Diário do Comércio - 04/09/2014

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Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 2 0 0 São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 2014 Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.200 R$ 1,40 A Rua Anchieta (esq.), entre o Pátio do Colégio e a 15 de Novembro, está tomada por barracas, colchões e fogões de moradores de rua. O cenário inclui usuários de drogas. Pág. 8 e dcomercio.com.br Nova aldeia do crack na Rua Anchieta NOVO EMPATE PARA MARINA Empate não é mais a luta contra a extinção do verde em que Marina Silva foi treinada. Empatada com a presidente Dilma na margem de erro do Ibope, e atrás 1 ponto no Datafolha, empate agora significa ataque cerrado para desconstruí- la, tanto pelo 1º lugar ameaçado quanto pelo 3º que quer passar a 2º. Foi Aécio Neves quem a tratou como "nova aventura", incerta. Para o PT, ela é de dar medo. Pág. 5 Era uma vez na floresta... Mãos dadas, seringueiros rodeiam árvores condenadas à extração e desafiam quem as quer executar. É o empate. Pacifismo e belicismo juntos. Desenho de Susan Turcot, 27ª Bienal de SP. IBOPE DATAFOLHA Dilma recuperou 3 pontos em uma semana e chegou a 37%. Marina cresceu 4 e foi a 33%. No 2º turno, a socialista venceria a petista por 46% a 39%. A presidente tem 35% contra 34% de Marina. Na pesquisa anterior, ambas tinham 34%. 2º turno: 48% para a socialista e 41% para a rival – antes, era 50% a 40%. Chuvas de ontem em SP provocaram estragos, mas fizeram com que o nível do Cantareira deixasse de cair. Pág. 8 André Lucas de Almeida/Estadão Conteúdo Nuvens da esperança Zé Carlos Barretta/Hype Acordamos hoje com Impostômetro girando a R$ 1,1 trilhão A marca foi atingida às 3h30, 20 dias antes do que em 2013. Rogério Amato, presidente da ACSP, diz não haver espaço para tanta carga tributária e defende mudanças no sistema fiscal. Pág. 13 NOSSA POSIÇÃO Carta de Direitos dos Contribuintes, editada nos EUA, assegura informações para uma relação mais equilibrada entre o contribuinte e o Fisco. Brasil deveria seguir o exemplo. Pág. 2 Selic pré-eleitoral mantida a 11% Na última ação de política monetária antes do primeiro turno, BC não surpreende e mantém a taxa básica de juros em 11% ao ano. Pág. 13

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Ano 91 - Nº 24.200 - São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 2014

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Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24200

São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 2014Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.200R$ 1,40

A Rua Anchieta (esq.),entre o Pátio do Colégioe a 15 de Novembro,está tomada porbarracas, colchões efogões de moradores derua. O cenário incluiusuários de drogas.Pág. 8 e dcomercio.com.br

Nova aldeiado crackna RuaAnchieta

NOVO E M PAT E PA R AMARINA Empate não é mais a luta contra a

extinção do verde em que MarinaSilva foi treinada. Empatada coma presidente Dilma na margem deerro do Ibope, e atrás 1 ponto noDatafolha, empate agora significaataque cerrado para desconstruí-la, tanto pelo 1º lugar ameaçadoquanto pelo 3º que quer passar a2º. Foi Aécio Neves quem a tratoucomo "nova aventura", incerta.Para o PT, ela é de dar medo. Pág. 5

Era uma vez na floresta...Mãos dadas, seringueiros rodeiam árvorescondenadas à extração e desafiam quem as querexecutar. É o empate. Pacifismo e belicismojuntos. Desenho de Susan Turcot, 27ª Bienal de SP.

IBOPE

DATA F O L H A

Dilma recuperou 3pontos em uma semanae chegou a 37%. Marinacresceu 4 e foi a 33%. No

2º turno, a socialistavenceria a petista por

46% a 39%.

A presidente tem 35%contra 34% de Marina. Napesquisa anterior, ambas

tinham 34%. 2º turno:48% para a socialista e

41% para a rival – a nte s,era 50% a 40%.

Chuvas de ontem em SP provocaram estragos, mas fizeram com que o nível do Cantareira deixasse de cair. Pág. 8

André Lucas de Almeida/Estadão Conteúdo

Nuvens da esperança

Zé C

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e

Acordamoshoje comImpostômetrogirando aR$ 1,1 trilhãoA marca foi atingida às 3h30, 20 dias antes do queem 2013. Rogério Amato, presidente da ACSP,diz não haver espaço para tanta carga tributária edefende mudanças no sistema fiscal. Pág. 13

NOSSA POSIÇÃOCarta de Direitos dos Contribuintes, editada nosEUA, assegura informações para uma relaçãomais equilibrada entre o contribuinte e o Fisco.Brasil deveria seguir o exemplo. Pág. 2

Selic pré-eleitoralmantida a 11%

Na última ação de política monetária antes doprimeiro turno, BC não surpreende e mantém a

taxa básica de juros em 11% ao ano. P á g. 13

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2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

KISSINGER E ANO V A O R DE MMUNDIAL

O sistema econômico tornou-se global, mas a estrutura política do mundo é baseada nos Estados nacionais.Roberto Fendt

AIRS (Internal Reve-

nue Service), dos Es-

tados Unidos, divul-

gou recentemente

uma publicação chamada Ta x -payer Bill of Rights, que pode-

mos traduzir como Carta de Di-reitos dos Contribuintes, edita-

da em várias línguas. Seu ob-

jetivo é "aumentar o número

de americanos que conhecem

e entendem seus direitos em

suas relações com o fisco".

Sintetizados em 10 tópicos,

os direitos apresentados asse-

guram condições para que as

relações dos contribuintes

com o fisco possam ser mais

equilibradas do que aquelas

observadas no Brasil.

Pode-se resumir esse decá-

logo como o direito de estar in-

formado; o de receber um ser-

viço de qualidade – ser bem

atendido; o de pagar apenas o

devido; o de questionar a Re-

ceita e ser ouvido; o de ques-

tionar a Receita num fórum

autônomo; o de ter uma res-

posta; o de privacidade; o de

confidencialidade; o de se fa-

zer representar por terceiro e

o direito de ter um sistema tri-

o que se constitui numa inova-

ção no tratamento daqueles

que, com os impostos que pa-

gam, sustentam o Estado em

seus três níveis e esferas de

governo –e que, até o momen-

to da edição da Lei 939/2003,

somente tinham obrigações.

Infelizmente, no tocante ao

governo federal, essa situa-

ção persiste e o desrespeito ao

contribuinte não somente per-

– a não ser recorrendo à Justi-

ça, o que é demorado e muito

o n e ro s o.

Essas ações impedem os

agentes econômicos de se

preparar para enfrentar os no-

vos encargos, desrespeitando

uma das normas básicas que

deve nortear o sistema tribu-

tário: a da previsibilidade das

obrigações. Afetam também a

estabilidade das regras, uma

condição necessária à segu-

rança dos investimentos e ao

perfeito conhecimento da le-

gislação tributária, que tem si-

do desrespeitada por mudan-

ças que se tornaram rotinei-

ras, sempre visando ao au-

mento da receita fiscal ou a

impor mais controles aos con-

tribuintes.

Essa situação se agrava

na medida em que a le-

gislação apresenta a

tendência de criminalizar os

contribuintes, impondo-lhes

riscos de natureza penal, além

de multas abusivas e muitas

vezes arbitrárias, incompatí-

veis com a natureza das rela-

ções entre fisco e contribuin-

Os direitos dos contribuintesNOSSA POSIÇÃO

ROBERTO FENDT

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

Aos 91 anos, Henry

Kissinger estará

lançando no próximo

dia 9, nos Estados Unidos,

seu mais recente livro,

A ordem mundial. A ele o

leitor pode ter acesso prévio

por meio de um artigo que

Kissinger publicou no Wa l lStreet Journal no último dia

29, sob o título "A montagem

de uma nova ordem

mundial" ("The Assembly

of a New World Order"). Para

quem não quiser beber

da fonte, faço a seguir uma

breve síntese.

Para Kissinger, o conceito

de ordem que serviu de

base para a era moderna

está em crise, o que é

atestado pelas guerras civis

na Líbia, na Síria , no Iraque e

no Afeganistão. Por outro

lado, ressurgem as tensões

entre a Rússia e o Ocidente,

e o relacionamento, que

oscila entre a cooperação

e a recriminação na

convivência dos Estados

Unidos com a China.

Trata-se de uma situação

nova. Nas décadas que

se seguiram à Segunda

Guerra Mundial, coube aos

Estados Unidos a liderança

em um mundo que renascia

das ruínas do conflito.

Essa liderança tinha certas

peculiaridades, decorrentes

da história dos norte-

americanos. A liberdade e a

democracia formaram

os seus alicerces. A elas

os norte-americanos

atribuíram a força e a

vitalidade de sua nação e

a base ética de seu

relacionamento com o

restante do mundo,

com vistas a uma paz justa

e duradoura.

Oenfoque tradicional

europeu diferia: nele,

povos e nações eram em

essência competitivos; a

forma de evitar choques

entre elas buscavam um

equilíbrio de poder entre

as principais nações e

chefes de Estado e governo

e s c l a re c i d o s .

Já a visão americana

considerava os povos, em

essência, razoáveis e

inclinados em favor da paz e

do bom senso; a expansão

da democracia, portanto,

seria o principal objetivo de

uma ordem internacional.

Em paralelo, mercados livres

elevariam os povos acima

da pobreza, enriqueceriam

as sociedades e trocariam

as tradicionais rivalidades

pela interdependência

econômica.

Essa visão produziu uma

nova ordem mundial,

com um grande número

de Estados independentes;

e a democracia e o governo

participativo tornaram-se

uma aspiração

compartilhada e uma

realidade universal. O

resultado foi uma ordem

que combinava o idealismo

americano e os conceitos

europeus tradicionais

de soberania e equilíbrio

de poder. Mas uma parcela

expressiva dos países jamais

compartilhou desses

valores e apenas se resignou

a aceitá-los, por inevitáveis.

Os conflitos recentes

mostram que a ordem

estabelecida pelo Ocidente

está se esgarçando.

Diversas razões explicam

o que ocorre. Primeiro,

o Estado, unidade básica

formal da vida internacional,

transformou-se. A Europa

optou por transcender o

Estado e por uma política

externa baseada em

princípios de "soft power",

duvidosos na manutenção

de uma ordem mundial

duradoura. No Oriente

Médio, componentes étnicos

e sectários de nações estão

em conflito uns com os

outros, produzindo Estados

falidos que não controlam

seus próprios territórios.

Ochoque entre

a economia

internacional e as

instituições políticas que

ostensivamente a governam

também enfraqueceu o

objetivo comum necessário

para uma ordem mundial.

O sistema econômico

tornou-se global, enquanto

a estrutura política do

mundo permanece baseada

nos Estados nacionais.

A ordem internacional,

portanto, encontra-se

diante de um paradoxo: a

sua prosperidade depende

do sucesso da globalização,

mas o processo produz

uma reação política que

muitas vezes trabalha

contra as suas aspirações.

Kissinger aponta

também que falta à

atual ordem internacional

um mecanismo eficiente de

consulta entre as grandes

potências para a cooperação

na solução dos principais

problemas da ordem. Não

sei se concordo. O Conselho

de Segurança é uma forma,

ainda que imperfeita, de foro

para as grandes potências.

Não creio que os problemas

residam na falta de diálogo.

Para o autor, a busca

contemporânea por uma

ordem mundial requer uma

estratégia coerente que

inclui um conceito de ordem

dentro das várias regiões e

para relacionar essas ordens

regionais umas com as

outras. Tudo isso, levando-se

em conta a dignidade

individual e uma governança

participativa nos Estados

para que cooperem

internacionalmente e de

acordo com regras

previamente acordadas.

Não sei se concordo

com tudo o que

Kissinger expôs nessa nova

obra, embora me deleite

com a pureza do estilo

e a amplitude da análise.

Diversas tentativas

de instituição de ordem

internacional baseadas

fundamentalmente em

princípios – como os 14

pontos do presidente

Woodrow Wilson – não

vingaram. Por outro lado,

não é fácil conceber uma

ordem contemporânea

baseada exclusivamente

no equilíbrio de poder

entre as grandes potências.

Encontrar um meio termo

será, daqui para a frente,

o grande desafio.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

butário justo e adequado. A

IRS criou uma seção especial

em seu site para implementar

esses 10 direitos e se propõe a

atualizar informações que se

tornem disponíveis.

Há muitos anos tramitam no

Congresso Nacional diversos

projetos de lei que criam o Có-

digo de Defesa do Contribuin-

te, apresentado por muitos co-

mo um complemento do Códi-

go de Defesa do Consumidor.

Esse se refere à relação dos ci-

dadãos com as empresas, en-

quanto o Código do Contri-

buinte trataria dos direitos

frente ao fisco.

Em muitas unidades da

Federação os contri-

buintes já adquiriram

seu direito de cidadania pe-

rante o Estado. No caso de São

Pa u l o , a Le i E s t a d u a l n .

939/2003 instituiu o Código

de Direitos, Garantias e Obri-

gações do Contribuinte, a par-

tir de abril de 2003. Esse Códi-

go objetiva promover o bom

relacionamento entre fisco e

contribuinte a partir do reco-

nhecimento de seus direitos,

te. A própria designação de

"crime contra a ordem tributá-

ria" encerra uma visão negati-

va contra o contribuinte em

um país em que a legislação

tributária é altamente com-

plexa, sujeita a interpretações

divergentes, mesmo entre es-

pecialistas, bem como objeto

de constantes mudanças.

Sabemos que ainda existe

um longo caminho a ser per-

corrido para que o contribuin-

te brasileiro seja tratado com o

respeito que merece, apesar

do grande avanço ocorrido em

alguns estados – como é o ca-

so de São Paulo, cujo Código

poderia servir de modelo para

que os empresários e os cida-

dãos sejam encarados pelo

fisco, em todas as áreas, como

cliente, que tem obrigações

mas também, direitos.

Para que isso possa se tor-

nar efetivo, no entanto, é pre-

ciso simplificar o sistema tri-

butário e a burocracia. Por is-

so, continuamos trabalhando

para a redução das exigências

burocráticas, mesmo antes

das mudanças necessárias na

t r i b u t a ç ã o.

Ainda existe um longo

caminho a ser percorrido

para que o contribuinte

brasileiro seja tratado com

o respeito que merece.

manece como vem se am-

pliando, pois o Executivo se

vale de Medidas Provisórias

para alterar a tributação, en-

quanto a Receita baixa nor-

mas interpretativas que au-

mentam impostos, cr iam

maiores exigências burocráti-

cas e restringem o direito de

defesa dos contribuintes, sem

que eles tenham qualquer

possibilidade de se manifestar

Page 3: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

À margem dacampanha

MU L T I M O D A L I D A DE : AINDA HÁ FUT URO?Divulgação

INTENSA URBANIZAÇÃO DO PAÍS GEROU PROBLEMAS DE MOBILIDADE E DE INFRAESTRUTURA.

Impressionaa desatençãopara com ajuventude.

A tragédia dasdrogas não é

suficientementediscutida

e muito menoscuidada.

SAMIR KEEDI

EVERARDO MACIEL

Acampanha eleitoral

deste ano já nos per-

mite extrair algumas

ilações: o modelo de

propaganda eleitoral, que tor-

na caras as campanhas e faz a

fortuna dos marqueteiros, pa-

rece esgotado, pois a popula-

ção já não mais atura clichês,

truísmos, excentricidades, ri-

mas pobres e discursos vazio.

A democracia não pode con-

viver com uma miríade de par-

tidos políticos (32), constituí-

dos quase sempre com o obje-

tivo de angariar recursos do

Fundo Partidário e negociar

tempo para a propaganda

eleitoral, e registrados no pou-

co plausível pressuposto que

receberam o denominado

apoiamento mínimo (hoje,

491.656 eleitores, com regis-

tro em, pelo menos, nove uni-

dades federativas, contando

em cada uma delas com o

apoio correspondente a, no

mínimo, 0,5% dos votos váli-

dos na última eleição para a

Câmara dos Deputados).

Aqualidade da maioria

dos candidatos é deplo-

rável, ademais dos ape-

lidos ridículos e da imprópria

referência à atividade profis-

sional ou à confissão religiosa

do candidato.

As preferências nos pleitos

majoritários estão sendo for-

madas a partir de matérias, in-

clusive debates, veiculadas

pela mídia, discussões nas re-

des sociais e uma espécie de

sentimento difuso que per-

passa a sociedade, correspon-

dendo a uma insatisfação ge-

neralizada, ainda que não tão

recente, com a política, os ser-

viços públicos e a economia.

Não temos a tradição de

realizar discussões substanti-

vas sobre temas que interes-

sam à sociedade, à exceção de

algumas iniciativas patrocina-

das por grupos organizados. É

certo que seria difícil tratar al-

guns temas durante a campa-

nha eleitoral, em virtude de

sua complexidade ou delicada

sensibilidade, a exemplo das

questões decorrentes do mal

assimilado processo de urba-

nização no Brasil e dos proble-

mas de uma juventude mas-

sacrada por apelos consumis-

tas e hedonistas.

OBrasil, em cinco déca-

das, deixou de ser ma-

joritariamente rural

para converter-se em um país

francamente urbano, com

85% de sua população residin-

do nas cidades. A despeito dis-

so, continuamos a cultuar a

agenda caduca da reforma

agrária, em franco contraste

com o sucesso de um agrone-

gócio altamente tecnológico e

c o m p e t i t i v o.

A intensa urbanização ge-

rou deseconomias de aglome-

ração, traduzidas pela preca-

riedade da mobilidade urbana

e do saneamento, bem como

mal atendidas demandas por

serviços públicos de educa-

ção e saúde.

Essas questões jamais po-

derão ser resolvidas com a

atual estrutura federativa. É

preciso conceber uma nova

forma de repartição dos en-

cargos públicos e articulação

intergovernamental. Para tal,

é necessário investir em mo-

delos de cooperação e cons-

truir paradigmas que possam

ser replicados.

Certamente, esse cami-

nho não passa pela dis-

tribuição de recursos

por meio de emendas parla-

mentares e ministérios das ci-

dades ou equivalentes. Im-

pressiona muito a desatenção

com a juventude. De acordo

com o IBGE, um em cada cinco

jovens, entre 15 e 29 anos,

nem estuda, nem trabalha.

São os "nem-nem", sem pre-

sente e, talvez, sem futuro.

A tragédia das drogas não é

suficientemente discutida e

muito menos cuidada. Qual-

quer pessoa, provida de míni-

ma sensibilidade, fica perple-

xa com as "cracolândias" de

São Paulo. Uns defendem a li-

beralização do consumo da

maconha, no propósito de en-

fraquecer o tráfico, esquecen-

do que existem outras dro-

gas.

Outros postulam, mais ou-

sadamente, a liberalização de

todas as drogas, confiando

que os traficantes ingressarão

em um programa de ressocia-

lização ou na vida monástica.

SXC

Há ainda os que enten-

dem que a formaliza-

ção do mercado de dro-

gas iria gerar receitas tributá-

rias. Esses desconhecem os

fenômenos da sonegação,

contrabando e descaminho,

sem falar de uma improvável e

patética discussão, no Conse-

lho de Política Fazendária, so-

bre a alíquota efetiva e a subs-

tituição tributária aplicáveis

às drogas.

É óbvio que não se deve cri-

minalizar o consumo de dro-

gas. O País carece, entretanto,

de uma política pública de dro-

gas que propicie tratamento

digno ao usuário e prevenção

do uso. Em outro artigo, mais

adiante, tratarei das eleições

e a reforma tributária.

EVERARDO MAC I E L É

C O N S U LTO R T R I BU T Á R I O,EX-SECRETÁRIO DA RE C E I TA

FEDERAL (1995-2002)

Aqui estamos,

cansados e cansando

novamente, para falar

da multimodalidade. Nem

lembramos mais quantas

vezes escrevemos sobre

essa forma especial de

operação logística e entrega

de mercadoria, desde a

aprovação da Lei 9.611, em

1998. Estamos aborrecidos

com o que vem ocorrendo e

pela falta do funcionamento

da multimodalidade e do

OTM - Operador de

Transporte Multimodal.

Mas insistimos uma

vez mais no assunto, já que

alguém tem de cuidar

disso e do País, sempre com

a esperança de que a

operação decole. Parece que

só nós insistimos nisso, pois

quase não se fala mais no

assunto. Não podemos

deixá-lo morrer, mas não

temos mais ouvido falar

sequer da ADM - Agência de

Desenvolvimento da

Multimodalidade. Nem

sabemos se ainda existe, o

que é uma pena, pois era

bastante ativa.

Amultimodalidade

parece ser ovelha negra

no País, e detestada desde o

começo. Se a memória não

nos trai, levou uns 10 anos

no Congresso para sua

aprovação, em 19 de

fevereiro de 1998. Não

bastasse a demora, levou

mais 26 meses para ser

regulamentada, o que

ocorreu pelo decreto 3411

de 12/04/2000.Não fosse

assim, não seria o Brasil.

Não entendemos como

pode um país caminhar

dessa forma, onde nada –

mas nada mesmo – funciona

como deveria, ainda que

alguma coisa bata na trave

de quando em vez.

O Brasil deve ser o único

país do mundo, e cada vez

se torna mais válido, em

que se diz abertamente que

"tem lei que funciona, tem

lei que não funciona". Como

assim brejeiro? Lei

é lei, tem de funcionar de

qualquer maneira.

Mesmo depois de tudo

isso, a multimodalidade

que não funcionou e nem se

podia obter a autorização

de funcionamento. Tudo

ficou dependente da

regulamentação do seguro

do OTM, exigência que, por

alguma razão inexplicável,

estava no texto da lei, no

eterno paternalismo do País.

Como todos se lembram

também, o seguro somente

foi regulamentado no

final de 2000, sendo

revogado em setembro

de 2002, e novamente

regulamentado em

dezembro do mesmo ano.

É claro que, como costuma

acontecer, para não ter

valor algum, já que

nenhuma seguradora

oferecia o seguro ao OTM.

Ficou tudo na mesma até a

solução final, com o decreto

5276 de 19/11/2004

alterando os artigos 2 e 3 do

decreto 3411 e eliminando,

finalmente, a necessidade

do OTM ter seguro para

poder solicitar a autorização

de funcionamento à ANTT -

Agência Nacional de

Transporte Terrestres.

Em 23 de novembro de

2004,pela resolução

794, a ANTT regulamentou o

OTM. Com isso, finalmente,

os primeiros certificados

começaram a ser expedidos,

no início de 2005. Com

as empresas se registrando

como OTM, nos

perguntamos se aí as coisas

funcionariam de fato.

Vamos lembrar ainda,

apenas por mera chatice,

do decreto 1563/95 que

instituiu a multimodalidade

para o Mercosul, e que

nunca funcionou. Também

n o rm a l í s s i m o. . .

Mesmo com todos esses

tropeços e a demora na

criação das condições para

seu funcionamento, a

multimodalidade continua

parecendo uma peça de

Shakespeare, isto é,

"sonhos de uma noite de

verão. No caso brasileiro,

está mais para sonhos

de uma noite de inverno.

Vivemos nos perguntando

qual a razão deste

país passar a vida inteira

reinventando a roda. Ela já

existe, deveria apenas ser

usada. Inventamos todos os

tipos de coisas e desculpas

para não funcionarmos.

Como pode um país com

as melhores condições

físicas do planeta, e isso não

há como discutir, podendo

ser o melhor país que existe,

não fazer o que deve ser

feito? Nem sequer tentar se

desenvolver e atingir um

mínimo de excelência?

Para um país em que as

pequenas empresas

representam apenas 2% da

exportação nacional, isso é

injustificável. Nos Estados

Unidos e Itália, como sempre

se soube, elas representam

cerca de 40%. Em Taiwan,

afirma-se que o índice

atinge os 90%. Para um

país como o nosso, que tem

entre 6 e 10 milhões de

empresas, dependendo

da fonte, é inconcebível

que elas representem

apenas cerca de 5 bilhões

de dólares de exportação.

Se elas representassem

40%, pode-se imaginar

quantas empresas

exportariam e quantos

empregos mais seriam

gerados na área. Uma área

que forma milhares de

alunos ao ano, mas que

terminam a universidade

sem muitas chances de

emprego. E, para

agravar a situação, com

apenas cerca de 18.000

empresas exportando, e

com menos de mil delas

representando 92% das

exportações nacionais.

A multimodalidade

poderia ajudar milhares de

empresas a exportar, já que

isso é muito caro no Brasil.

Não haveria necessidade de

montar uma estrutura, nem

ter de negociar sozinha com

transportadores e todos os

demais intervenientes no

comércio exterior. Essa

tarefa poderia ser deixada

para o OTM, preocupando-se

apenas com seu "core

business", ou seja,

apenas cuidando das coisas

internas e vendas.

Infelizmente, repetimos,

se não fosse assim não

seria o Brasil. Até quando

suportaremos toda essa

incompetência dos nossos

governos, em todas as

suas instâncias, e cuja única

missão parece ser manter

o país subdesenvolvido,

sem educação, sem

desenvolvimento, apenas

para poder controlar

e vencer as eleições?

SAMIR KEEDI É P RO F E S S O R DE

G R A D UA Ç Ã O E PÓS-G R A D UA Ç Ã O,AU TO R DE VÁRIOS L I V RO S EM

COMÉRCIO EXTERIOR, ENTRE OS

QUA I S "LOGÍSTICA DE T R A N S P O RT E

I N T E R N AC I O N A L " E "TR A N S P O RT E S ,UNITIZAÇÃO E S E G U RO S

I N T E R N AC I O N A I S DE CARGA".SAMIR@M U LT I E D I TO R A S .COM.BR

Page 4: Diário do Comércio - 04/09/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

[email protected] 33333 33333

kkkkk

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: a maquiadora RosePaz, que cuidou da presiden-te em 2010, acha que "a daesquerda é de uma pessoae a da direita, é de outra".

MISTURA FINA

Fotos: Paula Lima / Divulgação

Itamarde saias

A únicabrasileira

333 Em meio as 101 figurasconhecidas do showbiz internaci-onal, incluindo o mundo da moda,que tiveram fotos Íntimas vazadasna internet, está apenas uma

brasileira. É a modelo Lisalla Montenegro, 24 anos, nascida emGoiás e que já participou dos catálogos da Victoria’s Secret e decampanha da Maybelline. Ela mora nos Estados Unidos, é casadacom o jogador de beisebol C. J. Wilson, já desfilou para Hermés,Gucci e outras marcas e não está muito preocupada com ovazamento de suas fotos. Em sua profissão, vira e mexe, tira a roupa.

Ministeriáveis333 Malgrado “até se considere honrado” em terseu nome lembrado para o Ministério da Fazendanum suposto governo de Marina Silva, EduardoGianetti avisa que assumir um ministério nãofaz parte de seu perfil. Já André Lara Rezende,que hoje tem uma companhia de investimentos,poderia ser uma alternativa. Com outros economis-

tas, ele ajudou a elaborar o Plano Real e no governo de José Sarney,também participou do Plano Cruzado, que naufragou. Foi sócio doBanco Matriz, trabalhou no Garantia e no antigo Unibanco, foi diretordo BC e presidente do BNDES. É outro conselheiro de Marina Silva.

Mulherdo Ano

Se as sobrancelhas demarina Silva estão sendoelogiadas, as de DilmaRousseff andam sendomais do que criticadas.

333 Marina Silva acaba de sercomparada a Jânio Quadros eFernando Collor, que não tinhamboas relações com o Congressoe que acabaram deixando o

Planalto por renuncia. O primeiro sonhava com um golpe deEstado e voltar “nos braços do povo”; o segundo, para sair antesda aprovação do impeachment pelo Congresso. A candidatado PSB, se eleita, também pretende governar sem maioria decongressistas. Roberto Freire, presidente nacional do PPS, aliadode Marina e que foi líder de Itamar Franco na Câmara, acha queela poderá seguir o estilo do ex-presidente, negociando caso acaso. Se perder, levará a decisão para o julgamento da socie-dade. Nos tempos de Itamar, só seis ministérios tinham repre-sentantes de partidos; os demais, eram de sua cota pessoal.

Outrovídeo333333333333333 Circula na internet vídeo de 2010 onde o teólogo Leonar-do Boff apoia Marina Silva para a Presidência e diz que “ela éa única pessoa à altura da humanidade”. Quatro anos depois,Boff apoia a reeleição de Dilma e garante que “Marina é oatraso do atraso” e que a autonomia do BC só servirá paraentregar a instituição “ao sistema financeiro e especulativo”.

“Levy, gostei de sua participação. Vou te contratar para ser animadorde auditório do meu programa.”

333 Colin Firth, Tony Blair,Lewis Hamilton, John Bishop,Liam Neeson e ChristopherBailey, entre outros, receberamseus prêmios na festa Men of

the Year Awards, promovida pela GQ britânica, nos salões daRoyal Opera House, esta semana e Kim Kardashian foi eleitapela revista Woman of the Year. Na festa, onde usou umtransparente modelo Ralph & Russo, Kim estava acompanhadado marido, o rapper Kanye West. E num ensaio da publica-ção, mostrava porque ganhou título. Detalhe: ela tem 1,60m,54 quilos e suas medidas são 87cm (busto), 66cm (cintura) e101cm (quadris), onde ela garante que jamais colocou silicone.

Estilo Seixas333 Por suas contradições emudanças de opinião emquestão de horas – e atémesmo em seu programa degoverno – a candidata MarinaSilva foi chamada de “metamor-fose ambulante” pelo candidatoAécio Neves, inspirado pelamúsica de Raul Seixas. Emseus tempos de poder, Lula jáhavia assumido, publicamente,esse rótulo. Alegava, na época,que mudanças de pontos devista “fazem parte do processodemocrático”. O PSDB, do seulado, está atento à possibilidadede algum tropeção de MarinaSilva, do tipo que vitimou CiroGomes (perguntado sobre afunção de sua mulher, PatríciaPilar, ele disse que “é dormircomigo”) e Celso Russomano,que propôs aumentar o preçodas passagens de ônibuspara trajetos mais longos.

EM ALTA333333333333333 O candidato do PV aoPlanalto, Eduardo Jorge, vaiaumentando, a cada dia quepassa, sua legião de admira-dores nas redes sociais, porconta de sua espontaneidadenos debates. Sua frase “Nãotenho nada a ver com isso”inspira blogs e virou sensaçãona internet. Seu trabalho nolegislativo nunca lhe rendeutanta popularidade como aprovocada pelo humor. Aoschegados, ele confessa que“só agora entendeu o que émeme”. Detalhe: há quemaposte que esse novo tipo deadmiração, acabe se transfor-mando em votos.

Delação em marcha333 O depoimento de PauloRoberto Costa, ex-Petrobras,feito no final da semanapassada e que já faria parte dadelação premiada, está tendosuas informações investigadase checadas pelo MinistérioPúblico e pela Polícia Fede-ral. Uma infinidade de novasgravações telefônicas foiautorizada pela Justiça e umasérie de contas no Exterior jáestá sendo vasculhada.

O OUTRO LADO333333333333333 Ainda as fotos vazadas:nove entre dez psicólogos,mesmo achando que qualquermulher tem o direito de sedeixar fotografar intimamente,guardar em algum comparti-mento do mundo digital e sócompartilhar com quem lheinteressa, ao imaginar queessas fotos possam vazar, sãodominadas pela hipótese deserem vistas por grandesquantidades de estranhosinvasores. Esse surpreendentefascínio faria parte do universofeminino e alimentaria avaidade de cada uma. Oresultado é que muitas estrilame outras tantas nem se incomo-dam, muito pelo contrário.

Novas armas333 O desfile de Sete deSetembro, em Brasília, marcaráa primeira exibição pública donovo equipamento das ForçasArmadas, as viaturas Astro2020, veiculo de última geraçãoutilizado, prioritariamente,para o apoio de fogo de longadistancia e com elevadaprecisão. É capaz de lançar até190 foguetes em 16 segundos auma distancia de 300 km. Até ofim de 2018, o Exercito terá 50deles. O ministro Celso Amorim,acompanhará o desfile de pertoe até está se sentindo um poucoChuck Hagel, seu colega daDefesa do governo Obama.

MÃE DE MISS333333333333333 A mãe do comediantePaulo Gustavo, D. Déa,apareceu, nesses dias, nasgravações do Vai Que Cola,em segunda temporada noMultishow (vai virar filme noano que vem). Ela já foi inspira-ção para a protagonista doespetáculo Minha Mãe é UmaPeça, outro grande sucessodele, que vem escapando deconvites para a televisãoaberta. Nos bastidores, D. Déacontava que “não é dessasmães que acham o filho o maisbonito do mundo”, lembravaque “já deu uns cacetes nele” eque “não é mãe de miss, não”.

RAUL GIL // depois do debate do SBT, ao candidato Levy Fidelix.

333 O PRAZO legal parasubstituição de candidaturasacaba no próximo dia 15. Podeser trocado quem tenha registronegado ou renuncie. Parailustrar: para Lula substituirDilma – e não há essa hipótese– ela teria que renunciar, oque já avisou que jamais faria.

333 QUEM está chegando aoBrasil é o veterano ator francêsJean-Paul Belmondo, 81 anos:vai percorrer as locações do filmeL’Homme de Rio, rodado em1963. As cenas farão parte deum documentário sobre ele,onde aparecerá sendo entre-vistado pelo filho, Paul.

333 DEPOIS de quatro anosde romance e um de casado,chega ao fim o relacionamentoentre a atriz Fiorella Mattheise o ex-judoca Flávio Canto.

333 A ASSOCIAÇÃO Brasilei-ra de Terminais Portuários estáentregando documento com 10propostas aos candidatos àPresidência. E informa que,hoje, no país, uma operaçãode carga depende de até 26órgãos fiscais e nada menosdo que 930 documentos.

333 QUANDO encontrou como apresentador Raul Gil que,brincando, disse que o contratariapara ser “animador de auditório”,o candidato Levy Fidelix, quenunca apareceu tanto numacampanha como a atual, atéesboçou um sorriso. Depois, ficousabendo que as funções de um“animador de auditório” é levantarplacas de Palmas ou incenti-var a platéia a aplaudir algumacoisa que aconteça no palco.

333 O JOGADOR CristianoRonaldo, que namora, há trêsanos, a modelo russa IrinaShayk, considerada pela revistasuma das dez mais sexies doplaneta, deu uma entrevista aocanal português TVI e declarouque “ainda não está preparadopara casar”. Aos 29 anos,considera-se “jovem paraassumir esse compromisso”.

IN OUTh

h

Lenço e gravata: mesmaestampa.

Lenço e gravata: nãocombinados.

Page 5: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

DILMA E MARINA PODEM SE ENCONTRAR NA ONUA presidente Dilma Rousseff deverá ir a Nova York para abertura da69ª Assembleia Geral da ONU. Só que a campanha petista teme que

esse palanque internacional tenha que ser dividido com a rival MarinaSilva (PSB), que também foi convidada, como observadora.

Rivalidade acirrada:Marina e Dilma empatam.

Pesquisas Ibope e Datafolha são divulgadas no mesmo dia e apontam empate técnico entre PSB e PT

As pesquisas de inten-

ção de votos do Data-

folha e Ibope divulga-

das ontem mostra-

ram que a candidata à Presi-

dência da República Marina

Silva (PSB) parou de crescer e

está tecnicamente empata-

da, no 1º turno, com a presi-

dente Dilma Rousseff (PT).

Ambos os levantamentos pos-

suem margem de erro de dois

pontos percentuais com 95%

de índice de confiança.

Na tarde de ontem, as duas

trocaram acusações sobre

uma "política do medo". Mari-

na afirmou que Dilma está

querendo "ressuscitar o me-

do" na campanha eleitoral.

"Infelizmente, quem está que-

rendo ressuscitar o medo é a

presidente Dilma. E a pior for-

ma de se fazer política é pelo

medo", afirmou a ex-ministra.

Já Dilma rebateu: "Não, queri-

da. É a política da verdade."

1º TURNODe acordo com o Datafolha,

se o 1º turno fosse hoje, a pre-

sidente Dilma teria 35% dos

votos contra 34% de Marina, o

que configura empate técni-

co. No levantamento anterior

do Datafolha (28 e 29 de agos-

to), elas estavam numerica-

mente empatadas com 34%

das intenções de voto cada

uma. Naquela ocasião, po-

rém, Marina vinha de um cres-

cimento de 13 pontos percen-

tuais em relação à pesquisa de

14 e 15 de agosto.

Já o tucano, Aécio Neves

vem caindo desde agosto em

ambas as pesquisas. No Data-

folha de ontem, Aécio aparece

com 14%. Há duas semanas

ele tinha 15%. No Ibope, a que-

da é de 19% para 15%.

Dilma subiu de 34% para

37% no Ibope e Marina foi de

29% para 33%.

Pastor Everaldo (PSC) se

mantém com 1% nos dois le-

vantamentos. Os outros can-

didatos juntos somam 4% e

2% no Datafolha e Ibope, res-

pectivamente.

Bancos e nulos, no Datafo-

lha, são 6% e indecisos, 7%. Já

no Ibope, os que pretendem

anular ou votar em branco re-

presentam 7% e indecisos, 5%

–no Ibope do dia 26 de agosto,

os indecisos eram 8% dos en-

t re v i s t a d o s .

2º TURNOTanto no Datafolha quanto

no Ibope Marina Silva vence

Dilma Rousseff, mas a diferen-

ça entre ambas está menor.

De acordo com o Datafolha, na

semana passada, a candidata

do PSB tinha 10 pontos de van-

tagem sobre a petista (50%

contra 40%). A vantagem ago-

ra é de 7 pontos (48% a 41%).

No Ibope, a diferença entre

as candidatas oscilou de 9 pa-

ra 7 pontos da semana passa-

da para cá. Agora, Marina tem

46% das intenções de voto

contra 39% da candidata do

PT. No levantamento anterior,

Marina tinha 45% contra 36%

de Dilma. Brancos e nulos os-

cilaram de 9% para 8% e inde-

cisos caíram de 11% para 6%.

Pela primeira vez, um insti-

tuto de pesquisa testou um ce-

nário sem Dilma. O Datafolha

mostrou que se fossem Marina

e Aécio no 2º turno, a ex-minis-

tra venceria por 56% a 28%.

Com Dilma no páreo, Marina

continua a ganhar por 48% a

41%. Já Dilma ganharia de Aé-

cio por 49% contra 38%.

No Ibope, o cenário se repe-

te. A candidata do PSB apare-

ce com 46% contra 39% da

candidata do PT. Em um cená-

rio de Dilma versus Aécio, o

Ibope mostrou que a atual pre-

sidente ganharia de 47% a

34%, aumentando a vanta-

gem de 6 para 13 pontos em

relação a semana passada.

A pesquisa Datafolha, enco-

mendada pela Rede Globo e

pelo jornal Folha de S. Paulo, foi

realizada entre os dias 1° e 3

de setembro e está registrada

no Tribunal Superior Eleitoral

( T S E ) s o b o n º B R -

00517/2014. A pesquisa Ibo-

pe, feita a pedido do jornal OEstado de S. Pauloe da Rede Glo-bo, fez as entrevistas entre os

dias 31 de agosto e 2 de se-

tembro. Está registrada no

TSE com o nº BR-00514/2014.

(Agências)

Paulo Whitaker/ Reuters

Dia de tucano teve queda nas pesquisas e tumulto em campanha.

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Infelizmente, quemestá querendoressuscitar o medo éa presidente Dilma.E a pior forma de sefazer política é pelomedo.MARINA SI LVA (PSB)

Não, querida. É apolítica da verdade.A hora da verdade équando você temque mostrar o quevocê vai fazer, comovocê vai fazer.DILMA ROUSSEFF (PT )

Aécio oscila entrese conformar e reagir

Diante da subida ver-

tiginosa de Marina e

dos novos números

do Ibope e do Datafolha

apontando mais uma que-

da do PSDB, Aécio Neves

afirmou ontem, em entre-

vista dada à rádio CBN: "Ga-

nhar ou perder a eleição é

normal. Acredito que vou

vencer porque tenho o me-

lhor projeto para o Brasil,

que está pagando o preço

pela inexperiência da atual

presidente e pelas trapa-

lhadas na economia, não

podemos nos contentar

com times de segunda divi-

são quando temos uma ver-

dadeira seleção para colo-

car em campo".

CONTRADIÇÕES E PLÁGIOAécio insiste nas "contra-

dições" da adversária. "A

candidatura de Marina tem

suas virtudes, eu as respeito,

mas traz também um con-

junto de contradições muito

grandes, ela fez toda a sua

trajetória política no PT. O

Brasil não aguenta uma in-

certeza no seu horizonte,

uma nova aventura".

O tucano também atacou

Marina dizendo que o pro-

grama de governo do PSB

plagiou o Programa Nacio-

nal de Direitos Humanos

(PNDH) do governo de Fer-

nando Henrique Cardoso.

"É uma cóp ia exata do

PNDH de 2002. Ela poderia

ter pelo menos dado crédito

aos autores verdadeiros da

proposta e a FHC."

Em outro compromisso

de campanha, o tucano ten-

tou andar pelas ruas de

Santos com o governador

paulista Geraldo Alckmin e

o seu vice, Aloysio Nunes.

Mas logo no início da cami-

nhada foi impedido pela

equipe dos programa Pâni-

co e CQC, da Rede Bandei-

rantes. O empurra-empur-

ra chegou até a machucar

uma senhora.

RESPOSTA DE MARINAEm encontro com profis-

sionais da área médica na

Faculdade de Medicina da

USP, Marina rebateu, on-

tem, a acusação de plágio:

"Com certeza, sempre exis-

tirão propostas que serão

comuns a todos os gover-

nos porque agora nós não

vamos privatizar ideias".

Para Marina, os candidatos

não podem exigir exclusivi-

dade de determinados te-

mas. "Imagina se alguém

disser: o Sistema Único de

Saúde não pode estar no

seu programa porque isso

foi uma conquista do gover-

no de fulano". (Agências)

Nelson Antoine/ EC Alexandre de Jesus/EC

Page 6: Diário do Comércio - 04/09/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Rua Bela Cintra, 299 - 1º andar - Consolação

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MalufcomparaMarinaa Hitler

E ainda se orgulha de ser chamado de o "Sr. Propina"

Ao som do sucesso dos

anos 80 da rainha

dos baixinhos Xuxa,

o deputado federal

Paulo Maluf (PP-SP) comemo-

rou o seu 83º aniversário on-

tem numa carreata pela ruas

da zona Leste de São Paulo e

ignorou os problemas que cer-

cam sua candidatura.

Nem mesmo a decisão do

Tribunal Regional Eleitoral de

São Paulo (TRE-SP) que o con-

siderou inelegível e a alcunha

de "Senhor Corrupção", dada

a ele pela ONG Transparência

Internacional, na terça-feira,

na Suíça, tiraram o humor do

ex-prefeito de SP que reafir-

mou apoio a presidente Dilma

Rousseff (PT) e comparou a ex-

senadora Marina Silva (PSB)

ao ditador Adolf Hitler.

Maluf afirmou que não há

chances de ele abandonar a

candidatura de Dilma. Cha-

mou a ex-senadora Marina Sil-

va (PSB) de inábil e afirmou

que seus acenos políticos são

comparáveis aos do ex-dita-

dor nazista:

"Estamos com Dilma e acho

que Dilma é a candidata mais

preparada para ser a presiden-

te. Sem nenhum desrespeito a

dona Marina, mas não vejo nela

as condições administrativas

ou políticas. Você eleger uma

presidente com 20 deputados

federais em 513 e que não vai

conversar com o Congresso?

Olha, nunca vi isso aqui nem no

tempo do Médice e do Geisel. A

democracia pressupõe três po-

deres. Você dizer que vai go-

vernar sozinho? Quem sabe Hi-

tler poderia dizer isso, Mussoli-

ni, Stalin. Aqui, com a mídia li-

vre que nós defendemos, não

pode acontecer. Na minha vi-

são, quem tem condições polí-

ticas e administrativas para

dar estabilidade ao Brasil é a

presidente Dilma".

Oficialmente, desde segun-

da-feira, com o registro da

candidatura indeferido pelo

TRE-SP, Maluf não se mostrou

preocupado com a possibili-

dade de ficar de fora de sua

12ª eleição: "Decisão da justi-

ça a gente cumpre. O que eu

posso dizer é que assim que

publicar o acórdão nós vamos

recorrer. Não tenho nenhuma

dúvida que nós vamos conti-

nuar candidato (sic)."

Maluf ironizou ser uma das

"estrelas" da nova campanha

mundial contra a corrupção da

Transparência Internacional.

Ele é chamado pela ONG inter-

nacional de "Mr. Kickback" –

"Senhor Propina". A campa-

nha diz que são poucas as pes-

soas que têm em sua homena-

gem um verbo próprio, uma

alusão ao "malufar, ou roubar

dinheiro público" e o acusa de

receber US$ 344 milhões em

propina durante os quatro

anos em que foi prefeito de

São Paulo, na década de 90.

"De uma certa maneira eu

fico até envaidecido de estar

incomodando uma ONG na

Europa. Eu não me incomodo

com isso. Me incomodo que o

Brasil tem que crescer mais.

Fico feliz que o meu trabalho

dá inclusive coceira em pes-

soas que moram na Europa."

SEM REMEDINHOMaluf afirmou que "não pre-

cisa de remedinho" para ten-

tar mais um mandato, em re-

ferência clara ao aliado do mo-

mento Paulo Skaf, candidato

ao governo do Estado pelo

PMDB, que declarou ser ne-

cessário ter tesão para gover-

nar o Estado: "Eu, quando go-

vernei, todo mundo sabe: a

Rota estava na rua, construí

escolas e hospitais. Não vou

comentar, mas não preciso de

muitos instrumentos que os

jovens usam hoje. Eu, aos 83

anos, não preciso não".

Maluf chegou pontualmen-

te às 10h em Itaquera, zona

Leste, e foi logo cercado de 30

"malufetes" carregando ban-

deiras da campanha. A carrea-

ta percorreu cerca de 50 ruas

entre os bairros de Itaquera e

Tatuapé. Maluf acenou a popu-

lares que retribuíam com elo-

gios e com críticas. Como sem-

pre, alguém lhe pediu que co-

locasse a Rota na rua. ( AG )

Marcos Alves / Agência O Globo

Bem-humorado, Paulo Maluf desfila em carreata pelas rua da zona leste em pleno dia de aniversário, o 83º.

A democraciapressupõe trêspoderes. Vaigovernarsozinho?Quem sabeHitler poderiadizer isso,Mussolini,Stalin. Quemtem condiçõespolíticas éa Dilma.PAU LO M A LU F

De uma certamaneiraeu fico atéenvaidecidode estarincomodandouma ONG naEuropa. Ficofeliz que o meutrabalho dáinclusivecoceira empessoas quemoram naEuropa.

Collor não comenta menção negativa do PT

NA WEB

As respostas que Dilmanão deu ao Jornal da Globo

Presidente recusou entrevista. Mas, pelo que tem dito, dá para imaginar...

Apresidente Dilma Rous-

seff recusou convite pa-

ra participar de entre-

vista no Jornal da Globo. Ela vi-

ria logo depois de Marina Silva

(PSB), já ouvida na segunda-

feira e antes de Aécio Neves

(PSDB), que foi ao ar ontem.

Depois da recusa, os apre-

sentadores William Waack e

Christiane Pelajo leram algu-

mas das perguntas que fariam

a ela. E o blog de Josias de Sou-

za recolheu declarações da

presidente de uns tempos pa-

ra cá e montou as prováveis

respostas. Confira:

G l o bo : Os últimos índices

oficiais de crescimento indi-

cam que o País entrou em re-

cessão técnica. A sra. ainda in-

siste em culpar a crise interna-

cional, mesmo diante do fato

de que muitos países compa-

ráveis ao nosso estão crescen-

do mais?

Blog: Meu querido, não há

recessão no País. O que há é

uma redução momentânea da

atividade econômica. Que só

aconteceu porque tivemos

uma seca histórica, menos

dias úteis por causa da Copa e

grande contração do mercado

i n t e rn a c i o n a l .

G: A senhora continuará a

represar os preços da gasolina

e do diesel artificialmente, pa-

ra segurar a inflação, com pre-

juízo para a Petrobras?

B: A oposição diz que o preço

da gasolina está defasado. Gos-

taria que mostrassem de quan-

to é a defasagem. No que se re-

fere ao reajuste, ele pode acon-

tecer a qualquer momento.

G : A forma de fazer contabi-

lidade dos gastos públicos no

no seu governo tem sido criti-

cada por economistas e apon-

tada como fator de quebra de

confiança. Como responde?

B: (...) Meu governo não es-

conde nada.

G: A sra. prometeu investir

R$ 34 bilhões em saneamento

básico e abastecimento de

água até o fim do mandato. O

que deu errado?

B: Meu querido, nós defla-

gramos no início de maio a ter-

ceira das ações de saneamen-

to básico do PAC 2. No nosso

governo, o meu e o do presi-

dente Lula, o Brasil deu um sal-

to de investimento em sanea-

mento. (....)

G: Em 2002, Lula prometeu

erradicar o analfabetismo. Em

2010, a senhora fez a mesma

promessa. O índice aumentou

pela 1ª vez depois de 15 anos.

Por quê?

B: Eu tenho muito orgulho de

tudo o que fizemos em 12 anos.

Só pra citar um exemplo: (...) E

não posso deixar de mencionar

que eu criei o Pronatec.

G : A senhora considera cor-

reto dar dentes postiços para

uma cidadã pobre um pouco

antes de ser feita com ela uma

gravação do seu programa

eleitoral de televisão?

B : Foi um erro ter dado pra

ela só um dia antes da minha

chegada. Tinha a obrigação de

dar a prótese quando ela rece-

beu o Bolsa Família. (...)

(Agências)

Leo Martins /Agencia O Globo

William Waack, da TV Globo.

JÁ ACABOU?

Por Bob Jungmann

COLLOR NÃO!

Fen ô m en o

eleitoral à

sua época, o

ex-pre sidente

Col lor , hoje

s e n a d o r d e

Alagoas e ma-

rinista de 1ª

hora, não é bem o tipo de eleitor confesso

que um candidato queira ter. Embora man-

tenha clientela fiel em seu Estado, ainda vi-

ve o estigma de político defenestrado por

seu impeachment no Congresso. A coliga-

ção de Dilma o aponta como o aventureiro

que decepcionou o País por não contar com

o apoio do Legislativo, assim como Jânio

Quadros, e Marina Silva, se eleita. Ela diz

que Collor é muito mais afeito à Dilma. Nin-

guém quer tê-lo como colaborador de cha-

pa. Nem de longe.

FOLCLORE

Ocandidato verde Eduardo Jorge pode

não vencer nas urnas, mas nas redes

sociais mostra excelente performance, com

crescimento acentuado nos posts a cada de-

bate. Quando citado por Levy Fidelix como

fiador de suas palavras, foi fulminante e en-

graçado: "Eu não tenho nada a ver com is-

so!". As brincadeiras rolam soltas no Facebo-

ok, e o cartunista Benett, na Fo l h a , m o s t ro u

Marina dizendo: "Todas as decisões políti-

cas eu tomo

depois de ler

a Bíblia...". No

q u a d r o s e-

guinte, Deus

t i ra o co rpo

fora: "Ei , eu

não tenho na-

da a ver com

i s s o. . . "

Mencionado de forma

negativa no programa

de TV da campanha da

presidente Dilma Rousseff,

o senador Fernando Collor

(PTB-AL) se mantém em

silêncio até o momento.

Segundo assessores do

senador, ainda não há

nenhuma previsão de

emissão de nota ou

declaração a respeito.

Collor está no interior

de Alagoas em campanha.

O horário eleitoral

gratuito do PT no rádio e TV

vinculou a candidatura de

Marina Silva (PSB) aos ex-

presidentes Jânio Quadros e

Collor, que não concluíram

seus mandatos por falta de

força política. E cita como

exemplo o impeachment de

Collor. (EC)O

jus esperniandi, ou di-

reito ao esperneio, utili-

zado por todos fora do comi-

tê da socialista-ambientalis-

ta-impressionista Marina

Silva, passou a ser quase um

bordão acompanhado pelo

País via celular ou tablet. Co-

mo se não tivessem se dado

conta ainda de uma tormen-

ta que se agrava a cada dia,

sempre que sai nova pesqui-

sa, os demais postulantes ao

Planalto sobem o tom dos

ataques, equipam os esqua-

drões virtuais com as armas

mais pesadas e engrossam

cada vez mais discursos con-

tra ela. Adianta?

Se Marina vai e volta com

os textos de seu programa

de governo, se acende uma

vela para Deus e outra para

satanás ao tratar de ambi-

influência. Aé-

cio segue em

cam inha da ,

s o b a s b ê n-

ç ã o s d e s e u

inspirador e tu-

tor, o ex-presi-

dente Fernan-

do Henr ique

Cardoso, certo

d e q u e t e m

condições de

reverter o placar. E Marina?

Bem, após a "advertência"

do pastor Malafaia de que

não toleraria qualquer auê

em favor da comunidade

gay e depois de promover re-

visão emergencial nos tex-

tos do PSB, ela passou a co-

lher os dividendos nas urnas

evangélicas. Dilma acenou

com mais bondades fiscais

para os fiéis, o que não bas-

tou para neutralizar o cresci-

mento de Marina.

guidades de cunho religioso,

se é contra o aborto e a libe-

ração de drogas, se prega

nova política com estandar-

tes da velha, nada tem sido

suficiente para convencer o

eleitorado de que outros

candidatos podem ter maio-

res qualificações. Dilma con-

tinua a sair de braços dados

com Lula, seu criador e ante-

cessor, em carreatas e ado-

tando o corpo-a-corpo em

regiões onde o PT ainda teria

Page 7: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

CIDADANIA OCULTAO jornalista norte-americano Steven Sotloff, que aparece em vídeo publicado naterça-feira pelo Estado Islâmico sendo decapitado, também tinha cidadania israelense.Nascido em Miami, Sotloff era judeu e se mudou para Israel em 2008. Pouco se sabesobre sua presença no país, pois após ser capturado em 2013 todo vínculo com Israel foiapagado da internet para impedir que a informação chegasse aos sequestradores. (EFE)

OTIMISMO

Presidentes da Rússia e Ucrânia dizem ter chegado a um acordo de cessar-fogopara colocar um fim ao conflito no leste ucraniano. O anúncio foi logo desmentido

por assessores de ambos os lados. Até o presidente Obama mostrou ceticismo.

Reut

ers -

02/

09/1

4

Opresidente da Rús-

sia, Vladimir Putin,

disse ontem que

concordou com seu

homólogo da Ucrânia, Petro

Poroshenko, sobre um plano

de ação para um cessar-fogo

no leste da Ucrânia. Putin, po-

rém, afirmou esperar que os

acordos finais sejam fechados

apenas nesta sexta-feira, du-

rante negociações em Minsk,

capital da Bielorrússia.

“Nossas visões sobre a ma-

neira de resolver o conflito, me

pareceu, são muito próximas”,

declarou Putin aos repórteres

em visita à capital da Mongólia,

Ulan Bator, descrevendo as se-

te etapas para garantir um des-

fecho para a crise.

Entre elas estão a suspensão

de ofensivas dos separatistas,

o recuo das forças ucranianas, o

fim dos ataques aéreos ucra-

nianos, a reconstrução da in-

fraestrutura danificada, a troca

de prisioneiros, a criação de

corredores de ajuda humanitá-

ria e de uma missão internacio-

nal de monitoramento.

Já Poroshenko indicou que a

conversa injetou algum ânimo

nos esforços para encerrar o

conflito, que já matou mais de

2,6 mil pessoas desde abril, di-

zendo esperar que “o processo

de paz finalmente comece”nas

tratativas de sexta-feira e que

ele e Putin alcançaram um “en -

t en di me nt o

m ú t u o”s o b re

os passos ru-

mo à paz.

R e c u o -Após assina-

lar em um pri-

meiro comu-

nicado que a

conversa en-

tre os dois lí-

deres resul-

tou em "um

acordo sobre

um cessar-fo-

go permanente", Kiev precisou

em outra nota que as partes

pactuaram "um regime de ces-

s a r- f o g o " .

O premiê ucraniano, Arseny

Yatseniuk, chegou a chamar o

plano de “d ecepç ão”, acres-

centando com aspereza que “o

verdadeiro plano de Putin é

destruir a Ucrânia e restaurar a

União Soviética”.

O porta-voz do Kremlin, Dmi-

tri Peskov, desmentiu esse

mesmo acordo, argumentando

que a "Rússia não pode concor-

dar com o cessar-fogo porque

não é parte no conflito". Moscou

nega que tenha enviado solda-

dos e armas para os separatis-

tas no leste da Ucrânia, como

acusam Kiev e o Ocidente.

Já o presidente dos Estados

Unidos, Barack Obama, tam-

bém se mostrou cauteloso, afir-

mando que o conflito só pode

terminar se a Rússia parar de

fornecer armas e soldados.

Em mais um sinal da descon-

fiança ocidental, a França de-

clarou que não irá levar adiante

a entrega já planejada do pri-

meiro de dois porta-helicópte-

ros Mistral à Rússia.

Em resposta, Moscou afir-

mou que a rejeição do negócio

de 1,2 bilhão de euros prejudi-

caria mais a França do que a

Rússia. (Agências)

EX AGERADO?Nós vamosseguir oEstadoIslâmicoaté osportões doinferno.

Joe Biden

Os Estados Unidos assegu-

raram ontem que não fi-

carão intimidados pelo Estado

Islâmico (EI) depois da decapi-

tação do jornalista norte-ame-

ricano Steven Sotloff e que

vão construir uma aliança pa-

ra "desintegrar e destruir" o

grupo extremista.

"Quando alguém fere os nor-

te-americanos, não nos intimi-

damos, não esquecemos", afir-

mou o vice-presidente dos

E U A , J o e B i d e n , e m N e w

Hampshire. "Eles deveriam sa-

ber que nós vamos segui-los

até os portões do inferno, até

serem levados à justiça. Porque

o inferno é onde irão morar."

Por sua vez, o presidente

norte-americano, Barack

Obama, disse que o objetivo

dos EUA é garantir que o EI dei-

xe de ser uma "ameaça" para o

Iraque e para toda a região do

Oriente Médio.

Segundo Obama, assim co-

mo ocorreu com a Al-Qaeda e

seu líder, Osama bin Laden, a

derrota do EI "necessitaria de

tempo e esforço", por causa

do vácuo de poder na Síria, do

grande número de combaten-

tes que ganharam experiên-

cia durante a guerra no Iraque

e da necessidade de formar

coalizões, inclusive com as co-

munidades sunitas locais.

“A questão é esta: nosso ob-

jetivo é claro, degradar e des-

truir (o Estado Islâmico) para

que não seja mais uma ameaça

não só ao Iraque, mas à região e

aos Estados Unidos”, afirmou.

"Seja lá o que for que estes

assassinos pensam que irão

conquistar matando norte-

americanos inocentes como

Steven, já fracassaram", dis-

seo mandatário. "Fracassa-

ram porque, como muitos ao

redor do mundo, os norte-

americanos estão enojados

com sua barbárie. Não sere-

mos intimidados."

O presidente fez esse co-

mentário após dizer que os

EUA comprovaram a autenti-

cidade do vídeo publicado na

terça-feira mostrando a deca-

pitação do repórter Steven So-

tloff, duas semanas após o jor-

nalista James Foley ter sido

morto de forma similar.

Em Washington, o secretário

de Estado, John Kerry, classifi-

cou a execução de Sotloff de

“soco no estômago”e disse que

os EUA usaram todas as ferra-

mentas militares, diplomáticas

e de inteligência que possuem

para libertar os reféns na Síria.

Obama vai enviar Kerry, o

secretário de Defesa, Chuck

Hagel, e a conselheira de con-

tra-terrorismo, Lisa Monaco,

ao Oriente Médio para elabo-

rar maneiras de combater o

Estado Islâmico com parceiros

regionais. (Agências)

EFE

Crianças brincamapós ataques aéreoscontra alvos do EI em

Mosul, no Iraque.

A cavalaria acaminho

Obama promete ampliar presençamilitar nos Bálcãs, que temem

ser os próximos alvos da Rússia.

Opresidente dos Esta-

dos Unidos, Barack

Obama, anunciou on-

tem que planeja ampliar a pre-

sença da Força Aérea norte-

americana na Estônia, vizinha

da Rússia, para "exercícios de

treinamento". Em entrevista

conjunta com o presidente es-

toniano, Toomas Hendrik Ilves,

Obama disse que a decisão é

parte da iniciativa que ele havia

anunciado há seis meses du-

rante uma visita à Polônia, para

aumentar a presença militar

dos EUA na Europa.

"Hoje, posso anunciar que

essa iniciativa vai incluir unida-

des e aviões adicionais da Força

Aérea para exercícios de treina-

mento aqui na região nórdica e

do Báltico. E nós concordamos

com nossos aliados estonianos

que o local ideal para sediar e

apoiar esses exercícios seria a

Base Aérea Amari, aqui na Estô-

nia", disse Obama. Atualmen-

te, a base abriga quatro aviões

da Força Aérea da Alemanha e

150 soldados alemães.

O presidente norte-america-

no falou na Estônia, uma das

três ex-repúblicas soviéticas

bálticas na fronteira com a Rús-

sia que temem que a rebelião

separatista no leste da Ucrânia

possa resultar em problemas

para elas, que também têm mi-

norias étnicas russas. Após o

colapso da União Soviética, em

1991, os três países foram

atraídos para a órbita da Orga-

nização do Tratado do Atlântico

Norte (Otan), aliança militar li-

derada pelos EUA que foi for-

mada em 1948 para confrontar

a ameaça soviética.

"Estaremos aqui pela Estô-

nia. Estaremos aqui pela Letô-

nia. Estaremos aqui pela Li-

tuânia. Vocês perderam sua

independência uma vez. Com

a Otan, vocês nunca a perde-

rão novamente", assegurou o

mandatário norte-americano.

Segundo Obama, os EUA

têm o dever, como membro da

Otan, de fazer a defesa coleti-

va da aliança.

"É inquebrável, inabalável e

eterno e a Estônia não vai ficar

sozinha", afirmou Obama em

Tallin, capital da Estônia.

No entanto, o mandatário

não anunciou novas penaliza-

ções à Rússia por meio de mais

sanções e reiterou sua oposi-

ção de não envolver-se no con-

flito militarmente.

Obama e Ilves se encontra-

ram com outros dois líderes de

nações dos Bálcãs, Letônia e Li-

tuânia, para discussões de se-

gurança mais amplas. Ao sair

do encontro, o presidente da Li-

tuânia, Dalia Grybauskaite,

chamou a Ucrânia de "linha de

frente" do resto da segurança

europeia, enquanto o presiden-

te da Letônia, Andris Berzins,

disse que queria ver as tropas

dos EUA em seu país "por quan-

to tempo fosse necessário".

Obama participa hoje de

uma cúpula de dois dias da

Otan, no País de Gales. Os alia-

dos planejam chegar a um

acordo sobre uma progressiva

resposta à Rússia, incluindo

uma rápida reação militar, que

envolverá posicionar algumas

tropas e equipamento nos Bál-

cãs e em outros lugares do Les-

te Europeu. (Agências)

Larry Downing/Reuters

Obama garante apoio ao presidente da Estônia, Toomas Hendrik Ilves.

A dança das cadeiras de MaduroA esperada reforma para 'sacudir' a Venezuela decepciona analistas

Opresidente da

Venezuela, Nicolás

Maduro, prometeu dar

uma "sacudida" no país, mas

seus últimos anúncios foram

considerados apenas uma

dança das cadeiras pela

oposição e analistas, que

exigem reformas econômicas

urgentes para enfrentar uma

crise cada vez mais profunda.

Maduro comunicou na terça-

feira uma reestruturação do

gabinete, que incluiu a

designação de Asdrúbal

Chávez, primo do falecido líder

Hugo Chávez, como novo

ministro do Petróleo e

Mineração, e a realocação do

ex-ministro Rafael Ramírez,

que acumulava vários cargos,

entre eles a presidência da

Petróleos da Venezuela

(PDVSA), e passou a ser o novo

chanceler venezuelano.

No entanto, ao contrário do

que se esperava há semanas,

ele não referiu-se a futuras

medidas econômicas, como o

aumento da gasolina ou o

combate à inflação, que este

ano deve superar 60% (uma

das mais altas do mundo).

"Foi muito blá blá blá, mas

nada do que os venezuelanos

estavam aguardando. O

presidente prometeu dar

uma sacudida no país e não

deu nem um

empurrãozinho", disse o vice-

presidente editorial do jornal

El Nacional, Argenis Martínez,

à agência O Globo.

Maduro disse que as

medidas econômicas que

estão sendo esperadas "estão

sendo traçadas" e em relação

ao reajuste da gasolina, mais

barata do que a água mineral,

assegurou que "o que fizermos

será com critérios humanistas

e socialistas".

Para o diretor da Datanálisis,

Luis Vicente León, a

deterioração econômica

"continuará se acentuando".

"Aumentou de forma

considerável a probabilidade

de um cenário de radicalização

econômica", disse. (AO G )

Overdadeiroplano dePutin édestruir aUcrânia.ARSENY

YAT SENIUK

Page 8: Diário do Comércio - 04/09/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

• ADMINISTRAÇÃO DO RH

• CONTABILIDADE

• LEGALIZAÇÃO

• GESTÃO FISCAL

CONTABILIDADE E ASSESSORIA

www.agenda-empresario.com.br ANO XXVIII APOIO: CENOFISCOQUINTA-FEIRA, 04 DE SETEMBRO DE 2014

ACIDENTE DE TRABALHO DURANTE O ALMOÇOFuncionário almoça no refeitório da empresa e ainda dentro do seuhorário de almoço saiu da empresa para resolver problemas particularese foi atropelado.Empresa deve emitir CAT como acidente de trabalho?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

TRABALHAR DURANTE A LICENÇA MÉDICAFuncionário foi ao médico na parte da manhã, onde constava que eledeveria repousar o restante do dia,porém ele bateu o cartão,como deve-mos proceder? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

CONTRATAR EX-FUNCIONÁRIO COMO AUTÔNOMOExiste alguma implicação legal para a contratação de prestação deserviços como autônomo de um funcionário que pediu demissãoda empresa no mês anterior? Saiba mais acessando a íntegra doconteúdo no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

EMPREGADA DOMÉSTICA DE LICENÇA-MATERNIDADE, AO RETOR-NAR AO TRABALHO PEDIU DEMISSÃO.QUAIS VERBAS RESCISÓRIASELA TEM DIREITO A RECEBER? ELA TEM DIREITO A RECEBER O 13ºSALÁRIO-MATERNIDADE?

Seus direitos no pedido de demissão são:Saldo de dias (se houver) Fériasvencidas e proporcionais e 1/3 constitucional (Súmula 261 do TST) 13ºsalário (do período efetivamente trabalhado,pois do período de licença-maternidade fora pago pelo INSS na forma de abono anual).

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO TEMPORÁRIOEmpresa pretende contratar serviço temporário, durante um mês,devido a saída de férias de um funcionário. Como a empresa deveproceder? Deverá contratar uma agência de serviço temporário?Pode contratar diretamente, já que se trata de um curto período?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

SERVIÇO PRESTADO PELO MEIEmpresa vai contratar serviço de um MEI,como fazer o recolhimento dos20% do INSS? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

JORNADA DE TRABALHO DO MENORFuncionário menor de 18 anos foi contratado para cumprir uma jornadade 40hs semanais,pode trabalhar em regime de compensação e pror-rogação de horas? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

AGENDA FISCAL® SETEMBRO/ 14Acesse a íntegra no site: [www.agenda-fiscal.com.br].

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Chuvas dão refresco à crise da águaNível do Sistema Cantareira deixou de cair com as chuvas de ontem, mas o vendaval, e possivelmente um tornado, causaram morte e prejuízos no interior do Estado.

As chuvas e o venda-

val que atingiram vá-

rias regiões do Esta-

do de São Paulo entre

a noite de terça-feira e a ma-

drugada de ontem causaram

a morte de uma pessoa, deixa-

ram famílias desalojadas e es-

palharam prejuízos pelo inte-

rior. Em Campinas, a força do

vento atingiu 126,5 km por ho-

ra no ponto de maior intensi-

dade e, segundo meteorolo-

gistas, pode ter adquirido a

forma de um tornado.

Entretanto, na capital pau-

lista e região do Sistema Can-

tareira, as chuvas trouxeram

boa notícia. As chuvas ameni-

zaram os efeitos da seca. O

Sistema Cantareira, que abas-

tece grande parte da Região

Metropolitana de São Paulo

pela primeira vez nas últimas

semanas manteve o nível es-

tável. O sistema operava com

10,7% da capacidade na me-

dição feita às 9 horas da ma-

nhã de ontem, o mesmo nível

do dia anterior, interrompen-

do uma sequência de vazões

negativas. As chuvas repuse-

ram cerca de 19 metros cúbi-

cos por segundo retirados no

período para o abastecimento

de regiões da capital e da

Grande São Paulo.

A previsão da Climatempo é

de chuvas para hoje com que-

da brusca na temperatura na

Capital. Uma massa polar che-

ga à região, mas no fim de se-

mana vai esquentar de novo.

Chuvas mais intensas estão

previstas apenas para a se-

gunda quinzena de setembro.

No dia 22, tem início a prima-

vera no hemisfério sul.

Em Campinas, a vazão do

Rio Atibaia, que abastece 95%

dos 1,1 milhão de habitantes,

subiu de 4,80 metros cúbicos

por segundo, na terça-feira,

para 13,0 m3/s na quarta em

razão das chuvas fortes que

caíram na cabeceira. O au-

mento de 190% na vazão fez

com que o presidente da Sana-

sa, companhia de saneamen-

to da cidade, Arly de Lara Ro-

mêo, comemorasse: "Setem-

bro mal começou e já recebe-

mos essa bênção", disse.

Em Itu, com racionamento

drástico desde o início de feve-

reiro, moradores dos bairros

Novo Itu e Cidade Nova foram

à rua pegar a água da chuva

com baldes.

M or t e – O assentado rural

Jairo da Silva Castro, de 46

anos, morreu ao ser atingido

por um raio em Teodoro Sam-

paio, no Pontal do Paranapa-

nema, extremo oeste de São

Paulo. Ele cuidava do gado no

Assentamento Santa Tereza

da Água Sumida quando caiu

uma tempestade.

Em Presidente Prudente, na

mesma região, rajadas de

ventos de até 74 km/h, segun-

do o Corpo de Bombeiros, cau-

saram a queda de árvores em

vários bairros. Um ultraleve

tombou e dois aviões foram

arrastados pelo vento no Ae-

roporto Adhemar de Barros.

Z oo ló gi co – A chuva com

granizo causou a queda de ár-

vores e deixou mais de 15 mil

imóveis sem energia elétrica

em Bauru, noroeste do Esta-

do. O teto de um shopping de-

sabou na Vila Universitária. De

acordo com a Defesa Civil, não

houve vítimas. O Zoológico

Municipal de Bauru permane-

cia interditado ontem em ra-

zão da queda de seis árvores e

dos estragos nos recintos dos

animais.

De acordo com a meteorolo-

gista Neide Oliveira, do Insti-

tuto Nacional de Meteorologia

em São Paulo, o fenômeno

ocorrido em todo o Estado ca-

racteriza um vendaval, ou se-

ja, frentes de rajadas de vento

intensas. Em Campinas, se-

gundo ela, pode ter ocorrido

um tornado, em razão da força

alcançada pelo vento. "É pre-

ciso analisar como se deu a

passagem do vento, mas com

essa velocidade, de 126,5 qui-

lômetros por hora, é possível

que seja tornado", disse. (EC)

André Lucas Almeida/EC

Nuvens sobre São Paulo: as chuvas dos últimos dias deram esperança de que a crise da água seja amenizada na primavera e no verão.

USP: atocontra PDV.Alunos, professores e servi-

dores da Universidade deSão Paulo (USP) protestaramontem em frente à Faculdadeda Educação, na Cidade Uni-versitária. Segundo a PM, cer-ca de 500 pessoas participa-vam da manifestação contra oPlano de Demissão Voluntária(PDV) para funcionários anun-ciado pelo Conselho Universi-tário, estratégia que busca re-equilibrar o orçamento da USP.Os manifestantes seguiramdepois para o Masp e interdita-ram a Avenida Paulista. (EC)

Márcio Fernandes/EC

Pro b l e m aso cial

na RuaAn c h i e t a

Mariana Missiaggia

ARua Anchieta, que liga o

Pátio do Colégio à Rua

15 de Novembro, no

Centro, tornou-se endereço

de uma triste e preocupante

realidade da cidade de São

Paulo. Há cerca de três meses,

uma das calçadas da Rua An-

chieta está totalmente toma-

da por barracas, colchões e fo-

gões de moradores de rua.

Além disso, alguns usuários

de drogas aproveitam a desor-

ganização na rua para fre-

quentar o local.

A moradia improvisada na

Anchieta – beneficiada por um

inverno seco e quente –não ofe-

rece as condições sanitárias

básicas para aquele grupo, que

inclui crianças. A situação tam-

bém prejudica o comércio local,

dificulta o acesso às empresas

e atrapalha os pedestres.

Apesar da via ser endereço

de orgãos públicos importan-

tes e passagem para o ponto

onde a cidade foi fundada, co-

merciantes afirmam que a

Prefeitura nada fez para solu-

cionar o problema.

"É uma situação crítica. Tudo

isso está acontecendo na cal-

çada da Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB) e em frente à

Secretaria da Justiça e nin-

guém faz nada. Pago meu im-

postos, tenho cinco funcioná-

rios e não estou mais aguen-

tando. Não sei onde isso vai pa-

rar", disse a proprietária de

uma lanchonete na rua que pe-

diu para não ser identificada.

Ela já registrou queda de

30% em seu movimento e atri-

bui a perda aos moradores de

rua e suas barracas. Há 15

anos no mesmo endereço, a

comerciante reclama da si-

tuação. "Depois das 18 horas

ninguém passa nessa rua. Às

vezes, o cheiro de maconha in-

vade a loja", disse.

Comerciantes afirmam que o

Edifício São Marcos, que tem

saída para a Rua Anchieta e pa-

ra a Praça da Sé, já teve oito sa-

las desocupadas depois do au-

mento da movimentação de

pessoas em situação de rua.

Para Delfin Rolan Muniz,

proprietário do restaurante

Orange, na Rua 15 de Novem-

Zé Carlos Barretta/Hype

Moradores em situação de rua ocupam a Rua Anchieta: comerciantes denunciam uso de drogas no local.

bro, as ruas do Centro estão

abandonadas. O restaurante

de Muniz também se diz preju-

dicado. "Eles (moradores de

rua) ficam na porta, pedindo

dinheiro, pedindo comida. É

uma situação completamente

constrangedora. E muitas ve-

zes, eles se desentendem e

brigam na porta da minha loja.

Imediatamente, os clientes se

afastam. A situação está no li-

mite", reclama.

OA B – Instalada na própria

Anchieta, a Comissão de Direi-

tos Humanos da OAB avalia a

situação como insustentável.

Segundo Martim de Almeida

Sampaio, diretor da Comissão

da OAB, a Rua Anchieta se tor-

nou o lar de inúmeros adoles-

centes que vivem às custas de

pequenos furtos e durante a

noite transformam a rua em

um local de desordem.

"Entendemos e sofremos

com esse problema que, de

certa forma, é causado pela

sociedade. No entanto, não

somos higienistas. Não adian-

ta tirar essas crianças da mi-

nha calçada e colocar em ou-

tra. Nosso interesse é preser-

vá-los, encaminhá-los e ga-

rantir que os órgãos públicos

estejam ao dispor deles", ob-

servou Sampaio.

Em nota, a Secretaria Muni-

cipal de Assistência e Desen-

volvimento Social afirmou que

atua diariamente na região da

Rua Anchieta, abordando e

encaminhando moradores

em situação de rua, por meio

de orientadores sociais do

Serviço Especial izado de

Abordagem Social.

A assessoria de imprensa da

Subprefeitura da Sé informou

que o órgão não tem permis-

são para atuar a respeito do

assunto e, sempre que solici-

tado, aciona os órgãos respon-

sáveis.

Page 9: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

CINEMA

Hércules, humanizado.

Paramount Pictures/Divulgação

Lucia Helena de Camargo

Força, coragem, determina-

ção e retidão de caráter. Es-

sas qualidades, combina-

das, definem o heroísmo. No filme

Hércules (2014, Estados Unidos,

98 minutos), o herói possui todas e

ainda é filho de um deus, o que o

torna, tecnicamente, um semi-

deus. Nesta nova adaptação para

o cinema dirigida por Brett Ratner,

porém, Hércules é mostrado co-

mo um sujeito quase comum. Ape-

nas é fisicamente mais forte do

que todos à sua volta e possui

grande dose de carisma, o que lhe

rende seguidores.

Dwayne Johnson, conhecido

pelo apelido The Rock, está no

papel-título. Com cabelos com-

pridos e desgrenhados, adota

um visual bem diferente daquele

que o fez famoso, como nas se-

quências da série de longas-me-

tragens Velozes e Furiosos.

Entre as façanhas que marcam

a trajetória de Hércules estão os

famosos 12 Trabalhos, entre os

quais matar o leão de Nemeia ,

capturar o javali de Erimanto e

capturar o cão Cérbero, de múlti-

plas cabeças. Do leão ele conser-

va a cabeça, que usa como um ca-

puz quando vai à luta contra os ini-

migos, para demonstrar que teria

incorporado todo o poder de des-

truição do felino abatido.

Hércules, porém, padece de

males humanos. Ele tem fome,

sede e se machuca. O passado o

atormenta. Sua mulher e prole

morreram de maneira violenta.

Ele crê ter culpa no episódio. E

acaba adotando a atividade de

mercenário, na qual aproveita a

fama para ganhar a vida lutando

a favor de quem pagar mais. Mas

quando assume a missão de colo-

car fim à guerra civil nas terras de

Thrace e levar o rei legítimo de

volta ao trono, começa a questio-

nar os valores.

Dwayne Johnson assim inter-

pretou sua atuação nessa parte da

trama: “Hércules sofre por muitas

mágoas, lutando somente pelo

ouro. Precisa superar os demônios

e encontrar seu coração, para se

tornar o homem que as pessoas

querem que ele seja”.

Baseado nos quadrinhos da Ra-

dical Comics, de Steve Moore, o

longa-metragem tem roteiro es-

crito por Ryan J. Condal e Evan Spi-

liotopoulos. Como se imagina, é

bastante violento. As batalhas,

que se pretendem realistas, são

sangrentas. A classificação etária

recomenda que não seja visto por

ninguém com menos de 14 anos.

T E AT RO

Amargo regresso

Jairo Goldflus

Sérgio Roveri

Quando estreou nos

Estados Unidos, em

1961, o filme Atravésde um Espelho, umas das obras-

primas do cineasta sueco

Ingmar Bergman, foi saudado

pela crítica do jornal The NewYork Times como “um dos mais

impressionantes e

desafiadores filmes do ano”. O

diário nova-iorquino não foi o

único a ser pródigo

em elogios à perturbadora

história de uma jovem que

volta para a casa que divide

com o marido, o pai e o irmão

mais novo após um período de

internação em uma clínica

psiquiátrica. Este retrato de

uma família estilhaçada

ganhou uma versão teatral que

entra em cartaz amanhã (5) no

Teatro do Sesc Anchieta, com a

atriz Gabriela Duarte dando

vida à instável Karin, cuja

presença revela-se suficiente

para implodir a convivência

familiar. A atriz se interessou

em montar o espetáculo no

Brasil após assistir, há dois

anos, a uma montagem do

texto em Nova York.

Convidou Ulysses Cruz para

assinar a direção.

Ao regressar ao lar, Karin

torna-se a única – e dissonante

– figura feminina em um ninho

habitado por homens. Seu pai,

David (vivido pelo ator

Nelson Baskerville),

é um escritor famoso de difícil

trato que encontra no filho

caçula Max (Lucas Lentini)

e no genro Martin

(Marcos Suchara) os mais

impiedosos críticos de sua

produção literária.

“Eu levo uma vida

esquizofrênica, de diretor e

ator, não é à toa que participo

agora desse Bergman que,

entre outras coisas, fala da

e s q u i z o f re n i a ”, diz Baskerville.

“Sempre me pergunto por que

fazer um espetáculo que já foi

filme e por que ainda um

Bergman? E respondo: porque

Bergman nos coloca em

contato com o mais humano de

nós. David, meu personagem,

é sem dúvida um alterego de

Bergman. Ele diz que você tem

que aceitar a sua imperfeição,

senão enlouquece”.

O diretor Ulysses Cruz

assegura que esta adaptação

teatral em nada se aproxima

do filme de Bergman,

principalmente na questão da

linguagem que, transposta

para os palcos, afastou-se

muito daquela adotada

pelo cinema.

Através de um Espelho. Sexta

(5). Teatro do Sesc Anchieta.

Rua Doutor Vila Nova, 245. Tel.:

3234-3000. Sexta e sábado,

21h. Domingo, 18h. R$ 30.

Classificação etária:

12 anos.

M e de i ano bancodos réus

Cacá Bernardes

Quando foi convidado

pelo Grupo Folias,

companhia da qual

estava ausente havia quatro

anos, para dirigir a tragédia

Medeia, o diretor Marco

Antonio Rodrigues respondeu

sim e não. Sim, aceitava

retornar ao grupo par a dirigir

Medeia. Não, não queria dirigir

a Medeia original, escrita pelo

dramaturgo grego Eurípides

há 25 séculos.

“A versão original da tragédia

grega não me motiva. Não

tenho vontade de contar a

história de uma mulher que

mata os filhos por vingança

depois de ter sido

abandonada pelo marido”,

diz o diretor.

“Eu gostaria de trabalhar com

a ideia do mito, mas

não do crime”.

A partir deste pedido do

diretor, o que o Grupo Folias

põe em cena a partir desta

sexta (5) é uma adaptação que

preserva uma distância

considerável do original.

Medeia: 1 Verbo, escrita pelo

jornalista e dramaturgo Sérgio

Roveri, colaborador do Diáriodo Comércio, é ambientada em

um presídio feminino, para

onde a personagem Medeia

(Nani de Oliveira) é levada

após acusação de ter

assassinado os dois filhos.

“Mas o que paira sobre ela é

apenas uma suspeita”, diz o

diretor. “As crianças estão

desaparecidas, elas são vistas

apenas nas cenas de

flashback. Em nenhum

momento tem-se a certeza de

que Medeia realmente

cometeu o crime. Esta

adaptação a contemplou com o

benefício da dúvida”. O próprio

Eurípides, autor da Medeiaoriginal, agora atua como

personagem nesta adaptação:

ele é resgatado da história

para dar um novo rumo à sua

principal criação.

Na prisão, Medeia enfrenta

as acusações feitas por Jasão

(Zé Geraldo Jr), o ex-marido

que a trocou por uma mulher

mais jovem e rica, e por

Creonte (Dagoberto Feliz), um

tirano de gestos suaves e

inimigo dela desde o primeiro

encontro. Enfrenta, ainda, a

hostilidade do coro de

prisioneiras, que não aceita

entre elas a presença de uma

mulher acusada de

infanticídio. “Ao longo da

história, houve dezenas de

leituras do mito de Medeia”, diz

a atriz Nani de Oliveira. “A que

estamos fazendo agora é uma

Medeia exclusivamente nossa,

diferente de todas as outras já

feitas. No meio das

adversidades que enfrenta, ela

nunca deixa de externar seu

amor incondicional pelos

filhos. Seu grande objetivo é o

de poder sair da prisão para

provar sua inocência”.

Medeia: 1 Verbo.Galpão do

Folias. Rua Ana Cintra, 213,

Santa Cecília. Tel.: 3361-2223.

Sextas e sábados, 21h.

Domingos, 20h. R$ 40 inteira e

R$ 20 meia-entrada. R$ 10

para os moradores de Santa

Cecília. Classificação etária:

14 anos.

Page 10: Diário do Comércio - 04/09/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

.C..ONECTIVIDADE

Anel inteligenteA MOTA criou um anel

inteligente que permite

que acompanhe Twitter,

Facebook, e-mail e

telefone mesmo quando

esquece o celular.

w w w. m o t a . c o m

.C..INEMA

Clooney fará filmesobre tabloide inglês

O ator e cineasta

George Clooney vai

dirigir um filme sobre o

escândalo com escutas

telefônicas envolvendo

figuras públicas da Grã-

Bretanha. Hack Attackdetalha como o jornal

News of the Worldinvadiram mensagens

de voz de telefones de

celebridades, membros

da família real e vítimas

de crimes. O filme será

produzido em 2015.

.C..RIANÇAS

O triciclo amigodo meio ambiente

O triciclo de bambu

criado pelo estúdio a21,

do Vietnã, ensina a

criançada a se divertir e

também a cuidar do

meio ambiente.

Nenhuma parte do

brinquedo recebe

tratamento com

produtos químicos.

w w w. a 2 1 s t u d i o . c o m . v n

.F..OTOGRAFIA

Sebastião Salgadopelo mundo

O fotógrafo Sebastião

Salgado se emocionou

ontem ao falar de sua mãe

na abertura da exposição

Gênesis, em Brasília. A

mostra reúne 297 fotos,

245 delas inéditas, feitas

por ele em 30 viagens pelo

mundo e fica em cartaz no

Distrito Federal até

outubro e depois segue

para EUA, Coreia do Sul,

Portugal, China e Espanha.

.F..UTEBOL

Racismo tira Grêmio da Copa do Brasil

.L..OTERIAS

Concurso 1483 da LOTOMANIA

04 05 07 27 31

Concurso 1632 da MEGA-SENA

06 18 24 27 56 59

32 35 45 52 53

56 59 60 61 63

71 82 85 86 97

Concurso 3578 da QUINA

26 43 54 57 65

.L..I T E R AT U R A

Prêmio para Silviano SantiagoE

scritor e crítico literário,

o mineiro Silviano San-

tiago venceu ontem o

Prêmio Ibero-americano de

Letras José Donoso por sua

contribuição ao pensamento e

à criação literária da América

Latina. Ele é o primeiro brasi-

leiro a receber o prêmio.

Seus ensaios, romances e

poesias também foram lem-

brados pelo júri. A premiação,

de US$ 50 mil, será entregue

pela Universidade de Talca,

em outubro, durante a Feira do

Livro de Santiago, Chile.

Criado em 2001, o prêmio já

reconheceu autores de língua

espanhola ou portuguesa: Jo-

sé Emilio Pacheco (México),

Beatriz Sarlo (Argentina), Isa-

bel Allende (Chile), Antonio

Cisneros (Peru), Ricardo Piglia

(Argentina), António Lobo An-

tunes (Portugal), e Pedro Le-

mebel (Chile).

Silviano Santiago, que foi

colaborador do jornal O Esta-

do de S Paulo e acaba de lançar

o romance Mil Rosas Rouba-

das, ganhou, em 2013, pelo

conjunto da obra, o Prêmio Ma-

chado de Assis, da Academia

Brasileira de Letras, no valor

de R$ 100 mil. Em 2010, tam-

bém pelo conjunto da obra, ele

venceu o Prêmio Governo de

Minas Gerais de Literatura.

s

.D..RONES

Repr

oduç

ão

A Nasa começou a desenvolver um sistema de

gerenciamento de tráfego para drones. O sistema deverá

facilitar a regulamentação do uso dessas aeronaves nos EUA.

.C..HINA

Os 64 anos de SnoopySnoopy inflável gigante é

colocado na entrada de um

shopping em Xangai. O

shopping abriga uma

exposição pelos 64 anos do

personagem, que apareceu em

uma tirinha pela primeira vez

em outubro de 1950.

Tradição nos pésA grife Saigon Socialite transformou a

tradicional escultura em madeiravietnamita em moda. A empresa formou

uma comunidade de escultores.w w w. s a i g o n s o c i a l i t e . c o m

Voo felizLeggage é um

massageador e

descanso para os

pés que, dobrado,

tem o tamanho de

um laptop. Criado

para aliviar o

cansaço nos voos

muito longos.

http://goo.gl/dyPQ83

O Grêmio foi expulso

ontem da Copa do Brasil

pelo Superior Tribunal de

Justiça Desportiva (STJD)

devido a injúria racial e

manifestações racistas de

seus torcedores em partida

contra o Santos, há uma

semana. A decisão foi

unânime e é inédita no

futebol brasileiro. "Se é

uma decisão história eu

não sei, mas espero que a

decisão tenha um caráter

pedagógico para o futebol

brasileiro. O que nós

queremos é inibir novas

práticas racistas nos

estádios. Esse tipo de

problema tem que ser

cortado na carne e logo no

início para afastar esse tipo

de mal", disse a jornalistas

Francisco Peçanha, relator

do caso. Torcedores do

time gaúcho chamaram o

goleiro Aranha, do Santos,

de macaco e imitaram sons

emitidos por macacos na

arena do clube, na quinta-

feira da semana passada.

A partida chegou a ser

interrompida pelo goleiro

alvo das manifestações. O

STJD decidiu em primeira

instância banir o Grêmio da

competição, aplicar uma

multa de R$ 50 mil e proibir

os torcedores identificados

pelas autoridades de ir a

estádios por dois anos. O

árbitro da partida, Wilton

Pereira Sampaio, que foi

alertado pelos jogadores

do Santos que a torcida

estava insultando o

goleiro, também foi punido

com uma suspensão total

de 90 dias. As penas ainda

são passíveis de recurso.

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EFE

Page 11: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

Tecnologia para desafogar SantosO Ministério da Agricultura adota no próximo ano um sistema que permite o monitoramento prévio das cargas de importação, simplificando a vistoria física.

Silvia Pimentel

As pilhas de contêine-

res de importação

formam uma verda-

deira barragem que

trava a logística do Porto de

Santos. Hoje, o tempo médio

de permanência dessas car-

gas nas áreas dos terminais

molhados – próximos ao cais –

é de 16 dias, sendo que o fluxo

de embarques e desembar-

ques é condicionado aos espa-

ços livres nessas áreas. O pro-

blema, que é alvo de discus-

sões constantes de órgãos do

governo e da iniciativa priva-

da, foi debatido na última ter-

ça-feira pelo Comitê dos Usuá-

rios de Portos e Aeroportos do

Estado de São Paulo (Comus),

da Associação Comercial de

São Paulo (ACSP).

Na opinião de José Cândido

Senna, coordenador geral do

Comitê, as ineficiências do

complexo portuário são diver-

sas, de difícil solução e de res-

ponsabilidade de todos os ato-

res envolvidos na cadeia logís-

tica. “Não podemos esquecer

que, nos últimos anos, cerca

de cinco mil novos importado-

res entraram no mercado para

fazer negócios e muitas vezes

sem qualquer orientação”,

analisou. O desafio é tentar re-

duzir o tempo de permanência

das cargas para cinco dias,

que era o fluxo de contêineres

na passagem de 2008/2009.

Não sem razão, o Comus ini-

cia um ciclo de debates no âm-

bito do projeto intitulado

“Complexo Portuário santista:

travessia 2015/2022”, que

tem como objetivo traçar

perspectivas com base em da-

dos de fluxos de cargas, ativos

existentes, acréscimos de ca-

pacidade de terminais, insta-

lações e equipamentos.

A falta de estrutura de órgãos

envolvidos no desembaraço

das cargas, como Receita Fede-

ral, Agência Nacional de Vigi-

lância Sanitária (Anvisa) e Mi-

nistério da Agricultura, Pecuá-

ria e Abastecimento (Mapa),

também contribuem para a de-

mora na liberação dos contêi-

neres, que afeta tanto importa-

dores como exportadores.

De acordo com o diretor

operacional da empresa de lo-

gística marítima Transbrasa,

Álvaro Rabelo de Moraes, do

lado do poder público, as pers-

pectivas não são animadoras

porque não há previsão de in-

vestimentos para sanar pro-

blemas de carências de recur-

sos e pessoal. “O pessoal da

extinta Marinha Mercante po-

deria ser aproveitado pelos ór-

gãos públicos, o que poderia

aumentar a qualidade dos

p ro c e s s o s ”, sugeriu.

Esses funcionários eram

responsáveis pelo recolhi-

mento do adicional de frete à

Marinha Mercante, mas desde

março esse recolhimento pas-

sou a ser de responsabilidade

da Receita Federal.

INTELIGÊNCIAA boa notícia, segundo Ra-

belo de Moraes, é a adequa-

ção dos processos de aduana

prevista para 2015, quando

entrará em operação um sis-

tema informatizado de uso do

MAPA que levará à redução do

número de contêineres a se-

rem averiguados, sem afetar a

segurança da fiscalização.

Atualmente, 70% dos con-

têineres com mercadorias de

origem animal e vegetal são

fiscalizadas pelo ministério,

que possui um quadro de 13

agrônomos para dar conta do

trabalho. Com o novo sistema

nos terminais, que fará uma

vistoria prévia, a ideia é exa-

minar 30% da carga. “S a i re-

mos da idade da Pedra para a

tecnologia da informática.

Mas caminhamos a passos de

tartaruga”, avaliou.

O sistema será alimentado

por várias informações pré-

vias e, numa segunda fase,

funcionará em conjunto com

um scanner. Com a medida, o

agendamento de um carrega-

mento de caminhão, por

exemplo, poderá ser feito no

domingo de madrugada, tra-

zendo ganhos indiretos para o

transporte rodoviário. A Trans-

brasa participa de um projeto

piloto com o sistema, cuja pra-

ticidade está em fase de ava-

liação e adequação num pro-

cesso que deve durar entre 45

e 60 dias.

Os contêineres com assoa-

lho de madeira demandam o

maior tempo para serem fisca-

lizados, um problema que se

soma à falta de funcionários da

Anvisa. A inspeção e abertura

de um contêiner de importa-

ção, relatou Moraes, seguem

um ritual que inclui o posiciona-

mento especial em recinto ade-

quado e a abertura da carga é

filmada. As imagens são trans-

mitidas para a aduana na hora.

Uma velocidade sonhada por

importadores na liberação de

suas cargas.

José Luis da Conceição/EC

Governo simplificao drawback

A agenda do comércio exteriorem debate no CECIEx

Karina Lignelli

Nos últimos anos,cinco mil novosimportadoresentraram nomercado, muitasvezes sem qualquerorientação.SENNA, CO O R D E N A D O R DO COMUS

Ogoverno atendeu

um pleito antigo da

indústria e flexibili-

zou a utilização do chama-

do "drawback suspensão".

Por esse regime, são zera-

dos os tributos na importa-

ção ou na aquisição no mer-

cado doméstico de insu-

mos utilizados na produção

de bens a serem exporta-

dos.

A alteração libera as in-

dústrias de fazerem a sepa-

ração de estoque entre as

peças compradas com

isenção de tributo – e usa-

das na linha de produção

para exportação –daquelas

utilizadas para fabricação

de produtos que serão ven-

didos no mercado interno.

Pelo processo atual, uma

montadora, por exemplo,

precisa informar ao gover-

no o número de série da pe-

ça adquirida com o benefí-

cio tributário e o número de

série do automóvel ao qual

foi incorporada. Essa vincu-

lação do insumo ao produto

final gera a necessidade de

a empresa manter esto-

ques separados.

Segundo o secretário de

comércio exterior do Minis-

tério do Desenvolvimento,

Sairemos da idadeda Pedra para atecnologia dainformática. Mascaminhamos apassos de tartaruga.ÁLVAR O RA B E LO DE MOR AES, DIRE-TO R DA TR ANSBR ASA

Indústria e Comércio Exte-

rior, Daniel Godinho, ape-

sar da flexibilização no uso

do drawback, o governo

não perderá os mecanis-

mos de controle. Ele infor-

mou também que cerca de

25% das exportações (US$

58 bilhões) de 2013 se en-

quadraram naquele regi-

me. De janeiro a julho deste

ano, foram embarcadas pa-

ra o mercado externo US$

30 bilhões de mercadorias

com insumos desonera-

dos.

Pelos números do minis-

tério, 50% dos manufatura-

dos e 25% dos semimanu-

faturados exportados es-

tão incluídos em processo

de drawback. No setor au-

tomotivo, 67% dos automó-

veis e 61% dos veículos de

carga que vão para o exte-

rior usam os incentivos tri-

butários na produção. Além

disso, 69% das vendas ex-

ternas de químicos e 50%

dos embarques de plásti-

cos ocorrem sob o regime

de drawback. Segundo Go-

dinho, para cada US$ 1 im-

portado com isenção de tri-

butos, US$ 6 são exporta-

dos pelo Brasil. ( Es ta dã oConteúdo)

Comércio exterior

em pauta: no

próximo dia 10, o

Conselho Brasileiro

das Empresas Comerciais

Importadoras e

Exportadoras (CECIEx)

realiza a sexta edição de seu

Encontro Brasileiro na

capital paulista, onde serão

debatidas as principais

tendências e desafios para o

crescimento do comércio

exterior. Entre os destaques,

o painel "As negociações

internacionais e cenários

prospectivos", que abordará

as deficiências nos

processos de negociação,

até as possíveis evoluções,

como a perspectiva de

assinatura de um acordo

comercial entre o Brasil e o

Mercado Comum Europeu.

"O governo está ciente da

importância disso, mas é

tudo muito lento – levando -

se em consideração que o

Brasil não tem acordos

internacionais de relevância,

nem com a Nafta, nem com o

Asean. Hoje, nossa

participação no mercado

internacional é de 1,2%, mas

poderia chegar a 10% caso o

Brasil conseguisse fechar

mais acordos individuais",

diz Roberto Ticoulat,

presidente do CECIEx e

coordenador de Comércio

Exterior da São Paulo

Chamber of Commerce da

Associação Comercial de São

Paulo (ACSP).

Marcel Solimeo,

economista-chefe da ACSP,

participará no painel.

Outro destaque é o painel

sobre "Tratamento Tributário

nas Exportações Diretas",

que abordará a necessidade

de uma reforma fiscal e os

principais entraves do

comércio exterior sob esse

aspecto. Já em "Ferramentas

de Incentivo à Exportação",

serão detalhados o acordo

entre a ACSP e o Instituto de

Pesquisas Tecnológicas (IPT)

da USP fechado em abril

deste ano, que dá suporte

técnico às exportadoras

associadas à entidade para

adequar seus produtos às

exigências do mercado

internacional, ou o Projeto

Extensão Industrial

Exportadora (PEIEX) da

Apex-Brasil, que tem como

foco capacitar empresas

para operar lá fora. A 6ª

edição do encontro também

terá como destaques os

painéis "O Brasil

Competitivo" e "Os Desafios

no Comércio Internacional".

Para Ticoulat, a principal

conquista desses encontros

é o reconhecimento do

governo para a atividade,

principalmente a das

comerciais-exportadoras –

ou tradings, que passaram a

ser reconhecidas como a

principal forma de inserir

empresas de todos os portes

no comércio exterior. "O

governo federal está com os

olhos voltados para o

mercado externo, mas os

processos deveriam ser

mais rápidos para melhorar

as transações internacionais

e eliminar os principais

obstáculos: os tributos e o

câmbio".

O encontro contará ainda

com Rogério Amato,

presidente da ACSP, que

abrirá o evento; com o

representante da

Associação de Comércio

Exterior do Brasil (AEB),

Fábio Medrano; com o

presidente da Apex-Brasil,

Maurício Borges, e com o

ministro da Secretaria

Especial da Micro e Pequena

Empresa, Guilherme Afif

Domingos, que falará sobre

o processo de inserção das

MPEs nas negociações

internacionais através das

tradings.

SSERVIÇOERVIÇOVI Encontro Brasileiro das

Empresas ComerciaisImportadoras e Exportadoras -

CECIEx. Dia 10/09/2014, a partirdas 8h. No Hotel Intercontinental

- Al.Santos, 1.123 -Jardim Paulista. Informações e

inscrições pelowww.encontro ceciex.com.br/.

O tempo médio de trânsito dos contêineres de importação nos terminais molhados de Santos é de 16 dias. Verdadeiro obstáculo à eficiência.

Fábio H. Mendes/Hype

Representantes da iniciativa privada e governo reunidos pelo Comus

Tina Cezaretti/Hype

Ticoulat, do CECIEx: necessidade de mais acordos comerciais.

Page 12: Diário do Comércio - 04/09/2014

12 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Page 13: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

A Associação Comercial de São Paulo, por seu Conselho de

Infraestrutura, sob a coordenação do Vice-presidente

Luiz Gonzaga Bertelli, convida para o Seminário

“O desenvolvimento e utilização da energia solar”

Programação:

9h30 Recepção, entrega de material informativo e café da manhã.

9h45 Abertura

Pronunciamento do Dr. Rogério Pinto Coelho AmatoPresidente da Associação Comercial de São Paulo – ACSP e

Federação das Associações Comerciais de São Paulo – FACESP

10h00 Apresentação do Dr. Carlos Mathias Aloysius Becker NetoPresidente da Renova Energia

10h30 Apresentação do Dr. Nelson Côrtes da Silveira Diretor Presidente da Brasil Solair

11h00 Apresentação do Dr. Gustavo Malagoli Buiatti Diretor Técnico Operacional da ALSOL Energias Renováveis

11h30 Conclusões e encerramento

Data: 10 de setembro de 2014 (quarta-feira)

Local: Associação Comercial de São Paulo

Rua Boa Vista, 51 – 9º andar – Sala Plenária

Inscrições gratuitas!Confi rme sua presença pelo telefone (11) 3180-3310

ou pelo e-mail [email protected]

País pagou R$ 1,1 trilhão de impostosO valor foi alcançado na madrugada, com 20 dias de antecedência em relação a 2013, quando a marca foi registrada somente no dia 24 de setembro.

Reprodução

OImpostômetro da

Associação Co-

merc ia l de São

Paulo (ACSP) re-

gistrou às 3h30 da madruga-

da de hoje o valor de R$ 1,1

trilhão. O montante equivale

a todos os impostos, taxas e

contribuições pagos pelos

brasileiros à União, aos Esta-

dos e aos municípios neste

ano. De acordo com a entida-

de, esse valor será alcança-

do com 20 dias de antece-

dência em relação ao ano

passado, quando a marca foi

registrada somente no dia

24 de setembro.

Para o presidente da ACSP,

Rogério Amato, os números

mostram que não há mais es-

paço para aumento da carga

tributária e que é necessário

implantar mudanças no sis-

tema fiscal do País.

"O próximo governo terá

que fazer ajuste nas finanças

públicas, paralelamente, pro-

curar o setor privado para via-

bilizar concessões e parcerias

e, assim, atacar os gargalos

que oneram o setor produtivo

e os cidadãos”, observa.

Ele menciona as principais

medidas para que isso acon-

teça. “É fundamental resta-

belecer a confiança dos em-

presários e dos consumido-

res, com um programa de

ajuste fiscal crível e uma

agenda de reformas que,

mesmo implementados gra-

dativamente, s inal izem

perspectivas de retomada

do crescimento”, conclui

Amato, que também é presi-

dente da Facesp (Federação

das Associações Comerciais

do Estado de São Paulo) e

presidente-interino da CACB

(Confederação das Associa-

ções Comerciais e Empresa-

riais do Brasil).

Gastos mensais –Claro que

eles não ficariam de fora: os

gastos mensais fixos dos

brasileiros também contêm

alta carga tributária. Exem-

plo disso são as contas de

água, luz e gás, cujos percen-

tuais de de tributos embuti-

dos são de 24,02%, 48,28% e

34,04%, respectivamente.

Já nas contas de telefone e de

TV por assinatura, a carga é

de 46,12%.

Para usar transporte coleti-

vo no dia a dia, o passageiro

paga 33,75% de imposto, e a

gasolina usada por quem pre-

fere o carro para circular no

d i a a d i a t e m c a r g a d e

53,03%. Para se cuidar, os

brasileiros e brasileiras tam-

bém pagam muito imposto:

26,32% dos gastos no salão

de beleza correspondem a tri-

butos, e no caso da mensali-

dade da academia, 26,86%.

Nem os itens referentes a

educação não escapam: a

carga é de 26,32% nas men-

salidades de escolas e uni-

versidades particulares, se-

gundo o levantamento do

IBPT (Instituto Brasileiro de

Planejamento e Tributação) -

fornecedor dos dados que

também abastecem o Im-

postômetro. (DC)

BC mantéma Selic em11%. Comoesperado.Taxa de juros foi mantida pela terceira vez

Paulo Pampolin/Hype

Amato: "Se espera que o Copom, em sua próxima reunião, reduza as taxas para estimular a economia”.

Na última ação de po-

lítica monetária an-

tes do primeiro tur-

no da eleição presi-

dencial, o Comitê de Política

Monetária (Copom) do Banco

Central (BC) decidiu manter a

taxa básica de juros, a Selic,

em 11% ao ano, mesmo nível

em que se encontra desde o

dia 3 de abril e dentro da ex-

pectativa de todo o mercado.

“A decisão não surpreen-

deu, mas acreditamos que ha-

veria espaço para uma redu-

ção moderada da taxa, consi-

derando o baixo nível das ati-

vidades econômicas, que não

apresentam perspectivas de

melhora no curto prazo”, afir-

mou Rogério Amato, presi-

dente da Facesp (Federação

das Associações Comerciais

do Estado de São Paulo) e pre-

sidente-interino da CACB

(Confederação das Associa-

ções Comerciais e Empresa-

riais do Brasil). “O BC, no en-

tanto, parece mais preocupa-

do com a inflação – que efeti-

vamente continua elevada –

do que com o crescimento da

economia. As medidas macro-

prudenciais adotadas recen-

temente pelo BC, visando a es-

timular o crédito, ainda não

surtiram efeitos, pelo que se

espera que o Copom, em sua

próxima reunião, reduza as ta-

xas de juros para estimular a

economia”.

Ao final da reunião do Co-

pom, a grande novidade foi a

retirada, no comunicado do

BC, da expressão "neste mo-

mento", que constava nas edi-

ções de maio e julho. Com esta

mudança, analistas do merca-

do financeiro especulam ago-

ra sobre a possibilidade ou não

de mudanças na Selic nos pró-

ximos meses, em um cenário

ainda indefinido.

O comunicado divulgado

foi o seguinte: "Avaliando a

evolução do cenário macroe-

conômico e as perspectivas

para a inflação, o Copom de-

c id iu , por unan imidade ,

manter a taxa Selic em 11%

ao ano, sem viés."

Seguiu o scriptCom a retirada da expres-

são "neste momento", o BC

deixa claro que o momento é

de esperar para ver os próxi-

mos desdobramentos econô-

micos. A instituição se fia, por

exemplo, em algum progresso

na área de crédito que possa

surgir com as medidas deter-

minadas ao final de julho e

também no início de agosto. A

autarquia desmontou todo o

arsenal macroprudencial

construído em dezembro de

2010. Fez ajustes no recolhi-

mento do compulsório, que é

uma reserva que os bancos

precisam deixar no BC, e até

determinou para essas insti-

tuições, de maneira informal e

por meio de ferramentas téc-

nicas, uma meta de cresci-

mento de 20% do crédito para

automóveis em relação ao pri-

meiro semestre de 2014.

A opção do BC pela estabili-

dade se dá em um quadro que

um bom número de economis-

tas classifica de recessão técni-

ca, com dois trimestres segui-

dos de recuo do Produto Interno

Bruto, de 0,2% no primeiro e

0,6% no segundo, e inflação

ainda em patamar elevado em

12 meses, no teto da meta per-

seguida pelo BC, de 6,5%.

O veredicto do colegiado do

Copom dado na noite de on-

tem foi mais uma vez unânime

e seguiu à risca o script aguar-

dado pelo mercado financeiro.

A maioria absoluta das insti-

tuições projetavam que a taxa

ficaria inalterada nesta reu-

nião. O próximo encontro do

Comitê está marcado para 28

e 29 de outubro, logo após o

segundo turno das eleições.

A reunião desta semana foi

a terceira seguida em que o ju-

ro foi mantido no patamar de

11%. A última vez que isso

ocorreu foi de outubro de 2012

a março de 2013, quando a Se-

lic ficou em 7,25% ao ano.

(DC/Estadão Conteúdo)

Fluxo cambial negativo surpreende

Depois da saída de US$

1,8 bilhão em julho, o

fluxo cambial, que es-

tava no terreno positivo ao

longo do mês passado, aca-

bou surpreendendo, em agos-

to, ao ficar negativo em US$

3,056 bilhões. Como informou

ontem o Banco Central (BC),

as operações financeiras res-

ponderam por uma saída líqui-

da de US$ 1,016 bilhão, dife-

rença entre ingressos de US$

44,605 bilhões e retiradas de

US$ 45,62 bilhões.

No comércio exterior, o sal-

do ficou negativo em US$ 2,04

bilhões, com importações de

US$ 17,776 bilhões e exporta-

ções de US$ 15,736 bilhões.

Estão incluídos nas exporta-

ções US$ 2,998 bilhões em

Adiantamento de Contrato de

Câmbio (ACC), US$ 3,572 bi-

lhões em Pagamento Anteci-

pado (PA) e US$ 9,166 bilhões

em outras entradas.

No acumulado de 2014 até

agosto, o fluxo cambial inver-

teu a tendência e foi negativo

em US$ 700 milhões, infor-

mou o BC. O montante até

agosto foi formado por saídas

de US$ 3,167 bilhões no seg-

mento financeiro e entradas

de US$ 2,467 bilhões na área

comercial. No mesmo período

do ano passado, o fluxo estava

positivo em US$ 2,238 bi-

lhões , com sa ída de US$

12,652 bilhões no segmento

financeiro e entrada de US$

14,89 bilhões no comercial.

Na semana passada, se-

gundo o BC, a saída de dólares

no País superou a entrada em

US$ 4,27 bilhões. Na semana

anterior, o saldo havia sido po-

sitivo em US$ 714 milhões. En-

tre os dias 25 e 29 de agosto, o

saldo ficou negativo em US$

3,257 bilhões no segmento fi-

nanceiro, que reúne opera-

ções como investimentos es-

trangeiros diretos e em cartei-

ra, remessas de lucro e paga-

mento de juros, entre outras.

O valor é a diferença entre en-

tradas de US$ 11,679 bilhões

e saídas de US$ 14,936 bi-

lhões no período. No comércio

exterior, o saldo ficou negati-

vo em US$ 1,013 bilhão. (EC)

Page 14: Diário do Comércio - 04/09/2014

14 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Page 15: Diário do Comércio - 04/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 15

A empresa FBV SERVIÇOS E PARTICIPAÇÕES LTDA., CNPJ nº 05.275.217/0001-28 e CCM 166.8179,conforme boletim de ocorrência nº 986.978/2014, comunica o extravio de 04 talões de notas fiscais Série A, AIDF nº 8731/08, não utilizadas, do nº 51 ao nº 250.

EXTRAVIO DE DOCUMENTOS:VBQ ST TROPEZ COMÉRCIO DE VESTUÁRIO E REPRESENTAÇÕES DE MODA LTDA. - CNPJ/MF 10.325.597/0006-02.Comunicamos o extravio de 150 notas fiscais modelo D-1, numeração de 001 a 150, conforme Livro 01, página 27.

Pregão Eletrônico nº 56/2014ADefensoria Pública-Geral da União, por intermédio do Pregoeiro, torna públicopara conhecimento das empresas interessadas, que realizará licitação namoda-lidade Pregão Eletrônico (Tipomenor preço por item), na Sala de licitação, si-tuada no Setor Bancário Sul, Quadra 01, Lote 27, Bloco I - Ed. Anexo, 2° subsolo,Coordenação de Licitações e Contratos, em Brasília-DF, em sessão a ser reali-zada por meio do sistema eletrônico, no endereço www.comprasnet.gov.br.OBJETO: Contratação de serviços de limpeza e conservação com fornecimentode material e equipamentos, em regime de empreitada por preço global, paraatender às Defensorias Públicas da União em Rio Branco/AC e Porto Velho/RO,conforme especificações contidas no Termo de Referência, Anexo I deste Edital.ENVIO DAS PROPOSTAS DE PREÇOS: As propostas deverão ser envia-das do momento da publicação até a data e hora marcada para aberturada sessão e são permitidas alterações neste mesmo prazo, exclusivamentepor meio do sistema eletrônico. (§ 1º e 2º Art. 21 do Decreto 5.450/2005). Datada Abertura das Propostas: 17 DE SETEMBRO DE 2014, às 10:00 h (Horá-rio de Brasília-DF). Informação Geral: Pelo e-mail [email protected] ouno telefone: (61) 3319-4363. O Edital está disponível gratuitamente no site:www.comprasnet.gov.br e www.dpu.gov.br

Marcilio Rodrigues PenhaPregoeiro/DPGU

AVISO DE LICITAÇÃO

DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DAUNIÃOCOORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS - COLIC

Consórcio Nacional Itautec - ItauleasingCNPJ 10.376.310/0001-69 NIRE 35500053242

Instrumento Particular de Distrato de 19.08.2014Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - JUCESP:certifico o registro sob o nº 333.786/14-2, em 26.08.14. (a) Flávia Regina Britto - Secretária Geralem Exercício.

ARI SERAFIM BARBOSA AUTO POSTO LTDA, torna publico que recebeu daCETESB a Licença Prévia n26001404 e requereu a Licença de Instalação, p/ AutoPosto, sito à R: Marginal do Ribeirão do Una, 1800 - Suzano - SP

Pregão Eletrônico nº 57/2014A Defensoria Pública-Geral da União, por intermédio do Pregoeiro, tornapúblico para conhecimento das empresas interessadas, que realizará licitaçãona modalidade Pregão Eletrônico (Tipo menor preço por item), na Salade licitação, situada no Setor Bancário Sul, Quadra 01, Lote 27, Bloco I - Ed.Anexo, 2° subsolo, Coordenação de Licitações e Contratos, em Brasília-DF,em sessão a ser realizada por meio do sistema eletrônico, no endereçowww.comprasnet.gov.br.OBJETO: Contratação de empresa concessionária/permissionária/autorizatáriapara a prestação de serviço telefônico fixo comutado nas modalidades local,longa distância nacional e longa distância internacional, no âmbito da DefensoriaPública da União, de acordo com as especificações descritas neste Edital.

ENVIO DAS PROPOSTAS DE PREÇOS: As propostas deverão ser enviadasdo momento da publicação até a data e hora marcada para abertura dasessão e são permitidas alterações neste mesmo prazo, exclusivamente pormeio do sistema eletrônico. (§ 1º e 2º Art. 21 do Decreto 5.450/2005). Data daAbertura das Propostas: 16 DE SETEMBRO DE 2014, às 09:00 h (Horáriode Brasília-DF). Informação Geral: Pelo e-mail [email protected] ouno telefone: (61) 3319-4363. O Edital está disponível gratuitamente no site:www.comprasnet.gov.br e www.dpu.gov.br

Marcilio Rodrigues PenhaPregoeiro/DPGU

AVISO DE LICITAÇÃO

DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DAUNIÃOCOORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS - COLIC MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

AVISO DE LICITAÇÃOPregão nº 018/2014 - Processo nº 314/2014

Acha-se aberto, no Ministério Público do Estado de São Paulo, o Pregão Presencial nº 018/2014- Processo nº 314/2014, que tem por objeto o REGISTRO DE PREÇOS para a contratação deempresa especializada para o fornecimento de licenças de uso de softwares, licenciados pelaempresa Microsoft. O Edital da presente licitação encontra-se à disposição dos interessados,gratuitamente, na Comissão Julgadora de Licitações, situada na Rua Riachuelo nº 115, 5º andar,sala 506, de 2ª a 6ª feira, das 09:30 às 18:30 horas, ou através da Internet nos Siteswww.mpsp.mp.br e www.e-negociospublicos.com.br. Os envelopes serão recebidos na sessãopública de processamento do Pregão, na Rua Riachuelo nº 115, 5º andar, sala 504, no dia 19/09/2014, e sua abertura dar-se-á às 11h30min no mesmo dia e local.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

HOMOLOGAÇÃOPREGÃO Nº 146/2014

A Prefeitura comunica que no PP nº 146/14, que cuida de “Contratação deempresa especializada em identificar e recuperar valores cobrados a maiore indevidos nas contas de energia elétrica”, a Autoridade Superior HOMOLOGAa ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatório supra em favor da empresa (item/lote): Impulcetto & Impulcetto Elétrica Ltda. (01).

Pindamonhangaba, 27 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 218/2014

A Prefeitura comunica que no PP nº 218/14, que cuida de “Aquisição de materialde construção civil aplicação manutenções diversas no Distrito de MoreiraCésar”, a Autoridade Superior HOMOLOGA a ADJUDICAÇÃO no procedimentolicitatório supra em favor das empresas (itens/lotes): Raul Rabello Neto EPP (03,04 e 05); Santos Gouvea Comercial Ltda. EPP (01, 02 e 06).

Pindamonhangaba, 27 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 220/2014

A Prefeitura comunica que no PP nº 220/14, que cuida de “Aquisição de materiaishidráulicos aplicação manutenções diversas no Distrito de Moreira César”,a Autoridade Superior HOMOLOGA a ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatóriosupra em favor da empresa (itens/lotes): Raul Rabello Neto EPP (01, 02, 03, 04,05, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23, 24, 25 e 26). Itensimprósperos: 06. Itens desertos: 13, 21, 22 e 27

Pindamonhangaba, 28 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 244/2014

A Prefeitura comunica que no PP nº 244/14, que cuida de “Aquisição de suportede Tv, mesa para escritório, mesa auxiliar, forno micro-ondas, bebedouros,filtro elétrico para galão de água, ventiladores, geladeira duplex, fogão 04bocas, DVD player, lavadora de alta pressão, armário de cozinha, mesa reta,arquivo, cadeira fixa, longarina e gaveteiro”, a Autoridade Superior HOMOLOGAa ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatório supra em favor das empresas (itens/lotes): 7R Comercial Ltda. ME (04 e 07); A. P. de Oliveira Comércio de Móveispara Escritório ME (15, 16 e 17); CT Araújo Móveis ME (05, 06, 08, 12 e 14);Isabelle Castro Lemos EPP (02 e 19); Luiz C. de Melo Souza Lorena ME (09 e13); Marfvale Comércio e Representação de Móveis para Escritório Ltda. EPP(18 e 20). Item deserto: 03. Itens imprósperos: 01, 10, 11.

Pindamonhangaba, 26 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 254/2014

A Prefeitura comunica que no PP nº 254/14, que cuida de “Aquisição de arcondicionado para nova unidade de Saúde do bairro terra dos Ipês II, prontoatendimento infantil e novo centro de Fisioterapia”, a Autoridade SuperiorHOMOLOGA a ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatório supra em favor dasempresas (itens/lotes): A. B. Dalfre ME (04); DLT Prado ME (01); RefrigeloClimatização de Ambientes Ltda. (02, 03, 05, 06, 07 e 08).

Pindamonhangaba, 29 de agosto de 2014.

DECLARAÇÃOÀPRAÇARogerio Martim Rodrigues Roupas ME, comsede naAvenida Rebouças,3.970,1º Piso/ Loja 212,Pinheiros, São Paulo/SP, CNPJ 06.894.130/0001-00e Inscrição Estadual 116.866.884.116 declara paraos devidos fins de direito que EXTRAVIOU os 4Talões modelo 2 - Nota Fiscal deVenda ao Consumi-dor Série D1, números 301 a 500. Ficando os mes-mos sem efeito legal, fiscal ou comercial.

Opinião S/ACNPJ 03.729.970/0001-10 - NIRE 35.300.196.392

Edital de Convocação – AGOFicam convocados os acionistas a se reunirem em AGO a ser realizada às 10hs do dia 18.09.2014, na sedesocial, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) exame das demonstrações financeiras do exercíciofindo em 31.12.2013; b) destinação dos resultados; c) instalação do conselho fiscal; e d) eleição da diretoria efixação dos respectivos poderes, atribuições e remuneração para o presente exercício. São Paulo, 04.09.2014.A Diretoria (04, 05 e 06/09/2014)

SUSPENSÃO e REAGENDAMENTO DELICITAÇÃO. Fica SUSPENSA a realização doPregão Presencial 92/2014 no dia 08/09/2014,às 09h00, cujo objeto é o REGISTRO DEPREÇOS DE TAMPÃO E GRELHA EMFERRO FUNDIDO, devido a readequação deprazo de entrega. Fica REAGENDADA para adata de 17/09/2014 às 09:00h. LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do PaçoMunicipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35,Centro, Guararema – SP. O Edital poderá serlido e obtido na íntegra no Paço Municipal, noperíodo das 08h30min às 16h00. Osinteressados poderão obter o Edital por e-mail,enviando mensagem eletrônica para oendereço [email protected],informando os dados da empresa, amodalidade e o número da licitação. Outrasinformações podem ser obtidas pelo telefone(11) 4693-8016. ADRIANO DE TOLEDOLEITE, Prefeito Municipal.

JAGUARÍ ENERGÉTICA S/ACNPJ/MF nº 05.505.422/0001-32 - NIRE nº 35.300.194.331

ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA REALIZADA EM 31 DE JANEIRO DE 2012Data, Hora e Local: 31/01/2012, 10 horas, sede social. Convocação: Dispensada. Quorum: 100%.Mesa: Carlos AndréAndrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Aprovações Unanimes:a) Alterado nome empresarial conforme Artigo 1º: A sociedade anônima, operará sob denominação de Jaguari HoldingS/A regida pelo estatuto social e disposições legais aplicáveis. b) Alterado objeto social conforme Artigo 4º: Companhiatem por objeto social participação em outras sociedades na qualidade de sócia ou acionista atuando como Holding. c)Aumento do capital social. Passando de R$ 10.000,00 para R$ 44.639.997,00. Elevação de R$ 44.629.997,00 emissãode 44.629.997 ações ordinárias nominativas valor nominal de R$ 1,00 cada, conforme Boletim de Subscrição: l) CarlosAndré Andrioni Salgueiro Lourenço:14.876.666 ações. 2) Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço: 14.876.666 ações.3) Ana Paula Lourenço de Toledo:14.876.665 ações. Integralização efetuada neste ato, através da conferência das44.629.997 quotas detidas pelos acionistas Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço,Guilherme Andrioni SalgueiroLourenço e Ana Paula Lourenço de Toledo na Construtora Gomes Lourenço Ltda, CNPJ 61.069.050/0001-10 e contratosocial registrado na Jucesp, Nire nº 35.211.528.454, conforme laudo avaliatório. Artigo 5º: Capital totalmente subscritoe integralizado é R$ 44.639.997,00 dividido em 44.639.997 ações ordinárias nominativas, valor nominal R$1,00 cada.Encerramento:Lavrada, lida, aprovada e assinada no inteiro teor para registro na Jucesp e publicação na formada lei. Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço: Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço:Secretário.Acionistas: José Salgueiro Lourenço, Alice Andreoni Lourenço,Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço,GuilhermeAndrioni Salgueiro Lourenço e Ana Paula Lourenço de Toledo. Certidão Jucesp n° 102.859/12-7 em 08/03/2012.

INSTITUTO LABOR&VITACNPJ/MF nº 06.072.239/0001-53

EDITALDECONVOCAÇÃO -ASSEMBLEIAGERALORDINARIAO Conselho deAdministração do Instituto Labor &Vita - São Paulo, no uso das atribuições que lhe confere o artigo20º Parágrafo Único do Estatuto Social, convoca os associados para se reunirem emAssembleia Geral Ordinária,a ser realizada nodia 19de setembrode2014, objetivando melhor acomodação dos associados,àRuaAmadorBueno, 811, sala 01, Jardim Promissão, Santo Amaro, São Paulo, Capital, às 08:00 horas, em primeiraconvocação, compresença damaioria dos associados empleno gozo de seus direitos e às 08:30 horasem segunda convocação e em terceira convocação às 09:00 horas comqualquer número de sócios empleno gozo de seus direitos, caso não obtenha o quorum mínimo para instalação da Assembleia Geral, serárealizada uma nova Assembleia após 30 dias da publicação desta, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:1) Prestação de Contas dos Órgãos de Administração acompanhando os pareceres do Conselho Fiscal, explicandosobre as Demonstrações Financeiras e Balanço Anual do Exercício de 2013; 2) Homologação das Contas e Balançopelo Conselho Fiscal; 3) Renovação de Membros do Conselho Fiscal; 4) Programação Anual da Entidade; 5) Eleiçãode Membros da Diretoria;6)Assuntos Gerais.

São Paulo,02 de Setembro de 2014.CLOVIS FREIREDEMOURA - Presidente

Plutão Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 19.439.486/0001-97

NIRE 35.300.462.106Ata da Assembleia

Geral Extraordinária realizada em02 de Junho de 2014, às 10:00 horas

CERTIDÃO: Certifico o registro na JUCESP sobnº 345.918/14-9 em 29.08.2014. Flávia ReginaBritto - Secretária Geral em Exercício.

PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP

PREGÃO Nº 323/14A PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ informa que se acha aberto o pregão presen-cial nº 323/14, que cuida do Registro de Preços para eventual prestação de serviçode manutenção preventiva e corretiva das máquinas rodoviárias pertencentes à FrotaOperacional da P.M.T., com encerramento dia 17.09.14, às 08h30, junto ao respectivoDepartamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ouà Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08hs às 12 hs edas 14hs às 17 hs, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custodo edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br. PMT., aos 03.09.14

JOSE BERNARDO ORTIZ MONTEIRO JUNIOR – Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DE

TAUBATÉ/SPCONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 19/14

A PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, pela Presidência da Comissão Permanente deLicitações e com base na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, torna público aosinteressados, que se acha aberta: Concorrência Pública nº 19/14 – Reforma do P.S.F.Piratininga, localizado na Av. Antonio Cursino dos Santos, 445 – Parque Piratininga, comvencimento às 08h30 do dia 06.10.14. O Edital completo encontra-se disponível noDepartamento de Compras, no horário das 08h às 12h e das 14h às 18h, podendo seradquirido mediante recibo original de depósito do Banco Santander, Agência 0056, Conta-Corrente nº 45000273-2, no valor de R$ 52,00 (Cinquenta e Dois Reais) cada edital ougratuitamente no site desta Prefeitura www.taubate.sp.gov.br.

Taubaté/SP, aos 03/09/14.Márcia Ferreira dos Santos – Presidente C.P.L.

GIUSTI E CIA. LTDA. torna público que requereu na CETESB a Renovação da Licença de Opera-ção, para Fab. de Artefatos de Trefilados, sito à Rua Itália Giusti, nº 324, Vila Carmosina, Capital, São Paulo, CEP 08270-698.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

COMUNICADO ADIAMENTOPREGÃO Nº 226/2014

A Prefeitura comunica que o PP no 226/2014,“Aquisição de óleos automotivos,graxa, detergente, desengraxante, removedor, limpa pneu e silicone a ser aplicados nas viaturas e máquinas desta municipalidade, visando atender as necessidades de manutenção e conservação dos veículos pertencentes à frota municipal”, fica adiado, nova data de abertura dia: 17 de outubro de 2014. Motivo: alteração do Termo de Referência – Anexo VII.

Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP-MTAVISO DE RESULTADO

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 002/2014A Prefeitura Municipal de Sinop/MT, através da Comissão Especial de Licitação, torna público o resultado da licitaçãona modalidade Concorrência Pública no 002/2014, destinada a outorga da concessão em caráter de exclusividade paraprestação dos serviços públicos municipais de abastecimento de água e esgotamento sanitário, no Município de Sinop,no qual se sagrou vencedora a empresa AEGEA SANEAMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A. (CNPJ/MF 08.827.501/0001-58),procedimento homologado em 03 de setembro de 2014.

Sinop/MT, 03 de setembro de 2014.JUVENTIVO JOSÉ DA SILVA - Presidente da C. E. L. - Portaria no 103/2014

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica a ABERTURA do PregãoPresencial nº 22/2014 - Processo nº 2.029/2014, destinado a contratação de empresa paraprestação de serviços técnicos especializados de leitura de hidrômetros, emissão simultânea,repasse imediato de contas de consumo de água, supressão e religação do fornecimento deágua no Serviço Autônomo de Água e Esgoto do município de Sorocaba, SESSÃO PÚBLICAdia 18/09/2014 às 15:00 horas. Informações pelo site www.saaesorocaba.com.br, pelostel. (15) 3224-5814/5815, ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, nº 1.285, no Setor deLicitação e Contratos. Sorocaba, 03 de setembro de 2014. Ivan Flores Vieira - Pregoeiro.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que acha-se publicadono Sistema Eletrônico do Banco do Brasil, o Pregão Eletrônico nº 76/2014 - Processo nº5196/2014, destinado ao fornecimento de polímero orgânico sintético catiônico. SESSÃOPÚBLICA dia 17/09/2014, às 10:00 horas. Informações pelo site www.licitacoes-e.com.br, pelos telefones: (15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmente na Av. Pereira daSilva, 1.285, no Setor de Licitação e Contratos. Sorocaba, 03 de setembro 2014.

Ema Rosane Lied Garcia Maia - Pregoeira.

PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIRETI-RATI DO EDITAL Nº 142/2.014 - PREGÃO PRESENCIALNº 118/2.014. OBJETO:- Fica alterada a cláusula 1.10.3 do Editale o Anexo II do Pregão Presencial nº 118/2014 que objetivaa Contratação de consultoria especializada para elaborar oPlano Municipal de Saneamento Básico do Município de Biriguiconforme Lei Federal nº 11.445/2007, devendo abranger todo oterritório (urbano e rural) e contemplar os quatro componentes dosaneamento básico, que compreende o conjunto de serviços deinfraestrutura e instalações operacionais de I) Abastecimento deágua, II) Esgotamento sanitário, III) Drenagememanejo das águaspluviaisurbanase IV)Limpezaemanejodos resíduos.Emrazãodag , ) g , ) g j g

retificação altera-se a data da abertura para: 22/09/2.014, às 08:00horas.Melhores informações poderão ser obtidas junto aSeçãode

ç p

Licitações na Rua Santos Dumont nº 28, Centro, ou pelo telefone(018) 3643-6126. O Edital e sua retificação poderão ser lidosnaquela Seção e retirados gratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br.PedroFelícioEstradaBernabé,PrefeitoMunicipal,Birigui,03/09/2.014.q ç g g pg

Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 13.419.211/0001-05 - NIRE 35300453832

Ata de Reunião do Conselho de Administração em 12/08/2014Data, Hora e Local: 12/08/2014, às 10 horas, na sede, em São Paulo/SP, na Rua Renato Paes de Barros 750, Conjuntos 102/103,Bairro Itaim Bibi. Convocação: Dispensada. Presença: Presentes todos os Conselheiros. Mesa: Presidente: Guilherme MoreiraTeixeira, RG nº 40.438/D, CPF/MF nº 518.362.976-53, residente e domiciliado em Nova Lima/MG; Secretário: Orlando CavalcantiLobato, RG nº 94.699, CPF/MF nº 000.567.406-97, residente e domiciliado em Belo Horizonte/MG. Ordem do Dia e DeliberaçõesTomadas Por Unanimidade: Após discussão da matéria constante da Ordem do Dia, os membros do Conselho de Administração daCompanhia deliberam, por unanimidade de votos, nos termos das alíneas c e f, do inciso VIII do art. 15 do Estatuto Social, concederautorização para que a Companhia, por meio de qualquer de seus diretores (Diretor Presidente ou Diretora sem Designação Especí-fica), associe-se com a OTP, a fim de, conjuntamente, participarem da Licitação. A autorização compreende a celebração de todose quaisquer documentos necessários à participação na Licitação e desenvolvimento da Operação, incluindo, mas não se limitandoa, a celebração e/ou o oferecimento dos seguintes documentos: (a) Proposta Econômica, conforme definido pelo item 10 do editalda Licitação; (b) Documentação de Qualificação Técnica, conforme definido pelo item 9 do edital da Licitação; (c) Documentaçãode Habilitação, conforme definido pelo item 11 do edital da Licitação; (d) Instrumento Particular de Compromisso de Constituiçãode Sociedade de Propósito Específico, a ser celebrado entre a Companhia e a OTP; (e) Instrumento Particular de Constituição de So-ciedade de Propósito Específico, a ser celebrado entre a Companhia e a OTP; (f) Termo de Compromisso Particular de Constituiçãode Consórcio, a ser celebrado entre a Companhia e a OTP; (g) Termo Particular de Constituição de Consórcio, a ser celebrado entrea Companhia e a OTP; (h) Acordo de Acionistas da Sociedade de Propósito Específico, a ser constituída no âmbito da Operação;(i) Instrumentos de garantias necessários à participação na Licitação e/ou Operação; e (j) Instrumentos de mandato ad negotiaoutorgados pela Companhia a terceiros para execução dos instrumentos acima listados e quaisquer outros atos necessários àparticipação na Licitação e/ou Operação. Encerramento: Formalidades legais. Guilherme Moreira Teixeira - Presidente, OrlandoCavalcanti Lobato - Secretário. JUCESP nº 334.480/14-0 em 27.08.14. Flávia Regina Britto - Secretária Geral.

Requerente: Ponto Solar Comercial Ltda. Requerido:Locativa Locação de Veículos Ltda. Rua Carlitos, 656/681 – Chácara Belenzinho - 2ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 03 de

setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguin-tes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e

recuperação judicial:

Supermercados olham para pequenosPedro Celso Gonçalves assumiu a presidência da Apas. Entre suas metas, pretende reforçar parcerias com escolas profissionalizante para formar empree n d e d o re s .

Paula Cunha

Uma gestão que refor-

çará a capacitação

dos prof issionais

que atuam nos su-

permercados paulistas. Esta é

a principal meta de Pedro Cel-

so Gonçalves, novo presiden-

te da Associação Paulista de

Supermercados (Apas) para o

biênio 2014/2016. Ele assume

uma entidade que conta com

1.299 associados que, juntos,

representam 85% do fatura-

mento do segmento no estado

de São Paulo.

Durante a cerimônia de pos-

se, realizada ontem, Gonçal-

ves ressaltou que a nova dire-

toria enfatizará as ações vol-

tadas aos pequenos e médios

supermercadistas, que en-

frentam um contexto de retra-

ção nas vendas em conse-

quência do aumento da infla-

ção de alimentos. Apesar des-

te quadro , e le se mostra

otimista e lembra que "o pe-

queno empresário de hoje se-

rá o médio amanhã", por isso,

"é preciso auxiliá-lo na tarefa

de se adaptar às mudanças

que ocorrem no segmento,

que é muito dinâmico".

Segundo Gonçalves, serão

reforçadas as parcerias firma-

Fábio H. Mendes/Hype

Gonçalves: pequenos precisam se adaptar ao dinamismo do setor.

das entre a Escola Apas e enti-

dades de ensino profissionali-

zante como o Serviço Nacional

de Aprendizagem Industrial

(Senai), bem como com forne-

cedores, para a realização de

oficinas práticas para os asso-

ciados.

Giovanni Guerra, superin-

tendente de Produtos e Ope-

rações da Federação das As-

sociações Comerciais do Esta-

do de São Paulo (Facesp), este-

ve na posse. Para ele, "Os

associados da Apas são em-

preendedores natos que en-

frentam com competência os

desafios que o País impõe à li-

vre iniciativa".

Guerra lembrou que a Apas

firmou com Facesp uma parce-

ria para lançar o cartão Ali-

mentação Facesp/Apas. A me-

ta é a redução dos custos, já

que a taxa cobrada é de 1,8%,

60% inferior à dos serviços

oferecidos pelo mercado.

O ex-presidente da Apas,

João Galassi, lembrou que a

associação sempre teve a for-

mação dos associados como

meta básica. Entre suas prin-

cipais ações destacou a cria-

ção do Escritório de Projetos e

dos escritórios regionais no

ABC, em Guarulhos e em Osas-

co e o apoio à desoneração dos

produtos da cesta básica.

Page 16: Diário do Comércio - 04/09/2014

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Latinos colhem o sonho americanoCresce o número de hispânicos que começaram assalariados e agora são donos de fazendas nos Estados Unidos. Segundo o censo agrícola, já são 67 mil.

Tanzina VegaThe New York Times

Quando Arturo Flo-

res tinha 15 anos,

uma batida da polí-

cia de imigração

num viveiro de flores japonês

virou sua vida de cabeça para

b a i xo.

Os proprietários precisa-

vam de operários para substi-

tuir os levados pelos policiais e

ele foi incumbido de cortar flo-

res. Paulatinamente, foi su-

bindo de funções, para emba-

lagem e entrega. Em meados

da década de 1980, recebeu

um telefonema de dois em-

presários interessados em

abrir um negócio no ramo, que

o convidaram a administrar as

entregas e distribuição. Hoje

em dia, Flores, de 50 anos, pre-

s ide a Centra l Ca l i forn ia

Flower Growers, em Watson-

ville, distribuidora no condado

de Santa Cruz que vende mais

de cem variedades de flores e

outras plantas.

O setor agrícola dos Estados

Unidos ainda é dominado pe-

los brancos, mas Flores faz

parte de um número crescen-

te de latinos que são donos e

operam granjas pelo país. Em-

bora o número total de fazen-

das nos EUA tenha caído 4%

entre 2007 e 2012, durante o

mesmo período o número de

estabelecimentos tocados

por hispânicos aumentou

21%, de 55.570 para 67 mil,

segundo dados divulgados

em maio pelo censo agrícola

americano. Os números sinali-

zam um padrão pequeno e

consistente de crescimento

no agronegócio entre os lati-

nos, muitos dos quais passa-

ram do trabalho nas planta-

ções às cadeiras nos escritó-

rios centrais.

Muitos, como Flores, emi-

graram do México nas déca-

das de 1970 e 1980 e subiram

na hierarquia, começando na

colheita e terminando na ad-

ministração do negócio. Eles

têm histórias norte-america-

nas clássicas de vitória graças

ao próprio suor, determinação

e um pouquinho de sorte. Al-

guns são donos da terra que

cultivam enquanto outros ar-

rendam. Muitos empregam

mexicanos cujo idioma e tare-

fas entendem intimamente.

SONHO AMERICANOSalvador Vasquez, de 56

anos, dono da Vas Vision Berry

Farms em Watsonville, cuja

especialidade são os moran-

gos, veio do México para os Es-

tados Unidos aos 11 anos de

idade. Ele atribui sua ascen-

são de coletor de frutas a su-

pervisor à capacidade de se

comunicar em inglês e espa-

nhol com os trabalhadores e

supervisores nas fazendas em

Wa t s o n v i l l e .

Entretanto, não foi uma su-

bida fácil. Em 1989, Vasquez

era supervisor durante o dia e

trabalhava nas plantações à

noite. "Se eu dormisse nove

horas em cinco dias era mui-

to", recorda.

Na década de 1990, super-

visionou mais de 2.500 funcio-

nários da fazenda e, em 2000,

era um dos proprietários do

negócio. "É preciso trabalhar

duro pelo sonho norte-ameri-

cano, mas é possível chegar

lá", afirma.

Sergio Silva, 53 anos, é dire-

tor-presidente da Rancho Es-

pinoza em Salinas, empresa

que cultiva e distribui bulbos

de copos-de-leite usando o

nome Coastal Callas. Silva, cu-

jos pais obtiveram vistos per-

manentes depois de serem

trabalhadores hóspedes no

setor agrícola californiano,

chegou à Califórnia com 13

anos de idade. Depois de penar

para aprender inglês, largou o

colegial e foi trabalhar no Vale

Salinas, "fazendo qualquer tipo

de trabalho na lavoura em que

se possa pensar".

Aos 22 anos, conseguiu em-

prego num viveiro de sementes

de frutas e verduras, cujos pro-

prietários eram dois investido-

res e foi subindo de postos –pri -

meiro semeando, depois ope-

rando máquinas e, por fim,

atuando como supervisor. Em

1994, Silva investiu US$ 15 mil

de sua poupança para comprar

ações da empresa e terminou

virando seu presidente.

Hoje, ele e o sócio, Adrian

Espinoza, de 36 anos, mexica-

no-americano de primeira ge-

ração, portador de um diplo-

ma em ciências agrícolas da

faculdade de Fresno, investi-

ram US$ 1,4 milhão de dinhei-

ro do próprio bolso na produto-

ra de flores.

A maioria dos negócios agrí-

colas de propriedade de hispâ-

nicos é familiar, como a de Vas-

quez; ele emprega as filhas pa-

ra ajudá-lo a tocar a empresa.

José R. Fernandez, presidente

da Fernandez Brothers, produ-

tor de morangos em Salinas,

espera que o filho de 19 anos

entre na companhia.

Alguns dos hispânicos jo-

vens da segunda ou terceira

geração que estão entrando

agora no setor chegam com

diplomas avançados em agri-

cultura ou administração.

"Os trabalhadores rurais de

primeira geração subiram tra-

balhando em termos de res-

ponsabilidade e agora nós ve-

mos muitos de seus filhos tendo

a oportunidade de cursar o en-

sino superior", diz Charles

Boyer, diretor da Faculdade Jor-

dan de Ciências Agrícolas e Tec-

nologia, da Universidade Esta-

dual da Califórnia, campus de

Fresno. "Essas pessoas perce-

bem que a agricultura oferece

uma ampla gama de oportuni-

dades, passando pelo aspecto

comercial, de controle de quali-

dade e científico".

BUSCA DE MÃO DE OBRACom mais hispânicos che-

fiando fazendas, muitos deles

na região afirmam que a políti-

ca imigratória norte-america-

na vem tornando cada vez

mais difícil encontrar traba-

lhadores. Vazquez, o planta-

dor de morangos, afirmou que

cinco hectares de sua proprie-

dade não foram cultivados no

ano passado devido à falta de

mão de obra. "É uma perda in-

crível", lamenta.

Já Silva, o produtor de co-

pos-de-leite em Salinas, apoia

os programas de trabalhado-

res hóspedes que permite que

operários sazonais entrem le-

galmente no país.

Talvez por causa de seu pas-

sado, muitos dos agricultores

se orgulham de tratar bem os

trabalhadores. Flores, o distri-

buidor de flores em Watsonvil-

le, conta que está procurando

planos de aposentadoria para

seus funcionários. Ele man-

tém uma cantina bem cuidada

que conta com um altar com

imagens católicas, tais como a

Virgem Maria, cafeteiras e

uma grelha ainda com man-

chas de gordura da carne que

foi assada naquele dia.

Boa parte do crescimento

nas fazendas geridas por hispâ-

nicos espalhadas pelo país se

concentrou em propriedades

pequenas e médias. Agriculto-

res de menor escala esperam

que a popularidade aumentada

das frutas e verduras orgânicas

ajude a elevar a receita.

Francisco Serrano, de 52

anos, costumava administrar

81 hectares de produção ex-

tensiva antes de reduzir para

uma granja orgânica muito

menor em Watsonville onde

cultiva produtos como couve e

beterraba. Cansado da carga

horária exaustiva na agricul-

tura industrial, Serrano arren-

da perto de cinco hectares de

uma organização local sem

fins lucrativos chamada Agri-

culture and Land-Based Trai-

Fotos: Jim Wilson/The New York Times

ning Association, que ensina

principalmente estudantes la-

tinos a se tornarem produto-

res de alimentos orgânicos.

A exemplo de muitos produ-

tores rurais, Serrano arrenda a

terra porque é mais barato.

Segundo ele, a recessão difi-

cultou os planos de fazendei-

ros hispânicos que conhecia,

sendo que alguns dos que ten-

taram comprar terra perde-

ram as casas e as terras. Em

contrapartida, agricultores

como Sergio Silva esperam

que o investimento em terras

dê grandes resultados.

Há pouco tempo Silva ga-

rantiu uma linha de crédito pa-

ra comprar quatro hectares e

estufas no valor de US$ 1,3 mi-

lhão. Recentemente, um bu-

quê de copos-de-leite com

tons roxos e rosas podia ser

visto em sua mesa.

"Rezo muito para que dê

certo", assegura.

Flores (esq.): hoje, preside uma distribuidora que vende mais de cem variedades de flores e plantas; no início, aos 15 anos, era apenas um cortador de flores.

Vasquez: subida difícil, dormindo nove horas a cada cinco dias.

Silva (esq.): começou semeador; depois, foi operador de máquinas e, por fim, supervisor. Até virar dono.