DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · problemas que surgirem,de forma...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NA GESTÃO DE
PROJETOS
Por: Jairo Silva Ferreira
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Niterói /Rio de Janeiro
2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO NA GESTÃO DE
PROJETOS
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito parcial para
obtenção do grau de MBA em Gestão de Projetos.
Por:Jairo Silva Ferreira .
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus,por tudo
que já me deu e pela coragem para
enfrentar mais esse desafio.
4
DEDICATÓRIA
A minha esposa Adriana
que me incentivou e aos meus filhos
Murilo ,Vitória, Gabriela, amores da
minha vida.E aos meus queridos pais
Anna e João .
5
RESUMO
Este trabalho descreve os vários desafios em ampliar a percepção e a
consciência de líderes ,gestores e estudiosos para o papel da liderança no
contexto dinâmico das mudanças em prol do sucesso do projeto; assim como
os desafios da responsabilidade do líder pela formação da equipe, assim como
da necessidade de sua auto análise e de sua própria formação e reformulação
de atitudes e métodos , que impactam o gerenciamento de pessoas nas
organizações . Este trabalho também valoriza a motivação como especial
ferramenta na transformação das organizações,com vistas a uma estrutura
mais dinâmica , flexível e responsável.
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METODOLOGIA
Para a pesquisa deste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica
nos livros da Fundação Getúlio Vargas,que compõem as Publicações FGV
Management , como também pesquisas na internet.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Liderança e Motivação 09
CAPÍTULO II
Gerenciamento de Pessoas em Projetos 21
CAPÍTULO III
Desenvolvimento de Equipe 31
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE 42
ÍNDICE DE FIGURAS 00
ANEXOS 00
8
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda a importância da liderança nas empresas e
apresenta modelos de comportamentos e desenvolvimento de habilidades de
liderança. Compreende-se que o talento humano é um dos recursos mais
valiosos presentes em uma empresa e um dos grandes desafios na gestão de
pessoas em projetos é o de gerar um sério comprometimento do colaborador
com a organização.
A importância da motivação para a atividade da liderança ,aspectos
conceituais e teorias motivacionais que podem ser utilizadas pelos lideres para
provocar a motivação dos seus liderados ,pode ser a diferença entre o sucesso
e o fracasso empresarial . A forma como as organizações selecionam ,treinam
e gerenciam seus colaboradores,ou seja o processo pelo qual as organizações
desenvolvem seu capital humano são de fundamental importância para
aumentar sua competitividade,propondo um perfeita interação dos profissionais
com o sistema e os resultados do negócio.
O mercado exige habilidades como trabalhar em grupo,lidar com novas
tecnologias e conhecimento em varias áreas. O líder e sua equipe necessitam
serem flexíveis e,não buscar somente o conhecimento,mas serem criativos.
É de suma importância a execução de uma liderança ativa nas
organizações e como os lideres estão buscando desenvolver o talento presente
em suas equipes.
Segundo Mussak: ” Os lideres desempenham o papel de grandes
homens que estimulam as pessoas a aprender,a ampliar suas
capacidades,definir seus objetivos e aperfeiçoar seus modelos.O líder deve
saber integrar o aprendizado,fazer com que as pessoas possam enfrentar os
problemas que surgirem,de forma produtiva,desenvolvendo novos
conhecimentos.
O líder tem a obrigação de despertas dos colaboradores a vontade de
querer aprender e sempre se aperfeiçoar a fim de atingir e ultrapassar metas
estabelecidas e alcançar novos patamares de
desenvolvimento”.(MUSSAK,2010,p.54)
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CAPÍTULO I
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
...Deus é maior que todos os obstáculos.
O tema liderança tem ocupado um lugar de destaque nas discussões em
congressos ,palestra nas empresas,dentro das salas de aulas e em qualquer
oportunidade em que pessoas se encontrem para discutir os destinos dos
negócios,em um mercado tão competitivo em constante mutação. Como
conseguir resultados por meios das pessoas tornou-se um aspectos
importante a ser considerando ,para avaliar a maneira pela qual as
organizações se desenvolvem,sobrevivem e prosperam.O crescente interesse
pelo tema reflete a busca da sociedade,do país e das organizações por
pessoas em todos os níveis e esferas de poder,capazes de conduzir os
grandes momentos da história.
Sabe-se que gerenciar um empresa é gerenciar a mudança,o que
significa enfrentar a velocidade e complexidade das mudanças
rápidas,confrontar-se com as ambigüidades,compreender a necessidade do
mercado e antecipar-se às suas expectativas,garantir um sentido de direção
em meio ao caos e,acima de tudo,manter a calma diante da perda de
significado do que ajudou a construir (Motta,1999:XV).Assim torna-se
necessária um constante revisão dos comportamentos e atitudes gerenciais.
O ingresso do novo milênio tem levado pessoas e organizações a refletir
e a buscar o verdadeiro significado do papel que representam.Para as
organizações amplia-se a percepção de um novo papel a desempenhar e a
necessidade de buscar alinhamento e integração entre o meio ambiental,social
e o mundo dos negócios. Para as pessoas,amplia-se a necessidade não só de
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encontrar identificação e satisfação com o seu trabalho,como também de
contribuir para um bem maior.
O envolvimento das pessoas com o trabalho que executam e a
motivação para executá-lo independem da importância da atividade no tocante
a ser mais estratégica do que operacional, mais intelectual do que braçal. A
motivação quando presente,libera a energia fantástica que conduz pessoas à
realização,tão pouco considerada no trabalho escravo.(Cavalcante,2005,p.15 a
18).
1.1. O novo papel do líder em tempos de crise de liderança:
A auto-suficiência da abordagem técnica ,tão valorizada pelos lideres do
passado,vem demonstrando não ser mais suficiente,pois,mais do que saber o
que deve fazer as pessoas querem oportunidade para utilizar seus
conhecimentos ,talentos e competências,e para sentir-se importantes e
envolvidas na construção do futuro da organização ao que pertence.Os lideres
precisam descobrir que seu papel mudou de forma significativa;como
conseqüência ,o comportamento também precisa mudar. O desafio critico em
que se encontram se refere ao fato de assumir nova responsabilidades,que
devem estar voltadas não apenas para atingimento das metas
organizacionais,como também para o desenvolvimento de pessoas e de novos
lideres capazes de dar continuidade ao constante processo de adaptação das
organizações no contexto em que se inserem .
As empresas têm avaliados seus resultados e interpretado seu
sucesso,principalmente,por meio de aspectos tangíveis e mensuráveis
,traduzidos pelos números e percentuais apresentados em seus balanços.Há
uma valorização maior do pensamento imediatista ,de curto prazo e com
soluções rápidas para os problemas”urgentes”.O resultado se reflete no
comportamento “bombeiro”,tão familiar nas organizações.Apaga-se incêndio o
tempo todo. A frase “não tenho tempo”,que tanto ouvimos dos gestores traduz
o despreparo de alguns para lidar com a complexidade da realidade e perceber
como os diferentes problemas,em diferentes esferas,estão correlacionados
11
entre si. Mergulhados na rotina administrativa,nas muitas reuniões a
participar,nas decisões a tomar e em tantas atividades do dia-a-dia
gerencial,muitas vezes os gestores não conseguem enxergar alem do seu
pequeno mundo do trabalho,permanecendo à parte do todo maior.
Assumir a responsabilidade pelo meio ambiental e social e pela
satisfação das necessidades não materiais e sociais do ser humano por meio
do trabalho em equipe são algumas das questões relevantes cada vez mais
presentes nas organizações. Assim, elevar o nível de consciência
corporativa,para que as organizações possam compreender e se comprometer
em assumir a função transformadora na sociedades e no seu próprio ambiente
de trabalho,é o desafio que se impõe.(Cavalcante,2005,p.21e22).
Para que novos valores possam emergir juntamente com novas atitudes
e padrões de comportamento,os lideres devem abrir mão das praticas
autoritárias que predominavam do antigo paradigma industrial.
A estrutura organizacional em níveis de poder, herança da visão
mecanicista que caracterizou a era industrial ,criou uma separação entre as
pessoas no ambiente de trabalho e, principalmente ,entre as pessoas e o
trabalho.
O que hoje vemos acontecer na pratica das organizações é a
valorização da ação e da responsabilidade individual pelo resultado do trabalho
que é coletivo, existindo por parte dos membros da equipe dificuldade em
entender a totalidade e a união e,conseqüentemente ,a importância da
interação com o próximo.
Em muitas organizações, a troca de informações sobre experiências,
conhecimentos e habilidades encontra barreira hierárquicas e barreiras
funcionais. A máxima “informação é poder” ainda reflete a valorização da
hierarquia e a comunicação deficiente por meio de diversos níveis.Alem dos
problemas proveniente da divisão em níveis de poder ,as organizações
enfrentam também a dificuldade com a divisão em setores de especialização.A
conseqüência é a ineficácia organizacional.
O novo paradigma para as organizações pressupõe troca ,
participação,rede de relações,aprendizagem individual e coletiva,favorecendo
a conexão afetiva e intelectual entre as pessoas ,tornando o trabalho um
veiculo de satisfação ,realização e crescimento pessoal.Surge uma nova
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postura profissional que diminuem a dicotomia entre trabalho e prazer,entre
convicções e carreira,e entre éticas pessoais e profissionais.
A transformação do modelo gerencial do passado,no qual o homem era
percebido como peça de uma engrenagem,para o modelo que coloca o ser
humano no centro do universo corporativo,incitando-o ao autoconhecimento,ao
autodesenvolvimento e proporcionando a oportunidade para que assuma as
rédeas de sua vida e carreira,não é uma tarefa fácil e constituem um desafio
para os lideres. A ação de deixar de dirigir para influenciar é uma grande
mudança para quem passou anos dizendo às pessoas o que fazer.
As pessoas estão conversando sobre questões significados e
valores,demonstrando um desejo de serem mais dos que os cargos que
ocupam no seu trabalho e, também um desejo de ser orgulharem da empresa
da qual fazem parte.
Gerenciar mudanças é gerenciar pessoas no processo de mudança ,o
que significa lidar com uma questão,embora comum e esperada,inegavelmente
perturbadora e frustrante para os lideres,que é resistência à mudança.
Esse aspectos integrante do comportamento humano tem levado as
organizações ,muitas vezes,a experimentarem dificuldade quanto à adesão e
ao comprometimento dos empregados com os programas de mudança. Não
se pode negar o papel que ocupam as organizações na vida das pessoas,já
que estas passam grande parte do seu tempo em estreita relação com aquelas.
A mudança organizacional,mesmo quando intencional, não pode assim
ser entendida somente sob a ótica de estratégias, processos ou tecnologias,
ainda que,em alguns casos,até mesmo a tradição funcionalista que tem
dominado os texto sobre gestão de mudanças reconheça a dimensão social
como uma variável determinante das possibilidades de sucesso das
organizações. É preciso que se veja a mudança organizacional também como
uma mudança de relações : do individuo com a organização,dele com os seus
pares,da organização com a sociedade,do indivíduo com a sociedade e dele
consigo mesmo .
Assim ,à medida que as pessoas são convidadas a criar e aperfeiçoar
continuamente processos e relações de trabalho,pode-se gerar um poderoso
compromisso com a mudança.
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Os lideres do futuro,em verdade,poderão ser os mesmos lideres do
presente,não havendo necessariamente uma mudança de pessoal,mas uma
mudança pessoal interna do líder,voltada para os valores ,princípios e caráter.
Se o líder quer agregar valor à organização aos produtos e aos clientes
é preciso ter valor para agregar. As pessoas seguem alguém,depois seguem
um plano.
Em momento de transição e incerteza , o líder precisa mostrar o
caminho em meio ao caos, dar luz a novas possibilidades e induzir pessoas a
acreditar na sua visão de futuro. Mais do que nunca ,suas
habilidades,conhecimentos e atitudes devem ser aceitos e reconhecidos pelo
membro de sua equipe como capazes de dar a direção e o significado do
trabalho,alem de serem incapazes de provocar a caminhado sinérgica de seus
componentes, por meio da criação,do fortalecimento e manutenção da rede de
relações e do apoio à troca e ao compartilhamento .
Na maioria das vezes , vamos muito longe para buscar o que esta tão
perto. Para nos tornarmos um líder ,o primeiro passo deve estar voltado para a
transformação pessoal,que se dará por meio do questionamento constante de
crenças e valores que servem de base para as ações e decisões gerenciais, e
para a criação de um clima de confiança e respeito que elevará à
concretização da visão de futuro que se quer para as organizações,as pessoas
e a sociedade.(Cavalcante,2005 p.27a36 ) .
1.2.Competência de liderança:
O líder precisa ter flexibilidade na relação com os liderados,alternando o
seu estilos de atuação em função dos aspectos situacionais.Isto significa que o
líder necessita ter sensibilidade e habilidades para atender às diferentes
demandas.
Bennis(1996) afirma que não se pode ensinar liderança,uma vez que as
bases da liderança são caráter e julgamento – valores que não se ensinam.
Drucker (2003),por sua vez, diz que liderança pode e deve ser
aprendida.
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Boyett e Boyett (1999) afirmam que podemos aprender as técnicas ,as a
habilidades,os estilos de comunicação,assim como podemos dominar as
teorias,as estratégias e as táticas de liderança.
O que não é fácil e rápido é aprender os sentimentos ,a intuição,a
emoção,as sutilezas, os desejos,os cuidados,a empatia e o entusiasmo,enfim
,a paixão por liderança.
Para Kouzes e Posner ( 2003),a liderança é um conjunto reconhecível
de habilidades e práticas que estão disponíveis para todos e pode ser
encontrado em qualquer parte,não apenas nos níveis mais altos das
organizações .
1.3. Gerenciamento e liderança:
Uma distinção entre o líder e o administrador ou gerente é feita por
Lapierre ( segundo Bergamini ,1994:110-111),para quem o gerente é alguém
que dirige uma empresa de maneira a ser eficiente e eficaz em uma estrutura
interna ordenada,regulamentada e hierarquizada.Por outro lado ,”o líder
apresenta-se como uma pessoa que dirige e inicia uma empresa
,centrada,antes de mais nada ,na sua visão pessoal”. Ele reage de acordo
com a sua realidade interior,sendo proativo em relação ao ambiente, e esta
mais centrado na sua própria pessoa ,do que nos regulamentos e hierarquias.
McLean e Weitzel ( segundo Bergamini,1994:111) também propõem
alguns termos que diferenciam o administrador do líder.
O administrador é aquele que faz as coisas de maneira certa e que tem
as seguintes qualificações: “ restringir,controlar,agir com segurança,moldar
,forçar,regulamentar ,sufocar , enrijecer , ser autoritário ,ser consistente”.
O líder ,por sua vez ,faz as coisas
certas,”capacitando,arriscando,libertando,desenvolvendo,desafiando,participan
do,sendo flexível,democrático,prognosticando “.
Covey (1996:163) afirma que a “ liderança estar mais voltada para fazer
as coisas certas,enquanto a gerência se preocupa em fazer certo as coisa “.
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“ Se existe uma distinção clara entre os processos de gerência e de
liderança,esta é a diferença entre conseguir que os outros façam e conseguir
que os outros desejem fazer”. Os lideres estabelecem uma relação de
credibilidade com as pessoas por meio de suas ações,e esta é a base da
liderança (Kouzes e Posner,1994:26).
Bennis(1996) sintetiza os diferente posicionamentos sobre o
comportamento de gerentes e líderes.
Gerente é aquele que administra ,prioriza sistemas e estruturas,tem ima
visão de curto prazo,pergunta como e quando,exerce o controle,aceita e
mantém o status quo,é o clássico bom soldado,e faz certo as coisas(é
eficiente).
Líder é aquele que inova,prioriza as pessoas,tem perspectiva de
futuro,pergunta o quê e por quê,inspira confiança,desafia o status quo ,é a sua
própria pessoa ,faz a coisa certa(é eficaz).
A transformação organizacional por que as empresas vêm passando nos
últimos anos tem requerido de 70 a 90% de gerenciamento, afirma
Kotter(1997).Mas ,por questões históricas,o que presenciamos nas
organizações é exatamente ao contrario,mais gerenciamento endetrimento da
liderança.No século XX,o desenvolvimento de profissionais de negócios era
feitonas salas de aulas e no trabalho centralizado na administração,isto é ,as
pessoas eram ensinada a planejar, fazer orçamentos organizar ,designar
pessoal,controlar e resolver problemas . Somente na ultima década, boa parte
da a atenção se transferiu para o desenvolvimento de líderes,pessoas que
podem criar e transmitir estratégias.Como a gerencia trata basicamente do
status quo e a liderança trata principalmente da mudança,há uma premência
,neste momento de mudanças profundas e velozes,de se criarem líderes, de as
empresas se posicionarem como incubadoras de liderança.
Byham (2003) afirma que encontrar e atrair líderes está ficando cada vez
mais difícil. As organizações têm basicamente três opções para lidar com esta
realidade:contratar pessoas,cada vez mais caras,de fora da organização;deixar
a empresa navegar e aguarda o futuro; ou utilizar as pessoas da organização e
,conseqüentemente ,desenvolver seus próprios líderes em busca do
crescimento sustentável da empresa.
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Se ,por um lado cresce a demanda das empresas por gerentes com
perfil de líder , mais dinâmicos,flexíveis ,comunicadores,inovadores,com visão
de longo prazo, por outro percebe-se a dificuldade de encontrá-los no
mercado.(Cavalcante,2005,p.60 a 62).
Quase todos os autores de liderança apresenta uma lista própria de
características que os líderes têm ou devem ter.São ,aparente mente ,padrões
rígidos e de acordo com as experiências individuais .
Com freqüência,é preciso mesclar competências opostas para gerar
rentabilidade e produtividade,continuidade e eficiência ,comprometimento e
entusiasmo,bem com adaptabilidade e inovação,exigências do século XXI para
os líderes globais.
Até que o líder possa entregar todos os papéis ,dominar as
competências ,utilizá-las de forma adequada ,há longo caminho a percorrer.O
caminho é tão importante quanto ao destino. É um aprendizado contínuo,aliado
a um processo de transformação que requer esforço concentrado para
compreender novos conceitos e praticar novas
habilidades.(Cavalcante,2005,p.72e73).
1. 4. Motivação:
Conforme Heckhausen, diz que:
“Motivação é o empenho de aumentar
ou manter tão alto quanto possível a
capacidade de um indivíduo, a fim de
que este possa alcançar excelência na
execução das atividades das quais
dependam o sucesso ou o fracasso da
organização a que pertence”
(HECKHAUSEN, 1967, p.32).
17
Quando um indivíduo assume um cargo de gestão ,imediatamente
depara-se com uma nova realidade. Seus resultados não dependem mais
,predominantemente e de forma direta ,de seus próprios esforços ,mas sim do
desempenho de cada um dos funcionários de sua equipe. E o desempenho de
cada um,tão importante para o binômio produtividade e qualidade ,é função
não apenas da capacidade de cada funcionário se assim fosse , bastaria
investir em programas de capacitação para alcançar maior desempenho,mas
também de sua motivação ,pois os indivíduos podem atuar eficaz ou
ineficazmente ,ou mesmo não trabalhar (Megginson ET AL.,1998). Como bem
observa Lévy-Leboyer (1990),sem motivação os dons mais raros
permanecem estéreis ,as capacidades adquiridas ficam em desuso ,as
técnicas mais sofisticadas sem rendimento.
Adicionalmente , a motivação afeta o próprio aprendizado ,ou seja ,as
respostas a programas de capacitação.
Vergara (2003) enfatiza o seu caráter intrínseco,tendo em vista nascer
de necessidades interiores,de modo que o que os líderes podem fazer é
estimular,incentivar,provocar a motivação de seus funcionários. Esse é o papel
da liderança ,ao atuar de forma que o potencial de seus colaboradores se
torne ação ,em prol dos objetivos organizacionais. Porém ,para tal ,faz-se
necessário conhecer aspectos gerais do ser humano ,em suas várias
dimensões ,e aspectos particulares de cada indivíduo ,no tocante a sua
singularidade ,a sua subjetividade.
È oportuno observar que o estudo do fenômeno motivacional não
objetiva apenas ,dentro de uma ótica instrumental,obter mais dos funcionários .
Acredita-se que ,sob um enfoque humanista , uma compreensão profunda da
dinâmica dos indivíduos permite aos líderes atuarem de forma consciente
,buscando uma interseção entre os mais legítimos interesses de cada membro
do corpo funcional e as demandas da organização e da sociedade. Assim,
torna-se possível resolver contradições ,como a apontada por Lévy-Leboyer
(1990:56-57), do indivíduo que “ não pode viver sem trabalho e , ao mesmo
tempo , diz que o trabalho o impede de viver”.(Cavalcante,2005,p.86e87).
Uma contribuição importante que os lideres devem considerar para
provocar a motivação é a Gestão do sentido. Um elemento bastante relevante
diz respeito ao significado que cada indivíduo percebe em relação ao seu
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trabalho. Muitos percebem as tarefas realizadas apenas sob a dimensão
operacional ,sem ter perspectiva de que forma aquilo eu realizam é significativo
na vida de outros ,clientes externos e internos.
É função do líder transmitir ao colaboradores a importância do trabalho
de cada um ,e isso deve ser feito de forma autêntica e empática. Antes ,
porém ,o dever de casa : o líder deve pensar na relevância de seu próprio
trabalho e, então,pensar o mesmo para cada membro de sua equipe.E tal
relevância deve ser considerada em relação aos diferentes públicos : os
clientes ,os colegas da organização , as empresas parceiras, a comunidade.
Perceber o significado do trabalho que realiza é elemento fundamental
para um real envolvimento do funcionário com a tarefa.
Nesse sentido,Csikszent(1996,199) observou que indivíduos ,ao realizar
determinadas atividades,descreviam-se como profundamente envolvidos,com o
sentimento de estar totalmente vivos e realizados. Nesse estado,chamado de
experiência de fluxo,as horas parecem passar como minutos,havendo um
funcionamento total do corpo e da mente. O exercício da criatividade também
se associa a tal busca,pois quando estamos imersos em atividades
criativas,sentimos que estamos vivendo de forma realmente intensa. Assim ,os
gestores devem estar atentos às atividades que provocam tal estado emocional
em seus colaboradores --- a experiência tendo valor por si --- e ,mais
especificamente,estimular a criatividade no ambiente de trabalho.
Autonomia do indivíduo também é fator relevante para o envolvimento
com o trabalho que realiza. A prática de gestão associada a essa variável é
empowerment ,que consiste no processo de partilhar o poder com os
funcionários,aumentando sua confiança na própria capacidade de
desempenhar suas funções e na crença de que influenciam a empresa com
sua contribuição. Como resultado as pessoas tomam mais iniciativas e
perseveram para atingir suas metas e a visão de seu lider até mesmo em face
de obstáculos(Bateman e Snell,1998). Desenvolve-se,assim , o sentimento de
co-responsabilidade pelos resultados organizacionais,crescendo o nível de
interdependência. É importante lembrar que o compartilhamento de poder deve
ocorrer como um processo,em que a maturidade do colaborador deve ser
considerada.
19
No que toca ao desenvolvimento de competência,um fenômeno bastante
importante é a profecia auto - realizadora.Esse fenômeno consiste no fato de
um acontecimento tornar-se realidade porque se espera que ele aconteça. Ou
seja , é a concretização de um evento apenas possível causado por
comportamento que se baseiam na expectativa de sua ocorrência
(Maximiano,2000).
No campo das realizações humanas,esse fenômeno chama-se efeito
Pigmaleão,em referencia a uma lenda da mitologia grega.Pigmaleão era
escultor e se apaixonou pela estátua da mulher perfeita que havia esculpido;
Vênus deu vida à estátua, transformando em realidade a sua expectativa de
que ela fosse uma mulher de verdade. O efeito Pigmaleão consiste na
transformação que se opera em uma pessoa em razão das crenças a seu
respeito por parte de outra pessoa que lhe é significativa,como o gerente para
o funcionário. Não é a expectativa que opera a transformação ,mas o
comportamento baseado nessa expectativa.
Esse fato também ocorrem nas organizações.Os líderes em geral fazem
distinções entre os membros de sua equipes,dividindo-os em intragrupo e
extragrupo.Os membros do intragrupo,aqueles mais próximos do líder,recebem
deste mais confiança,atenção e privilégios.Os demais subordinados, do
extragrupo, obtêm menos tempo e recompensa do líder,mantendo com ele
relações baseadas em interações formais de autoridade.Os membros do
intragrupo tendem a ter melhor desempenho,menor rotatividade e maior
satisfação do que os funcionários do extragrupo. Os líderes investem seus
recursos naqueles de que esperam maior desempenho e ,muitas vezes,a
profecia se concretiza(Robbins,2002).
Assim,o efeito Pigmaleão é bastante relevante nas relações de
gerência,pois,se as expectativas em relação a um funcionário são alta,o líder
tende a ser encorajador e amistoso,a desenvolver uma comunicação mais
aberta e a dar mais oportunidades ao funcionário,provocando neste maior
comprometimento e motivação, seja pelo apoio e oportunidade oferecidos ,seja
pelo incremento em sua auto-estima . O mesmo fenômeno pode ocorrer
quando, a priore , um gerente tem um funcionário em baixa conta.Percepções
errôneas sobre uma pessoa podem suscitar ações que as convertam em
realidade.Desse modo é importante que o líder estabeleça expectativas viáveis
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elevadas para todos os colaboradores,pois pode assim iniciar um processo
que leve ao atingimento dessas expectativas ( Robbins,2002).
( Cavalcanti,2005,p.99 a 104)
A motivação é um fator intrínseco a cada indivíduo. Cabe ao líder ,então,
atuar de forma a facilitar que esteja presente nos funcionários. Nesse processo,
deve cuidar do estabelecimento de metas, capacitar os indivíduos para que
possam alcançá-las e oferecer recompensas que atendam às suas
necessidades. No que toca ás recompensas , deve atentar para a equidade,
isto é , que não se forme um sentimento de injustiça.
O líder deve transmitir aos membros de sua equipe o significado do
trabalho de cada um ,buscar alocar os indivíduos em tarefas que ,por si só ,
valham a pena,bem como fornecer autonomia na medida em que os
funcionários passem a assumir mais responsabilidades e desenvolvam
competências. Deve cuidar das expectativas prévias com relação aos
indivíduos que lidera, tendo em vista a profecia auto-realizadora ,bem como
compreender e aprender a lidar com as diferenças ,percebendo a singularidade
de cada colaborador. É também importante compreender as experiências de
frustração e sofrimento, buscando minimizá-las. Nesse processo ,é
fundamental que o líder atue sempre de forma autêntica ,verdadeira.
O foco na motivação dos funcionários ,ao invés de uma postura
autoritária por parte do líder, é uma demanda de nosso tempo em que a
interdependência, a transformação e a ética passam a ser especialmente
consideradas.(Cavalcanti,2005,p.108e109).
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CAPÍTULO II
GERENCIAMENTO DE PESSOAS EM
PROJETOS
A gestão pode ser definida como um esforço que se objetiva maior
organização, controle, coordenação entre outras funcionalidades de uma
empresa ou organização, juntamente com a dependência de excelências
dentro das mesmas. Sendo este o estopim para o gerenciamento ou gestão de
pessoas (Araujo;Garcia, 2009).
Segundo Chiavenato (1999) a gestão de pessoas é uma área que
dispõem de partes instáveis provocando sensibilidade ao conjunto, de tal modo
que, há uma grande demanda de cuidado para com ela. Esta sensibilidade é
determinada conforme a situação ou ambiente em que estão inseridos, sendo
ocasionada por inúmeros fatores como: o contexto da cultura; a estrutura física
que é disponibilizada pela organização; as características que envolvem o
ambiente; a tecnologia oferecida; as regras internas; entre outras.
Já Vergara (2013) assegura que as empresas de modo geral não
surgem da terra, no céu ou no mar, são dependentes de um combustível
chamado pessoas. Estas são responsáveis por definir as características da
empresa, que por si só, não são capazes de realizar ações. Assim há uma
grande necessidade de integrantes que definam o seu propósito e visão, que
administrem seus recursos, que tomem decisões, que executem ações, e que
procurem boas estratégias para a realização das atividades necessárias.
22
2.1.Desafios no gerenciamento de pessoas
A grande maioria dos executivo das organizações é unânime em afirmar
que há um aumento da competitividade entre as empresas em nível mundial. A
globalização esta sendo conduzida, por um lado,pela disseminação da lógica
econômica centrada na abertura,liberação ,desregulamentação e privatização
das economias ,com o objetivo de atrair mais investimento,e , por outro
lado,pela digitalização tecnológica que esta revolucionando as comunicações.
Ulrich(1998) discute o desafio da competitividade para o gerente de
pessoas das organizações,expandindo seu papel de especialista administrativo
para alem das fronteiras atuais,incorporando funções que visam ao
enfrentamento desses novos desafios:parceiro para ajuste das estratégias de
pessoas à estratégias empresarial,agente de mudança para gerir a
transformação e a mudança,e colaborador das pessoas para ouvir e aumentar
seu envolvimento e a capacidade de participação.
Os desafios para os gerentes nesse contexto de competição,segundo
Nelson e Quick(2006),podem ser assim descritos:globalizar as operações da
organização para competir na aldeia global;gerenciar a diversidade nas
equipes;encorajar o comportamento ético,as atitudes positivas e a integridade
pessoal;avançar e implementar inovações tecnológicas no ambiente de
trabalho.
As organizações e os gerentes que procuram ver nesses desafios uma
oportunidade para continuar a ser competitivos,mais do que simplesmente
sobreviver nesse ambiente turbulento,tem maiores chances de ser bem-
sucedidos. ( Raj,Paulo Pavarine,2006;p.17 a 19).
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2.2. Globalização:
A globalização em contraste , implica um mundo livre de fronteiras
nacionais – um mundo sem barreiras. Os trabalhadores de um país estão
competindo com os de outros países e as organizações estão se instalando em
países distintos do pais de origem.
Um dos pontos cruciais para as organizações competirem em mercados
globais é por entendimento das diferenças entre culturas. Schein (1985) sugere
que ,para o entendimento da cultura organizacional,é importante investigar
abaixo da superfície dos artefatos visíveis da organização,isto é,tudo aquilo
que a pessoa vê,houve e sente quando vivencia o ambiente organizacional,e
descobrir os pressupostos básicos que constituem a essência da cultura,ou
seja ,as crenças inconsciente,os sentimentos e valores em que as pessoas
acreditam. Esses princípios são ensinados ao novos funcionários como a
maneira correta de perceber,pensar e se sentir em relação aos problemas de
adaptação externa e integração interna.
Um exemplo é o Earthlink,um provedor de serviços da internet que inclui
diversos desses pressupostos básicos no seu site. Essa organização afirma
que as pessoas tratadas com respeito responderão dando o que tem de melhor
em si. Também assume que o trabalho é uma importante parte da vida,e a
pessoa pode realizá-lo com prazer,sem ficar mal-humorada e entediada. A
competição é normal,uma parte saudável do trabalho,acreditando-se que os
concorrentes ajudam as pessoas,as equipes e a empresa aumentarem seu
nível de desempenho. .( Raj,Paulo Pavarine,2006;p.22).
2.3. A diversidade nas equipes:
A diversidade compreende todas as formas de diferenças entre as
pessoas,incluindo cultura,gênero,idade,habilidade,religião,personalidade,status
social e orientação sexual. A atenção para a diversidade tem crescido nos
24
últimos anos,basicamente por dois motivos: primeiro,o gerente precisa saber
como provocar a motivação das equipes de trabalho constituídas por pessoas
com diferentes características; segundo,o gerente precisam saber como se
comunicar efetivamente com pessoas que possuam diferentes valores e falam
outras línguas. ( Raj,Paulo Pavarine,2006;p.22 e 23).
2.4. Ética, caráter e integridade pessoal :
Alem dos desafios da globalização e da diversidades das equipes,os
gerentes com freqüência enfrentam desafios e dilemas éticos nas
organizações. A despeito da forma positiva com que as organizações
procuram tratar as questões éticas,as condutas antiéticas algumas vezes
acontecem. Alguns dos problemas éticos que o gerente apontam como difíceis
de serem abordados incluem roubo,problemas ambientais,comparação da
renda de funcionários,conflitos de interesse ,abuso sexual e assédio moral.
As teorias éticas ajundam-nas a entender ,avaliar e classificar os
argumentos morais,a tomar decisões e a defender suas conclusões acerca do
que consideram certo e errado.
Nas organizações contemporâneas, as pessoas enfrentam difíceis
dilemas morais e éticos em diversas esferas. As questões mais
criticas,segundo Nelson e Quick (2006) são: os direitos de empregados que
contraíram doenças como aids ;pessoas que cometeram ou sofreral abuso
sexual;envolvimento amoroso de pessoas no trabalho;justiça organizacional
relativa às recompensa financeiras de empregados;tratamento de indivíduos
delatores de colegas e também de erros organizacionais;e ainda ,a
responsabilidade social perante a comunidade na qual ela opera.
Sobre a questões de natureza ética e moral,a organização elabora um
código de ética que procura dirimir as duvidas sobre o que é certo e errado,e
todo empregado é informado do padrão de conduta adotado na empresa.
O código de ética da organização à qual o profissional esta afiliado trata
das ações e deveres que devem ser observados pelos profissionais ao
25
enfrentarem questões éticas e morais.Tais códigos são abertos a novas
questões e melhorados continuamente,baseado em teorias éticas que revêem
,a todo momento,os padrões ali colocados.Os códigos de ética de
determinadas profissões se tornam padrões pelos quais os membros podem
ser avaliados,na ausência de outro padrão interno da organização a que
pertencem. ( Raj,Paulo Pavarine,2006;p.27 e 28).
2.5. Inovação tecnológica no trabalho
O quarto dos desafio enfrentados pelos gerentes é a
administração da inovação tecnológica no ambiente de trabalho. Os gerentes
enfrentam o desafios das rápidas mudanças tecnológicas e procuram
maximizar o seu uso nas organizações.
Por um lado,é tentador ver a tecnologia somente do lado possitivo;com
tudo,um pouco de realismo se faz necessário.As inovações compotacionais
falham com freqüência: 42% de um projeto de tecnologia da informação(TI) são
abandonados antes de serem completados e a metade de todos os projetos de
tecnologia falha no atendimento às expectativas do gerente (Nelson e
Quick,2006). Como algumas inovações falham no atendimento às
expectativas,e outras simplesmente não se completam,é importante gerenciar
ambos os aspectos evolucionário e revolucionário das mudanças tecnológicas.
Por outro lado,os avanços tecnológicos são responsáveis pelo
surgimento de formas alternativas de trabalho,isto é, praticas não tradicionais
de trabalho,ambientes e locais que atualmente podem suplementar os
convencionais ambiente de trabalho nas organizações.
Esses desafios impactam o gerenciamento de pessoas nas
organizações que atuam em ambiente competitivo e globalizado.As diferenças
culturais entre as pessoas,a diversidades existentes nas equipes,as questões
éticas e morais e a inovação tecnológica no ambiente de trabalho foram
descritas. .( Raj,Paulo Pavarine,2006;p.30,31e 34).
.
26
2.6. O gerente de projetos:
Gerenciar projetos exige habilidades e técnicas únicas, diferentes daquelas que são requeridas para gerenciar operações corriqueiras. A gestão de projetos do século 21 desafia os gerentes a administrar um projeto caracterizado por altos níveis de incerteza, equipes multi-culturais e competições globais por recursos humanos especializados. (Carmini e Souza, 2006) Para fazer frente a esses desafios, é necessário o entendimento claro dos fatores humanos na gestão de projetos e o uso efetivo da habilidade de gestão dos recursos humanos que são exigidos para inspirar os stakeholders a trabalharem juntos para alcançar os objetivos do projeto.
A literatura atual de gestão de projetos enfatiza os seguintes aspectos tradicionais de gestão: planejamento, prazo e monitoramento, controle de custos e analise de riscos, gerenciamento do escopo e qualidade (PMBOK, 2004). No entanto, muitos gerentes afirmam que o principal desafio no gerenciamento de projetos não está relacionado a problemas técnicos, e sim a aspectos comportamentais e organizacionais de projetos. (Verma ,1996),
Segundo Gramigna (2007), existe hoje a necessidade, gerada pela globalização, de implantar nas empresas um sistema de gestão de competências – definidas como conhecimento, habilidades, comportamentos e qualidades pessoais –. Esse sistema compreende cinco fases, de acordo com a autora (2007, p.4):
“mapeamento e definição dos perfis de competências; verificação da situação de cada
colaborador em relação ao perfil traçado (criação de banco de talentos com base no potencial
de cada um); projetos estratégicos de realinhamento de perfis por meio da capacitação e do
desenvolvimento de competências; definição de estratégias para gerir o desempenho individual
e elevar o nível de domínio das equipes; realinhamento dos planos de carreira e remuneração,
adequando-os ao novo modelo de competências.”
Para Pinheiro (2004, p.1), “a aplicação de um processo contínuo de desenvolvimento de equipe tem contribuído para a redução dos conflitos e das dificuldades de relacionamento entre os empregados e também, no atingimento dos resultados da empresa.” Na mesma linha de pensamento, Gramigna (2007) conclui que o sistema de gestão de competências facilita o processo de tomada de decisão com relação à gestão de pessoas. Com isso, o gerente de projeto estará munido de instrumentos para avaliar melhor a situação da sua equipe, o potencial das pessoas e a possibilidade de formar um grupo de alto nível.
27
2.7. Papeis e responsabilidade do gerente de projetos:
O gerente de projetos carregam um fardo pesado de responsabilidades
e,para dar conta de todas elas,requer-se uma combinação de habilidades
administrativas,gerenciais,analíticas e interpessoais.Por outro lado,é comum o
profissional desempenhar diferentes papeis em situações nas quais isso for
exigido.
Os papeis não são o mesmo que os títulos dos cargos de um plano de
cargos e salários(PCS) de uma organização;eles estão muito mais atrelados as
características do trabalho ou do projeto do que as que estão formalmente
descritas na sua função.
Dismore e Silveira Neto(2004) apresentam os papeis do GP que, se bem
dimensionados,atendem às necessidades do projeto:ativador do
projeto,coordenador do projeto,gerente de projeto matricial ,gerente da força
tarefa.
A analise de responsabilidade é feita pelo GP para garantir que todas as
atividades do projeto tenham um responsável e ,ser for preciso,sejam
designadas pessoas adicionais para o cumprimento das tarefas
estabelecidas.Esta analise é realizada na fase de planejamento do projeto e,
segundo o PMI,resulta em uma matriz bidimensional denominada Matriz de
Designação de responsabilidades.
Os papeis devem ser definidos para cada atividade do projeto.Existem
vários padrões de utilização desses papeis e um dos mais conhecidos é o
RACI,sendo: Responsável pelo planejamento,gestão e relatórios da atividade;
Aprovação e assinatura pela realização da atividade; Consultor ou colaborador
,e nesta categoria subdivide-se pelas diferentes funções de
:qualidade,financeiro,suporte,construção,manutenção,marketing; Individuo que
recebe as informações(receptor).
A matriz bidimensional é então produzida,colocando-se as atividades do
projeto em um eixo e os membros da equipe do projeto em outro.Inclui-se uma
célula adicional para representar os recursos humanos que serão contratados.
Inspecione a matriz e assegure que cada atividade possa apenas um
responsável. Para cada atividade,avalie se as pessoas designadas estão
adequadas e se os participantes envolvidos serão capazes de realizar o
28
trabalho.Para cada pessoa,verifique se não estar sendo responsável por mais
atividades do que é capaz. Analise se os talentos disponíveis estão de acordo
com o requisito de pessoas.
Essa tarefa de designação de papeis de responsabilidades do
GP,considerada habilidade hard ,é de suma importância no planejamento do
RH da equipe.Com tudo,habilidades soft são igualmente necessário.
Raj,Paulo Pavarine,2006;p.39 a 41).
2.8. A metamorfose de um gerente de projeto:
Harris(2004) analisa as mudanças que estão ocorrendo na pratica do
gerente de projetos. As organizações buscam reduzir seus custos de maneira
sistemáticas por meio de terceirizações e operações offshore, fazendo com que
os processos de gerencia de projetos também se alinhem às estratégias
corporativas globais.
As habilidades hard dos gerentes de projetos não são mais importantes
na condução de um projeto do que as habilidades soft , que requerem mais
proximidade com faz pessoas da equipe e com os demais stakeholderes do
projeto. Com essas habilidades,o gerente de projeto estará apto a executar as
seguinte ações:construir uma ponte eficaz sobre os limites funcionais da
organização para coordenar e executar melhor as tarefas;executar as funções
de gerencia de negócio relacionada ao projeto;conduzir as reuniões e fornecer
os relatório regulares status e qualidade do projeto;manter toda a
documentação do projeto para a revisão das lições aprendidas ao final. E em
relação à equipe: formular e alocar eficazmente os talentos da equipe para
realizar tarefas identificadas do projeto;gerenciar uma equipe de projetos de
múltiplas habilidades;acompanhar a equipe de projeto durante todo o processo
de entrega dos produtos( deliverables );examinar deliverables das áreas
funcionais para assegurar que eles estejam de acordo com os previstos no
projeto;fornecer o feedback do desempenho da equipe ao atingir os objetivos
do plano de implementação;fazer a mediação dos pontos de contato
29
coordenados por membros da equipe do projeto e pela equipe de
colaboradores funcionais; e manter clara e aberta a comunicação entre as
seções funcionais de suporte à equipe do projeto. Pavarine,2006;p.41a 43).
2.9. Designação de um gerente para um projeto:
As formas pelas quais um GP é designado para um projeto podem ser
formais ou informais.Uma designação formal para um projeto pode ser feita por
meio de uma reunião com sponsor,isto é, o patrocinador do projeto,ou chefe
imediatamente superior,na qual são descrito o escolpo,as expectativas do
projeto e toda a documentação e revista. O GP poderá também ser designado
de maneira informal,como uma conversa de corredor ,durante o almoço ou no
café.Tudo depende de como a organização funciona. O que acontece com a
designação informal é que os papéis e responsabilidades,bem como a
autoridade do GP, não ficam bem definidos. Muitas vezes a designação do GP
acontece depois do inicio do projeto,considerado um deriverable, o que não
constitui uma boa pratica. O GP deve ser designado para o projeto no seu
instante inicial,envolvendo-se desde o começo das atividades.
A escolha de um GP poderá se feita para um projeto apenas ou para
compor uma equipe de pessoas que irá gerenciar projetos numa organização
de forma permanente.
As atividades do GP se estendem do inicio do projeto até o seu
fechamento. Grande parte do seu tempo deve ser dedicado ao
planejamento,para criar os planos do projeto,criar a visão do projeto para a
equipe e prepara o ambiente para que os objetivos sejam atingidos de forma
eficiente. Caso o planejamento benfeito ,a execução e o controle devem ocupar
o mínimo tempo e esforço possível. As ultimas semanas do
projeto,freqüentemente,requerem mais tempo e dedicação,para que sejam
fechadas todas as pendências ,e incluídos a preparação da documentação e o
relato das lições aprendidas durante o projeto.
O gerenciamento de grandes projetos é,geralmente,mais fácil do que o
de que pequenos projetos. Em projetos de grande porte, o GP normalmente
gerencia um projeto de cada vez. É mais fácil escalonar e resolver os
30
problemas em grandes projetos porque ,alem da maior visibilidade,todos os
stakeholders compreendem a importância de seus resultados. A equipe se
dedica inteiramente ao projeto e os bônus estão diretamente ligados ao
sucesso do projeto. Alem disso,em grandes projetos existem procedimento de
relatórios formais para sua gestão,incluindo analise de custo - benefício e
análise Swot feita por um GP dedicado. ( Raj,Paulo Pavarine,2006;p.43 e 44).
31
Capítulo III
DESENVOLVIMENTO DE EQUIPE
A palavra mudança sempre tomou conta dos ambientes organizacionais.
As pessoas precisam mudar e estão sempre em buca de novas possibilidades.
Logo ,mudança e aprendizado possuem o mesmo significado.
Aprender evoca sentimentos de competência ( estar imbuído de poder) e
elimina os sentimentos de impotência( estar destituído de poder). Mexe com
autoestima e com a autoconfiança. É por tanto altamente motivador.
Não é apenas por meio da educação formal que uma pessoa aumenta o
seu conhecimento. Todas as empresas possuem conhecimentos represados,
ou seja, instalados apenas na cabeça de alguns. Ao contrario do capital
financeiro,o capital intelectual tem o poder se multiplicar. O conhecimento,por
sua vez,é um poder extraordinário. Pode ser disponibilizado para outras
pessoas sem que o seu portador fique dele destituído.
Por isso,trabalhar em equipe é uma atividade tão importante.é possível
aprender com o seus colegas e transmitir conhecimento em uma saldavel
relação de troca e interdependência.
Dedicar-se a essas duas fontes de aprendizado: reservar tempo na
agenda para participar de treinamento e se tornar um colaborador que
compartilha seus conhecimentos com a equipe. A motivação será outra.Pense
um pouco.Imagine um funcionário que se repete todos os dias voltando para
cãs ao final do expediente.Cabisbaixo,abatido e descartando mais um dia de
sua vida em que nada de novo aconteceu.Tédio e cansaço.Resignação e
desesperança em saber que o dia de amanhã não trará novo alento.
Agora imagine o funcionário que se preocupa,buscando formas
diferentes e eficazes de realizar as suas atividades.Alegria e êxtase por um dia
de aventura e o desejo de compartilhar seu entusiasmo de mais um dia
memorável. Fazer com que seja um eterno aprendiz ,curioso e apaixonado em
saber sempre mais.( Tonet,2005,p.58 a 60).
32
3.1. APRENDIZAGEM
Há muitas definições para aprendizagem.Uma das mais utilizadas
nos textos de Educação é a de Gagné(1980,pg.6): “A aprendizagem é
inferida quando ocorre uma mudança ou modificação no
comportamento,mudança esta que permanece por períodos relativamente
longos durante a vida do indivíduo”. Assim, pode-se dizer que ocorre
aprendizagem quando uma pessoa manifesta aumento da capacidade para
determinados desempenhos em decorrência de experiências por que
passou.
O conceito de aprendizagem não se limita à aquisição original de
uma resposta aprendida, mas compreende também seu desaparecimento
posterior (extinção), sua retenção após um intervalo de tempo (memória) e
seu valor na aquisição de uma resposta nova ou diferente(transferência)
Graças ao trabalho de,BLOOM e seus colaboradores(1974),o conceito
passou a ser utilizado pelos educadores para designar também mudanças de
interesse ,atitudes e valores.
Há inúmeros fatores , dentro dos indivíduos e mesmo fora deles, que
influenciam sua habilidade para aprender. Os mais conhecidos são os fatores
cognitivos, como a inteligência e a criatividade.
3.2. Formação e desenvolvimento de equipes:
Equipes são conjuntos de indivíduos reunidos com o propósito de gerar
sinergia que leve a resultados melhores do que os obtidos por meio da soma
ou simples agregação de resultados individuais.
As organizações contemporâneas estão enfrentando inúmeros e
crescentes desafios,entre eles a necessidade de satisfazer plenamente seus
cliente,manter os mercados conquistados,apresentar diferencial que as distinga
dos concorrentes e acompanhar o desenvolvimento tecnológico,sobreviver em
um mundo globalizado.Isso exige que sejam flexíveis em suas ações rápidas e
33
altamente competente no que fazem.Nelas,a qualidade não é a característica
do serviço que prestam,mas um estado interno que vivenciam e praticam de
forma permanente.
A criação e o desenvolvimento de equipe de trabalho têm exigido
grandes esforço,principalmente porque a formação dos profissionais que estão
atuando nas organizações contemporâneas sempre focalizou as
responsabilidade e os desempenhos individuais,o que ,é óbvio,dificulta tanto o
reconhecimento da necessidade de ser trabalhar em equipe,quanto a
manifestação das atitudes e habilidades necessárias para esse trabalho.
Hoje,dificilmente alguém consegue dominar todo o conhecimento de sua
área por mais estudioso que seja.Entretanto,tal domínio é possível na equipe.
A complexidade que caracteriza o mundo contemporâneo em particular
o mundo do trabalho,fez emergir o conceito de rede,termo que tem sido
utilizado em diversas áreas e ciências,como na psicologia
social,sociologia,administração e outras.
Na psicologia social o termo é entendido como um conjunto de relações
e de estruturas de apoio sócio afetiva.Na administração a rede é definida como
a combinação de pessoas,tecnologia e conhecimento que substituiu a
corporação hierarquizada do modelo fordista,baseado em trabalho,capital e
gerenciamento(Teixeira e Ouverney,2007:15).
Para manter o diferencial competitivo,a organização precisará descobrir
como obter a adesão das pessoas e fazer com que se disponham a aprender e
a mudar conforme as exigências do contexto.Nenhuma equipe de trabalho
nasce pronta,ela aprende e se desenvolve continuamente.(Tonet,2005,p.60 a
63).
3.3. Do grupo à equipe de trabalho:
Muitos empregam o termo equipe de forma corriqueira e
inapropriada,designando como equipes conjuntos de pessoas que na verdade
se caracterizam como grupos;o termo equipe tem uma aceitação maior na
linguagem das organizações ,enquanto o termo grupo acaba mais empregado
34
por estudiosos e teóricos, que tentam ser mais precisos em suas referências e
denominações.
Segundo Greenberg e Baron(1995),um aspecto que distingue os grupos
das equipes é a forma como as tarefas e responsabilidades são vistas ,aceitas
e cumpridas.No grupo,a realização do trabalho depende essencialmente do
indivíduo e responsável por ele.Na equipe,embora haja a distribuição de tarefas
e cada indivíduo deva ter responsabilidades diante de uma parcela do todo, a
responsabilidade pelos resultados e pelo atingimento das metas é de todos os
componente. Assim,uma diferença entre grupos e equipes esta na
interdependência existente entre os membros da equipe.
Outro aspectos que distingue o grupo da equipe o tipo da relação que é
mantida com a organização. No caso dos grupos,a maior tendência é a
organização definir os objetivos que devem ser atingidos e os procedimentos
que deverão ser observados para isso;nas equipes,a tendência é a própria
equipe assumis tais aspectos do trabalho. O nível de comprometimento com a
tarefa e com os objetivos tendem a ser maior nas equipes,o que poderá ser
explicado pela maior oportunidade oferecida aos elementos da equipe de
participarem da definição das tarefas e responsabilidades que deverão
assumir,o que eleva a possibilidade de realização pessoal no trabalho.
Vergara(2009:190)reforça:para que um grupo de pessoas se torne uma
equipe é necessário que haja “um elemento de identidade,elemento de
natureza simbólica, que uma as pessoas,estando elas fisicamente próximas ou
não”,como é o caso das equipes virtuais.
No tocante as características do contexto,a condição básica para o
surgimento de uma equipe é a existência de um desafio significativo para todos
os seus integrantes,algo que desperte o potencial que existe em cada pessoa e
polarize suas emoções e competência em um sentido desejado. E de
preferência que esse desafio esteja relacionado com inovação e oportunidades.
(Tonete,2005,p.63 a 66)
35
3.4. Estratégias e ferramentas para a formação e
desenvolvimento de equipes eficazes :
A formação e o desenvolvimento de equipes de trabalho acontece por
meio do uso de estratégias e emprego de ferramentas que contribuem para
acelerar e melhorar os resultados que as organizações esperam obter. Tais
estratégias e ferramentas poderão ser empregadas no cotidiano do
trabalho,pelo gestor ou líder desejoso de ter uma equipe bem formada que ,
planejada e sistematicamente,age voltada para esse objetivo ao cumprir e fazer
cumprir as rotinas de trabalho de sua área ou setor. Poderão também ser
utilizadas em programas de mentoring ou de desenvolvimento de equipe,em
seções estruturadas com essa finalidade, fora da rotina de trabalho,em horário
e locais definidos especialmente para isso.
No primeiro caso a formação e desenvolvimento de equipes irão ocorrer
de forma concomitante com a realização dos procedimentos de trabalho,em
tempo real, e para isso poderão ser utilizados como recursos o empwerment ,o
coaching e o acompanhamento dos desempenho dos membros da equipe.
No segundo serão criadas e utilizadas situações simuladas,por meio
das quais o objetivo de formar e desenvolver equipes de trabalho será
perseguido. A coes nesse sentido serão materializadas por meio de programas
comumente identificados como de treinamento de equipe,geralmente
formatados com essa finalidade especificas,contendo diferentes módulos
voltados para o treinamento e desenvolvimento de habilidades e atitudes
necessárias ao desempenho individual na equipe e ao desempenho da equipe
como um todo.
Nos dois casos, entretanto,é fundamental que a equipe potencial,as
pessoas que trabalham juntas,seja considerada em sua totalidade. Não basta
privilegiar ou treinar uns poucos indivíduos, apenas parte do grupo,e esperar
que apartir dele se formem uma verdadeira equipe. É necessário que todos
tenham oportunidades para vivenciar situações novas,rever conceitos atitudes
e comportamentos fazendo isso em conjunto e a partir daí,conseguirem agir de
forma convergente,contribuindo para o trabalho um dos outros e provocando a
sinergia esperada da equipe.
36
Entre as principais estaegis e ferramentas que poderão dar suporte ao
desenvolvimento de equipe feito no cotidiano das organizações,por gestores ou
lideres em suas rotinas de trabalho,estão: empwerment ou delegação e
atribuição planejada de atividade e desafios,o coaching e o portfólio de
desempenho,entendidas as duas primeiras como estratégias e a terceira como
ferramenta de feedback e acompanhamento sistematizado do
desempenho,todas descritas a seguir. .(Tonete,2005,p.80 a 83)
3.5. Empowerment ou atribuição planejada de desafios:.
Empowerment é o termo usado para designar o processo de delegação
e atribuição de tarefas acrescido do poder para decidir sobre elas; traz em si as
mesmas características exigências e dificuldades inerentes ao antigo e
conhecido processo de delegação,com a diferença que enfatiza a tomada de
decisão do individuo sobre as coisas que interferem diretamente sobre o seu
desempenho;enfatiza a autogestão. É bom deixar claro entretanto,que na
abordagem do empowerment ,da mesma forma que no processo tradicional de
delegação,as decisões estratégicas continuam a ser tomadas pelos respectivos
níveis estratégicos.
Hoje a situação mudou , e no bojo das mudanças esta a exigência de
um novo perfil profissional,caracterizado essencialmente pela pratica da auto
gestão,que supõe comprometimento,autonomia e capacidade de
decisão,características que são estimuladas e sustentadas com a pratica do
empowerment. É uma forma de proceder que permite estimular a motivação
das pessoas por meio da atribuição de poder para que elas próprias decidam
sobre questões relacionadas com o trabalho que realizam e o desempenho que
apresentam. É uma abertura maior à participação,baseada na crença de que
as pessoas geralmente sabem muito mais do que as organizações permitem
que elas demonstrem. (Tonete,2005,p.83 a 87)
37
3.6. Coaching :
O coaching é considerado uma estratégia para o desenvolvimento de
indivíduos e de equipes de trabalho e tem origem no campo das praticas
esportivas,onde o coach ,termo inglês que é traduzido como técnico ou
treinador,acompanha e orienta o desempenho dos jogadores e atletas
,levando-os a desenvolver procedimentos de autodiagnóstico e aprimoramento
de suas capacidades pessoais e profissionais,ajudando-os a definir metas e
prioridades de desenvolvimento.
O gestor,no papel de coach ,estabelece com os menbros da equipe um
relacionamento para apoiar o seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento,seja objetivando a mudança de aspectos indesejáveis do seu
desempenho,seja visando a aquisição de novas competências ou outros
objetivos afins .
Ou seja, o coaching é uma relação que visa romper padrões existentes e
estabelecer novos paradigmas e conquistas cada vez mais significativas.
O coaching envolve: aconselhamento,ensinamento,monitoria e
confrontação.
O coaching exige que o gestor possua algumas características
fundamentais ,entre elas estão habilidades como : ouvir,analisar e
compreender o comportamento humano,identificar conflitos,focalizar o
acerto,identificar e clarificar erros,fazer a leitura de cenários presentes e
futuros,e também atitudes tais como ser empático ,solidário
,apoiador,confidente e amigo. (Tonete,2005,p.87 e 88)
3.7. Portfólio do desempenho : .
É uma ferramenta de avaliação que enfatiza o desenvolvimento e reduz
muito as possibilidades de conflitos entre avaliadores e avaliados e justamente
por isso se torna de grande utilidade como suporte para o desenvolvimento de
equipe de trabalho.
38
Avaliar o desempenho da equipe e dos indivíduos significa compreender
tanto as relações que se estabelecem entre as pessoas e o produto ou
resultado dessas relações,quanto as formas de fazer com que as equipes
melhorem os seus processos de trabalho e se desenvolvam continuamente.
O desempenho da equipe é bem mais do que a simples soma de
desempenhos individuais. A coesão grupal ,a decisão gerada em uma
discussão ,a comunicação estabelecida entre pessoas ,a sinergia emanada de
um trabalho conjunto,a busca de metas significativas,a exigência no
cumprimento dos padrões definidos,o direcionamento dos esforços de todos
para os objetivos,a confiança recíproca e a cooperação mútua ,o
compartilhamento de oportunidades e responsabilidades,a disseminação de
conhecimento,a disposição para estabelecer alianças,o respeitos às pessoas,a
moral do grupo são aspectos que podem caracterizar o desempenho da equipe
e que sem duvida integram um programe continuo de formação e
desenvolvimento.
O objetivo do portfólio é oferecer dados para o acompanhamento e a
avaliação do desempenho e ,assim ,destacar áreas de domínios ou
competências já existentes e identificar o que ainda precisa ser adquirido ou
desenvolvido pela equipe de trabalho ou pelos indivíduos que a integram .
O portfólio ideal é construído pela equipe ou por um profissional ao longo
do tempo,muitas vezes durante anos; entre tanto,mesmo quando ainda recente
o portfólio já pode ajudar na avaliação do desempenho e na definição das
medidas voltadas para o desenvolvimento.
O portfólio é, na um book personalizado,que contem as principais
realizações da equipe de trabalho ou de um profissional , ao longo de um
período significativo de tempo.Esse documento evidencia a competência ,a
capacidade de agregar valor à organização,o crescimento obtido ao longo de
um período.
É uma ferramenta que permite documentar os avançõa e produções
realizadas pela equipe,registrar o sucesso e as dificuldades superadas ou não
no trabalho.(Tonete,2005,p.89 a 91)
39
CONCLUSÃO
Diante do exposto, conclui-se, que se por um lado é possível
desenvolver competência de liderança,por outro a integração de todos os
papéis que um líder tem de exercer é muito difícil,mas pode ser facilitada
quando existe a consciência e a disposição de rever e mudar paradigmas. E
essa conscientização se traduz em um processo de evolução permanente ,por
meio do autodesenvolvimento que deve privilegiar a visão transdisciplinar,em
que os aparentes paradoxos são considerados variáveis imprescindíveis ao
desenvolvimento do líder.
Hoje , a visão tradicional do trabalho contínuo e repetitivo,foi substituída
pela visão temporária ou de projetos,em que os esforços são orientados para
resultados em prol de um objetivo,dentro de um espaço de tempo limitado –
inicio,meio e fim.O Contexto mundial ,cada vez mais complexo,exige que
atuemos com agilidade e precisão,lidando com o novo e superando desafios
continuamente.
Gerenciar projetos significa aplicar conhecimentos
,habilidades,ferramentas e técnicas às atividades do projeto,afim de satisfazer
seus requisitos. Projetos não acontecem se não houver pessoas para os
gerenciar e os executar.
Muitas vezes, as organizações nomeiam seus profissionais como
gerentes de projetos, achando que as habilidades e a experiência que os
tornam estrelas em suas áreas técnicas supostamente se traduzem em
aptidões para o gerenciamento de projetos.
Mas não é necessariamente assim .
Conhecer e aplicar boas técnicas de gerenciamento de projetos, além de
um sólido conhecimento de habilidades gerais de gerenciamento ,são alicerces
profissionais para todos os aspirante à gerentes de projetos.
O foco precisa ser sempre gerenciar muito bem para concluir da melhor
maneira, com o menor tempo e custos possíveis e lembrar que gerenciar
projetos significa antes de tudo gerenciar pessoas.
Competência em gerenciamento de projetos envolve uma liderança bem
preparada e integrada com sua equipe ;envolve ousar,sem,no entanto,acreditar
em soluções mágicas,envolve um gerenciamento não amador,focado nas
40
necessidades e expectativas dos stakeholders ,a partir da definição de metas
e planos realistas.
O sucesso em projetos está diretamente ligado às pessoas, mas a
formação de uma equipe de projeto não se dá somente pela união de pessoas
visando à realização de uma dada tarefa.
Reconhecendo-se a importância vital das pessoas no gerenciamento de
projetos, percebe-se que as equipes precisam de alicerces fortes e
cuidadosamente construídos. A construção de um alicerce duradouro inclui a
discussão de valores, visão,missão,expectativas e normas segundo as quais a
equipe irá operar um determinado projeto. Tudo isso deve ser feito antes de se
aproximar da definição do trabalho. Durante e depois dessa definição,continua-
se a construir equipes fortes,dando atenção às metas de desempenho,à
arquitetura organizacional,aos papéis e responsabilidades,aos conhecimentos
e habilidades e ao desenvolvimento contínuo das equipes.
Nenhum desses elementos de organizações eficazes foi inventado,mas
o cuidado e a habilidade para integrar esses elementos em um modelo coeso
podem ajudar a construir equipes de projeto de primeira linha.
Em tempos de globalização mais do que nunca é preciso conhecer o
negócio da empresa e administrar o presente enquanto se cria o futuro.
É preciso transformar ameaças em oportunidades e criar paixão por
resultados.
É preciso, ainda ,facilitar o aparecimento de novos lideres,criar equipes
integradas e comprometidas, e principalmente evoluir sempre.
41
BIBLIOGRAFIA
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2001.
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RAJ,PAVARINI Gerenciamento de pessoas em projetos,Rio de
janeiro,ED. FGV,2010 (Publicações FGV Management )
TONET,HELENA Desenvolvimento de Equipe,rio de janeiro, ED.fgv,2009.
(Publicações FGV Management ).
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Liderança e Motivação 09 1.1. O novo Papel do Líder em Tempos de Crise de Liderança 10 1.2. Competência de Liderança 13 1.3. Gerenciamento e liderança 14
1.4.Motivação 16
CAPÍTULO II
Gerenciamento de Pessoas em projetos 21
2.1.Desafios no Gerenciamento de Pessoas 22
2.2.Globalização 23
2.3.A diversidade nas Equipes 23
2.4.Ética,Caráter e Integridade Pessoal 24
2.5.Inovação Tecnológica no Trabalho 25
2.6.O Gerente de Projetos 26
2.7.Papeis e Responsabilidades do Gerente de Projetos 27
2.8.A metamorfose do Gerente de Projetos 28
2.9.Designação de um Gerente de Projetos 29
CAPÍTULO III
Desenvolvimento de Equipe 31
3.1.Aprendizagem 32
3.2.Formação e Desenvolvimento de Equipe 32
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3.3.Do grupo à Equipe de Trabalho 33
3.4. Estratégias e ferramentas para a formação de Desenvolvimento
de Equipes Eficazes 35
3.5.Empowerment ou Atribuição Planejada de Desafios 36
3.6. Coaching 37
3.7. Portfólio do Desempenho 37
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA 41
ÍNDICE 42