Domingo, 15 de Junho de 2014 Nº 158 SÉRIE III...

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CONSELHOS PROVÉRBIO ADIVINHAS Soluções: 1. Sal; 2. Serra; 3. Rabanete; 4. Relógio; 5. Relógio O dia da Criança Africana Comemora-se amanhã o Dia da Criança Africana, efeméride que se assinala em memória das centenas de crianças negras do Soweto “África do Sul” que neste dia, em 1976, foram mortas numa manifes- tação por reivindicarem o direito à qualidade do ensino e a aprender na sua língua materna. Para homenagear essas vítimas e defender as crianças daquele país que não viam os seus direitos fundamentais respeitados, nasce o Dia da Criança Africana instituido em 1991pela União Africana. Neste dia lembram-se outros dramas que atingem as crianças, como a Sida, a violência sexual e os conflitos armados que muitas vezes obrigam famílias a abandonarem o seu local de residência, sem contar com as milhares de crianças que morrem, vítimas de pobreza extrema por causa das doenças provocadas pela subnutrição causada pela fome. Por este motivo e pelos apelos de outras entidades mundiais como a UNICEF que alerta no sentido de que todos entendam que as crian- ças são o eixo de desenvolvimento do futuro de qualquer continente, a Organização das Nações Unidas aprovou mais uma vez a “Decla- ração dos Direitos da Criança” em 1990 que se tornou uma lei inter- nacional para protecção das crianças. JUREMA CAPITANGO |13 ANOS | PRECOL 1. Aos mortos defesa dou e em perdendo o ser que tenho a ter a figura venho daquela que me gerou. 2. Vivo bastante oprimida, assim mesmo a trabalhar, mas co- meçando a coser, logo me ponho a roncar. 3. Encarnado e não é sangue, é branco e não é papel. Adivinha lá quem sou? 4. Ando, e do sítio em que estou, por mais que ande, não me bulo; aqueles mesmo regulo por quem regulado sou. 5. Qual é a coisa, qual é ela, que nos tira quando dá? «Se estás a construir uma casa e um prego se quebra, deixas de construir ou trocas o prego? Domingo, 15 de Junho de 2014 Nº 158 SÉRIE III |11 Como escrever para o “Recreio” O nosso endereço é: Recreio - Página Infantil do Jornal de Angola - Rua Rainha Ginga, 18/26 - Luanda, ou para o e-mail: [email protected]. R R ecreio ecreio Suplemento infantil do Jornal de angola BRINCAR E APRENDER CARTAS DOS AMIGUINHOS A O calor pode fazer mal ao organismo humano, e também afectar o cérebro de forma individual. A exposição ao calor in- tenso pode resultar numa baixa de temperatura corporal por meio da transpiração. O calor pode causar danos irreversíveis ao cérebro e pode levar o corpo a esgotamentos e um dos sinto- mas são as cãimbras. AUma onda intensa de calor por longo tempo pode até levar uma pessoa à morte. Como consequência de um golpe de calor, temos a ocorrência de febre alta, pele vermelha, pulso rápido, dor de cabeça e náuseas. AEste tipo de situação é muito grave principalmente para os idosos e pessoas que sofrem de hipertensão arterial, sendo que a exposição excessiva a temperaturas elevadas pode ocasionar distúrbios, desorientação e confusão mental, perda de cons- ciência e pode levar a convulsões. A temperatura de 41ºC já é considerada muito alta e perigosa para o ser humano. S S A A B B I I A A S S Q Q U U E E . . . . . . Durante o cacimbo Nos dias frios, o clima húmido e mudanças bruscas de tempe- ratura ajudam a elevar a incidên- cia de doenças durante o ca- cimbo. Durante o cacimbo as pessoas procuram lugares fe- chados para fugir do vento frio. Quando as pessoas ficam aglo- meradas num espaço pequeno, elas respiram o ar umas das ou- tras, os espirros, as tosses, tudo isso faz com que tu sejas infecta- do com os vírus e bactérias que estão neste lugar. O melhor a fazer nestes casos é evitar lugares fechados com muitas pessoas. VAMOS COLORIR A onça estava cansada de ser enganada pela raposa, e mais irri- tada ainda por não conseguir pe- gá-la para poder fazer um bom guisado. Um dia teve uma ideia: deitou-se na sua toca e fingiu-se de morta. Quando os bichos da floresta souberam da novidade, fi- caram tão felizes, mas tão felizes que correram à toca da onça para ver se a sua morte era mesmo ver- dade. Afinal de contas, a onça era um bicho muito mau! Vivia a as- sustar os outros animais! Por isso estavam todos muito felizes com a notícia da sua morte. A raposa po- rém, ficou desconfiada e como não é burra nem nada, ficou de longe, apreciando a cena. Atrás de todos os animais, ela gritou: - Minha avó quando morreu, es- pirrou três vezes. Quem está mor- to de verdade, tem que espirrar. A onça ouviu aquilo e para mos- trar a todos que estava mesmo mortinha, espirrou três vezes. - Então a raposa gritou: é menti- ra amigos! Ela está viva! - Gritou a raposa. Os bichos correram assustados, enquanto a onça levantava furio- sa. A raposa fugiu rindo da cara da sua adversária. Mas a onça não desistiu de apanhar a raposa e pensou num plano. Havia uma grande seca na floresta, e os bi- chos para beber água tinham que ir num lago perto da sua toca. En- tão ela resolveu ficar ali. Deitada. Quieta. Esperando... Espreitando a raposa dia e noite, sem parar. Um dia, irritada e com muita sede, a raposa resolveu dar um basta naquela situação. E também ela- borou um plano. Lambuzou-se de mel e espa- lhou um monte de folhas secas pelo corpo cobrindo-o todo e foi até ao lago. Chegando ao lago en- controu a onça. Sua adversária, olhou-a bem e perguntou: - Que bicho és tu que eu não co- nheço? Cheia de astúcia, a rapo- sa respondeu: - Sou o bicho folharal! - Então, pode beber água. Vendo que a raposa bebia água como se tivesse muita sede, a on- ça perguntou desconfiada: - Está com muita sede?! Nisso, a água amoleceu o mel e as folhas foram caindo do corpo da raposa. Quando a última folha caiu, a onça descobrindo que foi enganada, pulou sobre a raposa. Mas nisso, a esperta raposa já ti- nha fugido rindo mais uma vez às gargalhadas. «Adaptado de contos africanos de Érika Vecci CONTOS POPULARES ANGOLANOS A onça brava e a raposa espertalhona CASIMIRO PEDRO Completa o desenho e pinta a teus gosto

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CONSELHOS

PROVÉRBIO

ADIVINHAS

Soluções:1.Sal; 2. Serra; 3. Rabanete; 4. Relógio; 5. Relógio

O dia da Criança AfricanaComemora-se amanhã o Dia da Criança Africana, efeméride que seassinala em memória das centenas de crianças negras do Soweto“África do Sul” que neste dia, em 1976, foram mortas numa manifes-tação por reivindicarem o direito à qualidade do ensino e a aprenderna sua língua materna.Para homenagear essas vítimas e defender as crianças daquelepaís que não viam os seus direitos fundamentais respeitados,nasce o Dia da Criança Africana instituido em 1991pela UniãoAfricana. Neste dia lembram-se outros dramas que atingem ascrianças, como a Sida, a violência sexual e os conflitos armadosque muitas vezes obrigam famílias a abandonarem o seu local deresidência, sem contar com as milhares de crianças que morrem,vítimas de pobreza extrema por causa das doenças provocadaspela subnutrição causada pela fome.Por este motivo e pelos apelos de outras entidades mundiais como aUNICEF que alerta no sentido de que todos entendam que as crian-ças são o eixo de desenvolvimento do futuro de qualquer continente,a Organização das Nações Unidas aprovou mais uma vez a “Decla-ração dos Direitos da Criança” em 1990 que se tornou uma lei inter-nacional para protecção das crianças.

JUREMA CAPITANGO |13 ANOS | PRECOL

1. Aos mortos defesa dou e em perdendo o ser que tenho a tera figura venho daquela que me gerou.2. Vivo bastante oprimida, assim mesmo a trabalhar, mas co-meçando a coser, logo me ponho a roncar.3. Encarnado e não é sangue, é branco e não é papel. Adivinha láquem sou?4. Ando, e do sítio em que estou, por mais que ande, não mebulo; aqueles mesmo regulo por quem regulado sou. 5. Qual é a coisa, qual é ela, que nos tira quando dá?

«Se estás a construir uma casae um prego se quebra, deixas deconstruir ou trocas o prego?

Domingo, 15 de Junho de 2014Nº 158 SÉRIE III

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Como escrever para o “Recreio”O nosso endereço é:Recreio - Página Infantil do Jornalde Angola - Rua Rainha Ginga,18/26 - Luanda, ou para o e-mail:[email protected].

RRecreioecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

RecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

BRINCAR E APRENDERCARTAS DOS AMIGUINHOS

AO calor pode fazer mal ao organismo humano, e tambémafectar o cérebro de forma individual. A exposição ao calor in-tenso pode resultar numa baixa de temperatura corporal pormeio da transpiração. O calor pode causar danos irreversíveis aocérebro e pode levar o corpo a esgotamentos e um dos sinto-mas são as cãimbras.AUma onda intensa de calor por longo tempo pode até levaruma pessoa à morte. Como consequência de um golpe decalor, temos a ocorrência de febre alta, pele vermelha, pulsorápido, dor de cabeça e náuseas.AEste tipo de situação é muito grave principalmente para osidosos e pessoas que sofrem de hipertensão arterial, sendo quea exposição excessiva a temperaturas elevadas pode ocasionardistúrbios, desorientação e confusão mental, perda de cons-ciência e pode levar a convulsões. A temperatura de 41ºC já éconsiderada muito alta e perigosa para o ser humano.

SSAABBIIAASS QQUUEE.. .. ..

Durante o cacimboNos dias frios, o clima húmidoe mudanças bruscas de tempe-ratura ajudam a elevar a incidên-cia de doenças durante o ca-cimbo. Durante o cacimbo aspessoas procuram lugares fe-chados para fugir do vento frio.Quando as pessoas ficam aglo-meradas num espaço pequeno,elas respiram o ar umas das ou-tras, os espirros, as tosses, tudoisso faz com que tu sejas infecta-do com os vírus e bactérias queestão neste lugar.O melhor a fazer nestes casosé evitar lugares fechados commuitas pessoas.

VAMOS COLORIR

A onça estava cansada de serenganada pela raposa, e mais irri-tada ainda por não conseguir pe-gá-la para poder fazer um bomguisado. Um dia teve uma ideia:deitou-se na sua toca e fingiu-sede morta. Quando os bichos dafloresta souberam da novidade, fi-caram tão felizes, mas tão felizesque correram à toca da onça paraver se a sua morte era mesmo ver-dade. Afinal de contas, a onça eraum bicho muito mau! Vivia a as-sustar os outros animais! Por issoestavam todos muito felizes com anotícia da sua morte. A raposa po-rém, ficou desconfiada e comonão é burra nem nada, ficou delonge, apreciando a cena. Atrásde todos os animais, ela gritou: - Minha avó quando morreu, es-

pirrou três vezes. Quem está mor-to de verdade, tem que espirrar. A onça ouviu aquilo e para mos-

trar a todos que estava mesmomortinha, espirrou três vezes. - Então a raposa gritou: é menti-

ra amigos! Ela está viva! - Gritou a raposa. Os bichos correram assustados,

enquanto a onça levantava furio-sa. A raposa fugiu rindo da carada sua adversária. Mas a onçanão desistiu de apanhar a raposae pensou num plano. Havia uma

grande seca na floresta, e os bi-chos para beber água tinham queir num lago perto da sua toca. En-tão ela resolveu ficar ali. Deitada.Quieta. Esperando... Espreitando

a raposa dia e noite, sem parar.Um dia, irritada e com muita sede,a raposa resolveu dar um bastanaquela situação. E também ela-borou um plano. Lambuzou-se de mel e espa-

lhou um monte de folhas secaspelo corpo cobrindo-o todo e foiaté ao lago. Chegando ao lago en-controu a onça. Sua adversária,olhou-a bem e perguntou: - Que bicho és tu que eu não co-

nheço? Cheia de astúcia, a rapo-sa respondeu: - Sou o bicho folharal! - Então, pode beber água. Vendo que a raposa bebia água

como se tivesse muita sede, a on-ça perguntou desconfiada:- Está com muita sede?! Nisso, a água amoleceu o mel e

as folhas foram caindo do corpoda raposa. Quando a última folhacaiu, a onça descobrindo que foienganada, pulou sobre a raposa.Mas nisso, a esperta raposa já ti-nha fugido rindo mais uma vez àsgargalhadas.

«Adaptado de contos africanos de Érika Vecci

CONTOS POPULARES ANGOLANOSA onça brava e a raposa espertalhona

CASIMIRO PEDRO

Completa o desenhoe pinta a teus gosto