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Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Fevereiro de 2009

Ofornecedor de cana está in-vestindo cada vez mais nasações de preservação do

meio ambiente porque sabe que osbenefícios são imediatos e tambémpara gerações futuras. Assim, os pro-dutores estão plantando mudas devegetação nativa nas áreas de pre-servação permanente e/ou deixandotais áreas ao sabor da regeneraçãonatural porque querem produzir deforma sustentável. A reportagem decapa deste mês é sobre a recupera-ção das matas ciliares e a conscien-tização ecológica, cada vez maior,entre os produtores de cana.

O entrevistado desta edição éMarcos Guimarães de Andrade Lan-dell, diretor do Centro Avançado dePesquisa Tecnológica do Agronegó-cio da Cana – IAC e pesquisador ci-entífico em melhoramento de cana-de-açúcar. Ele antecipou à Canaviei-ros que o Centro de Cana IAC develançar um grupo de variedades até ofinal deste ano.

Na coluna “Ponto de Vista”, oconsultor da Canaoeste, Cléber Mo-raes, explica que os períodos de cri-se também são de oportunidades, emque alternativas que não foram pos-tas em prática podem ser reavaliadaspara contribuir para a melhoria dasrelações comerciais.

Nas páginas da Copercana, vocêencontrará o “Dia de Campo” reali-zado pela Syngenta e Yara, com oapoio da Copercana e Canaoeste, re-alizado na Fazenda Bananal, em Ser-tãozinho. O evento contou com aparticipação de cooperados e dire-tores da Copercana. Também nessa

Consciênciaambiental

Consciênciaambiental

secção, o professor da Unesp de Ja-boticabal, Jorge Luca Júnior, contaque há mais de dois anos a Coperca-na utiliza o processo de composta-gem para melhoria da qualidade am-biental, oferecendo um destino se-guro para os resíduos sólidos.

As páginas da Canaoeste trazema circular do Consecana de janeiro/2009 e um artigo sobre produção demudas de cana-de-açúcar de alta qua-lidade (muda sadia) pela Canaoeste/Copercana na Fazenda Santa Rita, emTerra Roxa, escrita pelo gerente doDepartamento Técnico da Canaoes-te, Gustavo de Almeida Nogueira.

O destaque deste mês é a sétimaedição da Feicana/ FeiBio (Feira deNegócios do Setor de Energia), queserá realizada de 10 a 12 de março noRecinto Exposições Clibas de Almei-da Prado, em Araçatuba. A progra-mação da feira também inclui a reali-zação de eventos, como o 2º Simpó-sio Internacional Datagro-UDOP.

Em “Assuntos Legais”, assinadopelo advogado Juliano Bortoloti, sãotratados os temas: queima de cana -Poder Judiciário vem pacificando oentendimento da incompetência dosmunicípios legislarem, proibindo aqueima de cana quando houver le-gislação federal e estadual autoriza-dora – e a alteração do Código Flo-restal Brasileiro.

Além de todo esse conteúdo, arevista também traz análises impor-tantes sobre o mundo agrícola. Con-fira os seguintes artigos: Informa-ções Setoriais; Artigo Técnico e Pra-gas e Doenças.

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O que fazer quando a confian-ça na capacidade de realizaros pagamentos é abalada?

Cléber MoraesConsultor CANAOESTE

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

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OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Demonstração do resultado do exercício- Balanço Patrimonial

- Produção de mudas de cana-de-açúcarde alta qualidade

Fornecedores investemna recuperação dematas ciliaresConsciência ecológica dosagricultores produz benefíciospara essa geração e para asfuturas

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Biodigestores: vantagens e benefícios- Copercana e Canaoeste apóiam “Diade Campo” da Syngenta e Yara

CONSECANA

DESTAQUE

PRAGAS EDOENÇAS

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO

ASSUNTOSLEGAIS

REPERCUTIU

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,Carla Rossini, Daniel Pelanda,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

www.r [email protected]

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

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Diretor do IAC

Centro de Cana IAC: novasvariedades em 2009

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Marcos Guimarães deAndrade Landell

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Antes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da Porteira

Mangalarga marchador '53'Família Junqueira mantém tradição na criação daraça e criou uma marca própria ainda em 1902

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Centro de Cana IAC: novasvariedades em 2009

Marcos Guimarães deAndrade Landell

Entrevista

Carla Rossini

Marcos Guimarães deAndrade Landell

Centro de Cana IAC: novasvariedades em 2009

O Centro de Cana IACdeve lançar um grupo devariedades de cana até

o final deste ano, de acordo como diretor do Centro Avançado dePesquisa Tecnológica do Agrone-gócio da Cana – IAC, MarcosGuimarães de Andrade Landell.

O centro, que surgiu do Pro-grama Cana do IAC e que iniciouas atividades na antiga FazendaExperimental há quatro anos, am-pliou o número de laboratórios, depesquisadores, o que permitiu umasérie de ações de expansão doprograma de pesquisa.

O próximo passo será a for-mação de uma coleção públicade germoplasma de cana. Se-gundo Landell, está em forma-ção uma comissão gestora, queterá como atribuição organizara coleção pública de germoplas-ma que estará localizada noCentro Cana IAC e que reunirágenótipos do complexo Sac-charum representantes das di-versas regiões de origem e dasdiversas espécies envolvidasneste complexo.

Leia, a seguir, a entrevista queLandell concedeu à Canavieiros.

Diretor do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica doAgronegócio da Cana - IAC

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Entrevista

“"Uma coisa é certa: de uma forma geral,

muitos produtores, não só fornecedores, masusinas, inclusive, reduziram a adubação em

30% ou à metade e alguns produtoreschegaram a não adubar seus canaviais"

Canavieiros: O IAC deve lançarnovas variedades de cana em 2009?

Marcos Landell: Sim, devemos lan-çar possivelmente um grupo de varie-dades no final do ano. Estamos depen-dendo da colheita de ensaios deste anopara definir quais exatamente serão lan-çadas. Fazemos quatro cortes em nos-sos ensaios. Na realidade, sentimoscada vez mais a importância da longe-vidade das soqueiras dos canaviais,para que haja um menor impacto docusto de instalação do canavial. Nãopodemos depender de variedades quedepois de quatro anos seja necessáriofazer renovação porque elas não su-portam mais um quinto, sexto ou séti-mo corte. Por isso resolvemos ir até oquarto corte, gerar mais essa informa-ção para realmente poder confirmaraquelas que vão contri-buir para a canaviculturade São Paulo e do Brasil.

Canavieiros: Em ter-mos de produtividade, oque nos podemos esperarda safra 2009/2010?

Landell: Eu tenho an-dado bastante. O primeiro trimestre doano sempre é um período de muita ati-vidade para mim, pois é quando se con-centram as atividades de seleção e plan-tio de ensaios. Como os campos de se-leção estão espalhados em dez regiõesdo país, isso me fez andar bastante emtoda região canavieira do Brasil. O quenos pareceu neste circuito, interagin-do com colegas de diversas empresas,é que de uma forma geral, a cana-plan-ta no Triângulo Mineiro e em Goiásparece estar em uma condição melhorde produção do que no ano passado,já que no ano interior, em Goiás princi-palmente, houve uma seca que se pro-longou em algumas regiões até 180 diase isso reduziu a produtividade da canade primeiro corte em 2008. Então meparece que naquela região haverá umaprodutividade um pouco melhor paracana de primeiro corte deste ano.

Canavieiros: E em São Paulo?Landell: Em São Paulo, tivemos

períodos de estresse, por exemplo, emalgumas regiões em novembro e dezem-bro, temperaturas elevadas, precipita-ção inferior ao histórico e a planta com

uma necessidade de água bastantegrande, convivendo com déficits impor-tantes no período em que acumula muitabiomassa. Tudo isso me faz acreditarque em algumas regiões do Estado deSão Paulo tenhamos uma redução des-sa produtividade. Esse cenário aindaestá um pouco incerto, precisamos che-gar até março para fazer uma melhorestimativa. Uma coisa é certa: de umaforma geral, muitos produtores, não sófornecedores, mas usinas, inclusive,reduziram a adubação em 30%, ou àmetade e alguns produtores chegarama não adubar seus canaviais. Isso comcerteza vai gerar um impacto negativona produtividade. A impressão que seforma é que teremos uma produtivida-de inferior neste ano em relação a 2008.

Canavieiros: Quais são as princi-pais características que uma varieda-de de cana deve apresentar para aten-der aos produtores?

Landell: Além desse aspecto delongevidade, que é muito importante,outro aspecto que merece destaque éter um perfil integrado ao processo demecanização, tanto da colheita dessematerial quanto do plantio. A nova va-riedade tem de cooperar, por exemplo,com o processo mecânico de colheitapara que tenha um bom rendimento e,portanto, é desejável que tenha umhábito de crescimento ereto, seja uni-forme quanto à altura e diâmetro deseus colmos, e que apresente despa-lha fácil. Enfim, são características im-portantes. Outro aspecto que cada vezmais nos chama atenção é a capacida-de de fechamento das entrelinhas, im-portantíssimo, porque isso tem coo-perado para que haja uma redução doproblema de mato nos canaviais. Nasregiões onde ocorre expansão é impor-tante que as variedades não flores-çam, pois isso poderá afetar a densi-dade dos colmos. Nessas regiões, ascondições são mais indutivas, o que,

associado aos elevados déficits, au-menta o fenômeno da isoporização,que é a perda da água dentro do col-mo, causando prejuízos.

Canavieiros: Vamos falar sobrematriz de ambientes. Sabemos quevocê tem trabalhado há anos comambiente relacionados a épocas decolheita. Os resultados tem sido satis-fatórios?

Landell: Começamos a montar en-saios em 1996 e a partir daí isso foi in-tensificado. Para se ter uma idéia, hojepraticamente todas as empresas parcei-ras participam da nossa rede experi-mental, resultando em um número deensaios bastante grande. São mais de400 ensaios no Brasil englobando trêsépocas de colheita - início, meio e final

de safra - denominadasposteriormente, outono,inverno e primavera. Anossa safra no Centro-Sulcomeça no outono, avan-ça todo o inverno e termi-na na primavera. Percebe-mos que existem grandesdiferenças, principalmente

nos fatores climáticos que são dispo-nibilizados para o ciclo da cana de ou-tono, inverno e primavera. Então co-meçamos a fazer uma série de estudosassociando estes períodos com o tipo,a capacidade de armazenamento deágua e a fertilidade desses solos.

Canavieiros: O que foi possível fa-zer a partir desses estudos?

Landell: Foi possível criar uma sé-rie de interpretações importantes paraa produção. Essa idéia foi descrita noboletim técnico que lançou a últimageração de variedades IAC, em 2007.Mais recentemente, em novembro de2008, detalhamos um pouco mais no li-vro recém-lançado “Cana-de-Açúcar”.Na realidade, sentimos que isso temsido de grande importância, uma gran-de contribuição que extrapola o aspec-to da sigla IAC em termos de varieda-des. Isso é aplicado a qualquer varie-dade, a qualquer usina, seja ligada aoIAC ou não. O que eu sinto hoje, quan-do ando por aí, é que muitas empresasjá adotam esse modelo da matriz paraseu manejo e eu fico feliz, a equipe tam-bém, porque a gente sente que essa

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“"A ideia do livro foi

justamente oferecer aoscolegas do setor, às

universidades que formamfuturos agrônomos, ummaterial bastante atual

para formação e difusãodas principais tecnologiasque hoje compõem a nossa

fitotecnia em cana"

tem sido uma das principais contri-buições que o IAC tem dado para acanavicultura, essa nova forma deenxergar a produção e as estratégi-as que se estabelecem a partir daí.

Canavieiros: Qual o objetivo dolivro Cana-de-Açúcar e como elepode contribuir com o setor?

Landell: Foi um sonho muitoantigo. As primeiras conversas fo-ram em 2004, quando fizemos umapequena resenha do que seria, maisou menos, o livro. E a princípio, noslembrávamos de um livro que foilançado pela fundação Cargill, em1987, chamado “Cana-de-Açúcar: cul-tivo e utilização”. Sabíamos da grandecontribuição desse livro, mas ele estáesgotado, e já tinha passado 20 anosquando nos ocorreu a ideia de coorde-nar um novo livro. Em 2006 definimos,numa reunião entre a Leila Dinardo,Antonio Carlos Vasconcelos e eu ecomeçamos a consultar especialistasdo setor para ver quem poderia assu-mir e escrever os capítulos, e então fi-

zemos diversos convites. No primeiromomento, imaginávamos 30 capítulose acabou saindo 42 capítulos. Foramenvolvidos 72 autores e sem dúvida, aDra. Leila teve uma capacidade enormede gestão, pois foi quem assumiu a fren-te, principalmente depois que o Anto-nio Carlos faleceu, concluindo o livroem um momento tão doloroso para to-dos nós do Centro Cana IAC. A idéiado livro foi justamente oferecer aos co-

legas do setor , às universidades queformam futuros agrônomos, um materi-al bastante atual para formação e difu-são das principais tecnologias que hojecompõem a nossa fitotecnia em cana.

Entrevista

Leila Dinardo e Landell no lançamento doLivro Cana-de-açúcar do IAC realizado em dezembro de

2008, a mais completa obra sobre a cultura

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Entrevista

Canavieiros: E o Centro de Con-venções do IAC inaugurado no finalde 2008?

Landell: Esse centro já é um sonhoum pouco mais antigo. Ele surgiu quan-do iniciamos o Grupo Fitotécnico daCana, em 1992. Nesta ocasião, tínhamosum salão muito simples, onde nos reu-nimos até 2007. Éramos cobrados porgrupos parceiros que queriam melhoraras condições do salão. Foi então quecompartilhamos com o então diretor doIAC, Orlando Castro, que conversoucom o secretário João Sampaio e con-seguiu um apoio da UNICA, que foi oprimeiro recurso mais significativo queobtemos. Daí, tivemos a idéia de con-clamar outros parceiros para que pudes-sem participar deste esforço e captamospróximo de 15% da obra com essa ação.Depois havia alguns outros recursos,projetos, em que cada um participou umpouco, atendendo uma grande parte danecessidade. Então, fizemos esse cen-tro de convenções para aproximada-mente 400 pessoas. Precisamos aindafinalizar as laterais, o que nos levará aatingir 560 lugares. O centro de conven-ções é bastante moderno, a parte acús-tica é excelente, as pessoas são bemacolhidas, o que é o mais importante.Uma outra idéia é poder trazer os nos-sos parceiros, as associações e todosos elos ligados à canavicultura, a reali-zar aqui seus eventos.

Canavieiros: Como está o trabalhodo Centro de Cana do IAC?

Landell: Há quatro anos o Centrode Cana IAC foi estabelecido como eleestá hoje. Antes ele era um programavirtual, um centro virtual, que interagiae integrava os nossos esforços dentrodo próprio IAC com outras instituições,empresas e associações. Nós mantive-mos este modelo de interação, mas foicriado algo mais concreto, que nos per-mitiu uma série de ações de expansãodo nosso programa de pesquisa. Insta-lados na antiga Estação Experimental deRibeirão Preto, do próprio IAC, o Cen-tro de Cana ganhou equipe técnica, téc-nicos de apoio à pesquisa, laboratóri-os, enfim, infraestrutura, que nos per-mite ter na atualidade maior expressão.Foram criados diversos laboratórios: naárea de biotecnologia, o de cultura demeristema, o de biometria, matologia, ne-

matologia, de análise tecnológica, etc.Ampliamos os nossos trabalhos de ca-racterização de germoplasma usandotécnicas moleculares, trabalhamos comdiagnóstico de raquitismo da soqueira,instalamos o Jardim Varietal que reúnegenótipos de cana-de-açúcar dispostosde maneira histórica e temática. Este cres-cimento não nos deixa independentesde nossos parceiros e continuamos avalorizar toda a interação como aquelaque temos com a Canaoeste desde oinício da década passada. Estamos con-tando com a Canaoeste no treinamentode novos técnicos nossos, por exem-plo, na área de análise tecnológica emesmo de roguing, áreas em que a Ca-naoeste tem grande excelência.

Canavieiros: E quais os próximospassos?

Landell: Um importante fato temsido os esforços envidados para a for-mação de uma coleção pública de ger-moplasma de cana. Está sendo criadauma comissão gestora do germoplasmade cana-de-açúcar no Estado de SãoPaulo com a participação de pesquisa-dores de universidades paulistas e ou-tros especialistas. Esta comissão terácomo atribuição organizar a coleçãopública de germoplasma que estará lo-calizada no Centro Cana IAC e que reu-nirá genótipos do complexo Saccharumrepresentantes das diversas regiões deorigem e das diversas espécies envol-vidas neste complexo. Também estabe-lecerá uma série de prioridades de estu-dos na área de melhoramento relacio-nado ao uso deste germoplasma em hi-bridação, por exemplo, e, principalmen-te, estabelecerá uma governança paracaracterização dos genótipos desta co-leção. A idéia é otimizar esforços de equi-pes multidisciplinares de diversas ins-tituições na caracterização deste germo-plasma. Junto com esta coleção teremostambém uma casa de hibridação comcontrole de fotoperíodo, umidade e tem-peratura, que poderá nos oferecer aoportunidade de desenvolver trabalhosde teses sobre a fisiologia da floraçãojuntamente com as universidades. Paratodas essas coisas a meta são os trêspróximos anos.

Ainda referente à comissão gesto-ra, ela nos ajudará a definir os genóti-

pos que deverão ser importados paraque a coleção pública possa ser cadavez mais representativa da diversidadedo complexo Saccharum. Para tanto,conseguimos um recurso de um projetoCNPq/FAPESP que participamos juntocom pesquisadores da UNICAMP eUSP para reforma e ampliação do qua-rentenário do IAC.

Canavieiros: Gostaria de desta-car algo?

Landell: Gostaria de destacar agrande participação que a Canaoestee Copercana tiveram na reorganizaçãodo Programa Cana IAC. As duas enti-dades foram umas das primeiras quenos acenaram com a possibilidadeefetiva de apoio. Isto aconteceu emdezembro de 1993. Naquela época nóstínhamos alguns poucos ensaios emusinas e estávamos iniciando o proje-to de reorganização. Tínhamos recém-criado o Grupo Fitotécnico de Cana.Foi quando, em uma viagem para Pira-cicaba, em dezembro de 1993, o Ma-noel Ortolan me perguntou sobre asnovidades do IAC, qual era a condi-ção de trabalho etc. Ele propôs que,em troca de um treinamento sobre va-riedades que eu daria para um novoagrônomo que há pouco havia entra-do na associação, ele me disponibili-zaria este mesmo agrônomo com umcarro para que eu tivesse uma melhorcondição de trabalho. Aceitei na hora.Este novo agrônomo era o GustavoNogueira, que acabou se tornando umgrande amigo e meio filho também. Otrabalho do Gustavo e o apoio da Ca-naoeste e Copercana naqueles trêsanos que se seguiram foram importan-tíssimos para mudar a história do Pro-grama Cana IAC. Assim, a Canaoestee Copercana são co-responsáveis portudo que temos hoje aqui. Nós nãoteríamos justificado sequer a inclusãode pessoas que vieram naquela épo-ca, como a Rafaela Rossetto, a LeilaDinardo-Miranda, e posteriormente oHélio do Prado, caso não tivéssemosconseguido nos movimentar. O IACconsidera as duas entidades como umdos mais importantes parceiros naatualidade, mas na nossa história re-cente em cana, que envolveu esta re-construção do Programa Cana e cria-ção, sem dúvida o mais importante.

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O que fazer quando a confiançana capacidade de realizar ospagamentos é abalada?- Uma alternativa à forma atual de

pagamento de canaCleber MoraesConsultor CANAOESTEM. Moraes Consultoria Agronômica Ltda

O que fazer quando a confiançana capacidade de realizar ospagamentos é abalada?- Uma alternativa à forma atual de

pagamento de cana

Os momentos de crise também sãomomentos de oportunidades,momentos em que alternativas

que não foram postas em prática podemser reavaliadas para contribuir para amelhoria das relações comerciais.

As dificuldades de algumas unida-des industriais de realizarem pagamen-tos para os fornecedores de cana-de-açúcar direcionam um contingente mai-or às unidades industriais que conse-guiram cumprir com seus pagamentossem maiores problemas. Esta sistemá-tica pode agravar ainda mais as dificul-dades das primeiras, caso parte signifi-cativa de sua matéria-prima para pro-cessamento, oriunda de produtores in-dependentes, seja destinada a outrosparques industriais. Esta situação re-petida por duas ou três safras pode le-var a uma condição ainda mais graveàs empresas que, por uma dificuldademomentânea, tenham tido abalo naconfiança em sua capacidade de cum-prir com seus pagamentos.

De outro lado, o fechamento deuma unidade industrial em uma dadaregião propicia, naturalmente, um re-arranjo dos destinos de matéria-primaafetando preços e condições de mer-cado para a cana-de-açúcar e todosos seus serviços. A tendência é queesta condição se agrave principalmen-te para o produtor, tendo em vista que,nessa situação a demanda por maté-ria-prima reduz-se.

Diante desse quadro, manter todasas unidades industriais que atualmen-te atuam na região é fundamental paraque não haja alteração no mercado decana-de-açúcar e nos seus serviços.Mas a questão que se coloca é: “comonão reduzir a confiança dos produto-res na capacidade das unidades indus-triais de realizar seus pagamentos?”.

Depois de uma frustração de rece-bimento e com os problemas decorren-tes dessa situação, é natural que o cre-dor busque novas alternativas de ven-da para seu produto.

Mas vamos entender como funcio-na o pagamento de cana pela metodolo-gia CONSECANA-SP: Da matéria-primaentregue pelo produtor, que não é acana, mas os quilogramas de ATR (açú-cares totais recuperáveis) contidos nela,a unidade industrial repassa ao produ-tor o valor correspondente a 59,5% deseu faturamento líquido obtido com aparcela do ATR destinada à produçãode açúcar e 62,1% de seu faturamentolíquido obtido com a parcela do ATRdestinada à produção de álcool.

Fica para a unidade industrial 40,5%de seu faturamento líquido obtido coma parcela do ATR destinada à produçãode açúcar e 37,9% de seu faturamentolíquido obtido com a parcela do ATRdestinada à produção de álcool, além deeventuais ganhos que possa ter comeficiências industriais superiores às ad-mitidas pelo CONSECANA-SP, preçosmelhores que os coletados pela ESALQ/CEPEA e lucro com a produção de ener-gia elétrica ou ainda perdas, caso suaseficiências sejam inferiores, seus preçosmédios mais baixos ou não consiga sereficiente na produção de energia.

De qualquer forma, parte do açúcare do álcool produzido pela unidade in-dustrial é claramente destinada ao pa-gamento de fornecedores. A unidadeindustrial, por trabalhar com um gran-de volume de açúcar e álcool, tem con-dições de realizar negócios melhores.Mas o grande temor do produtor decana é que, uma vez entregue a maté-ria-prima, nada mais lhe pertence e elepassa a fazer parte de uma lista de cre-dores da unidade industrial, cuja prio-

ridade é seusfuncionáriose aqueles quepossuem contratos com garantias.

Uma alternativa a este formato é acontratação da unidade industrial paraum serviço de processamento da maté-ria-prima que será pago com 40,5% daprodução de açúcar e 37,9% da produ-ção de álcool. A quantidade correspon-dente a 59,5% da produção de açúcar e62,1% da produção de álcool, não per-tencerá à unidade industrial e não faráparte de seu processo de recuperação,caso venha a ocorrer.

Contudo, a legislação atual não per-mite que um produtor, pessoa física, co-mercialize açúcar, muito menos álcoolcombustível. Assim é preciso encontrarparceiros que comercializem açúcar e ál-cool em grandes volumes, que sejam só-lidos financeiramente e que possam darao produtor a confiança necessária derecebimento de seus créditos. Este par-ceiro adquirirá a matéria-prima do produ-tor e contratará a unidade industrial paraque esta faça o processamento da cana-de-açúcar. Para a empresa comercializa-dora haverá o que se chama garantia deoriginação e esta poderá honrar com seuscontratos de venda pelo mundo.

Nenhuma grande empresa que co-mercialize açúcar e álcool se interessa-ria pela produção de um produtor ape-nas, por maior que este seja, mas pode-ria se interessar por toda a cana-de-açú-car dos produtores independentes deuma unidade industrial.

Esta é apenas uma alternativa quenão é salvadora e demandará uma sériede novas questões, possibilidades eformatos, mas, enfim, é preciso que nosmovamos no sentido de resolvermosnossos problemas.

Ponto de Vista

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Biodigestores:vantagens e benefícios

NotíciasCopercana

Biodigestores:vantagens e benefíciosJorge Lucas JúniorProfessor da Unesp - Jaboticaval

Há mais de dois anos a Co-percana utiliza o processode compostagem para me-

lhoria da qualidade ambiental, ofe-recendo um destino seguro para osresíduos sólidos.

O processo de compostagem é ae-róbio, ou seja, é um método que pro-move a estabilização da matéria orgâ-nica, resultando na produção de umcomposto orgânico com excelentesqualidades para utilização como adu-bo. Recentemente entrou em operaçãoum biodigestor anaeróbio seguido delagoa, os quais se destinam ao trata-mento dos resíduos líquidos geradosno sistema de esgotos da Uname –Unidade de Grãos da Copercana.

O biodigestor escolhido é fabrica-do pela Sansuy Indústria de PlásticosS. A. e foi projetado com o objetivo prin-cipal de atendimento às necessidadesde saneamento, muito embora possaoferecer outras vantagens como o aten-dimento de uma demanda energética(biogás) e produção de biofertilizante.

Os biodigestores podem ser de di-versos modelos e formas operacionaisque diferem, principalmente, nas tecno-logias associadas para obtenção demelhores rendimentos e nas caracterís-ticas que os tornam mais adequados aotipo de resíduo que se pretende utilizare à freqüência com que estes resíduossão obtidos. No caso do tratamento deesgotos, foi escolhido um biodigestorcontínuo (Fluxo Ascendente com Man-ta de Lodo) acoplado à lagoa.

Os biodigestores são concebidospara se integrar às mais variadas ativi-dades que se desenvolvem no meiorural, oferecendo qualidade na geraçãode energia renovável, na reciclagem denutrientes para as plantas e no sanea-mento ambiental.

Os projetos são desenvolvidos ob-servando-se todos os critérios para quese tenha a total integração dos biodi-gestores na propriedade, com o mínimode modificação nos manejos já adota-dos. Adotou-se como procedimento ini-cial uma avaliação quantitativa e, em se-guida, qualitativa do esgoto gerado, de-senvolvendo-se o projeto em seguida.

Destacam-se algumas vantagensque se conseguirá com a instalação dobiodigestor e da lagoa:

*A eficiência de remoção de orgâ-nicos deverá ser superior a 65%;

* Redução no número de moscaspresentes no local, pois o sistema é fe-chado e o efluente dos biodigestoresnão é atrativo para moscas;

* Estabilização da matéria orgâni-ca, podendo o efluente ser utilizado

como adubo, desde que se sigam pre-ceitos ambientais para o cálculo dasdoses a serem utilizadas;

* Redução de odores;* Redução nos números de colifor-

mes totais e fecais acima de 99%;* Redução na emissão de metano e

óxido nitroso para a atmosfera, uma vezque o biogás gerado deverá ser quei-mado. Ressalta-se que as lagoas nor-malmente emitem, além do CO2, o me-tano para atmosfera e que o metano temmaior efeito em aquecimento global queo CO2. Desta forma, torna-se possívela utilização de biodigestores na subs-tituição de lagoas abertas com vanta-gens na mitigação de emissão de ga-ses com efeito estufa;

* Possibilidade de uso do biogáscom agregação de valor econômico:

* Uso dos Lodos como Fertilizante.

Biodigestor instalado na Uname

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NotíciasCopercana

Copercana eCanaoesteapóiam “Dia deCampo” daSyngenta e Yara

Copercana eCanaoesteapóiam “Dia deCampo” daSyngenta e YaraCarla Rossini

O evento foi realizado na Fazenda Bananal,em Sertãozinho

ACopercana e a Canaoesteapoiaram a realização do“Dia de Campo” da Syngen-

ta e Yara no dia 6 de fevereiro naFazenda Bananal (de propriedade dafamília Bighetti), em Sertãozinho. Oevento, que teve a finalidade de de-monstrar produtos para a cana-de-açúcar das duas empresas, contoucom a participação de mais de 70 co-operados e agrônomos do SistemaCopercana/Canaoeste/Cocred.

O Dia de Campo teve início comduas palestras: João Bighetti, repre-

João Bighetti (Syngenta), Pedro Esrael Bighetti (Copercana), Fábio Masqueroto(Yara), Lazinho (Copercana), Sandro Sorrente (Yara)

sentante da Syngenta, falou sobre osherbicidas Dual Gold, Callisto e Hulk.Ele também apresentou o inseticidaActara. Já Fábio Masquerotto, repre-sentante da Yara, abordou os micro-nutrientes Bortrac e Zintrac.

Durante o evento, as empresasdemonstraram a aplicação dos produ-tos. Para o diretor da Copercana, Pe-dro Esrael Bighetti, essas demonstra-ções são excelentes para os coopera-dos se informarem de como está o de-senvolvimento de novos produtospara a lavoura canavieira. “É muito im-

portante que o produtorconheça o produto queestá utilizando. Aqui elepode ver o seu manejocorreto na prática. É sem-pre bom participar deeventos como esse, quepermitem a interação en-tre as empresas, coope-rados e produtores”, afir-ma Bighetti.

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Variedades Ambientes de produção * Período de colheita Quantidades

A B C D E Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov desejadas

1 SP81 – 3250

2 SP89 – 1115

3 SP91 – 1049

4 CTC 2

5 CTC 6

6 CTC 9

7 CTC 15

8 CTC 16

9 RB72 454

10 RB85 5536

11 RB86 7515

12 RB93 5744

13 IAC91 – 1099

14 IACSP93 –

3046

15 IACSP95 –5000

Ambientes de Produção: A = solos de alto potencial a E = solos de baixo potencial

Produção de mudas decana-de-açúcar de altaqualidade (muda sadia) pelaCanaoeste/Copercana

NotíciasCanaoeste

Produção de mudas decana-de-açúcar de altaqualidade (muda sadia) pelaCanaoeste/CopercanaGustavo de Almeida NogueiraGerente do Departamento Técnico da Canaoeste

As variedades de cana-de-açú-car associadas ao clima, solo emanejo constituem o pilar da cul-

tura canavieira. E o avanço e excelente de-sempenho dos programas de melhoramen-to - desenvolvendo novas variedades cadavez mais produtivas, com maior potencialde acumulo de sacarose, resistentes àsprincipais doenças e adaptadas às condi-ções atuais de manejo como, por exemplo,a colheita de cana crua -, tem colaboradosignificativamente para o aumento dacompetitividade do setor.

Pensando assim a Copercana e a Ca-naoeste mantém uma parceria com osProgramas de Melhoramento Genéticodo IAC, CTC e RIDESA, possibilitandoo acesso às novas tecnologias varietaisgeradas por esses programas. Estas no-vas variedades são plantadas na Fazen-da Santa Rita, em Terra Roxa, que funcio-na como uma fazenda Experimental e umViveiro de Mudas de Cana-de-Açúcar.

Na fazenda, esses novos materiaissão observados, avaliados e tambémhá o acompanhamento do desempenhodessas variedades nas usinas, por meiode ensaios conduzidos pelos Progra-

mas de Melhoramento, e dos resulta-dos de safra obtidos, que são divulga-dos e discutidos em reuniões técnicasrealizadas durante o ano.

Após a seleção dessas novas vari-edades, elas são multiplicadas toman-do-se todas as medidas fitossanitáriaspara a produção de Mudas Certifica-das e alta qualidade e sanidade aosassociados e cooperados.

O Viveiro de Produção de Mudasde Cana-de-açúcar instalado e condu-zido na Fazenda Santa Rita, há mais devinte anos, é considerado modelo pe-los programas de melhoramento, uni-versidades e empresas multinacionais,já que todas as recomendações fitos-sanitárias na condução e manutençãodo viveiro são realizadas, pois existeuma equipe de funcionários treinadose capacitados para a realização de to-das as operações necessárias para aprodução de mudas certificadas.

O viveiro hoje é um dos poucos, senão o único, conduzido por uma coo-perativa e associação de classe que têm,junto ao Ministério da Agricultura, Pe-

cuária e Abastecimento,sua inscrição no RENASEM(Registro Nacional de Semen-tes e Mudas), bem com umtécnico responsáveldevidamente regis-trado no mesmoórgão. Hoje aFazenda SantaRita pode serconsideradacomo um la-boratório a céu aberto.

A Canaoeste e a Copercana irão for-necer mudas de cana tratadas termica-mente e rogadas. Os interessados de-verão fazer suas reservas até o final defevereiro de 2009. Os pedidos posteri-ores serão atendidos mediante possí-veis desistências ou sobras de mudas.

Os pedidos serão analisados, se-gundo a disponibilidade, com o propó-sito de atendimento a todos os associ-ados. Deste modo, as quantidades demudas, por variedades, estarão sujei-tas a rateios, objetivando-se adequarao total de reservas.

Preço: R$ 55,00 / tonelada de muda,cortada e carregada.

Condições de pagamento: parcelaúnica em 10 de agosto de 2009.

Observações importantes da Fa-zenda Santa Rita:

As mudas estarão disponíveis so-mente a partir de 02 de março de 2009.

A Copercana dispõe de balança;O horário de atendimento será das 7h00

às 17h00 horas, de segunda-feira a sábado.As reservas poderão ser feitas atra-

vés do Departamento Técnico CANAO-ESTE/COPERCANA, fone/fax (0xx16) 39463300 - ramais 2032 e 2035; na Fazenda San-ta Rita, fone (0xx17) 3392 2157, com Amau-ri, Gustavo e Vadelei, ou ainda, com ostécnicos CANAOESTE/COPERCANA,nas Filiais ou Escritórios Regionais.

Variedades de cana disponíveis em 2009:

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NotíciasCanaoeste

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NotíciasCanaoeste

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de JANEIRO e ajuste parcial da safra 2008/2009. O preço médio do kg de ATR para o mês deJANEIRO , referente à Safra 2008/2009, é de R$ 0,2696.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRIL de 2008 a JANEIRO de 2009 e acumula-dos até JANEIRO, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 13/08DATA: 30 de janeiro de 2009

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercadoexterno (ABME e AVHP), do etanol anidro e hidratado carburantes (AAC e AHC), destinados à industria (AAI e AHI) edestinados ao mercado externo (AAE e AHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de ABRIL de 2008 a JANEIRO de2009 e acumulados até JANEIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/08, são os seguintes:

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Demonstração doresultado do exercício

Balançopatrimonial

NotíciasCocred

Balançopatrimonial

Demonstração doresultado do exercício

CNPJ: 71.328.769/0001-81

Valores em Reais Valores em Reais

ANUNCIOCOCRED

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Fornecedores investemna recuperação dematas ciliares

Reportagem de Capa

Quem anda pelos canaviais da ma- crorregião de Ribeirão Preto pode observar a formação de corredores de

florestas nas propriedades dos agricultores,que estão cada vez mais preocupados com a

questão ambiental e querem fazer a sua partena preservação dos recursos naturais.

“Nossos associados estão plantandomudas de vegetação nativa nas áreas de pre-

servação permanente e/ou deixando tais áreas aosabor da regeneração natural porque querem pro-duzir de forma sustentável. Está havendo uma mu-

dança de entendimento”, afirma o engenheiroagrônomo da Canaoes-te, Rodrigo Zardo.

Ele explica que al-guns produtores já

plantaram mais de

Carla Rossini

Fornecedores investemna recuperação dematas ciliares

Consciência ecológica dos agricultores produz benefícios para essa geração e para as futuras

10 mil mudas de árvores nativas em um úni-co imóvel rural, o que ajuda na conservaçãodas encostas dos rios, córregos e nascen-tes. “O fornecedor não quer mais plantar canaonde há florestas ou em áreas de preserva-ção permanente. Essa consciência ecológi-ca dos agricultores tem contribuído para oreaparecimento de espécies de pássaros eoutros animais que antes eram difíceis de se-rem vistos na nossa região”, disse.

Prova disso é o agricultor canavieiroCláudio Narcizo Piccoli, de Sertãozinho.Há anos ele vem plantando árvores nasmargens do Córrego Cascavel, que cortasua propriedade. Piccoli já plantou maisde 2.500 árvores e zela por elas com omesmo cuidado que tem com o cultivo deseus canaviais.

“Eu aprendi a respeitar o meio ambi-ente e percebi que essa área onde estãoas árvores ficou muito harmoniosa. Es-tou cumprindo a legislação com relaçãoaos limites da área de preservação perma-

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Reportagem de Capanente, e, ainda, plantando árvorespara formar a mata ciliar, o que pre-serva melhor o córrego. É isso quepretendo deixar para as geraçõesfuturas”, disse.

O agricultor Rubens Nelson Sic-chieri, que produz cana em Dumont,já plantou 6.000 árvores, num totalde 3,7 hectares que corresponde a7,5% da sua propriedade. “Eu ve-nho reflorestando essa área há bas-tante tempo. Penso que essa con-servação é muito importante nos

dias de hoje em que muito se fala em aquecimento globale conservação do meio ambiente”, afirma.

No meio rural, as APPs (Áreas de PreservaçãoPermanente) estão assumindo importância funda-mental para o alcance do desejado desenvolvi-mento sustentável. “Há alguns anos, os produ-tores resistiam em abrir mão de áreas de pro-dução para conservar as Áreas de Preserva-ção Permanente, pois foram educados e in-centivados pelo próprio governo a ex-plorar tais áreas, mas hoje, eles es-tão cumprindo a legisla-ção vigente e é possívelapontar uma série de be-nefícios ambientais de-correntes da manuten-ção dessas áreas”, ex-plica Zardo.

Para o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, oprocesso de conscientização ambiental deveria ter se ini-ciado em ações do próprio governo junto com a socieda-de organizada, vez que em épocas passadas era o própriogoverno quem incentivava os desmatamentos.

Segundo ele, como o governo não fez sua parte, prefe-rindo autuar e criminalizar a conduta dos produtores queexploravam tais áreas, criando um trauma gigantesco nosetor rural, coube o papel conscientizador às entidadesrepresentativas de classe, como o Canaoeste, por exem-plo, que incentiva os fornecedores a adotarem práticas

que garantam o equilíbrio eco-nômico, social e am-

biental da ativi-dade cana-

vieira.

Rubens Nelson Sicchieri

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20092222222222

Reportagem de Capa

O que diz o Código FlorestalO conceito de APPs (Áreas de Pre-

servação Permanente) presente no Có-digo Florestal Barasileiro (Lei 4.771 de15/09/1965) foi escrito como reconhe-cimento da importância da manutençãoda vegetação de determinadas áreas -as quais ocupam porções particularesde uma propriedade, não apenas paraos legítimos proprietários dessas áre-as, mas, em cadeia, também para osdemais proprietários de outras áreas deuma mesma comunidade, de comuni-dades vizinhas, e, finalmente, para to-dos os membros da sociedade.

Ainda segundo o código, as APPspodem ser definidas como áreas “...co-bertas ou não por vegetação nativa,com a função ambiental de preservaros recursos hídricos, a paisagem, a es-tabilidade geológica, a biodiversidade,o fluxo gênico de fauna e flora, prote-ger o solo e assegurar o bem-estar daspopulações humanas”.

As APPs se diferenciam das áreasde Reserva Legal, também definidas nomesmo código, por não serem objetode exploração de nenhuma natureza,

como pode ocorrer no caso da ReservaLegal, a partir de um plano de explora-ção sustentável aprovado pelo órgãoambiental competente, lembrando queatualmente as Áreas de PreservaçãoPermanente não podem ser computa-das no percentual da área de ReservaLegal, quadro que poderá ser mudadopor meio de recentes discussões entreos Ministérios do Meio Ambiente e daAgricultura.

Exemplos de APPs são as áreasmarginais dos corpos d’água (rios, cór-regos, lagos, reservatórios) e nascen-tes; áreas de topo de morros e monta-nhas, áreas em encostas acentuadas,restingas e mangues, entre outras.

Pela atual legislação, as APPs sãoáreas cobertas ou não com vegetaçãonativa. A vegetação nativa, quandoexistente às margens de corpos hídri-cos, são denominadas matas ciliares esão elas que propiciam uma maior pro-teção ao manancial e, ainda, possibili-tam refúgio maior aos seres vivos (ani-mais e insetos em geral), garantindomaior biodiversidade.

São consideradas APPsas florestas e demaisformas de vegetaçãonatural situadas:

a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde o seu nível mais altoem faixa marginal cuja largura mínima será:

1 - de 30 metros para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura;2 - de 50 metros para os cursos d’água que tenham de 10 a 50 metros de largura;3 - de 100 metros para os cursos d’água que tenham de 50 a 200 metros de largura;4 - de 200 metros para os cursos d’água que tenham de 200 a 600 metros de largura;5 - de 500 metros para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 metros;b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais;c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”, qual-

quer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura;d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45º, equivalente

a 100% na linha de maior declive;f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do

relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais;h) em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação.

Cláudio Narcizo Piccoli há anos ele vem plantando árvoresnas margens do Córrego Cascavel, que corta sua propriedade

APP em 2007

APP em 2009

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Feicana/Feibio irá reuniro setor em Araçatuba

Destaque

Feicana/Feibio irá reuniro setor em AraçatubaDa redação

Feira será realizada entre 10 a 12 de março

Asétima edição da Feicana/ Fei-Bio (Feira de Negócios do Setor de Energia) será realizada de

10 a 12 de março no Recinto ExposiçõesClibas de Almeida Prado, em Araçatuba.A programação da feira também inclui arealização de eventos, como o 2º Simpó-sio Internacional Datagro-UDOP.

A feira contará com um pavilhão co-berto climatizado de 44 mil metros qua-drados, com capacidade para 300 ex-positores. A área externa compreendeespaços para exposição de máquinas,auditório, restaurante e vitrines tecno-lógicas, com variedades de cana-de-açúcar e oleaginosas para a produçãode biodiesel.

Eventos durante a Semana Feicana/FeiBio:9 de março – Jantar CanaSauro –

evento que homenageia os profissio-nais renomados que há mais de 30 anoscontribuem com o desenvolvimento dosetor da bioenergia

9 e 10 de março – II Simpósio In-ternacional Datagro-UDOP - proje-ções de safra e mercados de açúcar,etanol, bioeletricidade e biodiesel, alémdas discussões mais atuais das pers-pectivas de desenvolvimento do setor

11 de março – Workshop Brasil-Ásia de Investimentos em Bioenergia

– discussões sobre investimentos bi-laterais com a presença de empresáriose representantes de governo asiáticos,com destaque para a China, Cingapu-ra, Coréia do Sul, Índia, Japão, Tailân-dia e Vietnã e coordenação do ICOOI(Instituto de Cooperação Internacional)e da UDOP

12 de março – II Workshop sobreSustentabilidade – discussões sobreos trabalhos de sustentabilidade dasunidades produtoras de açúcar, etanole bioeletricidade do Brasil

12 de março – Seminário doGerhai – Grupo de Estudos em Re-cursos Humanos na Agroindústria –reunião anual de representantes dosdepartamentos de Recursos Huma-nos de unidades sucroalcooleiras detodo o país.

Serviço:Data: de 10 a 12 de marçoLocal: Recinto de Exposições Cli-

bas de Almeida Prado – AraçatubaMais informações: (18) 3624-9655

ou www.feicana.com.br

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Importância dasdoenças

Pragas e Doenças

Importância dasdoençasGustavo de Almeida NogueiraGerente do Departamento Técnico da Canaoeste

As doenças em cana-de-açúcarocorrem por meio da interaçãoentre patógeno, hospedeiro e

ambiente, e seus efeitos podem variarde um local para outro, mas somente pormeio de estudos e pesquisas para cadacondição é que se pode chegar ao esta-belecimento da sua importância e dosmeios mais eficientes de controle.

Como é praticamente impossível seobter uma variedade de cana que sejaresistente a todas as doenças e aindapossua características agroindustriaisdesejáveis, o controle das doenças pelouso de variedades resistentes torna-se

um problema complexo, uma vez quesempre haverá em cultivo variedadesque são suscetíveis a uma ou algumasdoenças. Devemos estabelecer priori-dades de acordo com a importânciaeconômica de cada doença em deter-minadas condições.

O aumento excessivo de áreas comvariedades que apresentam problemasfitossanitários graves podem represen-tar sérios prejuízos no futuro. Casosmais recentes desta prática que pode-mos citar são a epidemia de “carvão”na década de 80, sobre a variedadeNA56-79, que chegou a ocupar mais

de 60% da área com cana no Estado deSão Paulo e a ocorrência do vírus doamarelecimento (amarelinho), sobre avariedade SP71-6163, na década de 90.

Com a expansão da lavoura cana-vieira, um grande número de varieda-des foi introduzido em novas áreas, oque pode cooperar para que algumasdoenças sejam disseminadas. Comoas mais importantes doenças da canasão sistêmicas e facilmente se disse-minam, deveremos dar especial aten-ção para a qualidade das mudas quan-do vamos expandir os canaviais parauma nova região.

Estrias vermelhasA estria vermelha é uma doença

bacteriana, que atualmente possui im-portância secundária, mas com a ex-pansão dos canaviais para locais maisquentes, com épocas de alta umidaderelativa, associada a uma melhoria dafertilidade do solo, podem causar sé-rios prejuízos, pois algumas varieda-des que estão em uso atualmente nãopossuem resistência satisfatória.

O agente causal desta doença éuma bactéria denominada Acidovo-rax avanae subsp avenae , (sin: Pseu-domonas rubrilineans).

Os sintomas se manifestam primei-ramente no limbo foliar, provocandoo aparecimento de longas estrias, decoloração vermelha escura, paralelasà nervura central. Quando as estriasaparecem em grande número, podemse unir formando uma faixa de tecidoafetado. Na face inferior da folha afe-tada, podem aparecer sobre as estriasescamas brancas, provenientes dasexsudações bacterianas, por meio daaberturas naturais da folha.

Em condições favoráveis ao de-senvolvimento da doença, a bactéria

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Pragas e Doenças

Pokkah BoengUma doença bastante comum em nossos canaviais no período em que as

plantas estão em intensa vegetação. Pode provocar a morte de colmos emvariedades suscetíveis ou deformações no colmo. Agente causal é um fungodenominado Fusarium moniliform.

O sintoma característico do “pokkah boeng” é o desenvolvimento deregiões cloróticas na base das folhas novas, acompanhadas com uma distor-ção e encurtamento da folha. As plantas apresentam o “cartucho” foliar dis-torcido, com folhas cloróticas curtas, apresentando nestas regiões cloróticas,pequenas estrias avermelhadas.

Os sintomas da doença são bastante confundidos com a deficiência deboro e podem, na maioria das vezes, estar ligados a este fator.

Normalmente não se adotam medidas de controle para esta doença, poisas variedades atualmente em uso, apesar de apresentarem os sintomas, pos-suem uma recuperação satisfatória dos sintomas.

pode atacar o “cartucho” foliar, apodrecendo o meristema apical do col-mo, muitas vezes descendo pelo interior deste colmo, apodrecendo total-mente. Este apodrecimento desprende um cheiro forte e desagradável,que em severos ataques em uma variedade podem ser sentidos nos bor-dos dos canaviais.

A bactéria é facilmente disseminada pelo vento, água de chuva ouorvalho, não existindo evidências da sua transmissão por instrumentosde corte, colmos usados como mudas, ou por meio de insetos. Dias nu-blados com temperas superiores a 25°C, com umidade relativa superior a80%, são condições extremamente favoráveis para a evolução da doença.

A utilização de variedades resistentes e evitar o plantio de variedadessuscetíveis em locais de solo fértil, ou muito fertilizados e em baixadasúmidas, são os meios de controle para esta doença. A estria vermelha éhoje uma doença de importância secundária estando restrita a algunslocais de solo fértil, ou áreas de fertirrigação, onde foram plantadas vari-edades suscetíveis.

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20092626262626

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 19 a 21 deJANEIRO de 2009.

CHUVAS DE JANEIROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE JANEIROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de JANEIROde 2008.

No quadro abaixo são apresentadas as chuvas do mês de JANEIRO de 2009.

A média das chuvas obser-vadas durante o mês de JANEI-RO “ficou” bem próxima da mé-dia das normais climáticas. Po-rém, mostrou que em vários locais as somas das chuvas foram inferiores às médias históricas, a saber: Barretos, Bebedouro,Pitangueiras e Terra Roxa (CATI-Casa da Agricultura, Andrade Aç e Alc, CFM, E.E,.Citricultura, Fazenda Santa Rita), além deFranca, Faz Monte Verde-Severínia e Usina São Francisco.

Revista Canavieiros - Fevereiro de 20092626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

O Mapa 1, mostra que o índice de Água Disponível noSolo na região canavieira do Estado de São Paulo, a 50cm deprofundidade, no período de 19 a 21 de JANEIRO, ainda seapresentava como médio a crítico no extremo Noroeste, nacircunvizinhança de São José de Rio Preto e na faixaque se estendia desde Araraquara a Sorocaba.

Observa-se pelo Mapa 2 que a Disponibilidade de Águano Solo ao final de JANEIRO de 2008, em toda região sucro-energética do Estado, mostrava-se entre média a alta, comexceção de pontos isolados no extremo Sudoeste do Esta-do. Em JANEIRO de 2009 (Mapa 3), somente após meadosdo mês é que as chuvas se tornaram mais freqüentes e inten-sas, permitindo alcançar índices médio a alto em Disponibi-lidade de Água no Solo, com exceção, ainda, de regiõespróximas a Campinas, Piracicaba e Sorocaba.

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2009 2727272727

Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Mapa 3: Água Disponível no Solo, a 50cm de profundidade, ao final deJANEIRO de 2009.

Revista Canavieiros - Fevereiro de 2009 2727272727

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacionalde Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para osmeses de fevereiro a abril.

Os Institutos Meteorológicos indicam que o declínio da temperatura dasuperfície do Oceano Pacífico, em sua faixa equatorial, está favorecendo eintensificando a ocorrência do fenômeno La Niña, podendo dar continuida-de à estiagem nos Estados da Região Sul do Brasil.

· A temperatura média poderá ficar próxima a ligeiramente acima das médi-as nos Estados das Regiões Centro Oeste / Sudeste e ao redor da normalida-de nos Estados sulinos;

· Quanto às chuvas para os meses de fevereiro a abril, como ilustradopelo Mapa 4 (abaixo), prevê-se que estas poderão “ficar” próximas às médiashistóricas nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste; enquanto que, na RegiãoSul e faixa sul do Mato Grosso do Sul, poderão ficar entre normal a abaixodas respectivas médias.

· Como referência:- as médias históricas das chuvas, pelo Centro Apta-IAC, para Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 225mm em fevereiro,165mm em março e 70mm em abril.

Mapa 4:- Prognósticos de chuvas,pelo Consórcio INMET e INPE, para o

trimestre fevereiro a abril, onde a cor azulcorresponde à normalidade climática eligeiramente abaixo da média pela coramarela. Elaboração CANAOESTE.

Para a região de abrangência da CA-NAOESTE, a SOMAR Meteorologia prevêque as temperaturas médias serão próximasdas normalidades nos meses de fevereiro aabril. Quanto às chuvas, poderão ser su-periores às respectivas normais climatoló-gicas no mês de fevereiro, mas inferioresàs médias históricas em março e abril (pro-vavelmente como efeito de La Niña).

Em função destes prognósticos climá-ticos, dos custos das operações de plantioe dos recomendados insumos e utilizaçãode tecnologia de produção, a CANAOES-TE sugere precaução, evitando-se plantiostardios. Acreditar que possam ocorrer pro-videnciais e salvadoras chuvas (muito aci-ma da média) em maio (ou meses subse-qüentes) é apostar “muito alto” contra oselevados custos de plantio e de produção.

Estes prognósticos serão revistos acada edição da Revista Canavieiros e fa-tos ou prognósticos climáticos relevan-tes serão noticiados em nosso sitewww.canaoeste.com.br . Continuem acom-panhando !

A CANAOESTE também recomendaque mantenham os necessários e cuidado-sos monitoramentos da broca e de cigarri-nha das raízes, bem como efetuar seus con-troles em função dos índices de infestações.

Persistindo dúvidas, consultem os Téc-nicos mais próximos ou por meio do FaleConosco CANAOESTE.

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Respostas das variedadesCTC a maturadores

Artigo Técnico

Respostas das variedadesCTC a maturadoresMauro Sampaio Benedini - Gerente RegionalAdhair Ricci Júnior - Especialist a em Tecnologia

A safra nos meses extremos (mar-ço, abril, maio, novembro e dezembro) necessita de técni-

cas para antecipar (início de safra) oumanter (final de safra) a maturação dacana-de-açúcar para maximizar a pro-dução de açúcar/hectare com matéria-prima de boa qualidade.

O processo de maturação se dácom as quedas na temperatura ambi-ente e principalmente redução da pre-cipitação pluviométrica. Trabalhosconduzidos pelo CTC (Centro de Tec-nologia Canavieira) em associadas,com clones e variedades comerciais,visam obter informações que auxiliemno planejamento da aplicação de ma-turadores químicos, pois é conhecida

a variabilidade das respostas dos dife-rentes clones e variedades aos dife-rentes produtos.

O atual sistema de pagamento decana pelo teor de sacarose (PCTS), queremunera melhor a matéria-prima quan-to maior for a sua qualidade (mais sa-carose), vem estimulando o fornece-dor de cana a se utilizar desta técnica.

Variáveis como condições ambien-tais ideais para a aplicação, dosagemadequada de cada produto, estágio dematuração das canas a serem tratadas(pureza do caldo < 80%), épocas de apli-cação dos produtos e de colheita dascanas, são fatores que devem ser co-nhecidos para um bom planejamento.

ProdutosÉ um regulador de crescimento, retar-dando o crescimento do entrenó em de-senvolvimento. Inibe o florescimentoe diminui a isoporização.

b) Etil-trinexapac (Moddus): Reduzo crescimento, sem afetar, porém, a in-tegridade da gema apical. O retorno aoritmo normal de crescimento das plan-tas depende da dose aplicada e condi-ções ambientais reinantes. Proporcio-na acúmulo de sacarose no colmo dacana a partir de 30 dias após a aplica-ção com melhores resultados entre 45a 75 dias após a aplicação, dependen-

Os maturadores são definidos comoagentes reguladores do crescimentovegetal que podem causar diminuiçãono crescimento sem causar alteraçãono processo de armazenamento de açú-cares, resultando em acúmulo de saca-rose nos colmos. Os produtos maiscomercializados podem ser separadosem dois tipos:

1- Os de resposta mais longa, influ-enciando pouco na continuidade do cres-cimento das plantas e, portanto, sem pro-blemas de perdas na qualidade pela nãocolheita em época ideal (ex: ethephon).

2 – Os de resposta rápida, que pa-ralisam o crescimento da cana e quedevem respeitar o período ideal de co-lheita para não haver perdas em TCH equalidade. Fazem parte desse grupo oglifosato, fusilade, curavial e moddus.

A seguir tem-se a descrição dosmaturadores mais utilizados:

a) Ethephon (vários): É comerci-alizado no mercado sob várias marcas.

do da dose aplicada. Pode ser mistura-do com glifosate para diminuir custos.

c) Sulfometuron-metílico (Cura-vial): Inibidor de crescimento vegetal.Apresenta ação sistêmica, provocan-do uma redução no entrenó formadopor ocasião da aplicação. Induz bro-tação lateral.

d) Glifosate (vários): Provoca mor-te das gemas, amarelecimento das fo-lhas e dependendo da dose, morte daplanta em 7 a 14 dias. Inibe o cresci-mento vegetativo e estimula o acúmu-lo de sacarose. A colheita deve ser rea-lizada até 4 - 5 semanas após aplicação,a partir do qual irá existir intensa brota-ção lateral, prejudicial à qualidade damatéria-prima. Comumente utilizado emmisturas com outros maturadores. Cui-dados especiais nas aplicações paranão sobrepor dosagens. Ideal para áre-as de reforma. É um produto que apre-senta baixo custo em contraposição aomaior risco de utilização.

e) Fluazifope-p-butílico (Fusilade):Apresenta rápida absorção foliar e cau-sa necrose. Doses de 0,1-0,3 l/ha. Tam-bém é herbicida e, portanto, mata agema apical. Por não ser sistêmico nãointerfere na brotação das soqueiras,diferentemente do glifosate. Colhertambém em 4-5 semanas por problemasna qualidade da cana ao ultrapassaresse período (necrose). Custo baixo.

Para avaliação da evolução da maturação das canas, nos ensaios de cam-po conduzidos pelo CTC, foram realizadas amostragens para análises tecno-lógicas a intervalos de aproximadamente 20 dias. Cada amostra foi compostapor 10 canas seguidas no sulco, cortadas ao nível do solo e despontadas noponto de quebra natural do palmito, com a remoção manual da palha, folhas ebainhas. Os ensaios mostraram que os maturadores provocam antecipação damaturação das canas com ganhos entre 0,3 e 1,0 em pol % cana, no período de20 a 90 dias, aproximadamente, após a aplicação dos produtos, iniciadas naprimeira semana de março. Em aplicações tardias (início de abril), os ganhosaparentemente se antecipam.

Resultados

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Artigo Técnico

a) Ethephon (ethrel 2,0 l/ha): ocor-reram maiores ganhos em pol % cana 40a 45 dias após a sua aplicação, decres-cendo rapidamente até 60 dias (foto 1).

Foto 1 – Cana com brotação lateral pelaaplicação de ethephon.

b) Trinexapaque etílico (moddus 0,8l/ha): ocorreram maiores ganhos em pol% cana entre 40 a 45 dias após sua apli-cação, podendo estender-se por maisde 60 dias em ordem decrescente. Co-lheita após os 60 dias resultou em per-das em TCH, comparando-se com áreastestemunhas de canas não tratadas.

c) Sulfometuron-methyl (curavial20 g/ha): ocorreram maiores ganhos empol % entre 40 a 45 dias após sua apli-cação (foto 2 e 3).

d) Glifosate (0,4 l/ha): Bons resul-tados em misturas com outros matura-dores.

Um resumo das respostas à aplica-ção de três maturadores em variedadesCTC está na tabela 1, com classifica-ção de ótimo, bom, regular e fraco. Osensaios foram conduzidos na safra 07/08, podendo haver variações nas res-postas nos diferentes anos. Como exem-plo, nesta safra pode-se observar que

Foto 2 e 3 – Efeito da aplicação de Curavial.

a variedade CTC2 respondeu para ostrês maturadores avaliados; a CTC11teve excelentes respostas e a CTC14com resultados fracos.

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Artigo Técnico

Tabela 1 – Respostas das variedades CTC a maturadores químicos.X = Não testado.

FlorescimentoOutra finalidade na utilização dos maturadores é evitar o florescimento

das plantas. O processo de florescimento implica em alterações na planta,sendo considerada uma característica altamente indesejável quando acompa-nhado de intensa “isoporização” (chochamento). A “isoporização” do colmo(foto 4) tem início com a ocorrência do florescimento, ocasionando a desidra-tação do tecido e uma consequente perda de peso final. A quantificação dograu de “isoporização” é importante para quantificar as perdas (peso e açú-car) e direcionar a colheita.

Isoporização

1- Coletar 10 colmos para avaliação;2 – Contar o número total de entre-

nós em cada colmo;3 – Cortar cada entrenó na trans-

versal e contar a quantidade de entre-nós com área isoporizada acima de 50%

4 – Os resultados são expressos em% de entrenós isoporizados.

Foto 4 - Níveis decrescentes deisoporização e metodologia de avaliação.

A partir da segunda quinzena domês de fevereiro até a primeira quinze-na de março, ou seja, durante o perío-do indutivo ao florescimento (foto 5), éa época mais indicada para a aplicaçãode maturadores químicos, para as lati-tudes do Estado de São Paulo, visan-do evitar o florescimento.

Foto 5 - Colmo sem indução doflorescimento e colmo com os primórdios

florais (induzido).

Os maturadores podem ser utiliza-dos nas canas bisadas, que ficam nocampo de uma safra para a outra, des-de que os ponteiros e folhas estejamem pé, sem provocarem “efeito guar-da-chuva” sobre outras plantas. Deve-se escolher um produto que tenha açãorápida, eficaz e mais prolongada para ocaso de ocorrerem chuvas após a apli-cação. As canas bisadas têm como ca-racterística a alta produtividade agrí-cola. Possuem brotações laterais, bro-tões e enraizamento aéreo que prejudi-cam o rendimento industrial, produzin-do-se menos açúcar por tonelada decana e a recomendação é que sejamcortadas logo no início da safra paranão se agravarem os problemas.

CanaBisada

Viabilidadeeconômica

Tomando por base os ganhos napol % cana entre 0,3 e 1,0 ponto, comvalores médios de 0,65%; produtivida-de de 90 t de cana/ha; distância da canatratada da usina de 20 km; corte carre-gamento e transporte (CCT) deR$20,00; os custos da aplicação maisproduto não podem ultrapassar valo-res próximos a R$ 100,00 para um valorpago pelo kg de ATR de R$0,25. Consi-derando o valor do ATR de R$ 0,35, oretorno bruto chega a R$ 150,00. Noscasos extremos de ganhos de 1,0 pon-to na pol % cana os valores passampara R$ 180,00 e R$ 250,00, respectiva-mente para os dois preços estimadosdo ATR, de R$ 0,25 e R$ 0,35.

A utilização de maturadores é umaprática que deve ser cada vez mais uti-lizada pelos fornecedores de cana, tan-to em início como em final de safra, poisrespeitadas as limitações e as recomen-dações técnicas de cada produto, épossível obter-se ganhos significativosna maioria dos casos. Nos ensaios des-tacaram-se o moddus e o curavial, comou sem a mistura com o glifosate paraabaixar o custo de aplicação. Consulteo agrônomo da sua associação paramaiores informações.

MATURADORES PERÍODO DE COLHEITAVariedade Moddus Curavial Ethephon Moddus Curavial EthephonCTC1 bom regular x 40-80 40-60 xCTC2 bom bom regular 40-60 40-60 60CTC3 ótimo regular fraco 40-80 40 NCTC4 bom bom regular 40-80 40-60 60CTC5 bom fraco fraco 40-60 N NCTC6 bom bom x 40-80 40-60 xCTC7 regular regular x 40-60 40 xCTC8 bom regular x 40-60 40-60 xCTC9 bom bom x 30-60 30-60 xCTC10 bom regular x 40-80 40-60 xCTC11 ótimo ótimo x 30-60 30-60 xCTC12 regular bom x 30-60 30-60 xCTC13 x x x x x xCTC14 faco fraco x 30-50 30-50 xCTC15 bom bom x 30-60 30-60 x

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Estamos presenciando atualmen-te uma grande discussão sobrea necessidade de alteração do

Código Florestal Brasileiro (Lei nº4.771/65), principalmente no que tangeaos institutos da reserva florestal legal(art. 16 e 44, da Lei nº 4.771/65) e dasáreas de preservação permanente (arti-go 2º da Lei nº 4.771/65).

Recentemente houve, inclusive, di-vergências públicas entre o ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes, e oministro do Meio Ambiente, CarlosMinc. Isso porque está se querendoaplicar a legislação federal como umtodo, sem que se observem as peculia-ridades de cada região do país.

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Alteração do Código FlorestalBrasileiroAlteração do Código FlorestalBrasileiro

Assuntos Legais

a polêmica de um código criado sem apreocupação com as peculiaridades regionais.

Nesse sentido, o ministro Stepha-nes, no dia 22.01.2009, nos estúdios daestatal Radiobrás, onde gravou entre-vista, afirmou que, se o Código Flores-tal não for alterado, serão eliminadospelo menos 1 milhão de pequenos pro-dutores, que já atuam em áreas de agri-cultura consolidada. “Uma coisa deveficar clara: quando discutimos isso, nãofalamos de Amazônia, como às vezesse tenta dar a entender, mas falamos deregiões de agricultura consolidada, noCentro-Sul do país”.

Para especialistas, há a necessidadede se redefinir os limites das áreas depreservação permanente e os índices dareserva florestal legal, após a realização

Queima de CanaQueima de Cana

do necessário zo-neamento ecológi-co-econômico a serfeito por cada Es-tado da federação.Não se pode apli-car a mesma regrapara todos os Es-tados, pois cadaum possui caracte-rísticas de solo, ve-getação e economia próprias.

Aliás, as alterações pretendidas noCódigo Florestal devem se nortear emestudos técnicos, realizados por pro-fissionais idôneos e imparciais. Não sepode deixar que ideologias políticassem fundamento técnico prevaleçamnessas alterações do Código Florestal,ideologias essas que são pregadas poralgumas entidades e ONGs municiadaspor interesses externos, que, utilizan-do-se da bandeira ambiental, querematingir outro objetivo.

Então, é hora do setor produtivo,mormente o rural, se organizar para de-fender os seus interesses, que devemandar junto com a proteção e preserva-ção adequada do meio ambiente, poisaqueles que não se organizam, tendema obedecer às regras daqueles que, or-ganizados, as criam.

Poder Judiciário vem pacificando o entendimento da incom-petência dos municípios legislarem, proibindo a queima decana quando houver legislação federal e estadualautorizadora.

Como já noticiado na edição dedezembro da Canavieiros, oministro Eros Grau, do Supre-

mo Tribunal Federal, ocupando o lu-gar do ministro Menezes Direito,concedeu liminar em novembro doano passado para suspender os efei-

tos de lei municipal de Paulínia queproibia a queima de cana.

Agora, em janeiro deste ano, o presi-dente do STF, Ministro Gilmar Men-des, fez o mesmo em relação à Lei3.963/2005, de Limeira.

Esta última decisão determinou, ain-da, que se observe a Lei nº 11.241/2007,do Estado de São Paulo, que dispõe so-bre a eliminação gradativa do uso dofogo como método despalhador dacana-de-açúcar. Seguindo o mesmo en-tendimento, o Tribunal de Justiça

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Assuntos Legais

Paulista, que tutela a maior lavourade cana-de-açúcar do País, tambémvem pacificando o entendimento deque o município não pode criar lei proi-bindo a queima da palha da cana, sehá legislação estadual e/ou federalque autoriza referido procedimento.

Este entendimento foi refletido nosrecentes julgamentos das Ações Di-retas de Inconstitucionalidades(ADIns) ajuizadas pelo Sindicato daIndústria do Açúcar de São Paulo (Si-aesp) e pelo Sindicato da Indústria deFabricação de Álcool de São Paulo(Sifaesp), contra as leis municipais deMogi Mirim e Americana que proibi-am a queima da cana.

Anteriormente, o mesmo tribu-nal já se manifestara em ações se-melhantes, declarando a inconsti-tucionalidade das leis municipais deRibeirão Preto e Cedral.

Primeiro, o Órgão Especial do Tri-

bunal de Justiça de São Paulo, por 14votos a 7, em 28.01.2009, declarou in-constitucional a Lei nº 4.518/07, do mu-nicípio de Mogi Mirim, que impedia aqueima da palha da cana-de-açúcarcomo método de pré-colheita. Depois,em 04.02.2009, tomou decisão no mes-mo sentido, por 16 votos a 6, em desfa-vor da Lei nº 4.504/2007, do municípiode Americana.

Na ADIn de Mogi Mirim, relatadapelo desembargador Paulo Travain,firmou o entendimento de que cabe àUnião criar normas gerais sobre meioambiente e aos estados legislar so-bre normas suplementares. Já a ADInde Americana, relatada pelo desem-bargador Oscarlino Moeller, fixouque cabe à União criar normas geraissobre meio ambiente e aos estadoslegislar sobre normas suplementares.

Em seu voto de 14 páginas, o de-sembargador Oscarlino Moeller defen-deu que o município não pode tratar

de questões ambientais quando já exis-tem normas federais e lei estadual tra-tando do mesmo tema. Para ele, a LeiEstadual 11.241/2002, que disciplina aqueima da palha da cana-de-açúcar noestado de São Paulo, não pode ser con-trariada por norma municipal.

O desembargador Palma Bisson,complementou que “o município nãopode tratar de questões ambientaisquando já existem normas federais elei estadual tratando do mesmo tema.Trata-se de uma brutal inconstituci-onalidade das leis municipais”.

Estas decisões tomadas pelo Po-der Judiciário, devem inibir, comoconsequência, que os municípios pro-mulguem leis proibindo a queima depalha da cana-de-açúcar quando hou-ver legislação estadual e federal tra-tando do assunto, de modo a evitar,inclusive, tratamento desigual entreos produtores de diferentes estadose municípios.

Repercutiu“Esse (etanol) é um assunto que estará na pauta do Brasil e dos EUA a partir

de agora, eu acho que com muito mais ênfase do que teve no governo passado.”Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu programa semanal de rádio,

“Café com o Presidente”

“Importante mencionar que o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, uma fonte altamente eficiente para a produção deetanol que é eficiente economicamente e em termos de balanço energético, não precisa, inevitavelmente, ser algo quetenha, como conseqüência, a destruição da Amazônia.”

Al Gore, em depoimento ao Comitê de Relações Externas do Senado americano, contrariando os argumentos fre-quentemente usados por críticos da produção de biocombustíveis.

“É muito improvávelque o preço do petróleo aUS$ 37, os investimentoscontinuem no mesmopatamar. Aí temos duasopções: cancelar projetosou buscar mais financia-mento”.

José Sérgio Gabrielli,presidente da Petrobrásdiscursando sobrerecursos caso a situaçãovenha a piorar.

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Mangalarga marchador '53'Mangalarga marchador '53'

Carla Rodrigues

Afamília Junqueira é exemplarno que diz respeito a seguiruma tradição. Criadores de

cavalos da raça mangalarga, a paixãopor esse animal vem passando de ge-ração para geração.

Começou em 1805, na Fazenda Fa-vacho, em Cruzilha (MG) com JoséFrausino Junqueira. Na época, JoséFrausino trabalhava com a criação degado leiteiro holandês e com aperfei-çoamento de cavalos mangalargas. Seuconhecimento e adoração pelo eqüinodesta raça eram tão grandes que deci-diu trocar um lote de quarenta novi-lhas por um potro, que o encantou comsuas qualidades.

A partir daí, criou um rebanho enor-me e de importante destaque até os diasde hoje. Com a morte de José Frausino,a paixão pelo mangalarga foi herdadapelo seu filho João Bráulio Fortes Jun-queira que, por sua vez, teve seu traba-lho seguido pelo seu filho José Frausi-no Junqueira Netto, que se mudou paraSão Paulo.

Foi ele, José Frausino JunqueiraNetto, quem fez os primeiros registrosda raça, em 1902, ano este que foi con-siderado o ponto de origem da raçamangalarga 53. A marca 53 foi escolhi-da para homenagear sua esposa, Ge-noveva Clara Diniz Junqueira. O núme-ro foi usado por ela no internato emque estudou.

José Frausino Junqueira Netto dei-xou onze filhos, entre eles, José MarioJunqueira Netto e Renato JunqueiraNetto. Com a morte inesperada de JoséMario, o filho mais velho, Renato, foi oescolhido por sua mãe para se tornarresponsável pela continuidade do tra-balho de seu pai e de seu irmão, e não ofez por menos. Em 1934, Renato foi umdos fundadores e presidente da Asso-

Antes da Porteira

Família Junqueira mantém tradição na criação daraça e criou uma marca própria ainda em 1902

ciação Paulista dos Criadores de Cava-lo da Raça Mangalarga, tendo um re-conhecimento enorme em seu trabalho.

Quando foi feita a divisão dos bensda família, Renato ficou com a FazendaVerdun e com os melhores reproduto-res da marca 53, resultado de seu es-forço para com a raça. Seus filhos, Ha-roldo, Gilda, Vilma, Carlos, Fernando eRenato Junior, herdaram a marca 53 eas fazendas deixadas pelo pai.

A filha Vilma casou-se com o advo-gado Armando Expedito Teixeira e re-ceberam a fazenda Pavão. Juntos, as-sim como todos os outros filhos, de-ram seqüência à criação dos cavalosmangalarga, tendo cada um a sua pró-pria marca 53.

O filho de Dona Vilma, José Arman-do, já demonstrava jeito com a raça econquistou a confiança de seu pai, e apartir daí começou a cuidar da criaçãodos cavalos, enquanto seu pai cuida-va da parte administrativa. Infelizmen-te, durante uma cavalgada em 1999,José Armando sofreu um edema pul-monar e veio a falecer, levando Arman-do a reassumir a criação dos cavalos.

Hoje uma das filhas do casal, Lia,é quem está ao lado do pai para cui-dar dos cavalos. Entendida no assun-to, há dois anos é a responsável portoda a parte técnica e de criação domangalarga.

A Fazenda Pavão fica situada emBarretos e possui a marca AV53, que re-presenta o nome de Armando e Vilma.Hoje eles têm um rebanho de 54 cavalosda raça, mantendo a tradição da família.

A marca 53 é de grande prestígioporque seus criadores nunca mesti-çaram o cavalo 53 com outras raças.Estes equinos têm por objetivo prin-cipal o andamento, tanto que servecomo um cavalo de serviço, princi-palmente para atividades em fazen-das, que lida com o gado, inspeção everificação de lavouras, quanto parao hipismo.

“Uma coisa que nós sempre pre-servamos é o andamento. Vemos poraí cavalos realmente diferentes, maio-res, com cabeça mais leve, frente maisalta, uma série de atributos que ape-nas diz respeito à parte física do cava-lo e nós não procuramos por isso, cri-

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Antes da Porteira

amos somente cavalos mangalargaspuros, cavalos para andamento”, dis-se dr. Armando.

Diante do problema da mestiçagem,a família, que fazia parte da AssociaçãoBrasileira do Cavalo Mangalarga, teveque passar a registrar sua tropa de ca-valos na Associação do MangalargaMarchador, cuja sede é em Belo Hori-

zonte, pois ali ainda se preserva oandamento do animal. “Quandocomeça a mestiçagem, o cavalo per-de o seu objetivo principal e passaa ser um animal sem serventia parao campo”, explica o criador.

A criação ‘“AV53” encontra-seatualmente muito bem cotada naslides do mangalarga marchador,

tanto que um de seus crioulos, o garanhãoAlbatroz de Barretos (antigo sufixo do AV53)é o pai da égua Orquídea da Caduceu, cam-peã das campeãs nacional de marcha, naúltima exposição nacional, realizada em BeloHorizonte no último mês de julho.

Outros produtos desse mesmo garanhãovêm ganhando sucessivos prêmios nas úl-timas exposições da ABCCMM. Esse repro-dutor é, atualmente, de propriedade de umcondomínio e as suas coberturas são nego-ciadas por valores muito expressivos.

Além da paixão pelos cavalos, a famíliaJunqueira também mantinha na fazenda cercade 50 mil pés de laranja, mas por problemasocorridos na época decidiram trabalhar com acana, tornando-se cooperada da Copercana.

“Tornar-se um cooperado ajudou mui-to, principalmente com a informação. Rece-bemos toda a assistência técnica necessá-ria para lidar com a cana e implementos”,contou dr. Armando.

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BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

(16)3946-3300 - Ramal 2016

Com uma vasta experiência quando oassunto é biocombustiveis como al-

ternativa energética, o Brasil se tornouexemplo de capacidade para outros paí-ses que buscam pelo etanol como ener-gia limpa.

Com poucas palavras e muitas fotos,a Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar) criou o livro “Imagens do Eta-nol Brasileiro” para mostrar a beleza doetanol produzido pelo Brasil.

A obra é interessante para profissio-nais e lideranças ligadas ao setor sucroe-nergético, já que o livro é praticamentetodo composto por fotos de cada fase dacadeia produtiva deste biocombustível,desde o plantio da cana-de-açúcar até àexportação do produto, chegando as no-vas áreas do setor, como a bioeletricida-de e a alcoolquímica.

As imagens foram fotografadas porTadeu Fessel, formado em fotojornalismoe fotografia comercial desde 1966, querealizou um trabalho neste livro com gran-de dedicação e competência.

IMAGENS DO ETANOL BRASILEIROTadeu Fessel

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

Queridos amigos Leitores:Cá estamos em 2009 com novidades e expectativas em todas

as vertentes da vida!!!Os desejos? Ah! Serão realizados! E o Novo Acordo Ortográfico?Já está em vigor para a felicidade de muitos , para a tristeza de outros...Trabalharemos, com vagar, as novidades do Acordo junto

com os esclarecimentos das dúvidas cotidianas do Português.Sobre o Acordo, sempre com uma “indicação” para vocês.Agora é realidade...Feliz em tê-los comigo!!!Com carinho - Renata

1) WILIAM estava triste... uma letra do seu nome era inexistente para onosso alfabeto.

Wiliam dizem: “...não há felicidade que dure sempre, logo não há tristeza parasempre...”

Assim sendo, vamos ao Novo Acordo Ortográfico em que trouxe muita alegriapara William, Karen, Yuri...

ANTES:O alfabeto era formado por 23 letras. O K, W, Y não eram considera-dos letras do nosso alfabeto.

DEPOIS:Com a nova regra, o alfabeto é agora formado por 26 letras. Essasletras serão usadas em nomes próprios, siglas, símbolos, palavras estrangeiras eseus derivados.

Ex.: William, Watt, Km, byroniano…

2) Nota de Falecimento: O Trema morreu.

ANTES: O trema vivia alegremente, tinha seu local na Gramática, não se inco-modava quando usado por muitos sem saber o porquê da sua importância e assimvai a história da “Felicidade do Trema”.

DEPOIS: Depois do Novo Acordo Ortográfico, não existe mais trema. Apenasem casos de nomes próprios e seus derivados.

Ex.: Müller, Agüentar, freqüentar, lingüiça...Agora a escrita será: frequentar, linguiça...Isso mesmo! AGUENTAR uma relação de palavras sem trema, para alívio de muitos.

3) Maria disse À Pedro que 2009 trará muita sorte!!!

Querida Maria trará sorte sem o acento grave(Crase), caso contrário...Regra importante sobre crase(existem mais regras sobre o assunto, estou

abordando uma regra):A crase é proibida antes de nomes masculinos.Ex.: Maria disse a Pedro...(o Pedro) Ele chegou a tempo...(o tempo) Todos voltamos a pé...( o pé)

“ Não passo pela vida. E você também não deveria passar!!!”-AD

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Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-seMarço Março Março Março Março de de de de de 20092009200920092009

FEICANA FEIBOI 2009Empresa Promotora: Safra Eventos.Tipo de Evento: FeiraData: De 10 a 12 de março de 2009Cidade: AraçatubaLocal: Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado -

Araçatuba/SPSite: www.feicana.com.brE-mail: [email protected]

Ma Shou Tao Agrícola - Encontro Técnico de Milho e Sojae Exposição de Tecnologia Agrícola

Empresa Promotora: Grupo Boa Fé - Ma Shou TaoTipo de Evento: Encontro / SimpósioInício do Evento: 04/03/2009Fim do Evento: 05/03/2009Estado: MGCidade: ConquistaLocalização do Evento: Fazenda Boa Fé - Grupo Ma Shou TaoInformações com: Thiago QuirinoSite: www.mashoutao.com.brTelefone: (34) 3318-1500E-mail: [email protected]

Simpósio Internacional Datagro e UdopTipo de evento: encontro/ simpósioInício do Evento: 09 de março de 2009.Fim do Evento: 10 de março de 2009.Cidade: AraçatubaEstado: São PauloAssuntos em discussão: Tecnologia , Política Setorial,

Mercados no Exterior, Desenvolvimentos na Área Agrícola,

Negociações InternacionaisInformações:www.udop.datagro.com.br

FEINCO 20096ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos

Empresa Promotora: Agrocentro Feiras e ExposiçõesTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 10/03/2009Fim do Evento: 14/03/2009Estado: SPCidade: São PauloLocalização do Evento: Centro de Exposições ImigrantesInformações com: SecretariaSite: www.feinco.com.brTelefone: (11) 5067-6767E-mail: [email protected]

TecnoShow Comigo 2009Empresa Promotora: COMIGO - Cooperativa Agroindus-

trial dos Produtores Rurais do Sudoeste GoianoTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 31/03/2009Fim do Evento: 04/04/2009Estado: GOCidade: Rio VerdeLocalização do Evento: Centro Tecnológico Comigo - Est.

Velha Rio Verde/ Jataí 10Km após FesurvInformações com: LidianeSite: www.tecnoshowcomigo.com.brTelefone: (64) 3611-1525E-mail: [email protected]

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20093838383838

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ano 1986, R$ 32.000,00-Aceita carro emoto como parte de pagamento.

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