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Dia do Folclore O Folclore é a expressão da cultura, dos costumes e tradições de um povo, expressos de maneira oral, escrita ou cênica. Todos os povos têm folclore e é através da sua preservação que torna-se possível a perpetuação das diferentes culturas, bem como o conhecimento verdadeiro da história dos diversos povos. O folclore é contado e recontado pela oralidade popular e representa a sabedoria do povo. O folclore inclui mitos, lendas, contos populares, brincadeiras, provérbios, adivinhações, orações, maldições, encantamentos, juras, xingamentos, gírias, apelidos de pessoas e de lugares, desafios, saudações, despedidas e trava-línguas. Também inclui festas, encenações, artesanato, símbolos, receitas de comidas, medicina popular, danças, música instrumental e canções, inclusive as baladas e canções de ninar. O folclore brasileiro possui a herança cultural dos índios, dos portugueses colonizadores, dos africanos e de outros imigrantes europeus. É, portanto um folclore muito rico, isso sem contar as múltiplas manifestações resultantes da extensão do território brasileiro e das diversidades regionais. Nosso folclore é riquíssimo, um dos mais ricos do mundo. Para sua formação, colaboraram principalmente, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano. Estes três povos constituíram, podemos dizer, as raízes de nossa cultura. Posteriormente, imigrantes de outros países, como Itália e Alemanha, deram sua contribuição ao nosso folclore, tornando-o mais complexo e mais rico.

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Dia do Folclore

O Folclore é a expressão da cultura, dos costumes e tradições de um povo, expressos de maneira oral, escrita ou cênica.

Todos os povos têm folclore e é através da sua preservação que torna-se possível a perpetuação das diferentes culturas, bem como o conhecimento verdadeiro da história dos diversos povos.

O folclore é contado e recontado pela oralidade popular e representa a sabedoria do povo.

O folclore inclui mitos, lendas, contos populares, brincadeiras, provérbios, adivinhações, orações, maldições, encantamentos, juras, xingamentos, gírias, apelidos de pessoas e de lugares, desafios, saudações, despedidas e trava-línguas.

Também inclui festas, encenações, artesanato, símbolos, receitas de comidas, medicina popular, danças, música instrumental e canções, inclusive as baladas e canções de ninar.

O folclore brasileiro possui a herança cultural dos índios, dos portugueses colonizadores, dos africanos e de outros imigrantes europeus. É, portanto um folclore muito rico, isso sem contar as múltiplas manifestações resultantes da extensão do território brasileiro e das diversidades regionais.

Nosso folclore é riquíssimo, um dos mais ricos do mundo.

Para sua formação, colaboraram principalmente, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano.

Estes três povos constituíram, podemos dizer, as raízes de nossa cultura.

Posteriormente, imigrantes de outros países, como Itália e Alemanha, deram sua contribuição ao nosso folclore, tornando-o mais complexo e mais rico.

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A tendência dos costumes de povos diferentes é, quando estes se relacionam de modo íntimo, construir expressões híbridas, ou seja, suas culturas se misturam, resultando em novas expressões de manifestação popular.

Como os grupos humanos influenciam uns aos outros, podemos dizer que o folclore não é uma ciência estática, morta. Ao contrário, ele é dinâmico, pois além de pesquisar o passado, tem de estar atento às

TRANSFORMAÇÕES DO PRESENTE.

O Brasil, vasto qual um continente, apresenta regiões distintas, onde há diferença de intensidade das influências dos povos formadores. Por outro lado, cada região possui seu gênero de vida de acordo com o meio ambiente, o que influi, também, no folclore brasileiro.

OS VÁRIOS DESDOBRAMENTOS DO NOSSO FOLCLORE:

Linguagem Popular: gíria, apelidos ou alcunhas, legendas, linguagem especial ou cifrada, metáforas, frases feitas.

Além da palavra há a mímica e os gestos. Assim, nós temos expressões utilizadas em todo o país “tirar o pai da forca”, “está se virando”, compreendidos por todos, e expressões regionais, somente entendidas pelos habitantes da região, como, por exemplo: “gineteando” (RS) e “Fute” dito na região (NE).

Literatura Oral: poesia, história, fábulas, lendas, mitos, romances, parlendas, adivinhas, anedotas, provérbios, orações, pregões e literaturas de cordel, todos transmitidos oralmente;

Lúdicos: são os folguedos populares tradicionais, os jogos, os brinquedos e brincos. Exemplos: Bumba-meu-boi (NE), Caboclinhas (PB e RN), Cavalhadas (RS, AL, PR e SP), Ciranda (PE), Congada (SP, ES, BA, MG, GO, PR, RS), Cordões de Bicho (AM), Fandango, conhecido em todo o Brasil e, ainda Guerreiros, Mamulengo, Maracatu, Moçambique, Pastoril, Quilombo e Reisado.

Música: a música folclórica está presente em quase todas as manifestações populares. A serenata, coreto, cantigas de rixa, bendito, cantigas de cego, cantos de velório e cânticos para as almas são formas de músicas folclóricas.

Crendice: (Superstições) as de caráter ativo se manifestam em regiões, cultos dos santos, seitas, cultos de fetiches; e as de caráter passivo nos presságios, esconjuros, orações, tabus e totemismos. Contam com patuás, relíquias, amuletos, talismãs, bentinhos e santinhos.

Usos e Costumes: ritos de passagens, usanças agrícolas, pastoris, medicina rústica e trajes.

Artes Populares e Técnicas Tradicionais: culinárias, rendas e bordados, cerâmicas e trabalhos artesanais.

O folclore é o conhecimento comum do povo, o saber popular sendo constituído por tradições, lendas, festas populares e costumes transmitidos de geração a geração. O Folclore é uma tradição, vivenciada entre o passado e o presente.

O termo folklore – folclore, foi usado pela primeira vez por Ambrose Merton, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter um significado de saber tradicional de um povo.

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O Folclore, como já sabemod, passou a ser utilizado para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares e posteriormente, para designar toda a cultura nascida das classes populares, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo.

Com o desenvolvimento da tecnologia e da ciência, todas tradições folclóricas passaram foram consideradas frutas da ignorância popular, mas no século XIX, com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer, o folclore se espalhou por toda a Europa e até hoje são difundidas em todo o mundo.

A comemoração do Dia do Folclore é a 22 de agosto, data em que a palavra folclore foi empregada pela primeira vez.

LENDAS

CURUPIRA

O curupira é um ser fantástico, que segunda a crença popular, habita em florestas e o protetor das plantas e dos animais, sendo esta sua função, além de punir quem agride as plantas e animais.

O curupira é descrito como um menino de estatura baixa, cabelos cor de fogo e pés com calcanhares para frente que confundem os caçadores. Além disso, dizem que o curupira gosta de sentar nas sombras das mangueiras e deliciar com os frutos, mas se ele se sentir que está sendo vigiado ou ameaçado ele logo começa a correr em uma velocidade tão grande que os olhos humanos não consegue acompanhar.

Muitos dizem que existem curupiras que se encantam com algumas crianças e a levam embora para longe dos seus pais por algum tempo, mas são devolvidas depois aos seus pais, mais ou menos quando atingem 7 anos de idade.

Com isso, as crianças “sequestradas” e posteriormente devolvidas, nunca voltam as mesmas para os seus pais, devido o facínio pela floresta onde viveram.

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Para proteger os animais, o curupira usa mil artimanhas, procurando sempre iludir e confundir os caçadores, utilizando gritos, assobios e gemidos, fazendo com que o caçador pense que está atrás de um animal e vá atrás do Curupira, mas quando o caçador percebe ele está perdido na floresta.

Ao se aproximar uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai batendo nos troncos das árvores. Assim, ele vê se elas estão fortes para agüentar a ventania. Se percebe que alguma árvore poderá ser derrubada pelo vento, ele avisa a bicharada para não chegar perto dela.

O Curupira também pode encantar adultos.

Em muitos casos contados, o Curupira mundia os caçadores que se aventuram a permanecer no mato nas chamadas horas mortas.

O encantado tenta sair da mata, mas não consegue.

Surpreende-se passando sempre pelos mesmos locais e percebe que está na verdade andando em círculos.

Em algum lugar bem próximo, o Curupira está lhe observando: “estou sendo mundiado pelo Curupira”, pensa o encantado.

Daí só resta uma alternativa: parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer dele uma bolinha. Deve-se tecer o cipó muito bem escondendo a ponta, de forma que seja muito difícil desenrolar o novelo. Depois disso, a pessoa deve jogar a pequena bola bem longe e gritar: “quero ver tu achares a ponta”.

A pessoa mundiada deve aguarda um pouco para recomeçar a tentativa de sair da mata.

Diz a lenda que, de tão curioso, o Curupira não resiste ao novelo.

Senta e fica lá entretido tentando desenrolar a bola de cipó para achar a ponta. Vira a bola de um lado, de outro e acaba se esquecendo da pessoa de quem malinou. Dessa forma, desfaz-se o encanto e a pessoa consegue encontrar o caminho de casa.

IARA

A Iara é uma lenda do folclore brasileiro, ela é uma linda sereia que vive no rio Amazonas, sua pele é morena, possui cabelos longos e negros e olhos castanhos.

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A Iara costuma tomar banhos nos rios e cantar uma melodia irresistível, desta forma os homens que a vêem não conseguem resistir aos seus desejos e pulam dentro dos rios.

A Iara tem o poder de cegar quem a admira e levar para o fundo do rio qualquer homem que ela deseja se casar.

Os índios acreditam tanto no poder da Iara que evitam passar perto dos lagos ao entardecer.

Segundo a lenda, a Iara era uma índia guerreira, a melhor da tribo e recebia muitos elogios do seu pai que era pajé.

Os irmãos de Iara com inveja resolveram matá-la a noite enquanto ela dormia, Iara que possuía um ouvido bastante aguçado, os escutou e teve que matá-los.

Com medo da reação do seu pai, Iara fugiu. Seu pai, o pajé da tribo, realizou uma busca implacável e conseguiu encontrá-la, como punição pelas mortes a jogou no encontro do Rio Negro e Solimões, local onde alguns peixes trouxeram ela a superfície e a transformaram em uma linda sereia.

MULA-SEM-CABEÇA

A mula-sem-cabeça é uma lenda do folclore brasileiro e sua origem é desconhecida, mas bastante evidenciada em todo Brasil.

A mula é literalmente uma mula sem cabeça e que solta fogo pelo pescoço, local onde deveria estar sua cabeça, possui em seus cascos, ferraduras que são de prata ou de aço e apresentam coloração marrom ou preta.

Segundo alguns pesquisadores, apesar de ter origem desconhecida, a lenda era uma maneira de se pensar e até mesmo da própria cultura da população que vivia sobre domínio da Igreja Católica.

Segundo a lenda, qualquer mulher que namorasse um padre seria transformada em um monstro, desta forma as mulheres deveriam ver os padres como uma espécie de “santo” e não como homem, já que qualquer pecado que elas cometessem, com o pensamento em um padre, ela acabaria se transformando em uma mula sem cabeça.

Segundo a lenda, o encanto somente pode ser quebrado se alguém tirar o freio de ferro que a mula sem cabeça carrega, assim aparecerá uma mulher arrependida pelos seus “pecados”.

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SACI PERERÊ

O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.

O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.

Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas e uma cor morena, além de possuir um rabo típico.

Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso herdou o pito, uma espécie de cachimbo e ganhou da mitologia européia, um gorrinho vermelho.

A principal característica do saci é de um menino travesso, muito brincalhão que se diverte com os animais e com as pessoas, causando algumas dificuldades, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.

Segundo a lenda do saci, ele pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos de vento, já que segundo a lenda o saci está nestes redemoinhos.

Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e este deve ser preso em uma garrafa.

Diz também a lenda, que os saci nascem em brotos de bambús, nestes vivem 7 anos e após isso vivem mais setenta e sete anos para atentar a vida dos humanos e animais, após isso morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.

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BOITATÁ

É um monstro com olhos de fogo, enormes. De dia é quase cego, à noite vê tudo.

Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a Terra.

Para escapar, ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram.

Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais.

Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos.

Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata.

No Nordeste do Brasil é chamado de “Cumadre Fulôzinha”.

Para os índios ele é “Mbaê-Tata”, ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.

Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos.

Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios.

A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que vistos de longe parecem grandes tochas em movimento.

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LOBISOMEN

Diz a lenda que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem.

Também o será o filho de mulher amancebada com um padre.

Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal.

Porém, logo que ele completa treze anos, a maldição começa.

Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai e vai até uma encruzilhada.

Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.

Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás.

Nessa noite, ele visita sete partes da região, sete pátios de igreja, sete vilas e sete encruzilhadas.

Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.

Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem.

Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.

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Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça.

Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.

NEGRINHO DO PASTOREIO

O Negrinho do Pastoreio é uma lenda meio africana meio cristã.

Muito contada no final do século XIX pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão.

É muito popular no sul do Brasil.

Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões.

Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados.

No final da tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio.

Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando.

“Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece”, disse o malvado patrão.

Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou-o pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.

Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro.

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No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto.

O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas.

Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante, o baio e os outros cavalos.

O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu.

Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

ADIVINHAS

Na Antiguidade, a decifração de enigmas era prova de inteligência. Com o passar do tempo, a prática perdeu o sentido filosófico. Hoje, tais enigmas são encontrados na voz anônima do povo e, particularmente, na boca das crianças. Pergunte quem tem adivinhas guardadas na memória e verá que sempre temos alguma lá no “fundo do baú”.

O QUE É, O QUE É?

01 -Tem barba, mas não é homem; tem dente mas não é gente? Resposta - alho

02 - Para ser direito tem que ser torto? Resposta - anzol

03 – Por mais que é cortado fica do mesmo tamanho? Resposta – baralho

04 – Enche uma casa mas não enche uma mão? Resposta - botão

05 – Nele, quanto mais se tira, ele maior fica? Resposta – buraco

06 - Tem mais de vinte cabeças, mas não sabe pensar? Resposta - caixa de fósforo

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07 - Entra na boca da gente todos os dias e a gente não come? Resposta – garfo, colher

09 - O que tem a idade do mundo e todo mês nasce? Resposta - A lua

10 - Qual é a carta que nunca leva recado? Resposta – A do baralho

11 - Qual o bicho que anda com patas? Resposta - O pato

12 - O nome do dono é o mesmo da casa? Resposta - Cupim

13 - Tenho casas sem ser bairro, no meu nome casa tenho, sem ser cão protejo o dono, que me usa se lhe convenho. Resposta - Casaco

14 - O que é um pontinho branco no meio da grama? Resposta – Uma formiga vestida para o Ano Novo

15 - Por que a água foi presa? Resposta – Porque matou a sede

16 -Quem tem procura, quem não tem não quer? Resposta - Piolho

17 - O rato roeu a roupa do rei de Roma, quantos erres tem nisso? Resposta – Nenhum (Nisso não tem erre)

18 – Cinco macacos de imitação estavam sentados num muro. Um deles pulou. Quantos ficaram? Resposta - Nenhum, pois todos eram macacos de imitação e pularam também

19 – Quanto mais tiramos,maior fica? Resposta – O buraco

20 - Qual é a coisa que quando chega em casa põe logo à janela? Resposta – O botão

TRAVA LÍNGUAS

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FÁCIL:

1. Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.

2. O rato roeu a roupa do Rei de Roma a rainha com raiva resolveu remendar.

3. Três pratos de trigo para três tigres tristes.

4. O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.

5. Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce?

Respondi que o doce que é mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de batata doce.

MÉDIO:

1. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.

2. O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.

3. Embaixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga mais o pinto pia!

4. A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar.

DIFÍCIL:

1. Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.

2. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.

3. Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.

4. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

5. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?

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PARLENDAS

As parlendas são conjuntos de palavras com arrumação rítmica em forma de verso, que podem rimar ou não. Geralmente envolvem alguma brincadeira, jogo, ou movimento corporal.

Hoje é Domingo, Pede cachimbo O cachimbo é de ouro, Bate no touro, O touro é valente, Bate na gente, A gente é fraco, Cai no buraco, O buraco é fundo, Acabou-se o mundo. Um, dois, feijão com arroz Três, quatro, feijão no prato Cinco, seis, falar inglês Sete, oito, comer biscoito Nove, dez, comer pasteis. Uni duni tê Salamê min guê Sorvete colorido O escolhido foi VOCÊ. Mindinho Seu vizinho Pai de todos Fura bolo Mata piolho. Lá em cima do piano tem um copo de veneno Quem bebeu morreu O culpado não fui EU.

Eu sou pequena, Da perna grossa,

Vestido curto, Papai não gosta.

(Escondendo dedo por dedo)

Uma, duas argolinhas Finca o pé na pampolinha

O rapaz que joga faz Faz o jogo do capão

Lá detrás do morondão Recolhe o seu dedinho Que lá vai um beliscão.

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Um elefante amola muita gente… Dois elefantes… amolam, amolam muita gente… Três elefantes… amolam, amolam, amolam muita gente… Quatro elefantes amolam, amolam, amolam, amolam muito mais… (continua…) Jacaré foi ao mercado Não sabia o que comprar Comprou uma cadeirinha pra comadre se sentar A comadre se sentou A cadeira esborrachou Jacaré chorou, chorou O dinheiro que gastou. Nuvem sol Sol nuvem Céu chuva Chuva céu Ai meu deus Perdi o anel. O macaco foi à feira Não teve o que comprar Comprou uma cadeira Pra comadre se sentar A comadre se sentou A cadeira esborrachou Coitada da comadre Foi parar no corredor. Era uma vez… Um animal bem radical… Uma galinha fazendo farinha… Dois elefantes passando desodorante… Três cachorros subindo no morro… Quatro patos perdidos no mato… Cinco coelhos na frente do espelho… Seis jumentos peneirando cimento… Sete jabutis fazendo xixi… Oito calangos dançando tango… Nove ratões ouvindo canções… Dez urubus caçando tatus… São muitos animais bem radicais…

Origem do Dia do Folclore

O Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto,

pois foi nessa data, no ano de 1965, que o Congresso

brasileiro oficializou o dia 22 de agosto como o Dia do

Folclore, em uma homenagem à cultura popular brasileira