Diário do Comércio - 04/09/2014
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Transcript of Diário do Comércio - 04/09/2014
Página 4
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24200
São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 2014Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.200R$ 1,40
A Rua Anchieta (esq.),entre o Pátio do Colégioe a 15 de Novembro,está tomada porbarracas, colchões efogões de moradores derua. O cenário incluiusuários de drogas.Pág. 8 e dcomercio.com.br
Nova aldeiado crackna RuaAnchieta
NOVO E M PAT E PA R AMARINA Empate não é mais a luta contra a
extinção do verde em que MarinaSilva foi treinada. Empatada coma presidente Dilma na margem deerro do Ibope, e atrás 1 ponto noDatafolha, empate agora significaataque cerrado para desconstruí-la, tanto pelo 1º lugar ameaçadoquanto pelo 3º que quer passar a2º. Foi Aécio Neves quem a tratoucomo "nova aventura", incerta.Para o PT, ela é de dar medo. Pág. 5
Era uma vez na floresta...Mãos dadas, seringueiros rodeiam árvorescondenadas à extração e desafiam quem as querexecutar. É o empate. Pacifismo e belicismojuntos. Desenho de Susan Turcot, 27ª Bienal de SP.
IBOPE
DATA F O L H A
Dilma recuperou 3pontos em uma semanae chegou a 37%. Marinacresceu 4 e foi a 33%. No
2º turno, a socialistavenceria a petista por
46% a 39%.
A presidente tem 35%contra 34% de Marina. Napesquisa anterior, ambas
tinham 34%. 2º turno:48% para a socialista e
41% para a rival – a nte s,era 50% a 40%.
Chuvas de ontem em SP provocaram estragos, mas fizeram com que o nível do Cantareira deixasse de cair. Pág. 8
André Lucas de Almeida/Estadão Conteúdo
Nuvens da esperança
Zé C
arlo
s Bar
retta
/Hyp
e
Acordamoshoje comImpostômetrogirando aR$ 1,1 trilhãoA marca foi atingida às 3h30, 20 dias antes do queem 2013. Rogério Amato, presidente da ACSP,diz não haver espaço para tanta carga tributária edefende mudanças no sistema fiscal. Pág. 13
NOSSA POSIÇÃOCarta de Direitos dos Contribuintes, editada nosEUA, assegura informações para uma relaçãomais equilibrada entre o contribuinte e o Fisco.Brasil deveria seguir o exemplo. Pág. 2
Selic pré-eleitoralmantida a 11%
Na última ação de política monetária antes doprimeiro turno, BC não surpreende e mantém a
taxa básica de juros em 11% ao ano. P á g. 13
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
KISSINGER E ANO V A O R DE MMUNDIAL
O sistema econômico tornou-se global, mas a estrutura política do mundo é baseada nos Estados nacionais.Roberto Fendt
AIRS (Internal Reve-
nue Service), dos Es-
tados Unidos, divul-
gou recentemente
uma publicação chamada Ta x -payer Bill of Rights, que pode-
mos traduzir como Carta de Di-reitos dos Contribuintes, edita-
da em várias línguas. Seu ob-
jetivo é "aumentar o número
de americanos que conhecem
e entendem seus direitos em
suas relações com o fisco".
Sintetizados em 10 tópicos,
os direitos apresentados asse-
guram condições para que as
relações dos contribuintes
com o fisco possam ser mais
equilibradas do que aquelas
observadas no Brasil.
Pode-se resumir esse decá-
logo como o direito de estar in-
formado; o de receber um ser-
viço de qualidade – ser bem
atendido; o de pagar apenas o
devido; o de questionar a Re-
ceita e ser ouvido; o de ques-
tionar a Receita num fórum
autônomo; o de ter uma res-
posta; o de privacidade; o de
confidencialidade; o de se fa-
zer representar por terceiro e
o direito de ter um sistema tri-
o que se constitui numa inova-
ção no tratamento daqueles
que, com os impostos que pa-
gam, sustentam o Estado em
seus três níveis e esferas de
governo –e que, até o momen-
to da edição da Lei 939/2003,
somente tinham obrigações.
Infelizmente, no tocante ao
governo federal, essa situa-
ção persiste e o desrespeito ao
contribuinte não somente per-
– a não ser recorrendo à Justi-
ça, o que é demorado e muito
o n e ro s o.
Essas ações impedem os
agentes econômicos de se
preparar para enfrentar os no-
vos encargos, desrespeitando
uma das normas básicas que
deve nortear o sistema tribu-
tário: a da previsibilidade das
obrigações. Afetam também a
estabilidade das regras, uma
condição necessária à segu-
rança dos investimentos e ao
perfeito conhecimento da le-
gislação tributária, que tem si-
do desrespeitada por mudan-
ças que se tornaram rotinei-
ras, sempre visando ao au-
mento da receita fiscal ou a
impor mais controles aos con-
tribuintes.
Essa situação se agrava
na medida em que a le-
gislação apresenta a
tendência de criminalizar os
contribuintes, impondo-lhes
riscos de natureza penal, além
de multas abusivas e muitas
vezes arbitrárias, incompatí-
veis com a natureza das rela-
ções entre fisco e contribuin-
Os direitos dos contribuintesNOSSA POSIÇÃO
ROBERTO FENDT
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
Aos 91 anos, Henry
Kissinger estará
lançando no próximo
dia 9, nos Estados Unidos,
seu mais recente livro,
A ordem mundial. A ele o
leitor pode ter acesso prévio
por meio de um artigo que
Kissinger publicou no Wa l lStreet Journal no último dia
29, sob o título "A montagem
de uma nova ordem
mundial" ("The Assembly
of a New World Order"). Para
quem não quiser beber
da fonte, faço a seguir uma
breve síntese.
Para Kissinger, o conceito
de ordem que serviu de
base para a era moderna
está em crise, o que é
atestado pelas guerras civis
na Líbia, na Síria , no Iraque e
no Afeganistão. Por outro
lado, ressurgem as tensões
entre a Rússia e o Ocidente,
e o relacionamento, que
oscila entre a cooperação
e a recriminação na
convivência dos Estados
Unidos com a China.
Trata-se de uma situação
nova. Nas décadas que
se seguiram à Segunda
Guerra Mundial, coube aos
Estados Unidos a liderança
em um mundo que renascia
das ruínas do conflito.
Essa liderança tinha certas
peculiaridades, decorrentes
da história dos norte-
americanos. A liberdade e a
democracia formaram
os seus alicerces. A elas
os norte-americanos
atribuíram a força e a
vitalidade de sua nação e
a base ética de seu
relacionamento com o
restante do mundo,
com vistas a uma paz justa
e duradoura.
Oenfoque tradicional
europeu diferia: nele,
povos e nações eram em
essência competitivos; a
forma de evitar choques
entre elas buscavam um
equilíbrio de poder entre
as principais nações e
chefes de Estado e governo
e s c l a re c i d o s .
Já a visão americana
considerava os povos, em
essência, razoáveis e
inclinados em favor da paz e
do bom senso; a expansão
da democracia, portanto,
seria o principal objetivo de
uma ordem internacional.
Em paralelo, mercados livres
elevariam os povos acima
da pobreza, enriqueceriam
as sociedades e trocariam
as tradicionais rivalidades
pela interdependência
econômica.
Essa visão produziu uma
nova ordem mundial,
com um grande número
de Estados independentes;
e a democracia e o governo
participativo tornaram-se
uma aspiração
compartilhada e uma
realidade universal. O
resultado foi uma ordem
que combinava o idealismo
americano e os conceitos
europeus tradicionais
de soberania e equilíbrio
de poder. Mas uma parcela
expressiva dos países jamais
compartilhou desses
valores e apenas se resignou
a aceitá-los, por inevitáveis.
Os conflitos recentes
mostram que a ordem
estabelecida pelo Ocidente
está se esgarçando.
Diversas razões explicam
o que ocorre. Primeiro,
o Estado, unidade básica
formal da vida internacional,
transformou-se. A Europa
optou por transcender o
Estado e por uma política
externa baseada em
princípios de "soft power",
duvidosos na manutenção
de uma ordem mundial
duradoura. No Oriente
Médio, componentes étnicos
e sectários de nações estão
em conflito uns com os
outros, produzindo Estados
falidos que não controlam
seus próprios territórios.
Ochoque entre
a economia
internacional e as
instituições políticas que
ostensivamente a governam
também enfraqueceu o
objetivo comum necessário
para uma ordem mundial.
O sistema econômico
tornou-se global, enquanto
a estrutura política do
mundo permanece baseada
nos Estados nacionais.
A ordem internacional,
portanto, encontra-se
diante de um paradoxo: a
sua prosperidade depende
do sucesso da globalização,
mas o processo produz
uma reação política que
muitas vezes trabalha
contra as suas aspirações.
Kissinger aponta
também que falta à
atual ordem internacional
um mecanismo eficiente de
consulta entre as grandes
potências para a cooperação
na solução dos principais
problemas da ordem. Não
sei se concordo. O Conselho
de Segurança é uma forma,
ainda que imperfeita, de foro
para as grandes potências.
Não creio que os problemas
residam na falta de diálogo.
Para o autor, a busca
contemporânea por uma
ordem mundial requer uma
estratégia coerente que
inclui um conceito de ordem
dentro das várias regiões e
para relacionar essas ordens
regionais umas com as
outras. Tudo isso, levando-se
em conta a dignidade
individual e uma governança
participativa nos Estados
para que cooperem
internacionalmente e de
acordo com regras
previamente acordadas.
Não sei se concordo
com tudo o que
Kissinger expôs nessa nova
obra, embora me deleite
com a pureza do estilo
e a amplitude da análise.
Diversas tentativas
de instituição de ordem
internacional baseadas
fundamentalmente em
princípios – como os 14
pontos do presidente
Woodrow Wilson – não
vingaram. Por outro lado,
não é fácil conceber uma
ordem contemporânea
baseada exclusivamente
no equilíbrio de poder
entre as grandes potências.
Encontrar um meio termo
será, daqui para a frente,
o grande desafio.
RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA
butário justo e adequado. A
IRS criou uma seção especial
em seu site para implementar
esses 10 direitos e se propõe a
atualizar informações que se
tornem disponíveis.
Há muitos anos tramitam no
Congresso Nacional diversos
projetos de lei que criam o Có-
digo de Defesa do Contribuin-
te, apresentado por muitos co-
mo um complemento do Códi-
go de Defesa do Consumidor.
Esse se refere à relação dos ci-
dadãos com as empresas, en-
quanto o Código do Contri-
buinte trataria dos direitos
frente ao fisco.
Em muitas unidades da
Federação os contri-
buintes já adquiriram
seu direito de cidadania pe-
rante o Estado. No caso de São
Pa u l o , a Le i E s t a d u a l n .
939/2003 instituiu o Código
de Direitos, Garantias e Obri-
gações do Contribuinte, a par-
tir de abril de 2003. Esse Códi-
go objetiva promover o bom
relacionamento entre fisco e
contribuinte a partir do reco-
nhecimento de seus direitos,
te. A própria designação de
"crime contra a ordem tributá-
ria" encerra uma visão negati-
va contra o contribuinte em
um país em que a legislação
tributária é altamente com-
plexa, sujeita a interpretações
divergentes, mesmo entre es-
pecialistas, bem como objeto
de constantes mudanças.
Sabemos que ainda existe
um longo caminho a ser per-
corrido para que o contribuin-
te brasileiro seja tratado com o
respeito que merece, apesar
do grande avanço ocorrido em
alguns estados – como é o ca-
so de São Paulo, cujo Código
poderia servir de modelo para
que os empresários e os cida-
dãos sejam encarados pelo
fisco, em todas as áreas, como
cliente, que tem obrigações
mas também, direitos.
Para que isso possa se tor-
nar efetivo, no entanto, é pre-
ciso simplificar o sistema tri-
butário e a burocracia. Por is-
so, continuamos trabalhando
para a redução das exigências
burocráticas, mesmo antes
das mudanças necessárias na
t r i b u t a ç ã o.
Ainda existe um longo
caminho a ser percorrido
para que o contribuinte
brasileiro seja tratado com
o respeito que merece.
manece como vem se am-
pliando, pois o Executivo se
vale de Medidas Provisórias
para alterar a tributação, en-
quanto a Receita baixa nor-
mas interpretativas que au-
mentam impostos, cr iam
maiores exigências burocráti-
cas e restringem o direito de
defesa dos contribuintes, sem
que eles tenham qualquer
possibilidade de se manifestar
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
À margem dacampanha
MU L T I M O D A L I D A DE : AINDA HÁ FUT URO?Divulgação
INTENSA URBANIZAÇÃO DO PAÍS GEROU PROBLEMAS DE MOBILIDADE E DE INFRAESTRUTURA.
Impressionaa desatençãopara com ajuventude.
A tragédia dasdrogas não é
suficientementediscutida
e muito menoscuidada.
SAMIR KEEDI
EVERARDO MACIEL
Acampanha eleitoral
deste ano já nos per-
mite extrair algumas
ilações: o modelo de
propaganda eleitoral, que tor-
na caras as campanhas e faz a
fortuna dos marqueteiros, pa-
rece esgotado, pois a popula-
ção já não mais atura clichês,
truísmos, excentricidades, ri-
mas pobres e discursos vazio.
A democracia não pode con-
viver com uma miríade de par-
tidos políticos (32), constituí-
dos quase sempre com o obje-
tivo de angariar recursos do
Fundo Partidário e negociar
tempo para a propaganda
eleitoral, e registrados no pou-
co plausível pressuposto que
receberam o denominado
apoiamento mínimo (hoje,
491.656 eleitores, com regis-
tro em, pelo menos, nove uni-
dades federativas, contando
em cada uma delas com o
apoio correspondente a, no
mínimo, 0,5% dos votos váli-
dos na última eleição para a
Câmara dos Deputados).
Aqualidade da maioria
dos candidatos é deplo-
rável, ademais dos ape-
lidos ridículos e da imprópria
referência à atividade profis-
sional ou à confissão religiosa
do candidato.
As preferências nos pleitos
majoritários estão sendo for-
madas a partir de matérias, in-
clusive debates, veiculadas
pela mídia, discussões nas re-
des sociais e uma espécie de
sentimento difuso que per-
passa a sociedade, correspon-
dendo a uma insatisfação ge-
neralizada, ainda que não tão
recente, com a política, os ser-
viços públicos e a economia.
Não temos a tradição de
realizar discussões substanti-
vas sobre temas que interes-
sam à sociedade, à exceção de
algumas iniciativas patrocina-
das por grupos organizados. É
certo que seria difícil tratar al-
guns temas durante a campa-
nha eleitoral, em virtude de
sua complexidade ou delicada
sensibilidade, a exemplo das
questões decorrentes do mal
assimilado processo de urba-
nização no Brasil e dos proble-
mas de uma juventude mas-
sacrada por apelos consumis-
tas e hedonistas.
OBrasil, em cinco déca-
das, deixou de ser ma-
joritariamente rural
para converter-se em um país
francamente urbano, com
85% de sua população residin-
do nas cidades. A despeito dis-
so, continuamos a cultuar a
agenda caduca da reforma
agrária, em franco contraste
com o sucesso de um agrone-
gócio altamente tecnológico e
c o m p e t i t i v o.
A intensa urbanização ge-
rou deseconomias de aglome-
ração, traduzidas pela preca-
riedade da mobilidade urbana
e do saneamento, bem como
mal atendidas demandas por
serviços públicos de educa-
ção e saúde.
Essas questões jamais po-
derão ser resolvidas com a
atual estrutura federativa. É
preciso conceber uma nova
forma de repartição dos en-
cargos públicos e articulação
intergovernamental. Para tal,
é necessário investir em mo-
delos de cooperação e cons-
truir paradigmas que possam
ser replicados.
Certamente, esse cami-
nho não passa pela dis-
tribuição de recursos
por meio de emendas parla-
mentares e ministérios das ci-
dades ou equivalentes. Im-
pressiona muito a desatenção
com a juventude. De acordo
com o IBGE, um em cada cinco
jovens, entre 15 e 29 anos,
nem estuda, nem trabalha.
São os "nem-nem", sem pre-
sente e, talvez, sem futuro.
A tragédia das drogas não é
suficientemente discutida e
muito menos cuidada. Qual-
quer pessoa, provida de míni-
ma sensibilidade, fica perple-
xa com as "cracolândias" de
São Paulo. Uns defendem a li-
beralização do consumo da
maconha, no propósito de en-
fraquecer o tráfico, esquecen-
do que existem outras dro-
gas.
Outros postulam, mais ou-
sadamente, a liberalização de
todas as drogas, confiando
que os traficantes ingressarão
em um programa de ressocia-
lização ou na vida monástica.
SXC
Há ainda os que enten-
dem que a formaliza-
ção do mercado de dro-
gas iria gerar receitas tributá-
rias. Esses desconhecem os
fenômenos da sonegação,
contrabando e descaminho,
sem falar de uma improvável e
patética discussão, no Conse-
lho de Política Fazendária, so-
bre a alíquota efetiva e a subs-
tituição tributária aplicáveis
às drogas.
É óbvio que não se deve cri-
minalizar o consumo de dro-
gas. O País carece, entretanto,
de uma política pública de dro-
gas que propicie tratamento
digno ao usuário e prevenção
do uso. Em outro artigo, mais
adiante, tratarei das eleições
e a reforma tributária.
EVERARDO MAC I E L É
C O N S U LTO R T R I BU T Á R I O,EX-SECRETÁRIO DA RE C E I TA
FEDERAL (1995-2002)
Aqui estamos,
cansados e cansando
novamente, para falar
da multimodalidade. Nem
lembramos mais quantas
vezes escrevemos sobre
essa forma especial de
operação logística e entrega
de mercadoria, desde a
aprovação da Lei 9.611, em
1998. Estamos aborrecidos
com o que vem ocorrendo e
pela falta do funcionamento
da multimodalidade e do
OTM - Operador de
Transporte Multimodal.
Mas insistimos uma
vez mais no assunto, já que
alguém tem de cuidar
disso e do País, sempre com
a esperança de que a
operação decole. Parece que
só nós insistimos nisso, pois
quase não se fala mais no
assunto. Não podemos
deixá-lo morrer, mas não
temos mais ouvido falar
sequer da ADM - Agência de
Desenvolvimento da
Multimodalidade. Nem
sabemos se ainda existe, o
que é uma pena, pois era
bastante ativa.
Amultimodalidade
parece ser ovelha negra
no País, e detestada desde o
começo. Se a memória não
nos trai, levou uns 10 anos
no Congresso para sua
aprovação, em 19 de
fevereiro de 1998. Não
bastasse a demora, levou
mais 26 meses para ser
regulamentada, o que
ocorreu pelo decreto 3411
de 12/04/2000.Não fosse
assim, não seria o Brasil.
Não entendemos como
pode um país caminhar
dessa forma, onde nada –
mas nada mesmo – funciona
como deveria, ainda que
alguma coisa bata na trave
de quando em vez.
O Brasil deve ser o único
país do mundo, e cada vez
se torna mais válido, em
que se diz abertamente que
"tem lei que funciona, tem
lei que não funciona". Como
assim brejeiro? Lei
é lei, tem de funcionar de
qualquer maneira.
Mesmo depois de tudo
isso, a multimodalidade
que não funcionou e nem se
podia obter a autorização
de funcionamento. Tudo
ficou dependente da
regulamentação do seguro
do OTM, exigência que, por
alguma razão inexplicável,
estava no texto da lei, no
eterno paternalismo do País.
Como todos se lembram
também, o seguro somente
foi regulamentado no
final de 2000, sendo
revogado em setembro
de 2002, e novamente
regulamentado em
dezembro do mesmo ano.
É claro que, como costuma
acontecer, para não ter
valor algum, já que
nenhuma seguradora
oferecia o seguro ao OTM.
Ficou tudo na mesma até a
solução final, com o decreto
5276 de 19/11/2004
alterando os artigos 2 e 3 do
decreto 3411 e eliminando,
finalmente, a necessidade
do OTM ter seguro para
poder solicitar a autorização
de funcionamento à ANTT -
Agência Nacional de
Transporte Terrestres.
Em 23 de novembro de
2004,pela resolução
794, a ANTT regulamentou o
OTM. Com isso, finalmente,
os primeiros certificados
começaram a ser expedidos,
no início de 2005. Com
as empresas se registrando
como OTM, nos
perguntamos se aí as coisas
funcionariam de fato.
Vamos lembrar ainda,
apenas por mera chatice,
do decreto 1563/95 que
instituiu a multimodalidade
para o Mercosul, e que
nunca funcionou. Também
n o rm a l í s s i m o. . .
Mesmo com todos esses
tropeços e a demora na
criação das condições para
seu funcionamento, a
multimodalidade continua
parecendo uma peça de
Shakespeare, isto é,
"sonhos de uma noite de
verão. No caso brasileiro,
está mais para sonhos
de uma noite de inverno.
Vivemos nos perguntando
qual a razão deste
país passar a vida inteira
reinventando a roda. Ela já
existe, deveria apenas ser
usada. Inventamos todos os
tipos de coisas e desculpas
para não funcionarmos.
Como pode um país com
as melhores condições
físicas do planeta, e isso não
há como discutir, podendo
ser o melhor país que existe,
não fazer o que deve ser
feito? Nem sequer tentar se
desenvolver e atingir um
mínimo de excelência?
Para um país em que as
pequenas empresas
representam apenas 2% da
exportação nacional, isso é
injustificável. Nos Estados
Unidos e Itália, como sempre
se soube, elas representam
cerca de 40%. Em Taiwan,
afirma-se que o índice
atinge os 90%. Para um
país como o nosso, que tem
entre 6 e 10 milhões de
empresas, dependendo
da fonte, é inconcebível
que elas representem
apenas cerca de 5 bilhões
de dólares de exportação.
Se elas representassem
40%, pode-se imaginar
quantas empresas
exportariam e quantos
empregos mais seriam
gerados na área. Uma área
que forma milhares de
alunos ao ano, mas que
terminam a universidade
sem muitas chances de
emprego. E, para
agravar a situação, com
apenas cerca de 18.000
empresas exportando, e
com menos de mil delas
representando 92% das
exportações nacionais.
A multimodalidade
poderia ajudar milhares de
empresas a exportar, já que
isso é muito caro no Brasil.
Não haveria necessidade de
montar uma estrutura, nem
ter de negociar sozinha com
transportadores e todos os
demais intervenientes no
comércio exterior. Essa
tarefa poderia ser deixada
para o OTM, preocupando-se
apenas com seu "core
business", ou seja,
apenas cuidando das coisas
internas e vendas.
Infelizmente, repetimos,
se não fosse assim não
seria o Brasil. Até quando
suportaremos toda essa
incompetência dos nossos
governos, em todas as
suas instâncias, e cuja única
missão parece ser manter
o país subdesenvolvido,
sem educação, sem
desenvolvimento, apenas
para poder controlar
e vencer as eleições?
SAMIR KEEDI É P RO F E S S O R DE
G R A D UA Ç Ã O E PÓS-G R A D UA Ç Ã O,AU TO R DE VÁRIOS L I V RO S EM
COMÉRCIO EXTERIOR, ENTRE OS
QUA I S "LOGÍSTICA DE T R A N S P O RT E
I N T E R N AC I O N A L " E "TR A N S P O RT E S ,UNITIZAÇÃO E S E G U RO S
I N T E R N AC I O N A I S DE CARGA".SAMIR@M U LT I E D I TO R A S .COM.BR
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
[email protected] 33333 33333
kkkkk
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: a maquiadora RosePaz, que cuidou da presiden-te em 2010, acha que "a daesquerda é de uma pessoae a da direita, é de outra".
MISTURA FINA
Fotos: Paula Lima / Divulgação
Itamarde saias
A únicabrasileira
333 Em meio as 101 figurasconhecidas do showbiz internaci-onal, incluindo o mundo da moda,que tiveram fotos Íntimas vazadasna internet, está apenas uma
brasileira. É a modelo Lisalla Montenegro, 24 anos, nascida emGoiás e que já participou dos catálogos da Victoria’s Secret e decampanha da Maybelline. Ela mora nos Estados Unidos, é casadacom o jogador de beisebol C. J. Wilson, já desfilou para Hermés,Gucci e outras marcas e não está muito preocupada com ovazamento de suas fotos. Em sua profissão, vira e mexe, tira a roupa.
Ministeriáveis333 Malgrado “até se considere honrado” em terseu nome lembrado para o Ministério da Fazendanum suposto governo de Marina Silva, EduardoGianetti avisa que assumir um ministério nãofaz parte de seu perfil. Já André Lara Rezende,que hoje tem uma companhia de investimentos,poderia ser uma alternativa. Com outros economis-
tas, ele ajudou a elaborar o Plano Real e no governo de José Sarney,também participou do Plano Cruzado, que naufragou. Foi sócio doBanco Matriz, trabalhou no Garantia e no antigo Unibanco, foi diretordo BC e presidente do BNDES. É outro conselheiro de Marina Silva.
Mulherdo Ano
Se as sobrancelhas demarina Silva estão sendoelogiadas, as de DilmaRousseff andam sendomais do que criticadas.
333 Marina Silva acaba de sercomparada a Jânio Quadros eFernando Collor, que não tinhamboas relações com o Congressoe que acabaram deixando o
Planalto por renuncia. O primeiro sonhava com um golpe deEstado e voltar “nos braços do povo”; o segundo, para sair antesda aprovação do impeachment pelo Congresso. A candidatado PSB, se eleita, também pretende governar sem maioria decongressistas. Roberto Freire, presidente nacional do PPS, aliadode Marina e que foi líder de Itamar Franco na Câmara, acha queela poderá seguir o estilo do ex-presidente, negociando caso acaso. Se perder, levará a decisão para o julgamento da socie-dade. Nos tempos de Itamar, só seis ministérios tinham repre-sentantes de partidos; os demais, eram de sua cota pessoal.
Outrovídeo333333333333333 Circula na internet vídeo de 2010 onde o teólogo Leonar-do Boff apoia Marina Silva para a Presidência e diz que “ela éa única pessoa à altura da humanidade”. Quatro anos depois,Boff apoia a reeleição de Dilma e garante que “Marina é oatraso do atraso” e que a autonomia do BC só servirá paraentregar a instituição “ao sistema financeiro e especulativo”.
“Levy, gostei de sua participação. Vou te contratar para ser animadorde auditório do meu programa.”
333 Colin Firth, Tony Blair,Lewis Hamilton, John Bishop,Liam Neeson e ChristopherBailey, entre outros, receberamseus prêmios na festa Men of
the Year Awards, promovida pela GQ britânica, nos salões daRoyal Opera House, esta semana e Kim Kardashian foi eleitapela revista Woman of the Year. Na festa, onde usou umtransparente modelo Ralph & Russo, Kim estava acompanhadado marido, o rapper Kanye West. E num ensaio da publica-ção, mostrava porque ganhou título. Detalhe: ela tem 1,60m,54 quilos e suas medidas são 87cm (busto), 66cm (cintura) e101cm (quadris), onde ela garante que jamais colocou silicone.
Estilo Seixas333 Por suas contradições emudanças de opinião emquestão de horas – e atémesmo em seu programa degoverno – a candidata MarinaSilva foi chamada de “metamor-fose ambulante” pelo candidatoAécio Neves, inspirado pelamúsica de Raul Seixas. Emseus tempos de poder, Lula jáhavia assumido, publicamente,esse rótulo. Alegava, na época,que mudanças de pontos devista “fazem parte do processodemocrático”. O PSDB, do seulado, está atento à possibilidadede algum tropeção de MarinaSilva, do tipo que vitimou CiroGomes (perguntado sobre afunção de sua mulher, PatríciaPilar, ele disse que “é dormircomigo”) e Celso Russomano,que propôs aumentar o preçodas passagens de ônibuspara trajetos mais longos.
EM ALTA333333333333333 O candidato do PV aoPlanalto, Eduardo Jorge, vaiaumentando, a cada dia quepassa, sua legião de admira-dores nas redes sociais, porconta de sua espontaneidadenos debates. Sua frase “Nãotenho nada a ver com isso”inspira blogs e virou sensaçãona internet. Seu trabalho nolegislativo nunca lhe rendeutanta popularidade como aprovocada pelo humor. Aoschegados, ele confessa que“só agora entendeu o que émeme”. Detalhe: há quemaposte que esse novo tipo deadmiração, acabe se transfor-mando em votos.
Delação em marcha333 O depoimento de PauloRoberto Costa, ex-Petrobras,feito no final da semanapassada e que já faria parte dadelação premiada, está tendosuas informações investigadase checadas pelo MinistérioPúblico e pela Polícia Fede-ral. Uma infinidade de novasgravações telefônicas foiautorizada pela Justiça e umasérie de contas no Exterior jáestá sendo vasculhada.
O OUTRO LADO333333333333333 Ainda as fotos vazadas:nove entre dez psicólogos,mesmo achando que qualquermulher tem o direito de sedeixar fotografar intimamente,guardar em algum comparti-mento do mundo digital e sócompartilhar com quem lheinteressa, ao imaginar queessas fotos possam vazar, sãodominadas pela hipótese deserem vistas por grandesquantidades de estranhosinvasores. Esse surpreendentefascínio faria parte do universofeminino e alimentaria avaidade de cada uma. Oresultado é que muitas estrilame outras tantas nem se incomo-dam, muito pelo contrário.
Novas armas333 O desfile de Sete deSetembro, em Brasília, marcaráa primeira exibição pública donovo equipamento das ForçasArmadas, as viaturas Astro2020, veiculo de última geraçãoutilizado, prioritariamente,para o apoio de fogo de longadistancia e com elevadaprecisão. É capaz de lançar até190 foguetes em 16 segundos auma distancia de 300 km. Até ofim de 2018, o Exercito terá 50deles. O ministro Celso Amorim,acompanhará o desfile de pertoe até está se sentindo um poucoChuck Hagel, seu colega daDefesa do governo Obama.
MÃE DE MISS333333333333333 A mãe do comediantePaulo Gustavo, D. Déa,apareceu, nesses dias, nasgravações do Vai Que Cola,em segunda temporada noMultishow (vai virar filme noano que vem). Ela já foi inspira-ção para a protagonista doespetáculo Minha Mãe é UmaPeça, outro grande sucessodele, que vem escapando deconvites para a televisãoaberta. Nos bastidores, D. Déacontava que “não é dessasmães que acham o filho o maisbonito do mundo”, lembravaque “já deu uns cacetes nele” eque “não é mãe de miss, não”.
RAUL GIL // depois do debate do SBT, ao candidato Levy Fidelix.
333 O PRAZO legal parasubstituição de candidaturasacaba no próximo dia 15. Podeser trocado quem tenha registronegado ou renuncie. Parailustrar: para Lula substituirDilma – e não há essa hipótese– ela teria que renunciar, oque já avisou que jamais faria.
333 QUEM está chegando aoBrasil é o veterano ator francêsJean-Paul Belmondo, 81 anos:vai percorrer as locações do filmeL’Homme de Rio, rodado em1963. As cenas farão parte deum documentário sobre ele,onde aparecerá sendo entre-vistado pelo filho, Paul.
333 DEPOIS de quatro anosde romance e um de casado,chega ao fim o relacionamentoentre a atriz Fiorella Mattheise o ex-judoca Flávio Canto.
333 A ASSOCIAÇÃO Brasilei-ra de Terminais Portuários estáentregando documento com 10propostas aos candidatos àPresidência. E informa que,hoje, no país, uma operaçãode carga depende de até 26órgãos fiscais e nada menosdo que 930 documentos.
333 QUANDO encontrou como apresentador Raul Gil que,brincando, disse que o contratariapara ser “animador de auditório”,o candidato Levy Fidelix, quenunca apareceu tanto numacampanha como a atual, atéesboçou um sorriso. Depois, ficousabendo que as funções de um“animador de auditório” é levantarplacas de Palmas ou incenti-var a platéia a aplaudir algumacoisa que aconteça no palco.
333 O JOGADOR CristianoRonaldo, que namora, há trêsanos, a modelo russa IrinaShayk, considerada pela revistasuma das dez mais sexies doplaneta, deu uma entrevista aocanal português TVI e declarouque “ainda não está preparadopara casar”. Aos 29 anos,considera-se “jovem paraassumir esse compromisso”.
IN OUTh
h
Lenço e gravata: mesmaestampa.
Lenço e gravata: nãocombinados.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
DILMA E MARINA PODEM SE ENCONTRAR NA ONUA presidente Dilma Rousseff deverá ir a Nova York para abertura da69ª Assembleia Geral da ONU. Só que a campanha petista teme que
esse palanque internacional tenha que ser dividido com a rival MarinaSilva (PSB), que também foi convidada, como observadora.
Rivalidade acirrada:Marina e Dilma empatam.
Pesquisas Ibope e Datafolha são divulgadas no mesmo dia e apontam empate técnico entre PSB e PT
As pesquisas de inten-
ção de votos do Data-
folha e Ibope divulga-
das ontem mostra-
ram que a candidata à Presi-
dência da República Marina
Silva (PSB) parou de crescer e
está tecnicamente empata-
da, no 1º turno, com a presi-
dente Dilma Rousseff (PT).
Ambos os levantamentos pos-
suem margem de erro de dois
pontos percentuais com 95%
de índice de confiança.
Na tarde de ontem, as duas
trocaram acusações sobre
uma "política do medo". Mari-
na afirmou que Dilma está
querendo "ressuscitar o me-
do" na campanha eleitoral.
"Infelizmente, quem está que-
rendo ressuscitar o medo é a
presidente Dilma. E a pior for-
ma de se fazer política é pelo
medo", afirmou a ex-ministra.
Já Dilma rebateu: "Não, queri-
da. É a política da verdade."
1º TURNODe acordo com o Datafolha,
se o 1º turno fosse hoje, a pre-
sidente Dilma teria 35% dos
votos contra 34% de Marina, o
que configura empate técni-
co. No levantamento anterior
do Datafolha (28 e 29 de agos-
to), elas estavam numerica-
mente empatadas com 34%
das intenções de voto cada
uma. Naquela ocasião, po-
rém, Marina vinha de um cres-
cimento de 13 pontos percen-
tuais em relação à pesquisa de
14 e 15 de agosto.
Já o tucano, Aécio Neves
vem caindo desde agosto em
ambas as pesquisas. No Data-
folha de ontem, Aécio aparece
com 14%. Há duas semanas
ele tinha 15%. No Ibope, a que-
da é de 19% para 15%.
Dilma subiu de 34% para
37% no Ibope e Marina foi de
29% para 33%.
Pastor Everaldo (PSC) se
mantém com 1% nos dois le-
vantamentos. Os outros can-
didatos juntos somam 4% e
2% no Datafolha e Ibope, res-
pectivamente.
Bancos e nulos, no Datafo-
lha, são 6% e indecisos, 7%. Já
no Ibope, os que pretendem
anular ou votar em branco re-
presentam 7% e indecisos, 5%
–no Ibope do dia 26 de agosto,
os indecisos eram 8% dos en-
t re v i s t a d o s .
2º TURNOTanto no Datafolha quanto
no Ibope Marina Silva vence
Dilma Rousseff, mas a diferen-
ça entre ambas está menor.
De acordo com o Datafolha, na
semana passada, a candidata
do PSB tinha 10 pontos de van-
tagem sobre a petista (50%
contra 40%). A vantagem ago-
ra é de 7 pontos (48% a 41%).
No Ibope, a diferença entre
as candidatas oscilou de 9 pa-
ra 7 pontos da semana passa-
da para cá. Agora, Marina tem
46% das intenções de voto
contra 39% da candidata do
PT. No levantamento anterior,
Marina tinha 45% contra 36%
de Dilma. Brancos e nulos os-
cilaram de 9% para 8% e inde-
cisos caíram de 11% para 6%.
Pela primeira vez, um insti-
tuto de pesquisa testou um ce-
nário sem Dilma. O Datafolha
mostrou que se fossem Marina
e Aécio no 2º turno, a ex-minis-
tra venceria por 56% a 28%.
Com Dilma no páreo, Marina
continua a ganhar por 48% a
41%. Já Dilma ganharia de Aé-
cio por 49% contra 38%.
No Ibope, o cenário se repe-
te. A candidata do PSB apare-
ce com 46% contra 39% da
candidata do PT. Em um cená-
rio de Dilma versus Aécio, o
Ibope mostrou que a atual pre-
sidente ganharia de 47% a
34%, aumentando a vanta-
gem de 6 para 13 pontos em
relação a semana passada.
A pesquisa Datafolha, enco-
mendada pela Rede Globo e
pelo jornal Folha de S. Paulo, foi
realizada entre os dias 1° e 3
de setembro e está registrada
no Tribunal Superior Eleitoral
( T S E ) s o b o n º B R -
00517/2014. A pesquisa Ibo-
pe, feita a pedido do jornal OEstado de S. Pauloe da Rede Glo-bo, fez as entrevistas entre os
dias 31 de agosto e 2 de se-
tembro. Está registrada no
TSE com o nº BR-00514/2014.
(Agências)
Paulo Whitaker/ Reuters
Dia de tucano teve queda nas pesquisas e tumulto em campanha.
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Infelizmente, quemestá querendoressuscitar o medo éa presidente Dilma.E a pior forma de sefazer política é pelomedo.MARINA SI LVA (PSB)
Não, querida. É apolítica da verdade.A hora da verdade équando você temque mostrar o quevocê vai fazer, comovocê vai fazer.DILMA ROUSSEFF (PT )
Aécio oscila entrese conformar e reagir
Diante da subida ver-
tiginosa de Marina e
dos novos números
do Ibope e do Datafolha
apontando mais uma que-
da do PSDB, Aécio Neves
afirmou ontem, em entre-
vista dada à rádio CBN: "Ga-
nhar ou perder a eleição é
normal. Acredito que vou
vencer porque tenho o me-
lhor projeto para o Brasil,
que está pagando o preço
pela inexperiência da atual
presidente e pelas trapa-
lhadas na economia, não
podemos nos contentar
com times de segunda divi-
são quando temos uma ver-
dadeira seleção para colo-
car em campo".
CONTRADIÇÕES E PLÁGIOAécio insiste nas "contra-
dições" da adversária. "A
candidatura de Marina tem
suas virtudes, eu as respeito,
mas traz também um con-
junto de contradições muito
grandes, ela fez toda a sua
trajetória política no PT. O
Brasil não aguenta uma in-
certeza no seu horizonte,
uma nova aventura".
O tucano também atacou
Marina dizendo que o pro-
grama de governo do PSB
plagiou o Programa Nacio-
nal de Direitos Humanos
(PNDH) do governo de Fer-
nando Henrique Cardoso.
"É uma cóp ia exata do
PNDH de 2002. Ela poderia
ter pelo menos dado crédito
aos autores verdadeiros da
proposta e a FHC."
Em outro compromisso
de campanha, o tucano ten-
tou andar pelas ruas de
Santos com o governador
paulista Geraldo Alckmin e
o seu vice, Aloysio Nunes.
Mas logo no início da cami-
nhada foi impedido pela
equipe dos programa Pâni-
co e CQC, da Rede Bandei-
rantes. O empurra-empur-
ra chegou até a machucar
uma senhora.
RESPOSTA DE MARINAEm encontro com profis-
sionais da área médica na
Faculdade de Medicina da
USP, Marina rebateu, on-
tem, a acusação de plágio:
"Com certeza, sempre exis-
tirão propostas que serão
comuns a todos os gover-
nos porque agora nós não
vamos privatizar ideias".
Para Marina, os candidatos
não podem exigir exclusivi-
dade de determinados te-
mas. "Imagina se alguém
disser: o Sistema Único de
Saúde não pode estar no
seu programa porque isso
foi uma conquista do gover-
no de fulano". (Agências)
Nelson Antoine/ EC Alexandre de Jesus/EC
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Rua Bela Cintra, 299 - 1º andar - Consolação
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MalufcomparaMarinaa Hitler
E ainda se orgulha de ser chamado de o "Sr. Propina"
Ao som do sucesso dos
anos 80 da rainha
dos baixinhos Xuxa,
o deputado federal
Paulo Maluf (PP-SP) comemo-
rou o seu 83º aniversário on-
tem numa carreata pela ruas
da zona Leste de São Paulo e
ignorou os problemas que cer-
cam sua candidatura.
Nem mesmo a decisão do
Tribunal Regional Eleitoral de
São Paulo (TRE-SP) que o con-
siderou inelegível e a alcunha
de "Senhor Corrupção", dada
a ele pela ONG Transparência
Internacional, na terça-feira,
na Suíça, tiraram o humor do
ex-prefeito de SP que reafir-
mou apoio a presidente Dilma
Rousseff (PT) e comparou a ex-
senadora Marina Silva (PSB)
ao ditador Adolf Hitler.
Maluf afirmou que não há
chances de ele abandonar a
candidatura de Dilma. Cha-
mou a ex-senadora Marina Sil-
va (PSB) de inábil e afirmou
que seus acenos políticos são
comparáveis aos do ex-dita-
dor nazista:
"Estamos com Dilma e acho
que Dilma é a candidata mais
preparada para ser a presiden-
te. Sem nenhum desrespeito a
dona Marina, mas não vejo nela
as condições administrativas
ou políticas. Você eleger uma
presidente com 20 deputados
federais em 513 e que não vai
conversar com o Congresso?
Olha, nunca vi isso aqui nem no
tempo do Médice e do Geisel. A
democracia pressupõe três po-
deres. Você dizer que vai go-
vernar sozinho? Quem sabe Hi-
tler poderia dizer isso, Mussoli-
ni, Stalin. Aqui, com a mídia li-
vre que nós defendemos, não
pode acontecer. Na minha vi-
são, quem tem condições polí-
ticas e administrativas para
dar estabilidade ao Brasil é a
presidente Dilma".
Oficialmente, desde segun-
da-feira, com o registro da
candidatura indeferido pelo
TRE-SP, Maluf não se mostrou
preocupado com a possibili-
dade de ficar de fora de sua
12ª eleição: "Decisão da justi-
ça a gente cumpre. O que eu
posso dizer é que assim que
publicar o acórdão nós vamos
recorrer. Não tenho nenhuma
dúvida que nós vamos conti-
nuar candidato (sic)."
Maluf ironizou ser uma das
"estrelas" da nova campanha
mundial contra a corrupção da
Transparência Internacional.
Ele é chamado pela ONG inter-
nacional de "Mr. Kickback" –
"Senhor Propina". A campa-
nha diz que são poucas as pes-
soas que têm em sua homena-
gem um verbo próprio, uma
alusão ao "malufar, ou roubar
dinheiro público" e o acusa de
receber US$ 344 milhões em
propina durante os quatro
anos em que foi prefeito de
São Paulo, na década de 90.
"De uma certa maneira eu
fico até envaidecido de estar
incomodando uma ONG na
Europa. Eu não me incomodo
com isso. Me incomodo que o
Brasil tem que crescer mais.
Fico feliz que o meu trabalho
dá inclusive coceira em pes-
soas que moram na Europa."
SEM REMEDINHOMaluf afirmou que "não pre-
cisa de remedinho" para ten-
tar mais um mandato, em re-
ferência clara ao aliado do mo-
mento Paulo Skaf, candidato
ao governo do Estado pelo
PMDB, que declarou ser ne-
cessário ter tesão para gover-
nar o Estado: "Eu, quando go-
vernei, todo mundo sabe: a
Rota estava na rua, construí
escolas e hospitais. Não vou
comentar, mas não preciso de
muitos instrumentos que os
jovens usam hoje. Eu, aos 83
anos, não preciso não".
Maluf chegou pontualmen-
te às 10h em Itaquera, zona
Leste, e foi logo cercado de 30
"malufetes" carregando ban-
deiras da campanha. A carrea-
ta percorreu cerca de 50 ruas
entre os bairros de Itaquera e
Tatuapé. Maluf acenou a popu-
lares que retribuíam com elo-
gios e com críticas. Como sem-
pre, alguém lhe pediu que co-
locasse a Rota na rua. ( AG )
Marcos Alves / Agência O Globo
Bem-humorado, Paulo Maluf desfila em carreata pelas rua da zona leste em pleno dia de aniversário, o 83º.
A democraciapressupõe trêspoderes. Vaigovernarsozinho?Quem sabeHitler poderiadizer isso,Mussolini,Stalin. Quemtem condiçõespolíticas éa Dilma.PAU LO M A LU F
De uma certamaneiraeu fico atéenvaidecidode estarincomodandouma ONG naEuropa. Ficofeliz que o meutrabalho dáinclusivecoceira empessoas quemoram naEuropa.
Collor não comenta menção negativa do PT
NA WEB
As respostas que Dilmanão deu ao Jornal da Globo
Presidente recusou entrevista. Mas, pelo que tem dito, dá para imaginar...
Apresidente Dilma Rous-
seff recusou convite pa-
ra participar de entre-
vista no Jornal da Globo. Ela vi-
ria logo depois de Marina Silva
(PSB), já ouvida na segunda-
feira e antes de Aécio Neves
(PSDB), que foi ao ar ontem.
Depois da recusa, os apre-
sentadores William Waack e
Christiane Pelajo leram algu-
mas das perguntas que fariam
a ela. E o blog de Josias de Sou-
za recolheu declarações da
presidente de uns tempos pa-
ra cá e montou as prováveis
respostas. Confira:
G l o bo : Os últimos índices
oficiais de crescimento indi-
cam que o País entrou em re-
cessão técnica. A sra. ainda in-
siste em culpar a crise interna-
cional, mesmo diante do fato
de que muitos países compa-
ráveis ao nosso estão crescen-
do mais?
Blog: Meu querido, não há
recessão no País. O que há é
uma redução momentânea da
atividade econômica. Que só
aconteceu porque tivemos
uma seca histórica, menos
dias úteis por causa da Copa e
grande contração do mercado
i n t e rn a c i o n a l .
G: A senhora continuará a
represar os preços da gasolina
e do diesel artificialmente, pa-
ra segurar a inflação, com pre-
juízo para a Petrobras?
B: A oposição diz que o preço
da gasolina está defasado. Gos-
taria que mostrassem de quan-
to é a defasagem. No que se re-
fere ao reajuste, ele pode acon-
tecer a qualquer momento.
G : A forma de fazer contabi-
lidade dos gastos públicos no
no seu governo tem sido criti-
cada por economistas e apon-
tada como fator de quebra de
confiança. Como responde?
B: (...) Meu governo não es-
conde nada.
G: A sra. prometeu investir
R$ 34 bilhões em saneamento
básico e abastecimento de
água até o fim do mandato. O
que deu errado?
B: Meu querido, nós defla-
gramos no início de maio a ter-
ceira das ações de saneamen-
to básico do PAC 2. No nosso
governo, o meu e o do presi-
dente Lula, o Brasil deu um sal-
to de investimento em sanea-
mento. (....)
G: Em 2002, Lula prometeu
erradicar o analfabetismo. Em
2010, a senhora fez a mesma
promessa. O índice aumentou
pela 1ª vez depois de 15 anos.
Por quê?
B: Eu tenho muito orgulho de
tudo o que fizemos em 12 anos.
Só pra citar um exemplo: (...) E
não posso deixar de mencionar
que eu criei o Pronatec.
G : A senhora considera cor-
reto dar dentes postiços para
uma cidadã pobre um pouco
antes de ser feita com ela uma
gravação do seu programa
eleitoral de televisão?
B : Foi um erro ter dado pra
ela só um dia antes da minha
chegada. Tinha a obrigação de
dar a prótese quando ela rece-
beu o Bolsa Família. (...)
(Agências)
Leo Martins /Agencia O Globo
William Waack, da TV Globo.
JÁ ACABOU?
Por Bob Jungmann
COLLOR NÃO!
Fen ô m en o
eleitoral à
sua época, o
ex-pre sidente
Col lor , hoje
s e n a d o r d e
Alagoas e ma-
rinista de 1ª
hora, não é bem o tipo de eleitor confesso
que um candidato queira ter. Embora man-
tenha clientela fiel em seu Estado, ainda vi-
ve o estigma de político defenestrado por
seu impeachment no Congresso. A coliga-
ção de Dilma o aponta como o aventureiro
que decepcionou o País por não contar com
o apoio do Legislativo, assim como Jânio
Quadros, e Marina Silva, se eleita. Ela diz
que Collor é muito mais afeito à Dilma. Nin-
guém quer tê-lo como colaborador de cha-
pa. Nem de longe.
FOLCLORE
Ocandidato verde Eduardo Jorge pode
não vencer nas urnas, mas nas redes
sociais mostra excelente performance, com
crescimento acentuado nos posts a cada de-
bate. Quando citado por Levy Fidelix como
fiador de suas palavras, foi fulminante e en-
graçado: "Eu não tenho nada a ver com is-
so!". As brincadeiras rolam soltas no Facebo-
ok, e o cartunista Benett, na Fo l h a , m o s t ro u
Marina dizendo: "Todas as decisões políti-
cas eu tomo
depois de ler
a Bíblia...". No
q u a d r o s e-
guinte, Deus
t i ra o co rpo
fora: "Ei , eu
não tenho na-
da a ver com
i s s o. . . "
Mencionado de forma
negativa no programa
de TV da campanha da
presidente Dilma Rousseff,
o senador Fernando Collor
(PTB-AL) se mantém em
silêncio até o momento.
Segundo assessores do
senador, ainda não há
nenhuma previsão de
emissão de nota ou
declaração a respeito.
Collor está no interior
de Alagoas em campanha.
O horário eleitoral
gratuito do PT no rádio e TV
vinculou a candidatura de
Marina Silva (PSB) aos ex-
presidentes Jânio Quadros e
Collor, que não concluíram
seus mandatos por falta de
força política. E cita como
exemplo o impeachment de
Collor. (EC)O
jus esperniandi, ou di-
reito ao esperneio, utili-
zado por todos fora do comi-
tê da socialista-ambientalis-
ta-impressionista Marina
Silva, passou a ser quase um
bordão acompanhado pelo
País via celular ou tablet. Co-
mo se não tivessem se dado
conta ainda de uma tormen-
ta que se agrava a cada dia,
sempre que sai nova pesqui-
sa, os demais postulantes ao
Planalto sobem o tom dos
ataques, equipam os esqua-
drões virtuais com as armas
mais pesadas e engrossam
cada vez mais discursos con-
tra ela. Adianta?
Se Marina vai e volta com
os textos de seu programa
de governo, se acende uma
vela para Deus e outra para
satanás ao tratar de ambi-
influência. Aé-
cio segue em
cam inha da ,
s o b a s b ê n-
ç ã o s d e s e u
inspirador e tu-
tor, o ex-presi-
dente Fernan-
do Henr ique
Cardoso, certo
d e q u e t e m
condições de
reverter o placar. E Marina?
Bem, após a "advertência"
do pastor Malafaia de que
não toleraria qualquer auê
em favor da comunidade
gay e depois de promover re-
visão emergencial nos tex-
tos do PSB, ela passou a co-
lher os dividendos nas urnas
evangélicas. Dilma acenou
com mais bondades fiscais
para os fiéis, o que não bas-
tou para neutralizar o cresci-
mento de Marina.
guidades de cunho religioso,
se é contra o aborto e a libe-
ração de drogas, se prega
nova política com estandar-
tes da velha, nada tem sido
suficiente para convencer o
eleitorado de que outros
candidatos podem ter maio-
res qualificações. Dilma con-
tinua a sair de braços dados
com Lula, seu criador e ante-
cessor, em carreatas e ado-
tando o corpo-a-corpo em
regiões onde o PT ainda teria
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
CIDADANIA OCULTAO jornalista norte-americano Steven Sotloff, que aparece em vídeo publicado naterça-feira pelo Estado Islâmico sendo decapitado, também tinha cidadania israelense.Nascido em Miami, Sotloff era judeu e se mudou para Israel em 2008. Pouco se sabesobre sua presença no país, pois após ser capturado em 2013 todo vínculo com Israel foiapagado da internet para impedir que a informação chegasse aos sequestradores. (EFE)
OTIMISMO
Presidentes da Rússia e Ucrânia dizem ter chegado a um acordo de cessar-fogopara colocar um fim ao conflito no leste ucraniano. O anúncio foi logo desmentido
por assessores de ambos os lados. Até o presidente Obama mostrou ceticismo.
Reut
ers -
02/
09/1
4
Opresidente da Rús-
sia, Vladimir Putin,
disse ontem que
concordou com seu
homólogo da Ucrânia, Petro
Poroshenko, sobre um plano
de ação para um cessar-fogo
no leste da Ucrânia. Putin, po-
rém, afirmou esperar que os
acordos finais sejam fechados
apenas nesta sexta-feira, du-
rante negociações em Minsk,
capital da Bielorrússia.
“Nossas visões sobre a ma-
neira de resolver o conflito, me
pareceu, são muito próximas”,
declarou Putin aos repórteres
em visita à capital da Mongólia,
Ulan Bator, descrevendo as se-
te etapas para garantir um des-
fecho para a crise.
Entre elas estão a suspensão
de ofensivas dos separatistas,
o recuo das forças ucranianas, o
fim dos ataques aéreos ucra-
nianos, a reconstrução da in-
fraestrutura danificada, a troca
de prisioneiros, a criação de
corredores de ajuda humanitá-
ria e de uma missão internacio-
nal de monitoramento.
Já Poroshenko indicou que a
conversa injetou algum ânimo
nos esforços para encerrar o
conflito, que já matou mais de
2,6 mil pessoas desde abril, di-
zendo esperar que “o processo
de paz finalmente comece”nas
tratativas de sexta-feira e que
ele e Putin alcançaram um “en -
t en di me nt o
m ú t u o”s o b re
os passos ru-
mo à paz.
R e c u o -Após assina-
lar em um pri-
meiro comu-
nicado que a
conversa en-
tre os dois lí-
deres resul-
tou em "um
acordo sobre
um cessar-fo-
go permanente", Kiev precisou
em outra nota que as partes
pactuaram "um regime de ces-
s a r- f o g o " .
O premiê ucraniano, Arseny
Yatseniuk, chegou a chamar o
plano de “d ecepç ão”, acres-
centando com aspereza que “o
verdadeiro plano de Putin é
destruir a Ucrânia e restaurar a
União Soviética”.
O porta-voz do Kremlin, Dmi-
tri Peskov, desmentiu esse
mesmo acordo, argumentando
que a "Rússia não pode concor-
dar com o cessar-fogo porque
não é parte no conflito". Moscou
nega que tenha enviado solda-
dos e armas para os separatis-
tas no leste da Ucrânia, como
acusam Kiev e o Ocidente.
Já o presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, tam-
bém se mostrou cauteloso, afir-
mando que o conflito só pode
terminar se a Rússia parar de
fornecer armas e soldados.
Em mais um sinal da descon-
fiança ocidental, a França de-
clarou que não irá levar adiante
a entrega já planejada do pri-
meiro de dois porta-helicópte-
ros Mistral à Rússia.
Em resposta, Moscou afir-
mou que a rejeição do negócio
de 1,2 bilhão de euros prejudi-
caria mais a França do que a
Rússia. (Agências)
EX AGERADO?Nós vamosseguir oEstadoIslâmicoaté osportões doinferno.
Joe Biden
Os Estados Unidos assegu-
raram ontem que não fi-
carão intimidados pelo Estado
Islâmico (EI) depois da decapi-
tação do jornalista norte-ame-
ricano Steven Sotloff e que
vão construir uma aliança pa-
ra "desintegrar e destruir" o
grupo extremista.
"Quando alguém fere os nor-
te-americanos, não nos intimi-
damos, não esquecemos", afir-
mou o vice-presidente dos
E U A , J o e B i d e n , e m N e w
Hampshire. "Eles deveriam sa-
ber que nós vamos segui-los
até os portões do inferno, até
serem levados à justiça. Porque
o inferno é onde irão morar."
Por sua vez, o presidente
norte-americano, Barack
Obama, disse que o objetivo
dos EUA é garantir que o EI dei-
xe de ser uma "ameaça" para o
Iraque e para toda a região do
Oriente Médio.
Segundo Obama, assim co-
mo ocorreu com a Al-Qaeda e
seu líder, Osama bin Laden, a
derrota do EI "necessitaria de
tempo e esforço", por causa
do vácuo de poder na Síria, do
grande número de combaten-
tes que ganharam experiên-
cia durante a guerra no Iraque
e da necessidade de formar
coalizões, inclusive com as co-
munidades sunitas locais.
“A questão é esta: nosso ob-
jetivo é claro, degradar e des-
truir (o Estado Islâmico) para
que não seja mais uma ameaça
não só ao Iraque, mas à região e
aos Estados Unidos”, afirmou.
"Seja lá o que for que estes
assassinos pensam que irão
conquistar matando norte-
americanos inocentes como
Steven, já fracassaram", dis-
seo mandatário. "Fracassa-
ram porque, como muitos ao
redor do mundo, os norte-
americanos estão enojados
com sua barbárie. Não sere-
mos intimidados."
O presidente fez esse co-
mentário após dizer que os
EUA comprovaram a autenti-
cidade do vídeo publicado na
terça-feira mostrando a deca-
pitação do repórter Steven So-
tloff, duas semanas após o jor-
nalista James Foley ter sido
morto de forma similar.
Em Washington, o secretário
de Estado, John Kerry, classifi-
cou a execução de Sotloff de
“soco no estômago”e disse que
os EUA usaram todas as ferra-
mentas militares, diplomáticas
e de inteligência que possuem
para libertar os reféns na Síria.
Obama vai enviar Kerry, o
secretário de Defesa, Chuck
Hagel, e a conselheira de con-
tra-terrorismo, Lisa Monaco,
ao Oriente Médio para elabo-
rar maneiras de combater o
Estado Islâmico com parceiros
regionais. (Agências)
EFE
Crianças brincamapós ataques aéreoscontra alvos do EI em
Mosul, no Iraque.
A cavalaria acaminho
Obama promete ampliar presençamilitar nos Bálcãs, que temem
ser os próximos alvos da Rússia.
Opresidente dos Esta-
dos Unidos, Barack
Obama, anunciou on-
tem que planeja ampliar a pre-
sença da Força Aérea norte-
americana na Estônia, vizinha
da Rússia, para "exercícios de
treinamento". Em entrevista
conjunta com o presidente es-
toniano, Toomas Hendrik Ilves,
Obama disse que a decisão é
parte da iniciativa que ele havia
anunciado há seis meses du-
rante uma visita à Polônia, para
aumentar a presença militar
dos EUA na Europa.
"Hoje, posso anunciar que
essa iniciativa vai incluir unida-
des e aviões adicionais da Força
Aérea para exercícios de treina-
mento aqui na região nórdica e
do Báltico. E nós concordamos
com nossos aliados estonianos
que o local ideal para sediar e
apoiar esses exercícios seria a
Base Aérea Amari, aqui na Estô-
nia", disse Obama. Atualmen-
te, a base abriga quatro aviões
da Força Aérea da Alemanha e
150 soldados alemães.
O presidente norte-america-
no falou na Estônia, uma das
três ex-repúblicas soviéticas
bálticas na fronteira com a Rús-
sia que temem que a rebelião
separatista no leste da Ucrânia
possa resultar em problemas
para elas, que também têm mi-
norias étnicas russas. Após o
colapso da União Soviética, em
1991, os três países foram
atraídos para a órbita da Orga-
nização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan), aliança militar li-
derada pelos EUA que foi for-
mada em 1948 para confrontar
a ameaça soviética.
"Estaremos aqui pela Estô-
nia. Estaremos aqui pela Letô-
nia. Estaremos aqui pela Li-
tuânia. Vocês perderam sua
independência uma vez. Com
a Otan, vocês nunca a perde-
rão novamente", assegurou o
mandatário norte-americano.
Segundo Obama, os EUA
têm o dever, como membro da
Otan, de fazer a defesa coleti-
va da aliança.
"É inquebrável, inabalável e
eterno e a Estônia não vai ficar
sozinha", afirmou Obama em
Tallin, capital da Estônia.
No entanto, o mandatário
não anunciou novas penaliza-
ções à Rússia por meio de mais
sanções e reiterou sua oposi-
ção de não envolver-se no con-
flito militarmente.
Obama e Ilves se encontra-
ram com outros dois líderes de
nações dos Bálcãs, Letônia e Li-
tuânia, para discussões de se-
gurança mais amplas. Ao sair
do encontro, o presidente da Li-
tuânia, Dalia Grybauskaite,
chamou a Ucrânia de "linha de
frente" do resto da segurança
europeia, enquanto o presiden-
te da Letônia, Andris Berzins,
disse que queria ver as tropas
dos EUA em seu país "por quan-
to tempo fosse necessário".
Obama participa hoje de
uma cúpula de dois dias da
Otan, no País de Gales. Os alia-
dos planejam chegar a um
acordo sobre uma progressiva
resposta à Rússia, incluindo
uma rápida reação militar, que
envolverá posicionar algumas
tropas e equipamento nos Bál-
cãs e em outros lugares do Les-
te Europeu. (Agências)
Larry Downing/Reuters
Obama garante apoio ao presidente da Estônia, Toomas Hendrik Ilves.
A dança das cadeiras de MaduroA esperada reforma para 'sacudir' a Venezuela decepciona analistas
Opresidente da
Venezuela, Nicolás
Maduro, prometeu dar
uma "sacudida" no país, mas
seus últimos anúncios foram
considerados apenas uma
dança das cadeiras pela
oposição e analistas, que
exigem reformas econômicas
urgentes para enfrentar uma
crise cada vez mais profunda.
Maduro comunicou na terça-
feira uma reestruturação do
gabinete, que incluiu a
designação de Asdrúbal
Chávez, primo do falecido líder
Hugo Chávez, como novo
ministro do Petróleo e
Mineração, e a realocação do
ex-ministro Rafael Ramírez,
que acumulava vários cargos,
entre eles a presidência da
Petróleos da Venezuela
(PDVSA), e passou a ser o novo
chanceler venezuelano.
No entanto, ao contrário do
que se esperava há semanas,
ele não referiu-se a futuras
medidas econômicas, como o
aumento da gasolina ou o
combate à inflação, que este
ano deve superar 60% (uma
das mais altas do mundo).
"Foi muito blá blá blá, mas
nada do que os venezuelanos
estavam aguardando. O
presidente prometeu dar
uma sacudida no país e não
deu nem um
empurrãozinho", disse o vice-
presidente editorial do jornal
El Nacional, Argenis Martínez,
à agência O Globo.
Maduro disse que as
medidas econômicas que
estão sendo esperadas "estão
sendo traçadas" e em relação
ao reajuste da gasolina, mais
barata do que a água mineral,
assegurou que "o que fizermos
será com critérios humanistas
e socialistas".
Para o diretor da Datanálisis,
Luis Vicente León, a
deterioração econômica
"continuará se acentuando".
"Aumentou de forma
considerável a probabilidade
de um cenário de radicalização
econômica", disse. (AO G )
Overdadeiroplano dePutin édestruir aUcrânia.ARSENY
YAT SENIUK
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM
• ADMINISTRAÇÃO DO RH
• CONTABILIDADE
• LEGALIZAÇÃO
• GESTÃO FISCAL
CONTABILIDADE E ASSESSORIA
www.agenda-empresario.com.br ANO XXVIII APOIO: CENOFISCOQUINTA-FEIRA, 04 DE SETEMBRO DE 2014
ACIDENTE DE TRABALHO DURANTE O ALMOÇOFuncionário almoça no refeitório da empresa e ainda dentro do seuhorário de almoço saiu da empresa para resolver problemas particularese foi atropelado.Empresa deve emitir CAT como acidente de trabalho?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].
TRABALHAR DURANTE A LICENÇA MÉDICAFuncionário foi ao médico na parte da manhã, onde constava que eledeveria repousar o restante do dia,porém ele bateu o cartão,como deve-mos proceder? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].
CONTRATAR EX-FUNCIONÁRIO COMO AUTÔNOMOExiste alguma implicação legal para a contratação de prestação deserviços como autônomo de um funcionário que pediu demissãoda empresa no mês anterior? Saiba mais acessando a íntegra doconteúdo no site: [www.empresario.com.br/legislacao].
EMPREGADA DOMÉSTICA DE LICENÇA-MATERNIDADE, AO RETOR-NAR AO TRABALHO PEDIU DEMISSÃO.QUAIS VERBAS RESCISÓRIASELA TEM DIREITO A RECEBER? ELA TEM DIREITO A RECEBER O 13ºSALÁRIO-MATERNIDADE?
Seus direitos no pedido de demissão são:Saldo de dias (se houver) Fériasvencidas e proporcionais e 1/3 constitucional (Súmula 261 do TST) 13ºsalário (do período efetivamente trabalhado,pois do período de licença-maternidade fora pago pelo INSS na forma de abono anual).
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO TEMPORÁRIOEmpresa pretende contratar serviço temporário, durante um mês,devido a saída de férias de um funcionário. Como a empresa deveproceder? Deverá contratar uma agência de serviço temporário?Pode contratar diretamente, já que se trata de um curto período?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].
SERVIÇO PRESTADO PELO MEIEmpresa vai contratar serviço de um MEI,como fazer o recolhimento dos20% do INSS? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].
JORNADA DE TRABALHO DO MENORFuncionário menor de 18 anos foi contratado para cumprir uma jornadade 40hs semanais,pode trabalhar em regime de compensação e pror-rogação de horas? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].
AGENDA FISCAL® SETEMBRO/ 14Acesse a íntegra no site: [www.agenda-fiscal.com.br].
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Chuvas dão refresco à crise da águaNível do Sistema Cantareira deixou de cair com as chuvas de ontem, mas o vendaval, e possivelmente um tornado, causaram morte e prejuízos no interior do Estado.
As chuvas e o venda-
val que atingiram vá-
rias regiões do Esta-
do de São Paulo entre
a noite de terça-feira e a ma-
drugada de ontem causaram
a morte de uma pessoa, deixa-
ram famílias desalojadas e es-
palharam prejuízos pelo inte-
rior. Em Campinas, a força do
vento atingiu 126,5 km por ho-
ra no ponto de maior intensi-
dade e, segundo meteorolo-
gistas, pode ter adquirido a
forma de um tornado.
Entretanto, na capital pau-
lista e região do Sistema Can-
tareira, as chuvas trouxeram
boa notícia. As chuvas ameni-
zaram os efeitos da seca. O
Sistema Cantareira, que abas-
tece grande parte da Região
Metropolitana de São Paulo
pela primeira vez nas últimas
semanas manteve o nível es-
tável. O sistema operava com
10,7% da capacidade na me-
dição feita às 9 horas da ma-
nhã de ontem, o mesmo nível
do dia anterior, interrompen-
do uma sequência de vazões
negativas. As chuvas repuse-
ram cerca de 19 metros cúbi-
cos por segundo retirados no
período para o abastecimento
de regiões da capital e da
Grande São Paulo.
A previsão da Climatempo é
de chuvas para hoje com que-
da brusca na temperatura na
Capital. Uma massa polar che-
ga à região, mas no fim de se-
mana vai esquentar de novo.
Chuvas mais intensas estão
previstas apenas para a se-
gunda quinzena de setembro.
No dia 22, tem início a prima-
vera no hemisfério sul.
Em Campinas, a vazão do
Rio Atibaia, que abastece 95%
dos 1,1 milhão de habitantes,
subiu de 4,80 metros cúbicos
por segundo, na terça-feira,
para 13,0 m3/s na quarta em
razão das chuvas fortes que
caíram na cabeceira. O au-
mento de 190% na vazão fez
com que o presidente da Sana-
sa, companhia de saneamen-
to da cidade, Arly de Lara Ro-
mêo, comemorasse: "Setem-
bro mal começou e já recebe-
mos essa bênção", disse.
Em Itu, com racionamento
drástico desde o início de feve-
reiro, moradores dos bairros
Novo Itu e Cidade Nova foram
à rua pegar a água da chuva
com baldes.
M or t e – O assentado rural
Jairo da Silva Castro, de 46
anos, morreu ao ser atingido
por um raio em Teodoro Sam-
paio, no Pontal do Paranapa-
nema, extremo oeste de São
Paulo. Ele cuidava do gado no
Assentamento Santa Tereza
da Água Sumida quando caiu
uma tempestade.
Em Presidente Prudente, na
mesma região, rajadas de
ventos de até 74 km/h, segun-
do o Corpo de Bombeiros, cau-
saram a queda de árvores em
vários bairros. Um ultraleve
tombou e dois aviões foram
arrastados pelo vento no Ae-
roporto Adhemar de Barros.
Z oo ló gi co – A chuva com
granizo causou a queda de ár-
vores e deixou mais de 15 mil
imóveis sem energia elétrica
em Bauru, noroeste do Esta-
do. O teto de um shopping de-
sabou na Vila Universitária. De
acordo com a Defesa Civil, não
houve vítimas. O Zoológico
Municipal de Bauru permane-
cia interditado ontem em ra-
zão da queda de seis árvores e
dos estragos nos recintos dos
animais.
De acordo com a meteorolo-
gista Neide Oliveira, do Insti-
tuto Nacional de Meteorologia
em São Paulo, o fenômeno
ocorrido em todo o Estado ca-
racteriza um vendaval, ou se-
ja, frentes de rajadas de vento
intensas. Em Campinas, se-
gundo ela, pode ter ocorrido
um tornado, em razão da força
alcançada pelo vento. "É pre-
ciso analisar como se deu a
passagem do vento, mas com
essa velocidade, de 126,5 qui-
lômetros por hora, é possível
que seja tornado", disse. (EC)
André Lucas Almeida/EC
Nuvens sobre São Paulo: as chuvas dos últimos dias deram esperança de que a crise da água seja amenizada na primavera e no verão.
USP: atocontra PDV.Alunos, professores e servi-
dores da Universidade deSão Paulo (USP) protestaramontem em frente à Faculdadeda Educação, na Cidade Uni-versitária. Segundo a PM, cer-ca de 500 pessoas participa-vam da manifestação contra oPlano de Demissão Voluntária(PDV) para funcionários anun-ciado pelo Conselho Universi-tário, estratégia que busca re-equilibrar o orçamento da USP.Os manifestantes seguiramdepois para o Masp e interdita-ram a Avenida Paulista. (EC)
Márcio Fernandes/EC
Pro b l e m aso cial
na RuaAn c h i e t a
Mariana Missiaggia
ARua Anchieta, que liga o
Pátio do Colégio à Rua
15 de Novembro, no
Centro, tornou-se endereço
de uma triste e preocupante
realidade da cidade de São
Paulo. Há cerca de três meses,
uma das calçadas da Rua An-
chieta está totalmente toma-
da por barracas, colchões e fo-
gões de moradores de rua.
Além disso, alguns usuários
de drogas aproveitam a desor-
ganização na rua para fre-
quentar o local.
A moradia improvisada na
Anchieta – beneficiada por um
inverno seco e quente –não ofe-
rece as condições sanitárias
básicas para aquele grupo, que
inclui crianças. A situação tam-
bém prejudica o comércio local,
dificulta o acesso às empresas
e atrapalha os pedestres.
Apesar da via ser endereço
de orgãos públicos importan-
tes e passagem para o ponto
onde a cidade foi fundada, co-
merciantes afirmam que a
Prefeitura nada fez para solu-
cionar o problema.
"É uma situação crítica. Tudo
isso está acontecendo na cal-
çada da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e em frente à
Secretaria da Justiça e nin-
guém faz nada. Pago meu im-
postos, tenho cinco funcioná-
rios e não estou mais aguen-
tando. Não sei onde isso vai pa-
rar", disse a proprietária de
uma lanchonete na rua que pe-
diu para não ser identificada.
Ela já registrou queda de
30% em seu movimento e atri-
bui a perda aos moradores de
rua e suas barracas. Há 15
anos no mesmo endereço, a
comerciante reclama da si-
tuação. "Depois das 18 horas
ninguém passa nessa rua. Às
vezes, o cheiro de maconha in-
vade a loja", disse.
Comerciantes afirmam que o
Edifício São Marcos, que tem
saída para a Rua Anchieta e pa-
ra a Praça da Sé, já teve oito sa-
las desocupadas depois do au-
mento da movimentação de
pessoas em situação de rua.
Para Delfin Rolan Muniz,
proprietário do restaurante
Orange, na Rua 15 de Novem-
Zé Carlos Barretta/Hype
Moradores em situação de rua ocupam a Rua Anchieta: comerciantes denunciam uso de drogas no local.
bro, as ruas do Centro estão
abandonadas. O restaurante
de Muniz também se diz preju-
dicado. "Eles (moradores de
rua) ficam na porta, pedindo
dinheiro, pedindo comida. É
uma situação completamente
constrangedora. E muitas ve-
zes, eles se desentendem e
brigam na porta da minha loja.
Imediatamente, os clientes se
afastam. A situação está no li-
mite", reclama.
OA B – Instalada na própria
Anchieta, a Comissão de Direi-
tos Humanos da OAB avalia a
situação como insustentável.
Segundo Martim de Almeida
Sampaio, diretor da Comissão
da OAB, a Rua Anchieta se tor-
nou o lar de inúmeros adoles-
centes que vivem às custas de
pequenos furtos e durante a
noite transformam a rua em
um local de desordem.
"Entendemos e sofremos
com esse problema que, de
certa forma, é causado pela
sociedade. No entanto, não
somos higienistas. Não adian-
ta tirar essas crianças da mi-
nha calçada e colocar em ou-
tra. Nosso interesse é preser-
vá-los, encaminhá-los e ga-
rantir que os órgãos públicos
estejam ao dispor deles", ob-
servou Sampaio.
Em nota, a Secretaria Muni-
cipal de Assistência e Desen-
volvimento Social afirmou que
atua diariamente na região da
Rua Anchieta, abordando e
encaminhando moradores
em situação de rua, por meio
de orientadores sociais do
Serviço Especial izado de
Abordagem Social.
A assessoria de imprensa da
Subprefeitura da Sé informou
que o órgão não tem permis-
são para atuar a respeito do
assunto e, sempre que solici-
tado, aciona os órgãos respon-
sáveis.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
CINEMA
Hércules, humanizado.
Paramount Pictures/Divulgação
Lucia Helena de Camargo
Força, coragem, determina-
ção e retidão de caráter. Es-
sas qualidades, combina-
das, definem o heroísmo. No filme
Hércules (2014, Estados Unidos,
98 minutos), o herói possui todas e
ainda é filho de um deus, o que o
torna, tecnicamente, um semi-
deus. Nesta nova adaptação para
o cinema dirigida por Brett Ratner,
porém, Hércules é mostrado co-
mo um sujeito quase comum. Ape-
nas é fisicamente mais forte do
que todos à sua volta e possui
grande dose de carisma, o que lhe
rende seguidores.
Dwayne Johnson, conhecido
pelo apelido The Rock, está no
papel-título. Com cabelos com-
pridos e desgrenhados, adota
um visual bem diferente daquele
que o fez famoso, como nas se-
quências da série de longas-me-
tragens Velozes e Furiosos.
Entre as façanhas que marcam
a trajetória de Hércules estão os
famosos 12 Trabalhos, entre os
quais matar o leão de Nemeia ,
capturar o javali de Erimanto e
capturar o cão Cérbero, de múlti-
plas cabeças. Do leão ele conser-
va a cabeça, que usa como um ca-
puz quando vai à luta contra os ini-
migos, para demonstrar que teria
incorporado todo o poder de des-
truição do felino abatido.
Hércules, porém, padece de
males humanos. Ele tem fome,
sede e se machuca. O passado o
atormenta. Sua mulher e prole
morreram de maneira violenta.
Ele crê ter culpa no episódio. E
acaba adotando a atividade de
mercenário, na qual aproveita a
fama para ganhar a vida lutando
a favor de quem pagar mais. Mas
quando assume a missão de colo-
car fim à guerra civil nas terras de
Thrace e levar o rei legítimo de
volta ao trono, começa a questio-
nar os valores.
Dwayne Johnson assim inter-
pretou sua atuação nessa parte da
trama: “Hércules sofre por muitas
mágoas, lutando somente pelo
ouro. Precisa superar os demônios
e encontrar seu coração, para se
tornar o homem que as pessoas
querem que ele seja”.
Baseado nos quadrinhos da Ra-
dical Comics, de Steve Moore, o
longa-metragem tem roteiro es-
crito por Ryan J. Condal e Evan Spi-
liotopoulos. Como se imagina, é
bastante violento. As batalhas,
que se pretendem realistas, são
sangrentas. A classificação etária
recomenda que não seja visto por
ninguém com menos de 14 anos.
T E AT RO
Amargo regresso
Jairo Goldflus
Sérgio Roveri
Quando estreou nos
Estados Unidos, em
1961, o filme Atravésde um Espelho, umas das obras-
primas do cineasta sueco
Ingmar Bergman, foi saudado
pela crítica do jornal The NewYork Times como “um dos mais
impressionantes e
desafiadores filmes do ano”. O
diário nova-iorquino não foi o
único a ser pródigo
em elogios à perturbadora
história de uma jovem que
volta para a casa que divide
com o marido, o pai e o irmão
mais novo após um período de
internação em uma clínica
psiquiátrica. Este retrato de
uma família estilhaçada
ganhou uma versão teatral que
entra em cartaz amanhã (5) no
Teatro do Sesc Anchieta, com a
atriz Gabriela Duarte dando
vida à instável Karin, cuja
presença revela-se suficiente
para implodir a convivência
familiar. A atriz se interessou
em montar o espetáculo no
Brasil após assistir, há dois
anos, a uma montagem do
texto em Nova York.
Convidou Ulysses Cruz para
assinar a direção.
Ao regressar ao lar, Karin
torna-se a única – e dissonante
– figura feminina em um ninho
habitado por homens. Seu pai,
David (vivido pelo ator
Nelson Baskerville),
é um escritor famoso de difícil
trato que encontra no filho
caçula Max (Lucas Lentini)
e no genro Martin
(Marcos Suchara) os mais
impiedosos críticos de sua
produção literária.
“Eu levo uma vida
esquizofrênica, de diretor e
ator, não é à toa que participo
agora desse Bergman que,
entre outras coisas, fala da
e s q u i z o f re n i a ”, diz Baskerville.
“Sempre me pergunto por que
fazer um espetáculo que já foi
filme e por que ainda um
Bergman? E respondo: porque
Bergman nos coloca em
contato com o mais humano de
nós. David, meu personagem,
é sem dúvida um alterego de
Bergman. Ele diz que você tem
que aceitar a sua imperfeição,
senão enlouquece”.
O diretor Ulysses Cruz
assegura que esta adaptação
teatral em nada se aproxima
do filme de Bergman,
principalmente na questão da
linguagem que, transposta
para os palcos, afastou-se
muito daquela adotada
pelo cinema.
Através de um Espelho. Sexta
(5). Teatro do Sesc Anchieta.
Rua Doutor Vila Nova, 245. Tel.:
3234-3000. Sexta e sábado,
21h. Domingo, 18h. R$ 30.
Classificação etária:
12 anos.
M e de i ano bancodos réus
Cacá Bernardes
Quando foi convidado
pelo Grupo Folias,
companhia da qual
estava ausente havia quatro
anos, para dirigir a tragédia
Medeia, o diretor Marco
Antonio Rodrigues respondeu
sim e não. Sim, aceitava
retornar ao grupo par a dirigir
Medeia. Não, não queria dirigir
a Medeia original, escrita pelo
dramaturgo grego Eurípides
há 25 séculos.
“A versão original da tragédia
grega não me motiva. Não
tenho vontade de contar a
história de uma mulher que
mata os filhos por vingança
depois de ter sido
abandonada pelo marido”,
diz o diretor.
“Eu gostaria de trabalhar com
a ideia do mito, mas
não do crime”.
A partir deste pedido do
diretor, o que o Grupo Folias
põe em cena a partir desta
sexta (5) é uma adaptação que
preserva uma distância
considerável do original.
Medeia: 1 Verbo, escrita pelo
jornalista e dramaturgo Sérgio
Roveri, colaborador do Diáriodo Comércio, é ambientada em
um presídio feminino, para
onde a personagem Medeia
(Nani de Oliveira) é levada
após acusação de ter
assassinado os dois filhos.
“Mas o que paira sobre ela é
apenas uma suspeita”, diz o
diretor. “As crianças estão
desaparecidas, elas são vistas
apenas nas cenas de
flashback. Em nenhum
momento tem-se a certeza de
que Medeia realmente
cometeu o crime. Esta
adaptação a contemplou com o
benefício da dúvida”. O próprio
Eurípides, autor da Medeiaoriginal, agora atua como
personagem nesta adaptação:
ele é resgatado da história
para dar um novo rumo à sua
principal criação.
Na prisão, Medeia enfrenta
as acusações feitas por Jasão
(Zé Geraldo Jr), o ex-marido
que a trocou por uma mulher
mais jovem e rica, e por
Creonte (Dagoberto Feliz), um
tirano de gestos suaves e
inimigo dela desde o primeiro
encontro. Enfrenta, ainda, a
hostilidade do coro de
prisioneiras, que não aceita
entre elas a presença de uma
mulher acusada de
infanticídio. “Ao longo da
história, houve dezenas de
leituras do mito de Medeia”, diz
a atriz Nani de Oliveira. “A que
estamos fazendo agora é uma
Medeia exclusivamente nossa,
diferente de todas as outras já
feitas. No meio das
adversidades que enfrenta, ela
nunca deixa de externar seu
amor incondicional pelos
filhos. Seu grande objetivo é o
de poder sair da prisão para
provar sua inocência”.
Medeia: 1 Verbo.Galpão do
Folias. Rua Ana Cintra, 213,
Santa Cecília. Tel.: 3361-2223.
Sextas e sábados, 21h.
Domingos, 20h. R$ 40 inteira e
R$ 20 meia-entrada. R$ 10
para os moradores de Santa
Cecília. Classificação etária:
14 anos.
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
.C..ONECTIVIDADE
Anel inteligenteA MOTA criou um anel
inteligente que permite
que acompanhe Twitter,
Facebook, e-mail e
telefone mesmo quando
esquece o celular.
w w w. m o t a . c o m
.C..INEMA
Clooney fará filmesobre tabloide inglês
O ator e cineasta
George Clooney vai
dirigir um filme sobre o
escândalo com escutas
telefônicas envolvendo
figuras públicas da Grã-
Bretanha. Hack Attackdetalha como o jornal
News of the Worldinvadiram mensagens
de voz de telefones de
celebridades, membros
da família real e vítimas
de crimes. O filme será
produzido em 2015.
.C..RIANÇAS
O triciclo amigodo meio ambiente
O triciclo de bambu
criado pelo estúdio a21,
do Vietnã, ensina a
criançada a se divertir e
também a cuidar do
meio ambiente.
Nenhuma parte do
brinquedo recebe
tratamento com
produtos químicos.
w w w. a 2 1 s t u d i o . c o m . v n
.F..OTOGRAFIA
Sebastião Salgadopelo mundo
O fotógrafo Sebastião
Salgado se emocionou
ontem ao falar de sua mãe
na abertura da exposição
Gênesis, em Brasília. A
mostra reúne 297 fotos,
245 delas inéditas, feitas
por ele em 30 viagens pelo
mundo e fica em cartaz no
Distrito Federal até
outubro e depois segue
para EUA, Coreia do Sul,
Portugal, China e Espanha.
.F..UTEBOL
Racismo tira Grêmio da Copa do Brasil
.L..OTERIAS
Concurso 1483 da LOTOMANIA
04 05 07 27 31
Concurso 1632 da MEGA-SENA
06 18 24 27 56 59
32 35 45 52 53
56 59 60 61 63
71 82 85 86 97
Concurso 3578 da QUINA
26 43 54 57 65
.L..I T E R AT U R A
Prêmio para Silviano SantiagoE
scritor e crítico literário,
o mineiro Silviano San-
tiago venceu ontem o
Prêmio Ibero-americano de
Letras José Donoso por sua
contribuição ao pensamento e
à criação literária da América
Latina. Ele é o primeiro brasi-
leiro a receber o prêmio.
Seus ensaios, romances e
poesias também foram lem-
brados pelo júri. A premiação,
de US$ 50 mil, será entregue
pela Universidade de Talca,
em outubro, durante a Feira do
Livro de Santiago, Chile.
Criado em 2001, o prêmio já
reconheceu autores de língua
espanhola ou portuguesa: Jo-
sé Emilio Pacheco (México),
Beatriz Sarlo (Argentina), Isa-
bel Allende (Chile), Antonio
Cisneros (Peru), Ricardo Piglia
(Argentina), António Lobo An-
tunes (Portugal), e Pedro Le-
mebel (Chile).
Silviano Santiago, que foi
colaborador do jornal O Esta-
do de S Paulo e acaba de lançar
o romance Mil Rosas Rouba-
das, ganhou, em 2013, pelo
conjunto da obra, o Prêmio Ma-
chado de Assis, da Academia
Brasileira de Letras, no valor
de R$ 100 mil. Em 2010, tam-
bém pelo conjunto da obra, ele
venceu o Prêmio Governo de
Minas Gerais de Literatura.
s
.D..RONES
Repr
oduç
ão
A Nasa começou a desenvolver um sistema de
gerenciamento de tráfego para drones. O sistema deverá
facilitar a regulamentação do uso dessas aeronaves nos EUA.
.C..HINA
Os 64 anos de SnoopySnoopy inflável gigante é
colocado na entrada de um
shopping em Xangai. O
shopping abriga uma
exposição pelos 64 anos do
personagem, que apareceu em
uma tirinha pela primeira vez
em outubro de 1950.
Tradição nos pésA grife Saigon Socialite transformou a
tradicional escultura em madeiravietnamita em moda. A empresa formou
uma comunidade de escultores.w w w. s a i g o n s o c i a l i t e . c o m
Voo felizLeggage é um
massageador e
descanso para os
pés que, dobrado,
tem o tamanho de
um laptop. Criado
para aliviar o
cansaço nos voos
muito longos.
http://goo.gl/dyPQ83
O Grêmio foi expulso
ontem da Copa do Brasil
pelo Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD)
devido a injúria racial e
manifestações racistas de
seus torcedores em partida
contra o Santos, há uma
semana. A decisão foi
unânime e é inédita no
futebol brasileiro. "Se é
uma decisão história eu
não sei, mas espero que a
decisão tenha um caráter
pedagógico para o futebol
brasileiro. O que nós
queremos é inibir novas
práticas racistas nos
estádios. Esse tipo de
problema tem que ser
cortado na carne e logo no
início para afastar esse tipo
de mal", disse a jornalistas
Francisco Peçanha, relator
do caso. Torcedores do
time gaúcho chamaram o
goleiro Aranha, do Santos,
de macaco e imitaram sons
emitidos por macacos na
arena do clube, na quinta-
feira da semana passada.
A partida chegou a ser
interrompida pelo goleiro
alvo das manifestações. O
STJD decidiu em primeira
instância banir o Grêmio da
competição, aplicar uma
multa de R$ 50 mil e proibir
os torcedores identificados
pelas autoridades de ir a
estádios por dois anos. O
árbitro da partida, Wilton
Pereira Sampaio, que foi
alertado pelos jogadores
do Santos que a torcida
estava insultando o
goleiro, também foi punido
com uma suspensão total
de 90 dias. As penas ainda
são passíveis de recurso.
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EFE
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
Tecnologia para desafogar SantosO Ministério da Agricultura adota no próximo ano um sistema que permite o monitoramento prévio das cargas de importação, simplificando a vistoria física.
Silvia Pimentel
As pilhas de contêine-
res de importação
formam uma verda-
deira barragem que
trava a logística do Porto de
Santos. Hoje, o tempo médio
de permanência dessas car-
gas nas áreas dos terminais
molhados – próximos ao cais –
é de 16 dias, sendo que o fluxo
de embarques e desembar-
ques é condicionado aos espa-
ços livres nessas áreas. O pro-
blema, que é alvo de discus-
sões constantes de órgãos do
governo e da iniciativa priva-
da, foi debatido na última ter-
ça-feira pelo Comitê dos Usuá-
rios de Portos e Aeroportos do
Estado de São Paulo (Comus),
da Associação Comercial de
São Paulo (ACSP).
Na opinião de José Cândido
Senna, coordenador geral do
Comitê, as ineficiências do
complexo portuário são diver-
sas, de difícil solução e de res-
ponsabilidade de todos os ato-
res envolvidos na cadeia logís-
tica. “Não podemos esquecer
que, nos últimos anos, cerca
de cinco mil novos importado-
res entraram no mercado para
fazer negócios e muitas vezes
sem qualquer orientação”,
analisou. O desafio é tentar re-
duzir o tempo de permanência
das cargas para cinco dias,
que era o fluxo de contêineres
na passagem de 2008/2009.
Não sem razão, o Comus ini-
cia um ciclo de debates no âm-
bito do projeto intitulado
“Complexo Portuário santista:
travessia 2015/2022”, que
tem como objetivo traçar
perspectivas com base em da-
dos de fluxos de cargas, ativos
existentes, acréscimos de ca-
pacidade de terminais, insta-
lações e equipamentos.
A falta de estrutura de órgãos
envolvidos no desembaraço
das cargas, como Receita Fede-
ral, Agência Nacional de Vigi-
lância Sanitária (Anvisa) e Mi-
nistério da Agricultura, Pecuá-
ria e Abastecimento (Mapa),
também contribuem para a de-
mora na liberação dos contêi-
neres, que afeta tanto importa-
dores como exportadores.
De acordo com o diretor
operacional da empresa de lo-
gística marítima Transbrasa,
Álvaro Rabelo de Moraes, do
lado do poder público, as pers-
pectivas não são animadoras
porque não há previsão de in-
vestimentos para sanar pro-
blemas de carências de recur-
sos e pessoal. “O pessoal da
extinta Marinha Mercante po-
deria ser aproveitado pelos ór-
gãos públicos, o que poderia
aumentar a qualidade dos
p ro c e s s o s ”, sugeriu.
Esses funcionários eram
responsáveis pelo recolhi-
mento do adicional de frete à
Marinha Mercante, mas desde
março esse recolhimento pas-
sou a ser de responsabilidade
da Receita Federal.
INTELIGÊNCIAA boa notícia, segundo Ra-
belo de Moraes, é a adequa-
ção dos processos de aduana
prevista para 2015, quando
entrará em operação um sis-
tema informatizado de uso do
MAPA que levará à redução do
número de contêineres a se-
rem averiguados, sem afetar a
segurança da fiscalização.
Atualmente, 70% dos con-
têineres com mercadorias de
origem animal e vegetal são
fiscalizadas pelo ministério,
que possui um quadro de 13
agrônomos para dar conta do
trabalho. Com o novo sistema
nos terminais, que fará uma
vistoria prévia, a ideia é exa-
minar 30% da carga. “S a i re-
mos da idade da Pedra para a
tecnologia da informática.
Mas caminhamos a passos de
tartaruga”, avaliou.
O sistema será alimentado
por várias informações pré-
vias e, numa segunda fase,
funcionará em conjunto com
um scanner. Com a medida, o
agendamento de um carrega-
mento de caminhão, por
exemplo, poderá ser feito no
domingo de madrugada, tra-
zendo ganhos indiretos para o
transporte rodoviário. A Trans-
brasa participa de um projeto
piloto com o sistema, cuja pra-
ticidade está em fase de ava-
liação e adequação num pro-
cesso que deve durar entre 45
e 60 dias.
Os contêineres com assoa-
lho de madeira demandam o
maior tempo para serem fisca-
lizados, um problema que se
soma à falta de funcionários da
Anvisa. A inspeção e abertura
de um contêiner de importa-
ção, relatou Moraes, seguem
um ritual que inclui o posiciona-
mento especial em recinto ade-
quado e a abertura da carga é
filmada. As imagens são trans-
mitidas para a aduana na hora.
Uma velocidade sonhada por
importadores na liberação de
suas cargas.
José Luis da Conceição/EC
Governo simplificao drawback
A agenda do comércio exteriorem debate no CECIEx
Karina Lignelli
Nos últimos anos,cinco mil novosimportadoresentraram nomercado, muitasvezes sem qualquerorientação.SENNA, CO O R D E N A D O R DO COMUS
Ogoverno atendeu
um pleito antigo da
indústria e flexibili-
zou a utilização do chama-
do "drawback suspensão".
Por esse regime, são zera-
dos os tributos na importa-
ção ou na aquisição no mer-
cado doméstico de insu-
mos utilizados na produção
de bens a serem exporta-
dos.
A alteração libera as in-
dústrias de fazerem a sepa-
ração de estoque entre as
peças compradas com
isenção de tributo – e usa-
das na linha de produção
para exportação –daquelas
utilizadas para fabricação
de produtos que serão ven-
didos no mercado interno.
Pelo processo atual, uma
montadora, por exemplo,
precisa informar ao gover-
no o número de série da pe-
ça adquirida com o benefí-
cio tributário e o número de
série do automóvel ao qual
foi incorporada. Essa vincu-
lação do insumo ao produto
final gera a necessidade de
a empresa manter esto-
ques separados.
Segundo o secretário de
comércio exterior do Minis-
tério do Desenvolvimento,
Sairemos da idadeda Pedra para atecnologia dainformática. Mascaminhamos apassos de tartaruga.ÁLVAR O RA B E LO DE MOR AES, DIRE-TO R DA TR ANSBR ASA
Indústria e Comércio Exte-
rior, Daniel Godinho, ape-
sar da flexibilização no uso
do drawback, o governo
não perderá os mecanis-
mos de controle. Ele infor-
mou também que cerca de
25% das exportações (US$
58 bilhões) de 2013 se en-
quadraram naquele regi-
me. De janeiro a julho deste
ano, foram embarcadas pa-
ra o mercado externo US$
30 bilhões de mercadorias
com insumos desonera-
dos.
Pelos números do minis-
tério, 50% dos manufatura-
dos e 25% dos semimanu-
faturados exportados es-
tão incluídos em processo
de drawback. No setor au-
tomotivo, 67% dos automó-
veis e 61% dos veículos de
carga que vão para o exte-
rior usam os incentivos tri-
butários na produção. Além
disso, 69% das vendas ex-
ternas de químicos e 50%
dos embarques de plásti-
cos ocorrem sob o regime
de drawback. Segundo Go-
dinho, para cada US$ 1 im-
portado com isenção de tri-
butos, US$ 6 são exporta-
dos pelo Brasil. ( Es ta dã oConteúdo)
Comércio exterior
em pauta: no
próximo dia 10, o
Conselho Brasileiro
das Empresas Comerciais
Importadoras e
Exportadoras (CECIEx)
realiza a sexta edição de seu
Encontro Brasileiro na
capital paulista, onde serão
debatidas as principais
tendências e desafios para o
crescimento do comércio
exterior. Entre os destaques,
o painel "As negociações
internacionais e cenários
prospectivos", que abordará
as deficiências nos
processos de negociação,
até as possíveis evoluções,
como a perspectiva de
assinatura de um acordo
comercial entre o Brasil e o
Mercado Comum Europeu.
"O governo está ciente da
importância disso, mas é
tudo muito lento – levando -
se em consideração que o
Brasil não tem acordos
internacionais de relevância,
nem com a Nafta, nem com o
Asean. Hoje, nossa
participação no mercado
internacional é de 1,2%, mas
poderia chegar a 10% caso o
Brasil conseguisse fechar
mais acordos individuais",
diz Roberto Ticoulat,
presidente do CECIEx e
coordenador de Comércio
Exterior da São Paulo
Chamber of Commerce da
Associação Comercial de São
Paulo (ACSP).
Marcel Solimeo,
economista-chefe da ACSP,
participará no painel.
Outro destaque é o painel
sobre "Tratamento Tributário
nas Exportações Diretas",
que abordará a necessidade
de uma reforma fiscal e os
principais entraves do
comércio exterior sob esse
aspecto. Já em "Ferramentas
de Incentivo à Exportação",
serão detalhados o acordo
entre a ACSP e o Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT)
da USP fechado em abril
deste ano, que dá suporte
técnico às exportadoras
associadas à entidade para
adequar seus produtos às
exigências do mercado
internacional, ou o Projeto
Extensão Industrial
Exportadora (PEIEX) da
Apex-Brasil, que tem como
foco capacitar empresas
para operar lá fora. A 6ª
edição do encontro também
terá como destaques os
painéis "O Brasil
Competitivo" e "Os Desafios
no Comércio Internacional".
Para Ticoulat, a principal
conquista desses encontros
é o reconhecimento do
governo para a atividade,
principalmente a das
comerciais-exportadoras –
ou tradings, que passaram a
ser reconhecidas como a
principal forma de inserir
empresas de todos os portes
no comércio exterior. "O
governo federal está com os
olhos voltados para o
mercado externo, mas os
processos deveriam ser
mais rápidos para melhorar
as transações internacionais
e eliminar os principais
obstáculos: os tributos e o
câmbio".
O encontro contará ainda
com Rogério Amato,
presidente da ACSP, que
abrirá o evento; com o
representante da
Associação de Comércio
Exterior do Brasil (AEB),
Fábio Medrano; com o
presidente da Apex-Brasil,
Maurício Borges, e com o
ministro da Secretaria
Especial da Micro e Pequena
Empresa, Guilherme Afif
Domingos, que falará sobre
o processo de inserção das
MPEs nas negociações
internacionais através das
tradings.
SSERVIÇOERVIÇOVI Encontro Brasileiro das
Empresas ComerciaisImportadoras e Exportadoras -
CECIEx. Dia 10/09/2014, a partirdas 8h. No Hotel Intercontinental
- Al.Santos, 1.123 -Jardim Paulista. Informações e
inscrições pelowww.encontro ceciex.com.br/.
O tempo médio de trânsito dos contêineres de importação nos terminais molhados de Santos é de 16 dias. Verdadeiro obstáculo à eficiência.
Fábio H. Mendes/Hype
Representantes da iniciativa privada e governo reunidos pelo Comus
Tina Cezaretti/Hype
Ticoulat, do CECIEx: necessidade de mais acordos comerciais.
12 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
A Associação Comercial de São Paulo, por seu Conselho de
Infraestrutura, sob a coordenação do Vice-presidente
Luiz Gonzaga Bertelli, convida para o Seminário
“O desenvolvimento e utilização da energia solar”
Programação:
9h30 Recepção, entrega de material informativo e café da manhã.
9h45 Abertura
Pronunciamento do Dr. Rogério Pinto Coelho AmatoPresidente da Associação Comercial de São Paulo – ACSP e
Federação das Associações Comerciais de São Paulo – FACESP
10h00 Apresentação do Dr. Carlos Mathias Aloysius Becker NetoPresidente da Renova Energia
10h30 Apresentação do Dr. Nelson Côrtes da Silveira Diretor Presidente da Brasil Solair
11h00 Apresentação do Dr. Gustavo Malagoli Buiatti Diretor Técnico Operacional da ALSOL Energias Renováveis
11h30 Conclusões e encerramento
Data: 10 de setembro de 2014 (quarta-feira)
Local: Associação Comercial de São Paulo
Rua Boa Vista, 51 – 9º andar – Sala Plenária
Inscrições gratuitas!Confi rme sua presença pelo telefone (11) 3180-3310
ou pelo e-mail [email protected]
País pagou R$ 1,1 trilhão de impostosO valor foi alcançado na madrugada, com 20 dias de antecedência em relação a 2013, quando a marca foi registrada somente no dia 24 de setembro.
Reprodução
OImpostômetro da
Associação Co-
merc ia l de São
Paulo (ACSP) re-
gistrou às 3h30 da madruga-
da de hoje o valor de R$ 1,1
trilhão. O montante equivale
a todos os impostos, taxas e
contribuições pagos pelos
brasileiros à União, aos Esta-
dos e aos municípios neste
ano. De acordo com a entida-
de, esse valor será alcança-
do com 20 dias de antece-
dência em relação ao ano
passado, quando a marca foi
registrada somente no dia
24 de setembro.
Para o presidente da ACSP,
Rogério Amato, os números
mostram que não há mais es-
paço para aumento da carga
tributária e que é necessário
implantar mudanças no sis-
tema fiscal do País.
"O próximo governo terá
que fazer ajuste nas finanças
públicas, paralelamente, pro-
curar o setor privado para via-
bilizar concessões e parcerias
e, assim, atacar os gargalos
que oneram o setor produtivo
e os cidadãos”, observa.
Ele menciona as principais
medidas para que isso acon-
teça. “É fundamental resta-
belecer a confiança dos em-
presários e dos consumido-
res, com um programa de
ajuste fiscal crível e uma
agenda de reformas que,
mesmo implementados gra-
dativamente, s inal izem
perspectivas de retomada
do crescimento”, conclui
Amato, que também é presi-
dente da Facesp (Federação
das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo) e
presidente-interino da CACB
(Confederação das Associa-
ções Comerciais e Empresa-
riais do Brasil).
Gastos mensais –Claro que
eles não ficariam de fora: os
gastos mensais fixos dos
brasileiros também contêm
alta carga tributária. Exem-
plo disso são as contas de
água, luz e gás, cujos percen-
tuais de de tributos embuti-
dos são de 24,02%, 48,28% e
34,04%, respectivamente.
Já nas contas de telefone e de
TV por assinatura, a carga é
de 46,12%.
Para usar transporte coleti-
vo no dia a dia, o passageiro
paga 33,75% de imposto, e a
gasolina usada por quem pre-
fere o carro para circular no
d i a a d i a t e m c a r g a d e
53,03%. Para se cuidar, os
brasileiros e brasileiras tam-
bém pagam muito imposto:
26,32% dos gastos no salão
de beleza correspondem a tri-
butos, e no caso da mensali-
dade da academia, 26,86%.
Nem os itens referentes a
educação não escapam: a
carga é de 26,32% nas men-
salidades de escolas e uni-
versidades particulares, se-
gundo o levantamento do
IBPT (Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação) -
fornecedor dos dados que
também abastecem o Im-
postômetro. (DC)
BC mantéma Selic em11%. Comoesperado.Taxa de juros foi mantida pela terceira vez
Paulo Pampolin/Hype
Amato: "Se espera que o Copom, em sua próxima reunião, reduza as taxas para estimular a economia”.
Na última ação de po-
lítica monetária an-
tes do primeiro tur-
no da eleição presi-
dencial, o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) decidiu manter a
taxa básica de juros, a Selic,
em 11% ao ano, mesmo nível
em que se encontra desde o
dia 3 de abril e dentro da ex-
pectativa de todo o mercado.
“A decisão não surpreen-
deu, mas acreditamos que ha-
veria espaço para uma redu-
ção moderada da taxa, consi-
derando o baixo nível das ati-
vidades econômicas, que não
apresentam perspectivas de
melhora no curto prazo”, afir-
mou Rogério Amato, presi-
dente da Facesp (Federação
das Associações Comerciais
do Estado de São Paulo) e pre-
sidente-interino da CACB
(Confederação das Associa-
ções Comerciais e Empresa-
riais do Brasil). “O BC, no en-
tanto, parece mais preocupa-
do com a inflação – que efeti-
vamente continua elevada –
do que com o crescimento da
economia. As medidas macro-
prudenciais adotadas recen-
temente pelo BC, visando a es-
timular o crédito, ainda não
surtiram efeitos, pelo que se
espera que o Copom, em sua
próxima reunião, reduza as ta-
xas de juros para estimular a
economia”.
Ao final da reunião do Co-
pom, a grande novidade foi a
retirada, no comunicado do
BC, da expressão "neste mo-
mento", que constava nas edi-
ções de maio e julho. Com esta
mudança, analistas do merca-
do financeiro especulam ago-
ra sobre a possibilidade ou não
de mudanças na Selic nos pró-
ximos meses, em um cenário
ainda indefinido.
O comunicado divulgado
foi o seguinte: "Avaliando a
evolução do cenário macroe-
conômico e as perspectivas
para a inflação, o Copom de-
c id iu , por unan imidade ,
manter a taxa Selic em 11%
ao ano, sem viés."
Seguiu o scriptCom a retirada da expres-
são "neste momento", o BC
deixa claro que o momento é
de esperar para ver os próxi-
mos desdobramentos econô-
micos. A instituição se fia, por
exemplo, em algum progresso
na área de crédito que possa
surgir com as medidas deter-
minadas ao final de julho e
também no início de agosto. A
autarquia desmontou todo o
arsenal macroprudencial
construído em dezembro de
2010. Fez ajustes no recolhi-
mento do compulsório, que é
uma reserva que os bancos
precisam deixar no BC, e até
determinou para essas insti-
tuições, de maneira informal e
por meio de ferramentas téc-
nicas, uma meta de cresci-
mento de 20% do crédito para
automóveis em relação ao pri-
meiro semestre de 2014.
A opção do BC pela estabili-
dade se dá em um quadro que
um bom número de economis-
tas classifica de recessão técni-
ca, com dois trimestres segui-
dos de recuo do Produto Interno
Bruto, de 0,2% no primeiro e
0,6% no segundo, e inflação
ainda em patamar elevado em
12 meses, no teto da meta per-
seguida pelo BC, de 6,5%.
O veredicto do colegiado do
Copom dado na noite de on-
tem foi mais uma vez unânime
e seguiu à risca o script aguar-
dado pelo mercado financeiro.
A maioria absoluta das insti-
tuições projetavam que a taxa
ficaria inalterada nesta reu-
nião. O próximo encontro do
Comitê está marcado para 28
e 29 de outubro, logo após o
segundo turno das eleições.
A reunião desta semana foi
a terceira seguida em que o ju-
ro foi mantido no patamar de
11%. A última vez que isso
ocorreu foi de outubro de 2012
a março de 2013, quando a Se-
lic ficou em 7,25% ao ano.
(DC/Estadão Conteúdo)
Fluxo cambial negativo surpreende
Depois da saída de US$
1,8 bilhão em julho, o
fluxo cambial, que es-
tava no terreno positivo ao
longo do mês passado, aca-
bou surpreendendo, em agos-
to, ao ficar negativo em US$
3,056 bilhões. Como informou
ontem o Banco Central (BC),
as operações financeiras res-
ponderam por uma saída líqui-
da de US$ 1,016 bilhão, dife-
rença entre ingressos de US$
44,605 bilhões e retiradas de
US$ 45,62 bilhões.
No comércio exterior, o sal-
do ficou negativo em US$ 2,04
bilhões, com importações de
US$ 17,776 bilhões e exporta-
ções de US$ 15,736 bilhões.
Estão incluídos nas exporta-
ções US$ 2,998 bilhões em
Adiantamento de Contrato de
Câmbio (ACC), US$ 3,572 bi-
lhões em Pagamento Anteci-
pado (PA) e US$ 9,166 bilhões
em outras entradas.
No acumulado de 2014 até
agosto, o fluxo cambial inver-
teu a tendência e foi negativo
em US$ 700 milhões, infor-
mou o BC. O montante até
agosto foi formado por saídas
de US$ 3,167 bilhões no seg-
mento financeiro e entradas
de US$ 2,467 bilhões na área
comercial. No mesmo período
do ano passado, o fluxo estava
positivo em US$ 2,238 bi-
lhões , com sa ída de US$
12,652 bilhões no segmento
financeiro e entrada de US$
14,89 bilhões no comercial.
Na semana passada, se-
gundo o BC, a saída de dólares
no País superou a entrada em
US$ 4,27 bilhões. Na semana
anterior, o saldo havia sido po-
sitivo em US$ 714 milhões. En-
tre os dias 25 e 29 de agosto, o
saldo ficou negativo em US$
3,257 bilhões no segmento fi-
nanceiro, que reúne opera-
ções como investimentos es-
trangeiros diretos e em cartei-
ra, remessas de lucro e paga-
mento de juros, entre outras.
O valor é a diferença entre en-
tradas de US$ 11,679 bilhões
e saídas de US$ 14,936 bi-
lhões no período. No comércio
exterior, o saldo ficou negati-
vo em US$ 1,013 bilhão. (EC)
14 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
quinta-feira, 4 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 15
A empresa FBV SERVIÇOS E PARTICIPAÇÕES LTDA., CNPJ nº 05.275.217/0001-28 e CCM 166.8179,conforme boletim de ocorrência nº 986.978/2014, comunica o extravio de 04 talões de notas fiscais Série A, AIDF nº 8731/08, não utilizadas, do nº 51 ao nº 250.
EXTRAVIO DE DOCUMENTOS:VBQ ST TROPEZ COMÉRCIO DE VESTUÁRIO E REPRESENTAÇÕES DE MODA LTDA. - CNPJ/MF 10.325.597/0006-02.Comunicamos o extravio de 150 notas fiscais modelo D-1, numeração de 001 a 150, conforme Livro 01, página 27.
Pregão Eletrônico nº 56/2014ADefensoria Pública-Geral da União, por intermédio do Pregoeiro, torna públicopara conhecimento das empresas interessadas, que realizará licitação namoda-lidade Pregão Eletrônico (Tipomenor preço por item), na Sala de licitação, si-tuada no Setor Bancário Sul, Quadra 01, Lote 27, Bloco I - Ed. Anexo, 2° subsolo,Coordenação de Licitações e Contratos, em Brasília-DF, em sessão a ser reali-zada por meio do sistema eletrônico, no endereço www.comprasnet.gov.br.OBJETO: Contratação de serviços de limpeza e conservação com fornecimentode material e equipamentos, em regime de empreitada por preço global, paraatender às Defensorias Públicas da União em Rio Branco/AC e Porto Velho/RO,conforme especificações contidas no Termo de Referência, Anexo I deste Edital.ENVIO DAS PROPOSTAS DE PREÇOS: As propostas deverão ser envia-das do momento da publicação até a data e hora marcada para aberturada sessão e são permitidas alterações neste mesmo prazo, exclusivamentepor meio do sistema eletrônico. (§ 1º e 2º Art. 21 do Decreto 5.450/2005). Datada Abertura das Propostas: 17 DE SETEMBRO DE 2014, às 10:00 h (Horá-rio de Brasília-DF). Informação Geral: Pelo e-mail [email protected] ouno telefone: (61) 3319-4363. O Edital está disponível gratuitamente no site:www.comprasnet.gov.br e www.dpu.gov.br
Marcilio Rodrigues PenhaPregoeiro/DPGU
AVISO DE LICITAÇÃO
DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DAUNIÃOCOORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS - COLIC
Consórcio Nacional Itautec - ItauleasingCNPJ 10.376.310/0001-69 NIRE 35500053242
Instrumento Particular de Distrato de 19.08.2014Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - JUCESP:certifico o registro sob o nº 333.786/14-2, em 26.08.14. (a) Flávia Regina Britto - Secretária Geralem Exercício.
ARI SERAFIM BARBOSA AUTO POSTO LTDA, torna publico que recebeu daCETESB a Licença Prévia n26001404 e requereu a Licença de Instalação, p/ AutoPosto, sito à R: Marginal do Ribeirão do Una, 1800 - Suzano - SP
Pregão Eletrônico nº 57/2014A Defensoria Pública-Geral da União, por intermédio do Pregoeiro, tornapúblico para conhecimento das empresas interessadas, que realizará licitaçãona modalidade Pregão Eletrônico (Tipo menor preço por item), na Salade licitação, situada no Setor Bancário Sul, Quadra 01, Lote 27, Bloco I - Ed.Anexo, 2° subsolo, Coordenação de Licitações e Contratos, em Brasília-DF,em sessão a ser realizada por meio do sistema eletrônico, no endereçowww.comprasnet.gov.br.OBJETO: Contratação de empresa concessionária/permissionária/autorizatáriapara a prestação de serviço telefônico fixo comutado nas modalidades local,longa distância nacional e longa distância internacional, no âmbito da DefensoriaPública da União, de acordo com as especificações descritas neste Edital.
ENVIO DAS PROPOSTAS DE PREÇOS: As propostas deverão ser enviadasdo momento da publicação até a data e hora marcada para abertura dasessão e são permitidas alterações neste mesmo prazo, exclusivamente pormeio do sistema eletrônico. (§ 1º e 2º Art. 21 do Decreto 5.450/2005). Data daAbertura das Propostas: 16 DE SETEMBRO DE 2014, às 09:00 h (Horáriode Brasília-DF). Informação Geral: Pelo e-mail [email protected] ouno telefone: (61) 3319-4363. O Edital está disponível gratuitamente no site:www.comprasnet.gov.br e www.dpu.gov.br
Marcilio Rodrigues PenhaPregoeiro/DPGU
AVISO DE LICITAÇÃO
DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DAUNIÃOCOORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS - COLIC MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
AVISO DE LICITAÇÃOPregão nº 018/2014 - Processo nº 314/2014
Acha-se aberto, no Ministério Público do Estado de São Paulo, o Pregão Presencial nº 018/2014- Processo nº 314/2014, que tem por objeto o REGISTRO DE PREÇOS para a contratação deempresa especializada para o fornecimento de licenças de uso de softwares, licenciados pelaempresa Microsoft. O Edital da presente licitação encontra-se à disposição dos interessados,gratuitamente, na Comissão Julgadora de Licitações, situada na Rua Riachuelo nº 115, 5º andar,sala 506, de 2ª a 6ª feira, das 09:30 às 18:30 horas, ou através da Internet nos Siteswww.mpsp.mp.br e www.e-negociospublicos.com.br. Os envelopes serão recebidos na sessãopública de processamento do Pregão, na Rua Riachuelo nº 115, 5º andar, sala 504, no dia 19/09/2014, e sua abertura dar-se-á às 11h30min no mesmo dia e local.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINDAMONHANGABA
HOMOLOGAÇÃOPREGÃO Nº 146/2014
A Prefeitura comunica que no PP nº 146/14, que cuida de “Contratação deempresa especializada em identificar e recuperar valores cobrados a maiore indevidos nas contas de energia elétrica”, a Autoridade Superior HOMOLOGAa ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatório supra em favor da empresa (item/lote): Impulcetto & Impulcetto Elétrica Ltda. (01).
Pindamonhangaba, 27 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 218/2014
A Prefeitura comunica que no PP nº 218/14, que cuida de “Aquisição de materialde construção civil aplicação manutenções diversas no Distrito de MoreiraCésar”, a Autoridade Superior HOMOLOGA a ADJUDICAÇÃO no procedimentolicitatório supra em favor das empresas (itens/lotes): Raul Rabello Neto EPP (03,04 e 05); Santos Gouvea Comercial Ltda. EPP (01, 02 e 06).
Pindamonhangaba, 27 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 220/2014
A Prefeitura comunica que no PP nº 220/14, que cuida de “Aquisição de materiaishidráulicos aplicação manutenções diversas no Distrito de Moreira César”,a Autoridade Superior HOMOLOGA a ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatóriosupra em favor da empresa (itens/lotes): Raul Rabello Neto EPP (01, 02, 03, 04,05, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23, 24, 25 e 26). Itensimprósperos: 06. Itens desertos: 13, 21, 22 e 27
Pindamonhangaba, 28 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 244/2014
A Prefeitura comunica que no PP nº 244/14, que cuida de “Aquisição de suportede Tv, mesa para escritório, mesa auxiliar, forno micro-ondas, bebedouros,filtro elétrico para galão de água, ventiladores, geladeira duplex, fogão 04bocas, DVD player, lavadora de alta pressão, armário de cozinha, mesa reta,arquivo, cadeira fixa, longarina e gaveteiro”, a Autoridade Superior HOMOLOGAa ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatório supra em favor das empresas (itens/lotes): 7R Comercial Ltda. ME (04 e 07); A. P. de Oliveira Comércio de Móveispara Escritório ME (15, 16 e 17); CT Araújo Móveis ME (05, 06, 08, 12 e 14);Isabelle Castro Lemos EPP (02 e 19); Luiz C. de Melo Souza Lorena ME (09 e13); Marfvale Comércio e Representação de Móveis para Escritório Ltda. EPP(18 e 20). Item deserto: 03. Itens imprósperos: 01, 10, 11.
Pindamonhangaba, 26 de agosto de 2014.PREGÃO Nº 254/2014
A Prefeitura comunica que no PP nº 254/14, que cuida de “Aquisição de arcondicionado para nova unidade de Saúde do bairro terra dos Ipês II, prontoatendimento infantil e novo centro de Fisioterapia”, a Autoridade SuperiorHOMOLOGA a ADJUDICAÇÃO no procedimento licitatório supra em favor dasempresas (itens/lotes): A. B. Dalfre ME (04); DLT Prado ME (01); RefrigeloClimatização de Ambientes Ltda. (02, 03, 05, 06, 07 e 08).
Pindamonhangaba, 29 de agosto de 2014.
DECLARAÇÃOÀPRAÇARogerio Martim Rodrigues Roupas ME, comsede naAvenida Rebouças,3.970,1º Piso/ Loja 212,Pinheiros, São Paulo/SP, CNPJ 06.894.130/0001-00e Inscrição Estadual 116.866.884.116 declara paraos devidos fins de direito que EXTRAVIOU os 4Talões modelo 2 - Nota Fiscal deVenda ao Consumi-dor Série D1, números 301 a 500. Ficando os mes-mos sem efeito legal, fiscal ou comercial.
Opinião S/ACNPJ 03.729.970/0001-10 - NIRE 35.300.196.392
Edital de Convocação – AGOFicam convocados os acionistas a se reunirem em AGO a ser realizada às 10hs do dia 18.09.2014, na sedesocial, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) exame das demonstrações financeiras do exercíciofindo em 31.12.2013; b) destinação dos resultados; c) instalação do conselho fiscal; e d) eleição da diretoria efixação dos respectivos poderes, atribuições e remuneração para o presente exercício. São Paulo, 04.09.2014.A Diretoria (04, 05 e 06/09/2014)
SUSPENSÃO e REAGENDAMENTO DELICITAÇÃO. Fica SUSPENSA a realização doPregão Presencial 92/2014 no dia 08/09/2014,às 09h00, cujo objeto é o REGISTRO DEPREÇOS DE TAMPÃO E GRELHA EMFERRO FUNDIDO, devido a readequação deprazo de entrega. Fica REAGENDADA para adata de 17/09/2014 às 09:00h. LOCAL DALICITAÇÃO: Sala de Licitações do PaçoMunicipal, na Praça Cel. Brasílio Fonseca, 35,Centro, Guararema – SP. O Edital poderá serlido e obtido na íntegra no Paço Municipal, noperíodo das 08h30min às 16h00. Osinteressados poderão obter o Edital por e-mail,enviando mensagem eletrônica para oendereço [email protected],informando os dados da empresa, amodalidade e o número da licitação. Outrasinformações podem ser obtidas pelo telefone(11) 4693-8016. ADRIANO DE TOLEDOLEITE, Prefeito Municipal.
JAGUARÍ ENERGÉTICA S/ACNPJ/MF nº 05.505.422/0001-32 - NIRE nº 35.300.194.331
ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA REALIZADA EM 31 DE JANEIRO DE 2012Data, Hora e Local: 31/01/2012, 10 horas, sede social. Convocação: Dispensada. Quorum: 100%.Mesa: Carlos AndréAndrioni Salgueiro Lourenço, Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço, Secretário. Aprovações Unanimes:a) Alterado nome empresarial conforme Artigo 1º: A sociedade anônima, operará sob denominação de Jaguari HoldingS/A regida pelo estatuto social e disposições legais aplicáveis. b) Alterado objeto social conforme Artigo 4º: Companhiatem por objeto social participação em outras sociedades na qualidade de sócia ou acionista atuando como Holding. c)Aumento do capital social. Passando de R$ 10.000,00 para R$ 44.639.997,00. Elevação de R$ 44.629.997,00 emissãode 44.629.997 ações ordinárias nominativas valor nominal de R$ 1,00 cada, conforme Boletim de Subscrição: l) CarlosAndré Andrioni Salgueiro Lourenço:14.876.666 ações. 2) Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço: 14.876.666 ações.3) Ana Paula Lourenço de Toledo:14.876.665 ações. Integralização efetuada neste ato, através da conferência das44.629.997 quotas detidas pelos acionistas Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço,Guilherme Andrioni SalgueiroLourenço e Ana Paula Lourenço de Toledo na Construtora Gomes Lourenço Ltda, CNPJ 61.069.050/0001-10 e contratosocial registrado na Jucesp, Nire nº 35.211.528.454, conforme laudo avaliatório. Artigo 5º: Capital totalmente subscritoe integralizado é R$ 44.639.997,00 dividido em 44.639.997 ações ordinárias nominativas, valor nominal R$1,00 cada.Encerramento:Lavrada, lida, aprovada e assinada no inteiro teor para registro na Jucesp e publicação na formada lei. Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço: Presidente e Guilherme Andrioni Salgueiro Lourenço:Secretário.Acionistas: José Salgueiro Lourenço, Alice Andreoni Lourenço,Carlos André Andrioni Salgueiro Lourenço,GuilhermeAndrioni Salgueiro Lourenço e Ana Paula Lourenço de Toledo. Certidão Jucesp n° 102.859/12-7 em 08/03/2012.
INSTITUTO LABOR&VITACNPJ/MF nº 06.072.239/0001-53
EDITALDECONVOCAÇÃO -ASSEMBLEIAGERALORDINARIAO Conselho deAdministração do Instituto Labor &Vita - São Paulo, no uso das atribuições que lhe confere o artigo20º Parágrafo Único do Estatuto Social, convoca os associados para se reunirem emAssembleia Geral Ordinária,a ser realizada nodia 19de setembrode2014, objetivando melhor acomodação dos associados,àRuaAmadorBueno, 811, sala 01, Jardim Promissão, Santo Amaro, São Paulo, Capital, às 08:00 horas, em primeiraconvocação, compresença damaioria dos associados empleno gozo de seus direitos e às 08:30 horasem segunda convocação e em terceira convocação às 09:00 horas comqualquer número de sócios empleno gozo de seus direitos, caso não obtenha o quorum mínimo para instalação da Assembleia Geral, serárealizada uma nova Assembleia após 30 dias da publicação desta, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:1) Prestação de Contas dos Órgãos de Administração acompanhando os pareceres do Conselho Fiscal, explicandosobre as Demonstrações Financeiras e Balanço Anual do Exercício de 2013; 2) Homologação das Contas e Balançopelo Conselho Fiscal; 3) Renovação de Membros do Conselho Fiscal; 4) Programação Anual da Entidade; 5) Eleiçãode Membros da Diretoria;6)Assuntos Gerais.
São Paulo,02 de Setembro de 2014.CLOVIS FREIREDEMOURA - Presidente
Plutão Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 19.439.486/0001-97
NIRE 35.300.462.106Ata da Assembleia
Geral Extraordinária realizada em02 de Junho de 2014, às 10:00 horas
CERTIDÃO: Certifico o registro na JUCESP sobnº 345.918/14-9 em 29.08.2014. Flávia ReginaBritto - Secretária Geral em Exercício.
PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP
PREGÃO Nº 323/14A PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ informa que se acha aberto o pregão presen-cial nº 323/14, que cuida do Registro de Preços para eventual prestação de serviçode manutenção preventiva e corretiva das máquinas rodoviárias pertencentes à FrotaOperacional da P.M.T., com encerramento dia 17.09.14, às 08h30, junto ao respectivoDepartamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ouà Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08hs às 12 hs edas 14hs às 17 hs, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custodo edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br. PMT., aos 03.09.14
JOSE BERNARDO ORTIZ MONTEIRO JUNIOR – Prefeito Municipal
PREFEITURA MUNICIPAL DE
TAUBATÉ/SPCONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 19/14
A PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ, pela Presidência da Comissão Permanente deLicitações e com base na Lei Federal nº 8.666/93 e suas alterações, torna público aosinteressados, que se acha aberta: Concorrência Pública nº 19/14 – Reforma do P.S.F.Piratininga, localizado na Av. Antonio Cursino dos Santos, 445 – Parque Piratininga, comvencimento às 08h30 do dia 06.10.14. O Edital completo encontra-se disponível noDepartamento de Compras, no horário das 08h às 12h e das 14h às 18h, podendo seradquirido mediante recibo original de depósito do Banco Santander, Agência 0056, Conta-Corrente nº 45000273-2, no valor de R$ 52,00 (Cinquenta e Dois Reais) cada edital ougratuitamente no site desta Prefeitura www.taubate.sp.gov.br.
Taubaté/SP, aos 03/09/14.Márcia Ferreira dos Santos – Presidente C.P.L.
GIUSTI E CIA. LTDA. torna público que requereu na CETESB a Renovação da Licença de Opera-ção, para Fab. de Artefatos de Trefilados, sito à Rua Itália Giusti, nº 324, Vila Carmosina, Capital, São Paulo, CEP 08270-698.
PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA
COMUNICADO ADIAMENTOPREGÃO Nº 226/2014
A Prefeitura comunica que o PP no 226/2014,“Aquisição de óleos automotivos,graxa, detergente, desengraxante, removedor, limpa pneu e silicone a ser aplicados nas viaturas e máquinas desta municipalidade, visando atender as necessidades de manutenção e conservação dos veículos pertencentes à frota municipal”, fica adiado, nova data de abertura dia: 17 de outubro de 2014. Motivo: alteração do Termo de Referência – Anexo VII.
Pindamonhangaba, 03 de setembro de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE SINOP-MTAVISO DE RESULTADO
CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 002/2014A Prefeitura Municipal de Sinop/MT, através da Comissão Especial de Licitação, torna público o resultado da licitaçãona modalidade Concorrência Pública no 002/2014, destinada a outorga da concessão em caráter de exclusividade paraprestação dos serviços públicos municipais de abastecimento de água e esgotamento sanitário, no Município de Sinop,no qual se sagrou vencedora a empresa AEGEA SANEAMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A. (CNPJ/MF 08.827.501/0001-58),procedimento homologado em 03 de setembro de 2014.
Sinop/MT, 03 de setembro de 2014.JUVENTIVO JOSÉ DA SILVA - Presidente da C. E. L. - Portaria no 103/2014
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica a ABERTURA do PregãoPresencial nº 22/2014 - Processo nº 2.029/2014, destinado a contratação de empresa paraprestação de serviços técnicos especializados de leitura de hidrômetros, emissão simultânea,repasse imediato de contas de consumo de água, supressão e religação do fornecimento deágua no Serviço Autônomo de Água e Esgoto do município de Sorocaba, SESSÃO PÚBLICAdia 18/09/2014 às 15:00 horas. Informações pelo site www.saaesorocaba.com.br, pelostel. (15) 3224-5814/5815, ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, nº 1.285, no Setor deLicitação e Contratos. Sorocaba, 03 de setembro de 2014. Ivan Flores Vieira - Pregoeiro.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que acha-se publicadono Sistema Eletrônico do Banco do Brasil, o Pregão Eletrônico nº 76/2014 - Processo nº5196/2014, destinado ao fornecimento de polímero orgânico sintético catiônico. SESSÃOPÚBLICA dia 17/09/2014, às 10:00 horas. Informações pelo site www.licitacoes-e.com.br, pelos telefones: (15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmente na Av. Pereira daSilva, 1.285, no Setor de Licitação e Contratos. Sorocaba, 03 de setembro 2014.
Ema Rosane Lied Garcia Maia - Pregoeira.
PREFEITURAMUNICIPAL DE BIRIGUIRETI-RATI DO EDITAL Nº 142/2.014 - PREGÃO PRESENCIALNº 118/2.014. OBJETO:- Fica alterada a cláusula 1.10.3 do Editale o Anexo II do Pregão Presencial nº 118/2014 que objetivaa Contratação de consultoria especializada para elaborar oPlano Municipal de Saneamento Básico do Município de Biriguiconforme Lei Federal nº 11.445/2007, devendo abranger todo oterritório (urbano e rural) e contemplar os quatro componentes dosaneamento básico, que compreende o conjunto de serviços deinfraestrutura e instalações operacionais de I) Abastecimento deágua, II) Esgotamento sanitário, III) Drenagememanejo das águaspluviaisurbanase IV)Limpezaemanejodos resíduos.Emrazãodag , ) g , ) g j g
retificação altera-se a data da abertura para: 22/09/2.014, às 08:00horas.Melhores informações poderão ser obtidas junto aSeçãode
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Licitações na Rua Santos Dumont nº 28, Centro, ou pelo telefone(018) 3643-6126. O Edital e sua retificação poderão ser lidosnaquela Seção e retirados gratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br.PedroFelícioEstradaBernabé,PrefeitoMunicipal,Birigui,03/09/2.014.q ç g g pg
Barbosa Mello Participações e Investimentos S.A.CNPJ/MF nº 13.419.211/0001-05 - NIRE 35300453832
Ata de Reunião do Conselho de Administração em 12/08/2014Data, Hora e Local: 12/08/2014, às 10 horas, na sede, em São Paulo/SP, na Rua Renato Paes de Barros 750, Conjuntos 102/103,Bairro Itaim Bibi. Convocação: Dispensada. Presença: Presentes todos os Conselheiros. Mesa: Presidente: Guilherme MoreiraTeixeira, RG nº 40.438/D, CPF/MF nº 518.362.976-53, residente e domiciliado em Nova Lima/MG; Secretário: Orlando CavalcantiLobato, RG nº 94.699, CPF/MF nº 000.567.406-97, residente e domiciliado em Belo Horizonte/MG. Ordem do Dia e DeliberaçõesTomadas Por Unanimidade: Após discussão da matéria constante da Ordem do Dia, os membros do Conselho de Administração daCompanhia deliberam, por unanimidade de votos, nos termos das alíneas c e f, do inciso VIII do art. 15 do Estatuto Social, concederautorização para que a Companhia, por meio de qualquer de seus diretores (Diretor Presidente ou Diretora sem Designação Especí-fica), associe-se com a OTP, a fim de, conjuntamente, participarem da Licitação. A autorização compreende a celebração de todose quaisquer documentos necessários à participação na Licitação e desenvolvimento da Operação, incluindo, mas não se limitandoa, a celebração e/ou o oferecimento dos seguintes documentos: (a) Proposta Econômica, conforme definido pelo item 10 do editalda Licitação; (b) Documentação de Qualificação Técnica, conforme definido pelo item 9 do edital da Licitação; (c) Documentaçãode Habilitação, conforme definido pelo item 11 do edital da Licitação; (d) Instrumento Particular de Compromisso de Constituiçãode Sociedade de Propósito Específico, a ser celebrado entre a Companhia e a OTP; (e) Instrumento Particular de Constituição de So-ciedade de Propósito Específico, a ser celebrado entre a Companhia e a OTP; (f) Termo de Compromisso Particular de Constituiçãode Consórcio, a ser celebrado entre a Companhia e a OTP; (g) Termo Particular de Constituição de Consórcio, a ser celebrado entrea Companhia e a OTP; (h) Acordo de Acionistas da Sociedade de Propósito Específico, a ser constituída no âmbito da Operação;(i) Instrumentos de garantias necessários à participação na Licitação e/ou Operação; e (j) Instrumentos de mandato ad negotiaoutorgados pela Companhia a terceiros para execução dos instrumentos acima listados e quaisquer outros atos necessários àparticipação na Licitação e/ou Operação. Encerramento: Formalidades legais. Guilherme Moreira Teixeira - Presidente, OrlandoCavalcanti Lobato - Secretário. JUCESP nº 334.480/14-0 em 27.08.14. Flávia Regina Britto - Secretária Geral.
Requerente: Ponto Solar Comercial Ltda. Requerido:Locativa Locação de Veículos Ltda. Rua Carlitos, 656/681 – Chácara Belenzinho - 2ª Vara de Falências.
FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 03 de
setembro de 2014, na Comarca da Capital, os seguin-tes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e
recuperação judicial:
Supermercados olham para pequenosPedro Celso Gonçalves assumiu a presidência da Apas. Entre suas metas, pretende reforçar parcerias com escolas profissionalizante para formar empree n d e d o re s .
Paula Cunha
Uma gestão que refor-
çará a capacitação
dos prof issionais
que atuam nos su-
permercados paulistas. Esta é
a principal meta de Pedro Cel-
so Gonçalves, novo presiden-
te da Associação Paulista de
Supermercados (Apas) para o
biênio 2014/2016. Ele assume
uma entidade que conta com
1.299 associados que, juntos,
representam 85% do fatura-
mento do segmento no estado
de São Paulo.
Durante a cerimônia de pos-
se, realizada ontem, Gonçal-
ves ressaltou que a nova dire-
toria enfatizará as ações vol-
tadas aos pequenos e médios
supermercadistas, que en-
frentam um contexto de retra-
ção nas vendas em conse-
quência do aumento da infla-
ção de alimentos. Apesar des-
te quadro , e le se mostra
otimista e lembra que "o pe-
queno empresário de hoje se-
rá o médio amanhã", por isso,
"é preciso auxiliá-lo na tarefa
de se adaptar às mudanças
que ocorrem no segmento,
que é muito dinâmico".
Segundo Gonçalves, serão
reforçadas as parcerias firma-
Fábio H. Mendes/Hype
Gonçalves: pequenos precisam se adaptar ao dinamismo do setor.
das entre a Escola Apas e enti-
dades de ensino profissionali-
zante como o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial
(Senai), bem como com forne-
cedores, para a realização de
oficinas práticas para os asso-
ciados.
Giovanni Guerra, superin-
tendente de Produtos e Ope-
rações da Federação das As-
sociações Comerciais do Esta-
do de São Paulo (Facesp), este-
ve na posse. Para ele, "Os
associados da Apas são em-
preendedores natos que en-
frentam com competência os
desafios que o País impõe à li-
vre iniciativa".
Guerra lembrou que a Apas
firmou com Facesp uma parce-
ria para lançar o cartão Ali-
mentação Facesp/Apas. A me-
ta é a redução dos custos, já
que a taxa cobrada é de 1,8%,
60% inferior à dos serviços
oferecidos pelo mercado.
O ex-presidente da Apas,
João Galassi, lembrou que a
associação sempre teve a for-
mação dos associados como
meta básica. Entre suas prin-
cipais ações destacou a cria-
ção do Escritório de Projetos e
dos escritórios regionais no
ABC, em Guarulhos e em Osas-
co e o apoio à desoneração dos
produtos da cesta básica.
16 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Latinos colhem o sonho americanoCresce o número de hispânicos que começaram assalariados e agora são donos de fazendas nos Estados Unidos. Segundo o censo agrícola, já são 67 mil.
Tanzina VegaThe New York Times
Quando Arturo Flo-
res tinha 15 anos,
uma batida da polí-
cia de imigração
num viveiro de flores japonês
virou sua vida de cabeça para
b a i xo.
Os proprietários precisa-
vam de operários para substi-
tuir os levados pelos policiais e
ele foi incumbido de cortar flo-
res. Paulatinamente, foi su-
bindo de funções, para emba-
lagem e entrega. Em meados
da década de 1980, recebeu
um telefonema de dois em-
presários interessados em
abrir um negócio no ramo, que
o convidaram a administrar as
entregas e distribuição. Hoje
em dia, Flores, de 50 anos, pre-
s ide a Centra l Ca l i forn ia
Flower Growers, em Watson-
ville, distribuidora no condado
de Santa Cruz que vende mais
de cem variedades de flores e
outras plantas.
O setor agrícola dos Estados
Unidos ainda é dominado pe-
los brancos, mas Flores faz
parte de um número crescen-
te de latinos que são donos e
operam granjas pelo país. Em-
bora o número total de fazen-
das nos EUA tenha caído 4%
entre 2007 e 2012, durante o
mesmo período o número de
estabelecimentos tocados
por hispânicos aumentou
21%, de 55.570 para 67 mil,
segundo dados divulgados
em maio pelo censo agrícola
americano. Os números sinali-
zam um padrão pequeno e
consistente de crescimento
no agronegócio entre os lati-
nos, muitos dos quais passa-
ram do trabalho nas planta-
ções às cadeiras nos escritó-
rios centrais.
Muitos, como Flores, emi-
graram do México nas déca-
das de 1970 e 1980 e subiram
na hierarquia, começando na
colheita e terminando na ad-
ministração do negócio. Eles
têm histórias norte-america-
nas clássicas de vitória graças
ao próprio suor, determinação
e um pouquinho de sorte. Al-
guns são donos da terra que
cultivam enquanto outros ar-
rendam. Muitos empregam
mexicanos cujo idioma e tare-
fas entendem intimamente.
SONHO AMERICANOSalvador Vasquez, de 56
anos, dono da Vas Vision Berry
Farms em Watsonville, cuja
especialidade são os moran-
gos, veio do México para os Es-
tados Unidos aos 11 anos de
idade. Ele atribui sua ascen-
são de coletor de frutas a su-
pervisor à capacidade de se
comunicar em inglês e espa-
nhol com os trabalhadores e
supervisores nas fazendas em
Wa t s o n v i l l e .
Entretanto, não foi uma su-
bida fácil. Em 1989, Vasquez
era supervisor durante o dia e
trabalhava nas plantações à
noite. "Se eu dormisse nove
horas em cinco dias era mui-
to", recorda.
Na década de 1990, super-
visionou mais de 2.500 funcio-
nários da fazenda e, em 2000,
era um dos proprietários do
negócio. "É preciso trabalhar
duro pelo sonho norte-ameri-
cano, mas é possível chegar
lá", afirma.
Sergio Silva, 53 anos, é dire-
tor-presidente da Rancho Es-
pinoza em Salinas, empresa
que cultiva e distribui bulbos
de copos-de-leite usando o
nome Coastal Callas. Silva, cu-
jos pais obtiveram vistos per-
manentes depois de serem
trabalhadores hóspedes no
setor agrícola californiano,
chegou à Califórnia com 13
anos de idade. Depois de penar
para aprender inglês, largou o
colegial e foi trabalhar no Vale
Salinas, "fazendo qualquer tipo
de trabalho na lavoura em que
se possa pensar".
Aos 22 anos, conseguiu em-
prego num viveiro de sementes
de frutas e verduras, cujos pro-
prietários eram dois investido-
res e foi subindo de postos –pri -
meiro semeando, depois ope-
rando máquinas e, por fim,
atuando como supervisor. Em
1994, Silva investiu US$ 15 mil
de sua poupança para comprar
ações da empresa e terminou
virando seu presidente.
Hoje, ele e o sócio, Adrian
Espinoza, de 36 anos, mexica-
no-americano de primeira ge-
ração, portador de um diplo-
ma em ciências agrícolas da
faculdade de Fresno, investi-
ram US$ 1,4 milhão de dinhei-
ro do próprio bolso na produto-
ra de flores.
A maioria dos negócios agrí-
colas de propriedade de hispâ-
nicos é familiar, como a de Vas-
quez; ele emprega as filhas pa-
ra ajudá-lo a tocar a empresa.
José R. Fernandez, presidente
da Fernandez Brothers, produ-
tor de morangos em Salinas,
espera que o filho de 19 anos
entre na companhia.
Alguns dos hispânicos jo-
vens da segunda ou terceira
geração que estão entrando
agora no setor chegam com
diplomas avançados em agri-
cultura ou administração.
"Os trabalhadores rurais de
primeira geração subiram tra-
balhando em termos de res-
ponsabilidade e agora nós ve-
mos muitos de seus filhos tendo
a oportunidade de cursar o en-
sino superior", diz Charles
Boyer, diretor da Faculdade Jor-
dan de Ciências Agrícolas e Tec-
nologia, da Universidade Esta-
dual da Califórnia, campus de
Fresno. "Essas pessoas perce-
bem que a agricultura oferece
uma ampla gama de oportuni-
dades, passando pelo aspecto
comercial, de controle de quali-
dade e científico".
BUSCA DE MÃO DE OBRACom mais hispânicos che-
fiando fazendas, muitos deles
na região afirmam que a políti-
ca imigratória norte-america-
na vem tornando cada vez
mais difícil encontrar traba-
lhadores. Vazquez, o planta-
dor de morangos, afirmou que
cinco hectares de sua proprie-
dade não foram cultivados no
ano passado devido à falta de
mão de obra. "É uma perda in-
crível", lamenta.
Já Silva, o produtor de co-
pos-de-leite em Salinas, apoia
os programas de trabalhado-
res hóspedes que permite que
operários sazonais entrem le-
galmente no país.
Talvez por causa de seu pas-
sado, muitos dos agricultores
se orgulham de tratar bem os
trabalhadores. Flores, o distri-
buidor de flores em Watsonvil-
le, conta que está procurando
planos de aposentadoria para
seus funcionários. Ele man-
tém uma cantina bem cuidada
que conta com um altar com
imagens católicas, tais como a
Virgem Maria, cafeteiras e
uma grelha ainda com man-
chas de gordura da carne que
foi assada naquele dia.
Boa parte do crescimento
nas fazendas geridas por hispâ-
nicos espalhadas pelo país se
concentrou em propriedades
pequenas e médias. Agriculto-
res de menor escala esperam
que a popularidade aumentada
das frutas e verduras orgânicas
ajude a elevar a receita.
Francisco Serrano, de 52
anos, costumava administrar
81 hectares de produção ex-
tensiva antes de reduzir para
uma granja orgânica muito
menor em Watsonville onde
cultiva produtos como couve e
beterraba. Cansado da carga
horária exaustiva na agricul-
tura industrial, Serrano arren-
da perto de cinco hectares de
uma organização local sem
fins lucrativos chamada Agri-
culture and Land-Based Trai-
Fotos: Jim Wilson/The New York Times
ning Association, que ensina
principalmente estudantes la-
tinos a se tornarem produto-
res de alimentos orgânicos.
A exemplo de muitos produ-
tores rurais, Serrano arrenda a
terra porque é mais barato.
Segundo ele, a recessão difi-
cultou os planos de fazendei-
ros hispânicos que conhecia,
sendo que alguns dos que ten-
taram comprar terra perde-
ram as casas e as terras. Em
contrapartida, agricultores
como Sergio Silva esperam
que o investimento em terras
dê grandes resultados.
Há pouco tempo Silva ga-
rantiu uma linha de crédito pa-
ra comprar quatro hectares e
estufas no valor de US$ 1,3 mi-
lhão. Recentemente, um bu-
quê de copos-de-leite com
tons roxos e rosas podia ser
visto em sua mesa.
"Rezo muito para que dê
certo", assegura.
Flores (esq.): hoje, preside uma distribuidora que vende mais de cem variedades de flores e plantas; no início, aos 15 anos, era apenas um cortador de flores.
Vasquez: subida difícil, dormindo nove horas a cada cinco dias.
Silva (esq.): começou semeador; depois, foi operador de máquinas e, por fim, supervisor. Até virar dono.