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Distúrbios Psiquiátricos Doutora em Ciências pela UNIFESP Mestre em Tocoginecologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no HCFMRP/USP Adriana Wagner

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Distúrbios Psiquiátricos

Doutora em Ciências pela UNIFESP

Mestre em Tocoginecologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP

Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no HCFMRP/USP

Adriana Wagner

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Aspectos psicológicos no parto e puerpério

“ A gestação e o puerpério são períodos da vida da mulher que precisam ser

avaliados com especial atenção, pois envolvem inúmeras alterações físicas,

hormonais, psíquicas e de inserção social, que podem refletir diretamente na

saúde mental dessas pacientes”(CAMACHO et. al. 2006)

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• Progesterona (depressor do SNC) e a alcalose respiratória Progesterona (depressor do SNC) e a alcalose respiratória

(hiperventilação):(hiperventilação):

• alterações de memória e concentração

• sonolência

• Alterações do padrão e qualidade do sono:Alterações do padrão e qualidade do sono:

• fadiga no final da gestação

Sistema Nervoso Central

Aspectos psicológicos no parto e puerpério

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• Ampliar a visão da equipe que atende a mulher no ciclo

grávido-puerperal não se restringir a aspectos de habilidade

biomédica.

• Valorizar as transformações dinâmicas e intensas dessa fase da

vida da mulher.

• Avaliar a mulher considerando o ambiente em que vive, sua

história social e transformações emocionais que experimenta.

Aspectos psicológicos no parto e puerpério Pontos - chave

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• Promover uma interação entre todos os indivíduos envolvidos

mulher, família, cuidadores criando vínculos, gerando criando vínculos, gerando

segurança.segurança.

Aspectos psicológicos no parto e puerpério Pontos - chave

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Aspectos psicológicos no parto e puerpério

Nas consultas, é importante que o profissional de saúde:

Reconheça que a ambivalência com relação à gravidez é um

sentimento normal. Toda gestante quer e não quer estar grávida, daí a

necessidade de compreender essa circunstância, sem julgamentos;

Acolha as dúvidas da gestante quanto à sua capacidade de gerar um

bebê saudável, de vir a ser mãe e desempenhar esse novo papel de

forma adequada;

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Aspectos psicológicos no parto e puerpério

Nas consultas, é importante que o profissional de saúde:

Reconheça as condições emocionais e sociais dessa gestação:

se a gestante tem um companheiro ou está sozinha

se tem outros filhos

se conta com o apoio da família

se teve perdas gestacionais

se desejou conscientemente engravidar e se planejou a gravidez.

•Compreenda esse estado de maior vulnerabilidade psíquica da

gestante para acolhê-la,sem banalizar suas queixas;

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Aspectos psicológicos no parto e puerpério

Nas consultas, é importante que o profissional de saúde:

Forneça informações claras, evite o “tecnicismo” esclareça as dúvidas repita as informações sempre que necessário;

Estabeleça relação de confiança e respeito mútuos;

Considere que os exames de imagem (p/ex.) podem promover um “encontro rápido da mãe com seu filho”. Considere também que os exames podem ter interpretações distintas para os profissionais de saúde e para a mulher;

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Aspectos psicológicos no parto e puerpério

Nas consultas, é importante que o profissional de saúde:

Prepare a gestante para o parto normal (se não houver outra indicação), ajudando a diminuir sua ansiedade e insegurança, assim como o medo do parto, da dor, de o bebê nascer com problemas e outros;

Forneça orientações antecipatórias sobre a evolução da gestação e do parto – contrações, dilatação, perda do tampão mucoso, rompimento da bolsa;

Proporcione espaço na consulta para a participação do parceiro, para que ele possa também se envolver no processo gravídico-puerperal ativamente.

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• Momento crítico que marca o início de uma série de mudanças

significativas principal característica é a irreversibilidade

• Temores, ansiedade e insegurança por:- incapacidade de prever o desenrolar do trabalho de parto- o local e o momento do parto - tipo de parto - medo de desfechos desfavoráveis e da dor- medo da morte dela própria ou do filho.

Aspectos psicológicos no parto

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Aspectos psicológicos no parto

Dessa forma, o parto é, vivido como um "salto no Dessa forma, o parto é, vivido como um "salto no

escuro", um momento imprevisível e desconhecido escuro", um momento imprevisível e desconhecido

sobre o qual não se tem controle.sobre o qual não se tem controle.

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A mulher e o homem A mulher e o homem

Aspectos psicológicos no parto

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1- Modelo altamente medicalizado1- Modelo altamente medicalizado alta tecnologiaalta tecnologia

pouca participação de obstetrizespouca participação de obstetrizesEUA, Irlanda, Rússia, República Tcheca, EUA, Irlanda, Rússia, República Tcheca,

França, Bélgica e regiões urbanas do BrasilFrança, Bélgica e regiões urbanas do Brasil

2- Modelo humanizado2- Modelo humanizadomaior participação de obstetrizesmaior participação de obstetrizesmenor frequencia de intervençõesmenor frequencia de intervenções

Holanda, Nova Zelândia e paises escandinavosHolanda, Nova Zelândia e paises escandinavos

3- Modelo misto3- Modelo mistoGrã-Bretânha, Canadá, Alemanha, Japão e AustráliaGrã-Bretânha, Canadá, Alemanha, Japão e Austrália

Modelos de atenção ao partoModelos de atenção ao parto

Aspectos psicológicos no parto

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Modelos de atenção ao partoModelos de atenção ao parto

SEMINÁRIO MORTALIDADE MATERNA E DIREITOS HUMANOS NO BRASILSimone Grilo Diniz - 27 e 28 de maio de 2009

Modelos são construtos sociais, muito permeáveis à cultura, gênero. Modelos são construtos sociais, muito permeáveis à cultura, gênero.

A técnica reflete tais concepçõesA técnica reflete tais concepções

O parto é descrito como O parto é descrito como experiência negativa, horrívelexperiência negativa, horrível

A assistência parte do A assistência parte do pressuposto do sofrimentopressuposto do sofrimento

Indulgência para as mulheres que possam pagar Indulgência para as mulheres que possam pagar (classe e modelos)(classe e modelos)

Aspectos psicológicos no parto

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Aspectos psicológicos no parto

Mudança radical de paradigma, orientada pelos direitos das Mudança radical de paradigma, orientada pelos direitos das mulheres mulheres

Nenhuma intervenção se justifica de rotina-escolhaNenhuma intervenção se justifica de rotina-escolha

Deslocamento do protagonismo do profissional Deslocamento do protagonismo do profissional “ “ fazer o parto”fazer o parto”

Facilitação de fisiologia,“não atrapalhar”Facilitação de fisiologia,“não atrapalhar”

Reconhecimento e prevenção do dano iatrogênicoReconhecimento e prevenção do dano iatrogênico

Medicina Baseada em Evidência (80/90s)Medicina Baseada em Evidência (80/90s)

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Aspectos psicológicos no parto

Suporte Emocional ContínuoSuporte Emocional Contínuo

Suporte emocional contínuo por uma pessoa leiga treinada

melhora a dor e os resultados DoulasDoulas

A mulher não ficará sem apoio em momento algum!

Informações, elogios e incentivos ajudam a entender o processo, os exames e os procedimentos.

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Aspectos psicológicos no parto

Suporte Emocional ContínuoSuporte Emocional Contínuo

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Aspectos psicológicos no parto

Suporte Emocional ContínuoSuporte Emocional Contínuo

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Aspectos psicológicos no parto

Suporte Emocional ContínuoSuporte Emocional Contínuo

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Aspectos psicológicos no parto

Desafios e propostasDesafios e propostas

Treinar profissionaisTreinar profissionais

Adequar os espaços Adequar os espaços

Promover campanhas locais e nacional articuladasPromover campanhas locais e nacional articuladas

Envolver a família Envolver a família os homens os homens (ausentes das políticas sobre (ausentes das políticas sobre

saúde materna)saúde materna)

Como viabilizar o direito a acompanhantes no SUS?Como viabilizar o direito a acompanhantes no SUS?

melhor assistência = diminuição da morbidade e mortalidademelhor assistência = diminuição da morbidade e mortalidade maternamaterna

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Cenário 1

Vai internar Doutor?- Tô com muita

Dor!

G1, 40 sem, 2 cm, médio,

1 contração / 6’BCF = 144 bpm

AU = 33 cm

Aspectos psicológicos no parto

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Vamos internar

O pai espera lá fora

Por favor, aqui respeitamos o

silêncio...

Ao pré parto:Jejum

TricotomiaEnteroclisma

SG 5% - 500ml PMVOcitócico – 5 UI

DDHControle DU e BCF

CCG

Cenário 2Aspectos psicológicos no parto

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• Ajuste entre a imagem do filho ideal, construída durante a gestação,

e o filho real, apresentado à mulher após o parto.

• Desafio da relação entre a mãe e seu filho comunicação não-

verbal.

• A mulher geralmente tem suas necessidades preteridas em

privilégio do recém-nascido.

Aspectos psicológicos no puerpérioPontos - chave

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Aspectos psicológicos no puerpérioPontos - chave

• A experiência da convivência com a criança é tida como uma

situação nova mobiliza um esforço adicional quando o

puerpério tem um curso anormal, ou quando o recém nascido for

prematuro, apresentar malformações ou alguma patologia.

• A amamentação pode exigir muito da puérpera sensação de

incapacidade preocupações estéticas idéia de ser uma etapa

de dependência infinita na relação com seu filho.

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Aspectos psicológicos no puerpérioPontos - chave

• O eventual ciúme por parte de outros filhos do casal

reorganização do núcleo familiar.

• As alterações na esfera sexual (desejo) intensificadas pelas

transformações físicas podem potencializar sentimentos de

exclusão do companheiro, impondo à mulher uma preocupação

adicional, muitas vezes desgastante.

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Aspectos psicológicos no puerpério

É importante que o profissional de saúde:

Dê atenção aos sintomas

Valorize o diálogo e as informações dos acompanhantes,

desenvolvendo uma postura de apoio e crítica habilidosa;

Reconheça que a dúvida infundada pode representar uma busca

legítima de apoio;

Promova o vínculo familiar;

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Aspectos psicológicos no puerpério

É importante que o profissional de saúde:

Promova o alojamento conjunto incentivo ao aleitamento

materno e auxilie a mulher a se sentir segura para assumir os

cuidados com seu filho;

•Apóie a mulher quando ocorrerem complicações o óbito fetal

ou do recém-nascido;

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Aspectos psicológicos no puerpério

É importante que o profissional de saúde:

Reconheça as anormalidades potencialmente graves:

tristeza materna, blues puerperal ou baby blues

depressão puerperal

psicose puerperal

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TRISTEZA MATERNA, BLUES PUERPERAL ,

BABY BLUES

Distúrbio psiquiátrico mais frequente 50 a 80% das puérperas.

Definido como estado depressivo mais brando, transitório, que

aparece em geral no 3º dia do pós-parto e tem duração

aproximada de 2 semanas.

Caracteriza-se por fragilidade, hiperemotividade, alterações do

humor,falta de confiança em si própria, sentimentos de

incapacidade.

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TRISTEZA MATERNA, BLUES PUERPERAL , BABY BLUES

História de depressão

Sintomas depressivos durante a gestação

História familiar de depressão

Alterações de humor pré-menstrual ou relacionadas ao uso de

contraceptivos hormonais

Estresse relacionado aos cuidados com o recém-nascido

Desajuste psicossocial relacionado ao trabalho, às relações

interpessoais ou a atividades de lazer

Fatores de Risco Fatores de Risco

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TRISTEZA MATERNA, BLUES PUERPERAL , BABY BLUES

Conservadora: suporte psicossocial e auxílio familiar.

Uso criterioso de tranquilizantes, baixas doses, breves

períodos:

Clonazepam (0,5 a 1 mg, via oral, à noite)

Lorazepam (0,5 a 1 mg, via oral, à noite)

Persistência dos sintomas atendimento psicoterápico,

psiquiátrico.

Abordagem TerapêuticaAbordagem Terapêutica

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DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Menos frequente 10 a 15% das puérperas.

Início dos sintomas ocorrem na terceira ou quarta semana de

puerpério:

ansiedade, irritabilidade, perturbação do apetite, da libido e do sono,

persistente

diminuição da cognição, decréscimo de energia

sentimento de desvalia ou culpa excessiva

pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida

sentimento de inadequação e rejeição ao bebê.

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DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Relação conjugal conflituosa

Eventos de vida estressantes nos últimos 12 meses

Ausência de suporte familiar e social para a gestação

Ausência de suporte emocional e financeiro por parte do cônjuge

Ausência de cônjuge

Gestação não planejada

Tentativa de abortamento na gestação atual

Abortamento prévio

Antecedente familiar de doença psiquiátrica

Fatores de Risco Fatores de Risco

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DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Ausência de relacionamento afetivo com a própria mãe

Não amamentar

Desemprego (da puérpera)

Antecedente de depressão do marido/parceiro

Náuseas e vômitos durante a gestação (relacionados a

hiperêmese, irritabilidade uterina ou doença psiquiátrica)

Características de personalidade: neuroses e introversão profunda

Antecedente pessoal de distúrbio bipolar

Fatores de Risco Fatores de Risco

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DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Casos leves: psicoterapia

Drogas antidepressivas: inibidores seletivos da recaptação de

serotonina:

Fluoxetina

Sertralina

Paroxetina

Citalopram

Abordagem TerapêuticaAbordagem Terapêutica

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PSICOSE PUERPERAL

Manifestação mais rara 1,1 e 4 para cada 1.000 nascimentos.

O início é abrupto, os sintomas surgem até 2 ou 3 semanas pós-

parto a puérpera já se encontra fora da maternidade.

Os sintomas incluem:

quadro alucinatório delirante, grave e agudo;

delírios que envolvem seus filhos;

estado confusional; comportamento desorganizado.

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PSICOSE PUERPERAL

Há risco para a própria mulher e para o bebê.

Necessário que se proceda a encaminhamento para especialista

em saúde mental.

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BIBLIOGRAFIA

1) Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré-natal e puerpério / organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras – São Paulo: SES/SP, 2010.

2) ZUGAIB OBSTETRÍCIA – vários autores – 2. ed. – Manole – 2012

3) CAMACHO, R. S.; CANTINELLI, F. S.;RIBEIRO, C. S.; CANTILINO, A.; GONSALES, B. K.; BRAGUITTONI, E.; RENNÓ JR, R. Transtornos psiquiátricos na gestação e puerpério: classificação, diagnóstico e tratamento. Rev. Psiq. Clín. Pgs. 92-102. 2006. http://www.scielo.br/pdf/rpc/v33n2/a09v33n2.pdf

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