Diretrizes para o manejo clinico de pessoas com doencas ...

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Diretrizes para o manejo clínico de pessoas com doenças gastrointestinais Departamento de Apoio à Gestão do SUS Divisão de Regulação

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Diretrizes para omanejo clínico depessoas com doençasgastrointestinais

Departamento de Apoio à Gestão do SUS Divisão de Regulação

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Equipe de Formulação:Grupo Técnico da Regulação

Grupo Técnico da Atenção BásicaGrupo Técnico da Atenção EspecializadaGrupo Técnico Assistência FarmacêuticaGrupo Técnico Urgência e EmergênciaGrupo Técnico Complexo Hospitalar

2014Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou

qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e

imagens desta obra é da área técnica.

Elaboração, distribuição e informações: Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo

Secretaria de Saúde Departamento de Apoio à Gestão do SUS

Divisão de Regulação Rua Continental, 543 – Parque São Diogo

CEP: 09770-000 - Fone: 4126-4300

Email: [email protected]

Ficha Catalográfica Brasil. Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo. Secretaria de

Saúde. Coordenação do Departamento de Apoio a GestãoCentral Municipal de Regulação

Diretrizes para o manejo clínico de pessos com doenças gastrointestinais.Vol. 1, 1º edição, São Bernardo do Campo, 2014

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Diretrizes para o manejo clínicode pessoas com doenças

gastrointestinais

PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPOSECRETARIA DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE APOIO À GESTÃODIVISÃO DE REGULAÇÃO

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ÍNDICE

Apresentação

Fluxograma de manejo inicial da dispepsia

Fluxogramada doença do refluxo gastroesofágico

Fluxograma da endoscopia digestiva alta

Efeitos colaterais das medicações e interação medicamentosa

Fluxograma de triagem do câncer colorretal

Fluxograma do diagnóstico diferencial da síndrome do intestino irritável

Fluxograma da abordagem diagnóstica da diarreia crônica

Fluxograma da colonoscopia

Referências bibliográficas

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APRESENTAÇÃO

As Diretrizes para Manejo Clínico de Pessoas com Doenças Gastrointestinais têm

como finalidade apoiar os profissionais de saúde na produção do cuidado para as pessoas

com doenças gastrointestinais de maior ocorrência na rede de saúde municipal,

qualificando o processo de identificação de usuários com maior risco de patologia grave,

como as neoplasias, realização de diagnóstico e desenvolvimento do projeto terapêutico.

Este trabalho foi construído de forma participativa, com a articulação entre

departamentos, regulação, assistência farmacêutica, unidades de saúde e Complexo

Hospitalar da Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo. A elaboração coletiva

dessa proposta, e sua discussão e socialização através de reuniões, seminários e oficinas

de trabalho é uma aposta de que estes movimentos podem qualificar o cuidado em saúde

para a população de São Bernardo do Campo, tendo a educação permanente como

dispositivo para organização da rede de saúde cuidadora.

Assim, os trabalhadores da rede de saúde de SBC terão à sua disposição para

consulta, material construído a partir de consenso produzido entre os envolvidos neste

processo, baseado em literatura atualizada, organizado em forma de protocolo, para

apoiar na prática cotidiana das equipes de saúde, com recomendações para avaliação e

condutas pertinentes.

Este material se propõe a apoiar e qualificar o processo de trabalho nas Unidades

Básicas de Saúde, Centros de Especialidades, Unidades de Pronto Atendimento e

Hospitais, além de propiciar maior integração e articulação entre as equipes de saúde com

a definição de fluxos, atribuições e responsabilidades na produção do cuidado.

A Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo promoveu a elaboração do

primeiro volume das Diretrizes para Manejo Clínico de Pessoas com Doenças

Gastrointestinais acreditando radicalmente na qualificação do cuidado em saúde

ofertado para a população de SBC.

ODETE CARMEM GIALDISecretária de Saúde

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Objetivo: Orientar a abordagem diagnóstica e terapêutica inicial dopaciente adulto ou idoso, com queixa de dispepsia, sem investigaçãoprévia, que busca a Atenção Básica para resolução dos sintomas.

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(1)- Má digestão- Pirose- Regurgitação- Náusea- Vômitos- Saciedade precoce- Eructação excessiva

(2) Sinais de alarme:- Sangramento GI agudo/crônico (melena/hematêmese)- Perda de peso involuntária progressiva- Vômitos persistentes- Anemia por deficiência de ferro- Massa epigástrica- Doença péptica ulcerosa prévia- História familiar de câncer gástrico

INÍCIO

Pirose, azia, regurgitação?

Abordar como doença do refluxo

gastresofágico

Há sinais de alarme (2) ou > 50 anos?

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

Resultadopositivo?

ENCAMINHAR PARA GASTROENTEROLOGISTA

Excluir doenças cardíacas ou biliares

Sintomas de dispepsia (1) com

recorrência ou persistência de dor

ou desconfortoepigástrico

SIM

NÃO

SIM

NÃO

NÃO SIM

Fluxograma de manejo inicialda dispepsia

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7 | Diretrizes para o manejo clínico de pessoas com doenças gastrointestinais

Faz uso de medicamentos (3)

que podem ser responsáveis pelos

sintomas dispépticos?

(3)- AINH- Antagonistas do cálcio- Nitratos- Teofilina- Bifosfonatos- Coticosteroides,

(4)- Alimentação saudável- Redução do peso- Suspensão tabagismo- Evitar: álcool, café, chocolate, frutas ácidas, pimenta, molho de tomate e refrigerantes

(5)- Albendazol 400 mg VO, 01 cp por 3 noites e repetir após 20 dias- Metronidazol 250 mg VO , 1 cp 8/8 horas por 7 dias

(6)- Omeprazol 20mg VO , 01 cp ½ hora antes do café da manhã e do jantar

REVER MEDICAÇÕES

ACONSELHAMENTO ESTILO DE VIDA (4)

TRATAR PARASITOSE (5)

Inibidor da bomba de próton por 4 a 6

semanas (6)

Houve melhora após4 a 12 semanas?

DISPEPSIA RESOLVIDA

SIM

SIM

NÃO

Fluxograma de manejo inicial da dispepsia

NÃO

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

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Helictobacter pylori?

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Fluxograma de manejo inicial da dispepsia

(7)Tratamento de H pylori:Omeprazol 40 mg amoxicilina 1,0 g, e claritromicina 0,5 g, administrada duas vezes por dia durante 7 dias

(8) Indicação de tratamento H pyloriDispepsia funcional , úlcera gastroduodenal, linfoma MALT, gastrite crônica ativa parentes de primeiro grau de portadores de câncer gástrico, Após ressecção gástrica, endoscópico ou cirúrgico de adenocarcinoma, Pacientes com pangastrite grave, gastrite atrófica e / ou intestinal hemorragia digestiva alta secundária a úlcera péptica,em usuários de AINEs e aspirina,antes do tratamento com aspirina a longo prazo em pacientes com alto risco de úlcera péptica ou complicações,purpura trombocitopenica idiopática,anemia por deficiência de ferro de etiologia desconhecida

Tratar (7) conforme indicação (8)

RESULTADO POSITIVO?

ENCAMINHARPARA

GASTROENTEROLOGISTA

DISPEPSIA FUNCIONAL

SIM

NÃO

SIM

NÃO

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9 | Diretrizes para o manejo clínico de pessoas com doenças gastrointestinais

Objetivo: Devido à elevada prevalência, a variedade nas formas de apresentação clínica e do impacto econômico, consequências do prejuízo na qualidade de vida e de gastos com investigação clínico-laboratorial, o fluxograma orienta a conduta diagnóstica e terapêutica inicial do paciente adulto ou idoso da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Conceito: Afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes ao mesmo, acarretando variável espectro de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extraesofagianos, associados ou não a lesões teciduais.

Complicações: úlceras, estenose péptica e esôfago de Barrett

Principais manifestações clínicas típicas são: pirose (referida pelo paciente como azia) e regurgitação ácida. Define-se pirose como a sensação de queimação retroesternal que se irradia do manúbrio do esterno à base do pescoço, podendo atingir a garganta. Algumas vezes a pirose tem localização baixa, irradiando-se para a região epigástrica.

Fluxograma dadoença do refluxogastroesofágico

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HISTÓRIA EEXAME FISICO

Idade > 40 anosSintomas > 2 vezes por semana

> 4 a 8 semanasManifestações de alarme(1)ou atípica(2) refratária ao tratamento tradicional ?

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA

Duração e frequência dos

sintomas avaliados e quantificados.

(1) MANIFESTAÇÕES DE ALARME:disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia digestiva e emagrecimento, história familiar de câncer, náuseas e vômitos, além de sintomas de grande intensidade e/ou de ocorrência noturna.(2) MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS Esofágica: Dor torácica sem evidência de enfermidade coronariana (dor torácica não cardíaca); Globus Histericus (faringeus)Pulmonar: Asma, tosse crônica, hemoptise, bronquite, bronquiectasia e pneumonias de repetiçãoOtorrinolaringológica: Rouquidão; pigarro (clareamento da garganta); laringite posterior crônica; sinusite crônica; otalgiaOral: Desgaste do esmalte dentário; halitose e aftas(3) MEDIDAS COMPORTAMENTAIS- Elevação da cabeceira da cama(15 cm)- Moderar a ingestão dos seguintes alimentos, na dependência da correlação com sintomas: gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, produtos à base de tomate, chocolate- Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco”, como colinérgicos, teofilina, bloqueadores de canal de cálcio, alendronato- Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições- Evitar refeições copiosas- Suspensão do fumo- Redução do peso corporal em obesos(4)IBP: omeprazol 2 cp VO/dia(5)Bloqueador H2: ranitidina 150mg VO/dia

SINTOMASTÍPICOS

OCASIONAIS

NÃO

SIM

HOUVEMELHORA?

REDUZIR OU SUSPENDER

TRATAMENTO

SIM

Medidas comportamentais(3)

IBP dose plena (4)

Excepcional: bloqueador H2 (5)

4 a 8 semanas

Fluxograma dadoença do refluxogastroesofágico

NÃO

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11 | Diretrizes para o manejo clínico de pessoas com doenças gastrointestinais

ENDOSCOPIADIGESTIVA ALTA

NORMAL ESOFAGITELEVE/MODERADA

ESOFAGITE GRAVE/OUTRAS

ALTERAÇÕES

ENCAMINHAR PARA GASTROENTEROLOGISTA

Medidas comportamentais(3)

IBP dose plena (4)

Excepcional: bloqueador H2 (5)

4 a 8 semanas

(3) MEDIDAS COMPORTAMENTAIS- Elevação da cabeceira da cama(15 cm)- Moderar a ingestão dos seguintes alimentos, na dependência da correlação com sintomas: gordurosos, cítricos, café, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, menta, hortelã, produtos à base de tomate, chocolate- Cuidados especiais com medicamentos potencialmente “de risco”, como colinérgicos, teofilina, bloqueadores de canal de cálcio, alendronato- Evitar deitar-se nas duas horas posteriores às refeições- Evitar refeições copiosas- Suspensão do fumo- Redução do peso corporal em obesos

(4)IBP: omeprazol 2 cp VO/dia

(5)Bloqueador H2: ranitidina 150mg VO/dia

HOUVEMELHORA?

SIM NÃO

REDUZIR OU SUSPENDER

TRATAMENTO

Fluxograma dadoença do refluxogastroesofágico

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Fluxogramada endoscopiadigestiva alta

Observação: Uso de Endoscopia Digestiva Alta precoce em pacientesdispépticos sem investigação prévia tem eficácia semelhante ao tratamentoempírico com Inibidores da Bomba de Prótons por 4 a 6 semanase/ou estratégia de investigar o Helicobacter pylori e erradicá-lose estiver presente.

Medico assistente solicita EDA

segundo fluxogramas e protocolos de regulação do

acesso

Realizaçãoda EDA

Realizoubiopsia?

Paciente recebe o laudo da EDA e

busca o resultado da biópsia no AEM1

Positivo para Úlcera grau III, neoplasias e

outras patologias graves?

AEM1 convoca o paciente e

prossegue com o caso clínico

Paciente recebe o laudo e procura o

serviço que solicitou o exame

Serviço deve priorizar consulta

com o médico

SIM

NÃO

SIM

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13 | Diretrizes para o manejo clínico de pessoas com doenças gastrointestinais

Efeitos colaterais dasmedicações e interaçãomedicamentosa

MEDICAMENTO

RanitidinaAntagonista H2

OmeprazolInibidor daBomba dePrótons

AmoxicilinaPenicilina

ClaritromicinaMacrolídeo

DOSE PADRONIZADA

150mgcomprimido

20mgcomprimido

500mgcápsula

250mgcomprimido e250mg/mlsuspensão oral

EFEITOS ADVERSOSMAIS COMUNS

Diarreia, cefaleia, tontura,fadiga, dor muscular,constipação

Diarreia, náusea, vômito,dor abdominal, constipação,flatulência, distúrbio do sono

Diarreia, náuseas,vômitos

Perturbações gastrointestinais,como náusea, dispepsia(indigestão ou indisposiçãoestomacal), dor abdominal,vômito e diarreia.Elevação transitória deenzimas hepáticas

EFEITOS ADVERSOSMAIS RAROS

Rações alérgicas, danohepático, pancreatite aguda,taquicardia, delírio,fala arrastada, alopécaia

Reações alérgicas, prurido,tontura, edema periférico,visão borrada, boca seca,artralgia

Neurotoxicidade

Cefaleia, paladar alterado,Glossite, estomatite emonilíase oral

INTERAÇÕESMEDICAMENTOSAS

Cetoconazol pode resultarna redução da absorçãodo cetoconazol. (Usar aranitidina duas horas apóso uso do cetoconazol)

Diminui a absorção decetoconazol e itraconazol.Prolongar a eliminação dodiazepam, fenitoína, varfarina(Rvarfarina) e outrosantagonistas da vitamina K.Reduzir os níveis plasmáticosde atazanavir e aumentar osníveis séricos de tacrolimo

Uso concomitante comprobenecida pode aumentaro nível sérico da amoxacilina.Prolongamento do tempode protrombina. Efeitoantagônico comantibacterianosbacteriostáticos (tetraciclinas,eritromicina, sulfonamidase cloranfenicol). Pode reduzira eficácia deanticoncepcionais orais

Cetoconazol/Itraconazol,Ácido valproico Atazanavir/Lopinavir/RitonavirBromocriptina,Carbamazepina,Ciclosporina,Clopidogrel,Sildenafil, Varfarina

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Fluxogramade triagem docâncer colorretal

O Câncer Colorretal (CCR) é a terceira maior causa de câncer e a segunda maior causa de morte por câncer na América do Norte e na Europa Ocidental, com risco de 5%-6% de desenvolvimento desta doença ao longo da vida nos centros ocidentais. No Brasil, segundo dados do INCA - 2010 (Instituto Nacional do Câncer), a incidência varia conforme a região avaliada, sendo maior nas regiões sul e sudeste (terceiro tumor maligno mais frequente em homens e o segundo em mulheres), com incidência nestas regiões de 19-21 casos/100.000 indivíduos.O objetivo da prevenção secundária é detectar e remover as lesões precursoras ou detectar o câncer numa fase precoce.

População > ou = 50 anos ( Avaliar Risco)*

Pesquisa de sangue oculto em fezes em 3

dias consecutivos

REPETIR APÓSUM ANO

ENCAMINHARPARA

GASTROENTEROLOGISTA

POSITIVO

NEGATIVO

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Fluxograma dodiagnóstico diferencialda Síndrome doIntestino Irritado

A síndrome do intestino irritável (SII) é um transtorno intestinal funcional caracterizado por alteração no hábito intestinal, associado à dor e/ou desconforto abdominal. É frequente que seja acompanhada de inchaço, distensão e alterações na defecação.O tratamento é essencialmente sintomático, visando à normalização do hábito intestinal e redução da dor abdominal. Pode ser farmacológico e com probióticos, lembrando as possibilidades da medicina alternativa e complementar.

DOR ABDOMINAL RECORRENTE OU DESCONFORTO E HÁBITOS INTESTINAIS ALTERADOS

CRITÉRIOS DE ROMA (1)?

SINAIS DE ALARME (2)?

SINDROME DO INTESTINO DELGADO

EXAME POSITIVO?

ENCAMINHAR PARA GASTROENTEROLOGISTA

ENCAMINHAR PARA GASTROENTEROLOGISTA

TESTE SOROLÓGICO

PARA DOENÇA CELÍACA

POSITIVO?

SIM

NÃO

Investigação,hemograma completo,bioquimica sanguínea

tsh, t4 livreppf, sangue oculto

nas fezes,tratamento de parasitose(3)

NÃO SIM

NÃONÃO

SIM

(1)CRITERIOS DE ROMA III:Dor ou desconforto abdominal por pelo menos três vezes ao mês, nos três últimos meses, associados a dois ou mais dos seguintes achados:- Melhora com a defecação- Inicio associado com alteração na frequência de evacuações- Inicio associado com alteração na forma (aspecto) das fezes- O inicio dos sintomas deve ter ocorrido pelo menos seis meses antes do diagnóstico

(2)SINAIS DE ALARME: (3)TRATAMENTO EMPIRICO DE - Sangramento retal PARASITOSE- Anemia - Albendazol 400mg 01cp VO/ 3 noites - Perda de peso repetir após 20 dias- Febre - Metronidazol 250mg 01cp VO 8/8h - Histórico familiar de câncer colônico. por 7 dias- Inicio dos primeiros sintomas após 50 anos- Grande alteração nos sintomas

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Fluxograma daabordagem diagnósticada diarréia crônica

Diarreia crônica: aumento da frequência ou diminuição da consistência das fezes (> 3 evacuações aquosas em 24 horas) por um período maior que 3 semanas.

DIARREIA CRÔNICA

INVESTIGAÇÃO BÁSICA :Hemograma, glicemia, HbsAg, anti HBc, anti HCV,

Cálcio total, TSH, T4livre, sorologia ou teste rápido para HIV e tratar parasitose (1)

Histórico sugestivo de doença orgânica,

investigação básica anormalSintomas sugestivos de

doença funcional, e investigação básica normal

ENCAMINHAR PARA O GASTROENTEROLOGISTA

INVESTIGAR SINDROME DO COLON IRRITÁVEL

TRATAMENTO EMPÍRICO DE PARASITOSEAlbendazol 400mg 01cp VO/3 noites (repetir após 20 dias)Metronidazol 250mg 01cp VO/8/8h (por 7 dias)

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Fluxograma dacolonoscopia

Médico assistente solicita colonoscopia segundo

fluxogramas e protocolos de regulação do acesso

Realização da colonoscopia

Realizou biopsia?

Paciente recebe o laudo da

colonoscopia e busca o resultado

da biópsia no Hospital Anchieta

Positivo para neoplasia?

Serviço de Proctologia do Hospital Anchieta convoca os pacientes

e prossegue com o caso clínico

Serviço de Oncologia do

Hospital Anchieta acompanha os casos clínicos

Paciente recebe o laudo e procura o serviço que

solicitou o exame

Serviço deve priorizar retorno

com o medico

SIM

NÃO

SIM

NÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dyspepsia: management dyspepsia in adults in primary careNorth of England Dyspepsia Guidelines Development Group – 2012

Gastroenterol Hepatol. 2012;35. Guía de práctica clínica sobre el manejo del paciente com dispepsia. Actualización 2012 http://dx.doi.org/10.1016/j.gastrohep.2012.05.002

J.P. Gisbert et al Guía de práctica clínica sobre el manejo del paciente com dispepsia. Actualización 2012 Aten Primaria. 2012;44(12):727.e1---727.e38

NORMAS E RECOMENDAÇÕES DO INCA INCA - NORMS AND UIDELINES- Prevenção e Controle de Câncer Revista Brasileira de Cancerologia, 2002, 48(3): 317-332

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PROJETO DIRETRIZES – Doença do Refluxo Gastroesofágico Diagnóstico31 de janeiro de 2011

PROJETO DIRETRIZES – Doença do Refluxo Gastroesofágico Tratamento não Farmacológico - 31 de janeiro de 2011

PROJETO DIRETRIZES - Rastreamento e Vigilância do Câncer Colo-retal. Prevenção secundária e detecção precoce. 15 de maio de 2008

PROJETO DIRETRIZES - Refluxo Gastroesofágico: Diagnóstico e Tratamento21 de outubro de 2008

SILVA FM. Dispepsia: caracterização e abordagem Rev Med. São Paulo: 2008out.-dez.;87(4):213-23.

ASSIS, R. V. B. F. - Rastreamento e Vigilância do Câncer Colorretal: Guidelines Mundiais GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(2):62-74

WGO PRACTICE GUIDELINES: Triagem do câncer colorretal World Gastroenterology Organisation, 2007

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