DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 3.3 Principais Categorias De Poluentes Da Água ..... 19 3.5...

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE TOLEDOÁREA BIOLOGIA

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

POLUIÇÃO HÍDRICA

Tema de estudo: Educação Ambiental

Professora Noeli Teresinha Kreling Petry

Orientadora: Profª. Drª IRENE CARNIATTO

Marechal Cândido Rondon-PR

Outubro de 2009

SUMÁRIO

POLUIÇÃO HÍDRICA ..................................................................... 3

UNIDADE 01 – A ÁGUA NA NATUREZA ......................................... 3

1.1 Qualidade Da Água ........................................................................................ 4

1.2 Usos Da Água ............................................................................................ ..... 5

1.3 Ciclo Do Uso Da Água .................................................................................. ... 5

1.4 Sugestões De Atividades ................................................................................ 7

UNIDADE 02 – IMPACTO AMBIENTAL SOBRE O ECOSSISTEMA HÍDRICO. ...................................................................................... 9

2.1 Impactos Devido A Agricultura ....................................................................... 9

2.2 Impactos Devido A Urbanização ................................................................... 13

2.3 Atividades ................................................................................. ................... 15

UNIDADE 03 – POLUIÇÃO HÍDRICA ............................................. 17

3.1 Fontes De Poluição ....................................................................................... 17

3.2 Efeitos Nocivos Dos Poluentes ...................................................................... 18

3.3 Principais Categorias De Poluentes Da Água ................................................. 19

3.5 Atividades ................................................................................. ................... 21

UNIDADE 04 – ESCASSEZ OU DOENÇAS VEICULADAS PELO MEIO AQUÁTICO ................................................................................. 22

4.1 Atividades ................................................................................. ................... 25

5.1 Matas Ciliares ........................................................................................... .... 26

5.2 Legislação Ambiental ................................................................................... 30

5.3 Atividades ................................................................................. ................... 32

6 REFERENCIAS ......................................................................... 33

PROJETO GE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

PROFESSORA PDE: NOELI TERESINHA KRELING PETRY

ÁREA PDE: CIẼNCIAS BIOLÓGICAS

NRE: TOLEDO

PROFESSORA ORIENTADORA: IRENE CARNIATO

IES VINCULADA: UNIOESTE

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COL.EST. PAULO FREIRE

PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

TEMA DE ESTUDO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL

POLUIÇÃO HÍDRICA

UNIDADE 01 – A ÁGUA NA NATUREZA

A água é a substância inorgânica mais abundante na matéria viva. No

homem, mais de 60% do seu peso é constituído por água e, em certos animais

aquáticos este percentual pode chegar a 98%. Ela é fundamental para a

manutenção da vida, por isso é importante saber como ela é distribuída em nosso

planeta, e como circula de um meio para o outro, conforme pode ser observado na

Figura 01 a seguir (von SPERLING, 2005, p.12).

Figura 01: Ciclo da águaFonte: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11847/open/file/O%20ciclo% 20da%20agua.jpg?sequence=1>

Toda a água disponível e existente no planeta Terra distribui-se da seguinte

forma:

Água do mar:

Geleiras:

Água doce:

Total:

97,0%

2,2%

0,8%............

............

100%

água subterrânea:

água superficial:

97%

3%

Quadro 01 – Distribuição da água no planeta Terra.Fonte: (von SPERLING, 2005, p.13)

1.1 Qualidade Da Água

Em relação à qualidade da água, von Sperling (2005, p.11) nos esclarece que

este conceito é muito mais amplo do que a simples caracterização da água pela

fórmula molecular H2O:

Devido às suas propriedades de solvente e à capacidade de transportar partículas, incorpora a si diversas impurezas, as quais definem a qualidade da água que é resultante de fenômenos naturais e da atuação do homem. De maneira geral, pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função do uso e da ocupação do solo na bacia hidrográfica. Tal se deve aos seguintes fatores:• Condições naturais: mesmo com a bacia hidrográfica preservada nas

suas condições naturais, a qualidade das águas subterrâneas é afetada pelo escoamento superficial e pela infiltração no solo, resultantes da precipitação atmosférica. O impacto nas mesmas é dependente do contato da água em escoamento ou infiltração com as partículas, substâncias e impurezas no solo. Assim, a incorporação de sólidos em suspensão (ex: partículas de solo) ou dissolvidos (ex: íons oriundos da dissolução de rochas) ocorre, mesmo na condição em que a bacia hidrográfica esteja totalmente preservada em suas condições naturais (ex: ocupação do solo com matas e florestas). Neste caso, tem grande influência a cobertura e a composição do solo.

• Interferência do homem: a interferência do homem, quer de uma forma concentrada, como na geração de despejos domésticos ou industriais, quer de uma forma dispersa, como na aplicação de defensivos agrícolas no solo, contribui na introdução de compostos na água, afetando a sua qualidade. Portanto, a forma em que o homem usa e ocupa o solo tem uma implicação direta na qualidade da água.

1.2 Usos Da Água

Segundo von Sperling (2005, p.15), os principais usos da água são os

seguintes:

• Abastecimento doméstico;

• Abastecimento industrial;

• Irrigação;

• Dessedentação de animais;

• Aquicultura;

• Preservação da flora e da fauna;

• Recreação e lazer;

• Harmonia paisagística;

• Geração de energia elétrica;

• Navegação;

• Diluição de despejos.

Em relação aos usos, o abastecimento doméstico, abastecimento industrial, a

irrigação e dessedentação de animais implicam na retirada da água das coleções

hídricas onde se encontram. Os demais usos acontecem na própria coleção de água

(von SPERLING, 2005, p.15).

Von Sperling (2005, p.15) afirma que em vista da necessidade e da qualidade,

apenas o abastecimento doméstico e o abastecimento industrial exigem um

tratamento prévio. Apresentando ainda que:

A interrelação entre o uso da água e a qualidade requerida para a mesma é direta. Na lista de usos acima, pode-se considerar que o uso mais nobre seja representado pelo abastecimento de água doméstico, o qual requer a satisfação de diversos critérios de qualidade. De forma oposta, o uso menos nobre é o da simples diluição de despejos, o qual não possui nenhum requisito especial em termos de qualidade. No entanto, deve-se lembrar que diversos corpos d’água têm usos múltiplos previstos para os mesmos, decorrendo daí a necessidade da satisfação simultânea de diversos critérios de qualidade. Tal é o caso, por exemplo, de represas construídas com finalidade de abastecimento de água, geração de energia, recreação, irrigação e outros.

1.3 Ciclo Do Uso Da Água

No percurso que a água faz ao ser retirada da natureza, sofre interferência

humana para adequar aos usos previstos, altera suas características e necessita

tratamento para reintegrá-la ao meio aquático causando o mínimo impacto. Este

ciclo é conhecido como Ciclo do uso da água e von Sperling (2005, p.16) apresenta

no Quadro 02, alguns conceitos básicos referente a este ciclo:

• Água bruta: inicialmente, a água é retirada do rio, lago ou lençol subterrâneo,

possuindo uma determinada qualidade.

• Água tratada: após a captação, a água sofre transformações durante o seu

tratamento para se adequar aos usos previstos (ex: abastecimento público ou

industrial).

• Água usada. (esgoto bruto): com a utilização da água, a mesma sofre novas

transformações na sua qualidade, vindo a constituir-se em um despejo

líquido.

• Esgoto tratado: visando remover os seus principais poluentes, os despejos

sofrem um tratamento antes de serem lançados ao corpo receptor. O

tratamento dos esgotos é responsável por uma nova alteração na qualidade

do líquido.

• Corpo receptor: o efluente do tratamento dos esgotos atinge o corpo receptor,

onde, face à diluição e mecanismos de autodepuração, a qualidade da água

volta a sofrer novas modificações.Quadro 02 – Definições do ciclo do uso da águaFonte: (von SPERLING, 2005, p.16)

A primeira parte deste ciclo, o tratamento para consumo humano, é

apresentada na Figura 02 a seguir.

Figura 02: Como a água chega à torneiraFonte:<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11142/open/file/Como%20a%20agua%20chega%20a%20torneira.jpg?sequence=1>

Ao engenheiro ambiental é atribuída a função de gerenciar este ciclo através

do planejamento, projeto, execução e controle das obras necessárias para manter a

qualidade da água para todos os usos a que é destinada (von SPERLING, 2005,

p.17).

1.4 Sugestões De Atividades

Oficina “Água na natureza” com o tema “Como vejo o rio da minha cidade?

Como gostaria que o rio da minha cidade fosse?” disponível em

<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11621/open/file/como

%20vejo%20o%20rio%20da%20minha%20cidade%20%20como%20gostaria%20qu

e%20o%20rio%20da%20minha%20cidade%20fosse.pdf?sequence=1>

Visita à uma estação de tratamento de água e estação de tratamento de

esgoto ou efluente industrial.

Apresentação do folder “Os usos da água” disponível em

<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/5514/open/file/poster

agua.pdf?sequence=1> e discussão do tema envolvido.

UNIDADE 02 – IMPACTO AMBIENTAL SOBRE O ECOSSISTEMA HÍDRICO.

O homem, na tentativa de satisfazer suas necessidades, fatalmente perturba

o equilíbrio do ambiente natural, seguindo os atuais padrões e comportamento de

consumo e produção (ELY, 1990).

Diante deste quadro caótico criado pelo próprio homem, não é fácil ou até

impossível reverter de forma imediata esta situação e, considerando-se as questões

ambientais como um conjunto de problemas, faz-se necessário educar os seres

humanos para que estes formem uma consciência crítica, reconhecendo assim, sua

posição no ecossistema (VASSELAI, 1997).

A resolução CONAMA nº 001 de 1986 define como sendo impacto ambiental:

“...qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população;II – as atividades sociais e econômicas;III – a biota;IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;V – a qualidade dos recursos ambientais.”

2.1 Impactos Devido A Agricultura

Considerando as necessidades e carências relatadas em uma pesquisa

realizada por Carniatto (2007, p.197-198), os agricultores da Microbacia Santa Rosa

no município de Cascavel - Paraná foram indagados sobre “Quais são os maiores

perigos ou riscos, que você e sua família sofrem em seu bairro/comunidade?”.

Segundo as respostas apresentadas é possível perceber que eles conceituam riscos

e perigos principalmente com algo iminente que pode tirar a vida, um destaque

importante é a expressão nas respostas dos moradores do perigo representado pela

“utilização de inseticidas e agrotóxicos. As respostas aos questionários e

depoimentos dos agricultores demonstram que eles conhecem os problemas e se

preocupam com as doenças ocasionadas em consequência do uso de agrotóxico

em suas lavouras, sabem do risco para eles e suas famílias.

Quanto aos riscos com o uso de inseticidas e agrotóxicos, a utilização do solo

tem relação direta com a qualidade e quantidade de recursos hídricos; o uso

indiscriminado dos agrotóxicos contamina o solo e conseqüentemente a água.

Nesse processo, os agrotóxicos penetram no solo e podem atingir os recursos

hídricos subterrâneos ou ser levados até os rios e lagos pelas enxurradas,

provocadas por grandes precipitações. A qualidade da água está também associada

aos fenômenos supracitados, pois sabe-se que os homens estão expostos a 80%

das patologias provenientes de águas contaminadas (CARNIATTO, 2007, p.198).

As formas de utilização da água e do solo, bem como o sistema de

saneamento adotado nas comunidades estudadas têm exercido uma influência

direta sobre a qualidade da água, dos mananciais da microbacia hidrográfica.

Segundo pesquisa realizada por Carniatto (2007, p.198-199), na Microbacia Santa

Rosa, é possível perceber que a água tem apresentado impactos resultantes destes

usos, e através da pesquisa realizada, percebe-se que os moradores reconhecem,

em parte, os problemas presentes e conseguem identificá-los, principalmente que, a

falta de saneamento básico e as práticas inadequadas na agricultura têm

comprometido a qualidade da água.

Segundo a mesma pesquisa, a agricultura extensiva é uma prática comum

nas microbacias, calcada no controle de ervas daninhas e pragas, exclusivamente

com uso de agrotóxicos, assim, esse manejo torna-se um problema sério para a

saúde dos agricultores. Inclusive, está presente em graves enfermidades que têm

aparecido em índices muito elevados na região, dentre elas o câncer. Os moradores

se preocupam com as conseqüências do uso dos agrotóxicos. Relatos de

agricultores, em depoimento no curso de Agricultura Orgânica e no Pacto das

Águas31, na Bacia Paraná III, mostram a gravidade desse fato:

O motivo de mudança da cultura de soja para outras culturas foi o câncer, não vou fugir da verdade, mas na minha família teve três casos de câncer e para não perder toda a família abandonei o plantio convencional e parti para o orgânico com a parceria da Itaipu, IAPAR e Prefeitura Municipal de Guaíra onde tive um grande apoio nas culturas de abacaxi, maracujá e

café. Estou fazendo a minha parte espero que vocês façam a de vocês (AGRICULTOR A).

Existem agricultores que saem do convencional para orgânicos conscientes, imediatistas e doentes. Tenho uma propriedade de 7,5 alqueires de terra sendo cultivado de mandioca, de abacaxi, uva e maracujá, experimento com o IAPAR e Itaipu, na parte de bovinocultura de leite a minha forma de manejo com as vacas uso a homeopatia. A importância de troca das experiências e informações com agricultores vizinhos vem me ajudando e pretendo dos três alqueires que ainda esta convencional transformar em orgânico. Forneço leite orgânico para a merenda escolar (AGRICULTOR B).

Na minha propriedade trabalho com bovinocultura de corte e fruticultura com manejo homeopático e orgânico. Passamos a mudança de comportamento e atitudes após detectar no organismo do meu pai o princípio ativo de gramoxone. Estou tendo o apoio da Prefeitura, IAPAR e Itaipu (AGRICULTOR C).

Há um ano estou na agricultura orgânica por motivo de doenças, já percebo mais disposição de trabalho no dia a dia. Os principais cultivos da minha propriedade são maracujá e café (AGRICULTOR D).

Os problemas de doenças relatados por eles são um alerta e os depoimentos

mostram a gravidade da situação que algumas famílias já estão vivendo. Diante

deste quadro grave atual, novas atitudes e padrões de consumo são requeridos de

cada cidadão (CARNIATTO, 2007, p.199).

Como resposta a um dos aspectos aos agrotóxicos, nesta mesma pesquisa

foi perguntado sobre “Como é realizado o descarte das embalagens?” As respostas

indicam que na região os problemas de devolução das embalagens já obedecem ao

preceito legal e parecem resolvidos. Há poucos anos era comum aparecerem

embalagens de agrotóxicos, em grande quantidade, nos rios e no Lago de Itaipu e

nas propriedades haviam galpões abarrotados de vasilhames. No entanto, a

quantidade de agrotóxico que continua sendo utilizada na agricultura é bastante

elevada. Um programa sério de orientação e controle necessita ser implementado

com urgência, no sentido de proteger a saúde dos agricultores e da população que

consome os produtos.

Existe um programa estadual de recolhimento de embalagens, coordenado

pela Secretaria do Meio Ambiente e pela Superintendência de Recursos Hídricos e

Saneamento Ambiental (Suderhsa) do Estado do Paraná. Cada tonelada representa

aproximadamente 25 mil embalagens retiradas do meio ambiente. No programa

também tem sido incentivada a tríplice lavagem das embalagens de agrotóxico. Ao

todo, foram capacitadas 4,7 mil pessoas no Paraná, foram implantados 75 pontos de

recolhimento formados por 14 centrais, localizadas em Cambé, Campo Mourão,

Cascavel, Colombo, Cornélio Procópio, Maringá, Palotina, Ponta Grossa,

Prudentópolis, Francisco Beltrão, São Mateus do Sul, Guarapuava, Santa Terezinha

do Itaipu e Umuarama (CARNIATTO, 2007, p.200).

Segundo dados obtidos em citados por Carniatto (2007, p.200-201) o Paraná

contribuiu com o recolhimento de 2.929,292 toneladas de embalagens, ou seja, um

aumento de 5,3% no volume de embalagens retiradas do meio ambiente. O

resultado foi atribuído à educação e ao planejamento ambiental, pois “a

conscientização ambiental vem crescendo significativamente no homem do campo,

em todo o setor produtivo, e os freqüentes cursos para formação de agentes

multiplicadores realizados em todo o Estado” dão suporte à formação de uma nova

consciência em prol do meio ambiente.

A pesquisa realizada por Carniatto (2007, p. 201) mostrou que, na Microbacia

Santa Rosa, os moradores relatam a presença ocasional de lixo sanitário às

margens da estrada, trazidos com a chuva. Eles relataram a contribuição de postos

de combustível como participantes da erosão na bacia.

Os moradores têm razão em demonstrar sua preocupação com a

contaminação dos resíduos; e especialmente os que têm contato com resíduos do

corpo humano (papéis higiênicos, absorventes e fraldas) constituem-se em risco

pelo seu potencial de transmissão de doenças. Os moradores relatam que, nem

sempre, a população acondiciona e dispõe o lixo corretamente e, muitas vezes, não

são coletados, tratados ou eliminados de maneira eficiente no distrito de Sede

Alvorada. Estabelecimentos de armazenamento e distribuição de combustíveis

constituem-se riscos ambientais, devido aos vazamentos muito comuns e água das

lavagens dos veículos (CARNIATTO, 2007, p.201).

O MMA relata que muitos municípios não têm condições técnicas nem

financeiras para o controle da ocupação do solo em sub-bacias urbanas e não

conseguem investir em saneamento ambiental. Este é o caso dos municípios nos

quais as microbacias de estudo estão inseridas. E, chama a atenção que,

infelizmente, a conta da falta de saneamento ambiental não costuma ser incluída no

custo de despoluição dos corpos d´água, mas, confirma que a “situação atual de

saneamento está diretamente relacionada às altas taxas de mortalidade infantil e

cada real investido em saneamento básico propicia a economia de muitos outros em

atendimento médico” (BRASIL, 2003 apud CARNIATTO, 2007, p.201).

2.2 Impactos Devido A Urbanização

A medida que a cidade se desenvolve e se urbaniza, geralmente ocorrem

impactos como:

•Aumento das vazões médias de cheia devido ao aumento da capacidade de

escoamento por meio de condutos e canais e impermeabilização das

superfícies;

•Aumento da erosão do solo e com isso aumenta a produção de sedimentos

pela falta de proteção das superfícies e produção de resíduos sólidos;

•Alteração da qualidade da água, tanto a superficial como a subterrânea

através dos resíduos sólidos provenientes da lavagem das ruas, por resíduos

sólidos e líquidos provenientes de esgotos clandestinos bem como a

contaminação direta de aqüíferos;

•Pelo gerenciamento inadequado da infra-estrutura onde pontes obstruem o

escoamento natural das águas, pela deposição e obstrução de rios, canais e

condutos de lixo e sedimentos bem como a execução de projetos de

drenagem inadequados (TUCCI; MENDES, 2006, p.34-35).

Com a alteração da cobertura vegetal, são ocasionados vários efeitos que

alteram o ciclo hidrológico natural. Tucci e Mendes (2006, p.35) citam que a

urbanização faz com que a cobertura da bacia é em grande parte impermeabilizada

pela construção de residências, indústrias, pavimentos e também a introdução de

condutos para escoamento das águas pluviais fazendo com que ocorrem inúmeras

alterações, tais como a redução significativa da infiltração no solo, e essa água que

fica na superfície faz com que aumenta o escamento superficial deixando de

alimentar o equilíbrio que tende a diminuir o nível do lençol freático, principalmente

quando a urbanização atingir uma área muito extensa.

Tucci e Mendes (2006, p.35-36) afirmam que pela falta de cobertura natural

também ocorre uma redução da evapotranspiração porque a superfície urbana não

retém água como a cobertura vegetal. Nos centros urbanos onde predomina o

asfalto e concreto, grande parte da energia solar é absorvida, aumentando

consideravelmente a temperatura ambiente devido a emissão da radiação solar.

O aumento da temperatura também cria condições de movimento de ar

ascendente que pode redundar em aumento de precipitação. Silveira (1997) citado

por Tucci e Mendes (2006, p.36), mostra que a parte central de Porto Alegre

apresenta maior índice pluviométrico que a sua periferia, atribuindo essa

característica à sua urbanização. Sendo assim, as precipitações nas áreas urbanas

são de baixa duração e mais intensas permitindo a ocorrência de alagamentos e

transtornos á população.

Outro agravante citado por Tucci e Mendes (2006, p.36) é o significativo

aumento de sedimentos e material sólido devido às construções, limpeza de

terrenos para novos loteamentos, aberturas e construções de ruas, avenidas e

rodovias, que provocam o assoreamento das seções de drenagem e com isso reduz

a capacidade de escoamento de rios e lagos urbanos.

Tem ainda o fator lixo que, como não é destinado corretamente, obstrui

bueiros, bocas de lobo, galerias de drenagem criando condições totalmente

desfavoráveis a um ambiente saudável e equilibrado (TUCCI; MENDES, 2006, p.38).

Figura 03 – Acúmulo de lixo nas margens de riosAutora: Fernanda Aline Petry

Devido à falta de investimentos nos sistemas de condução e escoamento da

água e de esgoto, hoje utiliza-se também a rede pluvial para transportar o esgoto

sanitário o que não é o meio adequado, pois na maioria das vezes o esgoto não é

tratado e compromete a qualidade de água. Até nos aqüíferos muitas vezes a água

já está contaminada devido à infiltração de chorumes provenientes de aterros

sanitários localizados em solos muito permeáveis, bem como as fossas sépticas

encontradas em grande parte das cidades brasileiras que tendem a contaminar a

parte superior do aqüífero, comprometendo o abastecimento urbano (TUCCI;

MENDES, 2006, p.38).

2.3 Atividades

Leitura e debate sobre o texto “Saúde alerta para os efeitos dos agrotóxicos

no Brasil, o maior consumidor do mundo” de Bruno Dominguez disponível em:

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=436>.

Oficina “Água na natureza” com o tema “Os poluentes do solo prejudicam a

água?”, disponível em <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/

UNIDADE 03 – POLUIÇÃO HÍDRICA

Em escala mundial, o uso abusivo e sem controle da água nas últimas

décadas, levou à poluição preocupante dos recursos hídricos, ficando escassa a

água de boa qualidade para a necessidade dos seres vivos, produção de alimentos

e demais usos indispensáveis para a vida (KNIEE; LOPES, 2004, p.14).

3.1 Fontes De Poluição

As diferenciadas formas de poluição são conseqüência do crescimento

econômico, segundo Kniee e Lopes (2004, p.14):

A poluição das águas superficiais e, crescentemente, dos lençóis freáticos, é causada principalmente pelo lançamento, direto e indireto, de despejos industriais, domésticos e agropecuários, não tratados ou insuficientemente tratados. Isso acontece, na maioria dos casos, em conseqüência da primazia dada ao crescimento econômico de um país em detrimento da proteção dos seus recursos naturais.

Também segundo os mesmo autores, a falta de preservação dos bens

hídricos naturais se mostra, dentre outros:

• Na falta ou no mau funcionamento de estações municipais e industriais de tratamento de despejos;

• No lançamento descontrolado de dejetos oriundos da produção em massa de animais;

• Na ausência de aterros sanitários impermeabilizados;• Na contaminação de grandes áreas por resíduos químicos da

indústria e do comércio, enterrados ou depositados clandestinamente;

• Na aplicação indevida e quase sempre excessiva de agrotóxicos, além de produtos proibidos;

• Na ocupação de mananciais;• Na mineração desordenada e excessiva em calhas de rios;• Na destruição de matas ciliares;• Na inexistência ou ineficiência de programas de conscientização e

educação ambiental;• Na falta de uma política eficiente de gerenciamento de recursos

hídricos;

• Na falta da aplicação e do cumprimento das leis existentes sobre os recursos hídricos.

São pela falta destes procedimentos, muitas vezes se constituindo até em

descaso tanto da população, empresários e do poder público que acaba por

prejudicar todos os seres vivos que usufruem desta água, inclusive o próprio

poluidor, como conseqüência da incorporação de substâncias químicas nos corpos

hídricos, alterando suas características físicas, químicas e biológicas (KNIEE;

LOPES, 2004, p.15).

É através das fontes de poluição que são caracterizados o impacto que o

sistema hídrico está sujeito. Na maioria das vezes estas fontes são difusas, isto é,

não possuem um local determinado de contaminação, como é o caso da

contaminação das águas pluviais com pesticidas, a erosão de áreas urbanas e

agrícolas, entre outra. Também ocorre a contaminação pontual, quando identificada

a fonte e o local onde entra no sistema de escoamento. Como exemplo temos o

lançamento de esgoto industrial ou domestico (TUCCI; MENDES, 2006, p.85).

3.2 Efeitos Nocivos Dos Poluentes

Segundo Tucci e Mendes (2006, p.120) a transmissão de doenças através do

consumo da água é preocupante, principalmente pelo desrespeito e destino

incorreto de cargas como:

• Domésticas, que ao serem lançadas nos lagos e rios onde o excesso de nutrientes produz a eutrofização, e com isso aumenta a concentração de algas que produzem e liberam toxinas que ficam dissolvidas na água ou se depositam no fundo desses rios e lagos. Estas toxinas agem principalmente sobre o fígado das pessoas e podem gerar doenças degenerativas como a cirrose e câncer.

• Industriais, que devido a revolução tecnológica, novos produtos são produzidos, dificultando dessa forma a fiscalização dos diferentes resíduos produzidos.

• Difusas, como as que trazem compostos de pesticidas, muitas vezes altamente tóxicas e a cada ano trazem novos elementos em suas composições.

No Quadro 03 é apresentado um resumo das principais categorias de

poluentes, origem natural e antrópica e os efeitos nocivos aos seres vivos.

3.3 Principais Categorias De Poluentes Da Água

AGENTES INFECCIOSOS

Exemplos: bactérias, vírus, protozoários e vermes parasitas

Principais Fontes Humanas: dejetos de animais e de seres humanos

Efeitos Nocivos: Doenças

RESÍDUOS COM DEMANDA DE OXIGÊNIO

Exemplos: resíduos orgânicos, como esterco animal e resíduos vegetais que podem ser decompostos por bactérias aeróbicas (que exigem oxigênio).

Principais Fontes Humanas: esgoto, confinamento de animais, fábricas de papel e instalações de processamento de alimentos.

Efeitos Nocivos: as grandes populações de bactérias que decompõem esses resíduos podem degradar a qualidade da água ao esgotar o oxigênio dissolvido nela. Isso provoca a morte de peixes e de outras formas de vida aquática que consomem oxigênio.

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS INORGÂNICAS

Exemplos: substâncias solúveis em água, por exemplo, como (1) ácidos, (2) compostos de metais tóxicos, como chumbo (Pb), arsênico (As) e selênio (Se), e (3) sais, como o cloreto de sódio (NaCl) da água do mar e os fluoretos (F-) encontrados em alguns solos.

Principais Fontes Humanas: escoamento superficial, efluentes industriais e produtos de limpeza doméstica.

Efeitos Nocivos: podem (1) tornar a água inutilizável para beber ou irrigar, (2) provoca câncer de pele e danos ao pescoço e à coluna vertebral que pode causar paralisia, (3) comprometer o sistema nervoso, o fígado e os rins (Pb e As), (4) prejudicar peixes e outras formas de vida aquática, (5) diminuir a produção das plantações e (6) acelerar a corrosão dos metais expostos a essa água.

SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ORGÂNICAS

Exemplos: petróleo, gasolina, plástico, pesticidas, solventes de limpeza, detergentes.

Principais Fontes Humanas: efluentes industriais, produtos de limpeza doméstica, escoamento superficial de fazendas e jardins.

Efeitos Nocivos: podem (1) ameaçar a saúde humana ao causar danos ao sistema nervoso (alguns pesticidas), doenças no aparelho reprodutor (alguns solventes) e certos tipos de câncer (gasolina petróleo e determinados solventes), além de (2) prejudicar peixes e animais selvagens.

NUTRIENTES VEGETAIS

Exemplos: compostos solúveis em água contendo nitrato (NO3-), fosfato (PO4

3-) e íons de amônio (NH4

+).

Principais Fontes Humanas: esgoto, esterco e escoamento de fertilizantes agrícolas e urbanos.

Efeitos Nocivos: podem causar o crescimento excessivo de algas e outras plantas

aquáticas, que morrem, decompõem-se, esgotam o oxigênio dissolvido da água e matam os peixes. Água potável com níveis excessivos de nitrato reduz a capacidade de transportar do oxigênio do sangue e pode matar fetos e bebês (“síndrome do bebê azul”).

SEDIMENTOS

Exemplos: solo, silte

Principais Fontes Humanas: erosão do solo

Efeitos Nocivos: podem (1) obscurecer a água e reduzir a fotossíntese, (2) prejudicar as cadeias alimentares aquáticas, (3) transportar pesticidas, bactérias e outras substâncias nocivas, (4) deslocar e destruir recifes de corais e os locais de alimentação e reprodução de peixes, (5) obstruir e assorear lagos, reservatórios artificiais, canais de rios e portos.

MATERIAIS RADIOATIVOS

Exemplos: isótopos radioativos do iodo, radônio, urânio, césio e tório.

Principais Fontes Humanas: usinas de energia nuclear e de queima de carvão, mineração e processamento de urânio e outros minérios, produção de armas nucleares, fontes naturais.

Efeitos Nocivos: mutações genéticas, abortos, defeitos de nascença e certos tipos de câncer.

CALOR (POLUIÇÃO TÉRMICA)

Exemplos: calor excessivo

Principais Fontes Humanas: o resfriamento por água de usinas elétricas e alguns tipos de fábricas. Cerca de metade de toda a água retirada por ano nos Estados Unidos destina-se para resfriar usinas geradoras de energia elétrica.

Efeitos Nocivos: reduz os níveis de oxigênio dissolvido na água e torna os organismos aquáticos mais vulneráveis a doenças, parasitas e substâncias químicas tóxicas. Quando uma usina de energia abre ou é fechada para consertos, os peixes e outros organismos adaptados a uma certa faixa de temperatura podem morrer com a mudança abrupta na temperatura da água – conhecida como choque térmico.Quadro 03 – Principais categorias de poluentes da águaAdaptado de: (MILLER, 2007)

3.4 Monitoramento Da Poluição

Kniee e Lopes (2004, p.15) afirmam que a partir do cumprimento da

legislação é possível reduzir a poluição hídrica e, o monitoramento contínuo,

possibilita uma avaliação qualitativa e quantitativa dos poluentes.

Ainda segundo estes mesmos autores, para verificar a qualidade da água

existem parâmetros que podem ser físicos, químicos e biológicos. Os físicos são

aqueles que afetam os sentidos humanos como a temperatura que aumenta á

medida que nela se encontra muita matéria orgânica, e, ao se decompor eleva a

temperatura fazendo com que os microorganismos ali presentes acabam morrendo.

A densidade que permite perceber maior ou menor quantidade de material suspenso

no decorrer de um rio. Temos ainda como fator físico a turbidez que nos permite

observar a passagem ou retenção da luz, que quanto maior a quantidade de material

suspenso, maior é a dificuldade da penetração da luz na água. Já os parâmetros

químicos são obtidos de ciclos que ocorrem dentro da própria água. Um dos mais

importantes é o oxigênio dissolvido.

3.5 Atividades

Oficina “Água na natureza” com o tema “O que acontece quando o esgoto é

lançado no rio sem tratamento”, disponível em <http://objetoseducacionais2.mec.

gov.br/bitstream/handle/mec/11709/open/file/o%20que%20acontece%20quando%20

o%20esgoto%20e%20lancado%20no%20rio%20sem%20tratamento.pdf?sequence=

2>.

Atividade “Características da água” disponível em <http://portaldoprofessor

.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=22639>

UNIDADE 04 – ESCASSEZ OU DOENÇAS VEICULADAS PELO MEIO AQUÁTICO

Como a água gera impactos positivos sobre a saúde humana, também pode

gerar impactos negativos. Tudo depende da quantidade, qualidade e da relação das

pessoas com a água e que também envolve aspectos culturais (MMA, 2003, citado

por TUCCI; MENDES, 2006, p.119).

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008)

entende-se que as disciplinas de Ciências e Biologia contribuem para formar sujeitos

críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento a cerca

do objeto de estudo, o fenômeno vida, em sua complexidade de relações.

No Brasil, 13 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. Em

nosso país, são lançados diariamente nos rios e arroios cerca de dez bilhões de

litros de esgotos sem nenhuma forma de tratamento, de acordo com a Associação

Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES citado por ISAIA, 1999). Além dos

esgotos, são milhares de litros de poluentes industriais e de agrotóxicos despejados

nos diversos cursos d’água, gerando custos enormes de descontaminação – pagos

pelo dinheiro público, única alternativa que resta para adequar novamente a

qualidade da água distribuída à população (ISAIA, 1999).

De acordo com Tucci e Mendes (2006, p.119) a transmissão ou ocorrência de

doenças pode ocorrer:

•Quando a origem da doença está na água, como é o caso da

esquitossomose. Neste caso o indivíduo adquire a doença pelo contato direto

com a água. Isto pode ocorrer porque a larva necessariamente passa uma

fase da vida na água.

•Quando a água é o meio que leva até o ser humano o agente patogênico

contido nela. Como é o caso da cólera, febre tifóide, diarréia aguda, hepatite

infecciosa, amebíese, giardíase, bem como doenças causadas por agentes

químicos e radioativos.

•Quando ainda que podem ocorrer pela falta ou mau uso da água. A escassez

da água ou falta de hábitos de higiene podem levar a adquirir doenças como

tracoma, escabiose, conjuntivite bacteriana aguda, salmonelose, tricuriáse,

enterobiase, ancilostomíase e ascaridíase.

Estes riscos, relacionados ao manuseio e ao consumo da água podem ser

individuais ou coletivos e também imediatos ou de longo prazo. A presença de

microorganismos patogênicos que podem promover reações imediatas, como

gastroentéricas, diarréias entre outras. Doenças que afetam os sistemas

neurológicos, hepáticos, renais e circulatórios, efeitos mutagênicos, hepáticos,

renais e circulatórios. Os efeitos mutagênicos estão relacionados a contaminantes

químicos (agrotóxicos, metais pesados e toxinas das algas), cuja manifestação

geralmente ocorre a longo prazo.

O quadro epidemiológico das doenças que estão relacionadas à água

também está diretamente relacionado ou vinculado ao saneamento básico, ou

precário, ou inexistente.

A reduzida oferta, pelas políticas publicas do sistema se saúde, dos serviços

de abastecimento de água, rede de esgotamento sanitário, de drenagem urbana e o

gerenciamento e destino inadequado de resíduos sólidos, bem como as condições

inadequadas de moradia estão associadas aos elevados casos de mortalidade por

doenças como diarréias, verminoses, hepatites, infecções cutâneas entre outras. A

doença que mais aflige a humanidade é a diarréia, com mais de 4 bilhões de casos

por ano em todo mundo (OPAS, 1998, MMA, 2003 apud TUCCI; MENDES, 2006,

p.120).

Ainda, segundo Tucci e Mendes (2006, p.121-122), outro problema sério são

as enchentes que ocorrem geralmente devido a ocupação de áreas de risco e a

urbanização. Em ambas os principais impactos são os prejuízos pela perda de

materiais e humanos; a interrupção da atividade econômica nas áreas inundadas e a

contaminação por doenças de veiculação hídrica como a cólera, leptospirose e

outras, bem como a contaminação devido a inundação de depósitos de materiais

tóxicos.

Segundo dados da ABES, as doenças mais comuns decorrentes da água

contaminada utilizada pela população brasileira são a diarréia, cólera, febre tifóide e

paratifóide, hepatite infecciosa, salmonelose, disenteria bacilar, gastroenterites,

parasitoses e teníases (ISAIA, 1999).

Tucci e Mendes (2006) apresentam nos Quadros 04, 05 e 06 informações

sobre doenças relacionadas à ausência de rede de esgotos, doenças relacionadas à

água contaminada e doenças e outras consequencias da ausência de tratamento do

esgoto sanitário, respectivamente.

Grupos de Doenças

Formas de Transmissão

Principais Doenças Formas de Prevenção

Feco-orais (não bacterianas)

Contato de pessoa para pessoa, quando não se tem higiene pessoal e Doméstica adequada.

-Poliomielite-Hepatite tipo A-Giardíase-Disenteria amebiana-Diarréia por vírus

-Melhorar as moradias e as instalações sanitárias-Implantar sistema de abastecimento de água-Promover a educação sanitária

Feco-orais (bacterianas)

Contato de pessoa para pessoa, ingestão e contato com alimentos contaminados e contato com fontes de águas contaminadas pelas fezes.

-Febre tifóide-Febre paratifóide-Diarréias e disenterias bacterianas, como a cólera.

-Implantar sistema adequado de disposição de esgotos-Melhorar as moradias e as instalações sanitárias-Implantar sistema de abastecimento de água-Promover a educação sanitária

Helmintos transmitidos pelo solo

Ingestão de alimentos contaminados e contato da pele com o solo.

-Ascaridíase (lombriga)-Tricuríase-Ancilostomíase (amarelão)

-Construir e manter limpas as instalações sanitárias-Tratar os esgotos antes da disposição no solo-Evitar contato direto da pele com o solo (usar calçado)

Tênias (solitárias) na carne de boi e de porco

Ingestão de carne mal cozida de animais infectados

-Teníase-Cisticercose

-Construir instalações sanitárias adequadas-Tratar os esgotos antes da disposição no solo-Inspecionar a carne e ter cuidados na sua preparação

Helmintos associados à água

Contato da pele com água contaminada

-Esquistossomose -Construir instalações sanitárias adequadas-Tratar os esgotos antes do lançamento em curso d’água-Controlar os caramujos-Evitar o contato com água contaminada

Quadro 04 – Doenças relacionadas com a ausência de rede de esgotosFonte: (Tucci; Mendes, 2006, p.202)

Grupos de Doenças

Formas de Transmissão

Principais Doenças Formas de Prevenção

Transmitidas pela via feco-oral (alimentos contaminados por fezes)

O organismo patogênico (agente causador da doença) é ingerido.

-Diarréias e disenterias, como a cólera e a giardíase-Leptospirose-Amebíase-Hepatite infecciosa

-Proteger e tratar as águas de abastecimento e evitar o uso de fontes contaminadas-Fornecer água em quantidade adequada e promover a higiene pessoal, doméstica e dos alimentos.

Controladas pela limpeza com água

A falta de água e a higiene pessoal insuficiente criam condições favoráveis para sua disseminação

-Infecções na pele e nos olhos, como o tracoma e o tifo relacionado com piolhos, e a escabiose

-Fornecer água em quantidade adequada e promover a higiene pessoal e doméstica

Associadas à água (uma parte do ciclo de vida do agente infeccioso ocorre em um animal aquático

O patogênico penetra pela pele ou é ingerido

-Esquistossomose -Adotar medidas adequadas para a disposição de esgotos-Evitar o contato de pessoas com águas infectadas-Proteger mananciais-Combater o hospedeiro intermediário

Transmitidas por As doenças são -Malária -Eliminar condições que

vetores que se relacionam com a água

propagadas por insetos que nascem na água ou picam perto dela

-Febre amarela-Dengue-Elefantíase

possam favorecer criadouros-Combater os insetos transmissores-Evitar o contato com criadouros-Utilizar meios de proteção individual

Quadro 05 – Doenças relacionadas com água contaminadaFonte: (Tucci; Mendes, 2006, p.202)

Poluentes Parâmetro de caracterização Tipos de Esgotos ConsequênciasPatogênicos -Coliformes -Domésticos -Doenças de veiculação

hídricaSólidos em suspensão

-Sólidos em suspensão totais -Domésticos-Industriais

-Problemas estéticos-Depósitos de lodo-Absorção de poluentes-Proteção de patogênicos

Matéria orgânica biodegradável

-Demanda bioquímica de oxigênio

-Domésticos-Industriais

-Consumo de oxigênio-Mortandade de peixes-Condições sépticas

Nutrientes -Nitrogênio-Fósforo

-Domésticos-Industriais

-Crescimento excessivo de algas-Toxicidade aos peixes-Doenças em recém-nascidos (nitratos)

Compostos não-biodegradáveis

-Pesticidas-Detergentes-Outros

-Industriais-Agrícolas

-Toxicidade-Espumas-Redução da transferência de oxigênio-Não biodegradabilidade-Maus odores

Quadro 06 – Doenças e outras conseqüências da ausência de Tratamento do Esgoto SanitárioFonte: (Tucci; Mendes, 2006, p.203)

4.1 Atividades

Animação “Ascaridíase” disponível em <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.

br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/objetos_de_aprendizagem/BIOLOGIA/ascaridiase.swf>.

Animação “Malária” disponível em <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/

diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/objetos_de_aprendizagem/BIOLOGIA/malaria.swf>.

Oficina “Animais” com o tema “Mosquitinho da dengue” disponível em

<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/11309/open/file/Mosquitinho%20da%20D

engue.pdf?sequence=1>.

UNIDADE 05 – PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS

RECURSOS HÍDRICOS

5.1 Matas Ciliares

Mata ciliar é a formação vegetal nas margens dos rios, córregos, lagos,

represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea,

vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área

de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar

uma extensão específica de acordo com a largura dos rios, lagos, represas e

nascentes (PARANÁ, 2010).

Figura 04 – Mata ciliar preservadaAutora: Fernanda Aline Petry

A mata ciliar é uma das formações vegetais mais importantes para a

preservação da  vida e da natureza, afirma Nass (2002). Assim como os cílios

protegem nossos olhos, a mata ciliar serve de proteção aos rios e córregos.

O ecossistema formado pela mata ciliar e todos os seres que interagem neste

meio formam uma comunidade, beneficiando a todos os componentes, vivos e não-

vivos. Funciona como obstáculo, uma vez que impede o carreamento do solo fértil,

excesso de adubos e agrotóxicos para o rio. Além disso, a presença de partículas de

solo na água dificulta a penetração da luz solar que é extremamente necessária para

a sobrevivência de organismos produtores que a utilizam para realizar a fotossíntese

e que são a base da cadeia alimentar no rio.

Quando ocorrem enxurradas, a mata ciliar funciona como esponja, pois

absorve praticamente toda a água resultante da precipitação e libera aos poucos,

evitando a ocorrência de enchentes e cria um microclima com menores variações de

temperatura. Também proporciona abrigo e refúgio aos animais, fornece alimento e

pode ser utilizada como corredor entre remanescentes florestais.

Do ponto de vista ecológico, as matas ciliares são consideradas corredores

extremamente importantes para o movimento da fauna ao longo da paisagem, bem

como para a dispersão vegetal, facilitando o fluxo gênico e a colonização de novos

habitats (CARNIATTO, 2007; PRIMACK; RODRIGUES, 2001 apud LEITE; LEÃO,

2009).

Figura 05 – Grande extensão de mata ciliar preservada formando corredor ecológico.Autora: Fernanda Aline Petry

Na pesquisa realizada por Carniatto (2007, p.187) na Microbacia Santa Rosa

no município de Cascavel - Paraná foi possível ouvir diversos relatos de

proprietários afirmando que nas décadas de 70 e 80 “as políticas para financiamento

na agricultura pelo Banco do Brasil estimularam a degradação ambiental, quando

exigiam que todas as áreas de florestas existentes na propriedade fossem retiradas,

como condição para aprovação do crédito de financiamento pretendido”.

Figura 06 – Erosão em área ciliar degradadaAutora: Fernanda Aline Petry

Estas concepções vem mudando no decorrer dos anos de modo que

atualmente aceita-se e exige-se a inserção de aspectos ambientais nas atividades

econômicas, conforme Nass explica:

Durante muito tempo, aceitou-se as conseqüências da destruição das matas ciliares, porque se acreditava que esses prejuízos eram menores que os benefícios trazidos pelo progresso. Só quando percebeu os enormes prejuízos econômicos causados por essa destruição, a sociedade passou a prestar mais atenção e até a exigir maiores cuidados com a natureza. Ao contrário do que pensam muitos proprietários de terras, a recomposição da mata ciliar não é perda de dinheiro. Pelo contrário, é um investimento para a preservação do curso d'água que passa por suas terras. Espera-se que, sendo lucrativa

a manutenção da mata ciliar, os proprietários de terras não a destruam. No entanto, precisamos é de consciência ecológica, livre da ganância por dinheiro e lucros. Dessa consciência depende a sobrevivência do planeta (NASS, 2002).

Tomando-se como parâmetro uma análise da Investigação Narrativa realizada

na Microbacia Santa Rosa por Carniatto (2007, p.188), é possível observar que nem

sempre todos os agricultores compreendem, mais amplamente, os conceitos de

proteção envolvidos nos estudos do ambiente ciliar, mas a maioria dos entrevistados

cita como principal problema da microbacia a falta de mata ciliar e desses, um

número expressivo apresenta uma resposta adequada à pergunta: “O que é

mata/ambiente ciliar?”, quando dizem: “plantação de 30m da beira do rio”, “mata na

beira/ lateral/ perto do rio”, “proteção da nascente/ rio”. No entanto, alguns possuem

dificuldades em elaborar a resposta a essa pergunta, demonstrando que o tema

pode ser ainda melhor trabalhado no sentido da aquisição plena deste conceito por

todos os moradores e proprietários.

Ainda, os conceitos expressos nas respostas à pergunta: “Qual a importância

do ambiente/mata ciliar para os rios, nascentes e outros corpos d´água? (Questão

aberta)” ajudam a entender como eles compreendem os benefícios do ambiente

ciliar para a qualidade da água e preservação do rio. Dos entrevistados, 28%

responderam “não deixa cair terra e sujeira no rio, age como um filtro/ enxurrada/

erosão/ assoreamento”; 20% responderam “para proteger a água/rio, é a proteção

do rio”; “deixar a água limpa, diminuir a poluição” foi a resposta de 12%; “serve de

“estufa”/proteção contra agrotóxicos” foi citado por 10%; as respostas “para não

secar os rios, deixar o rio com água” e “aumentar a biodiversidade (criação de

animais e plantas)” foram expressas por 8%, respectivamente e 10% responderam

que não sabem. Este conjunto de respostas evidencia que um trabalho em oficina,

com dinâmicas que proporcionem uma construção coletiva sobre as funções do

ambiente ciliar, poderia ser uma estratégia eficiente para interação e troca dos

conhecimentos inerentes a este conceito, na discussão com os outros moradores

(CARNIATTO, 2007, p.188).

Segundo Bren (1993, apud LEITE; LEÃO, 2009, p.160), o valor da mata ciliar

é calculado de acordo com o interesse de cada setor: para o pecuarista, representa

obstáculo ao livre acesso do gado à água; para a produção florestal representa

produtividade devido o desenvolvimento de árvores de alto valor comercial, e em

regiões de topografia acidentada proporciona a única alternativa para traçar

estradas; para a geração de energia ou abastecimento de água representam

excelentes locais para o armazenamento visando garantia de suprimento contínuo

de água.

Só recentemente a recuperação de áreas degradadas adquiriu o caráter de

uma área de conhecimento, sendo denominada por alguns autores de Restauração

Ecológica (PALMER et al, 1997 apud RODRIGUES; GALDOLFI, 2004 in

RODRIGUES; LEITÃO FILHO, 2004).

Rodrigues e Gandolfi (2004, p.235) enfatizam que a recuperação de áreas

degradadas permite apenas remediar um dano que ocorreu em função do uso

indiscriminado do solo e da paisagem e que poderia ter sido evitado com práticas

sustentáveis de manejo do solo:

A agricultura sempre foi e continua sendo o principal fator causador da degradação dos ecossistemas ciliares, geralmente associado com a expansão da fronteira agrícola ou com práticas agrícolas inadequadas (descarga de sedimentos e águas superficiais, fragmentação, fogo, extrativismo etc.), mas atividades como a exploração florestal, o garimpo, a construção de reservatórios, a expansão das áreas urbanas e Peri-urbanas e a poluição industrial são também atividades que tiveram (ou tem) grande contribuição na destruição histórica dessas formações ciliares (RODRIGUES; GANDOLFI, 2004, p.235).

Apesar da intensa ação antrópica, alguns fragmentos de floresta do Oeste do

Paraná foram poupados ou recuperados. Desses, destacam-se as unidades de

conservação sendo que, no município de Céu Azul tem início o Parque Nacional do

Iguaçu e existem outros fragmentos em função da acentuada declividade dos locais

onde se encontram, ou por sombrearem partes de cursos d‟água de interesse de

seus proprietários; outros foram deixados com a mudança da exigência da lei e

encontram-se em recuperação (CARNIATTO, 2007, p.191).

Carniatto (2007, p.192) é enfática quando diz que ainda estes poucos

remanescentes tornaram-se de grande importância por abrigarem muitas espécies

nativas. Contudo, é possível encontrar, em alguns remanescentes, espécies

vegetais como a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron) e o palmito (Euterpe

edulis). Dentre os animais, as aves predominam nesses ambientes, mas é possível

encontrar diversas espécies de mamíferos, anfíbios e répteis, além de invertebrados.

5.2 Legislação Ambiental

A Constituição Federal de 1988 garante à União o direito a todo o patrimônio

natural no intuito de assegurar, a todos, um meio ambiente seguro e equilibrado, já

que um dos pressupostos do Estado Democrático de Direito tem como objetivo

maior (Art.20) “assegurar uma existência digna a todos”. Assim, estabelece como

bens da União as áreas indispensáveis à preservação ambiental, definidas em lei

como os “lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou

que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se

estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos

marginais e as praias fluviais”.

Também determina que:

“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:” I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII – preservar as florestas, a fauna e a flora (BRASIL, 1988).

A partir das determinações constantes na Constituição Federal, foram criadas

outras normas, regulamentos e resoluções que auxiliam na fiscalização e proteção

dos recursos hídricos:

•Lei nº 4771/65 – institui o novo Código Florestal;

•Lei nº 6938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus

fins e mecanismos de formulação e aplicação;

•Lei nº 9433/97 – Institui Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o

Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

•Resolução CONAMA nº 357/05 – Dispõe sobre a classificação dos corpos

d’água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como

estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes;

•Resolução CONAMA nº 303/02 – Dispõe sobre parâmetros, definições e

limites de Áreas de Preservação Permanente;

•Lei Estadual do Paraná nº 12.726/99 – Institui a Política Estadual de

Recursos Hídricos do Estado do Paraná.

5.3 Atividades

Visitação de áreas protegidas e áreas degradadas e debate em sala de aula

sobre as observações feitas pelos alunos em cada local.

Organizar exposição das fotografias dos locais visitados e fotos antigas que

as famílias possuam daqueles espaços e convidar à comunidade escolar para

visitar, realizar palestras e debater as estratégias de participação para recuperação

ou preservação das áreas definidas.

Planejar e realizar o plantio de mudas nativas da região em uma área de mata

ciliar degradada, envolvendo alunos e comunidade local.

Animação “Dia do meio ambiente” disponível em <http://internet.boticario.com.

br/Internet/staticFiles/Fundacao/EMKT_diversos/animacao_dia_meio_ambiente/botic

ario.htm>.

Leitura e interpretação de algumas normas ambientais em grupos e posterior

discussão.

6 REFERENCIAS

BRASIL. Constituição Federativa do Brasil. Impr. Oficial. xvi, Niterói, 292 p., 1988.

BRASIL. Casa Civil. LEI Nº 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. Disponível: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L4771.htm. Acesso: 20 jul.2010.

BRASIL. Casa civil. LEI Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. Acesso: 20 jul.2010.

BRASIL. Senado Federal. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9433.htm. Acesso: 20 jul.2010.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf Acesso: 20 jul.2010.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução CONAMA nº. 303 de 20 de março de 2002. Dispõe sobre áreas de preservação permanente. Disponível: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html. Acesso: 20 jul.2010.

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