Dra Priscila Huguet Ginecologista, mastologista e obstetra Mestre em Tocoginecologia pela UNICAMP...
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Dra Priscila HuguetGinecologista, mastologista e obstetra
Mestre em Tocoginecologia pela UNICAMP
Terapeuta Sexual
Doença Hipertensiva específica da Gestação (DHEG)Distúrbio mais comum na gestaçãoDHEG: hipertensão em consequência da
gestação , após a vigésima semana e que regride após o parto
PAS >140 e PAD >90mm/hg. Pré-eclâmpsia com proteinúria (perda de
proteína pela urina) ou edema (inchaço)Eclâmpsia quadro acima com convulsõesPode ainda haver hipertensão coincidente ou
agravada pela gravidez.
DHEG- complicaçõesDescolamento da placentaPrematuridadeRestrição do crescimento intra-uterinoMorte materno-fetalOligúriaEdema pulmonar, cerebral, trombocitopenia,hemorragia, acidente vascular cerebral Síndrome HELLP.
Sinais e sintomasEdemaDor de estômagoMal estar geralNáuseasVômitosDor na nucaDor no abdome em faixaTontura“Escotomas cintilantes”Dor em hipocôndrio direito (loja hepática)
TratamentoAlfametildopa é droga mais largamente
utilizada, dose mínima recomendada é de 750 mg/dia
Hidralazina se DHEG de difícil controle, associada à alfametildopa
Na eclâmpsia utiliza-se Sulfato de magnésio e parto assim que possível para retirar a placenta
Diabetes Mellitus gestacionalConceito: qualquer nível de intolerância à
glicose iniciada ou diagnosticada na gestaçãoDMG é similar ao DM tipo 290% das pacientes têm uma deficiência de
receptores de insulina antes da gestação Mais insulina= mais apetite= maior ganho
de peso (ciclo vicioso)Geralmente em mulheres com sobrepeso ou
obesas
DMG rastreamentoPrimeira consulta pré-natal: dosagem de
glicemia em jejum Maior que 126 mg/dl= diabetesEntre 85 e 126- fazer curva glicêmica com
sobrecarga de 75g de açúcarEm jejum, 1 hora e 2 horas após
DMG rastreamentoFatores de risco:Antecedente de RN macrossômico ou GIG
(percentil 90)História familiar de DMObesidade, ganho de peso> 35 anosHASPopulação negróide
DMG rastreamentoRastreamento positivo se um ou mais fatores
de risco OU se glicemia entre 85 e 126.Fazer imediatamente a curva glicêmicaSe rastreamento negativo E glicemia menor
que 85, fazer curva glicêmica entre 24 e 28 semanas de gestação
OU se hemoglobina glicada > 6,5 OU se glicemia ao acaso > 200
TratamentoSe glicemia de jejum até 110 mg/dl, dieta e
atividade físicaDIETA: fracionada (1/7, 2/7, 1/7, 2/7, 1/7), 30
– 35 kcal/KG/d 1800-3000 kcal/dCarboidratos 55%Proteínas 20%Gorduras 25% (<10% saturadas)
TratamentoAtividade física: Aeróbica, de leve a
moderada, no mínimo por 30 minutos, até 2 vezes ao dia e ao menos 3 vezes por semana (hidroginástica, caminhadas).
Efeito cardiovascular- 3 semanasEfeito metabólico- IMEDIATO!!!
Ganho de peso idealIMC < 19.8 > 18 kgIMC > 29 = 7 kgIMC 22= 200 a 300 g por semanaOBS: tratamento medicamentoso (insulina) checar com seu
médico
Sífilis Sífilis: doença sexualmente transmissível (DST)
causada pela bactériaTreponema pallidum No Brasil, a sífilis tem uma prevalência
considerada alta-1,6% das parturientesPode ser transmitida para o bebê durante a
gravidez ou no parto (transmissão vertical) Transmissão mais comum é sexual (vaginal, anal ou
oral) mas também por beijo de pessoa com úlcera bucal ou contato direto entre a úlcera e outra lesão
Ministério da Saúde: 50 mil gestantes com sífilis/ ano
SífilisSífilis primária: cancro- ferida(s) indolor(es) e
altamente contagiosa(s), com bordas elevadas. Surge no lugar em que houve a infecção, de três semanas até três meses depois do contato
Pode ficar dentro da vagina, da boca, dos lábios vaginais, períneo, ânus e podem aparecer ínguas (linfonodos aumentados) na área próxima ao cancro
Se tratada nesta fase, há curaSem tratamento, a ferida desaparece em até um
mês e meio mas as bactérias se multiplicam e entram na corrente sanguínea. A doença passa para o próximo estágio, a sífilis secundária
SífilisSífilis secundária: erupção cutânea palmar ou plantar Podem surgir lesões na boca e vagina, feridas indolores
na área genital (muito contagiosas), sintomas gripais e queda de cabelo. Se a doença é tratada ainda há cura
Sem tratamento, os sintomas desaparecem. A bactéria se multiplica nesta fase latente e causa problemas graves anos depois. É a
Sífilis terciária, que pode cursar com anormalidades cardíacas, sistema nervoso (neurolues),lesões nos ossos, pele e em outros órgãos, levando à morte
SífilisGestantes com sífilis primária se não tratadas
podem perder o bebê, ou este morre após o parto em até 40% dos casos
A sífilis eleva o risco de parto prematuro e de restrição do crescimento intra-uterino
Bebês com sífilis congênita podem apresentar erupções de pele, lesões na boca, órgãos genitais e ânus, linfonodos, fígado e baço aumentados, anemia, icterícia ou pneumonia grave nos primeiros meses de vida
SífilisDoença não tratada: bebês podem sofrer
deficiência visual e auditiva, problemas ósseos e neurológicos
ESSENCIAL diagnosticar e tratar durante a gravidez
SífilisDiagnóstico através de exame de: VDRL(Venereal Disease Research
Laboratory) >1/16 confirmado com TPHA (Treponema Pallidum Hemagglutinatio
Test) ou FTA-abs (Fluorescent Treponemal Antibody
Absorption) testar e tratar parceiro!!!
SífilisTratamento:Sífilis primária: Penicilina G benzatina,
2.400.000UI, IM, dose única (1.200.000UI, IV, em cada glúteo)
Sífilis recente secundária e latente: Penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez por semana, 2 semanas (dose total de 4.800.000UI)
Sífilis tardia (latente e terciária): Penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez por semana, 3 semanas (dose total de 7.200.000UI)
Placenta préviaPlacenta prévia: placenta implantada no
útero cobrindo parcial ou totalmente o colo uterino a partir da 22.ª semana de gestação
TIPOS DE INSERÇÃO:Total: quando recobre toda a área do orifício
internoParcial: quando o faz parcialmenteMarginal: quando a margem placentária
atinge a borda do orifício interno, sem ultrapassá-lo
Placenta préviaMais comum em multíparas (1:20) e em
gestante com idade mais avançada5 a 10 casos em 1000Maior risco se abortamentos anteriores,
cesarianas, gestação gemelar ou malformações fetais
Antecedente de placenta prévia
diagnóstico A ultra-sonografia demonstra a localização
placentária. A suspeita vem da história clínica: pode ser
relatada perda sanguínea por via vaginal, indolor, de cor vermelho-viva, recorrente
Resumindo: se houver sangramento vivo sem dor suspeitar de placenta prévia e evitar toque vaginal (preferir exame especular até ecografia realizada)
Placenta prévia
Placenta prévia
TratamentoSe sangramento intenso:transfusões de
sangueSe perda de sangue pouco importante e o
feto muito prematuro, repouso no leito.Corticóide para amadurecer os pulmões do
bebê SEMPRESexo vaginal PROIBIDOSe a placenta não for marginal (se for prévia
parcial ou total) é indicação absoluta de cesariana
Streptococcus agalactiaeEstreptococo do grupo B (EGB) = Streptococcus
agalactiae - encontrado na mulher como saprófita vaginal, i.e, germe que vive em um hospedeiro sem provocar doença
Principal reservatório de EGB na mulher é o trato gastrointestinal baixo (10 a 40%)
Brasil 15 a 25%
50 a 75% dos recém-nascidos expostosao EGB intravaginal tornam-se colonizadose 1 a 2% desenvolvem doença, mais comumente pneumonia ou meningite
Streptococcus agalactiaeInfecção por Strepto B é a maior causa
de sepse neonatalPode ser responsável por infecção na
gestante provocando abortamento, infecção urinária, prematuridade, corioamnionite e endometrite puerperal
Triagem OBRIGATÓRIA , realizada entre 35 e 37 semanas de gestação, através de “swab” anal e vaginal
PrevençãoIniciar após o início do trabalho de parto ou
no momento da rotura de membranas em gestantes EGB +
Pacientes com EGB isolados na urina r da durante a gestação, tratadas ou não
Antecedente de recém nascido acometido por doença causada pelo EGB em parto prévio, não sendo necessária a pesquisa para EGB na gestação atual
PrevençãoResultado da cultura desconhecido ou se esta
não foi realizadaTrabalho de parto ou rotura de membranas
em gestação com menos de 37 semanasRotura de membranas ovulares há 18 horas
ou maisTemperatura materna intraparto maior ou
igual a 38º C
PrevençãoPenicilina G 5 milhões UI intravenosa (IV)
como dose de ataque, seguida de 2.500.000 UI IV de 4 em 4 horas
OU ampicilina na dose de 2,0 gramas IV como dose de ataque seguida de 1,0 grama IV a cada 4 horas
Pacientes alérgicas: eritromicina ou clindamicina
Obrigada!