Difração e Interferencia
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Objetivo
O experimento visa o estudo dos fenômenos ondulatórios como a difração e
interferência através da análise da largura de suas fendas (simples ou dupla) e da
distância entre duas fendas.
Introdução teórica
Difração
A propagação de uma onda se dá pela sua passagem em um anteparo (fenda
com dimensões relacionadas ao comprimento de onda), tal fenômeno é denominado
difração. A onda difratada se propagará em direções oblíquas a direção de
incidência.
Difração por uma fenda simples
A difração por uma fenda consiste em uma onda que atravessa uma abertura
estreita de largura a e produzem a figura de difração, em uma tela de observação,
que contem um máximo central e diversos máximos secundários. Estes obedecem a
equação a seguir que evidência a separação dos mínimos (franjas escuras) através
de um ângulo θ do eixo central.
a . sinθ=m .λ (m=±1 ,±2 , ±3…)
onde: (1)
a – largura da fenda;
θ – ângulo do máximo central até o primeiro mínimo;
λ – comprimento de onda da luz;
m – ordem do mínimo (1 para o primeiro, 2 para o segundo, e assim
sucessivamente, contando a partir do centro).
A figura 1(a) mostra esquematicamente uma onda com certo comprimento de
onda λ encontrando uma fenda de largura a = 6,0λ se alarga após passar pela
abertura. A figura 1 (b) ilustra a propriedade da difração: quanto mais estreita a
fenda, maior é a difração.
Figura 1. Difração de uma onda em fenda simples. (Halliday & Resnick, 2009)
Interferência
A interferência ocorre quando as ondas se sobrepõem. A onda resultante é
obtida somando-se as amplitudes das ondas primárias em cada ponto do espaço.
Dependendo da diferença de fase entre elas, a amplitude final pode ser maior ou
menor do que as amplitudes originais, ou nula. (Oliveira, 2010)
Interferência em fenda dupla
Um dos primeiros cientistas a realizar experiências de luz de interferência foi
Thomas Young. Este realizou um experimento que consiste em emitir uma onda
incidente sobre a fenda S0 que difrata a mesma produzindo ondas semicirculares.
Ao se depararem com o anteparo B, as ondas difratadas anteriormente se
comportam como duas fontes luminosas. Essas ondas quando deixam S1 e S2 se
combinam formam um padrão de interferência, composto de máximos e mínimos na
tela de observação C, como mostra a figura 2.
Figura 2. Experimento de interferência de Young. (Halliday & Resnick, 2009).
A intensidade da luz em qualquer ponto da tela de observação depende da
diferença entre as distâncias percorridas pelos raios de luz entre as fendas e o ponto
considerado. Se a diferença é um número inteiro de comprimentos de onda, as
ondas interferem construtivamente e a intensidade luminosa é máxima. Se a
diferença é um número ímpar de meios comprimentos de onda, as ondas interferem
destrutivamente e a intensidade luminosa é mínima. Em termos matemáticos, as
condições para que a intensidade luminosa seja máxima e mínima são:
Para máximos, franjas claras: (2)
d . senθ=m .λ (m=0 ,1,2,3… )
Para mínimos, franjas escuras: (3)
d . senθ=(m+ 12 ) . λ(m=0,1,2,3…)
onde θ é o ângulo entre os raios luminosos e uma perpendicular à tela passando por
um ponto equidistante das fendas, e d é a distância entre as fendas. (Halliday &
Resnick, 2009).