Doenças exantemáticas nessa

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Exantema: é uma alteração na cor da pele de extensã Classificação: Papular ou maculopapular Papulovesicular ou pustular Petequial ou equimótico-petequial Fisiopatologia: O exantema pode ser resultante da ação direta d Fenômenos Vasodilatação Vaso-oclusão Vasculite Ext O que é importante identificar? Anamnese: 1. Uso de drogas: rash, farmacodermias ( NET, 2. Viagem recente? Outros dados epidemiológi 3. Antecedentes Imunológicos (vacinas) 4. Contactantes ( doenças exantemáticas, impo 5. Imunocompetência 6. Idade: Roséola: rara em >2anos; Escarlatina: O diagnóstico muitas vezes é essencial antes do diagnóstico de certeza Em algumas doenças é importante faze vigilância epidemiológica Doenças Exantemáticas Vanessa Lys Boeira ão variável, quando associada a febre está provavelmente relacionad do agente infeccioso ou de alguma toxina liberada por este. xtravasamento de hemácias e leucócitos Edema Exantema Stevens-Johnson) icos... ortante em escolares) : rara em < 3 anos Exame físico: 1. Sinais prodrô 2. Identificar o t 3. Evolução tem 4. Topografia da 5. Sinais vitais e da doença 6. Manutenção por outras ba da infecção v 7. Equimótico-p rápida evol lmente clínico e a intervenção é feita er a notificação de acordo com a da a etiologia viral ou bacteriana ômicos tipo de exantema mporal das lesões as lesões e evidências de toxicidade: prediz a gravidade da febre após rash? Pode predizer infecção actérias da flora, outras bactérias ou extensão viral para outros órgãos como SNC. petequial? Pensar em doença meningocócica lução para morte

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Exantema: é uma alteração na cor da pele de extensão variável, quando associada a febre está provavelmente relacionada a etiologia vira Classificação:

� Papular ou maculopapular � Papulovesicular ou pustular � Petequial ou equimótico-petequial

Fisiopatologia:

♣ O exantema pode ser resultante da ação direta do agente infeccioso ou de alguma toxina liberada por este

♣ Fenômenos Vasodilatação � Vaso-oclusão � Vasculite � Extravasamento de hemácias e leucócitos

☺☺☺☺ O que é importante identificar? Anamnese:

1. Uso de drogas: rash, farmacodermias ( NET, Stevens2. Viagem recente? Outros dados epidemiológicos...3. Antecedentes Imunológicos (vacinas) 4. Contactantes ( doenças exantemáticas, importante em escolares)5. Imunocompetência 6. Idade: Roséola: rara em >2anos; Escarlatina: rara em < 3 anos

♣ O diagnóstico muitas vezes é essencialmente clínico e a intervenção é feita antes do diagnóstico de certeza

♣ Em algumas doenças é importante fazer a notificação de acordo com a vigilância epidemiológica

♥ Doenças Exantemáticas ♥

Vanessa Lys Boeira

é uma alteração na cor da pele de extensão variável, quando associada a febre está provavelmente relacionada a etiologia vira

O exantema pode ser resultante da ação direta do agente infeccioso ou de alguma toxina liberada por este.

Extravasamento de hemácias e leucócitos � Edema � Exantema

, farmacodermias ( NET, Stevens-Johnson) Outros dados epidemiológicos...

Contactantes ( doenças exantemáticas, importante em escolares)

Idade: Roséola: rara em >2anos; Escarlatina: rara em < 3 anos

Exame físico: 1. Sinais prodrômicos

2. Identificar o tipo de exantema

3. Evolução temporal das lesões

4. Topografia das lesões

5. Sinais vitais e evidências de toxicidade: prediz a gravidade

da doença

6. Manutenção da febre após rash? Pode predizer infecção

por outras bactérias da flora, outras bactérias ou extensão

da infecção viral para outros órgãos como SNC.

7. Equimótico-petequial? Pensar em doença meningocócica

– rápida evolução para morte

O diagnóstico muitas vezes é essencialmente clínico e a intervenção é feita

Em algumas doenças é importante fazer a notificação de acordo com a

é uma alteração na cor da pele de extensão variável, quando associada a febre está provavelmente relacionada a etiologia viral ou bacteriana

Sinais prodrômicos

Identificar o tipo de exantema

Evolução temporal das lesões

Topografia das lesões

Sinais vitais e evidências de toxicidade: prediz a gravidade

Manutenção da febre após rash? Pode predizer infecção

por outras bactérias da flora, outras bactérias ou extensão

da infecção viral para outros órgãos como SNC.

petequial? Pensar em doença meningocócica

rápida evolução para morte

DOENÇA

AGENTE ETIOLÓGICO/ TRANSMISSÃO

LESÃO/ EVOLUÇÃO DO EXANTEMA

SINAIS EVOLUÇÃO CLÍNICA DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO

OBSERVAÇÕES/ VACINAÇÃO

SARAMPO Vírus RNA Secreções nasofaríngeas 2 dias antes e 2 dias após surgimento de exantema

Exantema maculoapular, morbiliforme, eritematoso, confluente, inicialmente crânio-caudal *morbiliforme= áreas sãs entremeadas com áreas de lesão

Sinal de koplik ( enantema próximo ao 3º e 4º molar, esbranquiçado e puntiforme) surge ~24h antes do exantema Fácies vultuosa

Período de incubação: 8 a 12 dias Período prodrômico: 2 a 4 dias, Febre baixa, tosse produtiva, secreção nasal, conjuntivite e fotofobia Sinal de Koplik Período exantemático: acentuação dos sintomas, prostração, persiste por5 a 6 dias Período de convalescença: escurecimento das lesões e descamação furfurácea

Diagnóstico clínico, laboratorial e epidemiológico Laboratório: IgM e IgG Tratamento: sintomático + suplementação de Vitamina A em desnutridos, imunodeficientes ou com complicações

Complicações: infecções respiratórias, pneumonias, otite média aguda, diarréia No Brasil houve interrupção da transmissão autocne Notificação compulsória é obrigatória Vacina de vírus vivo atenuado: monovalente ou tríplice com rubéola e caxumba Bloqueio vacinal seletivo: contactantes até 72h pós contágio Panencefalte esclerosante subaguda = morte! Lactentes < 9 meses não tem resposta vacinal A imunização passiva com Imunoglobulinas deve ser feita em <6 meses, grávidas e imunossuprimindos.

RUBÉOLA Vírus de RNA Secreções nasofaríngeas 5/7 dias antes e depois do surgimento do exantema Vacina com vírus atenuado

Rash

maculopapular puntiforme, róseo,tendência a coalescência. 1º Cabeça e pescoço; 2º Disseminação para tronco e extremidades Dura ~3 dias Desaparece sem descamar

Linfadenopatia cervical: suboccipital, retroauricular e cervical anteior

Prodrômicos: febre baixa, mal-estar, anorexia, mialgias, dor de garganta e hiperemia conjuntival (1-4 dias) Junto com o exantema podem surgir lesões rosadas (manchas de Forcheimer) e petéquias em palato mole e amígdalas Poliartralgias são raras em crianças e freqüentes em adolescentes e adultos

Hemograma: leucopenia, neutropenia e trombocitopenia Provas sorológicas: IgG e IgM Sintomático, usar corticóides e imunoglobulinas p tto de trobocitopenia que não regride

Vacinas: monovalente, dupla o tríplice viral Rubéola congênita: manifestações oftalmológicas, cardíacas, auditivas e neurológicas 24-40% das crianças desenvolvem a forma subclínica sem rash Complicações: trombocitopenia pós-infecciosa, artrite, encefalite pós-infecciosa, pan-encefalite progressiva da rubéola

DOENÇA

AGENTE ETIOLÓGICO/ TRANSMISSÃO

LESÃO/ EVOLUÇÃO DO EXANTEMA

SINAIS EVOLUÇÃO CLÍNICA DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO

OBSERVAÇÕES/ VACINAÇÃO

Exantema Súbito / Roséola

Herpes Vírus VI e VII

Aparecimento e evolução em 48h sem –pigmentar Exantema em todo o corpo

Crianças entre 6 meses e 2 anos Não há queda do estado geral na maioria dos casos Período prodrômico: Febre alta de 3 a 4 dias, irritabilidade

Não precisa realizar exames Pode haver leucocitose no inicio do quadro febril Tratamento sintomático

A febre alta pode desencadear convulsões LCR: sem alterações Teste de Ag rápido não está disponível no SUS Não há vacina e não se faz tto O uso de antivirais (ganciclovir) está indicado apenas quando há desenvolvimento da forma grave da doença ou imunossuprimidos

Eritema Infeccioso 5ª moléstia

Parvovírus B19 Exantema de aspecto rendilhado Poupa palmas e plantas Desaparece sem descamar

“ Fácies

esbofeteada”

Escolares e pré-escolares Ausência de sintomas prodrômicos 1ª fase: exantema em face 2ª fase: disseminação do exantema para tronco e parte proximal de MMS e MMI 3ª fase: ressurgimento das lesões depois da melhora clínica, após 1 a 3 semanas. O exantema pode reaparecer com mudanças ambientais como luz solar

Não há tratamento Hemograma: pouca redução da hemoglobina e redução substancial de reticulócitos no SP Sorológico: IgM Em imunocomprometidos e falência medular: uso de imunoglobulina IV Transfusão em anemia aplástica

Pode ser recorrente em função de exercícios e exposição ao sol Não se faz prevenção Quando o exantema aparece já não há transmissibilidade Complicações: artropatias de curso limitado em mãos,punhos e joelhos, mais comum em adolescentes do sexo feminino Crise aplástica transitória: efeito citopático do vírus em céls eritróides,febre, prostração e sinais de anemia grave. O exantema raramente está presente!

DOENÇA

AGENTE ETIOLÓGICO/ TRANSMISSÃO

LESÃO/ EVOLUÇÃO DO EXANTEMA

SINAIS EVOLUÇÃO CLÍNICA DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO

OBSERVAÇÕES/ VACINAÇÃO

Escarlatina Streptoccocus pyogenes β hemolíticos Secreção oral, até 24-48 h após ATB eficaz

Áspero em lixa, “pele de galinha”, descamação em lâmina após resolução rash se inicia em tórax e dissemina para pescoço e membros, poupando palmas e plantas

Língua em framboesa Sinal de Pastia (exantema intenso em flexuras com formação de linhas transversais) Sinal de Filatov (fronte e bochechas hiperemiadas com região perioral pálida)

Período prodrômico: Febre alta de 24h, adenomegalia e dor de garganta Amidalite purulenta, edemaciadas, hiperemiadas e recobertas por exsudato purulento

Hemograma: leucocitose com eosinofilia Teste rápido com material coletado por swab Tto: Penicilina G benzatina, IM, dose única ou Amoxicilina, VO, 10 dias ou Eritromicina, 10 dias ( alérgicos)

A doença tem curso benigno, o risco é o desenvolvimento de complicações: febre reumática e glomerulonefrite

Síndrome de Kawasaki

Desconhecido Pleomórfico evoluindo com pigmentação Pode ser maculopapular e morbiliforme

Edema nas mãos e nos pés com superfícies ásperas em lixa e descamação em lâmina

Período prodrômico: febre por mais de 5 dias, queilite e adenopatia cervical; Alterações em pele e mucosas; Descamação peri-ungueal ; Conjuntivites

Crianças< 5anos trombocitose crescente

Complicações cardíacas Aneurisma craniano

Enteroviroses

Não pólio Doença mão, pé e boca

Maculopapular Podendo ser purpúreo ou petequial

Período prodrômico: febre e faringite Febre baixa; vesículas em lábios, língua, mucosa jugal, gengivas, faringe e amígdalas que podem ulcerar; exantema maculopapular ou vesicular em mãos, pés e nádegas. A superfície dorsal das extremidades é mais acometida.

DOENÇA

AGENTE ETIOLÓGICO/ TRANSMISSÃO

LESÃO/ EVOLUÇÃO DO EXANTEMA

SINAIS EVOLUÇÃO CLÍNICA DIAGNÓSTICO/ TRATAMENTO

OBSERVAÇÕES/ VACINAÇÃO

Dengue Flavivírus de 4 tipos Qualquer tipo: petequial, purpúreo, concentrando-se nas extremidades

prurido Período prodrômico: febre e cefaléia É na verdade um diagnóstico diferencial...

Varicela Vírus da varicela-zóster É altamente contagioso Secreções respiratórias e gotículas Secreções das vesículas de varicela ou herpes-zóster

Inicia-se com rush macular que evolui com formação de vesículas, depois pústulas com centro umbilicado que ulceram e cicatrizam Inicia-se em face e couro cabeludo e distribui-se para tronco e extremidades, concentram-se em face e tronco (distribuição centrípeta)

Prurido intenso Lesões em diversos estágios de evolução (pleomorfismo)

É mais grave em adultos O curso geralmente é benigno, alguns grupos possuem mais risco de desenvolver a forma grave, bem como infecção bacteriana secundária: recém-nascidos, lactentes, adolescentes, adultos e imunocomprometidos Sintomas prodrômicos: febre, cefaléia, anorexia, mal estar e dor abdominal de 24 a 48 h antes do surgimento do exantema A febre é moderada e pode persistir por até 4 dias após surgimento do exantema

Testes sorológicos: IgM e IgG Tratamento sintomático: analgésicos e antitérmicos; Anti-histamínicos para aliviar o prurido; soluções de anti-sépticos para lavar as lesões e ATB adequada em caso de infecção secundária. Uso de antivirais em pcts > 12 anos, se a doença estiver disseminada ou em resolução não fazer uso!!!

Complicações infecciosas, bacterianas ou neurológicas (encefalites, ataxia cerebelar) Latência em gânglios nervosos Reativação = Herpes Zoster A vacinação é feita com o vírus vivo atenuado e não faz parte do calendário vacinal do ministério Vacina em dose única para crianças e 2 doses em adultos CRIES: vacina em casos especiais Omo LLA, imunossuprimidos, candidatos a transplantes, profissionais de saúde expostos, portadores de afecções dermatológicas graves, etc

]

♥ Figuras ♥

SARAMPO

sinal de koplik

RUBÉOLA

�Observar que as lesões do sarampo apresentam padrão mais escarlatiforme, enquanto a rubéola apresenta aspecto mais róseo-

esbranquiçado. Aspecto morbiliforme presente nos dois quadros.

Descamação em lâmina

Exantema Súbito Eritema Infeccioso

“fácies esbofeteada” Observar aspecto rendilhado da lesão Exantema distribuído por

todo o corpo

Escarlatina

Língua em framboesa Sinal de Filatov Pele em “lixa”

Síndrome de Kawasaki

Enteroviroses

BOCA PÉ MÃO

VARICELA

HERPES-ZÓSTER

Observar pleomorfismo das lesões

Herpes-zóster: observar a distribuição da lesão,

respeitando os limites do dermátomo acometido