 16.0 568.7 15.2 548.9 52.1
UFOP BB11-6 0.74887 2.84557 0.09216 2.01243 0.05893 2.01182 567.6 12.4 568.3 11.0 564.7 43.8
UFOP BB11-7 0.73972 3.00746 0.09102 2.11905 0.05894 2.13412 562.2 13.1 561.6 11.4 564.9 46.5
UFOP BB11-8 0.73494 2.96798 0.09046 1.97432 0.05893 2.21607 559.5 12.8 558.2 10.6 564.4 48.3
UFOP BB11-9 0.74817 2.92598 0.09190 1.93295 0.05904 2.19660 567.2 12.8 566.8 10.5 568.7 47.8
UFOP BB11-10 0.73756 3.53416 0.09088 2.51657 0.05886 2.48137 561.0 15.3 560.8 13.5 561.9 54.1
UFOP BB11-11 0.73326 2.91949 0.09045 2.07734 0.05879 2.05136 558.5 12.6 558.2 11.1 559.4 44.7
UFOP BB11-12 0.73678 2.98600 0.09084 2.06195 0.05882 2.15976 560.5 12.9 560.5 11.1 560.6 47.1
UFOP BB12-1 0.73503 2.92152 0.09054 2.14356 0.05888 1.98506 559.5 12.6 558.7 11.5 562.7 43.2
UFOP BB12-2 0.74343 3.22935 0.09135 2.08827 0.05902 2.46330 564.4 14.1 563.5 11.3 567.9 53.6
UFOP BB12-3 0.74758 3.14157 0.09197 2.24072 0.05895 2.20196 566.8 13.7 567.2 12.2 565.4 48.0
UFOP BB12-4 0.73626 3.02628 0.09085 2.17978 0.05878 2.09927 560.2 13.1 560.6 11.7 558.8 45.8
UFOP BB12-5 0.73880 2.94095 0.09080 2.11878 0.05901 2.03960 561.7 12.8 560.3 11.4 567.4 44.4
UFOP BB12-6 0.74032 3.01092 0.09117 2.12593 0.05889 2.13214 562.6 13.1 562.5 11.5 563.2 46.4
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
105
Analysis
207Pb/
235U 2σ (%) 206
Pb/238
U 2σ (%) 207Pb/
206Pb 2σ (%) 207
Pb/235
U 2σ (abs) 206Pb/
238U 2σ (abs) 207
Pb/206
Pb 2σ (abs)
UFOP BB12-5 0.73880 2.94095 0.09080 2.11878 0.05901 2.03960 561.7 12.8 560.3 11.4 567.4 44.4
UFOP BB12-6 0.74032 3.01092 0.09117 2.12593 0.05889 2.13214 562.6 13.1 562.5 11.5 563.2 46.4
UFOP BB12-7 0.74302 2.86751 0.09130 1.94356 0.05902 2.10836 564.2 12.5 563.2 10.5 567.9 45.9
UFOP BB12-8 0.73880 2.94095 0.09080 2.11878 0.05901 2.03960 561.7 12.8 560.3 11.4 567.4 44.4
UFOP BB12-9 0.74958 3.02467 0.09219 2.03570 0.05897 2.23708 568.0 13.2 568.5 11.1 566.1 48.7
UFOP BB12-10 0.74132 3.02159 0.09119 2.15866 0.05896 2.11429 563.2 13.1 562.5 11.6 565.7 46.0
UFOP BB12-11 0.73671 3.01965 0.09052 2.10081 0.05903 2.16908 560.5 13.1 558.6 11.3 568.1 47.2
UFOP BB12-12 0.75042 2.99872 0.09233 2.20785 0.05894 2.02921 568.5 13.1 569.3 12.0 565.0 44.2
UFOP BB12-13 0.73907 2.49538 0.09089 1.85816 0.05898 1.66559 561.9 10.8 560.8 10.0 566.2 36.3
UFOP BB12-14 0.73555 2.41874 0.09067 1.85464 0.05883 1.55262 559.8 10.5 559.5 9.9 561.0 33.8
UFOP BB12-15 0.74904 3.05059 0.09230 2.22031 0.05886 2.09196 567.7 13.4 569.1 12.1 561.8 45.6
UFOP BB12-16 0.73770 2.75466 0.09089 1.94256 0.05887 1.95310 561.1 11.9 560.8 10.4 562.2 42.6
UFOP BB12-17 0.74854 2.51493 0.09194 1.67364 0.05905 1.87718 567.4 11.0 567.0 9.1 568.8 40.9
UFOP BB12-18 0.73664 2.52569 0.09140 1.65719 0.05845 1.90599 560.4 10.9 563.8 9.0 546.7 41.6
UFOP BB12-19 0.73680 2.47075 0.09140 1.67985 0.05846 1.81183 560.5 10.7 563.8 9.1 547.2 39.6
UFOP BB12-20 0.74206 2.18191 0.09211 1.43106 0.05843 1.64705 563.6 9.5 568.0 7.8 545.9 36.0
UFOP BB13-1 0.74537 3.34898 0.09113 2.81575 0.05932 1.81306 565.5 14.6 562.2 15.2 578.8 39.4
UFOP BB13-2 0.73829 1.89911 0.09039 1.40146 0.05924 1.28161 561.4 8.2 557.9 7.5 575.8 27.9
UFOP BB13-3 0.73986 2.64885 0.09034 2.05636 0.05940 1.66968 562.3 11.5 557.6 11.0 581.6 36.3
UFOP BB13-4 0.74122 2.52683 0.09118 1.99639 0.05896 1.54896 563.1 11.0 562.5 10.8 565.7 33.7
UFOP BB13-5 0.73817 2.76331 0.09069 1.93734 0.05903 1.97043 561.3 12.0 559.6 10.4 568.3 42.9
UFOP BB13-6 0.74837 2.57011 0.09227 2.00815 0.05883 1.60399 567.3 11.2 568.9 10.9 560.6 35.0
UFOP BB13-7 0.73912 1.90327 0.09109 1.40109 0.05885 1.28818 561.9 8.2 562.0 7.5 561.5 28.1
UFOP BB13-8 0.73757 1.79811 0.09097 1.26856 0.05880 1.27434 561.0 7.8 561.3 6.8 559.8 27.8
UFOP BB13-9 0.74736 1.83688 0.09228 1.43083 0.05874 1.15190 566.7 8.0 569.0 7.8 557.5 25.1
UFOP BB13-10 0.74023 3.37117 0.09110 2.81573 0.05893 1.85378 562.5 14.7 562.1 15.2 564.5 40.4
UFOP BB13-11 0.73757 2.45372 0.09091 1.88568 0.05884 1.57001 561.0 10.6 560.9 10.1 561.2 34.2
UFOP BB13-12 0.73246 2.76551 0.09016 2.15946 0.05892 1.72766 558.0 11.9 556.5 11.5 564.0 37.6
UFOP BB13-13 0.73475 2.66992 0.09031 2.05637 0.05901 1.70288 559.3 11.5 557.4 11.0 567.3 37.1
UFOP BB13-14 0.73917 2.53020 0.09116 1.99637 0.05881 1.55448 561.9 11.0 562.4 10.8 559.9 33.9
UFOP BB13-15 0.73817 2.76331 0.09069 1.93734 0.05903 1.97043 561.3 12.0 559.6 10.4 568.3 42.9
UFOP BB13-16 0.74837 2.57011 0.09227 2.00815 0.05883 1.60399 567.3 11.2 568.9 10.9 560.6 35.0
UFOP BB13-17 0.74294 2.40757 0.09135 1.62900 0.05898 1.77278 564.1 10.5 563.5 8.8 566.5 38.6
UFOP BB13-18 0.7407 2.6118 0.0912 1.9516 0.05892 1.73564 562.8 11.3 562.5 10.5 564.2 37.8
UFOP BB14-1 0.73095 2.15025 0.09061 1.16999 0.05851 1.80408 557.1 9.3 559.1 6.3 548.9 39.4
UFOP BB14-2 0.73605 1.83991 0.09120 0.88402 0.05853 1.61362 560.1 8.0 562.6 4.8 549.8 35.2
UFOP BB14-3 0.74220 2.05360 0.09197 1.12557 0.05853 1.71766 563.7 8.9 567.2 6.1 549.6 37.5
UFOP BB14-4 0.74370 2.25034 0.09206 1.51803 0.05859 1.66121 564.6 9.8 567.7 8.3 551.8 36.3
UFOP BB14-5 0.74452 2.59761 0.09224 1.35989 0.05854 2.21321 565.0 11.3 568.8 7.4 549.9 48.3
UFOP BB14-6 0.73869 2.01673 0.09147 1.28134 0.05857 1.55736 561.6 8.7 564.2 6.9 551.2 34.0
UFOP BB14-7 0.74368 2.14039 0.09214 1.33061 0.05854 1.67652 564.6 9.3 568.2 7.2 550.0 36.6
UFOP BB14-8 0.73950 2.09303 0.09150 1.28823 0.05861 1.64963 562.1 9.1 564.4 7.0 552.8 36.0
UFOP BB14-9 0.73516 1.96284 0.09113 1.09974 0.05851 1.62582 559.6 8.5 562.2 5.9 548.9 35.5
UFOP BB14-10 0.73453 1.99479 0.09082 1.16001 0.05866 1.62283 559.2 8.6 560.4 6.2 554.3 35.4
UFOP BB14-11 0.73874 2.24020 0.09150 1.49429 0.05855 1.66900 561.7 9.7 564.4 8.1 550.5 36.4
UFOP BB14-12 0.73874 2.24020 0.09150 1.49429 0.05855 1.66900 561.7 9.7 564.4 8.1 550.5 36.4
UFOP BB14-13 0.73336 2.10084 0.09091 1.30307 0.05851 1.64789 558.5 9.1 560.9 7.0 548.8 36.0
UFOP BB14-14 0.73911 1.98088 0.09177 1.14669 0.05841 1.61523 561.9 8.6 566.0 6.2 545.2 35.3
UFOP BB14-15 0.73140 1.97631 0.09066 0.93686 0.05851 1.74015 557.4 8.5 559.4 5.0 549.0 38.0
UFOP BB14-16 0.73869 2.18919 0.09157 1.18426 0.05851 1.84121 561.6 9.5 564.8 6.4 548.8 40.2
UFOP BB14-17 0.74373 2.09534 0.09220 1.30913 0.05850 1.63604 564.6 9.1 568.5 7.1 548.6 35.7
UFOP BB14-18 0.74041 2.24448 0.09176 1.26011 0.05852 1.85737 562.6 9.7 565.9 6.8 549.4 40.6
UFOP BB16-1 0.73659 2.01303 0.09078 1.68843 0.05885 1.09614 560.4 8.7 560.1 9.1 561.5 23.9
UFOP BB16-2 0.74470 1.99597 0.09179 1.62962 0.05884 1.15250 565.1 8.7 566.1 8.8 561.3 25.1
UFOP BB16-3 0.73894 2.03942 0.09090 1.61329 0.05896 1.24760 561.8 8.8 560.9 8.7 565.5 27.2
UFOP BB16-4 0.74227 1.99795 0.09148 1.67534 0.05885 1.08859 563.7 8.7 564.3 9.1 561.5 23.7
UFOP BB16-5 0.74825 2.22346 0.09221 1.71361 0.05885 1.41679 567.2 9.7 568.6 9.3 561.7 30.9
UFOP BB16-6 0.74240 2.01279 0.09158 1.65301 0.05880 1.14844 563.8 8.7 564.9 8.9 559.6 25.0
UFOP BB16-7 0.73442 1.90813 0.09053 1.50762 0.05883 1.16963 559.1 8.2 558.7 8.1 560.9 25.5
UFOP BB16-8 0.73442 1.97057 0.09053 1.64360 0.05883 1.08707 559.1 8.5 558.7 8.8 561.0 23.7
UFOP BB16-9 0.73607 2.06726 0.09086 1.75112 0.05875 1.09870 560.1 8.9 560.7 9.4 557.9 24.0
UFOP BB16-10 0.74746 2.15071 0.09214 1.89744 0.05884 1.01256 566.8 9.4 568.2 10.3 561.1 22.1
UFOP BB16-11 0.74542 2.18018 0.09161 1.76647 0.05901 1.27779 565.6 9.5 565.1 9.6 567.6 27.8
UFOP BB16-12 0.74440 1.99521 0.09188 1.70171 0.05876 1.04166 565.0 8.7 566.6 9.2 558.2 22.7
UFOP BB16-13 0.74462 1.96086 0.09194 1.56762 0.05874 1.17794 565.1 8.5 567.0 8.5 557.4 25.7
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
106
Analysis
207Pb/
235U 2σ (%) 206
Pb/238
U 2σ (%) 207Pb/
206Pb 2σ (%) 207
Pb/235
U 2σ (abs) 206Pb/
238U 2σ (abs) 207
Pb/206
Pb 2σ (abs)
UFOP BB16-14 0.73666 1.82918 0.09061 1.49191 0.05896 1.05835 560.5 7.9 559.2 8.0 565.7 23.0
UFOP BB16-15 0.74110 1.87122 0.09124 1.57565 0.05891 1.00935 563.0 8.1 562.9 8.5 563.7 22.0
UFOP BB16-16 0.74190 2.01269 0.09127 1.64208 0.05896 1.16383 563.5 8.7 563.0 8.9 565.4 25.3
UFOP BB16-17 0.73879 1.66740 0.09070 1.41727 0.05908 0.87839 561.7 7.2 559.7 7.6 570.0 19.1
UFOP BB16-18 0.74368 1.65735 0.09165 1.44397 0.05885 0.81349 564.5 7.2 565.3 7.8 561.5 17.7
UFOP BB16-19 0.74994 1.76911 0.09211 1.50805 0.05905 0.92495 568.2 7.7 568.0 8.2 569.0 20.1
UFOP BB16-20 0.74911 1.65878 0.09231 1.35318 0.05886 0.95939 567.7 7.2 569.2 7.4 561.9 20.9
UFOP BB16-21 0.74765 1.61316 0.09194 1.37422 0.05898 0.84487 566.9 7.0 567.0 7.5 566.2 18.4
UFOP BB16-22 0.74643 1.60230 0.09176 1.39587 0.05900 0.78671 566.2 7.0 565.9 7.6 567.0 17.1
UFOP BB16-23 0.74470 1.59945 0.09152 1.35645 0.05902 0.84752 565.1 7.0 564.5 7.3 567.7 18.4
UFOP BB16-24 0.74132 1.65255 0.09115 1.46688 0.05899 0.76103 563.2 7.2 562.3 7.9 566.6 16.6
UFOP BB16-25 0.74785 1.49223 0.09199 1.25289 0.05896 0.81056 567.0 6.5 567.3 6.8 565.6 17.7
UFOP BB16-26 0.73759 1.66936 0.09075 1.44424 0.05895 0.83721 561.0 7.2 559.9 7.8 565.3 18.2
UFOP BB16-27 0.74235 1.64588 0.09122 1.45152 0.05902 0.77588 563.8 7.1 562.7 7.8 568.0 16.9
UFOP BB16-28 0.74827 1.71292 0.09162 1.44250 0.05923 0.92375 567.2 7.5 565.1 7.8 575.7 20.1
UFOP BB16-29 0.75008 1.76382 0.09206 1.52383 0.05910 0.88826 568.3 7.7 567.7 8.3 570.6 19.3
UFOP BB16-30 0.74057 1.66824 0.09089 1.41405 0.05909 0.88516 562.7 7.2 560.8 7.6 570.6 19.3
UFOP BB17-1 0.73263 1.80675 0.09040 1.37665 0.05878 1.17012 558.1 7.8 557.9 7.4 559.0 25.5
UFOP BB17-2 0.73475 1.41921 0.09078 0.92290 0.05870 1.07815 559.3 6.1 560.2 5.0 556.0 23.5
UFOP BB17-3 0.74003 1.67077 0.09107 1.08929 0.05893 1.26686 562.4 7.2 561.9 5.9 564.6 27.6
UFOP BB17-4 0.74570 1.44651 0.09166 0.91308 0.05900 1.12190 565.7 6.3 565.4 4.9 567.2 24.4
UFOP BB17-5 0.74570 1.44651 0.09166 0.91308 0.05900 1.12190 565.7 6.3 565.4 4.9 567.2 24.4
UFOP BB17-6 0.74710 1.58919 0.09188 0.90561 0.05897 1.30590 566.5 6.9 566.6 4.9 566.2 28.4
UFOP BB17-7 0.74602 1.54616 0.09172 0.98837 0.05899 1.18900 565.9 6.7 565.7 5.4 566.9 25.9
UFOP BB17-8 0.74562 1.81111 0.09178 1.49441 0.05892 1.02317 565.7 7.9 566.1 8.1 564.1 22.3
UFOP BB17-9 0.73920 1.50511 0.09093 1.08315 0.05896 1.04506 561.9 6.5 561.0 5.8 565.6 22.8
UFOP BB17-10 0.74219 1.17823 0.09137 0.63968 0.05891 0.98946 563.7 5.1 563.6 3.5 563.8 21.6
UFOP BB17-11 0.73810 1.42376 0.09077 1.01310 0.05898 1.00036 561.3 6.2 560.1 5.4 566.2 21.8
UFOP BB17-12 0.74024 3.60917 0.09111 3.46277 0.05893 1.01749 562.5 15.7 562.1 18.7 564.4 22.2
UFOP BB17-13 0.75071 1.24366 0.09230 0.71862 0.05899 1.01502 568.6 5.4 569.1 3.9 566.7 22.1
UFOP BB17-14 0.73508 1.32481 0.09040 0.82096 0.05897 1.03978 559.5 5.7 557.9 4.4 566.1 22.6
UFOP BB17-15 0.74978 1.46527 0.09231 0.92031 0.05891 1.14020 568.1 6.4 569.2 5.0 563.8 24.8
UFOP BB17-16 0.73982 1.36139 0.09103 0.86571 0.05894 1.05068 562.3 5.9 561.6 4.7 565.0 22.9
UFOP BB17-17 0.73878 1.40349 0.09081 0.90303 0.05900 1.07439 561.7 6.1 560.3 4.8 567.2 23.4
UFOP BB17-18 0.75033 1.39118 0.09227 0.81848 0.05898 1.12493 568.4 6.1 569.0 4.5 566.3 24.5
UFOP BB17-19 0.74680 1.60059 0.09191 1.22067 0.05893 1.03530 566.4 7.0 566.8 6.6 564.5 22.5
UFOP BB17-20 0.73833 1.79134 0.09086 1.01366 0.05893 1.47695 561.4 7.8 560.6 5.4 564.6 32.2
UFOP BB17-21 0.75053 1.24159 0.09233 0.68732 0.05895 1.03398 568.5 5.4 569.3 3.7 565.4 22.5
UFOP BB17-22 0.73356 1.46580 0.09034 1.00895 0.05889 1.06329 558.6 6.3 557.6 5.4 563.0 23.2
UFOP BB17-23 0.74797 1.37453 0.09204 0.89655 0.05894 1.04189 567.0 6.0 567.6 4.9 564.8 22.7
UFOP BB17-24 0.74797 1.33814 0.09204 0.89642 0.05894 0.99351 567.0 5.8 567.6 4.9 564.8 21.6
UFOP BB17-25 0.74797 1.33814 0.09204 0.89642 0.05894 0.99351 567.0 5.8 567.6 4.9 564.8 21.6
UFOP BB17-26 0.74363 1.34386 0.09152 0.89980 0.05893 0.99816 564.5 5.8 564.5 4.9 564.6 21.7
UFOP BB17-27 0.74484 1.40734 0.09162 1.03139 0.05896 0.95753 565.2 6.1 565.1 5.6 565.7 20.9
UFOP BB17-28 0.74970 1.23617 0.09226 0.86641 0.05893 0.88174 568.1 5.4 568.9 4.7 564.7 19.2
UFOP BB17-29 0.74769 1.36531 0.09211 1.00592 0.05888 0.92315 566.9 5.9 568.0 5.5 562.5 20.1
UFOP BB18-1 0.74975 1.42429 0.09201 0.72713 0.05910 1.22470 568.1 6.2 567.4 4.0 570.8 26.6
UFOP BB18-2 0.73592 1.51499 0.09066 0.92839 0.05887 1.19720 560.0 6.5 559.4 5.0 562.4 26.1
UFOP BB18-3 0.74554 1.55421 0.09167 1.06276 0.05898 1.13407 565.6 6.8 565.4 5.8 566.5 24.7
UFOP BB18-4 0.74170 1.61880 0.09133 1.14240 0.05890 1.14693 563.4 7.0 563.4 6.2 563.4 25.0
UFOP BB18-5 0.73993 1.43965 0.09108 0.98123 0.05892 1.05346 562.4 6.2 561.9 5.3 564.0 22.9
UFOP BB18-6 0.73349 1.55757 0.09042 1.15928 0.05883 1.04024 558.6 6.7 558.0 6.2 560.9 22.7
UFOP BB18-7 0.74721 1.61784 0.09181 0.93681 0.05903 1.31901 566.6 7.0 566.2 5.1 568.1 28.7
UFOP BB18-8 0.73328 1.73207 0.09045 1.35553 0.05880 1.07824 558.5 7.5 558.2 7.3 559.6 23.5
UFOP BB18-9 0.73220 1.48319 0.09038 1.02351 0.05876 1.07344 557.8 6.4 557.8 5.5 558.2 23.4
UFOP BB18-10 0.73862 1.43783 0.09101 0.95608 0.05886 1.07390 561.6 6.2 561.5 5.1 562.0 23.4
UFOP BB18-11 0.73170 1.37272 0.09024 0.78302 0.05880 1.12750 557.5 5.9 557.0 4.2 559.9 24.6
UFOP BB18-12 0.73636 2.14420 0.09075 1.48456 0.05885 1.54716 560.3 9.3 559.9 8.0 561.6 33.7
UFOP BB18-13 0.73720 1.80054 0.09083 1.40376 0.05887 1.12757 560.8 7.8 560.4 7.5 562.1 24.6
UFOP BB18-14 0.74984 1.45100 0.09217 0.84974 0.05900 1.17615 568.1 6.3 568.4 4.6 567.2 25.6
UFOP BB18-15 0.73775 1.65231 0.09085 1.13274 0.05890 1.20292 561.1 7.1 560.5 6.1 563.3 26.2
UFOP BB18-16 0.74860 1.44790 0.09189 0.84064 0.05908 1.17888 567.4 6.3 566.7 4.6 570.1 25.7
UFOP BB18-17 0.74212 1.53973 0.09136 1.04256 0.05891 1.13307 563.6 6.7 563.6 5.6 563.9 24.7
UFOP BB18-18 0.73732 1.59906 0.09082 1.07286 0.05888 1.18573 560.8 6.9 560.4 5.8 562.7 25.8
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
107
Tabela A.3: Dados U-Pb de laser ablation ICP-MS para o zircão estudado (J.W. Goethe University of Frankfurt
am Main).
Analysis
207Pb/
235U 2σ (%) 206
Pb/238
U 2σ (%) 207Pb/
206Pb 2σ (%) 207
Pb/235
U 2σ (abs) 206Pb/
238U 2σ (abs) 207
Pb/206
Pb 2σ (abs)
JWG BB1-1 0.73774 2.56792 0.09105 2.39012 0.05877 0.93890 561.1 11.1 561.7 12.9 558.5 20.5
JWG BB1-2 0.73993 2.13082 0.09119 1.94631 0.05885 0.86734 562.4 9.2 562.6 10.5 561.6 18.9
JWG BB1-3 0.73652 1.76206 0.09095 1.50517 0.05873 0.91615 560.4 7.6 561.2 8.1 557.1 20.0
JWG BB1-4 0.74067 1.73727 0.09126 1.46869 0.05886 0.92793 562.8 7.5 563.0 7.9 562.0 20.2
JWG BB1-5 0.74306 1.82271 0.09160 1.55859 0.05883 0.94504 564.2 7.9 565.0 8.4 560.9 20.6
JWG BB1-6 0.73414 2.02101 0.09065 1.80797 0.05873 0.90319 559.0 8.7 559.4 9.7 557.3 19.7
JWG BB1-7 0.73968 2.00740 0.09125 1.77617 0.05879 0.93533 562.2 8.7 562.9 9.6 559.5 20.4
JWG BB1-8 0.74174 2.03054 0.09139 1.78336 0.05886 0.97093 563.4 8.8 563.8 9.6 562.0 21.2
JWG BB2-1 0.74121 2.85333 0.09128 2.71293 0.05889 0.88404 563.1 12.4 563.1 14.6 563.1 19.3
JWG BB2-2 0.73623 2.68418 0.09057 2.23415 0.05896 1.48774 560.2 11.6 558.9 12.0 565.6 32.4
JWG BB2-3 0.74486 2.20942 0.09159 1.83839 0.05898 1.22551 565.2 9.6 564.9 10.0 566.5 26.7
JWG BB2-4 0.73843 2.67138 0.09109 2.50722 0.05880 0.92203 561.5 11.6 562.0 13.5 559.6 20.1
JWG BB2-5 0.74495 2.01170 0.09173 1.77910 0.05890 0.93901 565.3 8.8 565.7 9.6 563.5 20.5
JWG BB3-1 0.74437 1.78172 0.09170 1.52975 0.05888 0.91345 565.0 7.7 565.6 8.3 562.5 19.9
JWG BB3-2 0.73625 2.68293 0.09089 2.53609 0.05875 0.87540 560.2 11.6 560.8 13.6 557.8 19.1
JWG BB3-3 0.74052 3.02059 0.09131 1.98180 0.05882 2.27957 562.7 13.1 563.3 10.7 560.4 49.7
JWG BB3-4 0.74122 2.35835 0.09136 2.19513 0.05884 0.86213 563.1 10.2 563.6 11.9 561.2 18.8
JWG BB3-5 0.74574 2.15889 0.09199 1.99976 0.05880 0.81348 565.8 9.4 567.3 10.9 559.6 17.7
JWG BB3-6 0.73349 2.54275 0.09058 2.35690 0.05873 0.95424 558.6 11.0 559.0 12.6 557.1 20.8
JWG BB3-7 0.73339 2.80431 0.09062 2.64055 0.05870 0.94426 558.5 12.1 559.2 14.2 555.9 20.6
JWG BB3-8 0.73580 2.86874 0.09084 2.68756 0.05875 1.00333 560.0 12.4 560.5 14.4 557.7 21.9
JWG BB3-9 0.74338 2.84887 0.09160 2.65998 0.05886 1.02008 564.4 12.4 565.0 14.4 561.9 22.2
JWG BB3-10 0.73918 2.66576 0.09107 2.48164 0.05887 0.97351 561.9 11.6 561.9 13.4 562.2 21.2
JWG BB3-11 0.73953 2.84459 0.09120 2.69265 0.05881 0.91723 562.1 12.4 562.7 14.5 560.0 20.0
JWG BB3-12 0.74150 2.35218 0.09139 2.16834 0.05885 0.91163 563.3 10.2 563.8 11.7 561.4 19.9
JWG BB3-13 0.73864 3.92816 0.09113 2.31676 0.05878 3.17224 561.6 17.1 562.2 12.5 559.1 69.2
JWG BB4-1 0.73363 2.32508 0.09065 1.96175 0.05870 1.24801 558.7 10.0 559.4 10.5 555.8 27.2
JWG BB4-2 0.74558 2.38145 0.09180 2.19887 0.05890 0.91446 565.7 10.4 566.2 11.9 563.5 19.9
JWG BB4-3 0.73773 2.19331 0.09097 1.96249 0.05882 0.97939 561.1 9.5 561.2 10.6 560.4 21.3
JWG BB4-4 0.74258 1.82769 0.09150 1.49542 0.05886 1.05080 563.9 7.9 564.4 8.1 562.0 22.9
JWG BB4-5 0.74603 1.82727 0.09191 1.46925 0.05887 1.08638 565.9 8.0 566.8 8.0 562.3 23.7
JWG BB4-6 0.73899 1.91460 0.09112 1.57748 0.05882 1.08502 561.8 8.3 562.2 8.5 560.4 23.6
JWG BB5-1 0.73507 2.87816 0.09070 2.73808 0.05878 0.88697 559.5 12.5 559.7 14.7 559.0 19.3
JWG BB5-2 0.73876 1.76331 0.09113 1.54088 0.05879 0.85729 561.7 7.6 562.2 8.3 559.5 18.7
JWG BB5-3 0.73876 1.81965 0.09115 1.56720 0.05878 0.92467 561.7 7.9 562.3 8.4 559.1 20.2
JWG BB5-4 0.74509 1.85430 0.09176 1.65821 0.05889 0.82992 565.4 8.1 565.9 9.0 563.2 18.1
JWG BB5-5 0.73891 2.18004 0.09119 2.01041 0.05877 0.84310 561.8 9.4 562.5 10.8 558.6 18.4
JWG BB5-6 0.74538 2.47943 0.09177 2.30348 0.05891 0.91737 565.5 10.8 566.0 12.5 563.7 20.0
JWG BB5-7 0.74328 2.30354 0.09184 2.09933 0.05870 0.94821 564.3 10.0 566.4 11.4 555.8 20.7
JWG BB5-8 0.74280 2.50231 0.09145 2.33084 0.05891 0.91035 564.0 10.9 564.1 12.6 563.7 19.8
JWG BB6-1 0.73893 1.91358 0.09112 1.66721 0.05882 0.93926 561.8 8.3 562.1 9.0 560.3 20.5
JWG BB6-2 0.73467 1.83117 0.09069 1.56952 0.05875 0.94329 559.3 7.9 559.6 8.4 558.0 20.6
JWG BB6-3 0.73578 1.72488 0.09089 1.41096 0.05871 0.99217 559.9 7.5 560.8 7.6 556.5 21.6
JWG BB6-4 0.73676 1.78984 0.09098 1.51227 0.05873 0.95737 560.5 7.7 561.3 8.1 557.1 20.9
JWG BB6-5 0.73902 1.87647 0.09117 1.53540 0.05879 1.07874 561.8 8.1 562.4 8.3 559.4 23.5
JWG BB6-6 0.73860 2.12150 0.09115 1.86880 0.05877 1.00416 561.6 9.2 562.3 10.1 558.6 21.9
JWG BB6-7 0.73764 1.80917 0.09100 1.51797 0.05879 0.98431 561.0 7.8 561.5 8.2 559.3 21.5
JWG BB6-8 0.74394 2.03025 0.09168 1.78825 0.05885 0.96129 564.7 8.8 565.5 9.7 561.6 20.9
JWG BB6-9 0.73990 1.91257 0.09123 1.65842 0.05882 0.95266 562.3 8.3 562.8 8.9 560.6 20.8
JWG BB6-10 0.74556 1.80780 0.09187 1.56027 0.05886 0.91307 565.6 7.9 566.6 8.5 561.8 19.9
JWG BB8-1 0.73999 2.43044 0.09126 2.10689 0.05881 1.21163 562.4 10.5 563.0 11.4 560.1 26.4
JWG BB8-2 0.73871 1.86289 0.09121 1.46023 0.05874 1.15675 561.7 8.1 562.7 7.9 557.6 25.2
JWG BB8-3 0.73710 1.93646 0.09098 1.59844 0.05876 1.09310 560.7 8.4 561.3 8.6 558.3 23.8
JWG BB8-4 0.73726 2.29833 0.09090 1.96942 0.05883 1.18479 560.8 10.0 560.8 10.6 560.6 25.8
JWG BB9-1 0.74360 2.22061 0.09150 2.02994 0.05894 0.90024 564.5 9.7 564.4 11.0 565.0 19.6
JWG BB9-2 0.73632 2.89628 0.09070 2.75230 0.05888 0.90184 560.3 12.5 559.7 14.8 562.6 19.6
JWG BB9-3 0.74565 2.30947 0.09178 2.09516 0.05892 0.97157 565.7 10.1 566.0 11.4 564.3 21.2
JWG BB9-4 0.74409 2.16238 0.09143 1.95121 0.05902 0.93202 564.8 9.4 564.0 10.5 567.9 20.3
JWG BBF-1 0.73752 2.52939 0.09100 2.35743 0.05878 0.91670 561.0 11.0 561.4 12.7 559.0 20.0
JWG BBF-2 0.73764 2.42528 0.09098 2.29778 0.05881 0.77601 561.0 10.5 561.3 12.4 559.9 16.9
JWG BBF-3 0.73493 3.13589 0.09076 3.03849 0.05873 0.77552 559.4 13.6 560.0 16.3 557.1 16.9
JWG BBF-4 0.74312 2.39586 0.09157 2.27065 0.05886 0.76438 564.2 10.4 564.8 12.3 561.8 16.7
JWG BBF-5 0.73509 3.23984 0.09074 3.14559 0.05876 0.77581 559.5 14.0 559.9 16.9 558.0 16.9
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
108
Tabela A.4: Dados U-Pb de laser ablation ICP-MS para o zircão estudado (Universidade de São Paulo).
Analysis
207Pb/
235U 2σ (%) 206
Pb/238
U 2σ (%) 207Pb/
206Pb 2σ (%) 207
Pb/235
U 2σ (abs) 206Pb/
238U 2σ (abs) 207
Pb/206
Pb 2σ (abs)
JWG BBF-1 0.73752 2.52939 0.09100 2.35743 0.05878 0.91670 561.0 11.0 561.4 12.7 559.0 20.0
JWG BBF-2 0.73764 2.42528 0.09098 2.29778 0.05881 0.77601 561.0 10.5 561.3 12.4 559.9 16.9
JWG BBF-3 0.73493 3.13589 0.09076 3.03849 0.05873 0.77552 559.4 13.6 560.0 16.3 557.1 16.9
JWG BBF-4 0.74312 2.39586 0.09157 2.27065 0.05886 0.76438 564.2 10.4 564.8 12.3 561.8 16.7
JWG BBF-5 0.73509 3.23984 0.09074 3.14559 0.05876 0.77581 559.5 14.0 559.9 16.9 558.0 16.9
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Analysis
207Pb/
235U 1σ (abs) 206
Pb/238
U 1σ (abs) 207Pb/
206Pb 1σ (abs) 207
Pb/235
U 1σ (abs) 206Pb/
238U 1σ (abs) 207
Pb/206
Pb 1σ (abs)
USP BB9-1 0.76010 0.01980 0.09210 0.00140 0.05980 0.00150 574.1 19.9 567.9 9.0 596.3 56.0
USP BB9-2 0.72900 0.01910 0.09090 0.00130 0.05820 0.00150 556.0 19.2 560.9 8.4 537.3 53.0
USP BB9-3 0.73590 0.01930 0.09120 0.00140 0.05850 0.00150 560.0 19.4 562.6 9.0 548.5 53.0
USP BB9-4 0.75450 0.01970 0.09160 0.00140 0.05970 0.00150 570.8 19.8 565.0 9.0 592.7 54.0
USP BB9-5 0.73190 0.01890 0.09020 0.00130 0.05890 0.00150 557.7 19.0 556.7 8.4 563.4 54.0
USP BB9-6 0.73260 0.01850 0.08990 0.00130 0.05910 0.00140 558.1 18.6 554.9 8.4 570.8 54.0
USP BB9-7 0.73770 0.01890 0.09150 0.00140 0.05850 0.00140 561.1 19.0 564.4 9.0 548.5 53.0
USP BB9-8 0.73610 0.01870 0.09000 0.00130 0.05930 0.00140 560.1 18.8 555.5 8.4 578.1 53.0
USP BB9-9 0.73490 0.01940 0.09100 0.00140 0.05860 0.00150 559.4 19.5 561.4 9.0 552.3 55.0
USP BB9-10 0.74840 0.01910 0.09130 0.00140 0.05940 0.00150 567.3 19.2 563.2 9.0 581.8 55.0
USP BB9-11 0.72620 0.01910 0.08900 0.00130 0.05920 0.00150 554.3 19.2 549.6 8.4 574.5 56.0
USP BB9-12 0.74710 0.01930 0.09050 0.00130 0.05990 0.00150 566.5 19.4 558.5 8.4 600.0 53.0
USP BB9-13 0.74660 0.01940 0.09130 0.00130 0.05930 0.00150 566.2 19.5 563.2 8.4 578.1 53.0
USP BB9-14 0.76170 0.02390 0.09210 0.00130 0.06000 0.00160 575.0 24.0 567.9 8.4 603.6 61.0
USP BB9-15 0.74110 0.02430 0.09190 0.00130 0.05850 0.00170 563.0 24.4 566.8 8.4 548.5 63.0
USP BB9-16 0.76570 0.02450 0.09230 0.00130 0.06010 0.00170 577.3 24.6 569.1 8.4 607.2 62.0
USP BB9-17 0.75030 0.02480 0.09090 0.00130 0.05990 0.00170 568.4 24.9 560.9 8.4 600.0 63.0
USP BB9-18 0.75170 0.02390 0.09190 0.00130 0.05930 0.00170 569.2 24.0 566.8 8.4 578.1 62.0
USP BB9-19 0.73210 0.02390 0.09130 0.00130 0.05820 0.00170 557.8 24.0 563.2 8.4 537.3 63.0
USP BB9-20 0.75060 0.02440 0.09200 0.00130 0.05920 0.00170 568.6 24.5 567.4 8.4 574.5 63.0
USP BB9-21 0.75130 0.02400 0.09100 0.00130 0.05990 0.00170 569.0 24.1 561.4 8.4 600.0 62.0
USP BB9-22 0.75120 0.02440 0.09140 0.00130 0.05960 0.00170 568.9 24.5 563.8 8.4 589.1 63.0
USP BB9-23 0.74440 0.02420 0.09100 0.00130 0.05930 0.00170 565.0 24.3 561.4 8.4 578.1 63.0
USP BB9-24 0.72010 0.02360 0.08850 0.00120 0.05900 0.00170 550.7 23.7 546.7 7.7 567.1 63.0
USP BB9-25 0.74740 0.02430 0.09070 0.00130 0.05980 0.00170 566.7 24.4 559.7 8.4 596.3 64.0
USP BB9-26 0.74270 0.02410 0.09120 0.00130 0.05910 0.00170 564.0 24.2 562.6 8.4 570.8 63.0
USP BB9-27 0.74320 0.02450 0.09050 0.00120 0.05950 0.00190 564.3 24.6 558.5 7.7 585.4 72.0
USP BB9-28 0.74320 0.02610 0.09100 0.00130 0.05920 0.00200 564.3 26.2 561.4 8.4 574.5 73.0
USP BB9-29 0.75450 0.02720 0.09110 0.00130 0.06010 0.00210 570.8 27.2 562.0 8.4 607.2 75.0
USP BB9-30 0.74830 0.02650 0.09000 0.00130 0.06030 0.00210 567.2 26.6 555.5 8.4 614.4 74.0
USP BB9-31 0.72190 0.02460 0.09030 0.00120 0.05800 0.00190 551.8 24.7 557.3 7.7 529.8 71.0
USP BB9-32 0.74310 0.02460 0.09060 0.00120 0.05950 0.00190 564.2 24.7 559.1 7.7 585.4 70.0
USP BB9-33 0.72680 0.02440 0.09060 0.00120 0.05820 0.00190 554.7 24.5 559.1 7.7 537.3 69.0
USP BB9-34 0.73830 0.02430 0.09110 0.00120 0.05880 0.00190 561.4 24.4 562.0 7.7 559.7 68.0
USP BB9-35 0.75150 0.02450 0.09120 0.00120 0.05980 0.00190 569.1 24.6 562.6 7.7 596.3 70.0
USP BB9-36 0.71990 0.02390 0.09110 0.00120 0.05730 0.00180 550.6 24.0 562.0 7.7 503.1 67.0
USP BB9-37 0.72210 0.02530 0.09110 0.00120 0.05750 0.00190 551.9 25.4 562.0 7.7 510.8 73.0
USP BB9-38 0.73890 0.02340 0.09060 0.00120 0.05920 0.00180 561.8 23.5 559.1 7.7 574.5 67.0
USP BB9-39 0.75670 0.02550 0.09190 0.00120 0.05970 0.00190 572.1 25.6 566.8 7.7 592.7 71.0
USP BB12-1 0.75460 0.02640 0.09160 0.00100 0.05970 0.00210 570.9 26.5 565.0 6.4 592.7 76.0
USP BB12-2 0.74720 0.02570 0.09030 0.00100 0.06000 0.00210 566.6 25.8 557.3 6.4 603.6 76.0
USP BB12-3 0.76490 0.02820 0.09190 0.00100 0.06040 0.00220 576.8 28.2 566.8 6.4 617.9 81.0
USP BB12-4 0.74010 0.02610 0.09040 0.00100 0.05940 0.00210 562.5 26.2 557.9 6.4 581.8 78.0
USP BB12-5 0.77310 0.02890 0.09350 0.00100 0.06000 0.00230 581.5 28.9 576.2 6.4 603.6 84.0
USP BB12-6 0.74740 0.02610 0.09100 0.00100 0.05960 0.00210 566.7 26.2 561.4 6.4 589.1 76.0
USP BB12-7 0.74480 0.02530 0.09050 0.00100 0.05970 0.00200 565.2 25.4 558.5 6.4 592.7 76.0
USP BB12-8 0.72430 0.02650 0.09040 0.00100 0.05810 0.00210 553.2 26.6 557.9 6.4 533.5 77.0
USP BB12-9 0.71840 0.02560 0.09050 0.00100 0.05760 0.00210 549.7 25.7 558.5 6.4 514.6 77.0
USP BB12-10 0.74630 0.02590 0.09090 0.00100 0.05960 0.00210 566.1 26.0 560.9 6.4 589.1 77.0
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
109
Analysis
207Pb/
235U 1σ (abs) 206
Pb/238
U 1σ (abs) 207Pb/
206Pb 1σ (abs) 207
Pb/235
U 1σ (abs) 206Pb/
238U 1σ (abs) 207
Pb/206
Pb 1σ (abs)
USP BB12-11 0.73410 0.02680 0.09100 0.00100 0.05850 0.00220 559.0 26.9 561.4 6.4 548.5 81.0
USP BB12-12 0.73050 0.02580 0.09050 0.00100 0.05850 0.00210 556.8 25.9 558.5 6.4 548.5 76.0
USP BB12-13 0.75640 0.02550 0.09040 0.00100 0.06070 0.00210 571.9 25.6 557.9 6.4 628.6 77.0
USP BB12-14 0.75580 0.02900 0.09290 0.00110 0.05900 0.00230 571.6 29.0 572.7 7.1 567.1 81.0
USP BB12-15 0.77350 0.02870 0.09260 0.00110 0.06050 0.00230 581.8 28.7 570.9 7.1 621.5 81.0
USP BB12-16 0.72610 0.02820 0.09050 0.00110 0.05820 0.00230 554.3 28.2 558.5 7.1 537.3 82.0
USP BB12-17 0.73600 0.02780 0.09170 0.00110 0.05820 0.00220 560.1 27.8 565.6 7.1 537.3 84.0
USP BB12-18 0.75990 0.02920 0.09230 0.00110 0.05970 0.00230 574.0 29.2 569.1 7.1 592.7 82.0
USP BB12-19 0.74410 0.02760 0.09240 0.00110 0.05840 0.00220 564.8 27.6 569.7 7.1 544.8 82.0
USP BB12-20 0.74620 0.02850 0.09130 0.00110 0.05930 0.00230 566.0 28.5 563.2 7.1 578.1 83.0
USP BB12-21 0.76850 0.02750 0.09140 0.00110 0.06100 0.00220 578.9 27.5 563.8 7.1 639.2 80.0
USP BB12-22 0.74770 0.02790 0.09180 0.00110 0.05910 0.00230 566.9 27.9 566.2 7.1 570.8 83.0
USP BB12-23 0.75790 0.02910 0.09250 0.00110 0.05940 0.00230 572.8 29.1 570.3 7.1 581.8 85.0
USP BB12-24 0.73850 0.02810 0.09080 0.00110 0.05900 0.00220 561.5 28.1 560.3 7.1 567.1 83.0
USP BB12-25 0.72340 0.02790 0.08970 0.00110 0.05850 0.00230 552.7 27.9 553.8 7.1 548.5 83.0
USP BB12-26 0.74650 0.02730 0.09090 0.00110 0.05950 0.00220 566.2 27.3 560.9 7.1 585.4 80.0
USP BB12-27 0.74720 0.02920 0.09200 0.00120 0.05890 0.00230 566.6 29.2 567.4 7.7 563.4 82.0
USP BB12-28 0.74790 0.02860 0.09180 0.00120 0.05910 0.00220 567.0 28.6 566.2 7.7 570.8 81.0
USP BB12-29 0.75580 0.02780 0.09160 0.00120 0.05990 0.00220 571.6 27.8 565.0 7.7 600.0 83.0
USP BB12-30 0.75460 0.03000 0.09200 0.00120 0.05950 0.00230 570.9 30.0 567.4 7.7 585.4 82.0
USP BB12-31 0.76360 0.03030 0.09210 0.00130 0.06010 0.00230 576.1 30.3 567.9 8.4 607.2 83.0
USP BB12-32 0.74660 0.03040 0.09310 0.00130 0.05820 0.00230 566.2 30.4 573.8 8.4 537.3 87.0
USP BB12-33 0.77060 0.03020 0.09240 0.00130 0.06050 0.00230 580.1 30.2 569.7 8.4 621.5 83.0
USP BB12-34 0.76270 0.02960 0.09210 0.00120 0.06010 0.00230 575.6 29.6 567.9 7.7 607.2 83.0
USP BB12-35 0.75270 0.02960 0.09150 0.00120 0.05970 0.00230 569.8 29.6 564.4 7.7 592.7 83.0
USP BB12-36 0.74150 0.02910 0.09020 0.00120 0.05960 0.00230 563.3 29.1 556.7 7.7 589.1 82.0
USP BB12-37 0.76320 0.03000 0.09200 0.00130 0.06020 0.00230 575.9 30.0 567.4 8.4 610.8 84.0
USP BB12-38 0.73770 0.02900 0.09250 0.00120 0.05790 0.00220 561.1 29.0 570.3 7.7 526.0 82.0
USP BB12-39 0.77410 0.02910 0.09340 0.00120 0.06010 0.00220 582.1 29.1 575.6 7.7 607.2 81.0
USP BB17-1 0.74640 0.02500 0.09170 0.00120 0.05900 0.00210 566.1 25.1 565.6 7.7 567.1 77.0
USP BB17-2 0.76530 0.02690 0.09350 0.00130 0.05930 0.00220 577.1 27.0 576.2 8.4 578.1 83.0
USP BB17-3 0.76030 0.02470 0.09240 0.00120 0.05970 0.00210 574.2 24.8 569.7 7.7 592.7 77.0
USP BB17-4 0.76950 0.02490 0.09230 0.00120 0.06050 0.00210 579.5 25.0 569.1 7.7 621.5 75.0
USP BB17-5 0.76080 0.02530 0.09230 0.00120 0.05980 0.00210 574.5 25.4 569.1 7.7 596.3 79.0
USP BB17-6 0.72560 0.02500 0.09080 0.00120 0.05790 0.00210 554.0 25.1 560.3 7.7 526.0 78.0
USP BB17-7 0.74560 0.02510 0.09230 0.00120 0.05860 0.00210 565.7 25.2 569.1 7.7 552.3 80.0
USP BB17-8 0.75160 0.02510 0.09200 0.00120 0.05930 0.00210 569.2 25.2 567.4 7.7 578.1 78.0
USP BB17-9 0.73150 0.02420 0.09090 0.00120 0.05840 0.00200 557.4 24.3 560.9 7.7 544.8 76.0
USP BB17-10 0.73680 0.02460 0.09070 0.00120 0.05890 0.00210 560.5 24.7 559.7 7.7 563.4 77.0
USP BB17-11 0.75520 0.02470 0.09090 0.00120 0.06030 0.00210 571.2 24.8 560.9 7.7 614.4 76.0
USP BB17-12 0.74230 0.02440 0.09180 0.00120 0.05870 0.00200 563.7 24.5 566.2 7.7 556.0 75.0
USP BB17-13 0.75880 0.02440 0.09160 0.00120 0.06010 0.00200 573.3 24.5 565.0 7.7 607.2 73.0
USP BB17-14 0.73760 0.02580 0.09090 0.00080 0.05880 0.00220 561.0 25.9 560.9 5.2 559.7 81.0
USP BB17-15 0.70510 0.02590 0.09030 0.00080 0.05660 0.00220 541.8 26.0 557.3 5.2 476.0 86.0
USP BB17-16 0.71840 0.02610 0.08960 0.00080 0.05820 0.00220 549.7 26.2 553.2 5.2 537.3 81.0
USP BB17-17 0.71300 0.02560 0.09140 0.00080 0.05660 0.00220 546.5 25.7 563.8 5.2 476.0 84.0
USP BB17-18 0.71830 0.02520 0.09010 0.00080 0.05780 0.00220 549.7 25.3 556.1 5.2 522.2 83.0
USP BB17-19 0.71620 0.02570 0.09070 0.00080 0.05730 0.00220 548.4 25.8 559.7 5.2 503.1 83.0
USP BB17-20 0.73230 0.02550 0.09010 0.00080 0.05890 0.00220 557.9 25.6 556.1 5.2 563.4 84.0
USP BB17-21 0.73580 0.02600 0.09030 0.00080 0.05910 0.00220 560.0 26.1 557.3 5.2 570.8 84.0
USP BB17-22 0.73830 0.02590 0.09010 0.00080 0.05940 0.00220 561.4 26.0 556.1 5.2 581.8 80.0
USP BB17-23 0.73190 0.02600 0.09040 0.00080 0.05870 0.00230 557.7 26.1 557.9 5.2 556.0 83.0
USP BB17-24 0.73720 0.02550 0.09030 0.00080 0.05920 0.00220 560.8 25.6 557.3 5.2 574.5 81.0
USP BB17-25 0.71360 0.02540 0.09030 0.00080 0.05730 0.00220 546.9 25.5 557.3 5.2 503.1 81.0
USP BB17-26 0.72720 0.02570 0.09040 0.00080 0.05840 0.00220 554.9 25.8 557.9 5.2 544.8 82.0
USP BB17-27 0.71590 0.02480 0.09040 0.00090 0.05750 0.00200 548.2 24.9 557.9 5.8 510.8 75.0
USP BB17-28 0.73340 0.02500 0.09100 0.00090 0.05850 0.00200 558.5 25.1 561.4 5.8 548.5 75.0
USP BB17-29 0.73790 0.02460 0.09150 0.00090 0.05850 0.00200 561.2 24.7 564.4 5.8 548.5 75.0
USP BB17-30 0.74490 0.02530 0.09100 0.00090 0.05930 0.00210 565.3 25.4 561.4 5.8 578.1 78.0
USP BB17-31 0.74530 0.02550 0.09110 0.00090 0.05930 0.00210 565.5 25.6 562.0 5.8 578.1 77.0
USP BB17-32 0.73810 0.02490 0.09170 0.00090 0.05840 0.00200 561.3 25.0 565.6 5.8 544.8 76.0
USP BB17-33 0.73110 0.02480 0.09100 0.00090 0.05830 0.00200 557.2 24.9 561.4 5.8 541.1 75.0
USP BB17-34 0.74460 0.02450 0.09160 0.00090 0.05890 0.00200 565.1 24.6 565.0 5.8 563.4 71.0
USP BB17-35 0.74800 0.02510 0.09140 0.00090 0.05930 0.00200 567.1 25.2 563.8 5.8 578.1 72.0
USP BB17-36 0.74190 0.02500 0.09150 0.00090 0.05880 0.00200 563.5 25.1 564.4 5.8 559.7 75.0
USP BB17-37 0.74150 0.02460 0.09120 0.00090 0.05900 0.00200 563.3 24.7 562.6 5.8 567.1 76.0
USP BB17-38 0.74520 0.02440 0.09110 0.00090 0.05930 0.00200 565.4 24.5 562.0 5.8 578.1 73.0
USP BB17-39 0.75730 0.02540 0.09130 0.00090 0.06010 0.00210 572.5 25.5 563.2 5.8 607.2 74.0
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
110
Analysis
207Pb/
235U 1σ (abs) 206
Pb/238
U 1σ (abs) 207Pb/
206Pb 1σ (abs) 207
Pb/235
U 1σ (abs) 206Pb/
238U 1σ (abs) 207
Pb/206
Pb 1σ (abs)
USP BB17-34 0.74460 0.02450 0.09160 0.00090 0.05890 0.00200 565.1 24.6 565.0 5.8 563.4 71.0
USP BB17-35 0.74800 0.02510 0.09140 0.00090 0.05930 0.00200 567.1 25.2 563.8 5.8 578.1 72.0
USP BB17-36 0.74190 0.02500 0.09150 0.00090 0.05880 0.00200 563.5 25.1 564.4 5.8 559.7 75.0
USP BB17-37 0.74150 0.02460 0.09120 0.00090 0.05900 0.00200 563.3 24.7 562.6 5.8 567.1 76.0
USP BB17-38 0.74520 0.02440 0.09110 0.00090 0.05930 0.00200 565.4 24.5 562.0 5.8 578.1 73.0
USP BB17-39 0.75730 0.02540 0.09130 0.00090 0.06010 0.00210 572.5 25.5 563.2 5.8 607.2 74.0
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Tabela A.5: Dados U-Pb de laser ablation ICP-MS para o zircão estudado (University of Portsmouth).
Analysis
207Pb/
235U 1σ (abs) 206
Pb/238
U 1σ (abs) 207Pb/
206Pb 1σ (abs) 207
Pb/235
U 1σ (abs) 206Pb/
238U 1σ (abs) 207
Pb/206
Pb 1σ (abs)
Portsmouth BB9-1 0.73982 0.01294 0.09283 0.00124 0.05931 0.00111 562.3 9.8 572.2 7.7 578.5 10.9
Portsmouth BB9-2 0.72426 0.01206 0.08995 0.00119 0.05941 0.00113 553.2 9.2 555.2 7.3 582.1 11.1
Portsmouth BB9-3 0.71606 0.01255 0.08941 0.00124 0.05859 0.00112 548.3 9.6 552.1 7.7 552.0 10.6
Portsmouth BB9-4 0.72414 0.01098 0.08947 0.00092 0.05917 0.00071 553.1 8.4 552.4 5.7 573.2 6.8
Portsmouth BB9-5 0.71210 0.01019 0.09001 0.00098 0.05858 0.00070 546.0 7.8 555.6 6.1 551.7 6.6
Portsmouth BB9-6 0.71783 0.01049 0.08965 0.00095 0.05934 0.00071 549.4 8.0 553.5 5.9 579.5 6.9
Portsmouth BB9-7 0.71765 0.01834 0.08860 0.00110 0.05898 0.00076 549.3 14.0 547.3 6.8 566.4 7.3
Portsmouth BB9-8 0.71929 0.01804 0.09047 0.00112 0.05849 0.00073 550.2 13.8 558.3 6.9 548.1 6.8
Portsmouth BB9-9 0.73782 0.01034 0.09402 0.00122 0.05965 0.00069 561.1 7.9 579.3 7.5 590.7 6.8
Portsmouth BB9-10 0.74408 0.01046 0.09369 0.00137 0.05948 0.00069 564.8 7.9 577.3 8.5 584.6 6.8
Portsmouth BB9-11 0.74655 0.01184 0.09227 0.00126 0.06041 0.00066 566.2 9.0 569.0 7.8 618.4 6.7
Portsmouth BB9-12 0.74583 0.01229 0.09292 0.00113 0.05922 0.00118 565.8 9.3 572.8 6.9 575.2 11.5
Portsmouth BB9-13 0.75470 0.01328 0.09328 0.00126 0.05889 0.00122 570.9 10.0 574.9 7.7 562.9 11.6
Portsmouth BB9-14 0.71483 0.01218 0.08910 0.00111 0.05854 0.00120 547.6 9.3 550.2 6.9 549.9 11.3
Portsmouth BB9-15 0.73091 0.01164 0.08950 0.00105 0.05842 0.00105 557.1 8.9 552.6 6.5 545.6 9.8
Portsmouth BB9-16 0.72008 0.01118 0.08870 0.00094 0.05828 0.00109 550.7 8.6 547.8 5.8 540.3 10.1
Portsmouth BB9-17 0.75173 0.01229 0.09227 0.00115 0.06013 0.00109 569.2 9.3 568.9 7.1 608.4 11.1
Portsmouth BB9-18 0.71951 0.01112 0.09196 0.00113 0.05804 0.00106 550.4 8.5 567.1 7.0 531.2 9.7
Portsmouth BB9-19 0.73917 0.01222 0.08932 0.00109 0.05931 0.00109 561.9 9.3 551.5 6.7 578.6 10.6
Portsmouth BB9-20 0.71913 0.01159 0.08893 0.00109 0.05836 0.00106 550.2 8.9 549.2 6.7 543.2 9.9
Portsmouth BB9-21 0.73994 0.01312 0.09031 0.00113 0.05937 0.00115 562.4 10.0 557.4 7.0 580.9 11.3
Portsmouth BB9-22 0.73526 0.01193 0.09088 0.00117 0.05901 0.00110 559.6 9.1 560.7 7.2 567.4 10.6
Portsmouth BB9-23 0.75022 0.01258 0.09210 0.00120 0.05987 0.00114 568.4 9.5 568.0 7.4 599.0 11.4
Portsmouth BB9-24 0.72534 0.01187 0.08898 0.00108 0.05897 0.00109 553.8 9.1 549.5 6.7 566.0 10.5
Portsmouth BB9-25 0.73098 0.01170 0.09077 0.00115 0.05921 0.00111 557.1 8.9 560.1 7.1 574.7 10.8
Portsmouth BB9-26 0.73328 0.01268 0.09036 0.00106 0.05926 0.00113 558.5 9.7 557.6 6.5 576.6 11.0
Portsmouth BB9-27 0.75457 0.01162 0.09345 0.00131 0.05802 0.00081 570.9 8.8 575.9 8.1 530.5 7.4
Portsmouth BB9-28 0.74900 0.01157 0.09396 0.00126 0.05865 0.00079 567.6 8.8 578.9 7.8 554.0 7.4
Portsmouth BB9-29 0.75011 0.01219 0.09459 0.00136 0.05817 0.00079 568.3 9.2 582.6 8.4 536.3 7.3
Portsmouth BB9-30 0.73767 0.01135 0.09092 0.00119 0.05881 0.00084 561.0 8.6 561.0 7.3 560.0 8.0
Atomic ratios Apparent ages (Ma)
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
111
APÊNDICE B – Composição isotópica de Hf no zircão estudado obtida por laser
ablation MC-ICP-MS
Tabela B.1: Medidas da composição isotópica de Hf no zircão estudado por laser ablation MC-ICP-MS.
Analysis Lu/Hf Yb/Hf 176Hf/177Hf 2σ 178Hf/177Hf 180Hf/177Hf Hf562 2σ
JWG BB1-1 0.00003 0.000002 0.281696 0.000025 1.46720 1.88657 -26.1 0.9
JWG BB1-2 0.00003 0.000002 0.281674 0.000020 1.46723 1.88666 -26.9 0.7
JWG BB1-3 0.00003 0.000002 0.281663 0.000022 1.46718 1.88661 -27.2 0.8
JWG BB1-4 0.00003 0.000002 0.281676 0.000025 1.46716 1.88666 -26.8 0.9
JWG BB1-5 0.00004 0.000002 0.281659 0.000022 1.46717 1.88657 -27.4 0.8
JWG BB1-6 0.00003 0.000002 0.281662 0.000020 1.46720 1.88660 -27.3 0.7
JWG BB1-7 0.00004 0.000002 0.281660 0.000024 1.46721 1.88673 -27.3 0.8
JWG BB2-1 0.00009 0.000006 0.281654 0.000027 1.46719 1.88676 -27.6 1.0
JWG BB2-2 0.00015 0.000009 0.281656 0.000030 1.46724 1.88689 -27.5 1.1
JWG BB2-3 0.00016 0.000010 0.281674 0.000020 1.46723 1.88671 -26.9 0.7
JWG BB2-4 0.00016 0.000009 0.281657 0.000020 1.46720 1.88697 -27.5 0.7
JWG BB2-5 0.00016 0.000010 0.281701 0.000019 1.46725 1.88657 -25.9 0.7
JWG BB2-6 0.00016 0.000009 0.281662 0.000026 1.46719 1.88704 -27.3 0.9
JWG BB2-7 0.00016 0.000009 0.281664 0.000023 1.46717 1.88654 -27.3 0.8
JWG BB2-8 0.00016 0.000009 0.281670 0.000020 1.46718 1.88669 -27.1 0.7
JWG BB2-9 0.00015 0.000009 0.281670 0.000029 1.46714 1.88684 -27.0 1.0
JWG BB2-10 0.00016 0.000009 0.281660 0.000019 1.46720 1.88652 -27.4 0.7
JWG BB2-11 0.00015 0.000009 0.281701 0.000026 1.46717 1.88682 -26.0 0.9
JWG BB2-12 0.00015 0.000009 0.281685 0.000021 1.46725 1.88671 -26.5 0.7
JWG BB2-13 0.00015 0.000009 0.281652 0.000022 1.46716 1.88673 -27.7 0.8
JWG BB3-1 0.00009 0.000006 0.281692 0.000026 1.46723 1.88712 -26.2 0.9
JWG BB3-2 0.00005 0.000003 0.281652 0.000030 1.46718 1.88696 -27.6 1.1
JWG BB3-3 0.00005 0.000003 0.281655 0.000027 1.46715 1.88673 -27.5 1.0
JWG BB3-4 0.00011 0.000007 0.281664 0.000020 1.46722 1.88672 -27.2 0.7
JWG BB3-5 0.00010 0.000006 0.281652 0.000025 1.46720 1.88685 -27.6 0.9
JWG BB3-6 0.00006 0.000003 0.281670 0.000027 1.46719 1.88680 -27.0 1.0
JWG BB3-7 0.00005 0.000003 0.281679 0.000021 1.46725 1.88665 -26.7 0.7
JWG BB3-8 0.00005 0.000003 0.281663 0.000029 1.46716 1.88674 -27.2 1.0
JWG BB3-9 0.00005 0.000003 0.281675 0.000027 1.46718 1.88668 -26.8 1.0
JWG BB3-10 0.00008 0.000005 0.281686 0.000017 1.46723 1.88662 -26.4 0.6
JWG BB3-11 0.00006 0.000004 0.281655 0.000024 1.46713 1.88678 -27.5 0.8
JWG BB3-12 0.00005 0.000003 0.281670 0.000029 1.46725 1.88688 -27.0 1.0
JWG BB3-13 0.00005 0.000003 0.281676 0.000022 1.46721 1.88683 -26.8 0.8
JWG BB3-14 0.00005 0.000003 0.281663 0.000024 1.46718 1.88656 -27.3 0.8
JWG BB3-15 0.00005 0.000003 0.281671 0.000022 1.46721 1.88679 -27.0 0.8
JWG BB3-16 0.00006 0.000003 0.281675 0.000024 1.46715 1.88677 -26.8 0.9
JWG BB3-17 0.00006 0.000003 0.281664 0.000019 1.46717 1.88658 -27.2 0.7
JWG BB3-18 0.00005 0.000003 0.281685 0.000024 1.46720 1.88682 -26.5 0.9
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
112
Analysis Lu/Hf Yb/Hf 176Hf/177Hf 2σ 178Hf/177Hf 180Hf/177Hf Hf562 2σ
JWG BB3-19 0.00006 0.000003 0.281659 0.000025 1.46717 1.88673 -27.4 0.9
JWG BB3-20 0.00006 0.000003 0.281676 0.000026 1.46720 1.88653 -26.8 0.9
JWG BB4-1 0.00010 0.000006 0.281685 0.000030 1.46720 1.88680 -26.5 1.1
JWG BB4-2 0.00003 0.000002 0.281683 0.000022 1.46720 1.88657 -26.5 0.8
JWG BB4-3 0.00003 0.000002 0.281678 0.000027 1.46725 1.88684 -26.7 0.9
JWG BB4-4 0.00003 0.000002 0.281678 0.000021 1.46721 1.88667 -26.7 0.8
JWG BB4-5 0.00004 0.000003 0.281697 0.000016 1.46717 1.88626 -26.0 0.6
JWG BB5-1 0.00009 0.000006 0.281663 0.000022 1.46717 1.88691 -27.3 0.8
JWG BB5-2 0.00007 0.000004 0.281676 0.000019 1.46715 1.88666 -26.8 0.7
JWG BB5-3 0.00005 0.000003 0.281659 0.000026 1.46724 1.88682 -27.4 0.9
JWG BB5-4 0.00005 0.000003 0.281684 0.000023 1.46718 1.88686 -26.5 0.8
JWG BB5-5 0.00006 0.000004 0.281661 0.000019 1.46712 1.88663 -27.3 0.7
JWG BB5-6 0.00005 0.000003 0.281668 0.000028 1.46714 1.88677 -27.1 1.0
JWG BB5-7 0.00007 0.000004 0.281661 0.000025 1.46721 1.88695 -27.3 0.9
JWG BB5-8 0.00005 0.000003 0.281671 0.000028 1.46721 1.88698 -27.0 1.0
JWG BB5-9 0.00005 0.000003 0.281683 0.000023 1.46716 1.88671 -26.5 0.8
JWG BB5-10 0.00006 0.000004 0.281679 0.000023 1.46719 1.88687 -26.7 0.8
JWG BB5-11 0.00005 0.000003 0.281667 0.000024 1.46721 1.88684 -27.1 0.9
JWG BB5-12 0.00005 0.000003 0.281684 0.000030 1.46725 1.88684 -26.5 1.1
JWG BB5-13 0.00007 0.000004 0.281664 0.000025 1.46720 1.88681 -27.2 0.9
JWG BB5-14 0.00005 0.000003 0.281667 0.000027 1.46723 1.88675 -27.1 0.9
JWG BB5-15 0.00007 0.000004 0.281665 0.000023 1.46723 1.88689 -27.2 0.8
JWG BB5-16 0.00005 0.000003 0.281656 0.000021 1.46715 1.88680 -27.5 0.7
JWG BB6-1 0.00004 0.000003 0.281661 0.000026 1.46723 1.88698 -27.3 0.9
JWG BB6-2 0.00004 0.000002 0.281650 0.000027 1.46720 1.88709 -27.7 1.0
JWG BB6-3 0.00004 0.000002 0.281670 0.000022 1.46726 1.88665 -27.0 0.8
JWG BB6-4 0.00004 0.000002 0.281689 0.000026 1.46721 1.88682 -26.3 0.9
JWG BB6-5 0.00004 0.000002 0.281668 0.000020 1.46723 1.88660 -27.1 0.7
JWG BB7-1 0.00004 0.000002 0.281677 0.000030 1.46717 1.88662 -26.7 1.1
JWG BB7-2 0.00004 0.000002 0.281675 0.000025 1.46722 1.88695 -26.8 0.9
JWG BB7-3 0.00004 0.000002 0.281683 0.000023 1.46721 1.88674 -26.5 0.8
JWG BB7-4 0.00004 0.000002 0.281658 0.000021 1.46723 1.88688 -27.4 0.8
JWG BB7-5 0.00004 0.000002 0.281693 0.000018 1.46710 1.88667 -26.2 0.6
JWG BB7-6 0.00004 0.000002 0.281688 0.000020 1.46716 1.88659 -26.4 0.7
JWG BB7-7 0.00004 0.000002 0.281672 0.000029 1.46718 1.88689 -26.9 1.0
JWG BB9-1 0.00005 0.000003 0.281661 0.000027 1.46726 1.88681 -27.3 1.0
JWG BB9-2 0.00005 0.000003 0.281672 0.000027 1.46725 1.88673 -26.9 1.0
JWG BB9-3 0.00005 0.000003 0.281666 0.000026 1.46719 1.88695 -27.1 0.9
UFOP BB9-1 0.00009 0.000006 0.281678 0.000015 1.46726 1.88674 -26.7 0.5
UFOP BB9-2 0.00010 0.000006 0.281670 0.000011 1.46721 1.88659 -27.0 0.4
UFOP BB9-3 0.00010 0.000006 0.281682 0.000015 1.46728 1.88669 -26.6 0.5
UFOP BB9-4 0.00009 0.000005 0.281668 0.000015 1.46728 1.88679 -27.1 0.5
UFOP BB9-5 0.00010 0.000006 0.281676 0.000012 1.46724 1.88698 -26.8 0.4
UFOP BB9-6 0.00009 0.000005 0.281675 0.000014 1.46725 1.88710 -26.8 0.5
UFOP BB9-7 0.00005 0.000003 0.281679 0.000015 1.46726 1.88702 -26.7 0.5
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
113
Analysis Lu/Hf Yb/Hf 176Hf/177Hf 2σ 178Hf/177Hf 180Hf/177Hf Hf562 2σ
UFOP BB9-8 0.00010 0.000006 0.281672 0.000012 1.46727 1.88698 -27.0 0.4
UFOP BB9-9 0.00009 0.000006 0.281674 0.000011 1.46728 1.88695 -26.9 0.4
UFOP BB9-10 0.00005 0.000003 0.281693 0.000012 1.46724 1.88681 -26.2 0.4
UFOP BB9-11 0.00006 0.000004 0.281680 0.000011 1.46725 1.88693 -26.6 0.4
UFOP BB9-12 0.00004 0.000003 0.281685 0.000012 1.46722 1.88663 -26.5 0.4
UFOP BB9-13 0.00004 0.000003 0.281675 0.000015 1.46727 1.88728 -26.8 0.5
UFOP BB9-14 0.00005 0.000003 0.281668 0.000014 1.46722 1.88668 -27.0 0.5
UFOP BB9-15 0.00005 0.000003 0.281675 0.000014 1.46724 1.88703 -26.8 0.5
UFOP BB9-16 0.00010 0.000006 0.281676 0.000013 1.46727 1.88673 -26.8 0.5
UFOP BB9-17 0.00009 0.000006 0.281670 0.000015 1.46730 1.88683 -27.0 0.5
UFOP BB10-1 0.00016 0.000010 0.281677 0.000012 1.46729 1.88651 -26.8 0.4
UFOP BB10-2 0.00015 0.000009 0.281679 0.000012 1.46723 1.88662 -26.7 0.4
UFOP BB10-3 0.00016 0.000010 0.281682 0.000013 1.46728 1.88671 -26.6 0.4
UFOP BB10-4 0.00017 0.000010 0.281668 0.000015 1.46724 1.88691 -27.1 0.5
UFOP BB10-5 0.00017 0.000010 0.281672 0.000015 1.46722 1.88659 -27.0 0.5
UFOP BB10-6 0.00016 0.000010 0.281675 0.000014 1.46727 1.88686 -26.9 0.5
UFOP BB10-7 0.00016 0.000010 0.281683 0.000013 1.46723 1.88667 -26.6 0.5
UFOP BB10-8 0.00016 0.000010 0.281669 0.000014 1.46729 1.88659 -27.1 0.5
UFOP BB10-9 0.00016 0.000010 0.281675 0.000012 1.46723 1.88671 -26.8 0.4
UFOP BB10-10 0.00016 0.000010 0.281684 0.000013 1.46726 1.88660 -26.5 0.5
UFOP BB10-11 0.00016 0.000010 0.281671 0.000013 1.46725 1.88675 -27.0 0.5
UFOP BB10-12 0.00017 0.000010 0.281692 0.000014 1.46728 1.88658 -26.2 0.5
UFOP BB10-13 0.00016 0.000009 0.281673 0.000013 1.46724 1.88681 -26.9 0.4
UFOP BB11-1 0.00009 0.000006 0.281682 0.000013 1.46729 1.88675 -26.6 0.5
UFOP BB11-2 0.00010 0.000006 0.281679 0.000015 1.46726 1.88691 -26.7 0.5
UFOP BB11-3 0.00010 0.000006 0.281678 0.000014 1.46729 1.88691 -26.7 0.5
UFOP BB11-4 0.00009 0.000005 0.281681 0.000010 1.46725 1.88684 -26.6 0.3
UFOP BB11-5 0.00009 0.000006 0.281674 0.000014 1.46728 1.88656 -26.9 0.5
UFOP BB11-6 0.00011 0.000006 0.281672 0.000012 1.46723 1.88682 -26.9 0.4
UFOP BB11-7 0.00009 0.000005 0.281671 0.000011 1.46726 1.88653 -27.0 0.4
UFOP BB11-8 0.00009 0.000006 0.281675 0.000014 1.46724 1.88687 -26.8 0.5
UFOP BB11-9 0.00009 0.000006 0.281680 0.000011 1.46728 1.88690 -26.7 0.4
UFOP BB11-10 0.00009 0.000005 0.281672 0.000013 1.46720 1.88700 -26.9 0.5
UFOP BB11-11 0.00010 0.000006 0.281674 0.000012 1.46725 1.88674 -26.9 0.4
UFOP BB11-12 0.00010 0.000006 0.281679 0.000012 1.46729 1.88664 -26.7 0.4
UFOP BB12-1 0.00015 0.000009 0.281684 0.000011 1.46725 1.88662 -26.5 0.4
UFOP BB12-2 0.00015 0.000009 0.281672 0.000012 1.46724 1.88678 -27.0 0.4
UFOP BB12-3 0.00015 0.000009 0.281675 0.000014 1.46722 1.88674 -26.9 0.5
UFOP BB12-4 0.00014 0.000009 0.281668 0.000012 1.46724 1.88693 -27.1 0.4
UFOP BB12-5 0.00015 0.000009 0.281673 0.000011 1.46723 1.88690 -26.9 0.4
UFOP BB12-6 0.00014 0.000009 0.281683 0.000014 1.46726 1.88694 -26.6 0.5
UFOP BB12-7 0.00015 0.000009 0.281675 0.000010 1.46727 1.88705 -26.9 0.3
UFOP BB12-8 0.00014 0.000008 0.281670 0.000013 1.46727 1.88710 -27.0 0.4
UFOP BB12-9 0.00015 0.000009 0.281684 0.000012 1.46727 1.88691 -26.5 0.4
UFOP BB12-10 0.00015 0.000009 0.281675 0.000013 1.46725 1.88660 -26.8 0.5
UFOP BB12-11 0.00015 0.000009 0.281685 0.000012 1.46723 1.88662 -26.5 0.4
Santos, M. M. S., 2015. Desenvolvimento de Padrões de Zircão para Geocronologia...
114
Analysis Lu/Hf Yb/Hf 176Hf/177Hf 2σ 178Hf/177Hf 180Hf/177Hf Hf562 2σ
UFOP BB12-12 0.00015 0.000009 0.281672 0.000013 1.46726 1.88675 -27.0 0.5
UFOP BB12-13 0.00014 0.000008 0.281676 0.000012 1.46727 1.88682 -26.8 0.4
UFOP BB12-14 0.00015 0.000009 0.281679 0.000014 1.46726 1.88634 -26.7 0.5
UFOP BB12-15 0.00015 0.000009 0.281678 0.000012 1.46726 1.88660 -26.8 0.4
UFOP BB13-1 0.00004 0.000003 0.281682 0.000014 1.46727 1.88658 -26.6 0.5
UFOP BB13-2 0.00003 0.000002 0.281675 0.000013 1.46722 1.88693 -26.8 0.5
UFOP BB13-3 0.00003 0.000002 0.281674 0.000011 1.46723 1.88676 -26.8 0.4
UFOP BB13-4 0.00004 0.000002 0.281674 0.000012 1.46723 1.88683 -26.8 0.4
UFOP BB13-5 0.00004 0.000003 0.281678 0.000014 1.46725 1.88674 -26.7 0.5
UFOP BB13-6 0.00004 0.000003 0.281674 0.000010 1.46726 1.88673 -26.8 0.4
UFOP BB13-7 0.00004 0.000003 0.281680 0.000015 1.46726 1.88675 -26.6 0.5
UFOP BB13-8 0.00005 0.000003 0.281680 0.000013 1.46729 1.88660 -26.6 0.4
UFOP BB13-9 0.00004 0.000003 0.281669 0.000011 1.46727 1.88686 -27.0 0.4
UFOP BB13-10 0.00004 0.000003 0.281672 0.000010 1.46728 1.88697 -26.9 0.4
UFOP BB13-11 0.00004 0.000003 0.281673 0.000012 1.46726 1.88711 -26.9 0.4
UFOP BB13-12 0.00004 0.000003 0.281668 0.000012 1.46726 1.88671 -27.0 0.4
UFOP BB14-1 0.00005 0.000003 0.281681 0.000017 1.46729 1.88655 -26.6 0.6
UFOP BB14-2 0.00005 0.000003 0.281669 0.000015 1.46728 1.88677 -27.0 0.5
UFOP BB14-3 0.00005 0.000003 0.281684 0.000014 1.46724 1.88679 -26.5 0.5
UFOP BB14-4 0.00005 0.000003 0.281675 0.000015 1.46727 1.88673 -26.8 0.5
UFOP BB14-5 0.00005 0.000003 0.281680 0.000013 1.46729 1.88641 -26.6 0.5
UFOP BB14-6 0.00005 0.000003 0.281681 0.000017 1.46728 1.88670 -26.6 0.6
UFOP BB14-7 0.00005 0.000003 0.281677 0.000015 1.46725 1.88694 -26.7 0.5
UFOP BB14-8 0.00005 0.000003 0.281683 0.000014 1.46732 1.88674 -26.5 0.5
UFOP BB14-9 0.00005 0.000003 0.281669 0.000016 1.46725 1.88662 -27.0 0.6
UFOP BB16-1 0.00009 0.000006 0.281677 0.000013 1.46728 1.88665 -26.7 0.5
UFOP BB16-2 0.00004 0.000003 0.281677 0.000014 1.46730 1.88670 -26.7 0.5
UFOP BB16-3 0.00005 0.000003 0.281675 0.000013 1.46727 1.88686 -26.8 0.5
UFOP BB16-4 0.00004 0.000003 0.281681 0.000012 1.46725 1.88696 -26.6 0.4
UFOP BB16-5 0.00004 0.000003 0.281674 0.000013 1.46727 1.88677 -26.8 0.5
UFOP BB16-6 0.00004 0.000003 0.281675 0.000012 1.46721 1.88687 -26.8 0.4
UFOP BB16-7 0.00005 0.000003 0.281683 0.000018 1.46721 1.88695 -26.5 0.6
UFOP BB16-8 0.00004 0.000003 0.281669 0.000011 1.46723 1.88678 -27.0 0.4
UFOP BB16-9 0.00004 0.000003 0.281673 0.000012 1.46726 1.88689 -26.9 0.4
UFOP BB16-10 0.00005 0.000003 0.281676 0.000012 1.46728 1.88682 -26.8 0.4
UFOP BB16-11 0.00005 0.000003 0.281679 0.000013 1.46723 1.88682 -26.7 0.4
UFOP BB16-12 0.00004 0.000003 0.281668 0.000013 1.46727 1.88705 -27.1 0.5
UFOP BB16-13 0.00004 0.000003 0.281675 0.000012 1.46724 1.88676 -26.8 0.4
UFOP BB16-14 0.00004 0.000003 0.281672 0.000013 1.46729 1.88666 -26.9 0.5
UFOP BB16-15 0.00007 0.000005 0.281681 0.000014 1.46726 1.88669 -26.6 0.5
UFOP BB16-16 0.00004 0.000003 0.281673 0.000010 1.46728 1.88676 -26.9 0.4
UFOP BB17-1 0.00005 0.000003 0.281677 0.000012 1.46727 1.88688 -26.8 0.4
UFOP BB17-2 0.00005 0.000003 0.281679 0.000015 1.46724 1.88688 -26.7 0.5
UFOP BB17-3 0.00005 0.000003 0.281679 0.000014 1.46725 1.88712 -26.7 0.5
UFOP BB17-4 0.00004 0.000003 0.281673 0.000013 1.46724 1.88675 -26.9 0.5
UFOP BB17-5 0.00005 0.000003 0.281679 0.000011 1.46724 1.88684 -26.7 0.4
UFOP BB17-6 0.00005 0.000003 0.281674 0.000013 1.46724 1.88684 -26.8 0.5
Contribuições às Ciências da Terra, Série M, vol. 74, 115p.
115
Analysis Lu/Hf Yb/Hf 176Hf/177Hf 2σ 178Hf/177Hf 180Hf/177Hf Hf562 2σ
UFOP BB17-7 0.00005 0.000003 0.281676 0.000011 1.46726 1.88666 -26.8 0.4
UFOP BB17-8 0.00005 0.000003 0.281672 0.000012 1.46726 1.88675 -26.9 0.4
UFOP BB17-9 0.00005 0.000003 0.281680 0.000012 1.46725 1.88663 -26.6 0.4
UFOP BB17-10 0.00005 0.000003 0.281680 0.000011 1.46726 1.88666 -26.6 0.4
UFOP BB17-11 0.00005 0.000003 0.281675 0.000011 1.46724 1.88679 -26.8 0.4
UFOP BB18-1 0.00014 0.000008 0.281668 0.000013 1.46725 1.88687 -27.1 0.4
UFOP BB18-2 0.00014 0.000008 0.281677 0.000013 1.46728 1.88673 -26.8 0.5
UFOP BB18-3 0.00013 0.000008 0.281676 0.000013 1.46724 1.88687 -26.8 0.5
UFOP BB18-4 0.00013 0.000008 0.281671 0.000012 1.46729 1.88671 -27.0 0.4
UFOP BB18-5 0.00014 0.000008 0.281680 0.000012 1.46723 1.88684 -26.7 0.4
UFOP BB18-6 0.00014 0.000008 0.281680 0.000013 1.46725 1.88658 -26.7 0.5
UFOP BB18-7 0.00014 0.000008 0.281672 0.000013 1.46727 1.88687 -26.9 0.4
UFOP BB18-8 0.00014 0.000008 0.281682 0.000012 1.46727 1.88681 -26.6 0.4
UFOP BB18-9 0.00014 0.000009 0.281672 0.000010 1.46724 1.88686 -27.0 0.4
UFOP BB18-10 0.00014 0.000008 0.281681 0.000010 1.46729 1.88674 -26.6 0.3
UFOP BB18-11 0.00014 0.000009 0.281668 0.000012 1.46725 1.88683 -27.1 0.4
UFOP BB18-12 0.00014 0.000009 0.281667 0.000014 1.46722 1.88686 -27.1 0.5
UFOP BB18-13 0.00014 0.000009 0.281669 0.000013 1.46727 1.88680 -27.1 0.5
UFOP BB18-14 0.00014 0.000009 0.281669 0.000015 1.46723 1.88677 -27.1 0.5
UFOP BB18-15 0.00015 0.000009 0.281676 0.000012 1.46726 1.88693 -26.8 0.4
UFOP BB18-16 0.00014 0.000008 0.281674 0.000012 1.46723 1.88668 -26.9 0.4
O nome das analyses indica onde as medidas foram realizadas: JWG – J.W. Goethe University of Frankfurt am Main, UFOP
– Universidade Federal de Ouro Preto. O εHf562 foi calculado como um valor inicial para a idade de 562 Ma obtida por
datação U-Pb do zircão estudado.