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DPS1035 – Gestão Ambiental e Sustentabilidade CGEP – Eng a . Morgana Pizzolato, Dr a .

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DPS1035 – Gestão Ambiental e

Sustentabilidade

CGEP – Enga. Morgana Pizzolato, Dra.

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O que são resíduos ou lixos?

07/09/2011Gestão de resíduos2

� São o resultado de processos de diversas atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e ainda da varrição pública.� restos dos sistemas de tratamento de água

� gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição

� líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água

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Origem

07/09/2011Gestão de resíduos3

� A geração de resíduos está relacionada com a existência do homem e, fundamentalmente, com seu modo de vida.� Inicialmente, os resíduos gerados eram de fácil assimilação

� A multiplicação dos resíduos deve-se:� Aumento populacional; industrialização; Incremento nas

atividades; Desenvolvimentos tecnológicos

� Os resíduos podem se apresentar nos estados físicos� Sólido; semi-sólido; pastoso; líquido

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De onde vem os resíduos?

� Residências

� Comércio

4Gestão de resíduos 07/09/2011

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Coleta de lixo

� A coleta do lixo é o segmento que mais se desenvolveu dentro do sistema de limpeza urbana

� Atividade do sistema que demanda maior percentual de recursos por parte do município

� Pressão da população/comércio para que se execute a coleta com regularidade

5Gestão de resíduos 07/09/2011

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De onde vem os resíduos?

� serviços públicos

� hospitais, portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, industrias, agricultura, construção, ...

6Gestão de resíduos 07/09/2011

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De onde vem os resíduos?

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� Indústria

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Porque se preocupar com os resíduos?

� exaustão dos recursos naturais� manutenção das condições de vida no planeta� manutenção de disponibilidade de recursos naturais em custos razoáveis

� obtenção de resultados financeiros pela comercialização dos resíduos

� diminuição de custos operacionais� obtenção de resultados de imagem� exigências legais

8Gestão de resíduos 07/09/2011

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Geração de resíduos no Brasil

� Grande parte dos resíduos gerados não é regularmente coletada

� Permanecem junto às habitações (principalmente nas áreas de baixa renda) ou sendo vazada em vias públicas, terrenos baldios, encostas e cursos d’água

9Gestão de resíduos 07/09/2011

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Segregação: base do gerenciamento de

resíduos

07/09/2011Gestão de resíduos10

� Classificação� Adequada

� Custos diferenciados� Destinação separada

� Manuseio, transporte e movimentação� Procedimentos adequados

� Acondicionamento e armazenamento� Evitar a mistura de resíduos incompatíveis

� Disposição e tratamento

� Minimização da geração� Reciclagem e reaproveitamento

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Classificação de resíduos sólidos

07/09/2011Gestão de resíduos11

� NBR 10004:2004� classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais

ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.

� Definição � Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de

atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição� lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles

gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível

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Laudo de classificação (4.1)

07/09/2011Gestão de resíduos12

� O laudo de classificação pode ser baseado exclusivamente na identificação do processo produtivo� indicação da origem do resíduo

� descrição do processo de segregação

� descrição do critério adotado na escolha de parâmetros analisados,

� quando for o caso, incluindo os laudos de análises laboratoriais

� Os laudos devem ser elaborados por responsáveis técnicos habilitados.

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Classificação dos resíduos (4.2)

07/09/2011Gestão de resíduos13

� resíduos classe I - Perigosos;

� resíduos classe II – Não perigosos;

� resíduos classe II A – Não inertes.

� resíduos classe II B – Inertes.

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Classificação e caracterização de resíduos

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Classificação e caracterização de resíduos

07/09/2011Gestão de resíduos15

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Resíduos classe I - Perigosos

07/09/2011Gestão de resíduos16

� Aquele que apresenta periculosidade� Característica apresentada por um resíduo que, em função de

suas propriedades físicas, químicas ou infecto contagiosas, pode apresentar:� risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças

ou acentuando seus índices

� riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada

� Ou que apresente características como� Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e

patogenicidade

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Quando um resíduo é caracterizado como inflamável?

(D001)

07/09/2011Gestão de resíduos17

� Se uma amostra representativa apresentar qualquer um das propriedades a seguir:� ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C excetuando-se as

soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume;� não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e

pressão de 25°C e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente, dificultando a extinção do fogo;

� ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material;

� ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de produtos perigosos (Portaria nº 204/1997 do Ministério dos Transportes).

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Quando um resíduo é caracterizado como corrosivo? (D002)

07/09/2011Gestão de resíduos18

� Se uma amostra representativa apresentar qualquer uma das propriedades a seguir:� ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior

ou igual a 12,5, ou sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5;

� ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C.

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Quando um resíduo é caracterizado como reativo? (D003)

07/09/2011Gestão de resíduos19

� Se uma amostra representativa apresentar qualquer uma das propriedades a seguir:� ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar;� reagir violentamente com a água;� formar misturas potencialmente explosivas com a água;� gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar

danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água;� possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- em concentrações que

ultrapassem os limites de 250 mg de HCN liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo;

� ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados;

� ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm);

� ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este fim.

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Quando um resíduo é caracterizado como tóxico?

07/09/2011Gestão de resíduos20

� Se uma amostra representativa apresentar qualquer uma das propriedades a seguir: � quando o extrato obtido desta amostra contiver qualquer um dos

contaminantes em concentrações superiores aos valores constantes no anexo F. Neste caso, o resíduo deve ser caracterizado como tóxico com base no ensaio de lixiviação, com código de identificação constante no anexo F;

� Possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C e apresentar toxicidade. Para avaliação dessa toxicidade, devem ser considerados os seguintes fatores:� natureza da toxicidade apresentada pelo resíduo;� concentração do constituinte no resíduo;� potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para

migrar do resíduo para o ambiente, sob condições impróprias de manuseio;� persistência do constituinte ou qualquer produto tóxico de sua degradação;� potencial que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, tem para

degradar-se em constituintes não perigosos, considerando a velocidade em que ocorre a degradação;

� extensão em que o constituinte, ou qualquer produto tóxico de sua degradação, é capaz de bioacumulação nos ecossistemas;

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Quando um resíduo é caracterizado como patogênico? (D004)

07/09/2011Gestão de resíduos21

� Se uma amostra representativa contiver ou se houver suspeita de conter: � microrganismos patogênicos, proteínas virais, ácido

desoxirribonucleico (ADN) ou ácido ribonucleico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmídeos, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais.

� Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados conforme ABNT NBR 12808.

� Os resíduos gerados nas estações de tratamento de esgotos domésticos e os resíduos sólidos domiciliares, excetuando-se os originados na assistência à saúde da pessoa ou animal, não serão classificados segundo os critérios de patogenicidade.

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Exemplos de resíduos classe I – Perigosos (1/6)

07/09/2011Gestão de resíduos22

� Pilhas – algumas, de uso doméstico ainda possuem elevadas concentrações de metais pesados� o processo de reciclagem é complicado e caro por isso não é

realizado na maioria dos países

� Baterias – de automóveis, industriais, de telefones celulares e outras contêm metais pesados em concentração elevada� o descarte das baterias deve ser feito somente nos postos de

coleta mantidos por revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores� é do fabricante a responsabilidade de recolher e encaminhar esses

produtos para destinação final

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Exemplos de resíduos classe I – Perigosos (2/6)

07/09/2011Gestão de resíduos23

� Lâmpadas fluorescentes – contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde� ainda não há dispositivos legais específicos que regulem o descarte nem

o interesse dos fabricantes em proporcionar soluções tecnológicas e sistemas de destinação adequados para esse tipo de material,� Ainda são descartadas junto com o lixo domiciliar

� Rejeitos Radioativos – quaisquer materiais resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e para os quais a reutilização é imprópria� devem obedecer às exigências definidas pela Comissão Nacional de

Energia Nuclear

� Cinzas – geradas em chaminés ou ainda produto da incineração� podem estar contaminadas com metais pesados, produtos químicos de

combustão incompleta e compostos químicos inteiramente novos, diferentes da matéria prima da incineração

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Exemplos de resíduos classe I – Perigosos (3/6)

07/09/2011Gestão de resíduos24

� Borra oleosa – são emulsões basicamente compostas por óleo, água, sólidos grosseiros, agentes tensoativos e estabilizadores� a composição extremamente variável dificultam o seu

reaproveitamento� o método utilizado para disposição final é a incorporação em blocos

� Sólidos Galvânicos – representam um encargo vultuoso para empresas responsáveis por sua geração e disposição� é composto por metais utilizados no processo de galvanização,

decantados por um aditivo a base de ferro� para disposição faz-se geralmente incorporação ou inertização

� Contaminados com óleos e graxas – constituídos por substâncias sólidas (areia, terra, resíduos sólidos no geral) como também por misturas oleosas recolhidas de diversos processos� disposições aceitáveis: landfarming, lavagem de resíduos

contaminados, incineração ou co-processamento.

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Exemplos de resíduos classe I – Perigosos (4/6)

07/09/2011Gestão de resíduos25

� PCB (Bifenilas Policloradas) conhecidas como Ascarel – é um produto tecnicamente chamado de Alocloro 124, é um óleo resultante da mistura de hidrocarbonetos, derivados de petróleo, utilizado como isolante em equipamentos elétricos como transformadores� A instalação de novos aparelhos que utilizem Ascarel foi proibida no

Brasil em 1981, mas ainda existem muitos equipamentos abandonados contendo este produto em subestações de trens e em edifícios industriais

� O maior risco é o vazamento e contaminação, quando do desmonte desses equipamentos para venda como sucata

� Os impactos ambientais que pode causar são a contaminação tanto do solo como da água, ameaçando, em especial, os lençóis freáticos

� É considerado carcinogênico, afetando sobretudo fígado, baço e rins; pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central

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Exemplos de resíduos classe I – Perigosos (5/6)

07/09/2011Gestão de resíduos26

� Asbesto ou Amianto – é uma designação comercial genérica para a variedade fibrosa de seis minerais metamórficos de ocorrência natural e utilizados em vários produtos comerciais.� é um material com grande flexibilidade e resistências tênsil,

química, térmica e elétrica muito elevadas e que também pode ser tecido

� é constituído por feixes de fibras que, por sua vez, são constituídos por fibras extremamente finas e longas facilmente separáveis umas das outras com tendência a produzir um pó de partículas muito pequenas que flutuam no ar e aderem às roupas� as fibras podem ser facilmente inaladas ou engolidas podendo causar

graves problemas de saúde

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Exemplos de resíduos classe I – Perigosos (6/6)

07/09/2011Gestão de resíduos27

� Tintas, resinas, vernizes, colas ou, contaminados com esses� depende da base do resíduo

� É necessário identificar, quantificar e separar os componentes da tinta para das o destino correto aos resíduos

� Tintas à base de solventes são tóxicas e consideradas resíduo Classe I� devem ser mantidos em recipientes fechados, evitando a

possibilidade de contaminação

� devem estar acondicionados em recipientes resistentes a solvente, como galões de gasolina, em lugar isolado e com boa ventilação

� devem ser mantidos em temperatura ambiente, longe de fogo e de altas temperaturas, uma vez que o produto é inflamável

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Resíduos classe II – Não perigosos

Não inertes

07/09/2011Gestão de resíduos28

� Resíduos classe II A - Não inertes� Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos

classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes

� Propriedades � biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água

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Exemplos – classe I ou classe IIA

07/09/2011Gestão de resíduos29

� Lodos – são geralmente formados nos processos de tratamento de água e/ou efluente� para classificá-lo deve-se fazer uma análise do resíduo segundo

a NBR 10004, para saber se é classe I (perigoso) ou Classe IIA (não inerte)

Água dos rios

Tratamen-to na ETA

Água limpa

Uso da água na indústria

Efluente

Tratamen-to na ETE ou ETDI

Água para os rios

Geração de lodo

Geração de lodo

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Exemplos – classe I ou classe IIA

07/09/2011Gestão de resíduos30

� Resíduo de jateamento - abrasivos para jateamento devem limpar com rapidez e eficiência, desgastar o mínimo possível os componentes internos do equipamento e garantir o nível de acabamento superficial desejado� Areia (menos nobre), granalha de aço, microesferas de vidro,

óxido de alumínio (mais nobres)� com areia - os operadores de jato de areia podem contrair silicose,

doença pulmonar de caráter irreversível, causada pelo pó gerado na fragmentação da areia.

� com granalha de aço - não apresenta a periculosidade da areia à saúde do trabalhador

� Ao fim do processo de jateamento necessária a análise dos resíduos para saber sua classificação

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Exemplos – classe I ou classe IIA

07/09/2011Gestão de resíduos31

� Resíduos Químicos - são os mais variados possíveis e devem ser estudados caso a caso para saber a classificação e ainda a disposição de cada um

� é necessária a ficha de emergência e a ficha de produto químico que acompanha o mesmo na hora da compra pelo cliente (FISPQ - Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico

� a FISPQ contém informações diversas sobre um determinado produto químico, quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente

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Resíduos classe II – Não perigosos

Inertes

07/09/2011Gestão de resíduos32

� Resíduos classe II B - Inertes� Resíduos que amostrados de forma representativa e

submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor

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Exemplos – classe IIB

07/09/2011Gestão de resíduos33

� Pneus - pneus usados são classificados como inertes, sendo considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental� quando descartados em lixões propiciam o acúmulo de água em seu

interior e podem contribuir para a proliferação de mosquitos transmissores da dengue e do cólera

� quando descartados em rios e lagos podem contribuir para o assoreamento e enchentes

� quando são queimados, produzem emissões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias que contêm cloro (dioxinas e furanos)

� O CONAMA proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e responsabilizou os fabricantes e importadores pela destinação final ambientalmente adequada daqueles que não tiverem mais condições de uso� para cada quatro pneus novos, a empresa deverá recolher cinco pneus

inservíveis

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Ciclo do pneu

07/09/2011Gestão de resíduos34

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Principais destinações (1/3)

07/09/2011Gestão de resíduos35

� No Brasil, as formas de destinação são regulamentadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que determina quais processos são ambientalmente corretos.

� Co-processamento� Pelo seu alto poder calorífico, os pneus inservíveis são

utilizados como combustível alternativo em fornos de cimenteiras, em substituição ao coque de petróleo.

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Principais destinações (2/3)

07/09/2011Gestão de resíduos36

� Laminação� Nesse processo, os pneus não radiais são cortados em lâminas

que servem para a fabricação de percintas (indústrias moveleiras), solas de calçados, dutos de águas pluviais etc..

� Asfalto-borracha� Adição à massa asfáltica de pó de borracha oriundo da

trituração de pneus inservíveis;

� O asfalto-borracha tem uma vida útil maior, além de gerar um nível de ruído menor e oferecer maior segurança aos usuários das rodovias.

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Principais destinações (3/3)

07/09/2011Gestão de resíduos37

� Artefatos de borracha� A borracha retirada dos pneus inservíveis dá origem a diversos

artefatos, entre os quais tapetes para automóveis, pisos industriais, pisos para quadras poli-esportivas, e artigos para jardinagem.

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Pontos de coleta

07/09/2011Gestão de resíduos38

� Centros de coleta e destinação de pneus inservíveis.

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O que são pontos de coleta de pneus?

07/09/2011Gestão de resíduos39

� São locais disponibilizados e administrados pelas Prefeituras Municipais, para onde são levados os pneus recolhidos pelo serviço, ou aqueles levados diretamente por borracheiros, recapadores, descartados voluntariamente pelo munícipe, etc.

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Empresas que atuam na reciclagem e

destinação de pneus – Reciclanip

07/09/2011Gestão de resíduos40

� Criada em março de 2007 pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli e, em 2010, a Continental juntou-se à entidade� voltada para a coleta e destinação de pneus inservíveis (aqueles que

não têm mais condições de serem utilizados para circulação ou reforma)

� No primeiro semestre de 2011� coletou e destinou 168.148 toneladas de pneus inservíveis

� equivalente a 33,63 milhões de unidades de pneus de carros de passeio.

� 711 pontos de coleta distribuídos nos 26 estados e Distrito federal� recolhe os pneus nos pontos de coleta e transporta até as empresas

de trituração ou de reaproveitamentohttp://www.reciclanip.com.br/

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O aço retirado dos pneus antes do processo

de trituração também é reaproveitado pelas

indústrias siderúrgicas

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Os pneus seguem na esteira para trituração

ou picotagem

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Triturados ou picotados, os pneus são

reaproveitados em diversas atividades

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Porque se preocupar com a destinação dos

pneus?

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� RESOLUÇÃO No416, DE 30 DE SETEMBRO DE 2009 DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -CONAMA� Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada

por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.

� Filme