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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Ano VIII - Edição 91 - JUNHO 2015 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// http://www.culturaonlinebr.org Desertificação e Oceanos Entende-se por desertificação o fenômeno de empobrecimento e diminuição da umidade em solos arenosos. Dia Ecologia e Meio Ambiente Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” signifi- ca estudo. Dia do Desporto Afinal, Esporte ou Desporto? O artigo 217 de nossa Constitui- ção Cidadã trata do Desporto. "É dever do Estado fomentar práticas desporti- vas formais e não-formais, como direito de cada um..." Artigos colaboradores Genha Auga Para cada lado que olho e por to- dos os ângulos percebo que esta- mos sofrendo as consequências do descaso das autoridades e dos ór- gãos públicos... João Paulo Barros Certa vez, disse Winston Churchill que ninguém pretende que a demo- cracia seja perfeita ou sem defeito. Omar de Camargo Ivan Claudio Guedes Historicamente, nosso sistema de ensino tem sido “conteudista”, ou seja, sempre primou pela transmis- são de conhecimentos e privilegiou quem tivesse maior poder de me- morização de conteúdo. Loryel Rocha Já estão largamente propagadas as profecias que falam sobre o sur- gimento de uma Nova Terra, e por conseguinte, de um Novo Homem. Mariene Hildebrando Sim é dele que vou falar. Do senti- mento que permeia a nossa exis- tência, que nos atropelos do dia-a- dia continua lá. Mariene Hildebrando II “Lusofonia, é o conjunto de identi- dades culturais existentes em regi- ões, países, estados ou cidades falantes da língua portuguesa e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo”. - Música Brasileira - Cultura - Cidadania - Sustentabilidade Social Agora também no seu Comunidade Comunidade e Sociedade Em uma sociedade os indivíduos se aglutinam de forma impessoal, en- quanto que em uma comunidade os integrantes possuem relações mais conectadas e próximas. Política Paul McCartney e a dualidade Ébano e marfim. Bom e mau. Você diz sim, eu digo não. Você diz a- deus, eu digo oi. Você diz alto, eu digo baixo. E tantas outras joias sob a forma de músicas e letras que o Sr. MacCart- ney criou como seu legado para o mundo. Festas Juninas Como surgiram as festas juninas? Geografia e Estações do Ano O que é Geografia, conceito, áreas da Geografia, temas abordados em cada área.

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Ano VIII - Edição 91 - JUNHO 2015 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// http://www.culturaonlinebr.org

Desertificação e Oceanos

Entende-se por desertificação o fenômeno de empobrecimento e diminuição da umidade em

solos arenosos.

Dia Ecologia e Meio Ambiente

Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o

meio ambiente onde vivem. É uma palavra que deriva do grego,

onde “oikos” significa casa e “logos” signifi-

ca estudo.

Dia do Desporto Afinal, Esporte ou Desporto?

O artigo 217 de nossa Constitui-ção Cidadã trata do Desporto. "É

dever do Estado fomentar práticas desporti-vas formais e não-formais, como direito de cada um..."

Artigos colaboradores

Genha Auga

Para cada lado que olho e por to-dos os ângulos percebo que esta-mos sofrendo as consequências do descaso das autoridades e dos ór-gãos públicos...

João Paulo Barros

Certa vez, disse Winston Churchill que ninguém pretende que a demo-cracia seja perfeita ou sem defeito.

Omar de Camargo Ivan Claudio Guedes

Historicamente, nosso sistema de ensino tem sido “conteudista”, ou seja, sempre primou pela transmis-são de conhecimentos e privilegiou quem tivesse maior poder de me-morização de conteúdo.

Loryel Rocha

Já estão largamente propagadas as profecias que falam sobre o sur-gimento de uma Nova Terra, e por conseguinte, de um Novo Homem.

Mariene Hildebrando

Sim é dele que vou falar. Do senti-mento que permeia a nossa exis-tência, que nos atropelos do dia-a-dia continua lá.

Mariene Hildebrando II

“Lusofonia, é o conjunto de identi-dades culturais existentes em regi-ões, países, estados ou cidades falantes da língua portuguesa e por diversas pessoas e comunidades em todo o mundo”.

- Música Brasileira - Cultura - Cidadania - Sustentabilidade Social

Agora também no seu

Comunidade Comunidade e Sociedade Em uma sociedade os indivíduos se aglutinam de forma impessoal, en-quanto que em uma comunidade os integrantes possuem relações mais conectadas e próximas.

Política Paul McCartney e a dualidade Ébano e marfim. Bom e mau. Você diz sim, eu digo não. Você diz a-deus, eu digo oi. Você diz alto, eu digo baixo. E tantas outras joias sob a forma de músicas e letras que o Sr. MacCart-ney criou como seu legado para o mundo.

Festas Juninas

Como surgiram as festas juninas?

Geografia e Estações do Ano

O que é Geografia, conceito, áreas da Geografia, temas abordados em cada área.

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 2

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Gazeta Valeparaibana e

CULTURAonline BRASIL

Juntas, a serviço da Educação e da divulgação da

CULTURA Nacional

Frases de Nelson Mandela

1. Sobre a invasão americana ao Iraque

“Se há um país que cometeu atrocida-des inomináveis no mundo, é os Esta-dos Unidos. Eles não se importam com

seres humanos.

2. Sobre Israel

“Israel deveria desistir de todas as á-reas que ganhou dos árabes em 1967,

e em especial Israel deveria desistir completamente das Colinas de Golã, do Sul do Líbano e da Cisjordânia.” (

3. Sobre a invasão americana ao Iraque

“Tudo que o sr. Bush quer é o óleo ira-quiano.”

4. Sobre Fidel Castro e a revolução cubana

“Desde o princípio, a Revolução Cuba-na também foi uma fonte de inspiração para todas as pessoas amantes da li-

berdade. Nós admiramos os sacrifícios do povo cubano em manter sua inde-

pendência e soberania em face à cam-panha imperialista orquestrada para

destruir o ganho impressionante da Re-volução Cubana. Vida longa à Revolu-ção Cubana! Longa Vida ao camarada Fidel Castro.” (fonte:lanic.utexas.edu)

5. Sobre o ex-presidente da Líbia Muammar Kadafi

“É nosso dever apoiar nosso líder-irmão… principalmente levando-se em conta as sanções que não atingem a-penas ele, mas também a população

líbia em geral… nossos irmãos e irmãs africanos.” (fonte: The Final Call)

6. Sobre a preparação dos Estados Unidos para invadir o Iraque em 2002

“A atitude dos Estados Unidos é uma ameaça à paz mundial”

7. Sobre o estado palestino

“As Nações Unidas tomaram uma me-dida forte contra o apartheid e, ao longo

dos anos, um consenso internacional foi construído, o que ajudou a acabar com esse sistema. Mas nós sabemos muito bem que nossa liberdade é in-

completa sem que haja liberdade para os palestinos.”

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Editorial

Rádio web CULTURAonline Brasil

NOVOS HORÁRIOS e NOVOS PROGRAMAS

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós !

A Rádio web CULTURAonline Brasil, prioriza a Educaç ão, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Professor , Família e Socie-dade.

Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e , onde a Educação se discute num debate aberto, crí tico e livre. Mas com responsabilidade!

Acessível no link: www.culturaonlinebrasil.net

PARA QUE LADO OLHAR

Para cada lado que olho e por todos os ângulos percebo que estamos sofrendo as consequên-cias do descaso das autoridades e dos órgãos públicos que dirigem essa nação, do capitalismo na educação, da incompetência judiciária perante os crimes, dessa alienação por efeito drogas que impera entre os jovens, o desenfreado ritmo em que cresce a corrupção, a falta de idoneida-de em quase todos os segmentos sociais, o desinteresse dos intelectuais que há tempos não contribuem para a história, a mídia embriagada pelo IBOPE e um povo iludido por futebol sofren-do crueldades e mazelas, consequência da impunidade.

Odesamor entre as pessoas, a falta de perspectiva, o falso apoio de quem finge proteger,as igre-jas com discursos dirigidos apenas em prol de interesses financeiros e longe de serem solidárias, o consumo desenfreado, a idolatria pelo corpo e o descuido da alma e isso tudo levando para o caminho da frustração na vida profissional, pessoal e social de cada um.

Olho e vejo jovens unidos pela mesma música e dança sórdida, pela mesma ganância, pelo mes-mo trivial do consumo e desejo de ter cada vez mais bens, o falso moralismo instalado entre pais e filhos. Nãose trabalha para comer, crescer, construir e sim, para pagar academias, ostentação e conquistar uma posição social a qualquer custo e por reconhecimento banal.

O homem tem a pretensão de querer ser imortal, mas esquece que, morrer é inevitável, mas, pa-ra ser eterno é preciso deixar conhecimentos, exemplos, obras feitas, e o melhor de si que irá fi-car, se não para a humanidade, pelo menos para sua família.

Antes de morrer, para qual lado seu irão olhar e ver o que deixou?Pra que lado de sua casa e de seu país, pelos caminhos que percorreu haverá sua verdadeira contribuição de ser humano e deixará sua marca, seu registro de bem feitor?

Não teremos sido nada se morrermos e formos esquecidos, substituídos tão rápido como trocá-vamos de carro, de investimentos, de parceiros, de sapatos, de hábitos em prol da performance.

Olho pra qualquer lado e vejo as mesmas coisas, os mesmos discursos, uma multidão com a mesma solidão e um vazio rumo ao caos.

Sem atitudes, o que nos resta é esperar que com o “andar da carruagem, as abóboras se acomo-dem”? Assim como nas guerras, depois que tudo acaba todos se tornam iguais para então reco-meçar.

Todos ficam sem NADA, todos viram NADA!

Talvez assim o amor volte a habitar a gruta do coração do homem para que revise seu contexto e saber sorrir gratuitamente, encarecer a raiva para mover-se num sentido melhor e certo, com co-ragem, com humildade e aprender a alvorecer com dignidade.

A vida é uma mistura do amargo e do doce, que a cada ocasião, nos traz um aprendizado, mas, para isso, é preciso estar munido de energia, amor, fé e sem arrebatar do outro o que não lhe pertencer.

GenhaAuga – Jornalista/escritora – MTB: 15320

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Todas as matérias, reportagens, fotos e demais conteúdos são de

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 3

Política e Educação

O Cidadão Brasileiro e a Democracia

Certa vez, disse Winston Churchill que nin-guém pretende que a democracia seja per-feita ou sem defeito. Tem-se dito que a de-mocracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido expe-rimentadas de tempos em tempos.

Realmente, a democracia, com todos os seus defeitos, ainda é a preferível entre to-das. Só que eu descobri que o principal de-feito da democracia não está nos políticos. Está na forma como o conjunto de eleitores lidam com a política.

A muitos anos atrás, eu era jogador de RPG de mesa. E gosto muito de assuntos de fic-ção que envolve viagens espaciais, outros planetas, coisas assim. Comprei um livro chamado “GURPS Viagem Espacial” no qual há um capítulo sobre Civilizações Planetá-rias (extraterrestres fictícias), está explican-do sobre o funcionamento de diversas for-mas de governo possíveis. E na opção “Democracia Representativa” está escrito um comentário que me abriu os olhos de uma forma que nenhum material escolar de História ou Geografia conseguiu fazer.

Um livro de jogo, de entretenimento, de fic-ção, me mostrou onde a nossa sociedade brasileira está errando. Lá está escrito que, se os cidadãos estiverem em alerta, e forem bem informados, o governo será benevolen-te. Se os cidadãos tiverem uma educação ruim, os programas do governo serão ruins mas populares (política de pão e circo). Se os cidadãos forem apáticos, o governo po-derá vir a ser dominado por facções ou gru-pos de interesse.

Os políticos brasileiros fazem o que fazem é porque a esmagadora maioria dos cidadãos é apática e também tem educação escolar ruim. Não vai adiantar simplesmente trocar de um partido por outro. A Reforma Política-Eleitoral precisa ser iniciada a partir dos elei-tores. Os políticos não vão sacrificar os seus próprios interesses.

O povo é que precisa ser mais bem esclare-cido sobre o assunto de política. Cada um de nós eleitores necessita saber com clare-

za o que exatamente fazem os Vereadores, os Prefeitos, os Deputados Estaduais, os Governadores, os Deputados Federais, os Senadores e o Presidente da República. O que cada um realmente pode fazer e o que não pode fazer, até onde vão os seus pode-res políticos, para que é que cada um des-ses cargos existe, para que seja possível ter melhor noção de quem realmente está ade-quado para ser eleito nas eleições. Os elei-tores precisam ter noções sobre Processo Legislativo e Controle de Constitucionalida-de, por exemplo.

Também, precisam estar informados sobre as diversas formas de sistemas eleitorais, de formas e sistemas de governo, ter condi-ções de saber quem entre os políticos real-mente é de esquerda e quem realmente é de direita, e de centro, para que possa votar conscientemente segundo os seus próprios valores, a sua verdadeira ideologia, e não ser enganado por propagandas eleitorais falsas.

Em países desenvolvidos como a Alema-nha, a Suécia, a Noruega, a Suíça... os polí-ticos não são bonzinhos e nem santinhos. O povo é que é esperto, atento, bem informa-do, vigilante. Senão, os políticos de lá tam-bém abusariam como os daqui do Brasil a-busam.

O que é necessário é um trabalho massivo de conscientização dos eleitores, um traba-lho parecido com o dos missionários religio-sos, que alcance todas as pessoas e lhes ensine como o sistema político realmente funciona, como são as coisas de fato. Quem tem conhecimento de política e tempo dis-ponível, e quer ajudar o Brasil a melhorar, pode abordar outras pessoas da sua comu-nidade e lhes ensinar como o sistema políti-co-eleitoral realmente funciona, se assim desejar fazer. E quem conseguir aprender, também pode repassar o que aprendeu para outras pessoas. Com o tempo, vai aumentar cada vez mais o número de eleitores consci-entes. É a melhor forma de se começar u-ma Reforma Polícia séria no Brasil.

João Paulo Barros

Calendário do mês

Feriados, Datas Comemorativas

01 - Semana Mundial do Meio Ambiente

01 - Dia da Imprensa

03 - Dia Internacional Comunidade Social

05 - Dia da Ecologia

05 - Dia Mundial do Meio Ambiente

08 - Dia Mundial dos Oceanos

09 - Dia Nacional de Anchieta

11 - Dia da Marinha Brasileira

11 - Dia do Educador Sanitário

12 - Dia dos Namorados

12 - Dia Mundial Combate ao Trabalho Infantil

13 - Dia de Santo Antônio

17 - Dia Mundial de Combate à Desertificação

21 - Dia do Mídia

21 - Dia do Profissional de Mídia

21 - Início do Inverno

23 - Dia Mundial do Desporto Olímpico

23 - Dia do Desporto

24 - Dia de São João

26 - Dia do Professor de Geografia

29 - Dia de São Pedro e São Paulo

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A falta de consciência política, a impunidade gritante fomentada pelos nossos legisladores e por todas as esferas do poder público, aliados a ingenuidade

de um povo fragilizado pela má educação, transformam lobos carniceiros em guardiões de ovelhas.

Renée Venâncio

DEMOCRACIA

A verdadeira Democracia (onde o povo participe de alguma forma das deci-sões que interferem nas relações soci-ais) supõe uma prática pedagógica: educar para a cidadania. Educar é um ato que visa não apenas desenvolver nossas habilidade físico-motoras e psí-quico-afetivas, mas igualmente à con-vivência social, a cidadania e a tomada de consciência política.

A educação para a cidadania significa fazer de cada pessoa um agente de transformação social, por meio de uma práxis pedagógica e filosófica: uma ref-lexão/ação dos homens sobre o mun-do para transformá-lo.

Este é um dos objetivo do Jornal Gazeta Valeparaibana

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 4

Ditadura da Felicidade

O Surgimento de um Novo Homem e a Ditadura da Felic idade

Já estão largamente propagadas as profecias que falam sobre o sur-gimento de uma Nova Terra, e por conseguinte, de um Novo Homem. Profetas, visionários, livros sagrados de todos os povos são unânimes em afirmar que todo o planeta e as espécies nele contidas sofrerão transformações profundas e irreversíveis. Decorre dessa transforma-ção predita a idéia precisa de uma Nova Terra rediviva em si mesma e, de modo claro, as características sociais, culturais, filosóficas, bio-lógicas, etc, apontadas para esse novo tempo sinalizam que será um tempo de Paz e Fraternidade Mundial.

Entretanto, o cenário mundial atual parece contradizer tais rumos e o que se defronta diariamente é a guerra, a peste, a fome, a violência, e morte, a corrupção e outras tantas atrocidades indescritíveis, mas, perfeitamente concretas.

Mas, a uma análise atenta dessas profecias, percebe-se que seus re-gistros apontam para uma espécie de mutação planetária e, mutação em direção à uma evolução da consciência dos seres e do planeta, atingindo um estágio “mais elevado” que o atual.

O modo como se dará essa mutação, a quantos ela atingirá, o tempo de ocorrência da mesma, e outros fatos correlatos, nos são completa-mente desconhecidos. Apesar disso, pode-se claramente visualizar que uma qualquer mutação mundial já se encontra em curso intenso, ou seja, já está sendo efetivada. Seus sinais podem ser lidos em di-versas áreas e dos mais distintos modos.

Um dos sinais dessa mutação apontam para o surgimento de um no-vo tipo de sujeito. Se virá um novo homem, presume-se que o ho-mem e, por conseguinte, a sociedade, atuais sofrerão uma mutação. Não reduzindo a complexidade do tema pode-se ponderar que uma das mutações que o ser humano sofrerá está no âmbito do “sujeito narcisista” , criatura moderna amplamente sustentada na sociedade

de consumo e na aniquilação de toda forma de humanização do ser humano.

A Revolução Industrial criou um novo tipo de cultura: a “cultura do narcisismo” que preconiza a “ditadura da felicidade”. Essa “cultura” exige um aniquilamento da individualidade própria para favorecer à expansão do comércio e do lucro desenfreado. O homem moderno deve consumir cada vez mais e melhor e em tempo rápido. A socie-dade deve ser capaz de consumir rapidamente todo o produto das empresas, independentemente da necessidade e validade dos mes-mos para as pessoas e o planeta. Qualquer falha no desempenho dos indivíduos em consumir é considerado um fracasso, baseado na recém estabelecida “ditadura da felicidade”.

Construiu-se a ilusão de que consumir traz felicidade. A felicidade humana, então, vem de um produto de consumo disponível em prate-leiras. Essa imagem torna os indivíduos fragilizados, gera uma crise na própria auto-confiança e o resultado alcançado é o oposto ao pre-gado: a cada dia aumenta o número de pessoas infelizes e insatisfei-tas consigo mesmas e com o mundo. A cada dia as pessoas pensam que o planeta está em rota de colisão com as espécies. A cada dia aumenta a descrença no presente e o desesperança no futuro, como se tudo estivesse perdido.

Ora, nada está perdido. Há a Esperança num amanhã melhor para tudo e todos. Devemos entender que a “ditadura da felicidade” tornou a felicidade algo obrigatório, e ligada a situações de momento. Entre-tanto, a Felicidade não é uma possibilidade cultural é uma conquista do espírito humano diretamente ligada a forma de viver e de morrer.

Tenhamos, pois, Fé na Raça Humana e cultivemos a certeza de um amanhã melhor e mais feliz para tudo e para todos.

Loryel Rocha

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È necessário que se crie necessidade de consumo para que a indústria necessite de funcionários e assim, contrate trabalhadores necessitados de emprego.

Nilson Rutizat

Na verdade todos não passam de marionetes de consumo da moda. Ser você mesmo não significa ficar ridículo para chamar atenção. Brilho encontra-se na alma e no caráter de uma pessoa e não em sua aparência.

Osvaldo Kulchesky Junior

As possibilidades de uma vida saudável são abolidas em função dos bens de consumo supérfluos artificialmente manipulados, promovidos à necessidades pela mídia artificiosa.

Carlos Araujo Carujo

Eu me utilizo de todos os meios da Sociedade de consumo, penetro no Sistema, mas como um veneno.

Raul Seixas

Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.

Millôr Fernandes

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 5

Dia 03 - Dia Internacional Comunidade Social

Comunidade e Sociedade Em uma sociedade os indivíduos se aglutinam de forma impessoal, enquanto que em uma comunidade os inte-grantes possuem relações mais conectadas e próximas. Nossa convivência em meio a outros indivíduos é tão complexa a ponto de existir uma área do conhecimento dedicada a estudá-la e a entendê-la: as ciências sociais.

Um dos “objetos” mais complicados sobre a qual a sociologia se debruça é a sociedade, que se define pela sua diversidade e dinâmica das relações dos sujei-tos que a constituem. Ao falarmos que uma sociedade se define por sua diversidade e dinâmica estabelecemos que os indivíduos que a constituem, você e a maioria dos que habitam a sua rede de convivência direta e indireta, compartilhando um conjun-to de regras normativas e de valores específicos que servem para mediar o proces-so de relação entre esses sujeitos e os possíveis conflitos que invariavelmente sur-girão, estabelecemos que uma sociedade é constituída de forma impessoal entre os que a integram e que, salvo exceções, privilegiarão suas vontades individuais. Entretanto, não seria correto afirmarmos que uma sociedade se constitui apenas por indivíduos sem qualquer tipo de ligação pessoal, seja por afinidade ou por necessi-dade. Todos nós acabamos por nos tornar parte de grupos que possuem contato mais próximo à nossa realidade diária, com os quais dividimos interesses, objetivos e similaridades de ideias e condições, sejam econômicas ou de posição social. A esses grupos denominamos comunidades. O que caracteriza as comunidades? Em seu modelo ideal (definição fechada do que um objeto seria, sem levar em con-sideração as possíveis interferências das infinitas variáveis que poderiam transfor-mar o objeto de um ou de outro jeito), a comunidade é definida por Robert Redfield como sendo: Um agrupamento distinto de outros agrupamentos humanos, sendo “visível onde uma comunidade começa e onde ela acaba”;

Pequena, a ponto de seus limites estarem sempre ao alcance da visão daqueles que a integram; Autossuficiente, “de modo que atenda a todas às necessidades e ofereça as ativida-des necessárias para as pessoas que fazem parte dela.” Independente dos que es-tão de fora. Embora as definições de Redfield sejam referentes às formas que tomavam as co-munidades principalmente agrárias, que ainda sobrevivem hoje em alguma medida, e as anteriores à nossa modernidade pós revolução industrial, é possível traçar uma referência ao nosso convívio moderno e nas formas que uma comunidade toma em nossa realidade. Comunidade e modernidade Trata-se então de não apenas um corpo ou um objeto, mas também de uma cons-trução ideológica que se baseia na necessidade individual da segurança, do confor-to, da familiaridade e do sentimento de pertencimento, de que fazemos parte de algo maior que nossa individualidade, da delimitação do “Nós” (o familiar) e dos “outros” (o estranho). Nesse ponto, o autor Zygmund Bauman nos esclarece: “pertencer a uma comunidade significa renegar parte de nossa individualidade em nome de uma estrutura montada para satisfazer nossas necessidades de intimidade e da construção de uma “identidade”.” A construção de uma fronteira entre o familiar, o “de dentro”, e o estranho, “o de fo-ra”, é a essência que fundamenta uma comunidade. Para tanto, deve existir um poli-ciamento por parte dos integrantes desta comunidade, para que ideias “estranhas” não entrem em seu meio e ameace a estrutura construída em torno das ideias fami-liares. Esse fenômeno é observável em alguns grupos religiosos sectaristas que buscam se separar e se diferenciar ao perseguir um ideal de “pureza” que envolve o estabelecimento de comportamentos e prática de atividades que estão relacionados diretamente às suas crenças religiosas. Dessa forma, a comunidade se estabelece dentro da vontade comum na busca de se diferenciar do que é considerado profano por sua crença, que se relaciona diretamente ao que é considerado sagrado. Desta forma, são construídas determinações quanto a valores e interpretações de fenôme-nos dos quais todos os seus integrantes compartilham e valorizam, em alguma me-dida, em detrimento dos ideais e características que são atribuídas ao comporta-mento dos que se encontram do lado de fora, que representam o impuro e o profa-no. Redfield, Robert

Na rua, a pressão da opinião pública é capaz de fazer o que a lei não consegue

Porque precisamos fazer a Reforma Política no Brasil?

Seus impostos merecem boa administração. Bons políti-cos não vem do nada. Para que existam bons políticos

para administrar o país, toda a sociedade precisa colaborar para que eles possam nascer e terem sucesso. É preciso um sistema eleitoral moderno para melhorar a qualidade da política. Os políticos "tradicionais" tem horror à reforma política, porque ela pode mudar a situa-ção atual onde eles usam e manipulam o eleitor e são pouco cobrados !

SOBRE DEMOCRACIA REPRESENTATIVA

Democracia representativa é o exercício do poder po lítico pela população eleitora não diretamente, mas atravé s de

seus representantes, por si designados, com mandato para atuar em seu nome e por sua autoridade, isto é, leg itimados

pela soberania popular.

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 6

Relacionamentos

Amar é mesmo tudo? Sim é dele que vou falar. Do sentimento que permeia a nossa existência, que nos atropelos do dia-a-dia continua lá. Na correria diária o deixamos num cantinho, mas em um minuto de distração lá está ele se achegando e nos di-zendo Hei !!!..não adianta fingir que eu não e-xisto, eu to aqui!. E nesses momentos de luci-dez, vemos a falta que ele nos faz. Estou falan-do de amor homem-mulher. Desse tipo de a-mor. Quem tem sabe o quanto é bom, nos faz bem ( na maioria das vezes), e torna nossa vi-da mais leve e feliz. Tenho fé que em algum canto por aí, lá estão elas (as almas afins), a espera de outras para rirem juntas, para longas horas de conversas jogadas fora, e também de conversas mais profundas... é claro. Esperan-do por aquela troca de olhares cúmplices, pra tomar o café da manhã juntos, com um pão quentinho recém comprado, quem sabe depois de uma caminhada de mãos dadas por ruas emolduradas pelo sol da manhã. Uma alma que se encaixe perfeitamente naqueles canti-nhos mais sombrios que escondemos dos ou-tros, que se chamam nossos defeitos, e que mesmo diante das pequenas imperfeições não desencoraje de continuar amando.

Que busque o prazer e a alegria das pequenas coisas que fazem parte da nossa existência. Almas que compartilham sonhos, alegrias, tris-tezas, que compartilham seus corpos, e sua sede de amor. AMOR de almas. Já ouviram falar? Pois acredito piamente em sua existên-cia. Um amor que se fortalece no querer bem, que não prende, que deixa livre para ir se qui-ser, que não precisa de rótulos nem papel. Ele simplesmente existe, está! Um amor assim em que as almas transbordam alegria, compreen-são, honestidade e sinceridade. Divertido e ge-neroso para dividir a bagagem que cada um traz consigo. Suas dores, suas mazelas, suas conquistas e alegrias.

Esse é o amor que almas afins desejam en-contrar. Um amor que as faça sentir viva. Sim, é preciso ter disposição, coragem e não ter medo de tentar. Podemos nos enganar, e so-fremos quando não era o que imaginávamos, mas aí está a grande aventura de viver. Come-çar, recomeçar, virar a página, encontrar ou-tros amores, almas disponíveis que querem um amor divertido e leve. Quando perguntarem sobre o status de relacionamento, poder dizer. Estou em um relacionamento de almas que querem a leveza de um sorriso, a emoção de um beijo, as risadas nas conversas mais ínti-mas, a troca de afetos, o amor sem pudores, o ânimo para compreender os medos, a sabedo-ria para entender que não somos perfeitos, e que não existe um relacionamento perfeito. Perfeito será aquilo que cabe pra nós, aquilo que cabe para aquelas almas que estão nesse estado de êxtase provocado pelo encontro, mas que se percebem por inteiro, que se doam sem máscaras. Amar o amor. Amar ...amar! É preciso ter essa disposição de querer, de estar

disponível, de coração aberto. Sem tantas de-fesas e medos, deixar cair o véu que nos nu-bla o olhar e deixar ele chegar de mansinho, ou como um furacão, nos deixando alucinados, enlouquecidos e depois abrandando de novo. Preenchendo-nos em todos os cantinhos, to-mando conta e nos deixando sem ar. Que sen-sação boa essa de pertencer a alguém de ser cuidada e poder cuidar. De poder dizer sem nenhum constrangimento ou sem nenhum pu-dor, Sou tua, sou teu. Nada no sentido de pos-se, mas de pertencimento da alma. Um amor assim tráz tranquilidade, paz , a calma de uma manhã de domingo, um passeio de mãos da-das pelo parque, um beijo no café da manhã. Um... Que seja lindo o teu dia!!! E saberemos que será, porque no final dele voltaremos a en-contrar aquele que faz nossa alma rir e nos dá paz. Dormir abraçada sentindo o coração do outro pulsar, ouvindo a respiração tranquila de quem se sente amado e está em paz, é algo que não tem explicação. A pessoa perfeita pa-ra nós é aquela que o nosso coração escolhe, e não aquela que nossa razão diz que devia ser. O amor brota da alma, e só a nossa alma sabe.

É uma energia poderosa. Move o mundo. Pro-curamos por ele, as vezes o encontramos, as vezes não... mas ele existe e nos faz melhor. Quando estamos amando deixamos transpare-cer uma energia maravilhosa que contagia a todos. Como dizia Aristóteles: "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfei-ção". Tornamo-nos melhores, estamos abertos a novas sensações e experiências. Então po-demos dizer que o amor simplesmente aconte-ce. Enfim... amar é tudo de bom. Qualquer for-ma de amor vale a pena. Amar transcende a realidade, ultrapassa a distância, perpetua os sonhos, é ter alguém no pensamento, no cora-ção, na alma. É dividir, olhar com carinho, sen-tir-se pleno de um sentimento que transborda e faz crescer. O amor não é egoísta. É pensar no outro. Enriquece-nos. É querer a felicidade do outro mais que qualquer coisa, é desinteressa-do, é doação. Não basta dizer eu te amo! Tem que demonstrar nas atitudes, no olhar, no cui-dado, nos detalhes.

Amar faz bem. Tiramos o foco de nós mesmos e passamos a perceber o outro. Suas dores e suas alegrias. Mas não é tão fácil encontrá-lo, ou somos nós que complicamos? Todo mundo quer ter alguém que lhe preencha o pensa-mento e a alma. Estar em um relacionamento requer entrega. Deixe que o amor aconteça. Viva plenamente esse sentimento, sem medo de ser feliz e sem se angustiar querendo colo-car rótulos ou classificá-lo, “Estou em um re-lacionamento que me faz feliz”, já está bom demais.

Mariene Hildebrando Professora e especialista em Direitos Humanos Email: [email protected]

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No Brasil, os velhos ditados devem ser adaptados: aqui, todos os caminhos le-

vam ao brejo. O QUE DISSERAM:

Truman Capote: “O dinheiro não tem a míni-

ma importância, desde que a gente tenha mui-to”. * * *

Vão Gogo (pseudônimo de Millôr Fernandes): “Quando chegar a hora dos humildes herda-rem o Reino do Céu, o imposto de renda vai

ficar com mais da metade”. * * *

Millôr Fernandes: “Ser pobre não é crime, mas ajuda muito a chegar lá”.

* * * Anita Garibaldi: “Bendita pobreza que me li-

berta”. * * *

José Américo: “Hoje em dia não se guarda mais na cabeça, só se deve guardar nas algi-

beiras”. * * *

Um tio meu , Joãozinho, há muitos e muitos anos, quando foi criticado por andar mal vesti-

do: “O que vale é algibeira empanturrada”. * * *

Eça de Queiroz: “Onde aparece o ouro, o ter-rível ouro, imediatamente os homens ao redor se olham com rancor e levam as mãos às fa-

cas”. * * *

Raquel de Queiroz: “O dinheiro é um instru-mento de felicidade e grandeza, e tem aquela

inimitável capacidade de comprar poder.” * * *

Steven Spielberg: “Para que pagar um dólar por um marcador de livro? Por que não usar o

dólar como marcador de livro?”. * * *

Friedrich Nietzsche: “Todos vós que amais o trabalho desenfreado, o vosso labor é maldi-

ção e desejo de esquecerdes quem sois”. * * *

Friedrich Nietzsche: “Todos vós que amais o trabalho desenfreado, o vosso labor é maldi-

ção e desejo de esquecerdes quem sois”. * * *

Aristóteles Onassis: “A partir de um certo ponto, o dinheiro deixa de ser o objeto. O inte-

ressante é o jogo”. * * *

Dito caipira: “Alegria de roceiro é dinheiro, mulher e bicho de pé, porque, o que adianta

dinheiro e mulher se o ‘bicho’ não ficar de pé?” * * *

Camilo Castello Branco: “O melhor amigo é o dinheiro. Conselhos, os melhores, é o dinheiro

que os dá”.

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Maio 2015 Gazeta Valeparaibana Página 7

Literatura

AS AMIGAS

Entrei no toalete depois das atividades físicas realiza-das para, sutilmente, recompor o cheiro do bom banho e manter o rosto a salvo retocando o batom. Per f e i t o ! Assim feito, me deparei com uma cena perfeitamente adorável.

Duas personagens no banheiro feminino. Uma delas, Angelina com quase oitenta anos, que após usar o sa-nitário, depara-se com a amiga Lenira mais ou menos

na mesma faixa etária, na porta, oferecendo-lhe papel para enxugar as mãos.

Angelina recusa-se a receber e usar o papel das mãos dela achando-o ina-propriado.

- Querida, esse papel é limpo, peguei pra você enxugar suas mãos. Diz Le-nira com todo cuidado.

- Não, retrucou Angelina, não quero esse papel, quero o que eu mesma vou pegar, puxando-o do rolo fixado na parede.

- Está bem, diz a amiga e, cochicha comigo – “cada um com sua mania”. -E você, já lavou suas mãos? – Indagou Angelina.

- Não, respondeu Lenira – não usei o banheiro.

- Não vai urinar antes de ir embora? Pergunta Angelina, que recusara o pa-pel da amiga que a esperou com toda atenção.

- Não, não estou a fim, respondeu Lenira.

- Mas tem que fazer xixi antes de sair... Ora! Insiste Angelina.

-Mas não quero! Não estou com vontade – responde Lenira, aquela que passivamente, entendeu alguns momentos antes que cada um tinha sua ma-nia.

Saíram do recinto e Lenira que pacientemente acatou a amiga, se despede de Angelina e vai embora com o filho que toda quinta-feira a levava e busca-va de suas atividades no “Instituto de Atividades para Mulheres da Melhor Idade”.

Passado o episódio, segui com uma amiga em direção ao portão de saída.O chão estava molhado pela tarde chuvosa, e ali ficamos conversando antes de ir para casa. De repente, vejo a figura de Angelina aproximando-se de mãos dadas com outra “persona” que já não era Lenira em ávida discussão com a parceira, discordando e falando alto sobre recusar-se a usar bengala mesmo caminhando com dificuldade já pela idade e pelas limitações físicas que tinha nos pés. Olhei para minha amiga e rindo comentei: “Nós ainda es-taremos assim, velhinhas, de mãos dadas e implicando uma com a outra”.

De repente, Angelina para e observa um papel molhado jogado no chão. Abaixa-se com toda dificuldade que você possa imaginar, pega o papel e com maior dificuldade ainda, ergue-se com o papel na mão.

Olhei para minha amiga e, perplexa, comentei: “Nossa, que mulher exem-plar, com essa idade e limitações, abaixou-se para recolher um papel no chão que algum inconsequente jogou e ela, certamente cuidadora do meio ambiente, tomou o cuidado de recolhê-lo”. Olhamo-nos e ficamos boquiaber-tas.

Torno a voltar minha atenção para aquela “figurinha” pela qual de imediato me apaixonei mediante a atitude exemplar e eis que a vejo jogando o papel de volta ao chão dizendo: - Ah! Não tem nada de interessante, não serve pra nada, jogando o papel, de volta ao chão...

Genha Auga Jornalista

Mtb:15.320

Numa sociedade movida à dinheiro e hipocrisia, enco ntramos pessoas propensas aos mais diversos rumos incluindo-se a de vassidão. Cuidado com quem andas, pois tua companhia sumariza quem és. Não te-nha medo de lutar pelo que acredita, apenas seja você mesmo nos mais divergentes momento s que possam surgir. Fazendo isto, certamente afetará os que estã o à tua volta que não gostam do que veem. Saberão fazer a triagem do joio e do trigo. Só tome cuidado com o lado com que ficará, pois uma escolha errada pode te afetar drasticamente. Pense no seu futuro. Sua escolha hoje, será o seu f uturo amanhã.

GRATIDÃO!

GenhaAuga – jornalista MTB:15.320

O vento bate no seu rosto levemente.

O dia sorri, as pessoas olham,

e a admiram.

É bonita, perfeita.

Talvez não tão bondosa como gostaria.

Mas a cada dia, a vida lhe oferece alegrias,

oportunidades, força.

Aprendiz – inteligente – o que não aprende – é porque não quer.

A cada erro aproveita as chances,

Novos momentos – alguns tormentos – muitos deles parecem maiores do que são.

Vive de lamentos!

E eis que chega o dia em que vê

Tantas pessoas que seguem

por caminhos tortuosos e de dor,

sente então sua fraqueza

e envergonha-se dos seus lamentos.

Reflete, ouve, acalma o coração e deixa de lado sua injusta reclamação.

Hoje, só agradece

por tudo que tem e é.

E nesse pequeno momento de reflexão,

pede perdão e demonstra a Deus toda sua gratidão!

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 8

Dia 17 - Dia Mundial de Combate à Desertificação

Entende-se por desertificação o fenô-meno de empobrecimento e diminuição da umidade em solos arenosos, locali-zados em regiões de clima subúmido, árido e semiárido. Ela pode ser causa-da tanto por ações da natureza, como mudanças periódicas de climas, quanto

pela ação humana.

No Brasil, esse processo ocorre, majoritariamente, nas regiões Nordeste e Sul (porém, nessa última, o fenômeno é chamado de arenização, como veremos mais adiante). Ele atinge uma área total de 1,3 milhão de km², cerca de 15% do território, e envolve localidades já desertificadas e áreas com elevado risco e suscetibilidade.

Além de fenômenos naturais, a ação humana é decisiva para provocar ou acelerar a desertificação. Entre as ações danosas, destacam-se as queimadas e os desmata-mentos, bem como a prática da monocultura (sem a rotação de culturas nos solos), entre outros fatores.

Na região Nordeste do Brasil, estima-se que cerca de 230 mil km² já estejam deserti-ficados, uma área superior à do estado do Ceará, para se ter uma ideia. Essas áreas encontram-se, portanto, fortemente degradadas e inférteis, tornando o plantio impos-sível. Dentre os estados nordestinos que mais sofrem com a desertificação, destaca-se o Piauí, que já possui 71% do seu espaço agrário tomado pela infertilidade de seus solos.

Na região Sul, esse processo também é grave, porém, como ocorre em uma região de clima úmido, com precipitações anuais em torno de 1400mm, dá-se o nome

de Arenização. Isso porque, sobretudo na região da campanha gaúcha, localizada no Rio Grande do Sul, os solos são extremamente arenosos, naturalmente pobres em nutrientes e com partículas com baixa coesão. Apesar dessas características desfa-voráveis, esses solos foram muito utilizados por uma agricultura intensiva durante praticamente todo o século XX, o que contribuiu para ampliar as áreas improdutivas.

É importante destacar que, em geral, as populações que mais sofrem – tanto direta quanto indiretamente – as consequências disso são as mais pobres, uma vez que não irão dispor de renda ou alimentos a baixo preço para satisfazer suas necessida-des alimentares. Então, podemos avaliar que uma das consequências da desertifica-ção dos solos é a redução das práticas agrícolas e da produção de alimentos.

Além dos danos sociais e econômicos, a desertificação e a arenização também se constituem como um agravante para inúmeros problemas ambientais, como a destrui-ção das camadas de vegetações superficiais, além da morte de animais, da diminui-ção na oferta de recursos hídricos e na perda dos solos.

No caso das populações que habitam a região Sul do Brasil, praticamente todas tive-ram de se mudar para outras regiões do país em busca de melhores solos ou de con-dições de vida favoráveis nos grandes centros urbanos. Os produtores mais ricos se deslocaram, em maior parte, para a região do Centro-oeste brasileiro, contribuindo para a expansão da fronteira agrícola ao longo da segunda metade do século XX.

Já as populações nordestinas que, além do empobrecimento dos solos, sofrem com as rigorosas secas, também migraram em massa, só que para a região Sudeste, prin-cipalmente as zonas densamente urbanizadas, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Da redação

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Dia 08 - Dia Mundial dos Oceanos O dia Mundial dos Oceanos, foi criado pela Organização das Nações

Unidas (ONU) em resolução de 5 de dezembro de 2008. Contudo, muitos países já comemoravam a data após a conferência Rio 92.

Foto: The Grosby Group

Os oceanos são responsáveis pela maior parte do oxigênio na atmosfera. Além dis-so, têm papel fundamental na biodiversidade, clima, alimentação, economia e até mesmo na arqueologia, entre outras áreas, A resolução da ONU lembra que a importância dos oceanos vai da biodiversidade à arqueologia (principalmente pelo estudo de navios naufragados), passando pelo a-quecimento global, erradicação da pobreza e segurança alimentar. O primeiro governo a propor uma data para destacar a preservação dos mares foi o canadense, em 1992, na conferência realizada no Rio de Janeiro. Em 1998, a Comis-são Intergovernamental Oceanográfica da UNESCO apoiou a criação de uma data internacional. Desde 2003, o Dia Mundial dos Oceanos começou a ser organizado pela Rede Mundial dos Oceanos, mas somente cinco anos mais tarde foi reconheci-do pela ONU. Todo ano, cerca de 200 entidades dos cinco continentes organizam atividades, jogos, oficinas, conferências e outras atividades para chamar a atenção sobre como afeta-mos os oceanos.

Fonte: Portal Terra

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 9

País Educador - Professores

PELA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA COMPETÊNTE QUE ENSINA E APRENDE

Historicamente, nosso sistema de ensino tem sido “conteudista”, ou seja, sempre primou pela transmissão de conhecimentos e privilegiou quem tivesse maior poder de memorização de conteúdo. Os exames aplicados e os resultados finais, sempre foram em detrimento do esforço de “decorar o conteúdo” (cf. LUCKESI, 2011) no me-lhor estilo da “Educação Bancária” (cf. FREI-RE,2011).

Muito bem, uma criança ou adolescente que se “dá bem” na escola é aquela que consegue responder a questionários referente à uma deter-minada disciplina, ou que consegue usar uma de-terminada fórmula matemática ou ainda sabe fazer uma reação química ordenando corretamente seus coeficientes. Mas, nosso questionamento é: - Nu-ma situação diferente, inédita, como esse jovem iria se sair? Diante de uma situação-problema em que fosse preciso articular diferentes conhecimen-tos de diferentes disciplinas, ele saberia ordenar seus conhecimentos na condução da resolução daproposta até então desconhecida? Difícil dizer, mas algunsdiriam: - é preciso ter competência. E-xatamente! competência é a palavra chave que pode mudar todo o contexto da situação. Não nos parece viável a diminuição dos conteúdos discipli-nares ou supressão de determinadas matérias, na tentativa de, com isso, o aluno dedicar-se mais aos estudos. A proposta de reorganização do Ensino Médio e a cogitação de juntar diferentes disciplinas com o intuito de criar “um currículo mais atrativo para o ensino médio”, não nos parece viável. Os conteúdos são necessários e o seu aprofundamen-to tem que ser em função da competência adquiri-da durante as aulas.

Partindo de uma definição de competência que é a capacidade de manipular os conhecimen-tos adquiridos, de movimentá-los de maneira orde-nada a fim de obter o sucesso na resolução de u-ma situação problema (cf. PERRENOUD, 1999), podemos então promover uma análise daquilo que estamos fazendo dentro da sala de aula. Uma au-tocrítica sobre nossa maneira de ensinarmos é ne-cessária, pois somente fazendo esse exercício mental e, aqui vai uma dica, deixarmos o orgulho de lado, para podermos realmente ver o que so-mos no momento, talvez mero transmissor de co-nhecimentos, é que poderemos de alguma manei-ra, mudarmos nosso comportamento e atingirmos o aluno de maneira mais eficaz.

Será que provemos o aluno de ferramentas para que ele desenvolva a competência? Aliás, como desenvolver a competência em determina-das disciplinas, considerando a formação tradicio-nal do professor especialista de Ensino Funda-mental II e Ensino Médio? Saber transitar entre diversos conteúdos na busca de uma solução não é algo simples. Articular conteúdos específicos de uma área de conhecimento (Geografia, História, Química, Matemática, por exemplo) com os sabe-res da Pedagogia, não é tarefa fácil. Desenvolver as competências profissionais de um professor, não é tarefa fácil.

Um médico, por exemplo, precisa buscar nos conhecimentos adquiridos durante seu curso de medicina, ou de especialização ou até mesmo em outras publicações ou outros espaços de a-prendizagem, para fazer um diagnóstico adequa-do. Quantas vezes esse mesmo médico não tem que olhar em seus livros na busca de compreender o que está acontecendo com seus pacientes. Com o passar do tempo de tanto utilizar essas ferra-mentas ele se torna um médico competente, ou seja, adquiriu competência naquilo que ele faz. Então competência não é algo que se compra num “fastfood”, não se encontra na prateleira e nem sequer está pronta para uso. Competência se de-senvolve! É um laboratório de sucessivas tentati-vas, erros e acertos. Mas, como? Praticando, e-xercitando o cérebro. Daí a importância de se fazer exercícios, de usar ferramentas adquiridas através do conhecimento transmitido pelo professor. Isso ocorre não só em exatas, mas nas disciplinas ditas humanas.

Temos que entender que não mais pode-mos nos isolar em nosso casulo profissional, onde quem ensina matemática não se preocupa com a linguagem, quem ensina química acha que o aluno sabe matemática, e assim por diante. O ensino de maneira integral, ou seja, onde todas as disciplinas formam um todo coerente irá facilitar o trânsito en-tre elas que citamos anteriormente e promover o desenvolvimento da competência no alunato.

Dessa maneira, cabe ao professor o papel, não mais de mero transmissor de conhecimentos, mas de tutor, de guia, sem imposição, apontando o caminho a seguir, mas primando pela liberdade intelectual do seu aluno, pois na verdade existem muitos caminhos. Cabe ao professor fazer com que o aluno se sinta capaz e perder o medo de errar, pois somente errando é que se aprende. Evi-dentemente o professor tem que estar apto a en-tender que, na solução de um problema poderá haver mais do que um caminho, e que um raciocí-nio desenvolvido pelo aluno poderá estar certo. Veja bem, não precisa ser exatamente o mesmo raciocínio desenvolvido pelo professor, claro que o raciocínio deverá ser coerente e estar consoante com os conhecimentos normalmente aceitos. Competência se desenvolve com o tempo, através do uso inteligente e insistente dos conhecimentos adquiridos.

É preciso dizer que não basta o professor transmitir os conhecimentos, é necessário o aluno dedicar-se, não basta ser aluno é necessário ser estudante (aquele que estuda). A aula precisa ser dialógica. É preciso fazer o movimento de mão du-pla. A prática, nesse contexto, leva à perfeição, ou seja, adquire-se competência.

A escola conteudista ou transmissora, em que o aluno é um depósito de conteúdos, não pre-para o aluno para enfrentamentos inéditos, pois se preocupa somente com a memorização dos sabe-res, já o ensino através do desenvolvimento de competências visa sanar essa deficiência dando aplicabilidade prática ao conhecimento adquirido.

O desenvolvimento de competências vem inicialmente do mundo do trabalho, onde pessoas se tornavam competentes pela prática incessante de uma determinada ação determinada por um

conhecimento anteriormente adquirido. E na esco-la? Como definir competência? No âmbito escolar, como dissemos anteriormente é não só a apropria-ção dos saberes, mas como usar, como inter-relacionar conhecimentos, comportamentos atitudi-nais, procedimentais e conceituais na solução de problemas do dia a dia (cf. ZABALLA, 1998).

Como podemos perceber, não é possível dissociar a competência do conhecimento. Portan-to é necessário a aquisição dos saberes e a utiliza-ção inter-relacionada desses saberes

Nesse mesmo caminho temos a habilidade que caminha junto. A habilidade em usar as ferra-mentas adquiridas durante as aulas é algo como o tirocínio(Preparação prática feita sob a vigilância de um professor).Ela é adquirida junto ao profes-sor, no decorrer do curso e durante os exercícios. Mas isso é assunto para o artigo do mês que vem. Vamos continuar essa discussão.

Referências bibliográficas.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia : Saberes neces-sários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

LUCKESI, C. P. Avaliação da aprendizagem : Compo-nente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.

PERRENOUD, P.Ensinando competências desde a escola . Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

ZABALA, A. A prática educativa : como ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

Omar de Camargo Técnico Químico Professor em Química. [email protected]

Ivan Claudio Guedes Geógrafo e Pedagogo. [email protected]

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 10

Política McCartney, Roosevelt, e a corrupção

no Brasil

Paul McCartney e a dualidade

Ébano e marfim. Bom e mau. Você diz sim, eu digo não. Você diz adeus, eu digo oi. Você diz alto, eu digo baixo.

E tantas outras joias sob a forma de músicas e letras que o Sr. MacCartney criou como seu legado para o mundo. Nestas palavras que exprimem dualidade e opo-sição ele se refere à convivência entre os seres huma-nos, que é teoricamente possível, mesmo que haja dife-renças profundas de características, estilos e gostos. Ele na verdade se refere também a todas as nuances que o ébano e o marfim podem ter,todos os matizes entre o sim e o não, toda gradação entre cada palavra e seu antônimo. Uma percepção errônea dos problemas da vida é que existe apenas duas soluções. Mas essa dualidade é aparente e falsa. Isso mesmo, as alternativas não formam um sistema binário, só uma ou só outra. Não são viáveis apenas dois extremos. Aliás, muitas vezes eles são as opções mais ineficazes que podem ser adotadas. Solução para menores criminosos? Nunca a solução poderá advir de (a) manter a maioridade penal nos 18 anos e nada fazer para diminuir a criminalidade ou (b)diminuir a maioridade penal, mas nada fazer para dimi-nuir a criminalidade. Nessa linha, daqui uns 200 anos nós teremos bebês de poucos meses condenados à cadeira elétrica. Independentemente da idade estabele-cida para maioridade penal, se nenhuma outra medida for adotada, a cada dia aumentará a quantidade de már-tires adultos (ou não) vítimas de desequilíbrio psicológi-co e maldade de assassinos menores (e maiores). O caminho para a solução só pode ser uma terceira via, composta de várias vertentes agindo em paralelo, asso-ciadas a um único fator desencadeador: a vontade de resolver o problema. Voto distrital ou voto proporcional?Em qualquer um a corrupção acha caminhos para operar. É fundamental que haja uma terceira via que minimize a possibilidade de corrupção, qualquer que seja o sistema eleitoral. É preciso que haja a vontade de resolver o problema. Solução para o atual abismo político? Nem o presidenci-alismo nem o parlamentarismo. Ambas são alternativas enganosas para desviar a atenção do fato de que a raiz do problema não é sequer tangenciada: a perseguição implacável e permanente a todos os corruptos, que é efetiva mesmo que o sistema político e de poder seja a monarquia. O caminho para a solução é a terceira via da honestidade, com várias medidas associadas sendo tomadas em paralelo para alcançá-la, e que sejam de-sencadeadas pela vontade de resolver o problema. Ajuste fiscal?De novo o povo brasileiro está sob o chico-te da derrama.O aumento de arrecadação por meio da ortodoxia de maiores juros e mais impostos somente vai agravar o problema (dos trabalhadores) e eternizar o bem estar de quem é privilegiado (os ricos, os bancos e o governo). O caminho para a solução é uma terceira via, de natureza predominantemente social, que depen-de da vontade de resolver o problema.

Franklin Roosevelt e o New Deal Franklin Delano Roosevelt foi presidente dos EUA entre 1933 e 1945. Quando assumiu, sua nação e o mundo enfrentavam a Grande Depressão. Uma crise sem pre-cedentes, em alguns pontos similar àquela para a qual que o Brasil se dirige. Se ele tivesse praticado uma economia de curso primá-rio, como a que estão praticando aqui neste momento, teria aumentado os juros de forma suficiente para que qualquer agiota tivesse sido glorificado e santificado. Os gastos dos EUA não eram causados por corrupção e nem por desenfreadas despesas eleitoreiras. Eram ori-undos de crise no sistema capitalista, em contexto nun-ca antes vivido pela humanidade, que descobria falhas no seu sistema social e econômico, enquanto o comu-nismo aperfeiçoava métodos de execução em massa para “defender” o regime stalinista. Sabem qual foi a terceira via que Roosevelt usou para sair do círculo vicioso da recessão e desemprego? Im-plementou uma série de programas governamentais que foi batizado de New Deal (novo acordo, em tradução livre). Um novo pacto social. E não a quebra do pacto social que aqui o governo unilateralmente nos impõe. Importante: o New Deal não foi apenas um jogo de ce-na, uma farsa lastreada em palavras de efeito ou em estatísticas maquiadas. Ele foi baseado intensamente no que ficou conhecido como “os três Rs”: Relief (alívio, socorro, assistência) para os trabalhadores, Recovery (recuperação) da economia para patamares adequados, e Reform (reforma) do sistema financeiro. Vejam as preocupações: em primeiro lugar o povo, e só depois os elementos do capitalismo que sustentam seu bem estar: a economia e o sistema financeiro. O plano foi calcado em ações que fizessem uso intensivo de mão de obra, e não simplesmente em cortar números. Não foi cogitado o uso de nomeações (e o respectivo ônus para a população) para comprar apoio a medidas do executivo, como ainda agora se faz em nosso país, com insensível descaramento. A heterodoxia chegou ao ponto de o governo americano desenvolver programas de construção de obras públicas e serviços de menor (ou até de nenhuma) importância, mas fundamentais para que a atividade econômica prosperasse e grandes contingentes de trabalhadores tivessem ocupação, pro-porcionando a suas famílias vida minimamente digna, e fazendo com que as taxas de desemprego fossem ate-nuadas. O PAC gringo foi incentivado, e o daqui está sendo minguado. Já sabemos o que resultou da política do New Deal. Daqui a 50 anos (ou talvez daqui a somente um ano...), será conhecido o resultado da nossa atual política eco-nômica e suas consequências na história de nosso país. A corrupção no Brasil Nossos “representantes” dizem que se preocupam com a recuperação e a reforma, e desconversam (ou men-tem, ou não se preocupam) a respeito de alívio para o povo. Esforçam-se para nos forçara enxergar o mundo como se binário fosse: os ricos e os pobres, os maus e os bons, meu partido ou seu partido, a esquerda ou a direita. Tudo jogo de cena. Visão absolutamente distorcida, tendenciosa, que serve apenas para desviar a atenção do povo relativamente à

verdade maior: não existe vontade de resolver o proble-ma.Enquanto um trabalhador permanece desempregado e desesperado, há numa confortável prisão quem fature milhões comercializando influência. Enquanto os mem-bros do legislativo são beneficiados por generoso au-mento do fundo partidário e são gastos centenas de mi-lhões de reais para construir puxadinhos na Assembleia, o povo morre e sofre por falta de assistência na portaria de hospitais, sente-se na contingência de roubar 2 qui-los de carne para alimentar a família, vive com rendi-mentos que não lhe permitem nem vida nem morte dig-nas, morre esfaqueado e baleado por falta de seguran-ça, é condenado a não ter oportunidades para o resto da vida por falta de educação. Os professores ganham dez vezes menos do que políticos que têm a desfaçatez de dizer que com R$ 15.000,00 não é possível sobrevi-ver. O brasileiro tem falta crônica de hospitais, escolas, cre-ches, serviços sociais. O cubano tem financiamento do BNDES a fundo perdido para a construção de um porto que serve apenas Cuba e os EUA. Aqui o legislativo tem a bolsa paletó. Mas o povo tem que andar de cabeça baixa devido à vergonha de estar com roupas puídas. Os rendimentos dos desemprega-dos e dos aposentados diminuem enquanto os rendi-mentos dos servidores do judiciário (ativos ou não)aumentam em mais de 70%. A política econômica pensa apenas em benefícios para os privilegiados, trata as pessoas do povo como se nú-meros (irracionais) fossem, é cega para qualquer neces-sidade humana e social. Melhor colocar um computador em cada ministério: máquinas não têm preocupação social, mas também não são responsáveis por mensa-lões e petrolões. Na verdade, os antigos personagens de Chico Anysio, Jô Soares e outros comediantes, representando políti-cos corruptos, há décadas “cantam a caçapa” do que os insanos que nos dirigem fazem em seu dia a dia: abso-lutamente nada que demonstre vontade de resolver qualquer problema. Sua diversão e metiê consistem so-mente em sofismar com o povo, com o objetivo de pre-varicar. Roosevelt quis resolver o problema da economia dos EUA e fez isso. Foi um estadista. Ele foi refém das ne-cessidades do seu povo. Aqui ninguém se subordina ao povo. Os que formam as classes dominantes são reféns entre si: empreiteiras e governo, partido A e partido B, facção de um partido e outra facção do mesmo partido. Aqui há dominantes e dominados, não há representan-tes e representados. Corte no orçamento não resolve, só faz parte do jogo de cena, só tapa o sol com a peneira. Nossos “representantes” tentam soluções milagrosas, para beneficiar a si mesmos: composição com ninguém, como fez Collor. Composição com todos, composição com o mal. Eles não querem resolver o problema, per-dem chances únicas de serem estadistas, e fazem o possível para conservar seu mundinho de mediocridade e perversidade social. Alberto Romano Schiesari Escritor/Prof. Universitário/ Consultor em Tec. da Inf.

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 11

Dia 03 - Ecologia e meio Ambiente

Comemora-se em 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia.

Definição Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estu-da os seres vivos e suas interações com o meio ambi-ente onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” significa estudo. A Ecologia também se en-carrega de estudar a abun-dância e distribuição dos

seres vivos no planeta Terra.

Importância Esta ciência é de extrema importância, pois os resulta-dos de seus estudos fornecem dados que revelam se os animais e os ecossistemas estão em perfeita harmonia. Numa época em que o desmatamento e a extinção de várias espécies estão em andamento, o trabalho dos ecologistas é de extrema importância. Através das informações geradas pelos estudos da E-cologia, o homem pode planejar ações que evitem a destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor para a humanidade.

Principais ramos

Por se tratar de uma ciência ampla, a Ecologia apre-senta vários ramos de estudo e pesquisa. Os principais são: Autoecologia, Sinecologia (Ecologia Comunitária), Demoecologia (Dinâmica das Populações), Macroecolo-gia, Ecofisiologia (Ecologia Ambiental) e Agroecologia.

O que é chuva ácida É um tipo de precipitação pluviométrica com presen-ça de gases poluentes (derivados da queima de combustíveis fósseis) misturados com água, forman-do compostos ácidos (ácido sulfúrico e nítrico, por exemplo).

Formação e efeitos Ela é formada por diversos ácidos como, por exem-plo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fós-seis. Quando chegam à terra no formato de chuva ou neve, estes ácidos danificam o solo, as plantas, as construções históricas, os animais marinhos e terrestres etc. A chuva ácida pode até mesmo cau-sar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar algumas espécies de animais e vegetais. Causando a poluição de rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde das pesso-as, provocando doenças do sistema respiratório. Este fenômeno tem crescido significativamente nos países em processo de industrialização como, por exemplo, Brasil, Rússia China, México e Índia. A se-tor industrial destes países tem crescido muito, po-rém de forma descontrolada, afetando negativamen-te o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão (litoral de São Paulo) a chuva ácida causou muitos danos ao meio ambiente e aos moradores. Os ácidos poluentes lançados no ar pe-las empresas, estavam causando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros problemas físicos. A chuva ácida também causou desmatamentos significativos na Mata Atlân-tica na região da Serra do Mar. Estudos feitos pela WWF (Fundo Mundial para a Na-tureza) indicaram que nos países ricos o problema

também ocorre. No continente europeu, por exem-plo, estima-se que 40% dos ecossistemas estão sendo danificados pela chuva ácida e outros tipos de poluição.

Efeito Estufa Como acontece o efeito estufa, impacto no meio ambi-ente, poluição atmosférica, gases, combustíveis fósseis, aquecimento global do planeta, Protocolo de Quioto

Efeito Estufa: efeitos nocivos no clima mundial

O que é O fenômeno climático conhecido por efeito estufa tem contribuído com o aumento da temperatura no globo terrestre, nas últimas décadas. Dados de pesquisas re-centes mostram que o século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos.

Causas e consequências Pesquisadores do clima mundial afirmam que, num futuro bem pró- ximo, o aumento da tempe-ratura, provocado pelo efeito estufa, poderá favorecer o derretimento do gelo das calotas polares e o aumento do nível das águas dos oceanos. Como conse-qüência deste processo, muitas cidades localizadas no litoral poderão ser alagadas e desaparecer do mapa. O efeito estufa é ocasionado pela derrubada de florestas e pela queimada das mesmas, pois são elas que regulam a temperatura, os ventos e o nível de chuvas em várias regiões do planeta. Como as matas estão diminuindo no mundo, a temperatura terrestre tem aumentado na mes-ma proporção. Outro fator que está ocasionando o efeito estufa é o lançamento de gases poluentes na atmosfera, principal-mente aqueles que resultam da queima de combustíveis fósseis. A queima do óleo diesel e da gasolina pelos veículos nas grandes cidades tem contribuído para o efeito estufa. O dióxido de carbono e o monóxido de carbono ficam concentrados em determinadas áreas da atmosfera, formando uma camada que bloqueia a dissi-pação do calor. Esta camada de poluentes, tão visível nos grandes centros urbanos, funciona como um “isolante térmico” do planeta Terra. O calor fica retido nas camadas mais baixas da atmosfera trazendo graves problemas climáticos e ecológicos ao planeta.

Aquecimento Global O que é Causas e consequências do aquecimento global As causas apontadas pelos cientistas para justificar este fenômeno podem ser naturais ou provocadas pelo homem. Contudo, cada vez mais as pesquisas nesta área apontam o homem como o principal res-ponsável. Fatores como a grande concentração de agentes poluente na atmosfera contribui para um aumento bastante significativo do efeito estufa. No efeito estufa a radiação solar é normalmente de-volvida pela Terra ao espaço em forma de radiação de calor, contudo, parte dela é absorvida pela at-mosfera, e esta, envia quase o dobro da energia reti-da à superfície terrestre. Este efeito é o responsável pelas formas de vida de nosso planeta. Entretanto, os agentes poluentes presentes na atmosfera o in-tensificam ocasionando um aumento de temperatura bem acima do “normal”. O fator que evidenciou este aquecimento foi à inves-tigação das medidas de temperatura em todo o pla-neta desde 1860. Alguns estudos mostram ser pos-sível que a variação em irradiação solar tenha contri-buído significativamente para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000. Dados recebidos de satélite indicam uma diminuição de 10% em áreas cobertas por neve desde os anos

60. A região da cobertura de gelo no hemisfério nor-te na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950.

Estudos recentes

Estudos recentes mostraram que a maior intensida-de das tempestades ocorridas estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da fai-xa tropical do Atlântico. Esses fatores foram respon-sáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furações registrada nos Estados Unidos, México e países do Caribe. Fundamental para a vida em nosso planeta, a água tem se tornado uma preocupação em todas as par-tes do mundo. O uso irracional e a poluição de rios, oceanos, mares e lagos, podem ocasionar, em bre-ve, a falta de água doce, caso não ocorra uma mu-dança drástica na maneira com que o ser humano usa e trata este bem natural.

Causas e consequências da poluição da água

Os principais fatores de deteriorização dos rios, ma-res, lagos e oceanos são: poluição e contaminação por produtos químicos e esgotos. O homem tem causado, desde a Revolução Industrial (segunda metade do sécu-lo XVIII), todo este prejuízo à natureza, através dos li-xos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Em função destes problemas, os governos com cosnci-ência ecológica, tem motivado a exploração racional de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâ-neas). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utiliza-do.Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro (região sul). Pesquisas realizadas pela Comissão Mundial de Água e de outros órgão ambientais internacionais afirmam que cerca de três bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Cerca de um milhão não tem acesso à água potável. Em razão desses graves problemas, espalham-se diversas epidemias de doenças como diarréia, lep-tospirose, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de pessoas por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os hospitais e postos de saúde destes países.

Poluição do Solo Introdução A poluição do solo ocorre pela contaminação deste através de substâncias capazes de provocar altera-ções significativas em sua estrutura natural. Causas e consequências Substâncias como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação do homem, provocam sérios efeitos no meio ambiente. Poluentes depositados no solo sem nenhum tipo de controle causam a contaminação dos lençóis freáti-cos (ocasionando também a poluição das águas), produzem gases tóxicos, além de provocar sérias alterações ambientais como, por exemplo, a chuva ácida. O lixo depositado em aterros é responsável pela li-beração uma substância poluente que mesmo estan-do sob o solo, em buracos “preparados” pra este fim, vaza promovendo a contaminação do solo. Um outro problema grave que ocorre nestes aterros é a mistura do lixo tóxico com o lixo comum. Isto o-corre pelo fato de não haver um processo de separa-ção destes materiais. Como conseqüência disso, o solo passa a receber produtos perigosos e com grande potencial de contaminação misturados com o lixo comum.

Da redação

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 12

Festas Juninas

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana , um veículo de divul-gação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, orga-nização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, his-tória, meio ambiente e sustentabilidade, respon-sabilidade social e ambiental, além da transmis-são de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conheci-mento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas res-ponsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudi-quem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato. [email protected]

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Como surgiram as festas juninas? As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é ante-rior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs acon-teciam durante o solstício de verão.

Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemis-fério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egíp-cios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas.

"Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, de-cidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês", diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem u-

ma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organiza-ção da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concen-tram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

Tradições européias e indígenas se misturam nessas divertidas comemorações

Dança à francesa

A quadrilha tem origem francesa, nas contradanças de salão do sécu-lo 17. Em pares, os dançarinos faziam uma seqüência coreografada de movimentos alegres. O estilo chegou ao Brasil no século 19, trazi-do pelos nobres portugueses, e foi sendo adaptado até fazer sucesso nas festas juninas

Recado pela fogueira

A fogueira já estava presente nas celebrações juninas feitas por pa-gãos e indígenas, mas também ganhou uma explicação cristã: Santa Isabel (mãe de São João Batista) disse à Virgem Maria (mãe de Je-sus) que quando São João nascesse acenderia uma fogueira para avisá-la. Maria viu as chamas de longe e foi visitar a criança recém-nascida

Sons regionais

As músicas juninas variam de uma região para outra. No Nordeste, as composições do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga são as mais famosas. Já no Sudeste, compositores como João de Barro e Adal-berto Ribeiro ("Capelinha de Melão") e Lamartine Babo ("Isto é lá com Santo Antônio") fazem sucesso em volta da fogueira

Abençoadas simpatias

Os três santos homenageados em junho - Santo Antônio, São João Batista e São Pedro - inspiram não só novenas e rezas, como tam-bém várias simpatias. Acredita-se, por exemplo, que os balões levam pedidos para São João. Mas Santo Antônio é o mais requisitado, por seu "poder" de casar moças solteiras

Comilança nativa

A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam, como milho, amendoim, batata-doce e man-dioca. A colonização portuguesa adicionou novos ingredientes e hoje o cardápio ideal tem milho verde, bolo de fubá, pé-de-moleque, quen-tão, pipoca e outras gostosuras

Autora : Cíntia Cristina da Silva :

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 13

Dia 26 - Dia do Professor de Geografia

Conceito de Geografia O que é Geografia, conceito, áreas da Geo-grafia, temas abordados em cada área. Conceito Geografia é uma ciência que estuda as carac-

terísticas da superfície do planeta Terra, os fenômenos climáticos e a ação do ser huma-no no meio ambiente e vice-versa. Importância do estudo A Geografia é uma ciência muito importante, pois permite ao homem compreender melhor o planeta em que vive. Para isso, esta ciência dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos. A estatística, por exemplo, é muito usada na área da pesquisa populacio-nal. Os satélites são fundamentais na elabora-ção de mapas, além de fornecerem dados im-portantes para a verificação de mudança na vegetação do planeta. No Brasil, o estudo da Geografia é obrigatório para os alunos do Ensino Fundamental e Mé-dio e deve ser oferecido pelas escolas. Principais áreas da Geografia e exemplos de temas estudados por cada área: - Geografia Física: relevo, rios, vegetação. - Geografia Humana: população (crescimento demográfico, alfabetização, migração, etc).

- Geografia Política: relações políticas, confli-tos entre nações. - Cartografia: elaboração e interpretação de mapas. - Geografia Turística: desenvolvimento do tu-rismo mundial e regional. - Geografia Urbana: desenvolvimento das ci-dades, planejamento urbano. - Geografia Social: problemas sociais (violência, desemprego, falta de habitação). - Geografia Agrária: questões ligadas ao cam-po (meio rural). - Geomorfologia: formas da superfície terres-tre. - Climatologia: climas, temperatura e fenôme-nos climáticos (seca, furacões, tempestades). - Hidrografia: estudo dos recursos hídricos ( m a r e s , r i o s , l a g o s , o c e a n o s ) . Curiosidades: - O profissional que atua em Geografia é co-nhecido como Geógrafo.

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Inverno (do latim: hibernu, tempus hibernus, tempo hibernal) Inicia após o Outono (aproximadamente no dia 21 de Dezembro no Hemisfério Norte e 21 de junho no Hemisfério Sul) e seu sucessor é a Primavera (termina aproximadamente no dia 21 de março no Hemis-fério Norte e 23 de setembro no Hemisfério Sul). A principal característica do inverno é a queda da temperatura, po-dendo variar em algumas regiões bem abaixo de 0 ºC, até mesmo no Brasil. O movimento de translação, juntamente com a inclinação do eixo ter-

restre em 23°27’ em relação ao plano orbital, é responsável pela vari-ação de energia solar que atinge a superfície terrestre em uma deter-minada época do ano. Esse fenômeno é responsável pelas quatro es-tações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Caracterizado como a estação com as temperaturas mais baixas, o inverno se entende de 21 de dezembro a 22 de março, no Hemisfério Norte; e de 21 de junho a 23 de setembro no Hemisfério Sul. O inver-no tem início com o término do outono e antecede a primavera. As noites são mais longas que os dias nas regiões onde é inverno, visto que a incidência de raios solares é menor nessa porção da Ter-ra. Durante essa estação do ano, várias espécies de aves migram pa-ra outros locais com o intuito de fugir do frio. Os países localizados na Zona Temperada do Norte (entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico) e na Zona Temperada do Sul (entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico) apresen-tam as quatro estações bem definidas, com invernos rigorosos, regis-trando baixas temperaturas. O Brasil, por apresentar a maior parte do território na Zona Intertropi-cal (próxima à linha do Equador), não possui as quatro estações bem definidas. O inverno é mais rigoroso nos estados da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Esses locais podem registrar temperaturas negativas, além da ocorrência de neve em de-terminados pontos.

Autor: Wagner de Cerqueira e Francisco

Dia 26 Início do Inverno

Períodos das estações do ano no hemisfério sul: - Outono: de 21 de março a 21 de junho - Inverno: de 21 de junho a 23 de setembro - Primavera: de 23 de setembro a 21 de dezembro - Verão: de 21 de dezembro a 21 de março

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 14

Dia - Dia do Desporto

O desporto é uma atividade física sujeita a determinadas regras e que visa a competição. Embora a capacidade física seja o fator-chave para o resultado final da prática desportiva, existem outros fatores igualmente decisivos, como é o caso da destreza mental ou ainda do equipamento do desportista. Acima do seu lado competitivo, os desportos são uma forma de entretenimento quer para os praticantes, quer para os espectadores. Ainda que, por vezes, sejam confundidos os conceitos de desporto e atividade física, estes não são sinonimos. A atividade física é uma mera prática, ao passo que o desporto implica uma competência sempre com vista num re-sultado. Diversas descobertas arqueológicas demons-tram que, no ano 4000 a.C., já se praticavam desportos na China. No Antigo Egipto, por e-xemplo, realizavam-se competições de nata-ção, pesca, lançamento do dardo, salto em altura e luta. Na Antiga Pérsia (o Irão), tam-bém existiam os desportos, como é o caso de certas artes marciais. À medida que os desportos se foram tornando cada vez mais populares e com o número crescente de adeptos dispostos a fazer tudo por tudo para assistir à prática desportiva dos atletas, juntamente com o desenvolvimento dos meios de comunicação e o incremento do tempo de lazer, os desportos passaram a pro-fissionalizar-se. Desta forma, os desportistas começaram a receber dinheiro por e para se dedicarem aos treinos e às competições. O futebol na Europa e na América Latina, e o futebol americano e o beisebol nos Estados Unidos são exemplos de como os desportos se tornaram autênticas indústrias que movem milhões de dólares por ano.

Afinal, Esporte ou Desporto? O artigo 217 de nossa Constituição Cidadã trata do Desporto. "É dever do Estado fomen-tar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um...", afirma ele de for-ma inconteste... O Ministério é do Esporte - assim mesmo, no singular, pois ele é uma prática social com ori-gem moderna vinculada ao advento da socie-dade industrial -, mas já tivemos há bem pou-

co tempo atrás, no Governo Itamar, o Ministé-rio de Educação e Desporto e antes dele, no Brasil Novo de Collor, uma Secretária Especi-al do Desporto, que por sua vez veio no lugar da SEED, Secretaria de Educação Física e Desporto que, por dentro do Ministério da E-ducação e Cultura no final da década de 70 e toda de 80 do século passado, ditou os cami-nhos da política da área...

... A justiça (!) é Desportiva e ser esportivo é sinônimo de não levar as coisas a ferro e fo-go e sim com fair play, para cuja expressão Galvão Bueno, por ocasião da mais recente versão da Copa do Mundo de Futebol, como se tivesse descoberto a pólvora, se valeu do termo desportividade... Tudo isso sem esque-cer os desavisados que com trejeitos científi-cos relacionam o esporte às práticas corpo-rais não competitivas e o desporto àquelas associadas ao alto rendimento, à performan-ce...

Não é a primeira vez que trato deste assunto, e se resolvo fazê-lo agora é por falta de inspi-ração para voos maiores neste momento em que somos desmotivados a continuar acredi-tando na raça humana, dada a imbecilidade que imperou na campanha eleitoral, onde os candidatos teimaram em nos tratar como to-los... Sim, eu sei... O problema é da nossa de-mocracia... Mas não de seu excesso e sim de sua ainda escassez, incipiência, fragilidade e imaturidade motivadas pelo pouco tempo que temos de aprendizado democrático, reiniciado depois de uma eternidade mergulhados nas trevas da ditadura militar... Sim, eu sei, perse-verar é preciso...

De uma das vezes, me lembro, já se vão 10 anos, quando estávamos às voltas com as festividades patrocinadas pelo governo brasi-leiro alusivas aos 500 anos de descobrimento (sic) do Brasil pelos portugueses. Não por a-caso, pois então suspeitava que a expressão desporto presente em nosso vocábulo tinha muito mais a ver com os portugueses do que com os ingleses ou nossos irmãos latinoame-ricanos ciosos no uso da expressão Deporte... Suspeitas essas que se demonstraram relati-vamente corretas, como veremos adiante...

Bem... Como comecei apontando neste artigo, a Constituição Federal Brasileira de 05/10/88 trata em seu Capítulo III, Seção III, do Des-porto. Então, a expressão Esporte é errada? Possui outro significado? João Lyra Filho (mentor intelectual do Decreto-lei no 3.199/41, primeiro documento legal voltado para a nor-matização do esporte nacional), logo após o prefácio do Professor Gilberto de Macedo à 3a edição (1974) de seu livro Introdução à So-ciologia do Desporto e antes do Preâmbulo, nos apresenta as seguintes considerações sobre o assunto:

"Desporto, Sport ou Esporte? Pedi uma res-posta ao saudoso mestre Antenor Nascentes, que se manifestou assim: - 'Nem desporto nem sport, esporte. Desporto é um arcaísmo que Coelho Neto procurou reviver quando se criou a respectiva Confederação. Coelho Neto era muito amante de neologismos. Haja vista

o paredro. A palavra inglesa há muito tempo está aportuguesada e bem aportuguesada; é usada por toda a gente. Devemos usar a lin-guagem de todos, para não nos singularizar-mos. Não está de acordo?'

E continua João Lyra Filho: Respondi-lhe, com a vênia devida, que permaneço na dúvi-da. Não desconheço a influência do gosto po-pular e estimo deveras as dominantes da lite-ratura oral. Mas indo às origens do nosso ver-náculo, identifico o uso da palavra desporto nas letras e na boca de Portugal. Não só os quinhentistas, inclusive Sá de Miranda, em-pregavam desporto. Não tem havido outra op-ção no escrever e no falar dos portugueses. A palavra desport já era de uso no francês anti-go, significando prazer, descanso, espaireci-mento, recreio; com este sentido, figura em poesias de Chaucer. Os ingleses a tomaram por empréstimo, convertendo-a, depois, no vocábulo sport. Uma nova razão faz-me per-manecer adepto do vocábulo arcaico: ele foi atraído à própria Constituição desta nossa República Federativa. O artigo 8o, sobre a competência da União, dispõe na alínea q do item XVII: 'legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional; normas gerais sobre des-portos'. Não desejo ser denunciado como in-frator da nossa Carta Magna... Mas a denún-cia pode prosperar, com mudança de acusa-do, pois não são raras, na legislação do país, as vezes em que os autores dos respectivos textos oficializam o vocábulo esporte."

Se já naquela época não eram poucas as o-casiões em que se optava pelo uso da ex-pressão esporte no lugar da desporto, hoje em dia a opção por esporte é ainda mais evi-dente...Até nos arriscamos a criar neologis-mos! No meio acadêmico da área Educação Física é comum presenciarmos o uso de um: Esportivização, utilizado nas vezes - cada vez mais comum - em que assistimos o processo de submeter as práticas corporais aos ritos do esporte...

O professor Gaudêncio Frigotto, no seu escri-to "A Formação e a profissionalização do edu-cador: novos desafios" se reporta a Conceitos como sendo as "representações no plano do pensamento, do movimento da realidade". Co-mo tal, afirma não serem eles "alheios às rela-ções de poder e às relações de classe pre-sentes na sociedade. Pelo contrário, são me-diações de sua explicitação ou de seu masca-ramento".

Pois me valendo da compreensão de Conceito atribuída por Frigotto, defendo o uso da nossa - brasileira - expressão Esporte, que não nega sua origem portuguesa nem tampouco nossa aproximação com o britânico Sport, mas expressa a vontade política de buscar suas próprias palavras para apontar o desejo de configuração de sua identidade... Pois não é o Futebol - e não osoccer ou foot-ball - que sinaliza ao mundo a identidade cul-tural esportiva do brasileiro?

Autor: Lino Castellani Filho

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Junho 2015 Gazeta Valeparaibana Página 15

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Os donos do mundo

A maior fraude da história Primeira parte POR: Nehemias Gueiros Jr

"Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis." Mayer Amschel (Bauer) Rothschild Todo aquele que controla o volume de dinhei-ro de qualquer país é o senhor absoluto de toda a indústria e comércio, e quando perce-bemos que a totalidade do sistema é facil-mente controlada, de uma forma ou de outra, por um punhado de gente poderosa no topo, não precisaremos que nos expliquem como se originam os períodos de inflação e depres-são." James Garfield presidente americano, 1881 Poucas semanas após proferir estas palavras (da segunda c i t ação ) , d i r i g ida s aos moneychangers, o presidente Garfield foi assassinado. E não foi o único presidente nor-te-americano morto por eles, como veremos adiante. Para podermos entender melhor quem são os moneychangers (ou argentá-rios), é necessário retornar no tempo até cer-ca de 200 A.C., quando pela primeira vez**tem-se registro da "usura". Entre as vá-rias definições do Aurélio para usura encon-tramos juro exorbitante, exagerado, lucro exa-gerado, mesquinharia.

Dois imperadores romanos foram assassina-dos por terem pretendido implantar leis de re-forma limitando a propriedade privada de ter-ras ao máximo de 500 acres e liberando a cu-nhagem de moedas, que era feita pelos espe-culadores. Em 48 A.C., Júlio César recuperou o poder de emitir moeda, tornando-o disponí-vel para qualquer um que possuísse ouro ou prata. Também acabou assassinado. Em se-guida, as pessoas comuns perderam suas ca-sas e seus bens, da mesma forma como te-mos assistido acontecer na crise americana das hipotecas.

Na época de Jesus, há dois mil anos, o Sanhedrin (a Suprema Corte da antiga Isra-el) controlava o povo através da cobrança de taxas representadas pelo pagamento de mei-o shekel. Vários historiadores estimam que os cofres dessa corte continham vários milhões de dólares em dinheiro de hoje. O povo judeu, totalmente oprimido e controlado peloSanhe-drin, vivia escravizado pelos dogmas da religi-ão imposta por esses líderes. Como todos sa-bemos, Jesus foi o primeiro a ousar desafiar esse poder e expor a conduta sacrílega de Israel e também acabou morto na cruz.

N o s s é c u l o s s e g u i n t e s , os moneychangers continuaram a expandir a arte da usura em todos os segmentos da vida, criando expansões e contrações financeiras, de geração em geração enfrentando monar-

cas e líderes políticos que queriam erradicá-la. Sempre em vão.

A cada bem-sucedida (e rara) tentativa de eli-miná-la, a usura voltava com mais força ain-da, respaldada pela ganância e o poder dos fortes e ricos contra os fracos e pobres. Na Idade Média, o Vaticano proibiu a cobrança de juros sobre os empréstimos, e com base nos ensinamentos e na doutrina eclesiástica de Aristóteles e São Tomás de Aquino, afir-mou que "o propósito do dinheiro é servir à sociedade e facilitar a troca de bens necessá-ria à condução da vida." De nada adiantou, eis que a própria Igreja conspirava com o Es-tado para acumular dinheiro e poder através dos séculos e controlar os oprimidos com os "castigos" e as "bênçãos" do Todo Poderoso. Os argentários usavam os juros para praticar a usura, que hoje é consagrada por lei através da prática bancária. Já naquela época, vários religiosos e teólogos condenavam a escravi-zação econômica resultante da usura mas co-mo podemos observar a situação mudou mui-to pouco nos últimos 500 anos.

Na medida em que a usura foi se instalando em todas as camadas soc ia is , os moneychangers foram ficando cada vez mais ousados em suas manipulações finan-ceiras e foi assim que surgiu o famigerado conceito do fractional reserve lending, ou "empréstimo baseado em reserva fracional" ou "empréstimo sem cobertura ou lastro". Em-bora de enunciado complexo, a prática é mui-to simples. Significa emprestar mais dinheiro do que se tem em caixa e transformou-se na maior fraude de todos os tempos, principal responsável pela vasta pobreza que assola o mundo até hoje e pela redução sistemática do valor do dinheiro. A descrição dos economis-tas sobre os chamados "ciclos econômicos", nada mais é do que a identificação dos perío-dos de expansão e retração determinados pe-los bancos em todo o mundo, através do fractional reserve lending. Eles simples-mente adotaram as regras do passado e con-tinuaram a praticá-las até hoje.

A prática do "empréstimo sem lastro" continu-ou se expandindo antes mesmo do surgimen-to dos bancos, alimentada pelos ourives e mercadores de ouro e prata, que guardavam os metais nobres da população em custódia para não serem roubados. Logo esses nego-ciantes — na realidade meros agiotas — per-ceberam que a maioria das pessoas morria e não voltava para buscar seus bens, legando-os à herança familiar. Foi quando começaram a emprestar dinheiro a juros, geralmente em quantias muito superiores ao ouro e prata que possuíam guardados em custódia.

O recibo da custódia foi provavelmente o pri-meiro embrião do dinheiro de papel que te-mos hoje, pois com ele, a pessoa podia adqui-rir mercadorias e bens no grande mercado. Com a contínua expansão desse negócio ilíci-to e usurário, logo osmoneychan-gers puderam abrir lojas específicas para em-préstimos, advindo daí a origem dos bancos modernos.

O primeiro banco central de um país a praticar o fractional reserve lending, ou FRL foi o Bank of England (Banco da Inglaterra), constituído em 1694 e de natureza privada. Era controla-do por acionistas fraudulentos e mal-intencionados que utilizaram o mote "people’s bank" (banco do povo), para praticar toda sor-te de fraudes visando unicamente o lucro. As dívidas com o Banco da Inglaterra de cente-nas de gerações posteriores, representadas ou pela própria monarquia inglesa ou pelo go-verno, foram asseguradas através da criação de taxas impostas à população, que viriam a se transformar no Imposto de Renda como hoje o conhecemos. O modelo do Banco da Inglaterra rapidamente se transformou no mo-delo para os bancos centrais de todos os paí-ses no mundo atual. Os agiotas descobriram que é muito mais lucrativo emprestar para monarcas e governos do que para cidadãos comuns. Através da dívida, tornavam-se lite-ralmente credores e soberanos de nações in-teiras.

Em suma: os argentários colocavam um ban-co privado a cargo de todas as finanças e o-perações econômicas de um país, o que equi-vale a entregar a nação a uma organização mafiosa que controla a economia com a finali-dade de lucro e assim mantém a população totalmente refém de suas políticas financeiras. No início do século XVIII, cerca de 50 anos depois que o Banco da Inglaterra já estava operando, um alemão chamado Amshel Mo-ses Bauer1, ourives e agiota que vivia em Frankfurt, na Alemanha, começou um negócio a que denominou de Rothschild, pois a insíg-nia na porta da sua loja era uma águia roma-n a s o b r e u m e s c u d o v e r m e -lho. Rothschild significa "escudo vermelho" em alemão. O negócio prosperou e em 1743 ele mudou seu próprio nome para Amshel Mo-ses Rothschild. Ele tinha cinco filhos e, ao a-tingirem a maioridade, ele enviou cada um a uma capital comercial da Europa para em-prestar dinheiro a juros, principalmente às mo-narquias e reinos. O mais velho, Amschel, fi-cou em Frankfurt; Solomon foi para Viena; Nathan para Londres, Jacob para Paris e Carl para Nápoles. Assim foram plantadas as se-mentes que permitiram à mais poderosa e rica família da história do mundo reinar nos sécu-los seguintes da evolução da humanidade, com o único propósito de lucro e poder, seja qual fosse o custo. Gerações seguidas dos Rothschild e seus correligionários exercem — e continuam exercendo — poder sobre a soci-edade mundial, utilizando-se da antiga prática da usura e do fractional reserve lending.

"Os judeus, que são algo como nômades, nunca até agora criaram uma forma cultural

por si mesmos, e até onde eu posso ver, nunca o farão, uma vez que todos os

seus instintos e talentos requerem uma nação mais ou menos civilizada co-

mo hospedeira para o seu desenvolvimento “

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO .

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JUNHO - 2015

Edição nº. 91 Ano VIII

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável - Cidadania

Lusofonia/Língua e sentimentos

Luso = português Fonia = fala

“Lusofonia, é o conjunto de identidades culturais exis-tentes em regiões, países, estados ou cidades falantes da língua portuguesa e por diversas pessoas e comuni-dades em todo o mundo”. É falar em português, no sen-tido bem estrito da palavra. Concordo com Ida Rebelo (Linguista Brasileira) quando diz que a lusofonia é: a construção de um espaço, o “Espaço Lusófono” porque nele se fala a Língua Portuguesa, e que é um espaço cultural, econômico, político, estratégico... Nesse breve texto vou falar sobre o que entendo por lusofonia, - como lusófona que sou - portanto o conceito de lusofonia aqui, vem carregado com minhas impres-sões e ninguém precisa concordar com elas. A língua portuguesa nasceu na velha Gallaecia romana, e foi levado para várias regiões do mundo, Ásia, África e América a partir do século XIV e XVI, com a construção do império português além-mar. Atualmente, o portu-guês é língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, An-gola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São To-mé e Príncipe, Timor Leste). Apesar da incorporação de vocábulos nativos, de modificações gramaticais e de pronúncia próprias de cada país ou região, as línguas mantêm uma unidade com o português de Portugal. Num sentido mais amplo, a lusofonia é mais do que sim-plesmente falar a língua portuguesa. É um sentimento, está na alma, está no coração. Temos a nos unir um passado comum, repleto de afinidades, de valores mo-rais, culturais, etc. Está acima da gramática. É mais do que oito países que pertencem a CPLP ( Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). A língua une, cria uma identidade, um pertencimento. Como bem disse Fernando Pessoa: “ A minha pátria é a língua portugue-sa”. Concilia diversidades culturais e linguísticas. Com esse enfoque em mente, percebemos que a Lusofonia ultrapassa o limite dos países de língua portuguesa. Para além deles existem outras diásporas e regiões, comunidades em diversas partes do mundo onde o por-tuguês é falado, onde o português faz parte da história do lugar. Temos as comunidades inseridas em cada país e regi-ão, de emigrantes portugueses, dos Brasileiros que ha-bitam outras regiões espalhando a língua, a cultura, pela África( Zanzibar e Tanzânia), Malaca na Malásia, Goa, Damão, Ilha de Angediva, Simbor, Gogolá, Diu, Dadrá e Nagar-Aveli na Ásia, ( EUA e Canadá) na América do Norte, Austrália, Europa em (França, Alemanha e Lu-

xemburgo),e na América do Sul. Mais de 600.000 brasi-leiros no Paraguai, brasileiros na Argentina, Venezuela etc.. O português é hoje falado por mais de 240 milhões de pessoas no mundo. É atualmente, a quarta língua mais falada do planeta, segundo dados apresentados na exposição “Potencial Econômico da Língua Portuguesa” em exibição no Parlamento Europeu. É a terceira língua europeia mais falada, possui dimensão internacional e intercontinental, pois é falada nos cinco continentes. O português é "a quinta língua mais usada na internet e a terceira nas redes sociais”, diz a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho. Lusofonia é sinônimo de língua, história, cultura, senti-mentos. É herança que une comunidades espalhadas pelo mundo. Mesmo com as diferenças linguísticas, con-tinua sendo sentido como uma só língua. É a língua de Pessoa, Camões, Machado de Assis, Eça de Queiróz, Jorge Amado, Padre Antonio Vieira, tantos que fizeram chegar ao mundo nossa língua, e unir de maneira única pessoas de tantos lugares em torno de um denominador comum. É inegável que todos esses lugares e regiões que tem a língua portuguesa, ou possuem traços da cultura portuguesa, são também lusófonos no meu en-tender, mesmo que a língua oficial do lugar não seja o português. Vejamos a situação de Moçambique, por exemplo: a língua portuguesa é a oficial, então dizemos que Moçambique é um país lusófono, mas, apenas 39% da população é lusófona, segundo o linguista moçambi-cano Gregório Firmino, Moçambique é plurilíngue, onde coexistem diversas línguas. E países e regiões em que se fala dentre outras línguas o português, mas este não é o idioma oficial do país, são menos lusófonos? O crioulo, de base portuguesa, é resultante do contacto do Português com outras línguas originadas do portu-guês da Índia, da Ásia Oriental, da América Central e do Sul, de África, falado em diversas regiões. São vários os lugares onde existem as marcas deixadas pela cultura portuguesa, onde sua influência ainda se faz sentir, mesmo que em alguns desses lugares a língua seja pouco falada. Regiões como a Galiza, Macau, Ilhas vir-gens, Olivença, Aruba, etc, sabem da importância do português em um passado muito recente e que continua presente. Temos o caso da Ásia, onde lugares como Diu, Goa, Malaca e Macau, abandonaram o português, não ensi-nam e poucos falam a língua. A língua oficial é o Conca-ni e o inglês, mas, mesmo nesses lugares, ainda persis-te pequenas comunidades que lutam para que esse passado não seja esquecido, falando e se expressando em português. Não falamos aqui somente da língua, mas nos traços culturais, nas obras que ainda persis-tem, e marcam de forma indelével a história daquelas

regiões, uma história construída por nossos antepassa-dos. Não podemos deixar de dar uma especial atenção ao Brasil. Somos o maior país lusófono do mundo. Chama-mos às vezes, a língua portuguesa de língua brasileira. Também chamada pelo nosso poeta Olavo Bilac como “a última flor do láscio” ( expressão utilizada para desig-nar a língua portuguesa) no soneto “Lingua Portuguesa”.

“Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela...”

A verdade é que tanto faz o lugar, o tamanho, com algu-mas variantes e diferenças culturais a língua continua sendo a portuguesa. A lusofonia implica mais que espa-ços geográficos diversos com falantes do português. É um forte elemento de união de um povo, compõe a iden-tidade de uma nação. FIORIN (1997) diz que a língua pode ser considerada uma manifestação de uma cultu-ra. A língua nos une a todos. A diversidade cultural, lin-guística, religiosa etc, não exclui o fato de que todos tem com o português uma forte relação. Fernando Pessoa disse que a língua portuguesa é uma língua universal e que possui três requisitos básicos, a facilidade com que é aprendida, o número de pessoas que a fala, e ser o mais flexível possível. Concordo inteiramente com ele. A língua portuguesa é umas das poucas línguas que se enquadram como universais. Partilhamos a mesma língua. Isso nos faz desenvolver uma identidade lusófona, é um ponto de união de comu-nidades e países espalhados pelo mundo, que tem o português como língua oficial ou não. É sem dúvida a língua do futuro. Não vou falar dos interesses econômi-cos, culturais, científicos, tecnológicos, políticos, estraté-gicos e outros, que uma cultura e línguas comuns po-dem fazer, isso é assunto para outro texto. A lusofonia continua sendo um desafio. Não há dúvida que a cooperação entre os países lusófonos poderá tra-zer inúmeros privilégios e benefícios a todos. Precisa-mos aproveitar esse potencial linguístico para afirmar o português como língua internacional. Só com o empe-nho, o vigor e o entusiasmo que possuem os que falam, amam e se interessam pela língua portuguesa, é que conseguiremos superar os problemas que esse tema envolve. O espaço lusófono ainda está em construção. A promoção da língua dentro ou fora do país deve ser um compromisso de todos.

Mariene Hildebrando Especialista em Direitos Humanos Email: [email protected]

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