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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL DOSES DE CINZA VEGETAL E CALAGEM NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO- CAUPI BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL ANA PAULA DE AMORIM VIEIRA Rondonópolis, MT 2019

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

DOSES DE CINZA VEGETAL E CALAGEM NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO-

CAUPI

BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

ANA PAULA DE AMORIM VIEIRA

Rondonópolis, MT – 2019

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DOSES DE CINZA VEGETAL E CALAGEM NO

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO FEIJÃO-

CAUPI

por

ANA PAULA DE AMORIM VIEIRA

Monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso como parte dos requisitos

do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental para obtenção do título de

Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Orientador: Profª. Drª. Edna Maria Bonfim-Silva

Rondonópolis, Mato Grosso – Brasil 2018

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AGRADECIMENTOS

Primeiro a Deus, pelo dom da vida, por ser minha força, confiança e também

por provar que sempre esteve comigo nos momentos em que mais precisei, me

concedendo sabedoria para lidar com todas as situações.

Aos meus pais por acreditarem em mim, e que sempre me apoiaram durante

essa longa caminhada. Hoje, vejo que todo meu esforço e dedicação, contribuíram

para a realização do meu grande sonho em tornar-me Engenheira Agrícola e

Ambiental.

A todos os meus amigos que me acompanharam nessa trajetória acadêmica,

entre alguns: Gislayne Souza, Ualisson Ribeiro, Millena Brandão, Henrique Pizani

Iorrana Mendes, Aline Santos, Aline Saboia, Hederson Souza, Clara Alves,

Alessandra Schneider, Fernando Garcia, Carlos Eduardo Oliveira e todos os outros

que estiveram comigo durante esses anos.

Ao corpo docente do Curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, pela atenção

e conhecimento transmitido. Agradeço principalmente a minha orientadora, Profª.

Drª. Edna Maria Bonfim-Silva pela oportunidade, orientação, paciência e pelos

valiosos ensinamentos que me proporcionou durante a formação, tenho uma imensa

admiração por ser esse exemplo de pessoa e profissional. A minha co-orientadora e

em breve Drª. Luana Glaup Araújo Dourado, por estar comigo desde o começo deste

trabalho, me ajudando e auxiliando em todas as etapas.

A todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente na realização deste

trabalho meus sinceros agradecimentos.

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RESUMO

A cinza vegetal é uma fonte de nutrientes para as plantas, podendo ser uma opção

para corrigir e adubar o solo, contribuindo assim para o aumento da produtividade e

diminuindo os custos na produção agrícola pelo uso dos adubos minerais e

orgânicos. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos das combinações de doses de cinza

vegetal e da ausência e presença de calagem no solo no crescimento e

desenvolvimento do feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] cultivado em

Latossolo Vermelho. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na

Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis. O delineamento

experimental utilizado foi em bloco casualizado, arranjados em esquema fatorial 6 x

2, com quatro repetições. Os tratamentos ocorreram em seis doses de cinza vegetal

(0; 9; 18; 27; 36; e 45 g dm-3) submetidos à duas condições (sem calagem e com

calagem 60% da saturação por bases) em vasos de 1,5 dm3. Foram avaliados: altura

da planta, número de folhas, índice de clorofila (SPAD), diâmetro do caule e o índice

de área foliar, com intervalos de 15 dias após a emergência (DAE), e ao final do

experimento ocorreu a avaliação da massa seca da parte aérea, massa seca da raiz,

volume da raiz, número de nódulos e massa seca de nódulos. Os resultados foram

submetidos a análise de variância pelo teste F e, quando significativos, submetidos

ao teste de Tukey e análise de regressão, ambos com 5% de probabilidade de erro

por meio do programa estatístico SISVAR. O feijão-caupi foi influenciado

positivamente no tratamento com utilização de cinza vegetal como adubo,

contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do feijão-caupi, obtendo

melhores resultados nos intervalos de doses entre 36 g dm-3 e 45 g dm-3 .

Palavras-chave: Cinza vegetal; Latossolo; Vigna unguiculata.

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ABSTRACT

In order to evaluate the effects of the combinations of vegetal ash and soil liming on

growth and development in cowpea cultivation, an experiment will be conducted in a

greenhouse at the Federal University of Mato Grosso, Rondonópolis Campus. The

experimental design was a randomized block, arranged in a 6 x 2 factorial scheme,

with four replications. The treatments will consist of six dosages of vegetable ash (0;

9; 18; 27; 36; and 45 g dm-3) submitted to two conditions (without liming and 60%

liming) in 1,5 dm3 pots. height of the plant, number of leaves, chlorophyll index

(SPAD), stem diameter and leaf area index, with intervals of 15 days after

emergence (DAE), and at the end of the experiment, root dry mass, root volume,

number of nodules and nodule dry mass. The results were submitted to analysis of

variance by the F test and when significant, submitted to the Tukey test and

regression analysis, both at 5% of probability using the statistical SISVAR software.

The culture was positively influenced in the treatment with the use of vegetal ash as

fertilizer, contributing to the growth and development of cowpea, obtaining better

results in the dose intervals between 36 g dm-3 and 45 g dm-3.

Keywords: Oxisol; vegetal ash; Vigna unguiculata.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8

2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 9

2.1 Feijão-caupi .................................................................................................... 9

2.2 Cinza Vegetal ............................................................................................... 11

2.3 Calagem ....................................................................................................... 12

3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 13

4 RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................ 19

4.1 Altura de planta ............................................................................................ 19

4.2 Número de folhas ......................................................................................... 22

4.3 Índice de clorofila ......................................................................................... 24

4.4 Diâmetro do caule ........................................................................................ 25

4.5 Massa seca parte aérea ............................................................................... 27

4.6 Massa seca da raiz ...................................................................................... 28

4.7 Volume da raiz ............................................................................................. 29

4.8 Massa seca do nódulo ................................................................................. 30

4.9 Número de nódulo ........................................................................................ 32

4.10 pH do solo .................................................................................................... 33

4.11 Área Foliar .................................................................................................... 35

5 CONCLUSÕES ................................................................................................... 36

6 REFERENCIAS .................................................................................................. 37

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8

1 INTRODUÇÃO

Entre os anos de 1996 a 2003 o cultivo do feijão-caupi no Brasil foi de 1.332.293

ha (média anual), ocupando 30% de toda produção nacional de feijão, perdendo

apenas para o feijão comum. No Nordeste foram produzidas 416.362 toneladas do

grão, com média anual de 313 kg ha-1, ocupando 1.332.098 hectares de área

cultivada (FREITAS 2005). O cultivo do feijão-caupi concentra-se nas regiões Norte

e Nordeste, e atualmente se expande para a região Centro-Oeste, principalmente

para o Estado de Mato Grosso (FREIRE FILHO et al., 2011).

A acidez do solo influencia de forma direta no desenvolvimento do feijão-caupi,

podendo provocar uma diminuição no seu potencial de produção, causado pela

presença de alumínio trocável, sendo assim é considerado adequado em média um

valor de pH 6,0 (RIBEIRO; PELOSO, 2009). A acidez do solo pode ser ocasionada

pelo intemperismo que causa a remoção dos nutrientes, sendo este um fator natural,

e também pelo uso inadequado do solo, o que provoca a aceleração do processo de

acidificação (SNA, 2016).

É comum que os solos agricultáveis sofram déficit nutricional, o que resulta em

baixa fertilidade e o aumento da acidez do solo, devido ao cultivo intensivo. Desta

forma é importante que ocorra o acompanhamento químico do solo através de

análises feitas em laboratório, possibilitando realizar as correções adequadas com o

uso de adubos químicos e orgânicos.

De acordo com Wilda et al. (2012), quando há deficiência de cálcio e alta

saturação por alumínio em sub superfície, ocorre uma interferência no enraizamento

das plantas, o que resulta em uma diminuição na absorção de água e nutrientes,

limitando seu potencial de rendimento. Para reverter esta situação, os agricultores

fazem uso de práticas agronômicas com o objetivo de amenizar o problema.

Devido à baixa fertilidade natural e a acidez do solo, os custos com correção e

adubação nas áreas do Cerrado contribuem para o aumento dos gastos na

produção. A utilização da cinza vegetal é uma alternativa que proporciona o

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aumento dos nutrientes, a capacidade de retenção da água e eleva o pH,

contribuindo para otimização da produtividade da cultura (BONFIM-SILVA et al.,

2015a).

A utilização de cinza vegetal nas culturas, contribui para a reposição de alguns

dos nutrientes removidos pelas práticas da agricultura, otimizando a produtividade e

diminuindo o efeito poluente da parcela de cinzas produzida. Entretanto, é

necessário que se obtenha o conhecimento da área de ciência do solo para a

recomendação correta, considerando as doses de cinza vegetal e classes de solos,

sendo importante saber a composição química deste resíduo que sofre variação de

acordo com sua origem, e a dose adequada para cada cultura evitando-se carência

ou toxidez nutricional (SANTOS, 2012).

Objetivou-se de avaliar os efeitos das combinações de doses de cinza vegetal e

da ausência e presença de calagem no solo no crescimento e desenvolvimento do

feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] cultivado em Latossolo Vermelho.

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Feijão-caupi

De acordo com Freire Filho (2011), o feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.)

é de origem africana, introduzido no Brasil pela colônia portuguesa durante a

segunda metade do século XVI no Estado da Bahia, e a partir deste local, o feijão-

caupi foi disseminado por todo o país.

Com base na portaria nº 85, de 06 de março de 2002, 7ª parte, anexo XII, do

ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento, o feijão-caupi está dentro do

grupo II (feijão-de-corda, feijão-caupi ou feijão-macássar, espécie Vigna unguiculata

(L) Walp.), apresentando as classes comerciais: Branca, preto, cores e misturados

(EMBRAPA 2005).

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O feijão-caupi é uma cultura herbácea, popularmente conhecido como feijão-de-

corda, ou feijão macássar, possui uma excelente capacidade de fixação do

nitrogênio atmosférico, sendo considerada uma leguminosa produtora de grãos com

alto valor proteico (CARDOSO; FROTA, 2000). Segundo Andrade Júnior et al.

(2002), o feijão-caupi possui vitaminas, minerais e fibras, sendo uma fonte

importante de proteína com cerca de 24%, além de possuir baixo teor de gordura.

O feijão-caupi é considerado um dos principais componentes da dieta

alimentar nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, especialmente na zona rural.

Apresenta ciclo curto, rusticidade para se desenvolver em solos com baixa fertilidade

e por meio da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, tem a habilidade para

fixar nitrogênio do ar. Devido seu valor nutricional o cultivo ocorre principalmente

para a produção de grãos, secos ou verdes, e para o consumo humano, in natura.

Pode ser utilizado também como forragem verde, farinha para alimentação animal,

feno, adubo verde e proteção do solo (EMBRAPA, 2017). O grão verde é

comumente utilizado na culinária nordestina na forma de farofas e no típico baião-

de-dois, prato originado a partir do cozimento do arroz com o feijão-caupi, gerando

um sabor bastante apreciado (KHATOUNIAN, 1994).

A capacidade máxima fotossintética é alcançada a partir dos 20 dias, sendo

uma planta de metabolismo C3. A emergência da plântula ocorre entre o segundo e

terceiro dia após o plantio, desde que seja semeada na profundidade ideal e

temperatura ambiente em torno de 28 °C, a abscisão dos cotilédones ocorre cinco

dias após a germinação, e algumas cultivares iniciam o processo de florescimento a

partir de 30 dias após a germinação (PINHO; TÁVORA; GONÇALVES, 2005).

O consumo de água do feijão-caupi varia conforme o estágio de

desenvolvimento, durante a germinação seu consumo é mínimo, porém crucial, já na

fase de floração e formação de vagens seu consumo é máximo, decrescendo a

partir do início da maturação (NOBREGA et al., 2001). Por possuir certa tolerância a

seca, seu plantio pode ocorrer em diferentes condições de clima e solo, com uso de

pouca tecnologia, sendo por isso tradicionalmente explorada por pequenos

agricultores, normalmente descapitalizados (BARROS, 2014).

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2.2 Cinza Vegetal

A cinza é composta quimicamente por bases capazes de neutralizar a acidez

do solo, e também por nutrientes que são aproveitados pelas plantas, obtendo assim

um efeito fertilizante e corretivo (SANTOS 2012a). Segundo Coelho (2007), a

queima completa de um material vegetal resulta na cinza, que consiste numa textura

sólida de cor acinzentada.

O custo alto com adubos e fertilizantes químicos é um dos fatores que

contribui para a procura de outras fontes de adubação, agravados pelos problemas

ambientais que o uso constante de maneira inadequada causa. Uma alternativa para

este problema seria a utilização da cinza vegetal como fertilizantes, possuindo uma

ampla quantidade de micro e macronutrientes, tais como B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo; Zn

N, K, Ca,Mg,P e S (MAEDA et al., 2007).

Para Oliveira et al. (2006), o fato da cinza ser uma excelente alternativa como

fonte de nutrientes e corretivo para o solo, a torna cada vez mais utilizada,

contribuindo com a elevação do pH e a liberação de nutrientes que são de suma

importância para o desenvolvimento das plantas. Entretanto é necessário realizar a

aplicação na dose correta, pois seu excesso pode causar danos ao solo.

No estudo realizado por Bonfim-Silva et al. (2011a), a aplicação de cinza vegetal

em Latossolo Vermelho distrófico promoveu o aumento significativo na cultura da

Crotalária juncea, contribuindo para o ganho de 66,27% na produção de massa seca

da parte área. E um aumento na produção de massa verde de 89,14%, em rúcula

(BONFIM-SILVA et al., 2011b).

Bonfim-Silva et al. (2013), comentam que a utilização de cinza vegetal como

adubo em solo agrário, aumenta o desenvolvimento vegetativo das plantas

cultivadas no local, ajudando na estabilidade do solo e amenizando os problemas

relacionados ao acamamento.

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Santos (2012), também afirma que a produtividade das plantas melhora com

o uso de cinza vegetal, pois auxilia à reconstituir parte dos nutrientes que

normalmente são retirados pelas culturas.

Devido a qualidade por possuir características neutralizante para solos com

acidez, e também por auxilia na reposição de nutrientes, a cinza vegetal apresenta

grande potencial de utilização. (LIMA et al., 2005).

2.3 Calagem

Segundo Carvalho (2003), os solos brasileiros são predominantemente

ácidos, possuindo pH baixo (normalmente abaixo de 5,0), apresentando os dois

componentes - íons H+ e Al+3 -, e pobres em nutrientes minerais essenciais ao

desenvolvimento das plantas, isso ocorre devido a lavagem e lixiviação dos

nutrientes do solo, e pela retirada dos nutrientes catiônicos pela cultura quando não

ocorre a reposição adequada.

O metal mais abundante no solo é o Al, devido a maior parte dos minerais

primários e secundários, formados pela ação do intemperismo nas rochas serem

aluminosilicatos, e quando decompostos pela água liberam alumínio na forma

trocável (AL3+). Esse, é um elemento anfótero que possui capacidade de atuar como

cátion em meio ácido e ânion em meio básico (MALAVOLTA, 1980).

Dentre os fatores ambientais do solo, os que estão relacionados com a acidez

(pH, saturação por bases e acidez potencial) são os que mais afetam na

produtividade, especialmente nas regiões tropicais, afetando negativamente o

desenvolvimento radicular, e a disponibilidade de nutrientes do solo, sendo assim

recomendado a prática da calagem, afim de corrigir a acidez, neutralizar o Al

trocável (que é tóxico para as plantas) e fornecer Ca e Mg por meio da incorporação

de calcário no solo (SANCHEZ; SALINAS, 1983).

Para Tedesco et al. (2000), a calagem consiste na aplicação de produtos de

reação básica que possuem compostos com poder neutralizante, como por exemplo

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o calcário agrícola (carbonato de cálcio e o magnésio); cal virgem (óxido de cálcio e

óxido de magnésio); e cal hidratada (hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio), e

proporcionam aumento na disponibilidade de fósforo. A calagem altera os atributos

químicos do solo, permitindo o crescimento radicular e sua eficiência em

profundidade no perfil do solo.

Existem diversos métodos para recomendação de aplicação de calcário, no

Brasil os mais utilizados são: Método da Saturação por Bases, Método da

Neutralização do Alumínio Trocável e Adição de Cálcio e Magnésio, e Método da

Solução Tampão. A calagem pode ser feita em qualquer época do ano, porém, é

importante que a aplicação do calcário seja realizada com maior antecedência

possível ao plantio e a adubação (LOPES, 1990). Sua eficiência está relacionada a

área superficial de contato com o solo, que dependerá da homogeneidade da

aplicação e da antecedência em relação ao período demandado pela cultura

(ANGHINONI; SALET, 2000).

3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido sob condições controladas, na Universidade

Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis, no Instituto de Ciências

Agrárias e Tecnológicas - ICAT. A casa de vegetação está localizada no sentido

norte sul, com área total de 450 m2 e cobertura de plástico transparente de 200

micras, localizada geograficamente na latitude 16º27’ Sul, longitude 54º34’ Oeste e

altitude de 284 m. O período de condução do experimento foi de maio a junho de

2018. A espécie utilizada foi a Vigna unguiculata (L) Walp.

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Figura 1. Vista geral do experimento com feijão-caupi em casa de vegetação, aos quinze dias

após a semeadura.

O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizado, arranjados em

esquema fatorial 6 x 2, com quatro repetições totalizando 48 vasos. As parcelas

experimentais consistiram em vasos de material plástico com capacidade para 1,5

dm3.

Os tratamentos foram constituídos por seis doses de cinza vegetal (0; 9; 18;

27; 36; e 45 g dm-3), sob duas condições distintas: sem calagem (controle) e com

calagem 60% da saturação por base. A aplicação do calcário foi de 2,745 g vaso-1. A

necessidade de calcário foi calculada pela formula:

NC= ((V2-V1) x CTC) / PRNT

Equação 1

Onde:

NC= necessidade de calcário, em t ha-1;

V2= porcentagem de V que se quer elevar conforme a cultura;

V1= valor da porcentagem de saturação de bases do solo;

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CTC= CTC do solo expressa em cmolc dm-3

PRNT= poder relativo de neutralização total, em porcentagem.

O solo utilizado para o preenchimento dos vasos, foi coletado na área

experimental da Universidade Federal do Mato Grosso, do Campus de

Rondonópolis-MT, sendo classificado como Latossolo Vermelho distrófico, segundo

a classificação proposta pela EMBRAPA, 2018. O solo foi peneirado em peneiras de

5 mm de malha.

Tabela 1. Análise química e granulométrica de Latossolo Vermelho distrófico,

coletado na camada de 0-0,20 m de profundidade, em área sob vegetação de

cerrado.

As sementes de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] foram submetidas

a teste de germinação, evidenciando 88% de sementes viáveis.

O solo foi incubado com cinza vegetal e o calcário em sacos plásticos por um

período de 21 dias. Concluído o período de incubação, realizou-se o plantio na

profundidade aproximada de 2,5 cm, com 8 sementes por vaso. Com 7 dias após a

semeadura, realizou-se o primeiro desbaste, retirando 2 plantas. Aos quatorze dias

após o plantio realizou-se o segundo desbaste, restando apenas três plantas por

vaso, com base nos critérios de seleção de homogeneidade, altura de planta e

localização dentro dos vasos. A irrigação foi realizada pelo método gravimétrico,

mantendo a umidade do solo a 60% da capacidade máxima de retenção de água

(BONFIM-SILVA et al., 2003). A capacidade máxima de retenção de água do solo foi

determinada em laboratório por meio do método gravimétrico, mantendo a umidade

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do solo a 60%, resultando em 242,4 ml de água por vaso, com peso médio de 1557

g.

Aos 15 dias após semeadura, aplicou-se uma mistura com inseticida Fastec

Duo, na dose de 400 ml ha-1, fungicida Aprouch Prima na dose de 300 ml ha-1,

devido ao aparecimento de fungos, que causaram o abortamento de algumas folhas.

Figura 2. Unidade experimental de feijão-caupi aos 12 dias da emergência, antes do segundo

desbaste.

Os efeitos das combinações foram avaliados a partir de 3 análises, realizadas

com intervalos de 15 dias após a emergência (DAE). As variáveis analisadas neste

período foram: Altura das plantas, número de folhas, diâmetro do caule e índice de

clorofila (SPAD).

A determinação da altura das plantas ocorreu com o auxílio de uma régua

graduada, medida do solo até a última folha, obtendo assim a média das plantas por

vasos. Determinou-se o número de folhas contando manualmente todas as folhas

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existentes em cada vaso. O diâmetro do caule foi aferido com a auxílio de um

paquímetro eletrônico. O índice de clorofila (SPAD), foi determinado por meio do

aparelho clorofilômetro Minolta SPAD-502 Plus, onde realizou-se a leitura em 4

folhas por vasos, utilizando as médias das leituras SPAD, e tomando-se cuidado

para evitar as nervuras das folhas. Ao final do experimento (48 dias após a

semeadura), realizou-se o corte da parte aérea e a lavagem das raízes. A lavagem

das raízes foi realizada com o auxílio de uma torneira e uma peneira,

cuidadosamente, para não haver perdas de raízes.

Após o corte, uma pequena amostra do solo foi retirada de cada vaso para

realizar a leitura do pH. A parte aérea foi colocada em sacos de papel devidamente

identificados, e logo em seguida levadas para o laboratório, onde aferiu-se o índice

da área foliar de cada tratamento, com o uso do medidor de área foliar de bancada

LI-3100C (Figura 3). Depois submeteu-se as amostras em estufa de circulação

forçada de ar, a 65º C, por 72h, para depois determinar o peso da massa seca, com

o uso de uma balança semi-analítica.

.

Figura 3. Medidor de área foliar de bancada LI-3100C, utilizado para determinar a área foliar

do feijão-caupi submetido a adubação com cinza vegetal e sem calcário e com calcário.

Mediu-se o volume das raízes com o auxílio de uma proveta de 1000 ml,

utilizando como referência um volume de 300 ml de água, a raiz foi introduzida na

proveta, e consequentemente o volume na proveta aumentou, este acréscimo foi

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considerado como sendo o volume da raiz (Figura 4). Posteriormente, realizou-se a

retirada e a contagem dos nódulos das raízes com o auxílio de uma pinça. Por

último, a massa fresca das raízes e dos nódulos foram colocados separadamente

em sacos de papel devidamente identificados e levados a estufa de circulação

forçada de ar, a 65º C, por 72h, até massa constante, para posteriormente serem

pesadas e avaliadas.

Figura 4. Proveta utilizada para determinação do volume da raíz.

Os cálculos de incrementos foram realizados comparando a testemunha (0 g

dm-3) com a dose máxima do intervalo experimental (45 g dm-3) para ajustes ao

modelo linear de regressão, que proporcionou a máxima produtividade, já para o

ajuste ao modelo de regressão quadrático, considerou-se a comparação entre a

testemunha (0 g dm-3) com a dose de cinza vegetal que proporcionou a máxima

produção.

Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F e quando

significativos submetidos ao teste de Tukey e análise de regressão ambos a 5% de

probabilidade de erro por meio do programa estatístico Sisvar (FERREIRA, 2008).

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19

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

4.1 Altura de planta

Analisando a altura de planta dentro das doses de cinza vegetal (Figura 5), na

primeira avaliação, pode-se afirmar que houve significância estatística para as doses

de cinza, aumentando linearmente a altura, até a dose máxima aplicada (45 g dm-3),

ajustando-se ao modelo de regressão linear, alcançando a maior altura de planta

(21,15 cm) na dose de 45 g dm-3 de cinza vegetal, com um incremento de 43,23%.

Na segunda avaliação do feijão-caupi ocorreu interação entre os tratamentos,

ajustando-se ao modelo de regressão linear com o melhor desempenho na dose de

45 g dm-3 de cinza vegetal com calcário, atingindo a altura de 26,8 cm e sem calcário

para a dose de 40,67 g dm-3 de cinza vegetal com 25,12 cm.

Estatisticamente houve diferença significativa para os tratamentos com cinza

vegetal na terceira análise, ajustando-se ao modelo linear de regressão, onde a

maior altura de planta 22,3 foi alcançada na dose de 45 g dm-3 .

Figura 5. Altura de planta do feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na primeira

avaliação, y= altura de planta; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

y = 0,2033x + 12,006R² = 0,9589

5

10

15

20

25

0 9 18 27 36 45

Alt

ura

de

pla

nta

1 (

cm)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

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20

A B

Figura 6. Altura de planta do feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na segunda

avaliação dentro do desdobramento de cinza com calcário (A), segunda avaliação dentro do

desdobramento de cinza sem calcário (B), y= altura de planta; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de

probabilidade.

Figura 7. Altura de planta do feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na terceira

avaliação (C) y= altura de planta; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Houve significância estatística no desdobramento do calcário, dentro das

doses de cinza vegetal, onde o melhor resultado foi obtido com o uso do calcário nas

doses de 0 g dm-3 e 9 g dm-3 de cinza vegetal obtendo 19,32 cm e 21,82 cm

respectivamente, pelo teste de Tukey até 5% de probabilidade (Tabela 2).

y = 0,1508x + 20,041R² = 0,9527

10

15

20

25

30

0 9 18 27 36 45

Alt

ura

de

pla

nta

2 (

cm)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

y = 0,2631x + 15,031R² = 0,8605

0

5

10

15

20

25

30

0 9 18 27 36 45

Alt

ura

de

pla

nta

2 (

cm)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

y = 0,2247x + 19,388R² = 0,8421

15

20

25

30

35

0 9 18 27 36 45

Alt

ura

de

pla

nta

3

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

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21

Tabela 2. Altura de planta (cm) da segunda análise de feijão-caupi submetido a

doses de cinza vegetal com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

No estudo realizado por Bonfim-Silva et al. (2011b) observou-se que houve um

aumento de altura de planta em relação ao tratamento com aplicação da cinza

vegetal, na cultura do capim-marandu (Brachiaria brizantha). Para Dallago (2000),

isso ocorre porque as concentrações da cinza influenciam significativamente no

crescimento das plantas, favorecendo a redução do incremento na altura tanto na

falta, quanto no excesso, fato que comprova a importância do equilíbrio na

quantidade da cinza para o metabolismo da planta.

Em outro trabalho desenvolvido por Bonfim-Silva et al. (2015c) o uso da cinza

vegetal proporcionou uma maior altura de plantas do algodoeiro, com incremento de

68,2% quando comparado com o tratamento que não recebeu a cinza. Prado et al.

(2003) também observaram resultados positivos na aplicação de cinza vegetal, ao

avaliar a altura de planta na produção de mudas de goiabeira.

Observou-se que no tratamento com calcário houve um melhor desempenho

em relação à altura de planta, quando comparado ao tratamento sem calcário, isso

ocorreu devido ao calcário elevar o pH do solo, o que ocasiona maior disponibilidade

de nutrientes para as plantas e segundo Blank et al. (2006) a acidez dos solos

brasileiros pode causar dificuldades para o desenvolvimento vegetal, pois apresenta

efeitos tóxicos para as plantas.

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22

4.2 Número de folhas

O número de folhas na primeira análise, não apresentou resultado

estatisticamente significativo, porém, na segunda análise houve interação entre os

tratamentos, ajustando-se ao modelo de regressão linear no desdobramento de

cinza com calcário, obtendo o maior número de folhas por planta (8 unidades) na

dose 45 g dm-3, e pelo modelo de regressão linear no tratamento sem calcário, com

8 folhas por planta na dose de 45 g dm-3. No desdobramento do calcário, observa-se

que houve resposta significativa no tratamento com calcário na dose 0 g dm-3 de

cinza vegetal (Tabela 3).

Estatisticamente houve diferença significativa isolada para os tratamentos

com cinza vegetal na terceira análise, ajustando-se ao modelo linear de regressão,

onde o maior número de folhas (8 un) foi alcançado na dose de 45 g dm-3 com um

incremento de 30,02%.

A B

Figura 8. Número de folhas de feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na segunda

avaliação dentro do desdobramento de cinza com calcário (A) e segunda avaliação dentro do

desdobramento de cinza sem calcário (B). y= número de folhas; x= cinza vegetal. Significativo a 5%

de probabilidade.

y = 0,0579x + 5,6548R² = 0,8028

3

4

5

6

7

8

9

0 9 18 27 36 45

Nu

mer

o d

e fo

lhas

2 (

un

)

Doses de cinza vegetal g/dm³

y = 0,0389x + 6,6667R² = 0,4709

4

5

6

7

8

9

10

0 9 18 27 36 45

Nu

mer

o d

e fo

lhas

2 (

un

)

Doses de cinza vegetal g/dm³

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23

Figura 9. Número de folhas de feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na terceira

avaliação. y= número de folhas; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Tabela 3. Número de folhas e feijão-caupi da segunda avaliação submetido a doses

de cinza vegetal sem calcário e com calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

Os resultados observados no presente estudo corroboram com os resultados

encontrados por Bezerra (2013), que trabalhando com cinza vegetal no cultivo do

capim-marandu em Latossolo Vermelho, obteve o maior número de folhas no

tratamento submetido a cinza vegetal.

Santos (2012b) também observou que a dose de cinza vegetal influenciou de

forma positiva na produção de folhas na cultura de capim-marandu o que confirma a

importância do uso da cinza vegetal como fertilizante do solo.

y = 0,1046x + 8,7685R² = 0,8536

6

8

10

12

14

16

0 9 18 27 36 45

mer

o d

e fo

lhas

3 (

un

)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

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24

A cinza vegetal é rica em nutrientes que contribuem para o aumento da

produção. Quando ocorre a baixa disponibilidade de nutrientes no solo, a planta

produz menos e seu crescimento é reduzido, acarretando em menor emissão e

crescimento de folhas, com menor área foliar, o que limita a captação da radiação

solar e, consequentemente, menor produção de fotoassimilados (BONFIM-SILVA et

al., 2011d).

4.3 Índice de clorofila

Estatisticamente não houve diferença significativa na primeira e segunda

avaliação. A diferença estatística no índice de clorofila (SPAD) ocorreu apenas na

terceira avaliação (Tabela 4), onde podemos analisar que o tratamento com calcário

na dose 0 g dm-3 e 27 g dm-3 de cinza vegetal, obteve um melhor resultado quando

comparado ao tratamento sem calcário, pelo teste de Tukey até 5% de probabilidade

(Tabela 4). Na dose de cinza vegetal de 0 g dm-3 e 27 g dm-3 com calcário, o índice

de clorofila correspondeu a 44,95 e 49,03, respectivamente, em contrapartida o

índice nas doses de cinza de 0 g dm-3 e 27 g dm-3 sem calcário foi de 37,5 e 41,03,

respectivamente.

Tabela 4. Índice de clorofila da terceira avaliação de feijão-caupi submetido a doses

de cinza vegetal com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

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25

Como foi verificado para o índice de clorofila não foi obtido diferença

significativa com a aplicação da cinza vegetal com efeito isolado, corroborando com

os resultados do estudo desenvolvido por Baretta et al. (2015a) que foram

semelhantes, em que o índice de clorofila não foi influenciado pela utilização da

cinza como fertilizante, na produção do feijão.

Segundo Costa et al. (2008) o índice de clorofila está relacionado com

avaliação da nutrição nitrogenada da planta, devido ao fato de existir correlação

positiva entre este índice e a concentração de nitrogênio nas folhas.

A relação entre leitura SPAD e teor de nitrogênio é atribuída, principalmente,

ao fato de mais da metade do nitrogênio total das folhas serem integrantes de

compostos associados aos cloroplastos e ao conteúdo de clorofila das folhas

(CHAPMAN; BARRETO 1997).

4.4 Diâmetro do caule

Observou-se que na primeira e segunda avaliação do feijão-caupi (Figura 10),

a aplicação da maior dose de cinza vegetal (45 g dm-3) resultou no diâmetro mais

espesso de caule 2,4 e 3,22 mm respectivamente, apresentando um incremento de

9,16% na primeira avaliação e 21,89% na segunda, pelo modelo de regressão linear.

Na terceira avaliação do diâmetro do caule, o modelo de regressão teve ajuste

quadrático para a cinza, resultando o maior diâmetro (3,42 mm), com a dose de 36,5

g dm-3 de cinza vegetal.

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26

A B

Figura 10. Diâmetro do caule de feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na primeira (A),

segunda (B). y= diâmetro do caule; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Figura 11. Diâmetro do caule de feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal, na terceira

avaliação. y= diâmetro do caule; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade

No estudo realizado por Bonfim-Silva et al. (2013a) a cultura do feijão guandu

observaram uma média de diâmetro de caule de 2,97 mm na dose de 15 g dm-3 de

cinza vegetal, com incremento de 23,57%, quando comparada ao tratamento sem

cinza. Estes resultados reforçam os valores encontrados no presente trabalho.

y = 0,0049x + 2,1869R² = 0,7553

2,1

2,15

2,2

2,25

2,3

2,35

2,4

2,45

0 9 18 27 36 45

Diâ

met

ro d

o c

aule

1 (

mm

)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

y = 0,0157x + 2,5207R² = 0,963

2

2,2

2,4

2,6

2,8

3

3,2

3,4

0 9 18 27 36 45

Dia

met

ro d

o c

aule

2 (

mm

)

Doses de cinza vegetal g/dm³

y = -0,0004x2 + 0,0361x + 2,5987R² = 0,9586

2,3

2,6

2,9

3,2

3,5

3,8

0 9 18 27 36 45

Diâ

met

ro d

o c

aule

3 (

mm

)

Doses decinza vegetal (g/dm³)

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27

O diâmetro do caule das plantas, é a característica mais observada, que

demonstra a capacidade de sobrevivência da muda em campo, possibilitando assim

saber se a planta possui aptidão para suportar estresses (DANIEL et al., 1997).

Em outro trabalho realizado por Bonfim-Silva et al. (2015d) o diâmetro de caule

das plantas de algodoeiro, cultivado em Latossolo Vermelho do Cerrado, foi

influenciado pelas doses de cinza vegetal, sendo o maior resultado dessa variável

obtido na dose de 12,5 g dm-3, quando comparada ao tratamento que não recebeu

cinza vegetal.

Para Carneiro (1995), as plantas que se desenvolvem apresentando um maior

diâmetro de caule, desempenham melhor crescimento da parte superior.

4.5 Massa seca parte aérea

Houve significância estatística isolada para os tratamentos com doses de

cinza vegetal, obtendo o maior valor de massa seca da parte aérea com 7,89 g na

dose de 45 g dm-3 de cinza vegetal, no modelo de regressão linear (Figura 9). No

resultado da presença e ausência do calcário, observou-se também, que houve

significância isolada, onde podemos observar que a média dos tratamentos com

calcário foi mais satisfatório quando comparado com a sem calcário (Tabela 5).

y = 0,1304x + 2,0244R² = 0,9572

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 9 18 27 36 45

Mas

sa s

eca

da

par

te á

erea

(g)

Doses de cinza vegetal g/dm³

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28

Figura 12. Massa seca da parte aérea de feijão-caupi, submetido a doses de cinza vegetal. y= massa

seca da parte aérea; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Tabela 5. Massa seca da parte aérea de feijão-caupi submetido a doses de cinza

vegetal com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade.

Assim como no presente estudo os resultados alcançados por Baretta et al.

(2015c) na cultura do feijão submetido a cinza vegetal como adubo, observaram

aumento na quantidade de massa seca da parte aérea quando comparada ao

tratamento sem adubação com cinza vegetal.

Bonfim-Silva et al. (2015f) observaram maior produção de massa seca da parte

aérea nos tratamentos submetidos a cinza vegetal como fertilizante, proporcionando

assim um incremento de 84,3% na produção comparando-se com o tratamento com

ausência da adubação com cinza.

Para Bellote; Silva (2000) a massa seca da parte aérea está relacionada com a

qualidade e quantidade de folhas, esta característica é muito importante porque as

folhas constituem uma das principais fontes de fotoassimilados e nutrientes para

adaptação, a qual necessitará de boa reserva.

4.6 Massa seca da raiz

A análise estatística revelou um efeito de regressão quadrático para as doses

de cinza vegetal sobre a matéria seca da parte radicular, alcançando o melhor

desempenho na dose de 39,25 g dm-3 com 2,18 g (Figura 12).

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29

Figura 12. Massa seca da raiz de feijão-caupi, submetido a doses de cinza vegetal. y= massa seca

da raiz; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Para Maeda et al. (2007) a cinza vegetal é um importante composto capaz de

fornecer Ca e Mg, contribuindo para a redução dos teores de Al no solo,

promovendo a neutralização da acidez, e consequentemente aumentando a

disponibilidade de nutrientes para as plantas, resultando em um melhor

desenvolvimento da raiz.

No trabalho realizado por Baretta et al. (2015b) a utilização de cinza vegetal

como fertilizante para a cultura do feijão, demonstrou influenciar na massa seca da

raiz, obtendo melhor massa seca nos tratamentos com cinza, quando comparadas

ao tratamento testemunha sem o substrato.

No estudo de Bonfim-Silva et al. (2015e) os resultados também corroboram

com os encontrados neste trabalho, onde a aplicação das doses de cinza vegetal no

solo proporcionou um aumento significativo na produção de massa seca de raízes.

4.7 Volume da raiz

Os resultados do volume de raiz (Figura 13), apresentam efeito isolado para os

tratamentos com cinza vegetal, com ajuste ao modelo quadrático de regressão, com

maior volume de raiz na dose de cinza vegetal 36,34 g dm-3 (36,94 cm3).

y = -0,001x2 + 0,0785x + 0,6402R² = 0,796

0,5

1

1,5

2

2,5

3

0 9 18 27 36 45

Mas

sa s

eca

da

raíz

(g)

Doses de cinza vegetal g/dm³

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30

Figura 13. Volume da raiz do feijão-caupi, submetido a doses de cinza vegetal. y= volume da raíz; x=

cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

4.8 Massa seca do nódulo

Constatou-se interação significativa entre os tratamentos (Figura 14), para

massa seca de nódulos, onde o ajuste no desdobramento de cinza na presença do

calcário ocorreu para o modelo de regressão linear, a dose de 45g obteve a maior

massa seca de nódulos com 0,22g com incremento de 65,65%. No desdobramento

de cinza sem calcário ajustou-se o modelo de regressão quadrática que, na dose de

43,5 g dm-3 de cinza, atingiu 0,356g de massa seca do nódulo.

No desdobramento do calcário dentro das doses de cinza, os resultados

significativos foram para as doses de 18 g dm-3 e 36,14g dm-3 de cinza vegetal com

adição do calcário, tendo como resultado 0,133g e 0,338g respectivamente e para

os tratamentos sem calcário 0,284g na dose de 27 g dm-3 e 0,347 para 36 g dm-3,

pelo teste de Tukey até 5% de probabilidade (Tabela 6).

y = -0,0155x2 + 1,1267x + 16,46R² = 0,8986

10

15

20

25

30

35

40

0 9 18 27 36 45

Vo

lum

e d

a ra

íz c

Doses de cinza vegetal g/dm³

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31

Figura 14. Massa seca dos nódulos do feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal.

Desdobramento da cinza com calcário (A), desdobramento da cinza sem calcário(B). y= volume da

raíz; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Tabela 6. Massa seca dos nódulos de feijão-caupi submetido a doses de cinza

vegetal com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

Gregory (2006) observou que o desenvolvimento, crescimento e a distribuição

de raízes sofrem influência pela forma como os nutrientes estão distribuídos no solo

e pela sua quantidade. Assim, os nutrientes incorporados ao solo por meio da cinza

vegetal, como o cálcio e fósforo, influenciam o crescimento e desenvolvimento das

raízes das plantas, que são fatores importantes para a formação dos nódulos.

y = 0,0033x + 0,0777R² = 0,5676

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0 9 18 27 36 45

Mas

sa s

eca

do

s n

ód

ulo

(g)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

y = -0,0002x2 + 0,0174x - 0,0223R² = 0,9323

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0 9 18 27 36 45

Mas

sa s

eca

do

s n

ód

ulo

s (g

)

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

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32

Bonfim-Silva et al. (2013b) verificaram aumento na produção de massa de

nódulos da leguminosa mucuna preta (Stizolobium aterrimum) com incremento de

43,92%, quando comparado ao tratamento que não houve adubação com esse

resíduo.

4.9 Número de nódulo

Houve interação entre os tratamentos para o número de nódulos, onde o

desdobramento de cinza vegetal na ausência de calcário ajustou-se ao modelo

quadrático de regressão obtendo o maior resultado na dose de 34,82 g dm-3 com

344 nódulos (Figura 15). Pelo teste de Tukey a probabilidade de 5% de erro, obteve-

se diferença estatística para o calcário onde os tratamentos sem calcário nas doses

de 27 g dm-3 e 36 g dm-3 obtiveram 362 nódulos e 316 nódulos, respectivamente. Já

nos tratamentos com calcário em doses de 27 g dm-3 apresentou 144 nódulos e 36 g

dm-3 foi de 175 nódulos (Tabela 7).

Figura 15. Número de nódulos do feijão-caupi, submetido a doses de cinza vegetal. y= número de

nódulos; x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

y = -0,2846x2 + 19,822x - 0,5R² = 0,9747

-50

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 9 18 27 36 45

mer

o d

e n

ód

ulo

s (u

n)

Dose de cinza vegetal (g/dm³)

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33

Tabela 7. Número de nódulos do feijão-caupi submetido a doses de cinza vegetal

com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

No estudo desenvolvido por Bonfim-Silva et al. (2013d) os resultados para o

número de nódulos se ajustou ao modelo linear de regressão para as doses de cinza

vegetal até 15 g dm-3, o que indica que a utilização desse resíduo na adubação

favorece a atividade desenvolvida na rizosfera com a fixação de nitrogênio pelas

plantas.

Para Xavier et al. (2005), o número de nódulos presentes nas raízes é um

indicativo da capacidade de fixação biológica de nitrogênio. Essa dinâmica de

fixação biológica de nitrogênio é uma das formas de incrementar a produtividade de

leguminosas, diminuindo os custos com adubos nitrogenados (FRANCO et al.,

2002).

4.10 pH do solo

Os tratamentos mostraram significância para cinza vegetal, caracterizando-se

pelo modelo de regressão linear e apresentando o maior pH (6,37) na dose de

45g/dm³ de cinza vegetal, com um incremento de 25,5% (Figura 16).

Observou-se, também significância estatística na presença e ausência de

calcário, onde as médias do pH para os tratamentos sem calcário foi de 5,2 e com

calcário 5,9, pelo teste de Tukey a probabilidade de 5% (Tabela 8).

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34

Figura 16. pH do solo ao final do plantio do feijão-caupi, submetido a doses de cinza vegetal. y= pH;

x= cinza vegetal. Significativo a 5% de probabilidade.

Tabela 8. pH do solo ao final do plantio do feijão-caupi submetido a doses de cinza

vegetal com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

Segundo Guariz et al (2009) quando ocorre a incorporação da cinza vegetal

pode-se observar mudanças nas características do solo, como a elevação nos níveis

de pH e nos teores de Ca, Mg, B, Mn, CTC, elevando também a saturação por base

e reduzindo os níveis de Al e Fe.

Os resultados obtidos neste trabalho corroboram com os encontrados por

Bonfim-Silva et al. (2015e) verificou um aumento linear no pH do solo com valores

elevados de 6,3 para 7,2 pela aplicação de 20 g dm-3 de cinza de madeira de

eucalipto em Latossolo do Cerrado. Para Bonfim-Silva et al, (2015f) este aumento do

pH no solo pode ser atribuído devido à liberação de carbonato de potássio pela

y = 0,0361x + 4,7446R² = 0,8238

3

4

5

6

7

8

9

10

0 9 18 27 36 45

pH

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

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reação da cinza vegetal no solo. Da mesma forma, Santos (2012c) obteve uma

elevação de 5,28 para 6,26 no valor de pH, conforme o aumento das doses de cinza

vegetal, no cultivo de Brachiaria brizantha.

Como observamos houve diferença estatística no desdobramento do calcário,

este mesmo resultado foi encontrado no trabalho de Anjos et al. (2011) onde a

calagem elevou significativamente os valores do pH do solo de 4,6 no tratamento

testemunha para 6,1, no tratamento com calcário. Segundo Quaggio (2011) quando

o solo está sob condições de acidez, a calagem promove a neutralização do Al3+, a

elevação do pH e o fornecimento de Ca e Mg, possibilitando um melhor

desenvolvimento no crescimento da planta.

4.11 Área Foliar

Após analisado os resultados, observou-se interação entre os tratamentos

(Figura 17), ajustando-se ao modelo de regressão quadrática no desdobramento de

cinza com calcário, obtendo a maior área 740,02 cm2 na dose de 34,96 g dm-3, e no

desdobramento de cinza sem calcário, o modelo ajustado foi o linear com 882 cm2

na dose de 45 g dm-3, com um incremento de 79,7%. No desdobramento do calcário,

podemos observar que houve resposta significativo com maior área foliar 504,15 e

818,97 cm³ nas doses de 9 e 45 g dm-3 respectivamente de cinza vegetal na

presença e ausência de calcário (Tabela 9).

A B

y = -0,4146x2 + 28,577x + 247,59R² = 0,8737

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

0 9 18 27 36 45

Are

a Fo

liar

cm²

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

y = 15,626x + 178,97R² = 0,9592

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

0 9 18 27 36 45

Áre

a Fo

liar

cm²

Doses de cinza vegetal (g/dm³)

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Figura 17. Área foliar do feijão-caupi, em função das doses de cinza vegetal. Desdobramento da

cinza com calcário (A), desdobramento da cinza sem calcário. y= área foliar; x= cinza vegetal.

Significativo a 5% de probabilidade.

Tabela 9. Área foliar do feijão-caupi ao final do plantio do feijão-caupi submetido a

doses de cinza vegetal com calcário e sem calcário.

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si na coluna pelo teste de Tukey até 5% de

probabilidade. CV% = Coeficiente de variação.

A área foliar está diretamente relacionada com à produção vegetal, pois é

através dela que ocorre a fotossínteses, assim, fatores como nutrientes, pH e

disponibilidade de água influenciam no desenvolvimento da planta (TAIZ, 2006).

Em um estudo realizado por Bär (2017), a área foliar da planta gérbera

apresentou resultados satisfatórios para o tratamento com cinza vegetal, resultando

no incremento de 84,58% na dose de 32 g dm-3 de cinza vegetal, o que corrobora

com o resultado encontrado no presente trabalho.

5 CONCLUSÕES

O feijão-caupi em geral, responde positivamente a adubação com cinza

vegetal, apresentando melhor crescimento, desenvolvimento e produção nos

intervalos de doses entre 36 g dm-3 e 45 g dm-3;

A cinza vegetal, pode ser utilizada como fertilizante no cultivo do feijão-caupi,

sendo viável o uso deste resíduo na agricultura, devido ao seu potencial de correção

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37

e reposição de nutrientes no solo, que são necessários para o bom desenvolvimento

da planta.

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