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Validao de Sistemas Informticos na Indstria Farmacutica
Duarte Augusto Marques
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em: Engenharia e Gesto Industrial
Jri Presidente: Prof. Jos Lus Afonso Orientador: Prof. Cristvo Silva
Vogal: Prof. Norberto Pires
Julho de 2009
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Validao de Sistemas Informticos na Indstria Farmacutica
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Agradecimentos Os meus agradecimentos vo antes de mais para a Bluepharma na pessoa do seu CEO,
Dr. Paulo Barradas pela oportunidade e recursos que disponibilizou para a realizao do
estgio curricular, e aos colaboradores da empresa, em especial aos dos departamentos da
Garantia de Qualidade e IT, que no dia-a-dia permitiram-me no s apreender
competncias tcnicas, mas tambm as competncias organizacionais essenciais minha
boa integrao na empresa.
Um obrigado muito especial ao meu orientador na empresa, o Eng Srgio Boticrio que
manteve uma grande proximidade e do qual obtive uma orientao diria na realizao
deste trabalho, ao Prof. Cristvo Silva que se revelou sempre prestvel e clere a
esclarecer todas as dvidas que foram surgindo no decorrer dos ltimos meses.
No posso tambm deixar de referir as pessoas que me deram uma ajuda preciosa e
guiaram num tema que era novo para mim e que exigiu esforo de todas partes para que o
processo fosse levado a bom termo, revelando profissionalismo e muita experincia no
campo da validao de sistemas informticos, essas pessoas foram a Dr Teresa Murta e o
Eng Rui Pires da Garantia de Qualidade.
Gostaria ainda de prestar um agradecimento muito especial minha famlia que sempre
me deu o apoio e compreenso necessrios ao longo destes anos que culminam na
realizao deste trabalho.
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Validao de Sistemas Informticos na Indstria Farmacutica
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Resumo Esta dissertao foi realizada no mbito da validao de sistemas informticos na
Indstria Farmacutica. O principal objectivo das actividades de validao de um sistema
informtico na indstria farmacutica o de salvaguardar a segurana do paciente, a
qualidade do produto, e a integridade dos dados. A segurana dos pacientes afectada
pela integridade dos registos crticos, dados e decises, bem como pelos aspectos que
afectam os atributos fsicos do produto.
Este documento pretende, portanto, dar a conhecer de uma maneira geral do que trata a
validao de sistemas informticos dando nfase especial aplicao deste processo no
ambiente altamente regulamentado da indstria farmacutica. Aplicando esta abordagem
na empresa Bluepharma, foi definido o mbito desta validao atravs de uma avaliao
de riscos e de um plano mestre de validao, que identificaram o software ERP
implementado e as infra-estruturas que o suportam como sendo os mais crticos. O
sistema em causa o MySAP ERP 2005 e gere toda a actividade na empresa desde a
compra de matria-prima at venda e distribuio de produto acabado. A validao
ainda um processo de ciclo de vida, tendo comeado em 2002 aquando da introduo da
primeira verso do software SAP na empresa, mdulos MM, FI/CO, QM, SD e PP-PI.
Em 2006 foi feita a actualizao para a verso MySAP ERP 2005 com a adio dos
mdulos PM e WM com os respectivos interfaces de rdio-frequncia. Surge ento a
necessidade de conduzir todos estes mdulos ao longo do processo de validao, que
inclui a qualificao e teste das suas funcionalidades, uma vez que existe interaco e
ligao entre os seus processos. Assegurando que a documentao que suporta a
manuteno deste sistema a adequada.
Palavras-Chave Sistema Informtico; Validao; Especificaes Funcionais; Qualificao de Instalao
(QI); Qualificao Operacional (QO); Qualificao de Performance (QP)
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Validao de Sistemas Informticos na Indstria Farmacutica
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Abstract This dissertation was performed within the scope of computer systems validation in the
Pharmaceutical Industry. The main objective of the validation activities of a computer
system in the pharmaceutical industry is to safeguard patient safety, product quality, and
integrity of data. The safety of patients is affected by the integrity of critical records, data
and decisions, and the aspects that affect the physical attributes of the product.
This document intends therefore to make known in a general way the process of
validation of a computer system giving special emphasis to the application of this process
in the highly regulated environment of the pharmaceutical industry. Applying this
approach in the company Bluepharma, the validation scope was defined using a risk
assessment and a validation master plan, which identified the implemented ERP software
and infrastructure of support the most critical. The system in question is the MySAP ERP
2005 and manages all activities in the company since the purchase of raw materials to the
sale and distribution of finished product. Validation is a life cycle process, having started
in 2002 at the time of introduction of the first version of the SAP software in the
company, modules MM, FI/CO, QM, SD and PP-PI. In 2006 the upgrade to MySAP ERP
2005 version was made, with the addition of PM and WM modules and the radio-
frequency interfaces. From this arises the need to drive all these modules through the
validation process, which includes the qualification and test of its functionalities, since
there is interaction and connection between their processes. Ensuring that the
documentation that supports the maintenance of this system is appropriate.
Keywords Computer Systems; Validation; Functional Specifications; Installation Qualification (IQ);
Operational Qualification (OQ); Performance Qualification (PQ)
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Validao de Sistemas Informticos na Indstria Farmacutica
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ndice Agradecimentos .................................................................................................................. 1 Resumo ............................................................................................................................... 2 Palavras-Chave ................................................................................................................... 2 ndice ................................................................................................................................... 4 Lista de quadros e figuras ................................................................................................... 6 Lista de abreviaes ............................................................................................................ 7 1. Prembulo ................................................................................................................... 8
1.1 Ambiente actual .............................................................................................. 9 1.2 Leis e normas ................................................................................................ 10
2. mbito da Validao de Sistemas Informticos ....................................................... 10 2.1 Software MySAP ERP 2005 ............................................................................. 12
3. Avaliao de Risco ................................................................................................... 14 3.1 Propsito ........................................................................................................... 15 3.2 mbito .............................................................................................................. 16 3.3 Estratgia ........................................................................................................... 16 3.4 Metodologia ...................................................................................................... 17
3.4.1 Anlise Funcional ..................................................................................... 17 3.4.1.1. Avaliao do risco ................................................................................. 18 3.4.1.2. Classe do Risco ..................................................................................... 19 3.4.1.3. Nvel de risco ........................................................................................ 20 3.4.1.4. Actividades de Validao ..................................................................... 21
3.5 Mtodo Risk Failure Mode and Effects Analysis (RFMEA) ............................ 22 3.6 Resumo ............................................................................................................. 31
4. Qualificao .............................................................................................................. 32 4.1 Qualificao e Especificaes de Desenho ....................................................... 32
4.1.1 Especificao dos Requisitos do Utilizador (ERU) .................................. 33 4.1.2 Especificao Funcional ........................................................................... 33 4.1.3 Avaliao do Fornecedor .......................................................................... 34
4.2 Qualificao de Instalao ................................................................................ 36 4.3 Qualificao Operacional .................................................................................. 37 4.4 Qualificao de Performance ............................................................................ 39
5. Relatrio de Validao .............................................................................................. 40 6. Plano Mestre de Validao (PMV) ........................................................................... 41
6.1. Sobre este documento ....................................................................................... 41 6.1.1. Finalidade .................................................................................................. 41 6.1.2. Audincia .................................................................................................. 42 6.1.3. mbito ...................................................................................................... 42 6.1.4. Incluses ................................................................................................... 42
6.2. Viso Geral do Sistema ..................................................................................... 43 6.2.1. Funcionalidades MySAP .......................................................................... 43 6.2. 2 Arquitectura do Sistema ............................................................................ 45
6.3 mbito da Validao ........................................................................................ 46 6.4 Processo de Validao e Resultados ................................................................. 47
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6.4. 1 Processo .................................................................................................... 47 6.4. 2 Resultados ................................................................................................. 47
6.5 Planeamento de Testes ...................................................................................... 49 6.5. 1 Estratgia de Teste .................................................................................... 49 6.5. 2 Categorias de Teste ................................................................................... 49 6.5. 3 Execuo dos Testes ................................................................................. 50 6.5. 4 Matriz de Testes ........................................................................................ 50 6.5. 5 Falhas de Testes e Resoluo .................................................................... 51
6.6 Aceitao ........................................................................................................... 51 6.7 Gesto de Documentos ..................................................................................... 52 6.8 Formao ........................................................................................................... 52
7. Abordagem de Ciclo de Vida .................................................................................... 52 8. Manuteno do Estado de Validao ........................................................................ 56
8.1 Manuteno Preventiva e Calibrao ................................................................ 56 8.2 Instalao e Validao/Revalidao ................................................................. 56 8.3 Gesto de Alteraes e Controlo de Configuraes ......................................... 56 8.4 Audit Trail ......................................................................................................... 59 8.5 Backup e Restore .............................................................................................. 59 8.6 Planeamento de Continuidade de Negcio ....................................................... 59 8.7 Segurana .......................................................................................................... 60 8.8 Registos Electrnicos e Assinaturas Electrnicas ............................................. 61 8.9 Revalidao ....................................................................................................... 61 8.10 Testes ................................................................................................................ 62
8.10.1 Testes s Unidades .................................................................................... 63 8.10.2 Testes de Integrao .................................................................................. 63 8.10.3 Testes de Aceitao de Sistema ................................................................ 63 8.10.4 Testes de Esforo ...................................................................................... 64 8.10.5 Resultados dos Testes ............................................................................... 64
8.11 Documentao ................................................................................................... 65 8.11.1 Documentao na Empresa ....................................................................... 66 8.11.2 Aprovao da documentao .................................................................... 68
9. Concluso .................................................................................................................. 69 10. Referncias Bibliogrficas .................................................................................... 71 11. Anexos .................................................................................................................. 71
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Lista de quadros e figuras
Quadro 1 Categorias GAMP ....................................................................................... 11 Quadro 2 Mdulos SAP implementados .................................................................... 17 Quadro 3 Mdulos SAP versus relevncia GxP ........................................................ 18 Quadro 4 Classe de Risco ............................................................................................ 20 Quadro 5 Nvel de Risco .............................................................................................. 21 Quadro 6 Actividades de Validao a realizar .......................................................... 22 Quadro 7 Representao de alguns dos processos analisados. ................................ 25 Quadro 8 Sumrio dos processos de falha e actividades de validao a realizar .. 27 Quadro 9 Risco do Fornecedor versus Risco do Produto ......................................... 35 Quadro 10 Categorias GAMP versus Nvel de Risco ................................................ 38 Quadro 11 - Utilizao de clientes na paisagem do sistema MySAP .......................... 46
Figura 1 Sistema Informtico ..................................................................................... 10 Figura 2 Actividades desenvolvidas e respectiva documentao gerada para cada fase .................................................................................................................................... 13 Figura 3 Fluxograma de processos para avaliao de riscos ................................... 15 Figura 4 Grficos Pareto do Risk Score (em cima) e RPN (em baixo) para os processos de 51 a 112 ...................................................................................................... 28 Figura 5 Risk Score versus RPN dos processos de falha .......................................... 29 Figura 6 Risk Score versus RPN dos processos de falha e destaque daqueles cuja validao prioritria .................................................................................................... 30 Figura 7 - Aspecto do Sistema ERP MySAP ................................................................ 46 Figura 8 - Modelo V - Ciclo de Vida ............................................................................. 53 Figura 9 - Modelo 4Q - Ciclo de Vida ........................................................................... 54 Figura 10 Ciclo de vida do sistema informtico SAP ............................................... 55 Figura 11 Fluxograma seguido quando existem alteraes a ser implementadas . 58 Figura 12 Representao do processo de execuo dos testes .................................. 62 Figura 13 Hierarquia da documentao na empresa ............................................... 67
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Lista de abreviaes AR Avaliao de Risco
SAP Systeme, Anwendungen und Produkte in der Datenverarbeitung ("Systems,
Applications and Products in Data Processing") refere-se ao software de ERP.
IT Information Technology
GQ Garantia de Qualidade
QI Qualificao de Instalao
QO Qualificao Operacional
QP Qualificao de Performance
PMV Plano Mestre de Validao
cGMP Abreviatura de current Good Manufacturing Practice.
GAMP Abreviatura de Good Automated Manufacturing Practices
GxP Abreviatura de Good Manufacturing/Laboratory/Clinical/Distribution Practice
MRP Material Requirements Planning.
MRP II Manufacturing Resource Planning.
ERP Enterprise Resource Planning
ID Identificao
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1. Prembulo A criao de sistemas informticos validados , em primeira instncia, em grande parte
uma questo do programador de software, que adopta os princpios bsicos de boas
prticas em engenharia de software sob a superviso formal e documentada da garantia de
qualidade. A validao destes sistemas informticos consiste no processo de
estabelecimento de dados documentados que proporcionem um elevado grau de
segurana de que o software e infra-estrutura associada iro cumprir consistentemente as
suas especificaes e atributos de qualidade predeterminados, esta abrangente definio
engloba todos os usos de sistemas informticos e tem sido amplamente adoptada, embora
com modificaes, pelas diversas autoridades reguladoras ao nvel GxP (Good
Manufacturing/Laboratory/Clinical/Distribution Practice) de todo o mundo.
As empresas farmacuticas, devem, ento, elas prprias validar todos os sistemas
informticos utilizados para atender s operaes regidas pelos regulamentos GxP. O
software e hardware devem cumprir os requisitos GxP para os registos de fabricao e
equipamentos, respectivamente.
Isso normalmente afecta os sistemas informticos que monitorizam e/ou controlam a
produo de medicamentos cujo mau desempenho poderia eventualmente afectar a
segurana, qualidade e eficcia (durante o fabrico), ou rastreio do lote (durante a
distribuio) de produtos farmacuticos. Outras aplicaes de sistemas informticos, no
entanto, tambm podero ser afectadas. Os exemplos incluem os sistemas informticos
usados para armazenar e distribuir os procedimentos, os sistemas informticos usados
para agendar a formao e/ou determinar se os indivduos tm as competncias
necessrias para cumprir uma determinada funo, e os sistemas informticos utilizados
para a emisso das credenciais de utilizador para controlar o acesso a outros sistemas
informticos. assim claro que a lista de potenciais aplicaes de sistemas informticos
que exigem validao extensa.
O trabalho apresentado neste relatrio decorreu numa empresa de produo de produtos
farmacuticos e teve como principal objectivo acompanhar o processo de validao dos
sistemas informticos dessa empresa. Nesse sentido foram desenvolvidas vrias
actividades. Entre as quais um Plano Mestre de Validao baseado numa Avaliao de
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Riscos, onde foi feito um levantamento dos sistemas crticos que precisam de ser
validados, de seguida partiu-se para as Qualificaes e respectivos testes das
funcionalidades consideradas crticas, que se apresentam mais tarde neste trabalho. Ao
longo deste processo surgiu a necessidade de elaborao de documentos para utilizao
na empresa que garantam a boa utilizao do sistema, e por motivos de confidencialidade
feita apenas uma breve referncia neste trabalho.
1.1 Ambiente actual
Actualmente esto em uso generalizado em toda a indstria farmacutica Sistemas
Informticos que ilustram ou controlam processos de qualidade relevantes. Eles esto
sujeitos s exigncias das vrias coleces de regulamentao farmacutica para a
validao desses sistemas, e desde 1997 a autoridade americana FDA estabelece
requisitos relativos aos registos electrnicos / assinaturas electrnicas no artigo 21 CFR
Part 11i.
Os sistemas informticos tm uma grande probabilidade de se danificarem: dados
importantes que desaparecem que tm como causa provvel erro humano, redes que se
desligam e vrus que corrompem ficheiros apesar das solues que as organizaes
utilizam para proteger os mltiplos acessos de que dispem. Por conseguinte, no fcil
manter a integridade dos dados.
Daqui nasce a necessidade de Validar. Produzindo a evidncia documental que garanta,
com um alto grau de segurana, o correcto funcionamento de todas as partes de um
sistema informtico.
Os benefcios de validar um sistema informtico so:
Compliance (Cumprir com a regulamentao vigente);
Sistemas bem definidos, mais fceis de serem mantidos e com maior
disponibilidade;
O sistema ajusta-se ao seu propsito;
Os requisitos de utilizador so satisfeitos;
Amplo conhecimento do sistema e processos por parte dos utilizadores e IT;
O risco de falha do sistema reduzido;
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Os padres de qualidade so mantidos;
Maior planeamento e facilidade de recuperao de catstrofe.
1.2 Leis e normas
Os processos de validao de sistemas informticos neste tipo de indstria so regidos
por um conjunto de normas e regulamentos das quais se destacam:
EU GMP Annex 11 (91/412/EEC/Annex 11)
21 CFR 210, 211 (current Good Manufacturing Practice)
21 CFR Part 11 (Electronic Records Electronic Signatures)
21 CFR 820 (medical devices, blood establishment)
GCP Directive 775/318/EEC (1997/01/01)
2. mbito da Validao de Sistemas Informticos A validao de sistemas informticos inclui a validao de sistemas informticos novos e
j implementados.
O processo de validao consiste na produo de provas de que um sistema ir satisfazer
as suas especificaes. Esta definio no se refere apenas a uma aplicao informtica
ou a um sistema informtico (Figura 1), mas a um processo. As principais implicaes
disto so que a validao deve abranger todos os aspectos do processo, incluindo a
aplicao, qualquer hardware que usa a aplicao, as interfaces com outros sistemas, os
utilizadores, o treino e documentao, bem como a gesto do sistema aps este ser
colocado em uso.
Sof
twar
e
Har
dwar
e
Figura 1 Sistema Informtico
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Para os novos sistemas a validao comea quando um departamento tem necessidade de
um novo sistema de informao e reflecte sobre a forma como o sistema pode resolver
um problema existente. Para um sistema implementado comea quando o supervisor do
sistema recebe a tarefa de elevar o sistema a um estado validado. A validao termina
quando o sistema completamente alienado e todos os dados cuja qualidade de grande
importncia so migrados para o novo sistema com xito. Importantes passos na
validao so o planeamento, a definio dos requisitos dos utilizadores, as
especificaes funcionais, especificaes de concepo, validao durante o
desenvolvimento, avaliao do fornecedor para sistemas adquiridos, instalao, a
realizao de testes no incio e ao longo do tempo e o controlo de alteraes. Por outras
palavras, os sistemas informticos devem ser validados durante todo o ciclo de vida do
sistema.
A extenso da validao depende da complexidade do sistema informtico e, no local do
utilizador depende tambm da utilizao generalizada do produto e verso do software.
Quanto mais um software standard utilizado e menos parametrizao feita para esse
software menos testes sero exigidos. As normas GAMPii tm desenvolvido categorias de
software com base no nvel de parametrizao. No total, existem cinco categorias. A
categoria um e dois definem sistemas operacionais e firmware de sistemas automatizados.
Neste contexto apenas as categorias trs a cinco so de interesse. Elas esto descritas no
Quadro 1. Cada sistema informtico deve estar associado a uma das trs categorias:
Categoria Descrio
GAMP 3 Pacote de software standard. Sem customizao. Exemplo: MS Word (sem scripts VBA).
GAMP 4
Pacote de software standard. Customizao ou configurao. Exemplos: LIMS, Folhas de clculo Excel onde as frmulas e/ou dados de input esto ligados a clulas especficas. Sistemas de dados ligados em rede. ERP SAP customizado na parte dos equipamentos de pesagem.
GAMP 5 Pacote de software customizado. Todo ou parte do pacote completo de software foi desenvolvido para um utilizador especfico e aplicao. Exemplos: Adicionar categorias GAMP 3 e 4, Excel com scripts VBA.
Quadro 1 Categorias GAMP
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2.1 Software MySAP ERP 2005
O objectivo de validao deste software delinear os requisitos que iro demonstrar e
documentar que todos os componentes, sistema(s) de controlo e funcionalidades
associadas ao SAP ERP 2005 so adequados para os processos cGMP regulamentados.
As qualificaes delineadas baseiam-se nas polticas, procedimentos e regulamentos
aplicveis da Bluepharma, nas directrizes e prticas da indstria aceites para validao.
Os computadores e programas instalados na empresa so amplamente utilizados durante o
desenvolvimento e fabricao de medicamentos e produtos farmacuticos. Da, o bom
funcionamento e desempenho do software e dos sistemas informticos terem um papel
importante na obteno da consistncia, confiabilidade e preciso dos dados. Portanto, a
validao de sistemas informticos (VSI) deve ser parte de qualquer bom
desenvolvimento e prticas de fabrico. tambm solicitado pela FDA atravs de
regulamentaes e directrizes globais a exigncia de que "o equipamento deve ser
adequado para a sua utilizao". Os requisitos especficos para os computadores podem
ser encontrados na seco 211,68 dos regulamentos E.U. cGMPiii.
O mtodo de validao do sistema informtico apresentado neste trabalho, no nico.
Pelo contrrio, a validao de um sistema informtico muito complexa e vrias
alternativas podem ser utilizadas. O mbito de qualquer validao depende de diversos
factores como o tamanho, complexidade e a natureza das suas funes (se so ou no
crticas). O mtodo de validao descrito foi o utilizado para a validao do Sistema
Informtico MySAP ERP 2005, sistema de gesto que controla todo o processo produtivo
desde a encomenda das matrias-primas, manipulao, anlise, passando pelo fluxo de
materiais e produto desde que este chega s instalaes, at distribuio do produto
acabado. Controla ainda processos da empresa no directamente relacionados com a
gesto da produo, tais como o controlo das reas financeira e de recursos humanos.
Neste trabalho sero identificados os factores que foram considerados e os passos
tomados para a validao do referido sistema e infra-estrutura associada. H no entanto,
fases do processo (ver Figura 2) que j foram realizadas, e portanto no esto
contempladas, um exemplo disto a fase de Desenho, Construo, e avaliao do
fornecedor que foi realizada aquando da compra do sistema ERP em 2002 e antes da sua
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instalao na empresa. Na figura que se segue, podemos ver as vrias actividades de
validao desenvolvidas e respectiva documentao que foi gerada, como exemplo disso
foi a elaborao do documento Especificao Funcional dos Sistemas (EFS), onde foi
feito um levantamento e caracterizao dos sistemas instalados no departamento de
Controlo da Qualidade, Produo e Embalagem. Este documento pode ser consultado no
CD de suporte informtico a esta dissertao.
Figura 2 Actividades desenvolvidas e respectiva documentao gerada para cada fase
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3. Avaliao de Risco A avaliao de riscos realizada para analisar os efeitos de operao e confiabilidade do
sistema. Os aspectos identificados como crticos devem ser verificados especialmente
durante a validao do ciclo de vida, em todas as suas diversas fases.
O documento Avaliao de Riscos (AR) foi desenvolvido na empresa e aqui
apresentado um excerto. Inclui as actividades de avaliao de riscos aplicadas sobre as
funes especficas do sistema em causa. Todas as funes do sistema sero avaliadas e
classificadas de acordo com o seu nvel de risco, seguindo a metodologia descrita no guia
GAMP, representada na Figura 3. Este documento, juntamente com os Manuais do
Utilizador e os Testes Funcionais existentes ir fornecer o enquadramento e mbito de
aplicao do sistema que ser utilizado para definir a validao adicional de actividades
necessrias para assegurar o cumprimento das normas GxP. O seu objectivo concentrar
os esforos da equipa de validao nos processos crticos que representam maior risco.
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Identificao do Processo
Identificar os cenrios de Risco
Determinar as aces a tomar
Avaliar a probabilidade de
detectar a condio de falha
Avaliar o Nvel de Risco
Avaliar a Severidade de
Impacto
Avaliar a probabilidade da condio de falha
Risco para GxP/Negcio
Documentar na matriz da AR
Documentar na matriz de AR
Documentar o risco na matriz de
AR
No
Sim
Justificao para o status no GxP relevante
Descrio da funo e relevncia GxPprobabilidade de riscoprobabilidade de detecocalculo do nvel de risco
Sumrio da resposta
Figura 3 Fluxograma de processos para avaliao de riscos
3.1 Propsito O objectivo da avaliao de riscos o de realizar um estudo das funes estabelecidas
para os vrios elementos que constituem o mbito da validao deste projecto, a fim de
identificar quais so considerados os aspectos crticos a partir de uma perspectiva cGxP e,
devem portanto, ser submetidos a validao.
A avaliao dos riscos deve ser capaz de responder s seguintes perguntas, alm de
fornecer as informaes fundamentais para a identificao de todos os potenciais factores
de risco do sistema:
- O software SAP precisa de ser validado?
- Que nvel de validao necessria para o SAP?
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- Que aspectos do SAP ou dos seus processos so crticos para o produto ou para a
segurana do paciente?
A avaliao do risco um instrumento adequado para identificar as reas de processo
com uma real ou potencial fraqueza, a fim de implementar contramedidas e planos de
aco correctiva adequados.
3.2 mbito O processo de avaliao de risco necessrio no decurso de um projecto para focar a
validao naquelas funcionalidades que comportem o maior risco relativamente
qualidade, eficcia e pureza do produto farmacutico.
No dispondo de recursos infinitos e por limitaes de tempo necessrio analisar os
riscos associados a cada processo e estabelecer prioridades entre eles.
O mbito ou campo de aplicao desta avaliao de riscos a aplicao SAP ERP para a
gesto dos processos de negcio atravs da implementao dos mdulos que constituem a
aplicao, o que permitir a gesto das actividades de produo dos produtos
farmacuticos e outras funes empresariais dentro das instalaes da Bluepharma
localizada em So Martinho do Bispo (Coimbra, Portugal).
O alvo desta validao o upgrade do SAP R/3 (a partir da verso 4.6C para MySAP
ERP 2005), dos mdulos FI, CO, MM, SD, PP-PI e QM e dotar a Bluepharma das novas
funes dos mdulos WM (Warehouse Management) e PM (Plant Maintenance).
3.3 Estratgia O principal objectivo desta Avaliao de Riscos o de assegurar o cumprimento GxP em
todos os processos geridos a partir do sistema ERP SAP R/3. Uma vez que cada
funcionalidade foi identificada e avaliada, as concluses obtidas a partir da Avaliao de
Riscos dever deixar o Supervisor do Sistema e o departamento de Garantia de Qualidade
focalizarem as actividades de validao nas questes mais crticas ao nvel GxP,
minimizando o tempo necessrio para a validao e optimizando a aplicao do sistema.
Desde que o sistema utilizado na Bluepharma, ano de 2002, a estratgia seguida na
avaliao dos riscos baseia-se nos mdulos SAP R/3 instalados e na documentao
existente:
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Validao de Sistemas Informticos na Indstria Farmacutica
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Mdulos SAP Implementao Documentos de validao existentes FI, CO, MM, PP-PI, SD, QM
Ano 2002: - SAP R/3 4.6c - Oracle 8i - Interface de escalas de Produo
- Os requisitos dos utilizadores (ERU) - Business Blueprint (BBP) - Manuais do Utilizador - Testes funcionais para operaes GMP relevantes
WM, PM Modificao dos outros mdulos de modo a integrar WM e PM
Ano 2006: - Upgrade para MySAP ERP 2005 - Upgrade para Oracle 10i - Interface terminais RF - Melhoramento de Hardware e rede
- Business BluePrint (BBP) - Manuais do utilizador
Quadro 2 Mdulos SAP implementados
Nota: os testes funcionais realizados para os mdulos implementados no ano de 2002
foram executados na base documentada e incidiram sobre as operaes GxP. Este facto
tido em conta na avaliao de risco das funes correspondentes.
3.4 Metodologia
3.4.1 Anlise Funcional Nesta fase, todas as funes e operaes do sistema, sero identificadas, a fim de analisar
o seu impacto GxP. O SAP R/3 um software ERP padro configurvel, disponvel no
mercado, usado para manipular e gerir a maioria das funes de uma empresa, por
exemplo compras, vendas, produo e qualidade.
A tabela seguinte mostra o sistema de mdulos SAP R/3, de acordo com a Especificao
dos Requisitos do Utilizador (ERU), e aps uma primeira crivagem de acordo com a sua
relevncia ao nvel GxP. Os mdulos que so considerados como GxP no relevantes no
sero considerados para a identificao e avaliao de risco.
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Mdulo Principais temas GxP Relevncia GxP Material Management (MM) Rastreabilidade de fornecedores e de compras,
matrias-primas e dados mestre dos produtos Sim
Warehouse Management (WM) Fluxo de materiais do armazm, materiais atribudos ao picking e ordens de encomenda, rotulagem Sim
Sales Distribution (SD) Rastreabilidade dos dados dos clientes de produtos farmacuticos entregues Sim
Production Planning (PP-PI) Controlo e rastreabilidade da execuo das ordens de produo Sim
Quality Management (QM) Controlo de qualidade, IPC (In Process Control) Sim Plant Maintenance (PM) Planeamento e controlo da manuteno preventiva e
outras operaes crticas (por exemplo, calibrao) Sim
Financial and Controlling (FI, CO)
Financeira e contabilidade de custos No
Quadro 3 Mdulos SAP versus relevncia GxP
De acordo com o processo de especificaes descrito no manual do utilizador, cada
funo dos mdulos relevantes GxP do sistema ser analisada na coluna "Anlise
Funcional" da Matriz de Avaliao dos Riscos (Quadro 7).
3.4.1.1. Avaliao do risco
Nesta fase, cada funo identificada na anlise funcional ser avaliada e classificada,
considerando as falhas previstas. O modelo definido com base nos seguintes
parmetros:
- Severidade: Nvel de impacto em questes GxP, impacto GxP
- Probabilidade de falha: a probabilidade da falha ocorrer
- Detectabilidade: probabilidade de que a falha vai ser notada antes de ocorrer o no
cumprimento GxP
Usando a documentao do sistema como referncia, as funcionalidades do sistema so
identificadas, os parmetros de riscos so avaliados e dada uma pontuao relativa.
A pontuao relativa para cada funcionalidade do sistema documentada na matriz de
avaliao de risco.
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3.4.1.2. Classe do Risco
O primeiro passo a pontuao da Classe de Risco como uma funo do impacto GxP e a
probabilidade de falha. Os seguintes critrios GxP determinam o impacto de uma
funcionalidade do Sistema:
Impacto GxP
1 Baixo: a funcionalidade avaliada no gere os dados relevantes ou operaes GxP
2 Mdio: a funcionalidade avaliada gere indirectamente os dados relevantes ou operaes GxP
3 Alto: a funcionalidade avaliada gere directamente dados relevantes ou operaes GxP
Dois factores determinam a probabilidade de falha:
- O estado de validao da funo, avaliada a partir do sistema de documentao. A
probabilidade de funes validadas considerado baixo.
- Como a funo tem sido implementada: utilizando operaes SAP standard ou
transaces personalizadas. Sendo o SAP R/3 software standard configurvel (classe 4,
no guia GAMP) considera-se que a probabilidade de falha alta apenas para operaes
customizadas.
Probabilidade de falha
1 Baixo: funcionalidades validadas
2 Mdio: funcionalidades no validadas, implementado utilizando operaes do SAP R/3 standard
3 Alto: funcionalidades no validadas, implementadas usando transaces/tabelas parametrizadas
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A tabela seguinte mostra como calculada a Classe de Risco:
Classe de Risco Probabilidade
Baixo Mdio Alto
Impa
cto
GxP
Alto
Classe de Risco 2
Classe de Risco 1
Classe de Risco 1
Mdio Classe de Risco 3
Classe de Risco 2
Classe de Risco 1
Baixo Classe de Risco 3
Classe de Risco 3
Classe de Risco 2
Quadro 4 Classe de Risco
3.4.1.3. Nvel de risco
O nvel de risco calculado permite classificar as funes como de alto risco, mdio risco e
baixo risco, no que diz respeito aos valores normais estabelecidos. O nvel de risco
calculado a partir da classe de risco e da probabilidade de deteco da falha. Dois factores
determinam a probabilidade de deteco da falha:
- Estado da validao da funo. Trata-se de considerar que os testes de esforo
realizados na validao verificam que a funo fivel e que o operador avisado
quando a funo no utilizada correctamente.
- O tempo, que a funo est operacional, possvel considerar que a maioria dos erros
seria detectada durante um longo perodo de tempo.
Detectabilidade, probabilidade de deteco da falha
1 Alto: funcionalidades validadas
2 Mdio: funcionalidades no validadas, mas utilizadas desde a primeira implementao do SAP R/3 (2002) 3 Baixo: funcionalidades no validadas, implementado mais recentemente
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A tabela a seguir mostra como calculado o nvel de risco:
Nvel de risco Detectabilidade
Alto Mdio Baixo
Cla
sse
de R
isco
1
Nvel
Mdio
Nvel
Alto
Nvel
Alto
2 Nvel
Baixo
Nvel
Mdio
Nvel
Alto
3 Nvel
Baixo
Nvel
Baixo
Nvel
Mdio
Quadro 5 Nvel de Risco
Neste ponto, o nvel de risco das diferentes funes do SAP R/3 foi determinado. Para
reduzir o nvel de risco, devem ser realizados numa primeira instncia, os testes de
validao. Dependendo dos resultados obtidos na validao, pode ser necessrio fazer
alteraes no sistema, a fim de garantir conformidade GxP.
3.4.1.4. Actividades de Validao
Esta avaliao dos riscos centra-se no cumprimento das questes GxP, assim, as aces a
tomar sero fixadas pelo nvel de risco, mas tambm pelo Impacto GxP da
funcionalidade. Trata-se de considerar que, mesmo quando atribudo um baixo nvel de
risco, algumas actividades de validao podem ser necessrias para funes GxP
relevantes. Por outro lado, e, para funes GxP no-relevantes no devem ser realizadas
actividades de validao mesmo quando o nvel de risco elevado.
A prioridade de actividades de validao classificada como se segue:
No prioritrio: no necessrio tomar uma aco, a fim de assegurar o cumprimento GxP Baixa prioridade: so recomendados testes de revalidao para confirmar que a documentao existente actualizada, bem como o sistema actua como est especificado Alta prioridade: devem ser realizados testes de validao a fim de assegurar o cumprimento GxP
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E a tabela a seguir mostra como so determinadas as actividades de validao a serem
realizadas:
Actividades de validao
Nvel de Risco Baixo Mdio Alto
Impa
cto
GxP
Alto Considerar revalidao
Validao requerida
Validao requerida
Mdio Nenhuma aco requerida
Considerar revalidao
Validao requerida
Baixo Nenhuma aco requerida
Nenhuma aco requerida
Nenhuma aco requerida
Quadro 6 Actividades de Validao a realizar
3.5 Mtodo Risk Failure Mode and Effects Analysis (RFMEA)
De seguida apresentam-se os resultados da aplicao do mtodo RFMEAiv associado a
esta avaliao de riscos descrita para o sistema MySAP ERP implementado na
Bluepharma.
Esta anlise de riscos prope a extenso da Failure Mode and Effects Analysis (FMEA)
para um formato que quantifica e analisa os projectos de gesto de riscos. A nova tcnica
chamada de projecto de gesto de Risco FMEA (RFMEA). Os benefcios da RFMEA
incluem uma maior ateno sobre os riscos mais iminentes, dando prioridade ao
planeamento de contingncia dos riscos, uma melhor participao da equipa no processo
de gesto de riscos, e o desenvolvimento de melhores controlos do risco.
Para a RFMEA associada uma classificao com valor de (1 a 3) a cada atributo. O
primeiro atributo o Impacto. O segundo atributo etiquetado como Probabilidade, e o
terceiro a Detectabilidade. Finalmente, a multiplicao do valor do impacto e do valor
de probabilidade para um risco especfico definido aqui como o risk score. E a
multiplicao destes trs valores conduz ao que conhecido como o ndice de Risco ou
Risk Priority Number (RPN). RPN = Impacto* Probabilidade * Detectabilidade.
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A RFMEA uma ferramenta avanada de risco, que simples e intuitiva. Expande o
conceito de um simples risk score, baseado unicamente sobre o impacto e a probabilidade
de falha, adicionando um atributo para a deteco da falha. Ao adicionar o valor de
deteco, foi possvel melhorar a priorizao do risco. A RFMEA baseia-se na avaliao
tanto do risk score como do valor de RPN para encontrar os riscos crticos que exigem
resposta imediata de planeamento. Se for bem utilizada, a RFMEA pode reduzir bastante
os riscos num projecto, possibilitar por parte da equipa o domnio no planeamento de
riscos, e agir como um recurso para projectos futuros em termos de gesto do
conhecimento.
O valor de deteco contribui para melhorar a classificao dos riscos, a fim de lidar com
aqueles que requerem ateno imediata. Assim, o valor de deteco uma medida da
capacidade de prever o risco especfico. Esses riscos com valores de deteco elevados
podem precisar de mais controlos ou monitorizao para alertas antecipados. O objectivo
detectar o risco o mais cedo possvel.
A tcnica RFMEA foi introduzida como uma forma de sistematicamente captar eventos
de risco, classific-los, e em seguida, responder queles que colocam maior ameaa para
o projecto. Ver (Quadro 7).
Uma vez que os riscos sejam identificados, acrescenta-se os sintomas conhecidos para o
risco e atribui-se os valores de impacto, probabilidade e deteco. No (Quadro 8),
encontra-se um resumo das Identificaes (ID) das falhas e respectiva anlise global em
termos de risco e actividade de validao.
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N Operaes SAP ActividadesBluepharma Dados ou Operaes Impacto Probabilidade Probabilidade de Nvel de ndice de Validao
manipulados GxP de falha deteco da falha Risco de Risco
1 FI Contabiblidade Baixo 1 Mdio, 2 Mdio, 2 Baixo 4 Nenhuma acoFinanceira funcionalidade funcionalidade requerida
SAP standard operacional desde2002
2 CO Contabiblidade de Baixo 1 Mdio, 2 Mdio, 2 Baixo 4 Nenhuma acoCustos funcionalidade funcionalidade requerida
SAP standard operacional desde2002
3 MM-Dados XK01 Dados Mestre de Fornecedor Rastreabilidade de Alto 3 Baixo, 1 Alto, 1 Baixo 3 Considerar Mestre Fornecedor funcionalidade funcionalidade revalidaoFornecedor validada validada teste QP
para MM4 MM-Fornecedor ME61 Avaliao de Fornecedor Homologao Alto 3 Baixo, 1 Alto, 1 Baixo 3 Considerar
Fornecedor funcionalidade funcionalidade revalidaovalidada validada teste QP
para MM
Descrio da funo, transaces relacionadas
Mdulo Finances (FI)
ANLISE DE RISCOANLISE FUNCIONAL
Mdulo no relevante ao nvel GxP
Mdulo Controlling (CO)Mdulo no relevante ao nvel GxP
Mdulo Materials Management (MM)
N Operaes SAP ActividadesBluepharma Dados ou Operaes Impacto Probabilidade Probabilidade de Nvel de ndice de Validao
manipulados GxP de falha deteco da falha Risco de Risco5 MM-Ordens ME11 Gravao de ordens de compra Rastreabilidade Alto 3 Baixo, 1 Alto, 1 Baixo 3 Considerar
de aquisio de ME1E Relatrios de Itens comprados de materiais funcionalidade funcionalidade revalidaodados ME41/ME43/ME9A Requisies de compra adquiridos validada validada teste QP
ME21N/ME9F Ordens de compra para MMME21N/ME51N Libertao de ordens de compra
6 MM-Gesto ME51 Processamento de Gesto de Mdio 2 Mdio, 2 Mdio, 2 Mdio 8 Considerar de ordens de requisies de compra requisies e funcionalidade funcionalidade revalidaoencomenda ME56 Atribuir fontes req. de compra ordens de compra SAP standard operacional desde teste QP
ME54 Libertao de req. de compra 2002 para MMME21/ME25 Criar ordens de compraME28 Ordens de libertao de comprasME18 Enviar informaes de compras
Relatrios7 MM-Gesto de MIRx Processamento de facturas Gesto de Baixo 1 Mdio, 2 Mdio, 2 Baixo 4 Nenhuma aco
Facturas Verificao de facturas Facturas funcionalidade funcionalidade requeridaLibertao de pagamento de SAP standard operacional desdefacturas 2002
8 MM-Cotao MEQx Manter arranjo contingente Cotao de materiais Baixo 1 Mdio, 2 Mdio, 2 Baixo 4 Nenhuma aco funcionalidade funcionalidade requerida
SAP standard operacional desde2002
9 MM-Contratos de ME3x Manter contratos de compra Gesto Baixo 1 Mdio, 2 Mdio, 2 Baixo 4 Nenhuma acoCompra de contractos de funcionalidade funcionalidade requerida
compra SAP standard operacional desde2002
Descrio da funo, transaces relacionadas
ANLISE DE RISCOANLISE FUNCIONAL
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N Operaes SAP ActividadesBluepharma Dados ou Operaes Impacto Probabilidade Probabilidade de Nvel de ndice de Validao
manipulados GxP de falha deteco da falha Risco de Risco91 PM - Peas e Controlo dos tempos, centros de custo, facturamento ... Tarefas de Baixo 1 Mdio, 2 Mdio, 2 Baixo 4 Nenhuma aco
Materiais manuteno funcionalidade funcionalidade requeridado processo standard administrativa SAP standard operacional desde
2002
92 PM - Relatrios CONTROLO DE EXECUO DA MANUTENO Execuo de Alto 3 Mdio, 2 Baixo, 3 Alto 18 Validaocontrolo da funcionalidade funcionalidade requeridamanuteno SAP standard no validada
93 CONTROLO DE CUSTOS Controlo dos custos e Baixo 1 Mdio, 2 Baixo, 3 Mdio 6 Nenhuma acodos recursos de funcionalidade funcionalidade requeridamanuteno SAP standard no validada
94 Controlo de Controlo de acesso Alto 3 Mdio, 2 Mdio, 2 Alto 12 Teste QPAcesso dos de dados GMP e funcionalidade funcionalidade requeridoUtilizadores operaes GMP SAP standard operacional desde
geridas a partir do 2002SAP R / 3
95 Backup & Restore Gesto da informao de backup e restore Backup e restore Alto 3 Alto, 3 Mdio, 2 Alto 18 Teste de QPregistado pelo sistema SAP R / 3 de informao GMP o restore das processo Back-up requerido para
armazenados cpias backup operacional desde cpias backupno SAP R / 3 no est 2002 e restore
validado96 Gesto de Controlo de Alto 3 Baixo, 1 Baixo, 3 Alto 9 Teste QI
Configuraes Alteraes um controlo de nenhum controlo requeridoalteraes foi de alteraesaprovado para foi reportadoa empresa para SAP R/3
Administrao do sistema, no uma funcionalidade SAP R\3
Para as actividades de manuteno, essas operaes no diferem do
Relatrios e estatsticas utilizadas para controlar a manuteno e asordens de calibrao executadas e pendentes a serem executadas
Gesto do Sistema dos perfis de utilizador
Relatrios e estatsticas utilizadas para controlar o tempo e os custos dastarefas de manuteno de equipamentos,
ANLISE DE RISCOANLISE FUNCIONAL
Gesto de Sistemas ITparagens programadas das instalaes...
Descrio da funo, transaces relacionadas
N Processo/ Actividades deProblema Impacto Probabilidade Probabilidade de Nvel de ndice Validao
GxP de falha deteco da falha Risco de Risco
Erweka102 QM046 - Interface A carga de trabalho e o Baixo 1 Mdio 2 Alto 1 Baixo 2 Nenhuma aco
com o Erweka tempo que os utilizadores requeridalevam a fazer a introduode resultados manualmente
Falhas de Hardware103 Servidor Prever falha de sistema e recriar o sistema de Todas as actividades do Alto 3 Alto 3 Alto 1 Mdio 9 Validao
Produo na mquina de Desenvolvimento sistema cessam. requerida(este procedimento demora em mdia 1 a 2 dias) Realizao manual de
todas as tarefas crticasFalhas de Rede104 Falha de Rede Falha Total - no h forma de contornar o problema Todas as actividades do Alto 3 Mdio 2 Alto 1 Mdio 6 Validao
Falha Parcial - partilha de estaes de trabalho sistema cessam. requeridapelos utilizadores Realizao manual de
todas as tarefas crticas
atravs da transaco QE51N
ANLISE DE RISCOANLISE FUNCIONAL
Descrio da funo, transaces relacionadas Consequncias
manualmente a introduo de resultadosSe o sistema falhar os utilizadores podem efectuar
Quadro 7 Representao de alguns dos processos analisados.
Nota: Os restantes processos no se encontram aqui representados. (Apenas em ficheiro Excel)
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ID d
a Fa
lha
Classe do Risco
Nvel do Risco
Impa
cto
GxP
Prob
abili
dade
de
Falh
a
Ris
k Sc
ore
Det
ecta
bilid
ade
da F
alha
ndi
ce d
e R
isco
(RPN
)
Actividade de Validao 51 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 52 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 53 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 54 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 55 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 56 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 57 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 58 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 59 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 60 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 61 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 62 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 63 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 64 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 65 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 66 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 67 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 68 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 69 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 70 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 71 3 Alto 2 2 4 3 12 Validao requerida 72 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 73 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 74 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 75 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 76 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 77 2 Alto 2 2 4 3 12 Validao requerida 78 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 79 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 80 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 81 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 82 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 83 2 Alto 2 2 4 3 12 Validao requerida 84 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 85 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 86 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 87 1 Alto 3 3 9 3 27 Validao requerida 88 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 89 2 Baixo 3 1 3 1 3 Considerar revalidao 90 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida
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91 3 Baixo 1 2 2 2 4 Nenhuma aco requerida 92 1 Alto 3 2 6 3 18 Validao requerida 93 3 Mdio 1 2 2 3 6 Nenhuma aco requerida 94 1 Alto 3 2 6 2 12 Validao requerida 95 1 Alto 3 3 9 2 18 Validao requerida 96 2 Alto 3 1 3 3 9 Validao requerida 97 1 Mdio 3 2 6 1 6 Validao requerida 98 1 Mdio 3 2 6 1 6 Validao requerida 99 3 Baixo 1 1 1 2 2 Nenhuma aco requerida 100 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida 101 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida 102 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida 103 1 Mdio 3 3 9 1 9 Validao requerida 104 1 Mdio 3 2 6 1 6 Validao requerida 105 1 Mdio 3 3 9 1 9 Validao requerida 106 1 Mdio 3 3 9 1 9 Validao requerida 107 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida 108 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida 109 1 Alto 3 3 9 2 18 Validao requerida 110 1 Alto 3 3 9 2 18 Validao requerida 111 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida 112 3 Baixo 1 2 2 1 2 Nenhuma aco requerida
Quadro 8 Sumrio dos processos de falha e actividades de validao a realizar
Nota: Os processos de 1 a 50 no se encontram neste quadro. Apenas em ficheiro Excel.
A seguir, a partir destes valores foram gerados grficos Pareto do risk score e dos valores
de RPN por cada ID de falha. (Figura 4)
Uma vez inseridos os valores para os trs factores, ambos os valores de risk score e de
RPN so calculados. O prximo passo rever o grfico Pareto de risk score para
determinar o valor crtico de risk score. Depois, gerado para o RPN um Pareto
semelhante, e determinado por esta medida um valor crtico. O ponto que se deve
manter em mente que este apenas um ponto de partida. Os valores crticos
simplesmente fornecem uma orientao para priorizar o planeamento da resposta aos
riscos.
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Valores do Risk Score II
0123456789
10
51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 101
103
105
107
109
111
ID da Falha
R
i
s
k
S
c
o
r
e
Valores de ndice de Risco II (RPN)
0
5
10
15
20
25
30
51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 101
103
105
107
109
111
ID da Falha
n
d
i
c
e
d
e
R
i
s
c
o
(
R
P
N
)
Figura 4 Grficos Pareto do Risk Score (em cima) e RPN (em baixo) para os processos de 51 a 112
Nota: Os processos de 1 a 50 no se encontram representados nesta figura. (Apenas em ficheiro Excel)
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Aps serem conhecidos os valores crticos, tanto para o RPN como para o risk score, criado um
diagrama de disperso risk score versus RPNs. (Figura 5)
O objectivo desta etapa o de encontrar a interseco dos dois valores crticos para definir o
conjunto inicial de riscos que exigem que seja gerado desde incio um plano de resposta. Aos
eventos de risco que tm um risk score e um RPN acima dos valores crticos dada prioridade
para o planeamento da validao. Existem riscos que podem ter uma classificao de elevado risk
score, mas porque previsvel que o risco pode ser detectado suficientemente cedo, eles recebem
um valor baixo de deteco e consequentemente um baixo RPN.
Os processos de falha que tm risk score alto no tm necessariamente elevados RPNs. A
primeira revelao foi a de que os riscos crticos iniciais a serem abordados com base nas duas
medidas eram diferentes. Percebe-se que, abordando os riscos simplesmente com base apenas no
risk score, pode-se estar a abordar os riscos que poderiam ser facilmente detectados e tratados
muito mais tarde ou de uma maneira diferente, porm, pode-se no estar a abordar os riscos que
poderiam ser uma completa surpresa, dada a menor prioridade destes com base isoladamente no
risk score.
Risk Score vs RPN
2; 42; 4 3; 33; 33; 3
4; 8
2; 42; 42; 4 3; 33; 33; 33; 32; 4
6; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 18
3; 33; 33; 32; 4 3; 32; 2 3; 33; 3
6; 12
3; 33; 33; 32; 6
6; 18
3; 33; 33; 33; 33; 33; 33; 33; 32; 4 3; 32; 42; 4 3; 33; 33; 32; 4 3; 32; 4 3; 32; 4 3; 3
4; 12
6; 186; 186; 186; 186; 18
4; 12
2; 62; 62; 62; 62; 6
4; 12
2; 6
6; 186; 18
9; 27
6; 18
3; 32; 42; 4
6; 18
2; 6
6; 12
9; 18
3; 96; 66; 6
1; 2 2; 22; 22; 2
9; 96; 6
9; 99; 9
2; 22; 2
9; 189; 18
2; 22; 20
5
10
15
20
25
30
0 2 4 6 8 10
Risk Score
RPN
Figura 5 Risk Score versus RPN dos processos de falha
-
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Na sequncia do cruzamento dos valores de risk score com os valores de RPN obtm-se um
grfico (Figura 6) que ilustra claramente a relevncia da validao de alguns processos
relativamente a outros. Conclui-se da anlise, que h processos que podem dar origem a falhas
crticas, e que portanto exigem uma resposta antecipada no seu planeamento, sendo estes os
processos cujo risk score e RPN correspondem aos valores que se mostram na parte superior
direita, dentro do quadrado.
Figura 6 Risk Score versus RPN dos processos de falha e destaque daqueles cuja validao prioritria
Risk Score vs RPN
2; 42; 4 3; 33; 33; 3
4; 8
2; 42; 42; 4 3; 33; 33; 33; 32; 4
6; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 186; 18
3; 33; 33; 32; 4 3; 32; 2 3; 33; 3
6; 12
3; 33; 33; 32; 6
6; 18
3; 33; 33; 33; 33; 33; 33; 33; 32; 4 3; 32; 42; 4 3; 33; 33; 32; 4 3; 32; 4 3; 32; 4 3; 3
4; 12
6; 186; 186; 186; 186; 18
4; 12
2; 62; 62; 62; 62; 6
4; 12
2; 6
6; 186; 18
9; 27
6; 18
3; 32; 42; 4
6; 18
2; 6
6; 12
9; 18
3; 96; 66; 6
1; 2 2; 22; 22; 2
9; 96; 6
9; 99; 9
2; 22; 2
9; 189; 189; 18
2; 22; 20
5
10
15
20
25
30
0 2 4 6 8 10
Risk Score
RPN
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3.6 Resumo
Aces altamente prioritrias
As funcionalidades SAP R/3 implementadas em 2006 (mdulos WM e PM) no foram validadas
de forma documentada. As correspondentes funcionalidades GxP identificadas na presente
avaliao de riscos devem ser validadas para garantir o cumprimento GxP. No que diz respeito
gesto dos sistemas de IT, o controlo de acesso dos utilizadores no foi validado de forma
documentada. O processo de backup foi validado, mas no o restauro dos dados a partir dos
backups. Estas operaes no SAP R/3 devem ser validadas para garantir o cumprimento GxP. As
melhorias de hardware e actualizaes de software realizadas em 2006 no foram apoiadas num
controlo de alteraes. Devem ainda ser realizados testes na Qualificao de Instalao (QI) para
actualizar a documentao de instalao do sistema.
Aces pouco prioritrias
As funcionalidades GxP relevantes implementadas em 2002 foram identificadas e validadas de
forma documentada, o seu nvel de risco considerado baixo. No entanto, nenhum controlo de
alteraes tem sido relatado durante todo este tempo, mesmo quando o sistema foi melhorado e
novos mdulos foram implementados. Deve ser considerado para os mdulos MM, PP, QM e SD
um teste de revalidao QP, para garantir que o dispositivo das principais funcionalidades GxP
est em conformidade com a documentao existente.
Comentrios adicionais
Uma vez que esta anlise de riscos est centrada nas questes de conformidade GxP, as
funcionalidades avaliadas como no-relevantes a nvel GxP, no necessitam de ser validadas.
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4. Qualificao Consiste de quatro actividades sequenciais, conforme ilustrado na Figura 9: Qualificao de
Desenho (QD), Qualificao de Instalao (QI), Qualificao Operacional (QO) e Qualificao
de Performance (QP). As Qualificaes so responsabilidade da empresa farmacutica, embora
os fornecedores tenham um maior envolvimento na fase (QD). A QI, QO, e QP devem ser
aplicadas aos sistemas informticos, como indicado pelos principais regulamentos.
A relao entre as qualificaes e especificaes do sistema indicada na Figura 8. A
Qualificao de Desenho garante que os requisitos para a configurao do sistema informtico
esto completos; a QI verifica a instalao, configurao, e calibrao de equipamentos entregues
ao Desenho de Software e Hardware; a QO verifica a capacidade operacional das especificaes
do sistema; e a QP verifica o funcionamento robusto e confivel do sistema informtico.
Deve ser preparado um relatrio de testes para concluir cada actividade de qualificao (QI, QO e
QP), resumindo os resultados dos testes. Qualquer falha nos testes, ou concesses para aceitar o
software apesar dos testes sobre ele terem falhado devem ser discutidas. Nem todos os testes tm
de ser aprovados, sem reservas, desde que todas as autorizaes para prosseguir sejam
justificadas nos relatrios e as aces correctivas para resolver quaisquer problemas sejam
iniciadas, pode permitir-se que a prxima actividade de qualificao comece. Cada relatrio ir
terminar tipicamente com uma declarao autorizando a progresso para a prxima actividade de
qualificao.
4.1 Qualificao e Especificaes de Desenho
A qualificao de desenho (QD) define as especificaes funcionais e operacionais do sistema e
as decises conscientes detalhadas na seleco do fornecedor. A QD deve assegurar que os
sistemas informticos tm todas as funes necessrias e os critrios de desempenho que lhes
permita ser implementados com sucesso para a sua aplicao e para satisfazer os requisitos
empresariais. Erros na QD podem ter um impacto empresarial e tcnico tremendo, por
conseguinte, devem ser investidos uma quantidade suficiente de tempo e recursos na fase QD.
Por exemplo, a definio de especificaes funcionais erradas pode aumentar substancialmente a
carga de trabalho dos testes da QO, adicionar funes no existentes numa fase posterior, ser
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muito mais caro do que inclu-las nas primeiras especificaes, e seleccionar um fornecedor com
capacidade de assistncia insuficiente pode diminuir o estado de actualizao dos instrumentos
com um impacto negativo no negcio.
4.1.1 Especificao dos Requisitos do Utilizador (ERU)
O objectivo do negcio a ser cumprido pelo sistema informtico expresso numa ERU, que deve
proporcionar uma base slida para o projecto. A ERU no deve mergulhar no detalhe do desenho,
que deve ser adiado para a especificao funcional. Isto pode ser difcil quando se trate de
sistemas personalizados, como a concepo muitas vezes antecipada quando se desenvolve a
ERU.
As especificaes exigidas pelos utilizadores descrevem os requisitos de funcionalidade dos
utilizadores, o nvel de interaco do utilizador, interfaces com outros sistemas e equipamentos, o
ambiente operacional, e quaisquer limitaes. Devem ser includas as exigncias regulamentares
especficas, por exemplo, as exigncias relativas utilizao de registos electrnicos e assinaturas
electrnicas. A documentao que compe a ERU dever:
Permitir que o fabricante compreenda as necessidades do utilizador
Definir claramente qualquer constrangimento de desenho
Fornecer detalhes suficientes para facilitar os testes de aceitao
Apoiar a explorao e manuteno do sistema informtico
Antecipar e facilitar a retirada de servio do sistema informtico
4.1.2 Especificao Funcional
Descreve a funcionalidade do sistema escolhido ou desenvolvido e como ir cumprir os
requisitos dos utilizadores. Este documento a especificao contra a qual a operacionalidade do
sistema ser testada e mantida. Pode ser referenciado o hardware e software especfico do
produto. A especificao funcional no deve duplicar as informaes disponveis na
documentao standard previamente publicada pelo fornecedor se o software/hardware comercial
est em uso.
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4.1.3 Avaliao do Fornecedor
Esta exigncia normalmente satisfeita por meio da auditoria realizada pela empresa
farmacutica. A auditoria examina os atributos de garantia da qualidade dos processos do
fornecedor, a maturidade, bem como a adequao do seu servio ou equipamento sugerido para
uso no projecto de desenvolvimento do produto. O fornecedor neste contexto pode ser entendido
como o vendedor de equipamentos, fornecedor de servios, ou a empresa farmacutica se esta
decide desenvolver software in-house.
Factores de risco do fornecedor incluem:
Tamanho da empresa
Histria da empresa
Perspectivas futuras
Representao na indstria alvo, por exemplo, Farmacutica
Experincia
Factores de risco do produto incluem:
Complexidade do Sistema
Nmero de sistemas a ser comprado
Maturidade do sistema
Nvel de rede
Influncia sobre outros sistemas, por exemplo, atravs de redes
Impacto do sistema na qualidade dos medicamentos
Impacto do sistema na continuidade empresarial
Integrao do sistema com outras interfaces
Nvel de customizao
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Os factores de risco so estimados para o fornecedor e sistema informtico (produto), como no
Quadro 10.
Quadro 9 Risco do Fornecedor versus Risco do Produto
A rea mais crtica a vermelha com elevado risco de produto e de fornecedor. Este cenrio iria
requerer uma auditoria ao fornecedor quer atravs da empresa utilizadora quer atravs de uma
terceira empresa confivel. Por outro lado as reas verdes podero ser tratadas por um documento
sucinto descrevendo quem o fornecedor e o porqu da sua escolha.
Na rea amarela os fornecedores poderiam ser avaliados atravs de uma auditoria, suportada por
boas referncias internas ou externas. Os resultados das auditorias ao fornecedor devem ser
documentadas na sequncia de um esquema de ranking padronizado.
Quando esto disponveis sistemas comerciais standard as Especificaes dos Requisitos do
Sistema (ERS) so enviadas para um ou mais fornecedores. Estes por sua vez respondem a cada
exigncia com um conjunto de especificaes funcionais de um sistema que mais adequado
para as necessidades do utilizador. Os utilizadores comparam as respostas do fornecedor com as
suas prprias necessidades. Se nenhum dos fornecedores cumpre todos os requisitos dos
utilizadores, os requisitos podem ser ajustados para uma melhor adequao ou criado software
adicional para atender s necessidades dos utilizadores seguindo o ciclo de desenvolvimento. O
fornecedor que melhor atenda aos requisitos tcnicos e de negcio do utilizador seleccionado e
qualificado.
A validao de software e sistemas informticos abrange todo o ciclo de vida dos produtos, que
inclui a validao durante a concepo e desenvolvimento. Quando o software e sistemas
informticos so comprados a fornecedores, o utilizador ainda responsvel pela validao.
O objectivo de qualificao do fornecedor obter a garantia de que o desenvolvimento de
produtos e prticas de fabrico do fornecedor satisfazem as exigncias de qualidade da empresa
utilizadora. Para o desenvolvimento de software isto normalmente significa que o software
Ris
co d
o Fo
rnec
edor
Baixo Mdio Alto Alto Mdio Baixo Risco do Produto
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desenvolvido e validado seguindo procedimentos documentados. No presente caso este processo
j tinha sido realizado em 2002, quando a primeira verso do software SAP foi adquirida.
Portanto, e uma vez que foi feita uma actualizao e upgrade do sistema, esta fase de qualificao
no necessria.
4.2 Qualificao de Instalao
A qualificao de Instalao estabelece que o sistema informtico recebido como projectado e
especificado, que instalado correctamente no ambiente seleccionado, e que este ambiente
adequado para o funcionamento e utilizao dos equipamentos. A QI fornece verificao
documentada de que um sistema informtico instalado de acordo com especificaes escritas e
previamente aprovadas.
A integrao do sistema informtico (hardware, software e instrumentao) deve ser confirmada
na preparao para a posterior actividade de QO. Alguns profissionais referem-se a isso como os
testes estticos dos atributos do sistema informtico. QI portanto a verificao documentada de
que todos os principais aspectos de instalao do hardware e software aderem a cdigos
adequados e a intenes de concepo aprovadas e que as recomendaes do fabricante foram
devidamente consideradas.
A Instalao e Qualificao de Instalao (QI) de sistemas maiores normalmente realizada por
um representante do fornecedor. Os representantes do fornecedor e um representante da empresa
utilizadora devem assinar os documentos de QI.
Documentos da Qualificao de Instalao (QI)
Foi gerado um protocolo de QI (em Anexo), aprovado e executado para fornecer provas
documentais de que o equipamento foi instalado de acordo com requisitos especficos de
concepo. E tambm um relatrio final resumindo os resultados, as deficincias observadas e as
aces correctivas que tm de ser abordadas. Este relatrio no divulgado por razes de
confidencialidade.
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4.3 Qualificao Operacional
A Qualificao Operacional (QO) prov verificao documental de que um sistema informtico
funciona de acordo com especificaes escritas e previamente aprovadas ao longo de todas as
suas gamas de funcionamento no ambiente seleccionado. A QO s deve comear aps a
concluso bem sucedida da QI. Em suma, inclui os testes de utilizador, para os quais necessrio
demonstrar que o sistema informtico funciona em conformidade com as Especificaes
Funcionais de (Desenho), estes testes individuais devem fazer referncia adequada s
Especificaes Funcionais. Os testes devem ser concebidos de modo a demonstrar que as
operaes iro funcionar como especificado em condies normais de funcionamento e, se for
caso disso, sob condies de esforo realistas.
Os sistemas informticos mais simples podem combinar as etapas de validao de QI e QO numa
nica actividade e document-lo de acordo. Quanto a sistemas informticos mais complexos,
podem ser divididos em subsistemas e submetidos a distintas QO. Os testes devem ento ser
complementados por uma QO colectiva demonstrando que a plena integrao do sistema
funciona como se pretende.
Documentos da Qualificao Operacional (QO)
QO a verificao documentada de que os equipamentos relacionados com o sistema ou
subsistema cumprem inteiramente com os limites operacionais especificados anteriormente.
Portanto, foi produzido um protocolo de QO (em Anexo), aprovado e executado parcialmente
para fornecer provas documentais de que o equipamento opera de acordo com os requisitos
funcionais especficos. O relatrio final que resume os resultados desta etapa no foi produzido,
uma vez que esta fase no foi completada. O relatrio sntese de QO ser emitido aps a
concluso das actividades de QO, e todas as deficincias observadas e as aces correctivas sero
abordadas nesse relatrio.
Os critrios dos testes realizados nesta fase so:
Impacto sobre a qualidade dos produtos
Impacto sobre a continuidade das actividades
Complexidade do sistema
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Informao do vendedor sobre o tipo de testes e ambiente de teste
Nvel de customizao
O factor de risco de um sistema deve ser avaliado com base nos factores de risco acima. A
extenso dos testes definida para cada nvel de risco na seco Avaliao de Riscos referida
anteriormente ou na seco de "risco" do plano mestre de validao. Um exemplo mostrado no
quadro abaixo. O nvel de personalizao expresso atravs das Categorias 3, 4 ou 5 das GAMP.
A categoria trs um software standard sem personalizao e sem ajustes de configurao. A
categoria 4 um sistema configurvel e a categoria 5 corresponde a um sistema totalmente
customizado. A extenso dos testes aumenta a partir do canto inferior esquerdo (baixo risco,
sistema standard) para o canto superior direito (de alto risco, personalizao completa), ilustrado
no Quadro 11.
Sistema GAMP 3 GAMP 4 GAMP 5
Alto risco
Teste de funes crticas. Link de testes de requisitos.
Teste crtico Funes normalizadas. Teste a todas as funes padro Link de testes de requisitos
Teste crtico a funes normalizadas. Teste a todas as funes padro Link de testes de requisitos.
Mdio risco
Teste de funes crticas.
Teste de todos os dados crticos da norma padro. Link de testes de requisitos.
Teste crtico a funes normalizadas. Teste a todas as funes padro Link de testes de requisitos.
Baixo risco
No necessita testes Teste padro crtico
Teste padro crtico
Quadro 10 Categorias GAMP versus Nvel de Risco
O bom funcionamento do backup e recuperao e as funes de segurana como o controlo de
acessos aos sistemas informticos e aos dados tambm foram testadas, devem ainda ser
realizados testes completos de QO, em intervalos regulares, por exemplo, para sistemas de dados
cromatogrficos, uma vez por ano e aps actualizaes importantes do sistema. Os testes parciais
de QO devero ser realizados aps actualizaes menores do sistema, devendo ser quantitativos.
Isto significa que os inspectores no s esperam um protocolo de testes com itens de teste e
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informao de que passou/falhou, mas tambm os resultados esperados, os critrios de aceitao
e os resultados reais.
4.4 Qualificao de Performance
Refere-se verificao de que um sistema informtico apropriado para a sua finalidade.
Significa muitas vezes projectar testes que esto directamente ligados ao fabrico de produtos
farmacuticos. A QP prov, portanto, verificao documentada de que um sistema informtico
capaz de executar e supervisionar as actividades necessrias para efectuar o controlo dos
processos, de acordo com as especificaes escritas e previamente aprovadas, enquanto opera no
seu ambiente produtivo especificado. Trata-se portanto do processo de demonstrar que um
sistema tem um desempenho consistente, de acordo com a especificao apropriada para o seu
uso habitual.
A QP s deve comear aps a concluso com xito da fase QO. Compreende a performance do
produto e/ou qualificao de performance do processo. Nesta fase, a empresa farmacutica tem
de demonstrar que a instalao no local do sistema informtico foi concluda e est em
funcionamento, em conformidade com os intentos da ERU. Por vezes a QP tambm referida
como a parte do processo de validao, onde o sistema informtico suporta um processo de
produo. A condio fundamental na QP que as alteraes podem ser feitas para o sistema
informtico durante os testes. Se a necessidade de mudana surge como um resultado de testes
falhados, a QP deve ser repetida na sua totalidade. O princpio subjacente que a alterao pode
ter perturbado a estabilidade do sistema e a reprodutibilidade.
Na prtica, a QP pode significar testar o sistema com todas as aplicaes. Para um sistema
informtico analtico isso pode significar, por exemplo, executar os testes de aptido do sistema,
onde as caractersticas crticas de desempenho do sistema so medidas e comparadas com limites
predefinidos e documentados.
Documentos da Qualificao de Performance (QP)
QP a verificao documentada de que o processo e/ou o sistema relacionado com o processo
global actua como pretendido ao longo de todas as gamas de funcionamento previsveis.
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Aquando da finalizao da QO e uma vez emitido o respectivo relatrio desta fase, ser ento
gerado um protocolo QP. Que ser executado e aprovado para fornecer provas documentais de
que o equipamento satisfaz os requisitos especficos do utilizador. Um relatrio final deve ser
produzido, resumindo os resultados, quaisquer deficincias observadas e as aces correctivas.
5. Relatrio de Validao O relatrio de Validao elaborado em resposta ao Plano Mestre de Validao. Pretende
fornecer gesto uma reviso do sucesso do exerccio de validao e quaisquer concesses feitas
durante a mesma. O objectivo do relatrio o de procurar a sua aprovao da concluso e
aceitao da validao conduzida. Os Relatrios de Validao tambm podem documentar
validaes falhadas e instruir modificaes de desenho ou mais testes.
Sempre que haja desvios do Plano de Validao, ou incidentes no resolvidos, devem ser
documentados e justificados. Se houver questes crticas que continuam por resolver, o sistema
informtico no pode ser considerado vlido ou apto para a finalidade que se prope.
O Relatrio de Validao de um sistema no deve ser aprovado at que todos os documentos
relevantes definidos no seu Plano de Validao tenham sido aprovados. A aprovao do Relatrio
de Validao marca a concluso do processo de validao. O Relatrio de validao deve,
portanto, incluir uma declarao clara confirmando ou no que todos os sistemas informticos
esto validados e so adequados sua finalidade.
Quando o projecto de validao estiver concludo o Supervisor do Sistema deve gerar um
relatrio sumrio da validao. O relatrio deve espelhar e documentar os resultados a que o
projecto de validao se propunha. Estes documentos devem ser revistos, aprovados e assinados
pela GQ, bem como pelo supervisor do sistema.
Este Relatrio de Validao deve tambm identificar todos e cada problema no resolvido por
uma aco correctiva durante o projecto, e deve fornecer detalhes da varincia, por que ela
ocorreu, e como foi resolvida. Ele tambm fornece uma justificao escrita para as situaes em
que uma aco correctiva no possvel ou adequada. Do mesmo modo, os fornecedores podem
facultar um relatrio resumindo os seus prprios trabalhos de validao, o que tambm pode ser
referenciado por este documento. O Relatrio de Validao autoriza a utilizao do sistema
informtico e no deve ser emitido at que todos os requisitos de operao e manuteno,
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incluindo os documentos de gesto, calibrao, manuteno, controlo de alteraes, segurana,
etc, tenham sido postos em prtica.
6. Plano Mestre de Validao (PMV) Todas as actividades de validao devem ser descritas num Plano Mestre de Validao (PMV)
que dever fornecer um quadro exaustivo e coerente para a validao. O plano mestre de
validao exigido oficialmente pelo Anexo 15 do EU GMPv. Os regulamentos e orientaes da
FDA no ordenam a elaborao de um plano mestre de validao, porm, os inspectores querem
saber qual a abordagem da empresa em relao validao. O plano mestre de validao uma
ferramenta ideal para comunicar esta abordagem, tanto a nvel interno como aos inspectores. Ele
tambm garante a aplicao coerente de prticas de validao e torna as actividades de validao
muito mais eficientes. No caso de haver alguma dvida quanto razo pela qual as coisas tm
sido ou no foram feitas, o plano mestre de validao deve dar a resposta.
Em resumo, um plano escrito que expe como se levar a cabo a validao, incluindo os
parmetros dos testes, as caractersticas do sistema, o equipamento de produo e os pontos de
deciso sobre os quais os resultados so aceitveis para os testes. Consiste num documento de
sntese que explica o mtodo, os meios e a planificao colocada em marcha para validar a
unidade. Actua como sumrio ou resumo da validao e por isso contm referncias a outros
documentos. Este documento foi criado na empresa, e apresentada aqui uma parte.
6.1. Sobre este documento
6.1.1. Finalidade
Este plano de validao descreve os resultados de validao que sero fornecidos para as
actividades que recaem no mbito da validao. Ele descreve como ser feita a validao e define
a abordagem para fornecer elementos de prova documental.
Pretende-se com este plano fornecer provas documentais de que o sistema ERP MySAP 2005,
ECC verso 6.0 e infra-estrutura associada tem atributos de boa qualidade, opera com exactido e
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fiabilidade em conformidade com as suas especificaes pr-determinadas, e continuar a faz-lo
no futuro.
O objectivo deste plano de validao descrever os resultados e responsabilidades dessa
validao, que sero fornecidos para as actividades que recaem no mbito da validao. Ele
descreve como o ERP MySAP ser validado e define a abordagem para fornecer provas
documentais de que o MySAP ERP ir cumprir sempre as suas especificaes predeterminadas e
possuir os atributos de qualidade.
Este plano de validao foi produzido de acordo com a Avaliao de Riscos e de acordo tambm
com o anterior processo de validao para o MySAP ERP, verso 4.6C.
6.1.2. Audincia
A audincia do plano de validao sero os membros da equipa do projecto, que so responsveis
pela implementao e utilizao da aplicao em ambiente de teste e de produo.
6.1.3. mbito
Este plano abrange o processo de validao de todos os componentes do sistema ERP MySAP
que esto dentro do alcance de validao (ver seco 6.1.4 - Incluses, com os principais
componentes includos). O plano prev tambm uma viso geral do sistema, e define as
prestaes de validao necessrias para assegurar que o sistema foi instalado e mantido num
estado validado.
6.1.4. Incluses
Foram includas neste plano mestre de validao as plataformas de Teste e de Produo com os
seguintes componentes:
Software
o Sistemas Operativos Cliente e Servidor
o Oracle DataBase
o Mdulos SAP GxP (MM, SD, WM, PP-PI, QM)
o Desenvolvimentos in-house que afectam estes mdulos
Hardware
o Servidores de Teste e Produo
o PCs Clientes
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o Elementos de Rdio Frequncia (RF)
o Equipamentos de pesagem
o Principais componentes LAN
Documentos
o Procedimentos de gesto do sistema
o Controlos de Acesso e registos de segurana
o Processos de backup e restore
Pessoal
o Registos e Procedimentos de Formao
6.2. Viso Geral do Sistema
O sistema MySAP ERP um software ERP standard configurvel, disponvel no mercado e
usado para gerir e lidar com a maior parte das funes de uma empresa, por exemplo, aquisio,
armazenamento, distribuio e vendas, produo e qualidade. As Finanas, Recursos Humanos e
Imobilizado so outras funes no relevantes ao nvel GxP ger