DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL€¦ · 3 AGRADECIMENTOS A Deus Por me permitir...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
Administração Escolar
A participação do gestor em todo o processo do Projeto Escola Aberta
Alecia Almeida de Oliveira
Orientador: Professor Antonio Fernando Vieira Ney
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A participação do gestor em todo o processo do Projeto Escola Aberta
Este trabalho tem como objetivos analisar a função e participação do
gestor, bem como sua importância, no Projeto Escola Aberta, verificando
sua participação em cada etapa do processo; observar como acontece o
projeto na Escola Municipal Benjamin Constant
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
Administração Escolar
Alecia Almeida de Oliveira
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AGRADECIMENTOS
A Deus
Por me permitir cada dia de vida.
A Antonio Fernando Vieira Ney, orientador
Pela atenção e paciência.
A minha família
Pelo apoio incansável.
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DEDICATÓRIA
Aos meus netos,
Por cada sorriso, cada palavra, cada beijo, cada abraço...
Por tudo transformado em mais e mais vontade de continuar acreditando
e trabalhando em prol da Educação.
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RESUMO
Este trabalho busca observar a participação do gestor nas diversas
etapas do processo do Projeto Escola Aberta. Dessa forma, estaremos
analisando e avaliando o papel do gestor em todas as etapas, observando as
diversas formas de atuação, sempre visando atingir os objetivos propostos bem
como lidar com os diferentes grupos sociais que participam direta e/ou
indiretamente do Projeto. Através desse projeto, o gestor tem a oportunidade
de explorar diferentes aspectos de gerenciamento de recursos e de pessoal em
busca de um objetivo maior que é a gestão de qualidade, através da qual
utiliza-se de forma racional os recursos humanos, materiais, financeiros e o
trabalho em equipe.
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METODOLOGIA
Este trabalho apresentará, inicialmente, um relato sobre a
Administração.
Tratará também dos desafios que o educador gestor do século XXI
“encontra pela frente” e algumas dicas que contribuem nas ações corporativas,
bem como a atuação e principais funções do Administrador Escolar.
A realização deste trabalho será baseada em pesquisa e análise de
documentos, tais como: Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Multieducação,
Plano Nacional de Educação, documentação do Projeto Escola Aberta e
publicações de autores renomados, tais como: Anísio Teixeira, Lourenço Filho,
José Querino Ribeiro, entre outros.
O trabalho contará também com relato da prática vivenciada durante
todo o período em que o projeto perdura na Unidade Escolar; explicitando o
que é e como se dá o Projeto, sua implementação e etapas deste processo, a
função do gestor nestas diferentes etapas e uma avaliação do Projeto.
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SUMÁRIO:
Introdução 8
Capítulo I - Educação / Administração 9
Capítulo II - Os Desafios para o Educador Gestor do Século XXI 16
Capítulo III - Projeto Escola Aberta 19
3.1 - Implementação do Projeto na Escola Municipal
Benjamin Constant 20
3.2 - As etapas do Projeto 21
3.3 - Avaliação do Projeto 22
3.4 - A função do gestor no Projeto: sua participação e importância 24
Conclusão 27
Bibliografia 30
Índice 33
Anexos 35
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INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é Gestão Pedagógica: Projeto Escola Aberta.
Será abordada a participação do gestor em todo o processo do Projeto Escola
Aberta. Sendo assim, a questão central do trabalho é como é observada a
participação do gestor nas diversas etapas do processo do Projeto Escola
Aberta.
O tema sugerido é de fundamental relevância pois através deste
trabalho, pretende-se analisar e avaliar o papel do gestor nas diferentes etapas
do Projeto Escola Aberta. Observando as diversas formas de atuação visando
atingir os objetivos propostos bem como lidar com os diferentes grupos sociais
que participam direta e/ou indiretamente do Projeto. Através deste Projeto, o
gestor tem a oportunidade de explorar sua atuação lidando com oficinas de
temas diversos e com público alvo diferenciado.
São portanto, objetivos deste trabalho: analisar a função do gestor em
uma escola onde funciona o Projeto Escola Aberta; verificar a participação do
gestor nas diversas etapas do Projeto; observar como se dá o Projeto na
Escola Municipal Benjamin Constant.
A realização deste trabalho será baseada em pesquisa e análise de
documentos, tais como: Lei de Diretrizes e Bases, Multieducação, Plano
Nacional de Educação, documentação do Projeto Escola Aberta e publicações
de autores renomados. Além de apresentar uma parte teórica, abordaremos
uma parte prática, voltada para as experiências vivenciadas durante todo o
tempo em que o Projeto já acontece na Escola.
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Capítulo I – EDUCAÇÃO / ADMINISTRAÇÃO
A História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser
estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem
observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos
portugueses ao território brasileiro. Não deixamos de reconhecer que os
portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não
quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam
características próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a
educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas
repressivas do modelo educacional europeu.
Quando os jesuítas chegaram por aqui, não trouxeram somente a moral,
os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos
pedagógicos. Esta metodologia reinou absoluta durante 210 anos, mais
precisamente de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marcou a História da
Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se podia-
se dizer que a educação estava, em termos, bem estruturada, o que se viu a
seguir foi o mais absoluto caos, que continuou até que a Família Real, fugindo
de Napoleão na Europa, resolveu transferir o Reino para cá. Na verdade, não
se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a
vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para
preparar terreno para sua estadia na Brasil, D. João VI abriu Academias
Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e,
sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia.
A partir daí, a nossa história passou a ter uma complexidade maior. No
entanto, a educação continuou a ter uma importância secundária.
Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional,
mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos
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os países do mundo, que é a de manter o “status quo” para aqueles que
freqüentam os bancos escolares.
Enquanto isso, os meios de conhecimento estão em constante mutação.
No campo do ensino, as faculdades, departamentos e disaciplinas existentes
não são apropriados por muito tempo. Precisando, assim, serem atualizados
freqüentemente.
Com a reabertura político-democrática no Brasil, é assegurado na
Constituição Federal de 1988 e, em 1996, na LDBEN nº 9.394, a Gestão
Democrática do Ensino Público. Esta normativa, reconhecida como conquista
da forças civil-democráticas, visa introduzir um novo tipo de organização
escolar, calcado nos princípios da democracia, autonomia e construção
coletiva, em oposição ao caráter centralizador e burocrático que vinha
conduzindo este campo. No entanto, diferentes sentidos e significados vem
ocupando os espaços de gestão democrática, os quais muitas vezes não
refletem os ideais que impulsionaram a sociedade civil e reivindicar este
princípio para o campo educacional, o que enseja uma análise crítica em torno
de sua construção enquanto princípio educacional.
Tendo em vista que as políticas públicas materializam questões que não
se constituem a partir da realidade imediata, mas são decorrentes de um
processo histórico envolvendo fatores políticos, econômicos, sociais e culturais,
identifica-se a necessidade de reconstruir a trajetória que culmina na
configuração atual da gestão escolar, a fim de identificar o percurso deste
campo e compreender as bases em que este se assenta. Ressalta-se a
importância desta proposição em virtude de que, diante das inúmeras
alterações que se processam no âmbito educacional, torna-se necessário o
esforço de compreender os pressupostos que as orientam, a fim de não
recairmos em nomenclaturas vagas que não repercutem em transformações
expressivas para a educação, não ultrapassando a mudança de nomes.
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A construção da legislação educacional não se restringe a formalismos e
aparatos normativos, mas é, sobretudo em uma sociedade de classes,
resultado de uma luta histórica regada por interesses e práticas contraditórias.
O campo da administração escolar, embora tão em voga atualmente em
virtude da inúmeras reformas educacionais, nem sempre foi alvo de atenção na
produção acadêmica dos intelectuais na História da Educação. Em uma
trajetória educacional de mais de 500 anos, a administração escolar estrutura-
se com0o campo de estudos acadêmicos há menos de um século. Os
primeiros escritos teóricos no Brasil reportam-se à década de 1930. Isto não
significa dizer que a prática administrativa era inexistente na educação
brasileira até então. No entanto, a ausência de um sistema de ensino para a
população, fruto do descaso dos governantes daquele período, não favoreceu
o desenvolvimento de um corpo teórico em relação à administração
educacional. As publicações que existiam até a Primeira República consistiam
em memórias, relatórios e descrições de caráter subjetivo, normativo,
assistemático e legalista.
Deste período em diante, tiveram destaque neste cenário, as produções
de Antônio de Arruda Carneiro Leão (1945), José Querino Ribeiro (1986),
Manoel Bergström Lourenço Filho (2007) e Anísio Spínola Teixeira
(1961;1964;1997). Estes autores são considerados os pioneiros nos escritos
teóricos sobre a temática da administração escolar no Brasil. Seus escritos são
considerados os primeiros traços conceituais sobre a administração escolar,
favorecendo as bases iniciais para a consolidação deste campo de estudos no
meio educacional brasileiro.
Tendo em vista a noção de que a educação, enquanto prática social,
está circunscrita pelas características de seu tempo e de seu espaço,
compreender os desdobramentos das mudanças nas esferas político-
econômicas é condição imprescindível para vislumbrar os reias motivos e
interesses da inovações no campo da educação.
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Embora se possa evidenciar que os fundamentos tanto da administração
quanto da gestão escolar encontram-se no campo da divisão do trabalho no
sistema capitalista, a diferença é que no campo de conhecimentos da gestão
esta evidência é posta em análise, na forma de um esforço para suérar as
características de controle do trabalho para a perspectiva da planilha das
decisões.
Vale ressaltar que quando se fala em administração ou gestão escolar a
questão central diz respeito à organização do trabalho nestas instituições. As
bases teóricas da gestão, ao desmistificar a visão ingênua de que esta
organização do trabalho é algo definido no âmbito da própria instituição, dos
objetivos educacionais e de suposta racionalidade científica desinteressada,
estimula nesta forma de organização a instauração de reflexão crítica e do
reconhecimento da existência de diferentes interesses. Reconhecer este
campo, perante as conseqüências de sua não neutralidade4 e sim de sua
função política no âmbito da sociedade, abre espaço para possibilidades de
construção de uma gestão pautada em uma racionalidade que atenda aos
interesses da maioria.
Quando analisadas as proposições dos autores pioneiros da
administração escolar frente à atual configuyração da gestão escolar, isolados
os elementos de mudança já salientados, identifica-se que algumas
preocupações daqueles continuam vigente no contexto atual. Como, por
exemplo, o argumento de que a administração/gestão escolar deve atender a
uma política e filosofia de educação (RIBEIRO, 1986) e que esta prática
justifica-se pela busca da qualidade na educação (TEIXEIRA, 1961). Diante de
um contexto de mudanças, insegurança de bases e da volatilidade das
prioridades em cada esfera da sociedade, estes elementos podem ser
apontados como objetivos a nunca serem “perdidos de vista” no processo
educativo, sob pena de iludir-se sob falsas promessas e de se pensar estar
construindo a contra-hegemonia em terreno hegemônico. Sem ter pretendido
esgotar as reflexões possíveis frente os elementos de continuidades e
mudanças no campo da administração e gestão escolar, quando se volta a
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olhar para a constituição do campo em que se assenta a gestão democrática
do Ensino Público Brasileiro hoje, pretendeu-se instigar a reflexão sobre os
elementos que conduzem à legitimação desta normativa. Esta investida se faz
necessária frente à coexistência de diferentes discursos produzidos a seu
respeito: de um lado a exaltação de sua interface de inovação; de ouitro, o
receio de que se constitua em um espaço de novos ensaios da política
econômica capitalista frente aos seus interesses.
O administrador escolar atua junto ao corpo docente e discente das
instituições de ensino, coordenando as práticas pedagógicas, bem como
acompanhando o desenvolvimento do currículo, é o responsável legal e
administrativo pelo estabelecimento. De um modo geral tem a função de diretor
da instituição. Administração escolar é uma especialidade do pedagogo,
quepode ser obtida no Brasil através de cursos de habilitação, incorporada ou
não à licenciatura em pedagogia, ou através de especialização.
O administrador é a pessoa que dispõe dos meios e dos recursos
necessários para obter alguns resultados. Costumam ser pessoas
determinadas.
Existem dois tipos de administração:
• Administração mecânica: onde a pessoa planeja muito bem o
produto que deseja obter, analisa tudo que é necessário para
elaborá-lo, divide as parcelas de trabalho envolvidas nessa
elaboração e dispõe de boa mão-de-obra e boa organização. Este
tipo de administração é a administração de fábricas, onde a
função de planejar é suprema e a função de executar é mínima.
• Outro tipo de Administração, a qual pertence o caso da
Administração Escolar, se compara ao da Administração dos
hospitais, em que a grande figura é o cirurgião; o administrador é
apenas a pessoa que dispõe o hospital nas condições mais
favoráveis possíveis para que o cirurgião exerça com a maior
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perfeição possível a sua função. Este é também o caso da
educação.
Existe a necessidade de diferenciar a Administração Escolar e
Administração Empresarial, expondo-nos que os fins de ambas as formas de
administrar são totalmente avessas e seus fins divergentes. Apesar disso,
percebe-se, de um modo geral, que os trabalhos teóricos sobre Administração
Escolar, publicados no Brasil, adotam, implícita ou explicitamente, o
pressuposto básico de que, nas escolas, devem ser aplicados os mesmos
princípios administrativos adotados na empresa capitalista. Todavia, a maioria
dos teóricos da Administração Escolar não vêem uma identidade absoluta entre
empresa e escola, identificando, nesta, características específicas que
precisam ser levadas em conta.
Examinando o caráter específico do processo pedagógico escolar,
vemos a necessidade da Administração Escolar estar comprometida com a
transformação social e precisar saber buscar na natureza da própria escola e
dos objetivos que ela persegue os princípios, métodos e técnicas adequadas
ao incremente de sua racionalidade. Ou seja, uma determinada administração
– seja ela escolar ou empresarial – não pode deixar de ter o desenvolvimento
de seus princípios, métodos e técnicas intimamente relacionado com a
natureza e os propósitos da coisa administrada.
Ao reconhecermos na escola seu papel na transformação social, o tema
de sua racionalidade interna, e portanto, de sua administração, se coloca como
uma questão fundamental; e o desenvolvimento de uma nova Administração
Escolar, efetivamente se impõe como uma tarefa que precisa ser
permanentemente realizada. A proposição de objetivos identificados com a
transformação social e a efetiva realização dos mesmos são dois aspectos
indissociáveis da Administração Escolar enquanto prática transformadora, já
que se trata da própria vinculação orgânica que deve haver entre teoria e
prática e a necessária determinação mútua entre idéia e ação.
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O curso de Pós-graduação em Administração Escolar visa capacitar
profissionais para atuar como Diretor de Escola em parceria co a Coordenação
Pedagógica nos espaços pedagógicos, visando planejar, implementar,
acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas, com vistas ao sucesso do
processo educativo em escolas, instituições, empresas e/ou organizações,
habilitando-os também ao magistério superior.
Considerando a importância do trabalho educativo, especialmente no
momento em que a aprendizagem chama a atenção não apenas no universo
escolar, mas também nos espaços empresariais e organizacionais,
entendemos que a formação de profissionais em nível de pós-graduação vem
atender uma demanda que tende a se intensificar e qualificar, exigindo cursos
de alto nível teórico e prático, que reflitam o comprometimento com os esforços
empreendidos pelos profissionais da área.
A Administração escolar tem como objetivo principal o aprendizado da
prática democrática no cotidiano escolar através de uma gestão ensinante,
gestão que privilegia a construção do saber pela comunidade escolar.
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Capítulo II - OS DESAFIOS PARA O EDUCADOR
GESTOR DO SÉCULO XXI
Em 1996, a UNESCO empreendeu um grande esforço de repensar a
educação, no contexto da mundialização das atividades humanas, através da
Comissão Mundial para o século XXI que resultou no amplo relatório de Jacque
Delors, que propõe quatro pilares que deverão basear a educação do próximo
milênio: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e
aprender a ser.
Para Morin (1999), o destino planetário do gênero humano é ignorado
pela educação. A educação precisa ao mesmo tempo trabalhar a unidade da
espécie humana de forma integrada com a idéia de diversidade. O princípio da
unidade / diversidade deve estar presente em todas as esferas.
É necessário educar para os obstáculos à compreensão humana,
combatendo o egocentrismo, o etnocentrismo e o sociocentrismo, que
procuram colocar em posição subalterna questões relevantes para a vida das
pessoas e da sociedade.
A parte central da aprendizagem ainda é feita dentro da escola, mas
envolta dela aglutinam-se asa atividades significativas dentro da comunidade
em que a escola está inserida com a aquisição de conhecimentos relevantes
sobre o mundo em geral.
Dessa forma, será possível preparar melhor as novas gerações para
suas vidas como seres individuais e atores sociais responsáveis, permitindo
encontrarem o seu lugar no mundo do trabalho e tornando-os cidadãos de
pleno direito nas comunidades a que pertencem, nos seus países e num
mundo do futuro.
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Quanto à questão da gestão educacional, já desde a década de 80 têm
ocorrido, em vários países, significativas alterações do papel do Estado nos
processos de decisão política e administração da educação. Pode-se dizer que
essa alteração vai no sentido de transferir poderes e funções do nível nacional
e regional para o nível local, reconhecendo a escola como um lócus central da
gestão e a comunidade local (em particular os pais de alunos) como um
parceiro essencial na tomada de decisão. Esta alteração afeta países com
sistemas políticos e administrativos bastante distintos e tem no reforço da
autonomia da escola uma das expressões mais significativas.
Diante dessas indicações tão relevantes dos autores mencionados,
devemos lembrar que toda ação da gestão, no campo da educação, além das
propostas referidas, deve levar em conta sobretudo a sensibilidade, atributo
fundamental da razão humana.
Podemos, então, resumir os objetivos da Administração Escolar em:
fazer acompanhamento pedagógico dos alunos, controlar o sistema financeiro
da escola (pagamento de boletos, pessoal, serviços prestados), desenvolver
novas metodologias de trabalho; enfim, dar funcionamento pleno a estrutura
escolar, facilitando o trabalho dos funcionários e proporcionando serviço de
qualidade.
Nos dias de hoje, as escolas estão inseridas num mundo globalizado e,
diferentemente do passado, precisam estar atentas aos sensíveis sinais que a
sociedade emite, em relação às suas necessidades e exigências.
Os novos gestores escolares precisam atualizar-se e compartilhar seus
conhecimentos com a equipe. Os processos de capacitação e formação desses
líderes costumam incluir dinâmicas e processos que facilitam às equipes a
formação e a atualização de gestores que se tornam, efetivamente, líderes de
sua equipe e, principalmente, estimulam a conquista de metas e enfrentam
desafios.
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As grandes corporações buscam excelência em suas ações e precisam
adaptar-se às necessidades de demanda que a concorrência determina. As
escolas tradicionalmente se sentem incomodadas quando comparadas, ou
melhor, quando exigidas, nesses mesmos aspectos corporativos.
Podemos, sim, trazer a agilidade das grandes corporações para nossas
escolas e nos preparar para os novos desafios.
Precisamos buscar ferramentas que nos levem a refletir sobre a nossa
necessidade de aperfeiçoar e treinar nossos líderes para atuarem com
eficiência na Instituição
O trabalho com questões interpessoais e inter-relacionais permitirá
exercícios de descobertas e formas de agir com a equipe.
Os líderes precisarão entender os processos de qualidade e suas
exigências.
Acredita-se num processo contínuo de aprendizagem e modificação e,
mais, num importante exercício de enxergar a liderança como momentos de
trocas com toda a equipe.
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Capítulo III - PROJETO ESCOLA ABERTA
O Projeto Escola Aberta é um projeto de iniciativa do governo federal,
quando, através da UNESCO, repassa para as escolas selecionadas uma
verba, através de conta bancária no Banco do Brasil. Este projeto tem como
principal objetivo a aproximação, bem como a integração, da Escola com a
Comunidade, de maneira geral.
O Projeto atinge trinta escolas de nosso município, abrangendo as dez
Coordenadorias de Educação.
O Projeto funciona através de oficinas que são ministradas por
oficineiros previamente escolhidos pelo diretor da escola, o coordenador
escolar e o professor orientador. Para realização do mesmo, as escolas abrem
suas portas nos finais de semana (sábados e domingos) para as atividades
culturais, esportivas, de lazer, educacionais, entre outras. O diretor da Escola,
ao assinar o Termo de Adesão da Escola no Projeto, indica um(a)
Coordenador(a) e um(a) Professor(a) para atuarem na Unidade de Ensino, a
quem serão delegadas responsabilidades de abrir os espaços escolares,
elaborar a programação, acompanhar todas as atividades desenvolvidas e
zelar por todos os equipamentos da Escola e os que vierem a ser adquiridos
pelo Programa. Tanto o Coordenador quanto o Professor Comunitário devem
pertencer à Comunidade, sendo que o Professor Comunitário deve possuir
uma formação acadêmica; no caso de nossa Escola, temos uma Professora de
Português – Francês.
A verba repassada é utilizada para pagamento do Coordenador Escolar,
do Professor Comunitário, dos oficineiros, considerada apenas uma ajuda de
custo e para compra de material para realização das mesmas. Todos os
pagamentos e compras são realizados através de cheques assinados pelo
diretor da Escola e o elemento do CEC (Conselho Escola Comunidade) que
atua como co-gestor das verbas repassadas pelo governo federal, sendo estas
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a verba do Projeto citado e a verba do PDDE (Programa Dinheiro Direto na
Escola).
As oficinas objetivam, além da integração Escola-Comunidade,
momentos de lazer, oportunidade de conhecer outras pessoas e trocar idéias e
conhecimentos, oportunidade de aprender algo que lhe ajude na
complementação da renda familiar.
3.1 - IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
O Projeto Escola Aberta na Escola Municipal Benjamin Constant teve
início em julho de 2006.
O início do Programa foi turbulento, pois a Direção assumiu a Escola em
abril do mesmo ano e havia uma dificuldade de aproximação com a
comunidade, meio distante. Além disso, a Escola foi uma das últimas a se
engajar no Projeto. Tudo isso levou o início das oficinas para a segunda
quinzena de agosto.
Ao se preparar para o Programa Escola Aberta, a equipe buscou
convidar para oficineiros pessoas comprometidas com os reais valores da
Cidadania e da Educação. Pessoas que buscam sempre a atualização e
apostam nos novos procedimentos. Dessa forma, buscou-se formar
profissionais éticos e comprometidos com a realidade de seus semelhantes.
Dessa forma, durante o Projeto, infelizmente, houve algumas oficinas
que não deram certo e, de comum acordo, optou-se por dá-las como
encerradas, priorizando e valorizando as demais oficinas, que apresentavam
sucesso.
Quanto a problemas de violência, não houve nenhum acontecimento e
nem problema nesse sentido durante todo o Projeto.
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Na implementação do Projeto foram encontradas as dificuldades
normais de um “Novo Projeto”. No entanto, no decorrer da execução, essas
dificuldades desapareceram.
3.2 - AS ETAPAS DO PROJETO
Inicialmente, através de reunião na Secretaria Municipal de Educação,
são repassadas todas as informações sobre o projeto, bem como as planilhas a
serem preenchidas na prestação de contas e telefones de contato par que
dúvidas que forem surgindo possam ser sanadas.
Durante todas as etapas do projeto a comunicação se dá por telefone
e/ou por e-mail, através dos quais são repassados recados e orientações.
Em seguida, já com sua equipe, digo, professor orientador e
coordenador, são escolhidas as oficinas que serão oferecidas e convidados os
respectivos oficineiros.
Em reunião com estes últimos, são traçados os principais objetivos de
cada oficina, os quais serão melhor definidos posteriormente pelo diretor,
professor orientador e coordenador; bem como determinada a relação de
material a ser comprado.
É feita a divulgação e iniciam-se as “aulas”.
Durante todas as etapas do projeto são realizadas reuniões de
avaliação, quando são analisadas as oficinas quanto à aceitação do oficineiro
pelos alunos, sua facilidade em se comunicar e transmitir o conhecimento
adequadamente, o emprego do material adquirido sem desperdício, a
frequência das aulas a cada semana, entre outras coisas.
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Ao final de cada semestre é realizada a prestação de contas através de
preenchimento de planilhas específicas e apresentação da mesma ao elemento
da Coordenadoria de Educação responsável pelo projeto.
Desde sua implementação em junho de 2006, o Projeto Escola Aberta
na Escola Municipal Benjamin Constant já ofereceu à comunidade em seu
entorno as seguintes oficinas: maquiagem; bordado decorativo; culinária de
microondas; fuxico; artes plásticas; expressão corporal; ritmo; futsal; arte mix;
artesanato com meia; artesanato; basquete de rua; reforço escolar; bijuteria;
teatro; rádio; capoeira; culinária prática; reciclagem; crochê e ponto cruz;
xadrez; dança de salão; corte e costura; decapê; decoupagem.
3.3 - AVALIAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA
O resultado final, avaliando todo o processo desenvolvido nesses sete
períodos foi bastante satisfatório. Inclusive, observamos pessoas de outros
bairros, alguns distantes, participando das oficinas. Acreditamos que isso
ocorreu devido a boa atuação e qualidade de trabalho dos oficineiros.
Descobriu-se vários talentos dentro da comunidade, inclusive ex-alunos
da Escola, que ao ensinarem as suas técnicas, proporcionaram aos alunos,
condições de produzirem e terem ganhos financeiros, além de possibilitarem
aos participantes conhecer suas potencialidades, direitos e deveres, trabalhar a
auto-estima...
Alguns participantes, inclusive,já estão, através dos conhecimentos e/ou
técnicas adquiridos nas oficinas, produzindo e obtendo ganhos financeiros.
Os materiais adquiridos foram bem empregados possibilitando o bom
desenvolvimento das oficinas. As oficinas chamaram muita atenção da
comunidade pela criatividade e empenho dos oficineiros.
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A Escola Aberta foi um grande incentivo para as pessoas da terceira
idade, proporcionando uma grande integração entre a escola e a comunidade.
No decorrer do Projeto, o grupo participante promoveu encontros
informais (almoços, lanches) após as aulas, com o intuito de integrarem-se e
comemorar aniversários e outras datas significativas.
A integração dos participantes era notória, tanto entre os alunos e
oficineiros, quanto entre o professor comunitário, o coordenador escolar e a
direção da Unidade Escolar.
Um dos diferenciais do Projeto nesta Unidade Escolar foi a parceria com
a ONG – Criar Brasil, que atuou de outubro de 2006 a dezembro de 2007, com
um trabalho voluntário, de qualidade, seriedade e responsabilidade, o qual em
muito contribuiu para a aproximação da comunidade e resgate de alunos que
passaram a ver a Escola com outros olhos/como um espaço mais prazeroso.
O Projeto também proporcionou à Escola a aquisição de bens materiais
que, além de fundamentais para as aulas do Projeto, são utilizados pelos
professores da Escola com o intuito de enriquecerem suas aulas (exemplo:
caixas de som, pedestais, aparelho de som, uniformes de futsal) e oferecer
algum conforto aos professores (microondas, forno elétrico).
Outro diferencial do Projeto nesta Unidade Escolar é a Oficina de
Basquete de Rua, que teve início no quatro período do Projeto e é ministrada
pelo Professor de Educação Física Orlando, integrante da Central Única das
Favelas (CUFA), morador do bairro de Madureira, que vem realizando um
trabalho de integração com adolescentes e adultos.
O sucesso do Projeto junto à comunidade e oficineiros foi tão grande
que, apesar de encerrado o período e não haver mais verba para pagamento,
alguns oficineiros continuaram trabalhando aos sábados com suas oficinas.
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3.4 - A FUNÇÃO DO GESTOR NO PROJETO: SUA
PARTICIPAÇÃO E IMPORTÂNCIA
O diretor da Escola, enquanto gestor do Projeto, assina um termo de
adesão da Escola no Programa, assumindo o compromisso de colaborar com o
Programa, bem como supervisionar sua execução.
Ele firma o compromisso de cumprir e fazer cumprir as seguintes
medidas:
a) Apresentar, tempestivamente, à esfera de governo na qual esteja
subordinada, os dados cadastrais e os documentos exigidos para fins de
atendimento do proposto no Projeto;
b) Dispor de informações sobre os valores destinados às despesas com
material e com oficineiros;
c) Empregar os recursos em favor da comunidade escolar beneficiária que
representa, respeitando as regras e as finalidades do Programa;
d) Manter e gerir os recursos na correspondente conta bancária específica
em que foi depositado, movimentando-o somente para pagamentos das
despesas relacionadas com as finalidades do Programa, mediante
cheques nominativos
e) Manter registros contábeis específicos para acompanhamento e controle
do fluxo dos recursos recebidos, destacando a receita e as despesas
realizadas;
f) Apresentar as prestações de contas dos recursos recebidos ao
responsável pela rede de ensino a que pertence;
g) Manter, em sua sede, em boa ordem e organização, à disposição dos
órgãos superiores, os documentos comprobatórios da realização da
despesas relativas ao Programa.
Já o Coordenador Escolar e o Professor Comunitário, indicados pelo
Diretor, são os responsáveis pela relação entre Programa Escola Aberta, a
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unidade escolar e a comunidade do entorno. Deve ser bem articulados e terem
um nível de envolvimento desejável com o jovem e as comunidades interna e
externa à escola, com vistas a proporcionar a criação de vínculos. O
Coordenador Escolar e o Professor Comunitário devem ser indicados pelo
Diretor Escolar entre pessoas de sua inteira confiança, considerando aspectos
de formação e/ou experiência. São eles que se responsabilizarão pela abertura
da escola no final de semana. Portanto, devem ficar com as chaves da escola e
permanecer todo o período em que ela estiver aberta.
As principais atribuições do Coordenador Escolar e do Professor
Comunitário são:
• Responsabilizar-se pela abertura da Escola aos sábados e domingos;
• Permanecer no espaço escolar durante todo o período em que serão
realizadas atividades;
• Zelar pelo patrimônio escolar;
• Divulgar o Programa, mobilizando a participação de alunos, familiares e
pessoas da escola e da comunidade;
• Captar voluntários e efetuar ações que proporcionem a criação de
vínculos da comunidade e do jovem com a escola;
• Buscar parceiros para o desenvolvimento das ações;
• Elaborar a programação de oficinas considerando as orientações da
proposta pedagógica do Programa e, também, a prévia consulta à
comunidade a aos jovens participantes do Programa, objetivando a
sugestão de temas que nortearão a realização de oficinas em diversas
áreas do conhecimento;
• Identificar os talentos existentes na escola e na comunidade que possan
atuar como oficineiros voluntários ou ressarcidos, envolvendo-os nas
ações do Programa;
• Coordenar e supervisionar a equipe de oficineiros voluntários e
ressarcidos;
26
• Coordenar e supervisionar a aquisição, a guarda, a utilização e a
distribuição de materiais e equipamentos;
• Orientar e auxiliar o oficineiro no preenchimento dos formulários e na
elaboração do plano de trabalho;
• Distribuir semanalmente o relatório de atividades aos oficineiros para
preenchimento, responsabilizando-se por entregá-los ao supervisor;
• Sugerir a realização de feira, concursos culturais, festivais, gincanas e
demais atividades que promovam integração entre Escola e
Comunidade;
• Encaminhar ao coordenador interlocutor: no início de cada mês, plano
de trabalho mensal; quadro de horário das oficinas, que também deverá
estar exposto no espaço escolar; toda segunda-feira, relatório semanal
de atividades; mensalmente, até o dia 30, relatório mensal;
mensalmente, assinar o controle de freqüência e recibo.
Para tanto, o Coordenador Escolar precisa apresentar o seguinte perfil:
• Conhecimento compatível com suas atribuições;
• Noções de atividades educacionais
• Conhecimento de rotinas de escolas.
A atuação do gestor é de suma importância em todas as etapas do
Projeto Escola Aberta, desde sua implementação até a prestação de contas.
Essa importância se dá uma vez que faz-se necessário o conhecimento tanto
administrativo quanto pedagógico para o bom andamento das etapas do
projeto; quando o gestor, através do conhecimento prévio dos interesses da
comunidade: decide quais oficinas acontecerão; traça, juntamente com o
professor orientador e o coordenador do projeto, o planejamento das aulas bem
como o planejamento do material que será comprado; planeja os gastos com
coordenador, professor orientador, oficineiros e material; prepara toda a
documentação para prestação de contas.
27
CONCLUSÃO
Tendo em vista os elementos da teoria da Administração Escolar
(fundamentos, objetivos e processos) abordados ao longo deste trabalho,
concluímos que Administração Escolar é o complexo de processos,
cientificamente determináveis, que, atendendo a certa filosofia e a certa política
de educação, desenvolve-se antes, durante e depois das atividades escolares
para garantir-lhes unidades e economia (RIBEIRO, 1986, p.179).
Segundo Saviani, na organização tecnicista nas escolas temos:
• divisão do trabalho visando a racionalidade na utilização dos recursos
disponíveis,
• proposta de reordenamento dos currículos e programas em bases mais
funcionais e objetivas,
• planejamento meticuloso,
• divisão de unidades menores das atividades didáticas,
• acompanhamento do trabalho docente e discente,
• supervisores e orientadores especificamente habilitados.
A visão que se tem de um diretor é de poder e autonomia muito maiores
do que na realidade o são. Geralmente se sua ação é eficiente ele é tido como
uma pessoa democrática e identificada com os interesses das classes
populares. Em casos contrário, é visto como autoritário.
O controle do Estado na escola exercita-se através da figura do diretor
em sua função gerencial.
A ineficiência deste modelo de administração está nos mecanismos
gerenciais e na não obtenção dos objetivos educacionais.
28
A escola tem contato direto com a comunidade, o que permite-lhe estar
sensível aos seus reais interesses e distinguir interesses pessoais dos de
classe através da participação dos membros da comunidade na escola.
A relação de cooperação recíproca constitui resultado de um processo
que não se consegue instantaneamente.
A transformação não depende unicamente de uma direção democrática,
pois esta deve articular-se aos segmentos da comunidade, mas é uma atuação
interessada e comprometida com a transformação que busca alternativas à
participação de todos os envolvidos na escola. Essa construção democrática
depende de:
• um clima amistoso e favorável à prática de ações cordiais e
solidárias,
• luta pelos direitos humanos,
• reivindicações por melhores salários docentes,
• melhoria das condições de trabalho,
• melhores condições para a classe trabalhadora.
A democratização da escola insere-se na luta pela democratização da
sociedade. Disto decorre a necessidade da consciência crítica, do
conhecimento filosófico que levam a uma prática reflexiva. Os objetivos
comprometem-se com a construção de uma sociedade mais justa, pautada
pela igualdade e solidariedade.
Através da Educação chegamos ao conhecimento. A Educação é o
instrumento que nos capacita a compreender o real valor do conhecimento; ela
é essencial no processo da evolução humana. Neste processo, o homem
descobre-se como ser social, identificando-se como parte do mundo.
Ao nos prepararmos para o Programa Escola Aberta, buscamos
convidar para oficineiros pessoas comprometidas com os reais valores da
29
Cidadania e da Educação. Pessoas que buscam sempre a atualização e
apostam nos novos procedimentos. Dessa forma, buscamos formar
profissionais éticos e comprometidos com a realidade de seus semelhantes.
Em nossa Unidade Escolar, o início do Programa foi turbulento, pois a
Direção assumiu a Escola em abril e havia uma dificuldade de aproximação
com a comunidade, meio distante. Além disso, a Escola foi uma das últimas a
se engajar no Projeto. Tudo isso levou o início das oficinas para a segunda
quinzena de agosto.
Mesmo assim, acreditamos que alcançamos resultados bastante
satisfatórios. A principal resposta foi sabermos que alguns alunos já
conseguiram adquirir habilidades que vão lhes render ganhos financeiros, além
da valorização pessoal e do aumento da auto-estima.
Durante o Projeto, infelizmente, tivemos três oficinas que não deram
certo e, de comum acordo, optamos por dá-las como encerradas, priorizando e
valorizando as demais oficinas, que foram um sucesso.
Nossas expectativas para o próximo período são principalmente, em
relação ao atendimento à comunidade. Estamos trabalhando para conquistar
um maior apoio de nossa comunidade escolar e arrebanhar um maior número
de participantes para as oficinas, que continuarão mantendo o padrão de
qualidade já apresentado. As oficinas que deram certo continuarão e estamos
buscando outros profissionais para novas oficinas.
30
BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. Constituição, 1988.
______. Democratização da Escola Pública. Editora Loyola.
______. Lei n.9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diretrizes e Bases para a
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século XXI. In.: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em foco, Recife, 2000.
Disponível em: HTTP://www.pedagogiaemfoco.pro.br/adm01.htm.
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31
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570, set./dez,2007.
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PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.Proposta da Sociedade Brasileira. Belo
Horizonte, 1997.
32
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conhecimento. Brasília: Liber Livro, 2007a.
TEIXEIRA, A. Que é administração escolar? Revista Brasileira de Estudos
Pedagógicos, v.36, n. 84, p.84-89, 1961.
33
ÍNDICE:
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTOS 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Educação / Administração 9
CAPÍTULO II
Os Desafios para o Educador Gestor do Século XXI 16
CAPÍTULO III
Projeto Escola Aberta 19
3.1 – Implementação do Projeto na Escola Municipal
Benjamin Constant 20
3.2 – As etapas do Projeto 21
3.3 – Avaliação do Projeto
3.4 – A função do gestor no Projeto: sua participação
e importância 24
34
CONCLUSÃO 27
BIBLIOGRAFIA 30
ÍNDICE 33
ANEXOS 35
35
ANEXOS:
36
37
38