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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Biblioteca Nacional de Portugal - Catalogação na Publicação

Promotor

A LT O C O M I S S A R I A D O PA R A A I M I G R A Ç Ã O E D I Á L O G O I N T E R C U LT U R A L ( A C I D I , I . P. )

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J O R G E M A C A Í S TA M A L H E I R O S

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P E D R O G Ó I S ( C O O R D E N A Ç Ã O )J O S É M A R Q U E S

C E N T R O D E E S T U D O S S O C I A I SU N I V E R S I D A D E D E C O I M B R A

Edição

A LT O C O M I S S A R I A D O PA R A A I M I G R A Ç Ã O E D I Á L O G O I N T E R C U LT U R A L ( A C I D I , I . P. )

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J O R G E V I C E N T E B FA C T O R Y

Revisão e Maquet ização

P R O S – P R O M O Ç Õ E S E S E R V I Ç O S P U B L I C I TÁ R I O S , L D A .

ISBN

97 8 - 9 8 9 - 6 8 5 - 0 2 8 - 9

L I S B O A , D E Z E M B R O 2 011

As opiniões expressas no presente estudo são do(s) autor(es), elas não reflectem necessariamente as do ACIDI, I.P.

Diagnóstico da população imigrante nos concelhos de Braga e Guimarães: desafios e potencialidades para o desenvolvimento localISBN 978-989-685-029-9 CDU 314 316

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

“Conhecer mais a realidade local para agir melhor” foi o lema do desafio lançado à Rede CLAII – Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes – para o desenvolvimento de estudos locais com vista à caracterização dos seus contextos de interven-

ção ao nível local. Foi com este espírito de olhar os/as imigrantes como um contributo para as dinâmicas de desenvolvimento dos municípios que 22 estudos foram realizados integrando uma nova colecção.

Com estes estudos, financiados pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros – FEINPT, pretendeu-se não só ad-quirir um maior conhecimento da realidade imigratória nos diferen-tes concelhos envolvidos, mas também reunir a amostra necessária à realização de um Estudo de abrangência nacional – “Diagnóstico da População Imigrante em Portugal - Desafios e Potencialidades”.

Trata-se de conferir instrumentos de acção credíveis às entidades com responsabilidades ao nível do acolhimento e integração de imigrantes em Portugal, através de dados científicos sobre a realidade onde actu-am, tendo em vista a implementação de políticas e medidas ainda mais ajustadas às necessidades, em particular aos CLAII, no sentido de uma intervenção cada vez mais consolidada.

Assim, e no seguimento daquele que tem sido o papel do ACIDI, atra-vés do Observatório da Imigração, promovendo e aprofundando o conhecimento da realidade imigratória em Portugal, desejamos que esta nova colecção seja portadora de mais-valias para todas e todos os que, de forma directa ou indirecta, trabalham em prol da população imigrante. Neste sentido, será também disponibilizada uma Base de Dados que integra toda a informação recolhida no âmbito dos estudos e que será de grande utilidade nomeadamente por parte da academia, para outras investigações.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Por fim, uma palavra de agradecimento a quem tornou possível a con-cepção destes estudos, desde as autarquias às entidades da sociedade civil, seus técnicos e técnicas, gabinete técnico da rede CLAII, centros de investigação e suas equipas, bem como ao Professor Doutor Jorge Macaísta Malheiros do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, pelo esforço desempenhado na coordenação científica geral de todos os estudos.

Rosário Farmhouse

Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Opresente relatório é parte integrante de um conjunto de estudos que constituem a mesma colecção, que têm como objectivo caracterizar a população imigrante de origem não comunitária (cidadãos naturais de países não-membros da

EU-27, com excepção dos descendentes da população retornada, que nasceram nas ex-colónias portuguesas de África), em 22 áreas do ter-ritório português, incluindo-se aqui municípios isolados, conjuntos de municípios e mesmo agrupamentos de freguesias.

Tendo como objectivo específico comum traçar o diagnóstico da si-tuação dos imigrantes instalados nas várias áreas em análise, no que respeita à sócio-demografia, à situação e trajectórias laborais e migra-tórias, ao quadro residencial, às práticas culturais, às experiências de discriminação e integração e ao desenvolvimento de redes relacionais (com outros cidadãos dos locais de origem e de destino, mas, também, com as diversas instituições do país de origem e da localidade de insta-lação), estes estudos assumem três propósitos de base:

• Identificar os principais problemas com que se debatem estes imigrantes, quer a nível nacional, quer a nível local;

• Perceber os seus contributos para os processos de desenvolvimento dos vários territórios em análise;

• Obter um conjunto significativo de informação que contribua para o desenvolvimento de políticas informadas de integração, na esteira do que tem vindo a caracterizar a acção dos órgãos governamentais portugueses, com destaque para o ACIDI, ao mesmo tempo que disponibiliza um leque muito vasto de dados (ao nível local e, por agregação, também ao nível nacional), que pode ser explorado de modos muito diversos pela comunidade científica que trabalha no domínio da imigração.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

O ponto de partida para o trabalho consistiu na aplicação, nas 22 áreas de estudo, de um questionário com uma base comum alargada, discutida, comentada e validada colectivamente por todos os coordenadores científicos locais, em conjunto com a equipa de coordenação geral. Para além deste tronco comum, que cobre todos os domínios analíticos acima mencionados, as equipas de trabalho locais podiam, se assim o entendessem, acrescentar questões específicas que considerassem particularmente pertinentes para a análise das situações e dos processos em curso na sua área.

A definição da dimensão da amostra e do método amostral, bem como do modo de aplicação dos questionários foram decididos pelas várias equipas (em sintonia com a coordenação geral), procurando respeitar critérios de representatividade estatística e de estratificação dos elementos estatísticos em função das principais nacionalidades. Se as estruturas e os processos de tratamento de informação presentes nos vários relatórios locais, têm elementos comuns em virtude das características idênticas da informação recolhida, as análises efectuadas pelas várias equipas de investigação são específicas, observando-se algumas diferenças metodológicas, bem como formas distintas de abordar as várias componentes do diagnóstico, frequentemente complementadas com informação suplementar proveniente de fontes secundárias (SEF, INE), comentários e recomendações de carácter específico, devidamente ajustados à realidade de cada caso.

A selecção das 22 áreas de estudo teve como base inicial a candidatura dos CLAII interessados, sempre suportados por equipas técnicas sólidas, posteriormente complementada com alguns estudos adicionais, de modo a que se obtivesse uma malha de cobertura que inclua informação e relatórios analíticos de todas as regiões do continente e das duas regiões autónomas.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Refira-se que o presente relatório, como todos os outros incluídos nesta colecção, tem origem num processo de trabalho complexo ao nível da recolha, tratamento e análise da informação recolhida, que apenas foi possível graças ao forte empenho dos técnicos dos CLAII e dos investigadores envolvidos nas diversas fases do processo, assim como dos muitos inquiridores nacionais e estrangeiros formados e mobilizados para a actividade. Sendo parte de um todo coerente, o que permitiu, por um lado gerar mais-valias associadas ao processo de trabalho e, por outro, compreender melhor o quadro nacional a partir do que se passa nas diversas parcelas do território, o estudo materializado neste produto tem um carácter autónomo e vale por si mesmo, permitindo traçar um diagnóstico local da imigração não comunitária em finais do primeiro decénio do século XXI (2010), bem como dos seus problemas e dos contributos para a dinâmica da área em estudo.

Jorge Malheiros(CEG, IGOT-UL; Coordenador Científico Geral dos Estudos)

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

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ÍNDICE DE TABELAS 10

ÍNDICE DE GRÁFICOS 12

I - INTRODUÇÃO À PROBLEMÁTICA 17

II - ENQUADRAMENTO LOCAL 18

III - METODOLOGIA 20

IV - DIMENSÕES ANALÍTICAS 22

1 - Demográfica e familiar 22

2 - Mercado de trabalho 29

3 - Habitação/Vulnerabilidades sociais 41

4 - Educação 49

5 - Dificuldades de integração 51

6 - Quadro de relações sociais 62

7 - Práticas Culturais 65

8 - Percurso migratório 69

9 - Relações com o país de origem 75

V - BIBLIOGRAFIA 80

ANEXO 81

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 1 - Dupla nacionalidade (portuguesa e outra) 25

Tabela 2 - Inquiridos e elementos do agregado familiar de

nacionalidade estrangeira 26

Tabela 3 - Primeiro local de residência em Portugal dos

inquiridos e dos membros do agregado familiar 28

Tabela 4 - Primeiro emprego exercido pelos inquiridos em

Portugal segundo os principais grupos profissionais

(CNP) 30

Tabela 5 - Emprego actual dos inquiridos segundo principais

grupos profissionais (CNP) 30

Tabela 6 - Forma de obtenção do primeiro emprego em Portugal 32

Tabela 7 - Forma de obtenção do emprego actual 33

Tabela 8 - Principal de meio de vida dos inquiridos e dos

membros do agregado familiar 34

Tabel 9 - Situação na profissão dos inquiridos 37

Tabela 10 - Outro concelho de trabalho (diferente do concelho

de residência) 40

Tabela 11 - Motivos de escolha do concelho de residência 48

Tabela 12 - Grau de dificuldade sentida pelos imigrantes no

processo de integração aquando da chegada a

Portugal 51

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 13 - Grau de dificuldade sentido actualmente pelos imigrantes no processo de

integração 54

Tabela 14 - Aspectos importantes para o sentimento de integração em Portugal 56

Tabela 15 - Situações de discriminação 59

Tabela 16 - Rede de amigos em Portugal 63

Tabela 17 - Línguas habitualmente utilizadas em casa 65

Tabela 18 - Práticas culturais dos inquiridos 67

Tabela 19 - Motivo de escolha de Portugal como país de residência 69

Tabela 20 - Forma de imigração utilizada para chegar a Portugal 70

Tabela 21 - Ano de regularização 74

Tabela 22 - Motivos para regresso ao país de origem 76

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 1 - Distribuição de Inquéritos por país de origem (em %) 20

Gráfico 2 - Grupo etário dos inquiridos e do seu agregado

familiar (em %) 22

Gráfico 3 - Estado civil dos inquiridos e dos membros do seu

agregado familiar (em %) 23

Gráfico 4 - Nacionalidade dos inquiridos e dos membros do

seu agregado familiar (em %) 24

Gráfico 5 - Ano de chegada a Portugal dos inquiridos e dos

membros do seu agregado familiar (em %) 27

Gráfico 6 - Profissão no país de origem (em %) 29

Gráfico 7 - Evolução profissional dos inquiridos entre o

primeiro e o actual emprego (em %) 31

Gráfico 8 - Condição perante a actividade económica do

inquirido e dos membros do agregado familiar (em %) 35

Gráfico 9 - Tempo de desemprego dos inquiridos (em anos) 36

Gráfico 10 - Regime de trabalho dos inquiridos e dos

membros do agregado familiar (em %) 37

Gráfico 11 - Número de empregos em Portugal (em %) 38

Gráfico 12 - Tipo de vínculo contratual do inquirido e dos

membros do agregado familiar (em %) 39

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 13 - Local de trabalho ou estudo do inquirido e dos membros do agregado familiar

(em %) 40

Gráfico 14 - Temporada de trabalho no estrangeiro 41

Gráfico 15 - Tipo de alojamento em que residem os inquiridos (em %) 42

Gráfico 16 - Situação jurídica do alojamento em que residem os inquiridos (em %) 43

Gráfico 17 - Intenção de comprar casa em Portugal dos inquiridos (em %) 43

Gráfico 18 - Número de divisões do alojamento (em %) 44

Gráfico 19 - Condições das habitação em que residem os inquiridos (em %) 45

Gráfico 20 - Equipamentos disponíveis nos alojamentos dos inquiridos e familiares que co-

habitam com o inquirido (em %) 46

Gráfico 21 - Pessoas a residir com o inquirido, para além dos membros do agregado familiar 46

Gráfico 22 - Número de pessoas co-residentes não pertencentes ao agregado familiar

(em %) 47

Gráfico 23 - Quantas pessoas que co-habitam com o inquirido são do país de origem do

inquirido 48

Gráfico 24 - Nível de ensino mais elevado concluído (em %) 49

Gráfico 25 - Nível de conhecimento da língua portuguesa (em %) 50

Gráfico 26 - Frequência de curso de língua portuguesa (em %) 50

Gráfico 27 - Evolução do grau de dificuldade sentido pelos imigrantes (médias dos

diferentes aspectos) 55

Gráfico 28 - Evolução do Índice de Dificuldade Global sentido pelos imigrantes dos

principais grupos nacionais inquiridos. 56

Gráfico 29 - Nível de integração em Portugal (em %) 57

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 30 - Nível de integração em Portugal, por grupo nacional (em %) 58

Gráfico 31 - Discriminação por motivos étnicos ou raciais em Portugal 59

Gráfico 32 - Principais situações de discriminação por grupo nacional 60

Gráfico 33 - Opinião sobre discriminação de imigrantes em Portugal (em %) 61

Gráfico 34 - Opinião sobre discriminação de imigrantes em Portugal,

por nacionalidade do inquirido (em %) 61

Gráfico 35 - Carta de condução válida em Portugal 62

Gráfico 36 - Voto em eleições locais do Município (em %) 62

Gráfico 37 - Rede de amigos em Portugal, por grupo nacional (em %) 63

Gráfico 38 - Ajuda em caso de emergência 64

Gráfico 39 - Pertença a alguma associação ou grupo 64

Gráfico 40 - Religião 66

Gráfico 41 - Pagamento de “ajuda” para vinda para Portugal 70

Gráfico 42 - Residência noutro país de acolhimento antes de Portugal 71

Gráfico 43 - Motivo para saída do país de origem (em %) 71

Gráfico 44 - Motivo para saída do país de origem, por grupo nacional (em %) 72

Gráfico 45 - Documento de entrada em Portugal (em %) 73

Gráfico 46 - Documento de entrada em Portugal, por grupo nacional (em %) 73

Gráfico 47 - Situação regularizada em Portugal 74

Gráfico 48 - Regresso ao país de origem, desde que se instalou em Portugal 75

Gráfico 49 - Número de regressos ao país de origem (em %) 76

Gráfico 50 - Familiares dependentes no país de origem 77

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 51 - Intenção de trazer familiares do país de origem 77

Gráfico 52 - Envio de remessas para o país de origem 78

Grafico 53 - Valor médio mensal das remessas (em %) 78

Gráfico 54 - Intenção de residir noutro país (em %) 79

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

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o âmbito das actividades do Alto Comissariado para a

Imigração e Diálogo Intercultural I. P. (ACIDI), insere-se

um projecto que visa a análise cumulativa e comparativa

para caracterização da população imigrante residente

no território continental e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Essa caracterização da população imigrante pretende, desde logo,

identificar os problemas vividos pela comunidade e os seus contribu-

tos para as dinâmicas de desenvolvimento dos diferentes municípios.

Para tal, o ACIDI promove um conjunto de estudos a nível concelhio

que deverá permitir caracterizar a situação da população imigrante e

listar as respostas que têm sido dadas em termos da boa integração

local destas populações. O presente relatório reporta-se a dois dos

concelhos do país: Braga e Guimarães, os quais, ao nível da análise

estatística dos dados recolhidos, serão tratados como uma única uni-

dade territorial.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Sendo uma das cidades mais antigas de Portugal e com um

forte legado histórico, a cidade de Braga é capital do distrito

com o mesmo nome. O concelho ocupa uma área de cer-

ca de 183 km² e divide-se em 62 freguesias. Braga integra

a Grande Área Metropolitana do Minho (GAM), a terceira maior do

país, que agrupa os concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras

de Basto, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de

Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão,

Vila Verde e Vizela. No total, residem nesta área metropolitana cerca

de 800 mil habitantes.

É sobretudo pelo final do século passado que a cidade começa a

desenvolver-se a um ritmo superior à média nacional, ascendendo

na lista das principais cidades portuguesas, com algumas das fre-

guesias suburbanas entretanto a serem absorvidas pela expansão da

malha urbana. De forte tradição religiosa, patente aliás pelo epíteto

de “Cidade dos Arcebispos”, Braga é hoje um importante centro turís-

tico, comercial e industrial. Juntamente com Guimarães, contempla

um pólo universitário que tem realizado um esforço significativo no

desenvolvimento de actividades de apoio à indústria da região. Braga

é, também, uma zona reconhecida pela produção de vinhos verdes e

de produção agrícola, contando, ainda, com uma indústria de forte

expressão exportadora, assente no têxtil, metalurgia, cutelaria, curtu-

mes, material eléctrico, pneus e calçado, entre outros sectores.

O concelho de Braga, com cerca de 177 mil habitantes (INE, 2009), é

dos mais populosos e jovens de Portugal, com 23,2% da população

com menos de 20 anos (INE, 2009). A população é maioritariamente

portuguesa, mas podem ser encontradas comunidades de imigrantes,

como brasileiros, africanos, chineses e europeus de leste.

Conhecida como o “Berço da Nacionalidade”, a cidade de Guimarães

tem uma longa história que coincide em diversos momentos com

a emergência de Portugal enquanto nação e é hoje testemunhada

pelos inúmeros monumentos existentes, que perpassam o núcleo

muralhado inicial. Nos últimos anos, o centro histórico da cidade tem

sido potenciado através de várias intervenções de reabilitação do pa-

trimónio construído, tornando-o num atractivo espaço que, em 2001,

foi reconhecido como Património Mundial pela UNESCO. Em 2009, a

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

cidade de Guimarães foi designada como capital europeia da cultura de 2012 (juntamente com a

cidade eslovena de Maribor).

Guimarães é, a par de Braga, uma das principais cidades do Minho e tem sido importante para

a afirmação económica da Região Norte. Com uma densidade populacional bastante superior

à média nacional (676,2 hab/km2 em Guimarães contra 115,4 hab/km2 no conjunto do país), o

município de Guimarães conta com 68 freguesias distribuídas por uma área de cerca de 241 km².

Em 2009 (INE), o concelho contava com, aproximadamente, 163 mil habitantes. A população

empregada do concelho concentra-se no sector secundário (68,9% da população empregada) e

no sector terciário (30,6%). Este último sector tem conhecido uma evolução positiva decorrente,

entre outros factores, do crescimento do Pólo de Guimarães da Universidade do Minho e da já

referida passagem do Centro Histórico da Cidade a Património Cultural da Humanidade (Rede

Social de Guimarães, 2011). O sector agrícola emprega uma parte reduzida da população do con-

celho, tratando-se, contudo, de um sector que, como refere o Plano de Desenvolvimento Social do

Concelho de Guimarães para o quadriénio 2011-2013, “apresenta uma importância significativa

no quadro da pluriactividade, verdadeiro motor de desenvolvimento socioeconómico no conce-

lho e factor de defesa contra as crises do mercado de trabalho” (p. 25)

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

O objectivo deste inquérito por questionário foi, como referido,

o de proceder ao estudo da imigração nos concelhos de Braga e

Guimarães, através da caracterização dos fluxos actuais e da sua evo-

lução recente, bem como das formas de integração dos imigrantes e

das suas perspectivas futuras.

Em conformidade com as definições apresentadas no caderno de en-

cargos, entende-se por população imigrante a população de naciona-

lidade de um país não pertencente à União Europeia (UE), bem como

a população nascida fora dos 27 Estados-membros da UE, mesmo

que posteriormente tenha vindo a adquirir a nacionalidade de um

destes Estados.

O universo foi dado por todos os imigrantes, com mais de 16 anos de

idade, residentes ou a exercer alguma ocupação nos concelhos em

análise. Em linha com a Lei na Nacionalidade, não foram conside-

rados os indivíduos nascidos em Países Africanos de Língua Oficial

Portuguesa que fossem filhos de pai e/ou mãe nascidos em Portugal

continental ou nas regiões autónomas.

Segundo os dados publicados pelo SEF, no ano de 2008 residiriam,

nos dois concelhos em causa, um total de 7.386 imigrantes de dife-

rentes nacionalidades. Para uma amostra de cerca de 400 inquéritos,

uma distribuição proporcional por nacionalidade de origem seguiria

as seguintes frequências:

Gráfico 1 - Distribuição de Inquéritos por país de origem (em %)

III -

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Contudo, no processo de aplicação do inquérito e de inserção dos dados deste detectou-se que os

valores apresentados pelo SEF apresentam algum desfasamento em relação à realidade concreta

encontrada no terreno em 2009-2010 (momento de aplicação dos questionários), quer no que

respeita ao número total de indivíduos, quer nas suas proveniências geográficas, não sendo, por

isso, possível inquirir o número de imigrantes inicialmente calculado. As diferentes e aturadas

diligências efectuadas não tornaram possível inquirir e validar mais de 240 questionários indivi-

duais. No total, foram administrados e validados 240 questionários, contendo informação sobre

240 imigrantes e 85 elementos do agregado familiar destes. O presente estudo servirá para dar

conta das características da população imigrante nos concelhos de Braga e Guimarães.

O instrumento de recolha da informação era constituído por um inquérito estruturado, anónimo,

constituído maioritariamente por perguntas fechadas distribuídas por vários grupos, segundo o

modelo apresentado no anexo.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

1 - Demográfica e familiar

A distribuição por sexo dos inquiridos foi relativamente equitativa.

Contaram-se, assim, 48,1% de mulheres e 51,9% de homens entre

os 240 respondentes ao inquérito, não havendo casos omissos. Esta

composição sexual da população inquirida está em linha com os da-

dos conhecidos sobre a população estrangeira presente em Portugal

que, em 2009, registava uma distribuição sexual praticamente idênti-

ca à da população inquirida (48,3% de mulheres e 51,7% de homens).

O equilíbrio entre os dois sexos é menos evidente no caso do agre-

gado familiar do inquirido, em que os indivíduos do sexo masculino

representam 57,5%.

Gráfico 2 - Grupo etário dos inquiridos e do seu agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos (n=236), Agregado familiar (n=59)

Agrupadas as idades dos inquiridos por grupos etários1, o grupo com

maior representação é composto por indivíduos que têm entre os 20 e

1 Apenas foram inquiridos maiores de 16 anos, tendo-se também optado por apenas considerar os membros do agregado familiar com idades superiores a esta na análise da estrutura etária.

IV -

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

os 24 anos de idade (28,4%). Seguem-se os inquiridos entre os 25 e os 29 anos de idade, com 19,9%;

os inquiridos entre os 30 e os 34 anos de idade, com 13,1% dos casos; os inquiridos entre os 35 e os 39

anos, com 10,2%; os inquiridos entre os 40 e os 44 anos de idade, com 9,7%; os inquiridos entre os 45

e os 49 (5,9%) ou 50 e 54 (5,9%) anos; e os inquiridos entre os 16 e os 19 anos, com 5,1%. Os grupos re-

lativos aos respondentes com 55 ou mais anos obtiveram frequências muito baixas, no total de 1,6%.

Em termos gerais, os dados obtidos apontam, claramente, para um perfil de imigração composto,

sobretudo, por jovens, em idade activa e/ou escolar. Nesse sentido, é de referir que cerca de três

quartos do total dos inquiridos (76,7%) se situam em idades compreendidas entre os 16 e os 39 anos,

sendo que as restantes frequências (23,3% dos casos) se distribuem por idades iguais ou superiores

a 40 anos, observando-se um claro decréscimo a partir dos 45 anos. São de assinalar importantes di-

ferenças na estrutura etária dos diversos grupos de imigrantes inquiridos. Limitando a análise às três

nacionalidades mais representadas na amostra, é possível notar que os nacionais cabo-verdianos

apresentam uma estrutura etária mais jovem do que os nacionais ucranianos e brasileiros (as idades

médias são, respectivamente, 23,8, 39,5 e 30,8 anos). Esta discrepância nas estruturas etárias fica a

dever-se à presença de uma elevada percentagem de estudantes entre os imigrantes cabo-verdianos

(82,8% dos inquiridos cabo-verdianos eram estudantes).

Relativamente aos membros do agregado familiar do inquirido verifica-se que, em traços gerais,

apresentam idades próximas das dos inquiridos (à semelhança destes, a maioria dos membros do

agregado familiar tem menos de 35 anos). Trata-se de um dado que não surpreende se atender-

mos ao facto de uma proporção significativa dos elementos do agregado familiar (42,7%) serem

o(a) cônjuge ou companheiro(a) do(a) inquirido.

Gráfico 3 - Estado civil dos inquiridos e dos membros do seu agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos (n=236), Agregado familiar (n=76)

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Relativamente ao estado civil dos inquiridos e dos membros do seu agregado familiar, é possí-

vel observar que a maioria (59,3% e 47,4%, respectivamente) é solteira. Já 27,1% dos inquiridos

são casados, seguindo-se de 10,6% em regime de união de facto. Em percentagens muito mais

baixas, surgem os restantes tipos de estado civil: divorciados (1,7%) e viúvos (1,3%). Quanto aos

elementos do agregado familiar, é de assinalar uma proporção mais elevada (quando comparada

com a dos inquiridos) de casados, o que, naturalmente, se fica a dever à já assinalada relação de

parentesco destes com os inquiridos.

Os imigrantes ucranianos afirmam, com maior preponderância, estarem casados ou viverem em

união de facto (76,6%), enquanto os cabo-verdianos e os brasileiros indicam maioritariamente

estarem solteiros (respectivamente, 93,8% e 59,3%). No caso dos inquiridos cabo-verdianos, estes

dados resultam da juventude dos inquiridos e do facto da maioria estar em Portugal para estudar

(92,5% dos inquiridos cabo-verdianos afirmaram ter deixado o seu país para estudar em Portugal).

Gráfico 4 - Nacionalidade dos inquiridos e dos membros do seu agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos (n=240), Agregado familiar (n=82)

Quando inquiridos sobre a sua nacionalidade, a generalidade dos respondentes confirmou o

seu estatuto de estrangeiro (87,1%). Refira-se que 11,6% dos respondentes é detentor de dupla

nacionalidade, mais concretamente 10,4% no caso da nacionalidade portuguesa e outra e 1,2%

para outros casos de dupla nacionalidade que não contemplam a nacionalidade portuguesa. A

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

nacionalidade dos membros do agregado familiar do inquirido apresenta uma distribuição se-

melhante, sendo de destacar a maior proporção de detentores da nacionalidade portuguesa que

resulta do casamento do inquirido imigrante com uma pessoa de nacionalidade portuguesa (dos

7 membros familiares portugueses, cinco estavam casados com o inquirido e dois eram filhos do

mesmo).

Conforme é possível verificar na tabela seguinte, os casos de dupla nacionalidade que envolvem a

posse da nacionalidade portuguesa referem-se maioritariamente a cidadãos dos países de língua

oficial portuguesa (82,6%).

Tabela 1 - Dupla nacionalidade (portuguesa e outra)

N %

Angola 3 13,0

Cabo Verde 4 17,4

Guiné-Bissau 8 34,8

Moçambique 1 4,3

Brasil 3 13,0

Ucrânia 1 4,3

Venezuela 2 13,0

Total 23 100,0

Nota: Não respostas: 2; Não aplicáveis: 216

Os poucos casos de indivíduos que, não possuindo a nacionalidade portuguesa, declaram possuir

duas nacionalidades, referem-se a cidadãos da Guiné-Bissau, Espanha, Cabo Verde e Brasil.

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Tabela 2 - Inquiridos e elementos do agregado familiar de nacionalidade estrangeira

Inquiridos Agregado familiar

N % N %

Angola 6 2,9 - -

Cabo Verde 65 31,1 1 1,5

Guiné-Bissau 18 8,6 1 1,5

Moçambique 9 4,3 - -

Brasil 54 25,8 15 22,7

Rússia 5 2,4 7 10,6

Ucrânia 30 14,4 42 63,6

Timor-Leste 4 1,9 - -

Roménia 4 1,9 - -

Outros 14 6,7 - -

Total 209 100,0 66 100,0

Nota: Não respostas: 1; Não aplicáveis: 30; Não respostas: 3; Não aplicáveis: 16

Entre os cidadãos estrangeiros inquiridos, a predominância vai para os cidadãos cabo-verdia-

nos (31,1%), os brasileiros (25,8%) e os ucranianos (14,4%). Os outros países de língua oficial

portuguesa obtêm também frequências importantes, como é o caso da Guiné-Bissau (8,6%),

Moçambique (4,3%), Angola (2,9%), Timor-Leste (1,9%) e São Tomé e Príncipe (1%), totalizan-

do 18,7%. A Rússia (2,4%), Roménia (1,9%) e Marrocos (1,4%) completam o grupo de países que

obtiveram uma representação significativa. Em relação aos membros do agregado familiar que

co-residem com o inquirido é de notar a elevada percentagem de ucranianos que resulta do facto

de dois terços dos ucranianos inquiridos ter afirmado ser casado ou viver em união de facto e de

ter a residir consigo os elementos da sua família nuclear (78,6% dos elementos que co-residem

com o inquirido eram cônjuges/companheiro(a) ou filho(a) deste).

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Gráfico 5 - Ano de chegada a Portugal dos inquiridos e dos membros do seu agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos (n=229), Agregado familiar (n=66)

Para os naturais de outros países, quando inquiridos sobre o ano de chegada a Portugal, foi pos-

sível constatar que quase metade (48%) entrou em Portugal nos últimos cinco anos e 33,2% entre

2001 e 2005, o que atesta, claramente, o carácter recente destes fluxos. Apenas 15,3% dos respon-

dentes chegaram a Portugal entre 1996 e 2000, sendo que o período anterior a 1996 representa

somente 3,5% das entradas. É de assinalar que os inquiridos ucranianos chegaram maioritaria-

mente (60%) a Portugal entre 2001 e 2005, num período marcado pela alteração da paisagem

migratória portuguesa, a qual passou a incluir uma elevada proporção de migrantes oriundos

de países com os quais não existiam relações históricas, económicas e políticas privilegiadas

(Baganha et al., 2004). Os imigrantes brasileiros inquiridos entraram no país, sobretudo após

2005 (72,2%), acompanhando, deste modo, a evolução registada na presença de brasileiros em

território nacional (Góis et al., 2009).

Os membros do agregado familiar do inquirido também chegaram, maioritariamente, a Portugal

no decurso da última década, em especial no decurso da primeira metade da mesma. Estes dados

sugerem que o processo de reagrupamento familiar ou a migração completa do agregado familiar

ocorreram de forma mais intensa no período marcado, em termos de política de imigração, pela

concessão de autorizações de permanência aos trabalhadores imigrantes que se encontravam

de forma irregular no país (Decreto-Lei n.º 4/2001, de 10 de Janeiro) e pela oportunidade de

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

regularização especialmente criada para responder à situação dos cidadãos brasileiros que se

encontravam de forma irregular no país (Lei n.º 40/2003, de 19 de Setembro).

A tabela seguinte mostra que, para a maioria dos inquiridos (73,3%), o primeiro concelho de

residência em Portugal foi o concelho de Braga ou de Guimarães. Os restantes concelhos indica-

dos como local inicial de residência pelos imigrantes apresentam valores baixos, à excepção de

Lisboa e Porto (respectivamente, 8,3% e 4,4% dos que responderam a esta questão). A informação

relativa ao local de residência inicial dos membros do agregado familiar indicia que o reagrupa-

mento familiar deve ser um dos principais motivos migratórios dos membros do agregado fami-

liar do inquirido. Com efeito, enquanto a localização residencial inicial dos inquiridos apresenta

alguma dispersão, no caso dos membros do agregado familiar essa dispersão é mínima (94,1%

dos familiares dos inquiridos dirigiu-se directamente para os concelhos de Braga e Guimarães).2

Tabela 3 - Primeiro local de residência em Portugal dos inquiridos e dos membros do agregado familiar

Inquiridos Agregado familiar

N % N %

Aveiro 2 0,9 - -

Barcelos 4 1,8 - -

Braga 111 48,7 55 80,9

Cascais 8 3,5 - -

Coimbra 2 0,9 - -

Évora 2 0,9 - -

Guimarães 56 24,6 9 13,2

Lisboa 19 8,3 - -

Odivelas 3 1,3 - -

Porto 10 4,4 1 1,5

Viseu 3 1,3 - -

Outro2 8 3,5 3 4,4

Total 228 100,0 68 100,0

Nota: Não respostas: 12; Não respostas: 17

2 Inclui, no caso dos inquiridos em Braga-Guimarães: Boticas, Esposende, Póvoa de Varzim, Santarém, Vila Nova de Famalicão, Vila Real, Vila Verde e Vizela (apontados por um inquirido cada). No caso dos membros do agregado familiar, o valor refere-se a três membros que se dirigiram inicialmente para Vila Verde.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

2 - Mercado de trabalho

No conjunto das principais ocupações exercidas pelos inquiridos no

seu país de origem é possível discernir quatro grandes grupos profis-

sionais: pessoal dos serviços e vendedores (33,3%), especialistas das

profissões intelectuais e científicas (19,8%), técnicos e profissionais

de nível intermédio (18,3%) e operários, artífices e trabalhadores si-

milares (12,7%).

Gráfico 6 - Profissão no país de origem (em %)

Nota: Não respostas: 8; Não aplicáveis: 106

Quanto ao primeiro emprego que os imigrantes exerceram em

Portugal, assiste-se a uma alteração dos grandes grupos de activida-

de: mantém-se a importância do pessoal dos serviços e vendedores

(40,3%), mas aumenta em grande escala a proporção de operários, ar-

tífices e trabalhadores similares (29,9%) e de trabalhadores não qua-

lificados (21,6%), simultaneamente com importantes decréscimos

nos técnicos e profissionais de nível intermédio e nos especialistas

das profissões intelectuais e científicas. A tendência geral que é pos-

sível observar através da comparação das estruturas profissionais dos

imigrantes no seu país de origem e aquando da chegada a Portugal,

aponta para a existência de um processo de desqualificação profissio-

nal no decurso do movimento migratório.

2 -

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 4 - Primeiro emprego exercido pelos inquiridos em Portugal segundo os principais grupos profissionais (CNP)

N %

Especialistas das profissões intelectuais e científicas 4 3,0

Técnicos e profissionais de nível intermédio 3 2,2

Pessoal dos serviços e vendedores 54 40,3

Operários, artífices e trabalhadores similares 40 29,9

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da

montagem4 3,0

Trabalhadores não qualificados 29 21,6

Total 134 100,0

Nota: Não respostas: 5; Não aplicáveis: 101

Tabela 5 - Emprego actual dos inquiridos segundo principais grupos profissionais (CNP)

N %

Membros das forças armadas 1 1,5

Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas

1 1,5

Especialistas das profissões intelectuais e científicas 8 11,9

Técnicos e profissionais de nível intermédio 9 13,4

Pessoal administrativo e similares 2 3,0

Pessoal dos serviços e vendedores 13 19,4

Operários, artífices e trabalhadores similares 13 19,4

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da

montagem8 11,9

Trabalhadores não qualificados 12 17,9

Total 67 100,0

Nota: Não respostas: 49; Não aplicáveis: 124

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Relativamente ao emprego actual dos inquiridos é possível denotar, primeiro, uma redução

do número de respondentes. Em segundo lugar, é possível testemunhar o aumento dos que se

encontram activos em profissões mais qualificadas ou de nível intermédio (Especialistas das

profissões intelectuais e científicas e Técnicos e profissionais intermédios). Em terceiro lugar,

verifica-se uma redução dos activos em profissões menos qualificadas (Pessoal dos serviços,

Agricultores e Trabalhadores não qualificados). Parece, assim, existir um movimento no sentido

da recomposição da estrutura profissional que os imigrantes tinham nos seus países de origem.

É, contudo, necessário relativizar este movimento de mobilidade profissional ascendente, uma

vez que a redução dos imigrantes empregues em profissões pouco ou nada qualificadas pode

ficar a dever-se à redução dos empregos nestes sectores em resultado da crise económica que o

país atravessa.

O gráfico seguinte sintetiza a mobilidade profissional registada entre o primeiro e o actual em-

prego, sendo claramente visível a diminuição dos ocupados em profissões menos qualificadas e o

aumento dos inquiridos empregues em profissões intermédias ou qualificadas.

Gráfico 7 - Evolução profissional dos inquiridos entre o primeiro e o actual emprego (em %)

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 6 - Forma de obtenção do primeiro emprego em Portugal

N %

Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico 63 43,8

Através de “recrutador”/”angariador” no país de origem 7 4,9

Através de patrão português 13 9,0

Através de patrão imigrante da mesma origem étnica 5 3,5

Através de patrão imigrante de outra origem étnica 3 2,1

Através de amigos/conhecidos portugueses 27 18,8

Resposta a anúncio 16 11,1

Serviços de emprego 4 2,8

Criação do próprio emprego 3 2,1

Outras forma 3 2,1

Total 144 100,0

Nota: Não respostas: 96

Para a obtenção do primeiro emprego em Portugal, os inquiridos aos quais era aplicável a ques-

tão, deram conta da importância das redes de sociabilidade para obtenção de uma ocupação.

Destes, 43,8% afirmou que as redes sociais compostas por membros do mesmo grupo nacional

(familiares e amigos) foram o mecanismo principal para a obtenção do primeiro emprego em

Portugal, seguindo-se os amigos e conhecidos portugueses (18,8%), a resposta a anúncios (11,1%)

e os patrões portugueses (9%).

A importância das redes sociais étnicas decresce quando se questionam os imigrantes sobre a

forma de obtenção do seu emprego actual. Neste caso, a percentagem dos que contaram com a

ajuda dos familiares ou amigos do mesmo grupo nacional para a obtenção do seu emprego é de

25,7%. A forma de obtenção do emprego actual denota uma maior independência do imigrante

em relação às redes de sociabilidade étnica, com 27,5% dos inquiridos a afirmarem terem obtido

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

ajuda de amigos ou conhecidos portugueses, 13,8% através de resposta a anúncio e 10,1% através

de patrões portugueses.

A redução da relevância das redes sociais étnicas na obtenção do emprego actual, verificada já

noutros estudos (Baganha et al., 2004; Baganha et al., 2010; Góis e Marques, 2010), encontra-se

relacionada com o acesso a um conjunto de informação variada sobre o mercado de trabalho de-

corrente do prolongar da estada em território nacional e da adopção de estratégias direccionadas

para a inserção em empregos com características diferentes dos ‘oferecidos’ pela comunidade

étnica.

Tabela 7 - Forma de obtenção do emprego actual

N %

Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico 28 25,7

Através de “recrutador”/”angariador” no país de origem 1 ,9

Através de patrão português 11 10,1

Através de patrão imigrante da mesma origem étnica 2 1,8

Através de patrão imigrante de outra origem étnica 4 3,7

Através de amigos/conhecidos portugueses 30 27,5

Resposta a anúncio 15 13,8

Serviços de emprego 9 8,3

Criação do próprio emprego 4 3,7

Outras forma 5 4,6

Total 109 100,0

Nota: Não respostas: 131

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

A fonte de rendimento principal de 44,3% dos inquiridos é o trabalho. Já 28,5% dos respondentes

afirmaram estar a cargo de familiares. Seguiram-se 10,6% de inquiridos que assinalaram como

principal meio de vida a opção ‘outros casos’, 6% que indicaram os apoios sociais como principal

fonte de rendimento, 3,8% que subsistiam em Portugal através da realização de biscates, 3% que

recebiam subsídios temporários de desemprego e 1,7% que auferiam o seu rendimento principal

de subsídios sociais de inserção. As restantes opções de resposta foram seleccionadas por uma

minoria de inquiridos: 0,9% indicaram como fonte de rendimento ‘outros subsídios temporários’,

0,9% pensões ou reformas e 0,4% subsídios temporários de doença.

Tabela 8 - Principal de meio de vida dos inquiridos e dos membros do agregado familiar

Inquiridos Agregado familiar

N % N %

Trabalho 104 44,3 42 54,5

Rendimento social de inserção 4 1,7 - -

Pensão/reforma 2 0,9 3 3,7

Subsídio temporário de doença 1 0,4 1 1,2

Subsídio temporário de desemprego 7 3,0 1 1,2

Outros subsídios temporários 2 0,9 - -

Apoio social 14 6,0 - -

A cargo da família 67 28,5 20 24,4

Biscates 9 3,8 2 2,4

Outra situação 25 10,6 8 9,8

Total 235 100,0 77 100,0

Nota: Não respostas: 6; Não respostas: 8

As fontes de rendimento dos membros do agregado familiar são, de uma forma geral, semelhan-

tes às do inquirido, o que no caso dos migrantes activos evidencia que se trata de projectos mi-

gratórios que se direccionam para a inserção no mercado de trabalho. Quanto aos que afirmaram

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

estarem a cargo da família, está-se perante uma situação diferente da do inquirido. Enquanto este

se encontra em Portugal para prosseguir os seus estudos académicos, os membros do agregado

familiar que indicaram o referido meio de vida são filhos do inquirido que se encontram a estudar

em Portugal.

Relativamente aos que indicaram que a sua principal fonte de rendimento era ‘outra’ é possível

verificar que a maioria (94,2%) indicou receber uma bolsa de estudo ou de investigação que lhe

permite viver em Portugal. Trata-se de um resultado natural atendendo ao elevado número de

estudantes inquiridos pela equipa que realizou o trabalho de campo.

Gráfico 8 - Condição perante a actividade económica do inquirido e dos membros do agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos (n=232); Agregado familiar (n=77)

Sobre a condição dos inquiridos perante a actividade económica, a maioria (41,8%) é estudante.

Seguem-se 38,4% que se apresentaram como sujeitos activos, com profissão. A hipótese relativa

ao desemprego contou com 11,2% do total das frequências obtidas, 5,6% dos inquiridos afirma-

ram estar à procura do primeiro emprego, 2,6% seriam domésticas/os e 0,4% reformados/as. Os

membros do agregado familiar co-residente com o inquirido apresentam uma maior percenta-

gem de activos com profissão (61,2%) e uma menor proporção de estudantes (26,9%).

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 9 - Tempo de desemprego dos inquiridos (em anos)

Nota: Não respostas: 1; Não aplicáveis: 216

As situações de desemprego têm, geralmente, duração inferior a um ano (62,5%), havendo, con-

tudo, 37,5% dos inquiridos que declaram encontrar-se em situação de desemprego prolongado

(superior a um ano).

Dos inquiridos que se encontravam à procura do primeiro emprego, 75% (três indivíduos) encon-

travam-se há dois ou mais anos à procura de emprego.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 10 - Regime de trabalho dos inquiridos e dos membros do agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos (n=234), Agregado familiar (n=67)

Dos que indicaram exercer uma actividade profissional, 85,7% dos inquiridos e 97,3% dos mem-

bros do seu agregado familiar afirmaram que o faziam de forma permanente ou regular, sendo

reduzidas as situações em que o regime de trabalho é ocasional.

Tabela 9 - Situação na profissão dos inquiridos

Inquiridos Agregado familiar

N % N %

Trabalhador por conta de outrem 80 87,9 39 97,5

Trabalhador por conta própria sem empregados 5 5,5 1 2,5

Trabalhador por conta própria com empregados 1 1,1 - -

Trabalhador familiar não remunerado 1 1,1 - -

Outra situação 4 4,3 - -

Total 91 100,0 40 100,0

Nota: Não respostas: 4; Não aplicáveis: 145; Nota: Não respostas: 5; Não aplicáveis: 40

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

A generalidade dos imigrantes inquiridos que no momento do inquérito se encontrava a exercer

uma actividade profissional afirmou serem trabalhadores por conta de outrem (87,9%). Apenas

6,6% afirmaram serem trabalhadores por conta própria (com ou sem empregados), 4,3% indicou

outras situações (como, por exemplo, bolseiros) e 1,1% referiram serem trabalhadores familiares

não remunerados. Quanto aos membros do agregado familiar do inquirido, é possível verificar a

existência de apenas duas situações, sendo que a dominante é a dos trabalhadores por conta de

outrem.

Gráfico 11 - Número de empregos em Portugal (em %)

Nota: Não respostas: 564

Quanto ao número de empregos que os inquiridos já exerceram em Portugal, é possível constatar

uma elevada percentagem de imigrantes que já mudou de emprego após a sua chegada a Portugal

(60,2%). Nalguns casos, a mudança de emprego é bastante frequente (16,7% referiu ter já tido

cinco ou mais empregos em Portugal).

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 12 - Tipo de vínculo contratual do inquirido e dos membros do agregado familiar (em %)

Nota: Inquiridos: Não respostas: 6; Não aplicáveis: 153; membros do agregado: Não respostas: 5; Não aplicáveis: 42

Sobre a situação contratual dos inquiridos que trabalham, 46,3% possuem contratos de tra-

balho sem termo, 37,8% possuem contratos com termo, 14,6% trabalham sem contrato e 1,2%

encontram-se em situação de trabalho a recibos verdes. A mesma distribuição é possível observar

nos membros familiares do inquirido que exercem uma profissão. A única excepção relevante é

formada pelos que trabalham em ‘regime’ de recibo verde que são percentualmente mais no caso

dos membros familiares.

Quanto ao local de trabalho, a maioria dos inquiridos afirmou exercer a sua actividade profissio-

nal no concelho em que reside (85,3%). Os 12,6% que referiram trabalhar num concelho diferente

daquele em que residem, indicaram como local de trabalho um concelho limítrofe ao da sua

residência (em especial o concelho de Braga para os residentes em Guimarães e o concelho de

Guimarães para os residentes em Braga, Tabela 10).

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 13 - Local de trabalho ou estudo do inquirido e dos membros do agregado familiar (em %)

Nota: Não respostas: 49; membros do agregado: Não respostas: 39

Tabela 10 - Outro concelho de trabalho (diferente do concelho de residência)

N %

Guimarães 10 43,5

Braga 13 56,5

Total 23 100,0

Nota: Não respostas: 1, Não aplicáveis: 216

Dos três inquiridos que referiram um outro país como local do seu trabalho, os países indicados

foram: Timor-Leste, Países Baixos e Brasil.

Aos inquiridos, foi perguntado se, durante o tempo de permanência em Portugal, realizaram

períodos de trabalho no estrangeiro. Aproximadamente 94% dos inquiridos referiram nunca ter

despendido uma temporada de trabalho no estrangeiro.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 14 - Temporada de trabalho no estrangeiro

Nota: Não respostas: 8 (n=232)

3 - Habitação/Vulnerabilidades sociais

O conjunto de questões analisadas de seguida refere-se às condições

de habitação dos inquiridos. Trata-se de questões relevantes para

aferir a integração dos imigrantes no espaço habitacional português e

que permitem verificar o tipo de habitação escolhida pelos imigran-

tes ou aquela que se encontra disponível para ser ocupada por estes.

A maioria dos imigrantes inquiridos reside num alojamento clássico

(66,5%). Já 15,3% dos respondentes, referiram residir numa parte de

uma casa (num quarto ou partilhando a casa com outros inquilinos).

Numa pensão ou residencial vivem 8,9% dos inquiridos e em residên-

cias universitárias estão instalados 9,3% destes.

3 -

HAB

ITAÇ

ÃO/V

ULN

ERAB

ILID

ADES

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CIA

IS

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 15 - Tipo de alojamento em que residem os inquiridos (em %)

Nota: Não respostas: 4 (n=236)

A residência num alojamento clássico é comum à maior parte dos inquiridos das três princi-

pais nacionalidades (cabo-verdianos, brasileiros e ucranianos), embora em proporção variável

(respectivamente, 48,4%, 72,2% e 87,1%). Aproximadamente um terço dos respondentes cabo-

verdianos (37,5%) afirmou residir em partes de casa ou numa pensão ou residencial, o que se

justifica pela elevada proporção de estudantes inquiridos.

Relativamente à situação jurídica do alojamento, 60,4% dos respondentes deram conta de terem

arrendado um espaço para habitação no mercado privado formal. Seguiram-se 11,5% dos res-

pondentes, que indicaram ser proprietários da habitação em que residem, no contexto do merca-

do formal. Outras formas de alojamento indicadas representam 18,7% das respostas e referem-se

a situações de subarrendamento (9,4%), arrendamento social (8,9%), ou à residência em casa de

amigos sem necessidade de pagar renda (0,4%). A categoria residual ‘outras situações’ foi esco-

lhida por 9,4% dos inquiridos e refere-se, sobretudo, a indivíduos que habitam uma residência

universitária (correspondem a 90% dos que escolheram a opção ‘outras situações’)3.

3 Os restantes casos referem-se a inquiridos a residir em alojamento providenciado pela Igreja (um caso) e pelo empregador (um caso).

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 16 - Situação jurídica do alojamento em que residem os inquiridos (em %)

Nota: Não respostas: 5

Questionados sobre a intenção de adquirir casa em Portugal, a maioria dos inquiridos afirmou

não ter a intenção de comprar habitação (39,2%) ou de ainda não ter pensado no assunto (34,3%).

Noutro sentido, 18,7% dos inquiridos assumiu a vontade de comprar casa em Portugal, mas sem

nunca ter procurado, e 7,7% pretende comprar casa e já procurou.

Entre os inquiridos que assumiram a vontade de comprar casa em Portugal, 54,5% (6 casos) refe-

riram que pretendem que a mesma se situe no concelho de residência actual, sendo que para os

restantes a casa deverá situar-se noutro concelho que não o de residência actual.

Gráfico 17 - Intenção de comprar casa em Portugal dos inquiridos (em %)

Nota: Não respostas: 4; Não aplicáveis: 27

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

As questões seguintes procuram conhecer as condições físicas da habitação em que os inquiridos

residiam no momento do inquérito.

Gráfico 18 - Número de divisões do alojamento (em %)

Nota: Não respostas: 39

Mais de três quartos dos inquiridos afirmaram residir num alojamento com duas, três ou quatro

divisões (77,6%).

Antes de passar à análise das condições que caracterizam as habitações em que residem os inqui-

ridos, importa assinalar que apenas se fará referência à percentagem de indivíduos que indicaram

a existência do equipamento questionado na sua habitação. Da não indicação de um destes equi-

pamentos não se pode, contudo, concluir pela sua não inexistência, uma vez que o questionário

apenas solicitava que se assinalasse a existência do equipamento: o não assinalar de determinado

equipamento pode, por isso, significar quer a sua não existência, quer uma não resposta.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 19 - Condições das habitação em que residem os inquiridos (em %)

A quase totalidade dos espaços habitados pelos inquiridos dispõe de casa de banho (98,3%),

abastecimento por água da rede pública (92,5%) e água quente (95%). A existência de aqueci-

mento central ou de aquecedores móveis nos alojamentos dos imigrantes foi referido por 70,8%

dos inquiridos.

Quanto aos equipamentos disponíveis nos alojamentos dos inquiridos e co-habitantes, é possível

constatar que o telefone fixo está presente em 45% dos alojamentos e o telemóvel está disponí-

vel para 85,4% das famílias co-habitantes. Quanto aos equipamentos de apoio nas actividades

domésticas, denota-se a fraca presença da máquina de lavar loiça está (disponível em 17,9% dos

alojamentos) e a existência de máquina de lavar roupa e de micro-ondas em mais de dois terços

dos agregados entrevistados (respectivamente em 81,7% e 75,4% dos alojamentos).

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 20 - Equipamentos disponíveis nos alojamentos dos inquiridos e familiares que co-habitam com o inquirido (em %)

Relativamente aos meios de transporte do inquirido ou do familiar que com ele co-habita, é de

assinalar a baixa percentagem de inquiridos que afirmou dispor de meio de transporte (motorizada

ou automóvel).

De notar, ainda, que a maioria dos inquiridos afirmou a existência de computador pessoal (70%),

televisão por cabo ou antena parabólica (57,5%) e acesso residencial à internet (59,6%) no seu

espaço doméstico.

Gráfico 21 - Pessoas a residir com o inquirido, para além dos membros do agregado familiar

Nota: Não respostas: 13

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Quando questionados sobre a existência de mais indivíduos a residir com o inquirido para lá

dos membros do próprio agregado familiar, a maioria dos respondentes negou haver outros co-

habitantes, uma vez que apenas 36,6%, referiu haver pessoas nesta situação a residir no mesmo

espaço habitacional. O número de pessoas não pertencentes ao agregado familiar que residem

com o inquirido varia entre uma e seis, com 80,6% a mencionar que residiam consigo entre uma

e três pessoas.

Gráfico 22 - Número de pessoas co-residentes não pertencentes ao agregado familiar (em %)

Nota: Não respostas: 6; Não aplicáveis: 158

A maioria das pessoas a residir em regime de co-habitação com o inquirido é do mesmo país de

origem do inquirido. Com efeito, dos 77 inquiridos que responderam afirmativamente à questão

sobre a co-habitação com pessoas de fora do seu agregado familiar, 55 referiram que estas pesso-

as provinham do mesmo país de origem do respondente.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 23 - Quantas pessoas que co-habitam com o inquirido são do país de origem do inquirido

Nota: Não respostas: 29; Não aplicáveis: 157

Na escolha da habitação actual pesaram, para os inquiridos, sobretudo, motivos não listados no questionário (25,3%)4. Para além do conjunto de motivos que poderá estar incluído na escolha da opção residual ‘outro motivo’, é de assinalar, como determinantes principais na escolha da habita-ção, a proximidade face a familiares e amigos (16,4%), o local onde obtiveram emprego (15,8%), um nível de vida mais acessível (13,3%), os preços mais baixos da habitação (8,3%), a boa qualidade do ambiente natural (7,5%) e o local de residência de outros imigrantes da mesma origem (4,2%). As restantes opções de resposta obtiveram valores mais reduzidos que, no total, não chegam aos 10%.

Tabela 11 - Motivos de escolha do concelho de residênciaRespostas % de casosN %

Local onde encontrou emprego 57 15,8 24,6Boa qualidade do ambiente natural 27 7,5 11,6

Boa imagem dos habitantes e do ambiente social 11 3,1 4,7Bons acessos viários/acessibilidades 11 3,1 4,7

Local de residência de muitos imigrantes da mesma origem 15 4,2 6,5Proximidade face a familiares ou amigos 59 16,4 25,4

Preços mais baixos na habitação 30 8,3 12,9Nível de vida mais acessível 48 13,3 20,7

Qualidade mais elevada nas habitações existentes 8 2,2 3,4Pelos serviços e comércio que oferece 3 0,8 1,3

Outro motivo 91 25,3 39,2Total 360 100,0 155,2

4 Dado principalmente pela utilização de residências universitárias pelo grande número de estudantes inquiridos.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

A proporção de estudantes inquiridos, faz-se reflectir no

nível de habilitações obtidas, uma vez que os níveis de ha-

bilitações superiores apresentam valores acima da média

existente no país. Note-se que 39,3% dos respondentes a

esta questão, completaram o ensino secundário, seguidos por 20,5%

que finalizaram uma licenciatura. Seguem-se 14,5% dos responden-

tes com o 3º ciclo do ensino básico, 7,7% com o grau de mestre, outros

7,7% que completaram cursos do ensino técnico/profissional, 6,4%

que completaram um bacharelato e 1,7% que terminaram outros ní-

veis de ensino.

Gráfico 24 - Nível de ensino mais elevado concluído (em %)

Nota: Não respostas: 7

A comparação das habilitações académicas dos grupos nacionais

mais inquiridos, mostra que os imigrantes ucranianos apresentam

um nível de formação escolar mais elevado do que os restantes gru-

pos: 46,7% dos ucranianos que responderam a esta questão possuía

um curso superior, valor que se reduz para 34% no caso dos brasilei-

ros e 24,6% no caso dos cabo-verdianos.

Quando solicitados para avaliarem o seu nível de conhecimento da

língua portuguesa, a maioria dos respondentes (71,3%), deu conta

de ter um bom ou um muito bom domínio de língua. Para 23,2% dos

inquiridos, o conhecimento da língua é suficiente e apenas 5,6% dos

4 -

EDU

CAÇ

ÃO

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

respondentes afirmou ter um fraco domínio do português. Como seria de esperar, a maioria dos

inquiridos nacionais de um país de língua oficial portuguesa referiram um bom ou um muito

bom domínio da língua portuguesa. Os imigrantes ucranianos, por seu lado, mencionaram um

menor domínio da língua portuguesa, sendo que 46,7% afirmou ter um domínio suficiente e

16,7% considerou mesmo ter uma fraca proficiência da língua lusa.

Gráfico 25 - Nível de conhecimento da língua portuguesa (em %)

Nota: Não respostas: 8

O facto de uma proporção significativa dos inquiridos (66,3%) ser originária de um país de língua

portuguesa, justifica que mais de metade tenha afirmado nunca ter sentido necessidade de fre-

quentar um curso de língua portuguesa.

Gráfico 26 - Frequência de curso de língua portuguesa (em %)

Nota: Não respostas: 10

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

5 - Dificuldades de integraçãoPara avaliar o grau de integração dos imigrantes em Portugal, foram

utilizados diferentes quadros, constituídos por escalas de opiniões e

atitudes, para diferentes itens. Cada item classificado pelos inquiridos

é resumido na tabela seguinte:

Tabela 12 - Grau de dificuldade sentida pelos imigrantes no processo de integração aquando da chegada a Portugal

Grau de dificuldade face a diferentes

aspectos1 2 3 4 5 N

Solidão 24,4 20,5 24,4 19,2 11,5 234

Clima 16,7 12,4 25,6 27,4 17,9 234

Língua 34,5 23,3 21,1 7,3 13,8 232

Saúde 34,8 37,0 18,5 7,0 2,6 227

Regularização/legalização 37,3 20,2 13,6 12,3 16,7 228

Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses

26,7 23,6 12,0 19,1 18,7 225

Integração no mercado de trabalho 16,3 18,4 20,5 23,7 21,1 190

Obtenção de profissão correspondente às

habilitações e experiência16,2 17,3 20,4 23,6 22,5 191

Integração na escola/sucesso escolar 23,3 22,8 29,5 18,1 6,2 193

Obtenção de equivalências escolares 30,3 22,3 24,5 12,2 10,6 188

Acesso e custo da habitação 27,7 34,1 18,6 15,5 4,1 220

Acesso e custo dos transportes 32,7 29,5 22,6 12,9 2,3 217

Comportamento e atitude dos portugueses 11,9 17,3 40,3 20,8 9,7 226

Discriminação e racismo 17,2 17,6 33,0 21,0 11,2 233

Nota: 1=Nada difícil; 5=Muito difícil

5 -

DIF

ICU

LDAD

ES D

E IN

TEG

RAÇ

ÃO

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Para 44,9% dos inquiridos, a solidão ou o facto de não conhecer ninguém aquando da chegada

não representou um problema, o que, certamente, se fica a dever à existência de redes de sociabi-

lidades étnicas que, como é sabido, tendem a contribuir para minorar as dificuldades iniciais dos

imigrantes neste domínio. Há, contudo, 30,7% de inquiridos que afirmaram que o facto de não

conhecerem ninguém e o sentimento de solidão daí decorrente, se constitui como um aspecto

difícil ou muito difícil.

O clima foi considerado como um aspecto difícil ou muito difícil por 45,3% dos inquiridos e nada

difícil ou pouco difícil por 29,1% dos inquiridos que responderam a esta questão.

A questão da língua não foi, por seu lado, em geral, considerada uma dificuldade aquando da

chegada a Portugal, o que se fica a dever ao facto da maioria dos inquiridos ser originária de um

país de língua oficial portuguesa. Para 21,1% dos respondentes, a língua constitui uma dificulda-

de, e a mesma percentagem manifestou uma posição neutra relativamente a este aspecto.

Os aspectos relacionados com a saúde (acesso aos cuidados de saúde) não foram, na maioria dos

casos, considerados problemáticos. Praticamente três quartos dos respondentes (71,8%) afirma-

ram que os aspectos relacionados com a saúde não constituíram uma dificuldade no momento

da chegada a Portugal. Somente 9,6% dos inquiridos afirmaram terem sentido dificuldades neste

aspecto.

Nos assuntos relacionados com a regularização e/ou legalização da sua situação em Portugal,

29% dos inquiridos afirmou tratar-se de uma aspecto difícil ou muito difícil, enquanto 57,5% con-

siderou que não sentiu dificuldades neste aspecto, quando chegou a Portugal.

A burocracia dos serviços portugueses e aspectos relacionados com o processo de obtenção de

documentos, não foram considerados aspectos difíceis por 50,3% dos respondentes. Pouco mais

de um terço dos inquiridos (37,8%) referiu, contudo, ter sentido dificuldades ou muitas dificul-

dades neste aspecto.

A integração geral no mercado de trabalho nacional, foi um dos aspectos em que os inquiridos in-

dicaram terem sentido mais dificuldades. Efectivamente, 44,8% afirmaram terem sentido dificul-

dades ou muitas dificuldades neste domínio, enquanto 34,7% referiu não ter sentido dificuldades

na integração geral no mercado de trabalho.

Também o processo de obtenção de uma profissão correspondente às habilitações e experiência

do inquirido, no momento da chegada a Portugal, constitui um aspecto em que os imigrantes

sentiram dificuldades ou muitas dificuldades (46,1%).

A integração na escola/sucesso escolar, não foi considerada difícil para 46,1% dos inquiridos, sen-

do difícil ou muito difícil para 24,3% dos inquiridos. No que concerne ao processo de obtenção de

equivalências escolares, a maioria dos inquiridos (52,6%) declarou não ter sentido dificuldades

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

quando chegou a Portugal e 22,8% referiu ter sentido dificuldades ou muitas dificuldades neste

aspecto.

O acesso e o custo da habitação, não representaram dificuldades para os imigrantes, quando che-

garam a Portugal. A maioria (61,8%), referiu que não teve dificuldades com estes aspectos e 19,6%

dos inquiridos mencionaram que as questões habitacionais foram difíceis ou muito difíceis.

Ao nível dos transportes, os imigrantes também encontraram poucas dificuldades. Este aspecto,

apenas foi considerado como gerador de dificuldades ou de muitas dificuldades por 15,2% dos

inquiridos.

Um aspecto que, de acordo com as respostas dos inquiridos, parece ter gerado algumas dificul-

dades, relaciona-se com o comportamento e a atitudes dos portugueses. Na verdade, 30,5% dos

inquiridos assinalaram ter sentido dificuldades ou muitas dificuldades neste domínio, enquanto

29,2% referiram que não foi problemático.

A discriminação e o racismo, não foram considerados aspectos difíceis por 34,8% dos imigrantes,

mas 32,2% assinalaram que sentiram dificuldades ou muitas dificuldades com esta questão no

momento da chegada a Portugal.

Questionados sobre o seu grau de dificuldade actual, relativamente aos mesmos aspectos, os imi-

grantes apresentaram as respostas constantes da tabela seguinte.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 13 - Grau de dificuldade sentido actualmente pelos imigrantes no processo de integração

Grau de dificuldade face a diferentes aspectos 1 2 3 4 5 N

Solidão 53,1 32,9 10,8 0,9 2,3 213Clima 31,0 33,3 25,9 6,5 3,2 216Língua 54,9 22,5 16,4 3,8 2,3 213Saúde 42,5 32,2 13,1 8,9 3,3 214

Regularização/legalização 45,0 25,4 11,0 5,7 12,9 209Obtenção de documentos/burocracia

dos serviços portugueses 31,4 29,0 16,4 9,2 14,0 207

Integração no mercado de trabalho 20,8 23,1 26,6 15,0 14,5 173Obtenção de profissão correspondente

às habilitações e experiência 18,4 17,8 24,7 18,4 20,7 174

Integração na escola/sucesso escolar 31,7 33,3 23,0 7,1 4,9 183

Obtenção de equivalências escolares 35,5 27,4 19,9 10,2 7,0 186Acesso e custo da habitação 40,3 31,1 16,0 9,7 2,9 206

Acesso e custo dos transportes 42,1 31,7 13,9 9,9 2,5 202Comportamento e atitude dos

portugueses 18,1 32,9 32,4 12,9 3,8 210

Discriminação e racismo 19,4 31,5 30,1 10,6 8,3 216

Nota: 1=Nada difícil; 5=Muito difícil

Em geral, denota-se que, com o prolongar da sua estada em Portugal, os imigrantes experimen-

taram uma diminuição das dificuldades em todos os domínios apresentados no inquérito. Em

muitos dos aspectos, esta evolução foi particularmente significativa, havendo mais de 50% dos

inquiridos que declararam que não sentem dificuldades nas diferentes dimensões apresentadas.

A redução das dificuldades com o tempo de permanência, relatada pelos imigrantes é, igualmen-

te, visível no Gráfico 27, em que se apresentam as médias das respostas dadas a cada um dos itens

relativos ao processo de integração. Na verdade, se se calcular um índice a partir das respostas

dadas a cada um destes aspectos (calculando o valor médio das respostas dadas e criando, assim,

um “índice de dificuldade”)5, é possível sumariar a evolução atrás descrita com a indicação de que

o valor médio do índice de dificuldade, passou de um valor ligeiramente superior ao ponto inter-

médio da escala (2,7), para um valor ligeiramente abaixo desse mesmo ponto (2,3). Refira-se que,

das dificuldades que integravam o conjunto com valores médios mais elevados à chegada, isto é,

que eram identificadas como mais difíceis naquele momento (clima, integração no mercado de

5 α=0.83 no caso dos aspectos referentes à chegada e α=0.87 para os aspectos no momento do inquérito.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

trabalho, profissão correspondente às habilitações possuídas, comportamento dos portugueses,

discriminação e racismo, obtenção de documentos e solidão), aquelas em que menos se sentiu

atenuação do grau de dificuldade – e que mantêm valores médios acima do valor intermédio – se

situam no domínio do emprego (integração no mercado de trabalho e profissão correspondente

às habilitações possuídas), o que evidencia bem as dificuldades associadas à presente conjuntura

económica. Para além destas, apenas as questões associadas ao comportamento dos portugue-

ses, com destaque para a discriminação/racismo, mantêm, na actualidade, níveis médios de

dificuldade próximos de 2,5.

Gráfico 27 - Evolução do grau de dificuldade sentido pelos imigrantes (médias dos diferentes aspectos)

Nota: 1=Nada difícil; 5=Muito difícil

Conforme é possível verificar no Gráfico 28, esta tendência de redução das dificuldades registou-

se nas três principais comunidades inquiridas, sendo mais expressiva no caso dos imigrantes

brasileiros e ucranianos.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 28 - Evolução do Índice de Dificuldade Global sentido pelos imigrantes dos principais grupos nacionais inquiridos.

Nota: 1=Nada difícil; 5=Muito difícil

No que respeita ao conjunto de questões relativas à integração, o tratamento foi semelhante ao

anterior. Neste caso, pretendia-se saber o que é considerado importante, por parte dos imigran-

tes, para que a sua integração seja profícua, a partir da classificação de determinadas hipóteses

pré-definidas:

Tabela 14 - Aspectos importantes para o sentimento de integração em Portugal

1 2 3 4 5 NTer família em Portugal 6,5 6,0 9,1 28,9 49,6 232Ter amigos portugueses 2,5 5,1 23,7 34,3 34,3 236Ter os filhos na escola 7,6 8,1 11,0 26,2 47,1 210Falar bem português 6,5 6,0 9,1 28,9 49,6 232

Estar empregado 2,5 5,1 23,7 34,3 34,3 236

Ter os mesmos comportamentos e hábitos culturais que os portugueses 7,6 8,1 11,0 26,2 47,1 210

Conseguir comprar casa em Portugal 1,3 4,3 17,4 30,4 46,5 230Ter carro 1,3 6,3 8,0 23,7 60,7 224

Obter a nacionalidade portuguesa 20,4 20,4 35,4 15,9 8,0 226Nota: 1=Nada importante; 5=Muito importante

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Na Tabela 14, é possível verificar a importância atribuída à generalidade dos factores apresenta-

dos no inquérito, para uma melhor integração em Portugal. A excepção, é a importância atribuída

à aquisição da nacionalidade portuguesa que é considerada como muito importante para o pro-

cesso de integração por “somente” 23,9% dos respondentes a esta questão. Trata-se de um dado

interessante, se atendermos a que a aquisição da nacionalidade é um aspecto que é habitualmen-

te apresentado como determinante para uma integração plena dos imigrantes nas sociedades de

acolhimento.

Inquiridos sobre se se sentiam, ou não, integrados em Portugal, 49,2% dos respondentes afirmou

estar integrado, havendo 26,5% que afirmaram estar muito integrados e 7,6% que disseram estar

plenamente ou muitíssimo integrados. Noutra direcção, surgem 16,4% de respondentes que re-

velaram estar pouco integrados, e apenas uma pequena percentagem de 0,4% afirmaram estar

nada integrados.

Gráfico 29 - Nível de integração em Portugal (em %)

Nota: Não respostas: 2

A opção pela categoria intermédia da escala apresentada aos inquiridos, é verificável nas três

principais comunidades inquiridas. Todas elas afirmaram, com valores percentuais próximos,

sentirem-se globalmente integradas na sociedade portuguesa. De assinalar que os imigrantes

ucranianos referiram com maior incidência um sentimento de pouca integração.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 30 - Nível de integração em Portugal, por grupo nacional (em %)

Na análise dos processos de integração dos imigrantes, assume particular relevância a percepção

da discriminação pelos próprios, dado que, como referido por diversos autores, esta percepção

influencia o relacionamento interpessoal e intergrupal dos indivíduos que se auto-percepcionam

como estando a ser vítimas de discriminação (Branscombe et al., 1999, Leonardelli e Tormala,

2003). Importa, por isso, analisar as diferentes questões que, sobre este assunto, foram incluídas

no questionário.

Para os inquiridos, persistem situações de discriminação por motivos étnicos ou raciais face aos

imigrantes em Portugal (62,9%). Praticamente todos os grupos de imigrantes reportaram terem

experimentado situações de discriminação. A excepção é constituída pelos imigrantes ucrania-

nos que, na sua maioria (62,1%), afirmaram não se terem sentido discriminados por motivos

raciais ou étnicos em Portugal.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 31 - Discriminação por motivos étnicos ou raciais em Portugal

Nota: Não respostas: 3

As situações de discriminação identificadas pelos inquiridos, ocorreram num conjunto diversifi-

cado de situações. As mais frequentemente identificadas, tiveram lugar em contexto laboral (no

trabalho ou na entrevista para o emprego), no momento do arrendamento de uma habitação, na

escola, ou aquando realização de compras. Tratam-se de áreas centrais da vida em sociedade, pelo

que o tratamento discriminatório identificado pelos imigrantes pode influenciar o seu processo de

integração.

Tabela 15 - Situações de discriminação

Respostas% de casos

N %Num serviço público 20 6,5 14,1

Num banco/organismo de concessão de crédito 21 6,8 14,8

Numa entrevista de emprego 35 11,3 24,6No arrendamento de uma casa/

quarto 31 10,0 21,8

Nos transportes públicos 26 8,4 18,3Quando utilizou taxis 15 4,9 10,6

Quando fazia compras num supermercado 37 12,0 26,1

Num café, restaurante ou serviço similar 23 7,4 16,2

No trabalho 42 13,6 29,6Na escola 37 12,0 26,1

Outras situações 22 7,1 15,5

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Quando se cruza esta informação com a origem nacional do inquirido, pode observar-se que,

em geral, os imigrantes de Leste declaram ter-se sentido discriminados, sobretudo, no trabalho e

na realização de compras; os imigrantes brasileiros, num serviço público, numa entrevista para

emprego ou no arrendamento do alojamento; e os imigrantes cabo-verdianos, nos transportes

públicos e na escola.

Gráfico 32 - Principais situações de discriminação por grupo nacional

Quando questionados sobre, se em Portugal os imigrantes são discriminados, 59,9% dos inqui-

ridos responderam afirmativamente, indicando que os imigrantes são discriminados algumas

vezes. Para 34,2%, os imigrantes, são discriminados muitas vezes. Apenas 5,9% dos inquiridos

referiram que os imigrantes em Portugal não são discriminados. Esta opinião, é partilhada pelos

inquiridos das três principais nacionalidades que se têm vindo a considerar, sendo que os imi-

grantes ucranianos afirmaram com maior preponderância que os imigrantes são discriminados

algumas vezes, e os imigrantes cabo-verdianos indicam em maior percentagem que os imigrantes

são discriminados muitas vezes.

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 33 - Opinião sobre discriminação de imigrantes em Portugal (em %)

Nota: Não respostas: 3

Gráfico 34 - Opinião sobre discriminação de imigrantes em Portugal, por nacionalidade do inquirido (em %)

É de assinalar a maior percentagem de inquiridos que declararam que os imigrantes, em geral,

são muitas ou alguma vez discriminados do que aqueles que afirmaram terem-se sentido dis-

criminados (94,1% e 62,9%, respectivamente). O aumento da percepção da discriminação dos

imigrantes, em geral, comparativamente à experiência pessoal do inquirido, pode ser o resultado

do funcionamento de um estereótipo de relações interculturais, que conduz os inquiridos a res-

ponderem de forma mais negativa quando questionados relativamente a um grupo abstracto (“os

imigrantes em geral”) (Lages et al., 2006).

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Entre os inquiridos, 72,2% declararam não possuir uma

licença de condução válida em Portugal, o que ajuda a ex-

plicar a baixa percentagem de inquiridos que declarou não

possuir automóvel próprio (cf. Tabela 14 ).

Gráfico 35 - Carta de condução válida em Portugal

Nota: Não respostas: 10

Apenas 10,8% dos inquiridos declaram votar regularmente em elei-

ções locais, em Portugal. Efectivamente, 89,2% dos sujeitos não exer-

ce tal forma de participação cívica, em Portugal. É preciso enquadrar

estes dados com os constrangimentos legislativos (e.g. restrição do

direito de voto nas eleições autárquicas aos casos de reciprocidade,

o que acaba por excluir a maioria das nacionalidades de países não

comunitários), que limitam a participação eleitoral de um grupo rele-

vante dos inquiridos (Zobel e Barbosa, 2011)

Gráfico 36 - Voto em eleições locais do Município (em %)

Nota: Não respostas: 6; Não aplicáveis: 3

6 -

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Relativamente à rede de amigos estabelecida em Portugal, a maioria dos inquiridos (40%) re-

feriu relacionar-se, sobretudo, com imigrantes da mesma nacionalidade. Já 17,4% mencionou

relacionar-se com familiares, seguindo-se os portugueses conhecidos noutros locais (14,3%), os

portugueses conhecidos no trabalho (12,5%), os imigrantes de outras nacionalidades e os vizi-

nhos (8,8%). Por fim, aparecem os portugueses que são vizinhos (6,9%).

Tabela 16 - Rede de amigos em Portugal

Respostas% de casos

N %

Imigrantes da mesma nacionalidade 163 40,0 74,8

Imigrantes de outras nacionalidades que são seus vizinhos 36 8,8 16,5

Portugueses que conheceu no trabalho 51 12,5 23,4

Portugueses que são seus vizinhos 28 6,9 12,8

Portugueses que conheceu noutros locais 58 14,3 26,6

Familiares 71 17,4 32,6

O cruzamento desta variável com a nacionalidade, revela que os inquiridos dos diferentes grupos

nacionais, se relacionam mais com imigrantes da mesma nacionalidade, sendo que o relaciona-

mento com os Portugueses é referido com maior frequência pelos imigrantes brasileiros.

Gráfico 37 - Rede de amigos em Portugal, por grupo nacional (em %)

Em caso de emergência, os inquiridos indicaram, sobretudo, o recurso a amigos imigrantes

(31,9%) e a familiares instalados em Portugal (29,5%), o que evidencia a importância da rede

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

social constituída pelos próprios conterrâneos. Num segundo nível, aparecem os serviços públi-

cos portugueses (14,5%) e os amigos portugueses (11,1%), e, num terceiro, os familiares residen-

tes no estrangeiro (7,2%). Para as demais hipóteses, as frequências obtidas foram residuais.

Gráfico 38 - Ajuda em caso de emergência

Nota: Não respostas: 33

Sobre a actividade associativa dos inquiridos, quando instados a responder se faziam parte de

alguma associação ou grupo, a maioria, 77,5%, deu conta de não estar envolvido em qualquer

actividade associativa.

Gráfico 39 - Pertença a alguma associação ou grupo

Nota: Não respostas: 4

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Os inquiridos foram questionados sobre a língua utilizada em casa

habitualmente. O português é a língua que obtém mais de metade das

frequências no grupo de escolha múltipla criado (51,3%), o que não é

de estranhar se atendermos ao facto de, aproximadamente, dois ter-

ços dos inquiridos serem nacionais de um país de língua portuguesa.

Em seguida, surge o crioulo cabo-verdiano com 16,7%, o ucraniano

com 7,9%, o crioulo da Guiné-Bissau com 6,4%, o russo e o inglês com

4,6% cada. Francês, castelhano e tétum, obtiveram, respectivamente,

1,8%, 1,5% e 1%. As demais línguas, registaram frequências abaixo

dos 1%. A elevada percentagem de inquiridos que habitualmente fala

português em casa justifica, como já referido anteriormente, o facto

de menos de metade dos inquiridos não ter sentido necessidade de

frequentar um curso de língua portuguesa.

Tabela 17 - Línguas habitualmente utilizadas em casa

Respostas % de casosN %

Português 200 51,3% 84,7%

Crioulo Cabo Verde 65 16,7% 27,5%

Crioulo da Guiné-Bissau 25 6,4% 10,6%

Romeno 3 ,8% 1,3

Russo 18 4,6% 7,6

Ucraniano 31 7,9% 13,1

Baasa (Indonésio) 3 ,8% 1,3

Tétum (Timor Leste) 4 1,0% 1,7

Castelhano 6 1,5% 2,5

Inglês 18 4,6% 7,6

Francês 7 1,8% 3,0

Outras Línguas 10 2,6 4,1

Sobre a religião professada pelos respondentes, 57,4% são católicos,

15,2% indicaram ser cristãos ortodoxos, 12,2% protestantes evangé-

licos e 9,7% afirmaram não ter religião. Contaram-se, ainda, 2,1% de

islâmicos, 3% de sujeitos que afirmaram professar outra religião e

0,4% de hindus.

7 -

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ÁTIC

AS C

ULT

UR

AIS

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 40 - Religião

Nota: Não respostas: 3

Para avaliar as práticas culturais dos inquiridos, o inquérito propunha o preenchimento de um

quadro relativo à frequência com que são efectuadas determinas acções. A Tabela 18 resume as

respostas dadas pelos inquiridos.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 18 - Práticas culturais dos inquiridos

Todos os dias

Todas as semanas

De vez em quando Raramente Nunca N

Comer refeições “típicas” do país de origem 18,7 26,5 40,4 13,0 1,3 230

Comprar produtos do país de origem 2,2 11,3 51,5 29,4 5,6 231

Ouvir música do país de origem 53,3 20,4 20,9 4,4 0,9 225

Ouvir música portuguesa 12,9 13,8 38,2 26,2 8,9 225Ir a bailes/festas organizadas por

associações e pessoas do país de origem

1,8 4,5 45,5 31,4 16,8 220

Ir a bailes/festas organizados por

associações e pessoas portuguesas

0,9 7,3 31,2 39,9 20,6 218

Ir a actividades culturais organizados por pessoas e associações do país de

origem0,9 4,5 38,7 41,9 14,0 222

Ir a actividades culturais organizados por

associações e pessoas portuguesas

1,8 2,7 38,0 41,2 16,3 221

Ver canais de televisão do país de origem 31,6 11,0 16,2 19,7 21,5 228

Ver canais de televisão portugueses 67,0 7,0 13,7 9,7 2,6 227

Ouvir programas de rádio para ou das comunidades

imigradas6,9 5,5 27,5 38,1 22,0 218

Ler jornais/revistas portugueses 27,4 32,0 23,3 12,3 5,0 219

Ler jornais/revistas do país de origem 13,6 16,7 25,8 33,0 10,9 221

Ler jornais/revistas do país de origem feitos em

Portugal8,4 10,7 31,3 27,1 22,4 214

Consultar sites do país de origem na internet 34,5 27,4 21,1 13,0 4,0 223

Participar em actividades desportivas organizadas

por associações ou pessoas do país de origem

1,9 7,9 27,3 23,6 39,4 216

Participar em actividades desportivas organizadas

por associações ou pessoas portuguesas

1,4 6,0 24,2 25,6 42,8 215

Usar vestuário tradicional do país de origem 12,1 5,6 34,0 28,8 19,5 215

Ir ao café 17,9 27,9 31,0 17,5 5,7 229Praticar actividades

religiosas ministradas pela igreja católica portuguesa

1,4 10,1 22,9 23,9 41,7 218

Praticar actividades religiosas ministradas por

outras igrejas2,7 13,1 10,4 14,4 59,5 222

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Conforme é possível verificar, as actividades relacionadas com o país de origem mais frequen-

temente realizadas pelos inquiridos são ouvir música, consultar sites da internet e ver canais de

televisão do país de origem. As práticas culturais relacionadas com os media portugueses, em

especial com a imprensa escrita e com a televisão, são as que os inquiridos realizam com mais

frequência.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

A escolha de Portugal como país de destino, deveu-se, so-

bretudo, à obtenção de bolsas de estudo ou à vontade de

estudar no país (37,1%). Num segundo nível, aparecem

motivos como o conhecimento da língua e a proximida-

de cultural (16,2%), a identificação de oportunidades de emprego

(14,4%), e as situações de reagrupamento familiar (14,4%). A facili-

dade de entrada no país (5,2%), a existência de ascendência ou fami-

liares portugueses (3,9%), acompanhar os pais (2,2%), e o recurso ao

sistema de saúde português (1,7%), são razões com um peso menos

significativo.

Tabela 19 - Motivo de escolha de Portugal como país de residência

N %

Conhecimento da língua/proximidade cultural 37 16,2

Ascendência portuguesa/família portuguesa 9 3,9

Facilidade de entrada 12 5,2

Queria estudar em Portugal/beneficiou de bolsa 85 37,1

Reagrupamento familiar 33 14,4

Acompanhar os pais 5 2,2

Queria utilizar o sistema de saúde português 4 1,7

Teve conhecimento de oportunidades de emprego em Portugal 33 14,4

Outras razões 11 4,8

Total 229 100,0

Nota: Não respostas: 11

A maioria dos inquiridos, viajou para Portugal sozinha, com recurso

a meios próprios ou de familiares (45,8%). Um segundo grupo de in-

quiridos, viajou também sozinho para Portugal, mas com auxílio de

terceiros (17,1%). Um terceiro grupo é formado pelos inquiridos que

viajaram com a família, utilizando meios próprios (15%). Já 7,9% dos

inquiridos viajou em grupo, utilizando recursos próprios ou de fami-

liares, seguindo-se 3,3% das frequências relativas a viagens em grupo,

mas com o auxílio de terceiros, e 2,9% de inquiridos que terão viajado

integrados numa empresa com actividade em Portugal.

8 -

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Tabela 20 - Forma de imigração utilizada para chegar a Portugal

N %

Sozinho(a), utilizando meios próprios ou familiares 110 45,8

Em grupo, utilizando meios próprios ou familiares 19 7,9

Com a família, utilizando meios próprios ou familiares 36 15,0

Sozinho(a), com o auxílio de terceiros 41 17,1

Em grupo, com o auxílio de terceiros 8 3,3

Integrado numa empresa que veio desenvolver actividades em Portugal 7 2,9

Outros casos 15 6,3

Total 236 100,0

Nota: Não respostas: 4

Aos inquiridos, foi perguntando se recorreram a algum serviço informal nas suas vindas para

Portugal, o que inclui, por exemplo, as situações relativas a redes mafiosas ou o pagamento a

agiotas. De acordo com o descrito, tal “ajuda” foi solicitada por 14,2% dos inquiridos.

Gráfico 41 - Pagamento de “ajuda” para vinda para Portugal

Nota: Não respostas: 1

Através deste inquérito, foi possível saber que a maioria dos imigrantes inquiridos migraram di-

rectamente dos seus países de origem para Portugal. Com efeito, 86,3% dos respondentes afirma-

ram não ter residido num outro país de acolhimento antes da sua vinda para Portugal.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 42 - Residência noutro país de acolhimento antes de Portugal

As motivações para a saída do país de origem foram várias. Tal como já foi evidenciado noutras

variáveis, o peso significativo dos estudantes nesta amostra é evidente no facto de 52,7% dos in-

quiridos terem saído do seu país para estudar. Seguiram-se as migrações por motivações eco-

nómicas ou de emprego, com 26,4% das frequências. A reunificação familiar surge em terceiro

lugar, com 9,3% das respostas. A taxa de não resposta, cifrou-se num valor elevado, 24,2%, o que

condiciona eventuais inferências para a totalidade da amostra obtida.

Gráfico 43 - Motivo para saída do país de origem (em %)

Nota: Não respostas: 58

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 44 - Motivo para saída do país de origem, por grupo nacional (em %)

Conforme se tem vindo a referir ao longo do relatório, os inquiridos de origem cabo-verdiana,

vieram para Portugal, sobretudo, para prosseguir a sua formação académica. Os motivos econó-

micos, surgem como mais evidentes no caso dos imigrantes da Ucrânia e do Brasil, ainda que,

neste último caso, as razões associadas ao prosseguimento de estudos em Portugal também te-

nham importância. Este resultado, demonstra que os brasileiros são um grupo de imigrantes com

bastante diversidade interna, integrando fluxos com motivações diversas e que se dirigem para

diferentes sectores na sociedade de acolhimento.

Quanto ao documento utilizado pelos imigrantes para entrar em Portugal, quase metade dos

inquiridos conseguiu a entrada no país através do recurso a um visto de estudo ou equivalente

(44,4%). Com um visto de turista, terão entrado 20,9% dos respondentes, seguindo-se 14,5% dos

inquiridos com visto de estada temporária ou equivalente. Há 13,2% que recorreram somente

ao passaporte, 4,7% que correspondem a outras situações e apenas 2,1% que entraram no país

pelo recurso a um visto de trabalho ou equivalente. É interessante notar que uma minoria de

inquiridos afirmou ter entrado em Portugal com um visto de trabalho, apesar de, no momento do

inquérito, mais de um terço dos inquiridos ter afirmado estar a trabalhar e, como visto atrás, mais

de um quarto ter indicado motivos económicos/emprego para a emigração.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 45 - Documento de entrada em Portugal (em %)

Nota: Não respostas: 6

A utilização do visto de estudo, para entrar em Portugal, é particularmente evidente no caso dos

imigrantes cabo-verdianos. Os imigrantes ucranianos, entraram em Portugal maioritariamente

com um visto de turista e, em menor grau, com um visto de estada temporária. Os inquiridos

brasileiros, foram os que mais entraram no país apenas com o passaporte, o que se fica a dever ao

contexto legislativo existente, que permite que os cidadãos brasileiros entrem em Portugal sem

necessidade de visto.

Gráfico 46 - Documento de entrada em Portugal, por grupo nacional (em %)

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Note-se que 89% dos inquiridos dizem ter a sua situação regularizada em Portugal. Já 8,4% não

tinham a situação regularizada no momento de inquirição e 2,5% aguardam uma decisão dos

serviços, relativamente a este assunto.

Gráfico 47 - Situação regularizada em Portugal

Nota: Não respostas: 3

De notar, que a maioria das regularizações ocorreu após o ano 2000, o que se fica a dever, quer à

juventude do fluxo migratório estudado, quer ao facto de, a partir desse ano, se terem aprovado

um conjunto de medidas legislativas que possibilitaram a regularização da situação de um gran-

de número de imigrantes que se encontravam em Portugal.

Tabela 21 - Ano de regularização

N %

Até 1994 6 3,3

1995-2000 17 9,4

2001-2004 39 21,5

2005-2007 37 20,4

2008-2010 82 45,3

Total 181 100,0

Nota: Não respostas: 30, Não aplicáveis: 29

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Para se aferir acerca da realização de viagens de regresso ao país de

origem, os respondentes foram inquiridos sobre esse ponto. A maio-

ria, nomeadamente 53%, afirmou ter já efectuado um ou mais regres-

sos ao seu país de origem.

Gráfico 48 - Regresso ao país de origem, desde que se instalou em Portugal

Nota: Não respostas: 4

Dos inquiridos que já se tinham deslocado ao seu país de origem

após a migração para Portugal, 41,7% efectuou apenas uma desloca-

ção, seguindo-se 24,2% com dois regressos, 11,4% com três e quatro

regressos, 4,2% efectuaram cinco regressos e 6,7% efectuaram seis ou

mais regressos.

9 -

REL

AÇÕ

ES C

OM

O P

AÍS

DE

OR

IGEM

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 49 - Número de regressos ao país de origem (em %)

Nota: Não respostas: 5, Não aplicáveis: 115

Entre os inquiridos que, por algum motivo, regressaram ao país de origem, a maioria, 48,1%, fê-lo

para passar férias. Seguiram-se 22,8% dos respondentes que se deslocaram até ao país de ori-

gem devido a acontecimentos familiares, 14,3% que o fizeram para tratar de assuntos familiares e

10,1% para tratar de documentos. Os restantes motivos, apresentam um carácter quase residual.

Tabela 22 - Motivos para regresso ao país de origem

Respostas % de casosN %Acontecimentos familiares 43 22,8 35,8

Tratar de assuntos familiares 27 14,3 22,5

Levar/trazer bens 3 1,6 2,5

Negócios 4 2,1 3,3

Passar férias 91 48,1 75,8

Tratar de documentos 19 10,1 15,8

Outros 2 1,1 1,7

Quando inquiridos sobre a existência de familiares dependentes no país de origem, 61,5% dos

respondentes afirmaram não ter familiares a seu cargo no país de origem.

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Gráfico 50 - Familiares dependentes no país de origem

Nota: Não respostas: 9

Aos inquiridos, foi perguntado se pretendiam trazer familiares seus do país de origem para

Portugal. A maioria, nomeadamente 80%, respondeu negativamente a esta hipótese.

Gráfico 51 - Intenção de trazer familiares do país de origem

Nota: Não respostas: 10

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Neste inquérito, 39% dos respondentes afirmou proceder ao envio regular de remessas para o seu

país de origem. Se atendermos ao perfil da amostra, composto por um significativo número de

estudantes, tal facto deverá ser considerado normal.

Gráfico 52 - Envio de remessas para o país de origem

Nota: Não respostas: 9

Entre os respondentes que afirmaram proceder, mensalmente, ao envio de remessas para o país de

origem, a maioria (47,7%) envia um valor entre os 51 e os 100 euros. Seguiram-se 26,1% dos inqui-

ridos com remessas entre os 101 e os 250 euros e 18,2% com envios inferiores a 50 euros. Aqueles

que enviam valores superiores a estes, são num número significativamente mais reduzido.

Grafico 53 - Valor médio mensal das remessas (em %)

Nota: Não respostas: 2, Não aplicáveis: 150

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Inquiridos sobre a possibilidade de escolha de um novo destino de residência, a maioria, nomea-

damente 46,3%, deu conta da intenção de regressar ao país de origem. Já 34,1% dos respondentes,

afirmaram não ter a intenção de residir noutro país, e 19,7% afirmaram que pretendem deslocar-

se para outro país que não o de origem (ou seja, voltar a emigrar).

Gráfico 54 - Intenção de residir noutro país (em %)

Nota: Não respostas: 11

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Baganha, Maria I., Marques, José e Góis, Pedro (2004), ”Novas

Migrações, Novos Desafios: a Imigração do Leste Europeu”, Revista

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Baganha, Maria, Marques, José Carlos e Góis, Pedro (2010), Imigração

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tes ao voto e aos cargos eleitorais nas autarquias portuguesas”, Revista

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V - B

IBLI

OG

RAF

IA

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

ANEX

O

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

“ESTUDO DE DIAGNÓSTICO DE CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE, IDENTIFICAÇÃO DOS SEUS PROBLEMAS E DOS SEUS CONTRIBUTOS PARA AS

DINÂMICAS DE DESENVOLVIMENTO DOS MUNICÍPIOS DE BRAGA E GUIMARÃES”

INQUÉRITO

Concelho de realização do Inquérito_____________Inquiridor_____________Data de realização_____________

G0 - Área de residência (freguesia e bairro, se pertinente)_________________________________

Número de Questionário

A - Caracterização do entrevistado(a) e dos elementos que compõem o agregado familiar co-residente

IND.1 (respondente) IND.2 IND.3 IND.4 IND.5 IND.6 IND.7 IND.8

G1. SEXO - Feminino (1); Masculino (2)

G2. IDADE - Nº de anos

G3. GRAU DE PARENTESCO COM IND.1 - Cônjuge/Companheiro(a) (1); Filho(a) (2); Enteado(a) (3); Pai ou mãe (4); Sogro ou sogra (5); Nora ou genro (6); Irmã(o) (7); Neto(a)/Bisneto(a) (8); Avô ou Avó (9); Outro grau de parentesco - referir qual (10);

G4. ESTADO CIVIL - Casado (1); União de facto (2); Solteiro (3); Separado de facto (4); Divorciado (5); Viúvo (6)

G5. NATURALIDADE - Concelho onde reside actualmente (1); Outro concelho (2 - indicar qual); Outro país (3 - indicar qual)

G6. NACIONALIDADE - Portuguesa (1); Dupla nacionalidade - Portuguesa e outra (2 - indicar a não portuguesa); Dupla nacionalidade - outros casos (3 - indicar as 2 nacionalidades); Estrangeira - de outro país (4 - indicar qual)

G7. ANO DE CHEGADA A PORTUGAL (apenas para os naturais de outros países)

G8. 1º LOCAL DE RESIDÊNCIA EM PORTUGAL (concelho) (apenas para os naturais de outros países)

G9. NÍVEL DE ENSINO MAIS ELEVADO QUE CONCLUIU/COMPLETOU - Nenhum (1); Sabe ler e escrever sem ter frequentado a escola (2); Pré-escolar (3); Básico - 1º ciclo (4); Básico - 2º ciclo (5); Básico - 3º ciclo (6); Secundário (7); Médio/profissional (8); Bacharelato (9); Licenciatura (10); Mestrado (11); Doutoramento (12); Outro (13 - especificar)

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G10. QUAL CONSIDERA SER O SEU NÍVEL DE CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA? Muito Bom (1); Bom (2); Suficiente (3); Fraco (4); Nulo (5)

G11. QUAL O SEU PRINCIPAL MEIO DE VIDA? Trabalho (1); Rendimento Social de Inserção (2); Pensão/Reforma (3); Rendimentos de propriedade ou de empresa (4); Subsídio temporário de doença (5); Subsídio temporário de desemprego (6); Outros subsídios temporários (7); Apoio Social (8); A cargo da família (9); Biscates (10); Outra situação (11 - especificar qual)

G12. CONDIÇÃO PERANTE A ACTIVIDADE ECONÓMICA? Activo com profissão (1); Desempregado (2 - referir tempo de desemprego); À procura do 1º emprego (3 - referir tempo); Doméstica (4); Reformado (5); Inválido/doença permanente (6); Estudante (7)

G13. PROFISSÃO (no caso de desempregados ou reformados, indicar a última profissão) - escrever com detalhe

G14. REGIME DE TRABALHO Permanente/ regular (1); Ocasional (2); Sazonal (3)

G15. SITUAÇÃO NA PROFISSÃO - Trabalhador por conta de outrem (1); Trabalhador por conta própria sem empregados (2); Trabalhador por conta própria com empregados (3); Trabalhador familiar não remunerado (4); Outra situação (5 - especificar)

G16. TIPO DE VÍNCULO CONTRATUAL (só para a situação 1 do nº anterior) - Contrato sem termo (1); Contrato com termo (2); Recibos verdes (3); Trabalho sem contrato (4); Outra situação (5 - referenciar qual)

G17. LOCAL DE TRABALHO OU ESTUDO (geográfico) - No concelho onde reside (1); Noutro concelho (2 - indicar qual); No estrangeiro (3 - indicar país)

G18. Para além dos elementos do seu agregado familiar, há mais pessoas a residir consigo?

Sim O G18.1 Quantas, no total?

G18.2 Quantas do país de origem do inquirido

Não O

B - Caracterização do alojamento e condições de habitabilidade

G19. Qual o tipo de alojamento em que reside?

Clássico (apartamento ou moradia) OParte de casa (casa compartilhada, quarto, etc.) O Barraca, casa rudimentar ou de madeira O Pensão ou residencial O

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Centro de acolhimento O Móvel (caravana ou outro) O Outro tipo (especificar) ____________________________ O

G20. Neste momento, está a viver ou residir num alojamento que é:

Arrendado no mercado privado formal O

Arrendado no mercado informal (bairro clandestino ou de barracas) O

Público (arrendamento social) (que lhe foi atribuído a si e/ou seu agregado familiar) O

Subarrendado (partes de casa; quartos) O

Próprio (do qual é proprietário/a) - mercado formal O

Próprio (do qual é proprietário/a) - mercado informal/clandestino O

Casa de amigos (não paga renda) O

Outra situação (especificar) _____________________________ O

G20.1 (apenas para aqueles que não possuem casa própria) Tenciona comprar casa em Portugal?

Não O

Ainda não pensou no assunto/não tem a certeza O Sim, mas nunca fez nenhuma diligência/prospecção de mercado O

Sim, e já fez diligências nesse sentido O

G.21 Nº de divisões do alojamento em que vive, excluindo cozinha e casa(s) de banho?

G22. O alojamento onde habita possui:

Casa de banho completa no interior da habitação (inst. sanit. e banho)Abastecimento de água pela rede pública

Água quente

Aquecimento central ou proveniente de aquecedores móveis

G23. A família co-habitante dispõe de:

Telefone

Telemóvel

Máquina de lavar loiça

Máquina de lavar roupa

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Micro-ondas

Motorizada/Motociclo

Automóvel

Computador

TV por cabo ou antena parabólica

Internet em casa (acesso doméstico)

C - Trajectória migratória e elementos complementares de caracterização do entrevistado(a)

G24. Diga a principal razão porque escolheu Portugal como país de residência? (indicar ape-nas o principal)

Conhecimento da língua/proximidade cultural OAscendência portuguesa/família portuguesa OFacilidade de entrada OQueria estudar em Portugal/beneficiou de bolsa em Portugal OReagrupamento familiar OAcompanhar os pais OQueria utilizar o sistema de saúde português/abrigo de acordo de saúde OTeve conhecimento de oportunidades de emprego em Portugal OOutras razões O (especificar) ________________________________ O

G25. Qual foi a forma de imigração utilizada para chegar a Portugal?

Sozinho(a), utilizando meios próprios ou familiares O

Em grupo, utilizando meios próprios ou familiares O

Com a família, utilizando meios próprios ou familiares O

Sozinho(a), com o auxílio de terceiros O

Em grupo, com o auxílio de terceiros O

Recrutamento feito por um empregador português O

Integrado numa empresa que veio desenvolver actividade em Portugal O

Outros casos O (especificar) ___________________________________

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G26. Teve de pagar a alguém/alguma organização para o “ajudar” a vir para Portugal (por organização não se entendem nem empresas formais de transporte, nem serviços públicos que atribuem vistos ou outros)?

Sim ONão O

G27. Viveu noutro país diferente do seu país de origem antes de se instalar em Portugal?

Sim O G27.1 Qual?_________________________________

G27.2 Por quanto tempo?_____________________Não O

G28. Porque motivo deixou o seu país de origem e apenas no caso de ter residido noutro país antes de vir para Portugal e porque o deixou também? (Indique apenas o principal motivo - assinalar com uma cruz)

País de origem Último país de residência antes de vir para Portugal

(se diferente do país de origem)

Motivos económicos/emprego

Reunir-se à família

Acompanhar os pais

Estudar

Motivos políticos

Razões de saúde

Outros motivos (especificar) _____________________________

G29. Quais os principais motivos que estão na origem da opção pela residência neste concelho? (indique apenas os 2 motivos principais)

Local onde encontrou emprego O

Boa qualidade do ambiente “natural” (clima, paisagem, etc.) O

Boa imagem dos habitantes e do ambiente social O

Bons acessos viários/acessibilidade O

Local de residência de muitos imigrantes provenientes da mesma origem O

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Proximidade face a familiares ou amigos O

Preços mais baixos na habitação O

Nível de vida mais acessível O

Qualidade mais elevada nas habitações existentes O

Pelos serviços e comércio que oferece O

Outro motivo. O Qual? _____________________

G30. Com que documento entrou em Portugal?

Apenas Passaporte (sem qualquer visto) OVisto de “turista” OVisto de trabalho ou equivalente OVisto de estudo ou equivalente O

Visto de estada temporária ou equivalente O

Outras situações O (especificar) __G30Outro_________________

G31. Tem a sua situação regularizada em Portugal?

1. Sim O G31.1 Quando a regularizou? Mês Ano

2. Aguarda decisão dos serviços O

G31.2 Que documentos lhe faltam?_________________________________________________

3. Não O

G31.3 (Apenas para aqueles que não possuem a nacionalidade portuguesa) Pretende obter a nacionalidade portuguesa?

Sim O

Não O

G32. Qual foi o seu último emprego no país de origem?______________________________

G33. Quantos empregos já teve em Portugal?

G34. Qual foi o seu primeiro emprego em Portugal?__________________________________

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G35. Como obteve o 1º emprego em Portugal?

Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico O

Através do “recrutador”/“angariador” no país de origem O

Através de patrão português O

Através de patrão imigrante da mesma origem étnica O

Através de patrão imigrante de outra origem étnica O

Através de amigos/conhecidos portugueses OResposta a anúncio OServiços de emprego OCriação do próprio emprego OOutras formas O especificar_______________________________________________

G36. Como obteve o emprego que possui actualmente?

Através de familiares/amigos do mesmo grupo étnico OAtravés do “recrutador”/“angariador” no país de origem OAtravés de patrão português OAtravés de patrão imigrante da mesma origem étnica OAtravés de patrão imigrante de outra origem étnica OAtravés de amigos/conhecidos portugueses OResposta a anúncio OServiços de emprego OCriação do próprio emprego OOutras formas O especificar_______________________________________________

G37. Desde que vive em Portugal, já alguma vez trabalhou alguma temporada no estrangeiro?

Sim ONão OG37.1 Quantas vezes? G37.2 Onde (países) _____________________________________

G37.3 Quando (indicar anos) ? ____________________________

D - Processo de integração em Portugal

G38. Quando chegou a Portugal, qual o grau de dificuldade que sentiu face aos seguintes as-pectos? (Gradue a resposta de 1 - nada difícil - a 5 - muito difícil - pondo uma argola à volta dos números que escolher)

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Nada difícil

Muito difícil

Não conhecer ninguém/solidão 1 2 3 4 5Clima 1 2 3 4 5Língua 1 2 3 4 5Saúde 1 2 3 4 5Regularização/legalização 1 2 3 4 5Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses 1 2 3 4 5Integração no mercado de trabalho (em termos gerais) 1 2 3 4 5Obtenção de profissão correspondente às habilitações e experiência 1 2 3 4 5Integração na escola/sucesso escolar 1 2 3 4 5Equivalências escolares 1 2 3 4 5Habitação (acesso e custo) 1 2 3 4 5Transportes (acesso e custo) 1 2 3 4 5Comportamento/atitudes dos portugueses (termos gerais) 1 2 3 4 5Discriminação/racismo 1 2 3 4 5

G39. E actualmente, qual o grau de dificuldade que associa aos mesmos aspectos? (Gradue a res-posta de 1 - nada difícil - a 5 - muito difícil - pondo uma argola à volta dos números que escolher)

Nada difícil

Muito difícil

Não conhecer ninguém/solidão 1 2 3 4 5Clima 1 2 3 4 5Língua 1 2 3 4 5Saúde 1 2 3 4 5Regularização/legalização 1 2 3 4 5Obtenção de documentos/burocracia dos serviços portugueses 1 2 3 4 5Integração no mercado de trabalho (em termos gerais) 1 2 3 4 5Obtenção de profissão correspondente às habilitações e experiência 1 2 3 4 5Integração na escola/sucesso escolar 1 2 3 4 5 Equivalências escolares 1 2 3 4 5 Habitação (acesso e custo) 1 2 3 4 5 Transportes (acesso e custo) 1 2 3 4 5 Comportamento/atitudes dos portugueses (termos gerais) 1 2 3 4 5 Discriminação/racismo 1 2 3 4 5

G40. Tem carta de condução válida em Portugal?

Sim ONão O

G41. Costuma exercer o direito de voto nas eleições locais do município?

Sim ONão ONão se aplica (menor de 18 anos ou estrangeiro sem direito formal de voto) O

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G42. Faz parte de alguma associação ou grupo?

Sim ONão O

G42.1 De que tipo?

Associação local de imigrantes do país de origem

Indicar qual? ______________________

Outro tipo de associação local (clube recrea-tivo e desportivo, etc.)

Indicar qual? ______________________

Associação de pais

Sindicato

Partido ou organização política

Outro tipo de associação Indicar qual? _________________________

G43. Em que língua ou línguas fala habitualmente em casa?

Língua nº 1 _______________________________________________________________________

Língua nº 2 _______________________________________________________________________

Língua nº 3 _______________________________________________________________________

G44. Já alguma vez frequentou ou frequenta um curso de língua portuguesa:

Sim, já frequentei e conclui O Qual? ____________

Sim, já frequentei e não conclui O Qual? ____________

Sim, estou a frequentar neste momento O Qual? ____________

Não, nunca frequentei porque não tive oportunidade ONão, nunca frequentei, porque nunca senti necessidade O

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G45. Para que um imigrante se sinta bem integrado em Portugal acha que é importante: (Gradue a resposta de 1 a 5 pondo uma argola à volta dos números que escolher)

Nada Importante Muito Importante

Ter família em Portugal 1 2 3 4 5

Ter amigos portugueses 1 2 3 4 5

Ter os seus filhos na escola 1 2 3 4 5

Falar bem português 1 2 3 4 5

Estar empregado 1 2 3 4 5

Ter os mesmos comportamentos e hábitos culturais do que os portugueses 1 2 3 4 5

Conseguir comprar uma casa em Portugal 1 2 3 4 5

Ter carro 1 2 3 4 5

Obter nacionalidade portuguesa 1 2 3 4 5

G46. Em Portugal, os seus amigos(as) são sobretudo (pode escolher, no máximo, duas opções):

Imigrantes da mesma nacionalidade

Imigrantes de outras nacionalidades que são seus vizinhos

Portugueses que conheceu no trabalho

Portugueses que são seus vizinhos

Portugueses que conheceu noutros locais

Familiares

G47. Se precisasse de ajuda de emergência a quem iria recorrer em primeiro lugar:

Amigos Imigrantes OAmigos Portugueses OColegas de trabalho O

Vizinhos imigrantes OVizinhos portugueses OFamiliares instalados em Portugal OFamiliares residentes no estrangeiro O

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

Serviços Públicos portugueses OServiços Públicos do país de origem OInstituições Religiosas OAssociações privadas/IPSS’s sem carácter religioso O

G48. Qual é a sua religião?

Sem religião (ateu/agnóstico) OCatólica OJudaica OOrtodoxa OIslâmica OProtestante Evangélica OHindu OOutra religião OQual? _____________________

G49. Com que frequência efectua as seguintes práticas:

Todos os dias

Todas as semanas

De vez em quando Raramente Nunca

1.Comer comida “típica” do país de origem

2. Comprar produtos “típicos” do país de origem

3. Ouvir música do país de origem

4. Ouvir música portuguesa

5. Ir a bailes/festas organizados por associações e pessoas do país de origem

6. Ir a bailes/festas organizados por associações e pessoas portuguesas

7. Ir a actividades culturais (projecção de filmes, leitura de poesia, concertos, etc...) organizados por associações e pessoas do país de origem

8. Ir a actividades culturais (projecção de filmes, leitura de poesia, concertos, etc...) organizados por associações e pessoas portuguesas

9. Ver canais de televisão do país de origem

10. Ver canais de televisão portugueses

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

11. Ouvir programas de rádio para ou das comunidades imigradas

12. Ler jornais/revistas portugueses

13. Ler jornais/revistas do país de origem

14. Ler jornais/revistas do país de origem feitos em Portugal

15. Consultar sites do país de origem na internet

16. Participar em actividades desportivas organizadas por associações ou pessoas do país de origem

17. Participar em actividades desportivas organizadas por associações ou pessoas portuguesas

18. Usar vestuário tradicional do país de origem

19. Ir ao café

20. Praticar actividades religiosas ministradas pela Igreja Católica Portuguesa

G49.2121. Praticar actividades religiosas ministradas por outras igrejas

G50. Da seguinte lista de instituições, refira aquelas que conhece, e/ou aquelas que já utili-zou e o modo como avalia os serviços prestados (ou que sabe que prestam):

Conhece(assinalar

com X)1=Sim; 2=Não,

3= Não responde

Frequentou/recorreu aos seus

serviços (assinalar com X)1=Sim; 2=Não,

3= Não responde

Como avalia o trabalho que aí lhe foi prestado?

Muito bom (1); Bom (2); Razoável (3); Deficiente (4); Muito deficiente

(5); 6= Não responde

Explicitar maior deficiência ou efectuar

sugestão (se desejar - facultativo)

1. Câmara Municipal

2. Junta de Freguesia

3. CLAII do município

4. Serviço de estrangeiros e Fronteiras

5. ACIDI (CNAI ou outros serviços)

6. Segurança Social

7. Polícia (GNR ou PSP, conforme o município)

8. Repartição de Finanças

9. Centro de Emprego

10. Centro de saúde

11. Bancos

12. Transportes colectivos no município

13. Centro de Saúde (Repetido=10)

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

14. Biblioteca Municipal

15. Escola (referir qual)

16. Universidade/instituição de ensino superior (referir qual)

17. Embaixada(Consulado (referir qual)

18. Associação Local de Imigrantes

G51. De uma maneira geral, como considera o seu nível de integração em Portugal?

Plenamente/muitíssimo integrado OMuito integrado OIntegrado OPouco integrado ONada integrado O

E - Percepção sobre situações de discriminação em Portugal

G52. Já alguma vez se sentiu discriminado(a) por motivos raciais ou étnicos em Portugal?

Sim ONão O (passe para a questão 54)

G53. Em que situações já se sentiu ou se sente discriminado(a)?

Num serviço público (Segurança Social, Organização de apoio aos imigrantes)

Num Banco/organismo de concessão de crédito

Numa entrevista de emprego

No arrendamento de uma casa/quarto

Nos transportes públicos

Quando utilizou táxis

Quando fazia compras num Supermercado ou loja

Num café, restaurante ou serviço similar

No trabalho

Na escola

Outras situações Qual__________

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G53.1 (Apenas para aqueles que já se sentiram discriminados no mercado de trabalho) Quem efectuou a discriminação?

A entidade patronal

Os colegas de trabalho

Os clientes

G53.2 (Apenas para aqueles que já se sentiram discriminados na escola) Quem efectuou a discriminação?

Os professores

Os colegas

Os funcionários não docentes

G54. Considera que os imigrantes, de uma maneira geral, são discriminados em Portugal?

Sim, muitas vezes OSim, algumas vezes ONão O

F - Relações com o país de origem

G55. Desde que se encontra em Portugal já regressou ao seu país de origem?

Sim O Quantas vezes?

Não O Porquê? ____________________________________________

G56. Se respondeu sim na questão anterior, diga por que motivos?

G56.1 Acontecimentos familiares (casamentos, funerais, outros)

G56.2 Tratar de assuntos familiares

G56.3 Levar/trazer bens

G56.4 Negócios

G56.5 Passar férias

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G56.6 Tratar de documentos

G56.7 Outros Quais?_____ G56.7Quais_____________________

G57. Tem familiares dependentes no seu país de origem?

Sim O

Não O

Filhos

Pais/Sogros

Cônjuge

Irmãos

Outros Quem? ____________

G58. Pretende trazer familiares do seu país de origem?

Sim O Quem?_________________

Não O

G59. Costuma enviar remessas em dinheiro para o seu país de origem?

Sim ONão O3= Não responde

G59.1 Qual o valor médio mensal aproximado das remessas que efectua?

Até €50 O€51-€100 O€101-€250 O€251-€500 O€501-€1000 OMais de €1000 O

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G60. Gostaria de ir residir para outro país?

Não O

Sim, para o país de origem OG60.1 Tem ideia de quando pretende regressar?

Daqui a anos ou meses

Sim, para outro país O 3 G60.2 Que país ou países?___________________

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DIAGNÓSTICO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE NOS CONCELHOS DE BRAGA E GUIMARÃES

Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G56.6 Tratar de documentos

G56.7 Outros Quais?_____ G56.7Quais_____________________

G57. Tem familiares dependentes no seu país de origem?

Sim O

Não O

Filhos

Pais/Sogros

Cônjuge

Irmãos

Outros Quem? ____________

G58. Pretende trazer familiares do seu país de origem?

Sim O Quem?_________________

Não O

G59. Costuma enviar remessas em dinheiro para o seu país de origem?

Sim ONão O3= Não responde

G59.1 Qual o valor médio mensal aproximado das remessas que efectua?

Até €50 O€51-€100 O€101-€250 O€251-€500 O€501-€1000 OMais de €1000 O

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Desafios e Potencialidades para o Desenvolvimento Local

G60. Gostaria de ir residir para outro país?

Não O

Sim, para o país de origem OG60.1 Tem ideia de quando pretende regressar?

Daqui a anos ou meses

Sim, para outro país O 3 G60.2 Que país ou países?___________________

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