lúpus eritematoso sistêmico: estudo qualitativo de mecanismos ...
DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL...Rangel Vieira Cunha (Cor, som e movimento)....
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Audrey Soraia de Souza Soares Martins
São Paulo
2010
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Audrey Soraia de Souza Soares Martins
São Paulo
2010
Esta publicação atende a complementação didático pedagógica de metodologia de pesquisa e a produção e desenvolvimento de monografia, para o curso de pós-graduação em Educação Infantil pela autora.
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DEDICATÓRIA
Este Trabalho , é dedicado ao meu pai in memorium, Joaquim Dias Soares,
que sempre me deu apoio necessário à conclusão das etapas acadêmica, e que em vida
deu o exemplo de honestidade.
À minha mãe, Maria Auxiliadora de Souza Soares, pelo apoio demonstrado
em todas as etapas de minha vida.
À minha filha, Mariana Soares Martins, pela alegria que trouxe a minha
vida.
Ao meu esposo, Maurício Soldaíni Martins pelo companheirismo, amizade
e incentivo em todas as escolhas da minha vida.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pela oportunidade de conclusão de mais esta etapa na minha
existência.
Aos colegas que cooperaram com a pesquisa de campo.
A faculdade que possibilitou a realização deste trabalho.
Professora orientadora Maria Poppe que auxiliou e orientou a
pesquisa.
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RESUMO
Este trabalho tem a proposta de demonstrar que embora os educadores
reconheçam o ensino da música como um instrumento facilitador e integrador dos
diferentes conhecimentos existentes também apresentam dificuldade em saber utilizá-lo
reconhecendo que as atividades são mais voltadas para a repetição, reprodução e imitação
do que voltadas para atividades que propiciem a liberdade e a criatividade da criança.
Através de pesquisa de campo com questionário aplicado a 20 docentes
atuantes em educação infantil observamos que os fatores de formação do educador,
ambiente escolar, projeto pedagógico e a dificuldade de integrar o ensino da música aos
conhecimentos são apontados pelos educadores que relatam dificuldade e falta de
orientação para utilizarem melhor este recurso.
O conhecimento das fases de desenvolvimento da criança é fundamental para
a compreensão da fase neurológica e psicomotora , desta maneira possibilita a elaboração
de atividades e interação da sonoridade vivenciada com o trabalho musical que
correspondam a fase que a criança vivencia.
Para o educador torna-se necessário pesquisar o contexto social da criança
organizando um espaço de cultura que possibilite a ampliação das expressões e da sua
linguagem.
O trabalho pedagógico deve possibilitar um ambiente de descoberta e
revelação dos imaginários infantil , extrapolando a repetição e reprodução de
musiquinhas para um universo criativo e libertador.
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]METODOLOGIA
Foi realizado um trabalho de pesquisa - “A importância da música na
educação infantil” , através de um questionário com questões abertas e fechadas aplicados
em uma amostra de 20 educadores atuantes na Educação Infantil pela rede municipal da
Prefeitura de São Paulo , que possibilitem uma visão da formação e da forma de pensar
dos educadores que trabalham com crianças do 1°, 2° e 3° estágios . A metolologia
aplicada foi a pesquisa social . (Anexo I)
Utilizar a metodologia de pesquisa Social permitiu que tratemos da realidade
que atuamos e da formação docente com questões subsidiadas nas obras literárias Nicole
Jeandot ( Explorando o Universo da Música); Ana Maria Gonçalvez Weigel (- Brincando
de Música); Georges Snyders (A escola pode ensinar as alegrias da música?.) e Suzana
Rangel Vieira Cunha (Cor, som e movimento).
Considerando a pesquisa de cunho qualitativo três fases são determinadas – 1ª
fase explanatória ; 2ª fase de Trabalho de Campo ; 3ª fase de análise e tratamento do
material coletado. A Fase explanatória consiste na produção de projeto de pesquisa e de
todos os procedimentos necessários para preparar a entrada em campo.
- tempo dedicado ;
-Definição e delimitação do objeto de pesquisa ;
- Descrição dos instrumentos utilizados no trabalho ;
- Cronograma ;
-Escolha do espaço;
-Amostra qualitativa .
Análise e tratamento do material empírico :
- Ordenação dos dados ;
-Classificação dos dados ;
-Análise propriamente dita .
O tratamento diz respeito à busca da lógica peculiar interna do grupo
pesquisado .
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Por meio do método o utilizado poderemos:
1- Concretizar a revisão literária focalizando o problema de investigação e
escolhendo a orientação teórica que dará suporte ao estudo ;
2- Proceder-se o contato inicial com o grupo selecionado;
3- Identificar os participantes da pesquisa ;
4- Estudar a viabilidade de aplicação do método de pesquisa social do meio
considerado ;
5- Reunir os dados para discussão acerca da investigação e das possibilidades
de ação;
6- Com base em uma suposição, coletar dados por meio de entrevistas,
observação e questionário;
7- Escolhe-se as orientações teóricas que darão suporte a investigação ;
8- Elabora-se o diagnóstico ;
9- Seleciona-se as ações para a implementação imediata:
10- Seleciona-se ações de implementações futuras;
11- Implementa-se ações;
12- Avaliar o resultado de cada ação implementada ;
13- Confronta resultados obtido com a teoria que deu suporte a investigação;
14- Formula-se a conclusão;
15- Divulgam-se os resultados da pesquisa realizada .
Assim, sempre em busca da qualidade da investigação nas escolas, o método
poderá ser repensado e ajustado conforme as necessidade que forem
aparecendo.
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SUMÁRIO
Introdução............................................................................................................................9 Capítulo 1 – As fases de desenvolvimento da criança e suas características ....................11 Capítulo 2- Orientações Curriculares para o Ensino da música ........................................16 Capítulo 3- Ambiente Social e Cultural como agente influenciador do ensino da música nas comunidades ............................................................................................21 Conclusão ..........................................................................................................................31 Bibliografia .......................................................................................................................32 Anexo 1..............................................................................................................................33 Anexo 1I.............................................................................................................................34
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INTRODUÇÃO
A necessidade eminente de mediar à relação música-criança, pois é
fundamental que exista música no espaço de Educação Infantil porque é através dela que
mostraremos os benefícios que a música traz ao desenvolvimento infantil, tanto
emocional, quanto cognitivo, já que esta faz parte da cultura das crianças, e que as
vivências musicais se constituam em experiências vivas, agradáveis e enriquecedoras no
ambiente da Educação Infantil.
Parte-se do princípio que não existe apenas a necessidade de trabalhar a
música na Educação Infantil , como também oferecer uma educação musical relacionada
á matemática , a português e a outras disciplinas.
Neste sentido a música propicia uma formação mais plena a para todos os
educandos. Desta maneira as mudanças de paradigmas deverão sair dos discursos para a
prática efetivamente. Muito se fala da escola formadora do cidadão mais consciente de si
e do seu mundo, mas ainda se reforça a racionalidade da escola , ignorando que a
formação plena do indivíduo também passa pelo desenvolvimento dos aspectos
emocionais e sensíveis.
A riqueza musical brasileira, da qual fazem parte todos os estudantes de toda
a comunidade , não pode ser ignorada na organização do trabalho didático na escola. A
educação musical está perfeitamente integrada às atividades educacionais , conservando
suas características peculiares , integrando a música as atividades educacionais , como :
cantar para aprender elementos gramaticais de idiomas estrangeiros , mas, sim, incorporar
efetivamente música como experiência educacional que permita aos indivíduos se
relacionarem com esta forma de expressão humana . Para isso é necessário ampliar as
discussões para além das especialidades de forma objetiva, enriquecendo a prática
pedagógica de diversas áreas de conhecimento.
Os conteúdos da educação musical nos diferentes níveis ( estágios ) da
Educação Infantil deveriam ser disponibilizados através de atividades de Criação,
Execução e Apreciação.
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos
rítmicos , jogos de mãos que são tradicionais e presentes em todas as culturas ,
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caracterizam-se pelas brincadeiras rítmicas ou melódicas integrando o texto e batimentos
com as mãos, realizadas em duplas, trios ou quartetos de criança , estas atividades
despertam, estimula, e desenvolvem o gosto pela esfera afetiva , estética e cognitiva.
Aprender música significa integrar experiências que envolvam a vivência , a
percepção e a reflexão , encaminhando-se para níveis cada vez mais elaborados.
O ensino da música favorece o desenvolvimento do gosto estético e da
expressão artística , além de promover o gosto e o senso musical .
Mesmo que as formas de organização social e o papel da música na
sociedades modernas tenham se transformado algo de caráter ritual é preservado , assim
como certa tradição do fazer por imitação e por ouvido , em que se misturam intuição ,
conhecimento prático e transmissão oral
Essas questões devem ser consideradas ao se pensar em aprendizagem , pois o
contato intuitivo e espontâneo com a expressão musical desde os primeiros anos de vida é
importante ponto de partida para o processo de musicalização.
Quanto menor a faixa etária, melhor para o desenvolvimento das crianças
desta, melhorando o seu desenvolvimento global e integrando as diversas áreas do
conhecimento.
Demonstrar como as instituições de educação infantil deveriam ser o espaço
inicial para o desenvolvimento das diferentes linguagens expressivas, tendo em vista que
as crianças iniciam o conhecimento sobre o mundo através dos sentidos, do movimento,
da curiosidade em relação ao que está a sua volta, da repetição, da imitação, da
brincadeira e do jogo simbólico.
Ao perceber e ao registrar as impressões sobre o mundo se dão num processo
contínuo que vai se modificando na medida em que as crianças têm contato com
diferentes linguagens, materiais expressivos, intervenções dos adultos e de outras
crianças.Para que isso ocorra é necessário que o educador apresente intervenções
pedagógicas desafiadoras e incentivadoras.
Ao respeitar o desenvolvimento da criança e reconhecer que é ela o agente de
sua aprendizagem, as atividades sugeridas devem estimular a imaginação e favorecer o
exercício da cooperação, criatividade e autonomia.
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CAPÍTULO I
AS FASES DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E SUAS
CARACTERÍSTICAS
Para compreender a importância do ensino musical para o desenvolvimento
global da criança se torna necessário conhecer as diferentes fases de desenvolvimento e
suas características pelo educador subsidiando propostas de atividades que venham de
encontro com o grupo etário que está sendo trabalhado interagindo toda a riqueza sonora
que habita nosso planeta e faz parte do nosso dia-a-dia com o universo infantil.
Segundo Jeandot ( 1997) a receptividade à música é um fenômeno corporal.
Ao nascer, a criança entra em contato com o universo sonoro que a cerca; sons
produzidos pelos seres vivos e pelos objetos. Sua relação com a música é imediata, seja
através do acalanto da mãe e de outras pessoas envolvidas emocionalmente com a
criança, ou seja, através dos aparelhos sonoros de sua casa.
Antes mesmo de iniciar a fala, podemos observar nas crianças o cantar
gorjear, experimentando os sons que podem ser produzidos com a boca. Observando uma
criança pequena, podemos vê-la cantarolando um versinho, uma melodia, ou emitindo
algum som repetitivo e monótono, balançando-se de uma perna para a outra ou ainda para
frente e para trás, como que reproduzindo o movimento do acalanto. Essa movimentação
desempenha papel importante em todos os meios de expressão que utilizam do ritmo, seja
a música, a linguagem verbal ou a dança. (Jeandot, 1997)
Para este autor, as crianças gostam de acompanhar as músicas com
movimentos do corpo, tais como palmas, sapateados, danças volteios de cabeça. E com
essa relação entre o gesto e o som que a criança- ouvindo, cantando , imitando, dançando,
vai construindo seu conhecimento sobre música, percorrendo o mesmo caminho do
homem primitivo na primitivo na exploração e na descoberta dos sons.
Ao entrar em contato com os objetos, ela rapidamente começa a interagir com
o mundo sonoro, que é o embrião da música, e, nessa medida, qualquer objeto que produz
ruído torna-se para ela um instrumento musical capaz de prender sua atenção por muito
tempo.
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A criança não é um artista, nem um ser meramente contemplativo, mas antes
de tudo um ser “rítmico-mímico’, que usa espontaneamente os gestos ao sabor da
sensação que eles despertam. È só observar um bebê com uma colher posta á sua
disposição antes da sopa; ele bate na mesa, repetindo o gesto para renovar a sensação
provocada. Pode repeti-lo inúmeras vezes e de várias maneiras, diversificando seus
efeitos. Esse princípio da repetição e de variação, Pierre Schaeffner (1958) considera
fundamental na música, da mesma forma que Jean Piaget ( 1964) o considera para o
desenvolvimento da criança: “... “O bebê não se contenta mais em apenas reproduzir os
movimentos e os gestos que conduziram a um efeito interessante, mas varia-os
intencionalmente para estudar os resultados dessas variações, entregando-se a verdadeiras
explorações”.
A atenção do conhecimento das fases do desenvolvimento da criança por
parte do professor é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional inclusive
em um contexto que relacione a arte ou mais propriamente o desenvolvimento musical.
De acordo com Rogoff, 1993, a criança na educação infantil, passa por
algumas etapas em três grandes áreas do desenvolvimento, sendo a primeira a área
motora que inclui tudo aquilo que se relaciona com a capacidade de movimento do corpo
humano, tanto de sua globalidade como dos seguimentos corporais, em segundo a área
cognitiva que aborda as capacidades que permitem compreender o mundo, nas diferentes
idades, e de atuar nele, através do uso da linguagem ou mediante resoluções das situações
problemáticas que se apresentam. Mesmo assim, é necessário fazer referencias às
capacidades que a criança dessa idade tem para criar ou comunicar-se através do uso de
todas as linguagens (verbal, artística, etc.) e a terceira a área afetiva: engloba os aspectos
relacionados com as possibilidades de sentir-se bem consigo mesmo (equilíbrio pessoal),
o que permite confrontar-se com situações e pessoas novas (relações interpessoais) e ir
estabelecendo relações cada vez mais alheias, distanciadas, bem como atuar no mundo
que o rodeia (atuação e inserção social).
A divisão entre essas três áreas é para ser entendida apenas como um recurso
expositivo, pois o desenvolvimento é global e existe uma estreita inter-relação entre elas,
porém é a área cognitiva a que mais será tratada nesta pesquisa, pois é nela que se
encontra a capacidade de desenvolvimento da linguagem plástica, musical e expressão
corporal que esta ligada diretamente ao aprendizado de Artes, especificamente ao que se
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relaciona à música. Para melhor entendimento da aprendizagem de artes na Ed. Infantil,
percebe-se a diferença nos diferentes grupos etários.
Em crianças de faixa etária de 2 a 3 anos produzem gestos e movimentos com
o corpo ou com partes do partes do corpo.Imitam animais, personagens, sensações (frio,
calor, cansaço, etc.) e estados de ânimo (aborrecida, triste, contente, etc.).
Agradam-lhe escutar canções e músicas. Agrada-lhe dançar e participar das
danças. Diferencia: som/ silêncio e forte/ fraco. Sabe localizar o lugar de onde vem o
ruído/ som. Canta canções trabalhadas e recorda fragmentos. Imita gestos e recorda-os.
Imita e produz diferentes ruídos e sons musicais (com objetos, instrumentos, etc.).
Solicita que coloquemos músicas freqüentemente. Acompanha o ritmo que escuta, com
todo o seu corpo ou com as partes do seu corpo. Gostam muito de acompanhar com as
mãos e os pés ritmos lentos e rápidos. Nesta fase são muito imitativos.
Em crianças de 4 a 5 anos, mostram-se muito participativas quando são feitas
atividades musicais. Para a criança nesta fase muito agradável imitar sons de
instrumentos e animais. Reconhece os sons e os diferencia. Reconhece os sons familiares
e ruídos. Ás vezes entretém-se explorando as possibilidades sonoras dos objetos
cotidianos, ás vezes os faz com delicadeza outras vezes escandalosamente de escutar
fragmentos musicais reproduz sons de instrumentos musicais, capta os ritmos simples e
também os mais elaborados. Gosta de cantar, muitas vezes respeita a entonação, recorda
as canções e dos fragmentos de músicas trabalhadas. Diferencia os contrastes
fortes/suaves, comprido/curtos, agudo-graves. Segue ritmo de uma música com o corpo.
Acompanha os ritmos gosta de danças coletivas.
Tem bastante tendência para se expressar os seus sentimentos e suas
emoções através de gestos e de expressões faciais. Gesticula muito quando fala. Ás vezes
interpreta e observa para captar os sentimentos ou emoções das outras crianças e das
pessoas conhecidas (dor, tristeza, alegria, enjôo, etc.). Sabe expressar tais emoções com
gestos e deslocamentos pelo espaço sem dificuldades. Nas apresentações ou encenações
de situações ou de historias, participa ativamente, mas quando tem pais presentes fica um
pouco reservado, em pequenos grupos e os estimulado participa melhor. Gosta de imitar
animais e personagens. Interpreta as noções de direcional idade com o próprio corpo
(para frente, pra trás, à direita, à esquerda, acima, abaixo, dentro, fora). Reproduz
movimentos a partir de combinações verbais (aos poucos, saltando, agachados, etc.).
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No grupo de criança de 5 a 6 anos mostram-se muito participativas quando
são feitas atividades musicais. Gostam de imitar sons e ritmo. Segue o ritmo com uma
parte do corpo (pés, mãos, etc. Dança seguindo o ritmo da música, adaptando-se ao seu
par ou grupo. Reproduz ritmo de vários instrumentos. Pode representar graficamente
determinados ritmos.
Na abordagem feita por Henry Wallon (1975) , em relação ao
desenvolvimento infantil, direcionou o foco de sua análise para a criança, revelando que é
na ação sobre o meio humano, e não sobre o meio físico, que deve buscar o significado
das emoções. Ao longo de sua carreira, foi cada vez mais explícita a aproximação com a
educação e conseqüentemente pelo social.
Wallon deu aulas e como professor, discordava dos métodos empregados para
controle disciplinar, bem como o patrulhamento exercido sobre o ensino, o qual levava
segundo suas palavras, ao obscurantismo e à desconfiança e também considerava que
entre a psicologia e a pedagogia, deveria haver uma relação de contribuição recíproca. A
pedagogia oferecia campo de observação à psicologia e a psicologia ao construir
conhecimentos sobre o processo de desenvolvimento infantil, oferecia um importante
instrumento para o aprimoramento da prática pedagógica.
Opunha-se às concepções reducionistas, tece vigorosas críticas à psicologia
da introspecção e aos materialistas mecanicistas e foi contrário ao positivismo.
A psicologia genética estuda as origens, isto é, a gênese dos processos
psíquicos. Partindo do mais simples, a análise genética é, para Wallon, o único
procedimento que não dissolve em elementos estanques e abstratos a totalidade da vida
psíquica. Constitui-se, assim, no método de uma psicologia geral, concebida como
conhecimento ao adulto através da criança.
Este autor propõe o estudo integrado do desenvolvimento, ou seja, que este
abarque os vários funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetividade,
motricidade, inteligência.)
Podemos definir o seu projeto teórico como a elaboração de uma
psicogênese da pessoa completa.
Segundo Wallon(1975), para a compreensão do desenvolvimento infantil,
não bastam os dados fornecidos pela psicologia genética, é preciso recorrer a dados
provenientes de outros campos de conhecimento. Neurologia, psicopatologia,
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antropologia e a psicologia infantil, foram os campos de comparação privilegiados por
ele.
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CAPÍTULO II
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO DA MÚSICA
Os educadores compreendem que a música auxilia o desenvolvimento e pode
dar suporte a aprendizagem das crianças, porém em contrapartida reconhecem que as
instituições têm dificuldades para integrar educação musical e conhecimento, assim como
as atividades são voltadas para processos de repetição com reprodução e imitação e pouco
voltadas para a criação e elaboração musical.
È interessante observar a grande influência que a música exerce sobre a
criança. É por isso que os jogos ritmados, próprios dos primeiros anos de vida, devem ser
trabalhados e incentivados na escola Ao adulto caberá compreender em que media a
música constitui uma possibilidade expressiva privilegiada para a criança, uma vez que
atinge diretamente sua sensibilidade afetiva e sensorial.
A música é linguagem. Assim devemos seguir, em relação à música, o
mesmo processo de desenvolvimento que adotamos quanto à linguagem falada, ou seja,
devemos expor a criança à linguagem musical e dialogar com ela sobre e por meio da
música. Como acontece com a linguagem, cada civilização, cada grupo social, tem usa
expressão musical própria. O educador, antes de transmitir sua própria cultura musical,
deve pesquisar o universo musical que a criança pertence, e encorajar atividades
relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão através da
música. (Jeandot ,1997)
Muitas vezes, quando a música é ensinada em escolar ou conservatório,
oferece-se á criança um método, um instrumento, e muitos já esperam um resultado
maravilhoso ao final do primeiro mês de estudo, sem que haja antes um trabalho através
do qual a criança possa ouvir, escutar, perceber, descobrir, imitar e repetir os sonos, isto é
construir seu conhecimento sobre música.
Para o educador a maior importância deve ser estimular a criança a fazer suas
próprias pesquisas. Ao educador caberá enriquecer seu repertório musical com discos e
materiais para serem explorados, observar o trabalho, observar o trabalho de cada criança
e planejar atividades que envolvam músicas de diferentes povos, de diferentes épocas, de
diferentes povos, de diferentes épocas, de diferentes formas, de diferentes compositores
etc. Seu trabalho deverá ser criativo , despertando a motivação da criança, imaginando
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novas possibilidades de aprendizado e facilitando as atividades dos alunos , quando
solicitado.
Uma aprendizagem voltada apenas para os aspectos técnicos da música é
inútil e até prejudicial, se ela não despertar o senso musical, não desenvolver a
sensibilidade. Tem que formar na criança o musicista, que talvez não disponha de uma
bagagem técnica ampla, mas será capaz de sentir, viver e apreciar a música.
Com relação ao Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil que
analisa de modo bem explicito a qualidade do trabalho realizado relacionado aos
educandos, existe uma defasagem entre o que se realiza na área da música e a
caracterização das atividades de reprodução assim como a imitação, e os reais objetivos
que deveriam permear a criação, à elaboração e à apreciação musical.
Segundo Weigel (1998), para o educador passar de alguém que “ensina” para
alguém que “facilita a aprendizagem”, não é fácil, pois envolve uma mudança de
comportamento e postura diante do fato educativo e da criança. Os resultados dessa
atitude são preciosos, pois somente dessa forma a criança caminhará, sem repressão, para
um universo de livre expressão.
Para o ensino da música o que conta é o processo educativo, ou seja, o
professor deve procurar favorecer a vivência de atividades rítmicas e musicais, sem
preocupações com os resultados imediatos.
Na visão deste autor ,a ação do professor deve variar de acordo com o
momento e o clima da turma sendo que, o seu trabalho deve ser calcado em algumas
considerações como: toda a criança possui expressividade rítmica e musical em maior ou
menor grau, que será desenvolvida e aprimorada pela continuidade do trabalho; evitar
preocupações com resultados “ideais”, propiciando a criança uma vivência rítmica e
musical com desembaraço e segurança, mesmo que o resultado do trabalho fique
diferente do esperado; favorecer atitudes de iniciativa, exploração, descoberta e invenção
durante as experiências musicais; respeitar o rítmico de desenvolvimento de cada criança,
observando cada uma delas e adaptando as atividades para sua compreensão; ligar e
integrar a música às outras forma de expressão tais como a dramatização, desenho a
literatura; incentivar o desempenho do grupo , sem corrigir a criança ou demonstrar que
não gostou de seu desempenho; provocar situações novas ou aproveitar o interesse e
entusiasmo da criança , prolongando ou diversificando as experiências musicais e não
estabelecer limites rígidos de tempo , tornando-se capaz de abandonar um planejamento
para aproveitar as sugestões da criança , incluindo estas sugestões no trabalho .
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A interação no contexto educacional relacionado à linguagem musical é
bastante complexa uma vez que docentes mal formados, a ausência de atividades,
precariedade das escolas, enfim as múltiplas carências tornam evidentes as dificuldades
no aprendizado musical; fazendo do ensino da música um produto superficial, e não uma
linguagem cujo conhecimento se constrói de forma significativa.
O Ministério da Educação e Cultura MEC, criou em 1982, os referenciais que
fundamentavam as práxis do profissional da educação infantil contidos nos cadernos de
atendimento ao Pré escolar, que subsidiavam as ações dos professores, sendo que, esses
cadernos estavam voltados a questões emocionais e psicológicas e nas etapas evolutivas
da criança, pouco voltados para o conhecimento e ao aspecto cognitivo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96 veio garantir a integração
da Educação Infantil á Educação Básica contemplando o aspecto cognitivo incluindo
neste as Artes e entre elas a música.
Com relação à arte na educação era dado maior enfoque à recreação do que
às articulações com a arte, a cultura e a estética, ou seja, os conceitos sobre arte
resumiam-se a simples técnicas. PILLOTTO (2000, 61) dizia que, embora esse caderno
tivesse uma fundamentação teórica voltada às concepções do ensino da arte modernista,
na sua essência ele era mais tecnicista no que diz respeito aos exercícios repetitivos,
mecânicos e sem a preocupação com a reflexão.
Na década de 90, o MEC lançou o Caderno do Professor da Pré-Escola, com
uma abordagem contextualista, na qual a arte deixava de ser tratada apenas como
atividade prática e de lazer, incorporando o ato reflexivo. Apesar dessas transformações,
a arte permanecia ainda com foco em abordagens psicológicas e temáticas.
Foram somente em 2000 que as discussões reflexivas sobre a arte na
educação infantil ganharam novos espaços na literatura, nas propostas curriculares e
especialmente em pesquisa. É apontado a necessidade de novos caminhos para a arte na
Educação Infantil, no sentido de desenvolver práticas nas quais houvesse uma total
integração do profissional da educação infantil, do profissional da arte na educação das
crianças.
Uma mudança no planejamento no currículo era necessária, onde “a partir da
perspectiva sistêmica, que pressupunha como método de trabalho no qual professores
apresentavam objetivos educacionais gerais, mas não formulavam objetivos específicos
para cada projeto ou atividade de antemão.
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Em vez disso, formulavam hipóteses sobre o que poderia ocorrer com base
em seu conhecimento das crianças e das experiências anteriores (Weigel, 1998).
A partir desta visão, especificamente para a arte na educação infantil o
educador em arte, atua em consonância com os demais educadores da instituição,
aprofundando conceitos e linguagens da arte. A função do profissional em arte na
educação não é simplesmente ministrar, mas, sobretudo de organizar um espaço de
cultura que possibilite a ampliação das expressões e das linguagens da criança. Como
historicamente pode-se observar, a arte na educação infantil possuía apenas um perfil de
recreação e de desenvolvimento emotivo e motor. Hoje, a arte na educação infantil está
em processo de rupturas e transformações, exigindo das políticas educacionais, dos
cursos de Formação de Professores, especialmente das Licenciaturas em Arte, fazendo
com que os profissionais façam uma reflexão dos processos de sala, mas que
desenvolvam também seu papel como cidadãos, protagonistas de uma história.
A escola é um mundo feito para acolher a criança e responder, de seu próprio
jeito ,à necessidade de alegria que ela tem , o que não é fácil diante de uma sociedade
diferente e conflitantes , agravando-se nas classes menos privilegiadas. Apesar de tudo
isso, é preciso que professores e alunos mantenham vivo esse objetivo.
Para educar artisticamente e esteticamente as crianças as experiências
cotidianas de são importantes uma vez que ensinar um determinado conteúdo, o professor
precisa, antes de qualquer coisa, conhecer esse conteúdo e seus procedimentos mais
adequados para promover a construção do conhecimento.
As facilidades, as dificuldades, as possibilidades técnicas, experimentadas na
atividade prática expressiva, colaboram para coordená-la, instigar, desafiar com maior
eficiência o processo artístico das crianças.
Saber ensinar Arte é saber, também, o que está sendo desenvolvido quanto
aos aspectos físicos, psíquicos e sociais em nossos alunos por intermédio dos conteúdos
procedimentos metodológicos selecionados para o trabalho pedagógico.
Aprender e ensinar Arte na educação infantil, de forma simples e objetiva,
tendo como base a perspectiva construtivista, sintetizando alguns aspectos relevantes,
como buscar respostas a algumas questões como a Arte pode participar positivamente na
formação integral do indivíduo e como promover o pensar, o sentir nas turmas da de
educação infantil, principalmente em relação á musica.
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A música no contexto da educação infantil vem, ao longo de sua história,
atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessas
linguagens. Tem sido em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a
formação de hábitos, atitudes e comportamentos: lavar as mãos antes do lanche, escovar
os dentes, respeitar o farol etc: a realização de comemorações relativas ao calendário de
eventos do ano letivo simbolizando no dia da árvore, dia do soldado, dia das mães etc; a
memorização de conteúdos relativos a números, letras do alfabeto, cores etc; traduzindo
em canções. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais, imitados
pelas crianças de forma mecânica e estereotipada. ( Cunha, 2002)
Outra prática corrente tem sido o uso das bandinhas rítmicas para o
desenvolvimento motor, da audição, e do domínio rítmico. Essas bandinhas utilizam
instrumentos – pandeirinhos, tamborzinhos, pauzinhos etc. Muitas vezes confeccionados
com material inadequado e conseqüentemente com qualidade sonora deficiente. Isso
reforça o aspecto mecânico e a imitação, deixando pouco ou nenhum espaço ás atividades
de criação ou às questões ligadas à percepção e conhecimento das possibilidades e
expressivas dos sons.
Constata-se uma defasagem entre o trabalho realizado na área de Música e
nas demais áreas do conhecimento, evidencia pela realização de atividades de reprodução
e imitação em detrimento de atividades voltadas à criação e a elaboração musical. Nesses
contextos, a musica é tratada como se fosse um produto pronto, que se aprende a
reproduzir, e não uma linguagem cujo conhecimento se constrói.
De acordo com o referencial curricular para educação infantil, o ensino da
música favorece o desenvolvimento do gosto estético e da expressão artística, além de
promover o gosto e o senso musical. Formando o ser humano com uma cultura musical
desde criança, estaremos educando adultos capazes de usufruir a música, de analisá-las e
de compreendê-la. (Weigel, 1998)
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CAPÍTULO III
AMBIENTE SOCIAL E CULTURAL COMO AGENTE
INFLUENCIADOR DO ENSINO DA MÚSICA NAS COMUNIDADES
A música é uma linguagem universal, como muitos dialetos que variam de
cultura para cultura envolvendo a maneira de tocar, de cantar, de organizar os sons e de
definir as notas básicas e seus intervalos.
Todos os aspectos do desenvolvimento estão intimamente relacionados e
exercem influência uns sobre o outros, a ponto de não ser possível estimular o
desenvolvimento de um deles sem que, ao mesmo tempo, os outros não sejam igualmente
afetados. Desta forma, entende-se a globalidade do ser humano e do seu
desenvolvimento, apontando a impossibilidade de se distinguir um aspecto somente
motor, intelectual ou afetivo.
O desenvolvimento das capacidades dos seres humanos que permitem
identificarmo-nos como membros dessa espécie e que também ajudam a identificar o que
é ou não habitual que uma criança de determinada idade saiba fazer ou dizer. Esse
processo envolve, inclusive, aquelas capacidades muito reguladas pela parte fechada do
código genético, como na relação com as outras pessoas; o desenvolvimento humano é
social e culturalmente mediado, tanto na sua sustentação quanto nos meios de alcançá-lo.
Assim a criança é capaz de começar a falar, porque estabeleceu uma serie de relações
com a pessoa que cuida e que ajudou a desenvolver interesses pela comunicação; também
desenvolveu tais relações porque lhe foi aguçado o interesse para explicar, para ser
entendida, ou melhor, para comunicar-se.
Jean Piaget (1964), explica a capacidade de conhecer , como sendo a
capacidade do indivíduo de estabelecer relações.
A criança interage com o meio ambiente através da inteligência: inicialmente
ela experimenta o local, mexendo em objetos, materiais e brinquedos. Em seguida passa a
organizá-los e posteriormente consegue transformá-los, construindo o seu conhecimento
e adquirindo pouco a pouco a compreensão das situações vividas.
Segundo este autor, “a própria criança abre a porta para o mundo exterior”.
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A fonte de conhecimento da criança é a própria variedade de situação que ela
tem oportunidade de experimentar no seu dia-a-dia. Conseqüentemente, a riqueza de
estímulos que a criança recebe por meio das diversas experiências musica contribui para
o seu desenvolvimento intelectual.
As vivências rítmicas e musicais, que possibilitam uma participação ativa
quanto a ver, ouvir e tocar, também favorece o desenvolvimento dos sentidos da criança.
Através do aperfeiçoamento da acuidade auditiva a criança não só ouve
como passa a separar melhor os diversos tipos de som.
Ao imitar o canto dos pássaros, as vozes dos animais ou outros sons
existentes na natureza, a criança descobre seus próprios poderes e a sua relação com o
ambiente em que vive.
A partir das experiências musicais, o pensamento da criança vai se
organizando. E, quanto mais ela tem oportunidade de comparar as ações executadas e as
sensações obtidas através da música, mais a sua inteligência, o seu conhecimento vai se
desenvolvendo.
Atividades de improvisação e composição com situações do cotidiano de sons
que permeiam o as vivências das crianças podem ser utilizadas pelo educador para
desenvolver o processo de percepção-expressão-comunicação possibilitado pela música,
que oportuniza o manuseio e a reflexão dos elementos musicais: qualidades do som, o
som e o silêncio, a livre improvisação como um caminho da descoberta dos objetos
sonoros, a necessidade de organizar os objetos sonoros de forma expressiva.
A expressão musical é parte integrante de nossa cultura aparecendo
naturalmente em nosso contexto social e educativo.
O trabalho pedagógico deve possibilitar um ambiente de descoberta e
revelação dos imaginários infantis, buscando a organização da forma e a conquista de
outros possíveis deve ser estruturada no dia-a-dia da sala de aula em sua totalidade, na
direção dos ilimitados infantis. O ensino da música não pode ser restrito apenas a cantar
musiquinhas no dia das mães ou melodias específicas pra lavar as mãos, sentar, guardar
os brinquedos, mas também e principalmente, compor, improvisar, explorar o seu corpo
como um instrumento musical, conhecer, manipular, classificar, registrar, identificar,
escutar sons e músicas, tocar, movimentar-se no espaço, apreciar a literatura da música,
refletir, participar de performances, enfim, produzir e pensar a música.
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No que concerne aos procedimentos metodológicos para se ter acesso à
criança, Wallon (1975) elege a observação como instrumento privilegiado da psicologia
genética. A observação permite o acesso à atividade da criança em seus contextos,
condição para que se compreenda o real significado de cada uma de suas manifestações:
só podemos entender as atitudes da criança se entendermos a trama do ambiente no qual
está inserida.
Este autor propõe que se estude o desenvolvimento infantil tomando a
própria criança como ponto de partida, buscando compreender cada uma de suas
manifestações no conjunto de suas possibilidades, sem a prévia censura da lógica adulta,
sendo o desenvolvimento da pessoa como uma construção progressiva em que sucedem
fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva.
No desenvolvimento humano podemos identificar a existência de etapas
claramente diferenciadas, sucede-se numa ordem necessária, cada uma sendo a
preparação indispensável para o aparecimento das seguintes.
O estudo da criança contextualizada possibilita que se perceba que, entre os
seus recursos e os de seu meio, instala-se uma dinâmica de determinações recíprocas de
forma que ela retira dele os recursos para o seu desenvolvimento.
Para Wallon (1975) o predomínio do caráter intelectual corresponde às
etapas em que a ênfase está na elaboração do real e no conhecimento do mundo físico que
corresponde a faixa etária após os 6 anos . A dominância do caráter afetivo corresponde
às etapas que se prestam à construção do eu, ou seja, que antecede os 6 anos.
Psicogenética walloniana resulta uma prática em que a dimensão estética da
realidade é valorizada e a expressividade do sujeito ocupa lugar de destaque. Afinal, o
processo de construção da personalidade que, em diferentes graus percorre toda a
psicogênese, traz como necessidade fundamental à expressão do eu. Expressar-se
significa exteriorizar-se, colocar-se em confronto com o outro, organizar-se. Na escola,
este movimento de exteriorização do eu pode ser propiciado por atividades no campo da
arte, campo que favorece a expressão de estados e vivências subjetivas.
É grande a importância que a psicogenética walloniana atribui ao meio no
desenvolvimento infantil.
Percebemos a necessidade de se planejar a estruturação do ambiente escolar.
O planejamento das atividades escolares, não deve se restringir somente à seleção de seus
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temas, isto é, do conteúdo de ensino, mas necessita atingir as várias dimensões que
compõe o meio. Deve incluir uma reflexão acerca do espaço em que será realizada a
atividade, decidindo sobre aspectos como a área ocupada, os materiais utilizados, os
objetos colocados ao alcance das crianças, a disposição do mobiliário etc. Deve abarcar
ainda decisões quanto ao uso e a organização do tempo, definindo a duração e o momento
mais adequado para a realização da atividade. A estruturação do ambiente escolar deve
por fim, conter uma reflexão sobre as oportunidades de interações sociais oferecidas.
Para este pensador, a emoção ocupa o papel de mediadora. O processo de
desenvolvimento infantil se realiza nas interações, que objetivam não só a satisfação das
necessidades básicas como também a construção de novas relações sociais, com o
predomínio da emoção sobre as demais atividades. As interações emocionais devem se
pautar pela qualidade, a fim de ampliar o horizonte da criança e levá-la a transcender sua
subjetividade e inserir no social. Na concepção walloniana, tanto a emoção quanto a
inteligência são importantes no processo de aprendizagem da criança, de forma que o
professor deve aprender a lidar com o estado emotivo da criança para a melhor poder
estimular seu crescimento individual.
No âmbito da Educação Infantil, a inter-relação da professora com o grupo de
alunos e com cada um em particular é constante, dá-se o tempo todo, na sala de aula, no
pátio ou nos passeios, e é função dessa proximidade afetiva que seda a interação com os
objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente.
Como afirma Saltini (1997, p.89), “essa inter-relação é o fio condutor, o
suporte afetivo do conhecimento”. Complementa o referido autor: “o educador serve de
continente para a criança, portanto, que o continente é o espaço onde podemos depositar
nossas pequenas construções e onde elas tomam sentido, um peso e um respeito, enfim,
onde elas são acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião .
A afetividade, postura central no sujeito musical, por isto a concepção
walloniana é tão importante para o educador, pois a música é uma expressão do
pensamento afetivo. Ao escutarmos uma música podemos por meio dela tornar mais
complexo os nossos saberes, definir nossos pensamentos, dar maior precisão às nossas
posições, trazer para o presente um objeto ausente, e, até mesmo criar objetos
imaginários.
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Nossas emoções são epidêmicas, como dizia Wallon (1975),contagiamo-nos
pelas emoções dos outros. Por isso, o professor da educação infantil deve estar atento às
emoções que produz em seus alunos e, principalmente, às que expressa a eles. O
professor que traz a alegria da música para seu trabalho com as crianças, trará junto à
criatividade e a sensibilidade.
A música no espaço escolar propicia um poder libertador e torna-se um
poderoso recurso educativo a ser utilizado na Educação Infantil. É preciso que a criança
seja habituada a expressar-se musicalmente desde os primeiros anos de sua vida, para que
a música venha a se constituir numa faculdade permanente de seu ser. A música representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e
felicidade para a criança. Assim, na Educação Infantil a música devem induzir ações,
comportamentos motores e gestuais (ritmos marcados caminhando, batidos com as mãos,
e até mesmo falados), inseparáveis da educação perceptiva propriamente dita.
Gardner (1999) admite que a inteligência musical esteja relacionada à
capacidade de organizar sons de maneira criativa e à discriminação dos elementos
constituintes da Música. A sua teoria afirma que pessoas dotadas desta inteligência não
precisam de aprendizado formal para colocá-la em prática, isto é real, pois não está sendo
questionado o resultado da aplicação da inteligência, mas sim a potencialidade para se
trabalhar com a música.
Este mesmo autor vai mais longe: cada um de nós possui, em grau maior ou
menor, vários tipos de inteligência segundo ele, “nenhuma pessoa usa só um tipo de
inteligência. Um músico, além das aptidões musicais, mobiliza também a lógica e o senso
do movimento se você quer avaliar as disposições de uma criança, leve-a a um lugar rico
de estímulos”.
Musicalidade é a tendência ou inclinação do indivíduo para a música.
Quanto maior a musicalidade, mais rápido será seu desenvolvimento. Costuma-se revelar
na infância e independe de formação acadêmica.
Musicalidade é um processo cognitivo e sensorial que envolve o contato
com o mundo sonoro e as percepções rítmicas, melódicas e harmônicas. Ela pode ocorrer
intuitivamente ou por intermédio da orientação de um profissional.
Se todos nascem potencialmente inteligentes, a musicalidade e a
musicalização intuitiva são inerentes a todo ser humano. No entanto, apenas uma
porcentagem da população as desenvolve. Grandes nomes considerados gênios da música
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iniciaram seus estudos na infância, Mozart, Beethoven, Bach, Carlos Gomes e Villa
Lobos, entre outros iniciaram seus estudos tendo como mestres os seus respectivos pais. (
Snyders, 1997)
Embora o incentivo ambiental familiar e a iniciação na infância sejam
positivos, não são essenciais na formação musical. Outros fatores podem ser estímulos
favoráveis ao desenvolvimento da inteligência musical: a escola, os amigos, os meios de
comunicação...
Talento e conhecimento caminham sempre juntos e um depende do outro.
Quanto maior o talento mais fácil se torna o conhecimento. Quanto maior o
conhecimento, mais se desenvolve o talento.
Segundo Snyders (1997), a música está presente em diversas situações da
vida humana. Existe música para adormecer, música para dançar, para chorar os mortos,
para conclamar o povo o povo a lutar, o que remonta à sua função ritualística. Presente na
vida diária de alguns povos, ainda hoje è tocada e dançada por todos, seguindo costumes
que respeitam as festividades e os momentos próprios a cada manifestação musical.
Nesses contextos, as crianças entram em contato com a cultura musical desde cedo e
assim começam a aprender suas tradições musicais, è o caso das crianças indígenas, ou
crianças integrantes de comunidades musicais, como os filhos de integrantes de Escola de
Samba,etc. Mesmo que as formas de organização social e o papel da música nas
sociedades modernas tenham se transformado algo de caráter ritual é preservado, assim
como certa tradição do fazer por imitação e por ouvido, em que se misturam intuição,
conhecimento prático e transmissão oral.
Essas questões devem ser consideradas ao se pensar na aprendizagem, pois o
contado intuitivo e espontâneo com a expressão musical desde os primeiros anos de vida
é importante ponto de partida para o processo de musicalização.
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos
rítmicos, jogos de mãos; são jogos de mãos, tradicionais e presentes em todas as culturas,
caracterizam-se pelas brincadeiras rítmicas ou melódicas integrando o texto e batimentos
com as mãos, realizadas por duplas, trios ou quartetos de crianças , estas atividades
despertam , estimulam e desenvolvem o gosto pela esfera afetiva, estética e cognitiva.
Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivência, a
percepção e a reflexão, encaminhando - as para níveis cada vez mais elaborados.
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Há necessidade de desenvolver nas crianças o senso de ritmo. O mundo que
nos rodeia vive numa profusão de ritmos evidenciados sob os diversos aspectos: no
relógio, no andar das pessoas, no vôo dos pássaros, nos pingos da chuva, na batida do
coração, numa banda, num motor de um carro, em muitas brincadeiras diárias realizadas
pelas crianças.
O trabalho com música deve considerar, portanto, que ela é um meio de
expressão e forma de conhecimento acessível aos bebes e crianças, inclusive aquelas que
apresentam necessidades especiais. A linguagem musical é excelente meio para o
desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento, além
de poderoso meio de integração social.
Parte-se do princípio que existe uma necessidade de trabalhar a música na
Educação Infantil como também oferece uma educação musical relacionada à
matemática, a português e a outras disciplinas na escola.
A música contribui com o conhecimento que possibilita modos de
percepção e expressão. A democratização do acesso também passa pela música como
pertencente ao patrimônio e da humanidade, e, portanto, pertencente a todos os
indivíduos, sem distinção. Nesta linha o educador deve se conscientizar de seu papel na
cultura escolar, contribuindo para a ampliação do universo sonoro do estudante,
incorporando músicas de diferentes formas, épocas e propostas. As questões referentes às
músicas populares, eruditas, folclóricas, internacionais, atuais, antigas, devem compor
elementos fundamentais para uma efetiva democratização da música no contexto escolar.
Devemos considerar, ainda, como um aspecto importante para a
democratização do acesso aos bens artístico-culturais, a manutenção da disciplina de
música com carga horária compatível para uma aplicação consistente e significativa na
escola, "de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos" (LBD, Art. 26 § 3º,
apud Saviani, 1997, p.171). A organização do trabalho didático apresenta-se como uma grande questão
neste momento de reconstrução de currículos. Segundo (Alves, 1999, p.4) o projeto
pedagógico, para sair do papel, deve ser bem sucedido a partir da "construção de uma
nova didática, que encarne as condições contemporâneas de existência da humanidade".
É preciso e é possível incluir música na educação infantil, desta forma a
qualidade e consistência desta atividade só será possível a partir da reorganização da
didática da educação musical.
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Segundo Weigel (1998) , a riqueza musical brasileira, da qual fazem parte
todos os estudantes e toda a comunidade, não pode ser ignorada na organização do
trabalho didático na escola. A educação musical está perfeitamente integrada às
atividades educacionais, conservando suas características e peculiaridades, integrando
música as atividades educacionais, como: cantar para aprender elementos gramaticais de
idiomas estrangeiros, mas, sim, incorporar efetivamente música como experiência
educacional que permita aos indivíduos se relacionarem com esta forma de expressão
humana. Para isso é necessário ampliar as discussões para além das especialidades de
forma objetiva, enriquecendo a prática pedagógica de diversas áreas do conhecimento.
Os conteúdos da educação musical nos diferentes níveis (estágios) da
Educação Infantil deveriam ser disponibilizados através de atividades de Criação,
Execução e Apreciação. É recomendável que se estabeleça um equilíbrio entre estas
atividades, proporcionando vivências que permitam reflexões e elaborações acerca de
materiais musicais diversos, pré-existentes ou construídos pelos próprios alunos.
De acordo com Cunha (2002) , em linhas gerais, é objetivo da educação
musical na educação infantil, o trabalho de música deve se organizar de forma a que as
crianças desenvolvam as habilidades seguintes capacidades:
Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos , fontes sonoras e
produções musicais; brincar com a música. Imitar, inventar e reproduzir criações
musicais.
Para esta fase, os objetivos estabelecidos para a faixa etária de zero a seis
anos deverão ser aprofundados e ampliados, garantindo-se, ainda oportunidades para que
as crianças sejam capazes de:
Explorar e identificar elementos da música utilizada como expressão e
interagir com os outros e ampliar seu conhecimento de mundo; percebendo e expressando
sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e
interpretações musicais.
Visando o desenvolvimento do trabalho com música, o professor deverá
organizar os conteúdos em dois grandes blocos: o fazer música e o apreciar música.
Para este autor , oportunizar situações de fazer musical, é valido propor
estratégias que conduzam as crianças a: Reconhecer e utilizar modo expressivo, em
diferentes contextos, as características do binômio som / silêncio, as variações de
velocidade, e densidade organizando e realizando produções musicais; participar de jogos
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ou brincadeiras com dança e improvisação musical; manter um repertório com canções e
cantigas com vistas ao desenvolvimento da memória.
É possível também proporcionar o desenvolvimento da capacidade de
apreciar, a partir da escuta e da interação com diversos tipos de música. O professor
deverá promover diferentes estratégias, situações em que as crianças possam: Escutar
diferentes obras de diferentes autores, gêneros, estilos, épocas, e culturas, de diferentes
países e regiões, reconhecendo elementos musicais básicos (frase, partes que se repetem
,etc.). Buscar informações sobre compositores e obras, iniciando a construção sobre a
produção musical.
Deve ainda levar em conta que é possível construir instrumentos de
trabalho, usar a voz, e outros recursos sonoros disponíveis ou disponibilizáveis (alunos
podem trazer materiais). As atividades devem ser pensadas a partir de uma real situação
associada à intenção de aprimoramento.
Ao professor, compete assumir uma postura de disponibilidade em relação à
linguagem musical, aperfeiçoando constantemente para identificar a música como forma
de expressão e importante linguagem. O conhecimento se constrói e se sensibiliza a
entender e respeitar as crianças, em seu modo de expressão e ao mesmo tempo oferecer-
lhe o necessário ao desenvolvimento das suas capacidades expressivas. O educador deverá perceber a importância de estimular a criança a fazer suas
próprias pesquisas. Caberá enriquecer seu repertório musical com discos e materiais para
serem explorados, observar o trabalho de cada criança e planejar atividades que envolvam
músicas de diferentes povos, de diferentes épocas , de diferentes formas , de diferentes
compositores etc. Esse trabalho deverá ser criativo , despertando a motivação da criança,
imaginando novas possibilidades de aprendizado e facilitando as atividades dos alunos
quando solicitado.(Cunha ,2002).
A música engloba vários aspectos a serem estimulados no desenvolvimento
da criança ou seja, cognitivo, lingüístico, psicomotor, afetivo e social. É observável as
contribuições que as brincadeiras musicais contribuem para reforçar todas as áreas de
desenvolvimento infantil , representando um benefício para a formação e o equilíbrio da
personalidade da criança.
Para Snyders (1997), a escola tem o papel da preparação para o futuro, e em
conjunto deve ser um mundo feito para acolher a criança e responder, de seu próprio
jeito, à necessidade de alegria que ela te; isto não é evidente, nem fácil, nem possível até
o fim em uma sociedade dilacerada por conflitos cruéis; e isto se torna ainda mais difícil
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quando tratamos de crianças das classes mais exploradas. Apesar de tudo, porém, é
preciso que professores e alunos mantenham continuamente vivo este objetivo.
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CONCLUSÃO
“E assim a lenda se escorre a entrar na realidade e a fecundá-la.”
Fernando Pessoa
Neste trabalho de pesquisa concluímos que os educadores reconhecem a música é um
importante recurso em educação infantil embora apresentam dificuldades em saber
utilizá-los .
Os educadores afirmam que a música favorece o desenvolvimento afetivo e emocional
da criança , possibilitando a expansão dos sentimentos . Ao mesmo tempo que ela busca
formas de comportamento que permite agir de maneira mais integrada a sociedade em
que vive. Entretanto reconhecem que as atividades musicais estão na sua maioria voltadas
para a reprodução e imitação , ao invés de estimular a criança a fazer suas próprias
pesquisas.
Conforme os educadores as instituições tem dificuldade de integrar educação musical
e conhecimento e evidencia a necessidade de se repensar a expressão musical como uma
alternativa nas atividades apresentadas e nas atitudes dos educadores e na metodologia a
ser utilizada, propiciando o aprimoramento da prática educativa que deve ser subsidiado
pela formação continuada dos educadores .
A construção de um projeto educacional em que o ensino da música esteja interligado
com todas as áreas de conhecimento em que o comprometimento com o ensino deve estar
aliado à função social auxiliando a construção de valores e formação de hábitos de
higiene.
Os educadores compreendem que o ambiente escolar influencia na temática , sendo que
a escolha dos temas geradores ficará vinculado ao planejamento escolar , levando-se em
consideração o contexto sociocultural do local em que está a escola, podendo o professor
contar com a comunidades escolar na seleção dos temas. Entretanto a música é um
importante recurso ainda não muito explorado e incluído nos planejamentos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular
nacional para infantil. Vol.3. Brasília; MEC/SEF, 1998. CUNHA ,Suzana Rangel Vieira. Cor, Som e Movimento. Porto Alegre.
Editora Mediação. 3ªedição, 2002. DANTAS, Pedro da Silva: Para conhecer Wallon: Uma Psicologia dialética.
São Paulo. Brasiliense, 1983. GADNER, H.A criança pré-escolar. Como pensa e como a escola pode
ensiná-la. Porto Alegre. Artes Médicas. 1994. JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. Editora Scipione .2ª
Edição . 1997. PIAGET, Jean. Seis Estudos de psicologia. Rio de Janeiro,
Forense/Universitária, 1964 PILLOTTO, Silvia S.D. A trajetória histórica das abordagens do ensino e
aprendizagem da arte no contexto atual. Revista Univille, V.5, n.1, abr, 2000. SALTINI, Claudio João Paulo . Afetividade e Inteligência . Ed.1997 WAK SCHAEFFNER, André origine dês instruments de musique. Paris. mountaon,
1958
SNYDERS , Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? . Editora Cortez. 3ª Edição. 1997
WALLON , Henri paul Hyacinthe,Psicologia e educação da infância,
Estampa, Lisboa, 1975 (coletâneas) WEIGEL, Ana Maria Gonçalvez . Brincando de Música. Editoa Kuarup.
1998.
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ANEXO I Nome:_______________________________________________ Instituição que atua:____________________________________ Formação:____________________________________________ Tempo de atuação:_____________________________________
QUESTIONÁRIO
1- Você acha que a música é um importante recurso educativo em educação
infantil?
( ) Sim ( ) Não
2- Como a música pode auxiliar o desenvolvimento da criança na educação
infantil?
3- Quais são as situações do cotidiano que a música pode dar suporte a
aprendizagem?
4- Você acredita que as instituições tenham dificuldades para integrar
educação musical e conhecimento?
5- Você acredita que as atividades musicais propostas pelo trabalho
pedagógico são na maioria :
( ) voltadas para a reprodução e imitação
( ) voltadas a criação e a elaboração musical
6- Quais são os conteúdos que podem ser trabalhados com a música na
educação infantil?
7- Em sua opinião como a estruturação do ambiente escolar pode influenciar
o planejamento das atividades?
8- Você acredita que o profissional de educação infantil em seu período
acadêmico deveria ser mais instrumentalizado e preparado para o desenvolvimento da
musicalidade na educação infantil?
( ) Sim ( ) Não Porque?
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ANEXO II
ANEXO 2 RESULTADOS
Fig 1 : Motivos do ambiente escolar que influenciam a utilização da
música na educação infantil
0
2
4
6
8
10
12
Número de docentes entrevistados
formação docente
espaço escolar
projeto pedagógicodentro do contextosocial
Fig: 2: Concepção dos educadores em relação à utilização da
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música
0
5
10
15
20
Número dedocentes
entrevistados
formação doseducadores deveriainstrumentalizarmelhor para autilização da música
instiuição temdificuldade de integrareducação musical econhecimento
música como umimportante recurso
atividades voltadaspara reprodução eimitação