Dosagem de Tratamentos Superficiais e...

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ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Bloco 5 Dosagem de Tratamentos Superficiais e Microrrevestimentos

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Bloco 5

Dosagem de Tratamentos Superficiais e Microrrevestimentos

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Este CD contém 30 aulas, em 10 blocos organizados por assunto:

Lista dos assuntos do CD completo

  Bloco 1 – Introdução

  Bloco 2 – Asfaltos

  Bloco 3 – Agregados e Fíler

  Bloco 4 – Tipos de Revestimentos Asfálticos

  Bloco 5 – Dosagem de Misturas Asfálticas e de Tratamento superficial

  Bloco 6 – Propriedades Mecânicas de Misturas Asfálticas

  Bloco 7 – Materiais de Bases e Soluções de Pavimentação Asfáltica

  Bloco 8 – Técnicas Executivas

  Bloco 9 – Avaliação de Pavimentos Asfálticos

  Bloco 10 – Técnicas de Restauração e Reabilitação de Pavimentos Asfálticos

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Dosagem de Tratamentos   Tratamento Superficial   Microrrevestimento

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Tratamento Superficial

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Processo de aplicação

Tratamento Superficial

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Tratamento Superficial

Processo de aplicação

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Tratamento Superficial

Principais funções do Tratamento Superficial:   Proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porém de alta

resistência contra desgaste;

  Impermeabilizar o pavimento;

  Proteger a infra-estrutura do pavimento;

  Proporcionar um revestimento antiderrapante;

  Proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa acompanhar deformações relativamente grandes da infra-estrutura (evitar trincamento por fadiga).

Não se deve esperar do Tratamento Superficial:   Devido a sua pequena espessura, não aumenta substancialmente a resistência

estrutural do pavimento;

  Não corrige, praticamente, irregularidades (longitudinais ou transversais) da pista.

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Tratamento Superficial Devido as suas características, o Tratamento Superficial é particularmente indicado nos seguintes casos:   Revestimento para pavimentos novos de tráfego leve a médio. Por ser uma

capa de alta flexibilidade, o tratamento é empregado extensivamente em pavimentos recém-construídos quando a infra-estrutura do pavimento ainda está em fase de consolidação. Numa segunda etapa, aplica-se então o revestimento definitivo, mais rígido, como o concreto asfáltico;

  Revestimento de acostamentos;

  Camada intermediária para retardamento de reflexão de trincas SAMI;

  Conservação de revestimentos betuminosos desgastados e envelhecidos;

  Selagem de revestimentos betuminosos abertos;

  Proteção provisória de subleitos ou sub-bases;

  Tratamento “controle de pó”;

  Selagem para cura de bases de solo-cimento e solo-cal (serve para aumento de aderência entre base e capa).

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Agregado no T.S. No Tratamento Superficial convencional é o agregado que confere a textura e a cor da pista, e o contato direto entre ela e o veículo.

As funções principais do agregado são:   Transmitir as cargas até o substrato;   Resistir a abrasão e a fragmentação pela ação do tráfego;   Resistir ao intemperismo;   Assegurar uma superfície antiderrapante;   Promover uma drenagem superficial adequada.

  Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40%;   Índice de forma superior a 0,5;   Durabilidade, perda inferior a 12%;   Granulometria do agregado obedecendo a faixas específicas.

Para obter essas qualidades é necessário que as propriedades geométricas, físico-químicas e mecânicas do agregado, que dependem das suas características mineralógicas e dos métodos usados na sua fabricação, satisfaçam algumas exigências:

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Tratamento Superficial Distinguem-se 3 fases na construção de um Tratamento Superficial Simples:

  APLICAÇÃO DO ASFALTO: sobre a base do pavimento devidamente imprimada, curada e isenta de material solto (pó), é executado um banho de asfalto com carro-tanque provido de barra espargidora. A taxa de aplicação do ligante é função do tipo empregado:   emulsão tipo RR-2C, entre 0,8 a 1,2 l/m2; e

  cimento asfáltico tipo CAP 85/100, entre 1,0 a 1,5 l/m2.

  ESPALHAMENTO DA BRITA: logo após a aplicação do ligante, efetua-se o espalhamento da pedra à razão de 10 a 15 kg/m2, de preferência com caminhões basculantes dotados de dispositivos espalhadores, que asseguram uma uniformidade na distribuição do agregado.

  COMPACTAÇÃO: imediatamente após o espalhamento do agregado, é iniciada a compressão do rolo liso ou pneumático, o que assegura a boa compactação sem esmagamento do agregado.

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Tratamento Superficial No caso do Tratamento Superficial Duplo, devem ser observados a mesma seqüência de operações do tratamento simples e o tipo de serviço a ser executado, se penetração invertida ou direta, com as seguintes quantidades aproximadas de material:

Penetração Invertida   1a camada:

  CAP 85/100: 0,8 a 1,2 l/m2;

  Brita: passa na #1” e retida na #1/2”: 15 a 25 kg/m2.

  2a camada:

  CAP 85/100: 1,2 a 1,6 l/m2;

  Brita: passa na #1/2” e retida na # no. 10: 10 a 15 kg/m2.

Penetração Direta   1a camada:

  Emulsão tipo RR-2C: 1,0 a 1,5 l/m2;

  Brita: passa na #1” e retida na #1/2”: 15 a 25 kg/m2.

  2a camada:

  Emulsão tipo RR-2C: 1,4 a 2,0 l/m2;

  Brita: passa na #1/2” e retida na # no. 10: 10 a 15 kg/m2.

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Tratamento Superficial Na família dos Tratamentos Superficiais, que se caracterizam pelo espalhamento de materiais separadamente e o envolvimento do agregado pela penetração do ligante (sempre com pequenas espessuras), são ainda incluídos:

  CAPA SELANTE por penetração: selagem de um revestimento betuminoso por espalhamento de ligante betuminoso, com ou sem cobertura de agregado miúdo. Espessura acabada: até 5 mm, aproximadamente. Freqüentemente usada como última camada em tratamento superficial múltiplo.

  TRATAMENTO SUPERFICIAL PRIMÁRIO por penetração: tratamento para controle de poeira (anti-pó) de estradas de terra ou de revestimento primário, por espalhamento de ligante betuminoso de baixa viscosidade, com ou sem cobertura de agregado miúdo. O ligante deve penetrar, no mínimo, de 2 a 5 mm na superfície tratada.

  LAMA ASFÁLTICA: capa selante por argamassa pré-misturada. Espessura acabada de 5 a 10 mm.

  MACADAME BETUMINOSO por penetração (direta): aplicações sucessivas (geralmente 2) de agregado e ligante betuminoso, por espalhamento. Inicia-se pela aplicação do agregado mais graúdo. Espessura acabada maior que 20 mm. É mais usado como base ou “binder” em espessuras maiores que 5 cm.

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Tratamento Superficial A maior parte da estabilidade do Tratamento Superficial por penetração simples deve-se à adesão, conferida pelo ligante entre o agregado e o substrato, sendo secundária a contribuição dada pelo entrosamento das partículas.

Já no Macadame Betuminoso, a estabilidade é principalmente obtida pelo travamento e atrito entre as pedras, complementada pela coesão conferida pelo ligante.

Do tratamento superficial por penetração simples até o tratamento múltiplo, há uma transição no que diz respeito à estabilidade. Entretanto, quanto mais aplicações se adotam no tratamento superficial, mais duvidosas serão as vantagens econômicas do processo. Neste caso um outro tipo de revestimento, como pré-misturado, deve ser levando em conta.

Discriminam-se freqüentemente os Tratamentos Superficiais Múltiplos em diretos e invertidos, sem se ter uma definição nítida para a distinção entre essas duas modalidades.

Convencionalmente, denomina-se por “Penetração Invertida” o tratamento iniciado pela aplicação do ligante, como é o caso do Tratamento Superficial Clássico. Evidentemente, o tratamento superficial simples sempre é totalmente de penetração invertida.

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Tratamento Superficial O termo “Penetração Direta” foi introduzido para melhor identificar os tratamentos superficiais, principalmente em acostamentos, executados com emulsão de baixa viscosidade, onde é necessário iniciar-se por um espalhamento de agregado para evitar o escorrimento do ligante. Neste tipo de tratamento, é prevista uma penetração (agulhamento) significativa do agregado no substrato já durante a compactação. Esta ancoragem é necessária para compensar a falta de ligante por baixo do agregado. Portanto, a primeira camada de agregado, nesse tipo de tratamento, deve ser considerada também como um complemento à base.

Desaconselha-se o uso de emulsão de baixa viscosidade em tratamento superficial por penetração (somente em capa selante). Recomenda-se ainda iniciar o tratamento superficial convencional por uma aplicação de ligante quando não há um agulhamento significativo da primeira camada de agregado. A partir de um certo tamanho de agregado, da ordem de 25mm, pode-se iniciar o tratamento por espalhamento de agregado (mesmo sem agulhamento), sem prévio banho de ligante, uma vez que o atrito entre as partículas e a própria inércia de cada pedra contribuem significativamente para a estabilidade da camada.

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Tipos de Dosagens

Tratamento superficial simples   Vários tipos de dosagens:

  tabelas empíricas;   determinação analítica completa.

  Parâmetro mais importante:   tamanho médio do agregado.

  Método direto de dosagem:   dosagem direta dos agregados: usa-se uma placa de área conhecida

(tábua de ensaio);   dosagem direta do ligante: usam-se fórmulas empíricas.

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Dosagem do Agregado Procedimentos de Dosagem do Agregado:   Determinação do tamanho nominal do agregado.   Recomenda-se o método direto: Caixa Dosadora.

Calcula-se a taxa de agregado graúdo da primeira camada (Tg):

Pt = massa da placa com o agregado Pp = massa da placa A = área da placa

Taxa de agregado miúdo (Tm): ≅ ½ Tg p/o TSD

Taxa de ligante (TL) :

Espalha-se o agregado sobre o fundo da caixa (horizontal) ≅ pista. Caixa na vertical e lê-se a taxa de agregado, em l/m²

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Outros Métodos de Dosagem Método de Vogt (Linckelhey)   Agregado: Vt = 1,12 Dx l/m² (incluindo taxa de perda = Vr = 0,07Dx )

  sendo Dx o diâmetro médio = (D90 + d10)/2, em mm

  Ligante: L = 0,45 + 0,057 Dx l/m² (taxa básica)

Método LPC:   Agregado: Vm = 0,8 Dm + 1,5 l/m² (incluindo taxa de perda)

  sendo o diâmetro médio: Dm = (D + d)/2, em mm

  Ligante: VB = (Vm- 0,5)/12 l/m² (taxa básica)

Método do Asphalt Institute:   Agregado de graduação estreita: fórmulas (1) e (2)

  Agregado “bem” graduado: substitui o MDM pelo módulo de espalhamento

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Fonte: Greca Asfaltos

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Tratamentos Superficiais

Caminhão de aplicação simultânea de agregados e emulsão

Fonte: BR Distribuidora

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Tratamentos Superficiais

Caminhão de aplicação simultânea de agregados e emulsão

Fonte: BR Distribuidora

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Tratamentos Superficiais Caminhão de aplicação simultânea

de agregados e emulsão

Fonte: BR Distribuidora

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Tratamentos Superficiais

Castelo / ES - 1a Camada

Fonte: BR Distribuidora

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Tratamentos Superficiais

Castelo / ES – Compactação - 2a Camada

Fonte: BR Distribuidora

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Tratamentos Superficiais

Venda Nova / ES

Fonte: BR Distribuidora

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Tratamentos Superficiais

Venda Nova / ES Textura após um ano

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Fonte: Greca Asfaltos

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Fonte: Greca Asfaltos

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Fonte: Grega Asfaltos

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Fonte: Greca Asfaltos

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Aplicação de TSD na Rodovia BR-376 entre Curitiba e Ponta Grossa - Rodovia com VMD de aprox. 18 mil veículos

Fonte: Greca Asfaltos

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Fonte: Greca Asfaltos

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Microrrevestimento

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Microrrevestimento

Wet Track Abrasion Test (WTAT) Teor de ligante mínimo: f(perda máxima)

- 1 dia de imersão: 538g/m2

- 6 dias de imersão: 807g/m2

6mm espessura; 280mm diâmetro

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Microrrevestimento Loaded Wheel Test (LWT)

50mm largura

375mm comprimento

50mm largura

375mm comprimento

1000 ciclos + 100 ciclos (com 300g areia)

Aumento de massa de 538g/m2

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Microrrevestimento

Teste de Coesão (tempo de cura e abertura para tráfego)

Coesímetro

Ensaio em andamento

Verificação do torque

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Microrrevestimento

Schulze-Breuer and Ruck test

Corpo de prova

Corpo de prova no tubo com água

Confecção do C.P.

Tubo sendo colocado no equipamento

Compactação do C.P.

Equipamento

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Microrrevestimento

Peneira Faixa II Faixa III Tolerância % passante % passante 3/8 (9mm) 100 100

#4 (4,75mm) 90-100 70-90 ±5%

#8 (2,36mm) 65-90 45-70 ±5%

#16 (1,18mm) 45-70 28-50 ±5%

#30 (600µm) 30-50 19-34 ±5%

#50 (330µm) 18-30 12-25 ±4%

#100 (150µm) 10-21 7-18 ±3%

#200 (75µm) 5-15 5-15 ±2%

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Microrrevestimento

Comparação com Lama Asfáltica - Desempenho

Característica Lama LARC Microrrevestimento

Coesão: 30 min. - 12kgf/cm2 12kgf/cm2

60 min. - 20kgf/cm2 20kgf/cm2

LWT (adesão de areia) 538g/m2 (máx) 538g/m2 (máx)

WTAT (desgaste) 1hora de imersão 807g/m2 (máx) 538g/m2 (máx)

6 dias de imersão - 807g/m2 (máx)

LARC/lama: ISSA A 105 Micro: ISSA A 143

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BR-040 (Rio-Juiz de Fora)

Antes Após a aplicação do Micro

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Execução Microrrevestimento

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Microrrevestimento

Aspecto da superfície Após 2 horas de execução

Camada acabada