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Três anos decirculação

Conselho Editorial

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Editorial

Revista Canavieiros - Julho de 2009

Neste mês a Canavieiros ce-lebra os três anos de circu-lação. Para comemorar esta

data, esta edição traz reportagensespeciais.

O Novo Código Ambiental Bra-sileiro é o assunto discutido na re-portagem de capa. Com algumasnovas propostas, o Novo Códigojá está no Congresso, mas aindagera muitas dúvidas nos produto-res rurais e é isto que a reportagemprocurou esclarecer.

Ainda discutindo as leis que di-zem respeito aos produtores, o ad-vogado da Canaoeste, Juliano Bor-toloti, traz o projeto de lei de maisuma legislação ambiental a ser se-guida, como a necessidade da ade-quação ao histórico da ocupaçãoterritorial e também informações so-bre a proibição legal da queima depalha de cana-de-açúcar.

O entrevistado deste mês é o de-putado federal Antônio Carlos deMendes Thame, que conversoucom a Canavieiros e expôs sua opi-nião em relação ao desafio da sus-tentabilidade que o país enfrenta eda capacidade do trabalho realiza-do pelo governo.

Os colaboradores da área deplanejamento da Canaoeste assi-nam os artigos técnicos, que mos-tram o fechamento da safra 2008/2009 e o plano de eliminação gra-dativa da queima da palha de cana-de-açúcar da safra 2009/2010.

Três anos decirculação

Na secção Destaque estão osbons resultados gerados durante oV Agronegócios Copercana, realiza-do nos dias 24, 25 e 26 de junho, emSertãozinho. O evento reuniu auto-ridades do setor, mais de três mil vi-sitantes e totalizou R$ 100 milhõesem negócios.

Em Notícias Copercana está o pro-jeto de amendoim realizado pela Una-me (Unidade de Grãos da Copercana)e também os dias de campo Syngen-ta em parceria com a Copercana e Ca-naoeste durante o mês de junho paracooperados e associados da região.

Para as Notícias Canaoeste, a Ca-navieiros esteve presente no IX En-contro Anual da Orplana, realizado emPiracicaba. O evento reuniu lideran-ças do setor, que puderam contar coma participação de cooperados e asso-ciados da Copercana e Canaoeste.

Os cooperados e associados tam-bém participaram de uma palestra re-alizada no auditório da Canaoestepelo engenheiro agrônomo OsvaldoChacarolli Júnior, responsável técni-co da Casa da Agricultura de Sertão-zinho, para os médios e pequenosprodutores sobre o FEAP (Fundo deExpansão do Agronegócio Paulista).

Além disso, você não pode dei-xar de conferir as informações seto-riais feitas pelo engenheiro agrôno-mo e consultor técnico da Canaoes-te, Oswaldo Alonso.

Boa leitura!

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A experiência da Costa Rica

Duarte NogueiraDeputado Federal pelo PSDB-SP, membro da Comissão deAgricultura da Câmara e vice-presidente da Frente Parlamen-tar da Agropecuária - Sudeste

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Orplana reúne lideranças do agronegócio- FEAP é apresentado a produtores- Netto Campello Hospital & Maternidadeinaugura a UCI

Novo CódigoAmbiental Brasileirojá está no CongressoProjeto prevê compensaçãopara produtores que preservamo meio ambiente e transferepara os Estados a decisão sobreas áreas de reserva legal

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Projeto Amendoim 08/09: boaqualidade e controle de pragas- Syngenta realiza dia de campo paracooperados e associados

CONSECANA

OPINIÃO

FENASUCRO

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO II

ASSUNTOSLEGAIS

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

FOTOS:Carla Rodrigues

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311 - Ramal: 2008

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Ana Carolina Paro, Carla Rodrigues,Carla Rossini, Daniel Pelanda,

Janaina Bisson, Letícia Pignata,Rafael H. Mermejo, Roberta Faria da Silva.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

[email protected]

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Antonio Carlos deMendes ThameDeputado federal (PSDB-SP)

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Artigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo TécnicoArtigo Técnico

Fechamento da safra 2008/2009

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"Falta tudo. O governo nãotem feito nada"

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"Falta tudo. O governo nãotem feito nada"

Antonio Carlos deMendes Thame

Entrevista

Antonio Carlos deMendes ThameDeputado federal (PSDB-SP)

Foi essa a resposta do deputa-do federal Antonio Carlos deMendes Thame (PSDB-SP)

quando questionado sobre o desa-fio da sustentabilidade, no âmbitoeconômico, social e ambiental e oque falta por parte do governo para

"Falta tudo. O governo nãotem feito nada"

ajudar o Brasil a vencer esse desa-fio. O deputado concedeu entrevis-ta a Canavieiros após uma palestraproferida no auditório da Canaoes-te para mais de 200 pessoas no dia19 de junho. Leia, a seguir, a íntegrada entrevista:

Carla Rossini

Revista Canavieiros: Para darmosinício a nossa entrevista, gostaria queo senhor falasse um pouco sobre osbiocombustíveis brasileiros.

Mendes Thame: Os biocombustí-veis possuem seis benefícios positivos.1) Benefício macroeconômico – cadabarril de álcool que produzimos signifi-ca que temos que importar menos umbarril de petróleo. 2) Vantagem de Saú-de Pública – foi o álcool que permitiuque abolíssemos o chumbo tetrepila queantes era misturado à gasolina, é alta-mente tóxico e alguns médicos dizemque é cancerígeno. 3) Vantagem Ambi-ental – o álcool emite muito menos CO2

do que a gasolina. Portanto, polui me-nos e está dentro das normas do Proto-colo de Kyoto. 4) Vantagem Energética– queimando o bagaço da cana-de-açú-car conseguimos transformar o proble-ma em solução: produzimos energia elé-trica. 5) Redução de dependência deoutros países – diminuímos a nossa de-pendência de países árabes que vivemem regiões com problemas políticos ede segurança. 6) Questão Social – é omais importante de todos os benefícios.Geramos emprego aqui no nosso país e,consequentemente, renda e desenvol-vimento a nossa população.

Revista Canavieiros: O senhor fezuma palestra a poucos instantes paramais de 200 pessoas ligadas à cadeiada cana, açúcar e álcool. O momentoé favorável ou não para o setor?

Thame: O setor passa por um mo-mento extremamente difícil, principal-mente o produtor de cana que está ten-do uma remuneração que não dá paracobrir o custo de produção. O álcoolestá sendo vendido a um preço muitobaixo. O presidente da República cha-mou os usineiros para uma conversa e

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Entrevista

““...tudo que nós conquistamos até agora de exportaçõesdos biocombustiveis é fruto do desempenho e doempreendedorismo do produtor brasileiro...”

pediu para que não deixassem faltar ál-cool. E os usineiros aumentaram a pro-dução acreditando na promessa do go-verno de que iria abrir mercado no exte-rior para que pudessem exportar o pro-duto. Mas isso não aconteceu. Nãohouve um acordo bilateral para permitira exportação de biocombustíveis. Au-mentou a produção de álcool, superan-do a demanda interna e o que aconte-ceu com esse álcool excedente? Foi de-sovado no mercado interno e com issoos preços caíram. As unidades que pro-duzem açúcar estão conseguindo expor-tar a um preço bom e acabam minimizan-do o prejuízo que estão tendo com oálcool. Mas muitas destilarias só pro-duzem álcool. Esses estão amargandouma situação extremamente difícil. Es-peramos que isso se ajuste o mais rápi-do possível para que o se-tor possa continuar ofere-cendo as seis vantagensque eu citei anteriormenteque temos, para criarmosuma sociedade mais justae menos desigual.

E mais uma observação: o Estadode São Paulo criou um Protocolo ante-cipando o fim das queimadas. Quer di-zer, nem essa crítica que havia queima-das e podia trazer problemas para a saú-de, nem isso mais teremos dentro deum curto espaço de tempo.

Revista Canavieiros: O governoanunciou a liberação de R$ 2,5 bi-lhões para financiamento da estoca-gem de álcool das usinas. Mas quasetodas elas estão com problema deinadimplência. O que o senhor tem adizer sobre isso?

Thame: Só o fato da Petrobras anun-ciar que vai comprar álcool para fazerestoques já ajudaria a melhorar o preço.Não precisa comprar 1 litro, só anunciar.

Quando o ministro da Agricultura erao Roberto Rodrigues, fomos pedir a elenum desses momentos difíceis, que fi-zesse essa intermediação com a Petro-bras. Ela fez o anúncio, o preço reagiu,ela não precisou comprar e já foi um alí-vio para o setor. E realmente, para asempresas que mais precisam, aquelasque estão passando por uma situaçãodesesperadora, que dificilmente vãoconseguir até sobreviver, possivelmen-te, terão de vender parte do seu contro-

le acionário. Para essas empresas, essecrédito do governo pouco ajuda.

Mas ele pode ajudar as empresasque estão bem a comprar mais álcoolpara estocar. Comprar de quem? Daque-las unidades que estão mal das pernas.Só que há uma outra dificuldade: quan-do uma usina compra o álcool de outra,tem que pagar o ICMS, e aí vai inibirtoda produção. Então temos que pleite-ar junto ao governo do Estado, que aincidência de imposto se dê no momen-to da venda final, permitindo que umaempresa possa vender para outra e nãoincida o imposto neste momento. Se issoocorrer, esse recurso do governo vaipoder fazer o seu efeito. Enquanto nãohouver essa autorização, essa poster-gação do referimento do imposto sobreo álcool, dificilmente vai ter um impacto.

Revista Canavieiros: Como está aquestão do biodiesel brasileiro?

Thame: As ações do governo emrelação ao biodiesel são lentas demais.Nós ainda importamos 20% do dieselque é consumido no país, quer dizer, semisturássemos 20% de biodiesel – umdiesel vegetal produzido a partir de plan-tas, da agricultura – ao diesel mineral,seriamos autossuficientes. Não há ne-nhuma justificativa para essa mistura fi-car em 3 ou 4%. Daríamos um incentivomaior à produção de biodiesel. O Brasiltem condições de produzir muito maisdo que está sendo produzido.

Revista Canavieiros: Os produtoresde cana estão muito preocupados coma questão do Código Florestal. O queo senhor tem a nos dizer sobre isso?

Thame: Há dois movimentos, ummovimento é de nível nacional, no sen-tido de permitir certas adequações noCódigo Florestal que viabilizem umaconciliação entre a agronomia e a eco-logia e isso é absolutamente viável.Tenho absoluta convicção de que essegrande acordo será feito sobre o patro-cínio não só de ambientalistas e rura-listas, mas de pessoas que têm bomsenso e acreditam que essa união con-tribui para o bem comum.

E em segundo lugar, no âmbito doEstado de São Paulo, estamos assis-tindo a um processo para facilitar o cum-primento do Código Florestal. No dia 7de janeiro deste ano já foi baixado umdecreto do governador permitindo acompensação em áreas fora da micro-bacia e isso já está em estudo pela Se-cretaria do Meio Ambiente e vai ajudarmuito àqueles que têm condições defazer a desafetação da sua área, e pas-sando a afetação de uma outra área,numa região mais barata, numa regiãoonde só tem florestas, como Vale daRibeira, Vale da Paraíba, onde essas áre-as inclusive sejam muito mais acessí-veis aos produtores.

Portanto, esses dois movimentosestão em curso, e certamente ocorrerãorapidamente porque há uma data limite,

que é o mês de dezembrodeste ano, para que possacomeçar a ser cobrado detodos os produtores a aver-bação de sua reserva legal.

Revista Canavieiros: O senhor es-tava falando na palestra sobre o de-safio da sustentabilidade, no âmbitoeconômico, social e ambiental. O quefalta por parte do governo para aju-dar o Brasil a vencer esse desafio?

Thame: Falta tudo, o governo nãotem feito nada. Na verdade tudo que nósconquistamos até agora de exportaçõesdos biocombustiveis é fruto do desem-penho e do empreendedorismo do pro-dutor brasileiro, que tem arcado comtodos esses custos. Eu não tenho co-nhecimento de nenhum investimento dogoverno federal, nenhum investimentodo Ministério das Relações Exterioresno sentido de promover a abertura demercados para os produtos brasileiros.Não vejo também, do ponto de vista dogoverno, nenhuma iniciativa no senti-do de construir um alcooduto que per-mita a diminuição dos custos de trans-porte para facilitar a exportação do pro-duto. Portanto, o governo federal, infe-lizmente, não começou a trabalhar. Al-guns dizem que isso é vantagem por-que se até agora ele não fez nada e oBrasil tem conseguido exportar um pou-co de álcool, na hora que ele entrar vaimelhorar muito em relação a nossa ca-pacidade de exportação e de colocar esseproduto no mercado externo.

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Ponto de Vista

A experiência da Costa RicaA experiência da Costa RicaDuarte Nogueira*

Adiscussão sobre a reformu-lação do Código Florestaldeve estar baseada em crité-

rios científicos. Do jeito que está co-locada, transformou-se num embatesem propósito entre ambientalistas esetor produtivo, como se os doisagentes fossem antagônicos. Porisso, os tons vão subindo e o pro-blema parece não ter solução. Nomeio do impasse estão os produto-res rurais, que não sabem para quelado correr, especialmente no que dizrespeito às reservas legais, percen-tual de cada propriedade que deveser recoberto com floresta natural.

A reserva legal foi instituída noCódigo Florestal de 1965, que tam-bém definiu os percentuais a seremcumpridos. A Medida Provisória2.166/67, que entrou em vigor emagosto de 2001, alterou os percentu-ais: na Amazônia passou de 50% para80%, no cerrado, de 20% para 35% enas áreas onde não havia imposiçãode reserva legal, passou-se a exigir20%. A alteração gerou resistências,já que inverteu a orientação da lei:em 1965, o objetivo era estimular aexpansão da atividade agropecuáriae agora, com a área de produção con-solidada, exige-se que 20% das pro-priedades seja reflorestada.

Os produtores rurais alegam que,sozinhos, não têm condições de ar-car com os custos do reflorestamen-to e que não é possível repor empouco tempo o que foi retirado aolongo de décadas. Além disso, per-derão produção e renda. E nessa

questão, os pontos sensíveis sãoquem e como deve custear a recom-posição florestal?

A convite do E-Parliament, fórum

de discussão que reúne legisladoresde vários países do mundo, partici-pamos de 4 a 8 de junho, de uma au-diência na Costa Rica para conhecero modelo adotado naquele país, ba-seado no pagamento por serviçosambientais. O programa - que tem aparticipação do Ministério do MeioAmbiente, universidades, centros depesquisas e organizações não gover-namentais - foi colocado em práticaem 96 para reduzir as taxas de desma-tamento, uma das maiores do mundo.Em 1987, a cobertura florestal da CostaRica representava 29% do território.

Atualmente, 51% do território es-tão protegidos e o aumento da co-bertura deve-se ao Programa de Ser-viços Ambientais que abrange umaárea de 450 mil hectares ou 8% do to-tal do território da Costa Rica. Maisde 7.000 pequenos e médios produ-tores participam e já foram investidosmais de US$ 100 milhões nas ações. Éde responsabilidade do Fundo Naci-onal de Financiamento Florestal, man-tido por várias fontes, entre elas Ban-co Mundial, Fundo Mundial do Am-biente e imposto de 3,5% sobre a ven-da de combustíveis fósseis, além deparcerias com a iniciativa privada.

Basicamente, o programa reconhe-ce serviços ambientais como mitiga-ção de emissões de gases causadoresdo efeito estufa, proteção da água e

da biodiversidadepara sua conserva-ção e uso susten-tável, proteção deecossistemas. Parareflorestamento, ovalor pago corres-ponde a US$ 816por hectare paraum período de dezanos, já para prote-

ção de florestas, o valor é US$ 64/hec-tare anuais durante cinco anos.

Apesar das realidades serem dis-tintas – o território da Costa Rica tem51 mil km², enquanto o Estado de SãoPaulo, por exemplo, tem 248 mil km² –é uma experiência bem-sucedida, quepode servir de base para a formula-ção de ações e parcerias no Brasil eem vários países, com as devidas ade-quações. O modelo costarriquenhodemonstra eficiência porque houveconsenso entre diferentes partes emrelação aos mecanismos a serem ado-tados. Governo, setor produtivo, pes-quisadores e ambientalistas coopera-ram na formulação do programa, quehoje tem benefícios não somente am-bientais, mas sociais e econômicos,já que reforçou o potencial turísticoda Costa Rica. Foi uma solução con-sensual e criativa e só por isso servede exemplo para nós.

*deputado federal pelo PSDB-SP, membro da Comissão de Agri-

cultura da Câmara e vice-presiden-te para a região Sudeste da Frente

Parlamentar da Agropecuária

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Syngenta realiza dia decampo para cooperados eassociados

NotíciasCopercana

Syngenta realiza dia decampo para cooperados eassociados

Aempresa Syngenta em parcei-ra com a Copercana e Canao-este realizou no mês de ju-

nho quatro dias de campo para de-monstração de produtos inovadores.Os responsáveis pelas demonstra-ções foram os engenheiros agrôno-mos da Syngenta, João Bighetti eHenrique Mourão.

O primeiro dia de campo do mêsaconteceu na cidade de Pontal (10/06) com o apoio da empresa Yarausando como campo demonstrativoas terras dos próprios cooperados eassociados da Copercana e Canao-este. Já no dia 17, também com oapoio da Yara, o evento foi realizadopara atender os cooperados e asso-ciados da região de Pitangueiras, Vi-radouro e Morro Agudo.

No dia 18, o dia de campo foi rea-lizado para os cooperados das regi-ões de Serrana e Cravinhos, e por úl-timo, dia 19, foi a vez de Descalvadoe Porto Ferreira, que contaram com oapoio da Bunge.

Os produtos apresentados sãovoltados para a cultura de cana-de-açúcar, como os herbicidas Hukk,Dual Gold e Gesapax, que garantema redução ou a eliminação de plan-tas infestantes (mais conhecidascomo ervas daninhas). Além destes,outros produtos foram mencionadosdurante a demonstração, como o in-seticida Actara e os herbicidas Gra-moxone e Callisto.

O cooperado Eduardo Botaropôde acompanhar de perto as de-monstrações e acredita no resultadopositivo que este tipo de evento trazpara os produtores. “Sempre quepossível eu faço questão de estarpresente nos dias de campo. Eu pelo

Carla Rodrigues

menos preciso ver para crer na eficá-cia do produto e esses eventos nosdão essa oportunidade. Isso é muitoválido para nós que precisamos es-tar sempre nos atualizando e conhe-cendo novos produtos”, disse Bota-ro, engenheiro agrônomo e produtorde cana da região de Descalvado.

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NotíciasCopercana

Da Redação

Foram recebidas 1.930.000 sacas; para a safra 09/10 asmetas são redução de custos e aumento de produtividade

O projeto Amendoim 08/09 en-cerrou a safra com o recebimento de 1.930.000 sacas. De

acordo com o engenheiro agrônomoencarregado do projeto, Edgard Ma-trangolo Júnior, as metas estabeleci-das foram alcançadas. “Em uma safrana qual a infestação de doenças e pra-gas foi alta, os produtores participan-tes do projeto de uma maneira geralnão tiveram problemas no controledas mesmas”, disse.

Segundo ele, em termos de quali-dade a safra foi muito boa, pois a inci-dência de aflatoxina foi baixa em rela-ção aos anos anteriores, em virtudenão apenas de um clima favorávelcomo também do resultado de treina-mentos realizados pelo Departamen-to de Qualidade.

Matrangolo Júnior afirmou que, apartir desses resultados, se concluique as recomendações dos técnicosdo Departamento Técnico de Grãos edo Departamento de Qualidade foramaltamente satisfatórias. Tais resulta-

Projeto Amendoim 08/09:boa qualidade e controlede pragas

Projeto Amendoim 08/09:boa qualidade e controlede pragas

dos são frutos de trêsanos de parceria compesquisadores daUnesp, de Jaboticabal,e Esalq, de Piracicaba,na realização de expe-rimentos com a cultu-ra do amendoim.

“Neste segmentorealizamos vários expe-rimentos que, com cer-teza, irão dar aos nossos técnicos umsuporte ainda maior na orientação aosprodutores nas próximas safras”, disse.

Para o projeto referente à safra 09/10 os objetivos traçados pelo geren-te da UNAME (Unidade de Grãos),Augusto Strini são: redução de cus-tos das lavouras (principalmente noque se refere a arrendamento) e au-mento de produtividade.

Para que isso possa ser alcan-çado existem vários fatores que,trabalhados em conjunto, resulta-rão no sucesso dos objetivos tra-

çados. São eles: adubação, gasto desementes, aplicação de defensivos, pa-gamento de renda.

Segundo o engenheiro agrônomo res-ponsável pelo projeto, estão em fase demultiplicação duas variedades alto oléicasdesenvolvidas pelo Instituto Agronômi-co, a IAC – 503 e IAC – 505, que dentro dedois anos estarão disponíveis para plan-tio comercial. O grande diferencial dessasvariedades é a maior durabilidade do pro-duto (maior tempo de armazenagem, semperda de qualidades) que, com certeza,agregará um valor maior na remuneraçãoem relação às variedades atuais.

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NotíciasCanaoeste

Orplana reúne liderançasdo agronegócioOrplana reúne liderançasdo agronegócio

Os cooperados e associados daCopercana e Canaoeste parti-ciparam do 9º Encontro Anual

da Orplana (Organização dos Planta-dores de Cana da Região Centro-Suldo Brasil), realizado no último dia 3,em Piracicaba, como parte da progra-mação do Simtec (Simpósio Internaci-onal e Mostra de Tecnologia da Agro-indústria Sucroalcooleira).

O encontro teve como palestran-tes o presidente da Orplana, IsmaelPerina Júnior, o secretário de Produ-ção de Agroenergia do Ministério daAgricultura, Manoel Vicente Fernan-des Bertone, o vice-presidente deAgronegócios do Banco do Brasil, LuísCarlos Guedes Pinto e o deputado fe-deral Duarte Nogueira.

Os temas abordados durante a reu-nião foram a crise econômica mundial,a reformulação do Código Florestal e osistema de crédito rural brasileiro.

Para Perina, há necessidade de oBanco do Brasil auxiliar mais as coo-perativas que, principalmente em mo-mentos de crise, são a melhor alterna-tiva para o produtor rural. Ele tambémdestacou que, em relação à legislaçãoambiental em vigor, “se nada for feitoaté dezembro deste ano, os produto-res rurais serão considerados crimino-sos ambientais”.

Em relação ao Código Florestal,Bertone disse que alguns pontos pre-cisam ser revistos e defendeu o direitode produção. “O país tem que preser-var, mas também tem que produzir”,disse. Para ele é necessário que se façaum planejamento para que o produtorse adeque às novas leis e defendeu acompensação da Reserva Legal emoutros Estados.

Carla Rodrigues

Encontro Anual foi realizado em Piracicaba, como parte do Simtec

Já Nogueira apre-sentou a proposta dereformulação do Códi-go Ambiental Brasilei-ro, já em discussão noCongresso Nacional.Segundo ele, a banca-da ligada ao agrone-gócio na Câmara estádefinindo alguns pon-tos considerados cru-ciais para a questãoambiental: daqui parafrente, desmatamentozero, para salvaguardaro recolhimento fiscal,os empregos geradose a produção; aprecia-ção científica para ex-tensão das APPs asso-ciadas ao relevo; usodo Zoneamento Eco-nômico Ecológico;compensação da Re-serva Legal em outrasbacias hidrográficas.

O vice-presidente de Agronegóci-os do Banco do Brasil enfatizou a im-portância do trabalho realizado pelainstituição para amenizar os efeitos dacrise econômica e ajudar a liberação

de crédito. Ele também destacou que,durante esse período de retração, oBanco do Brasil cresceu 30% e esperater o mesmo resultado em 2009. “Esteano acreditamos crescer mais 30%, aju-dando e financiando os produtores decana e de outras culturas também”.

Cooperados e associados do Sistema vão a Piracicaba participar do 9º encontro anual da Orplana

José Benedito Graciano (Associação de Santa Bárbara D'Oeste), Ismael PerinaJúnior (presidente da Orplana), Dra. Valquiria da Silva (Diretora do IEA - Instituto

de Economia Agrícola), Antonio de Padua Rodrigues (Unica), Maria ChristinaPacheco (diretora tesoureira da Orplana), José Coral (Associação de Piracicaba) e

Manoel Bertone (secretário de Produção de Agroenergia do MAPA).

Geraldo Magela Silva (assessor da Orplana), Manoel Ortolan (presidente daCanaoeste) e Gustavo Nogueira (gerente técnico agrícola da Canaoeste)

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NotíciasCanaoeste

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de JUNHO de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de JUNHO, referente à Safra 2009/2010,é de R$ 0,2828.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a junho e os acumulados até JUNHO, sãoapresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de MercadoInterno (ABMI) incluem impostos, en-quanto que os preços do açúcar de mer-cado externo (ABME e AVHP) e do eta-nol anidro e hidratado, carburante (EACe EHC), destinados à industria (EAI e EHI)e ao mercado externo (EAE e EHE), sãolíquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR,em R$/kg, por produto, obtidos nos meses deabril a junho e os acumulados até JUNHO, cal-culados com base nas informações contidas naCircular 01/09, são os apresentados acima.

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 06/09DATA: 30 de junho de 2009

FEAP é apresentado aprodutoresFEAP é apresentado aprodutores

O engenheiro agrônomo Osval-do Chacarolli Júnior, respon-sável técnico da Casa da Agricul-

tura de Sertãozinho, proferiu palestra, noauditório da Canaoeste, em junho, voltadaa médios e pequenos produtores sobre asáreas de atuação do FEAP (Fundo de Ex-pansão do Agronegócio Paulista).

O FEAP é um programa da Secreta-ria de Agricultura e Abastecimento doEstado de São Paulo com linhas de fi-nanciamento voltadas aos produtorescom renda agropecuária anual de atéR$ 400 mil. Seu objetivo é prestar apoiofinanceiro em programas e projetos es-pecíficos, de interesse da economia es-tadual, aos agricultores, pecuaristas epescadores artesanais, bem como asuas cooperativas e associações.

Carla Rodrigues

Fundo possui linhas de financiamento voltadas a produtorescom renda anual de até R$ 400 mil

Atualmente o FEAP atua em trêsprincipais programas:

1. Financiamento direto, abrangen-do 23 linhas específicas de crédito queenglobam várias culturas e atividadesdo agronegócio;

2. Subvenção do prêmio do segu-ro rural, que consiste no pagamentode até 50% do prêmio cobrado pelasseguradoras no momento da aquisi-ção de seguro rural pelos produto-res, com limite de até R$24.000,00 porbeneficiário;

3. Programa Pró-trator, onde oFEAP subvenciona os juros do finan-ciamento, permitindo que o produtorrural possa adquirir o equipamentocom juro zero.

Chacarolli Júnior, que assumiu re-

centemente a Casa da Agricultura, aten-de provisoriamente na Regional daCATI (Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral) localizada na Av. Fá-bio Barreto, nº 41, em Ribeirão Preto, otelefone para contato é (16) 3610-8228.

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NotíciasCanaoeste

Netto Campello Hospital& Maternidade está em festa

Netto Campello Hospital& Maternidade está em festaCarla Rodrigues

No dia 07 de julho de 2009, foiinaugurada a UCI (Unidadede Cuidados Intermediários), do

Netto Campello Hospital e Maternida-de, para o atendimento de crianças quenecessitam de cuidados especializados.

Esta nova unidade conta com umsuporte tecnológico de última geração,além de uma equipe de profissionaisespecializados e de mão de obra quali-ficada através de médicos, enfermei-ros, técnicos de enfermagem, nutricio-nista, fisioterapeuta, terapeuta ocupa-cional, garantindo um atendimento hu-manizado e de ótima qualidade para arecuperação rápida do pequeno paci-ente internado.

O horário de visita é realizado emdois momentos para os pais, diariamen-te. De acordo com a necessidade dorecém nascido a mãe pode acompanhá-lo por um período maior durante o dia,estimulando dessa forma, o aleitamen-to materno e o vínculo mãe-filho.

O Netto Campello Hospital e Ma-ternidade, preocupado com a huma-nização durante esse período de in-ternação também abre espaço para avisita dos avós, que são realizadas to-das as quintas-feiras no segundo ho-rário de visita.

Todo atendimento a criança e suafamília será realizado de forma espe-

Dra. Elisa (esq.), Herbert Moraes, Dr. Matheus Borges, Dr. Valfrido Assan, Manoel Ortolan,Paulo Canesin, Dra. Andréa, e Sérgio Sicchieri

Padre Orioli abençoa a nova UCI

cial, visando à recuperação rápida,com o apoio necessário e o melhoratendimento durante esse período deinternação.

Débora, Cintia Sichieri, Priscila, Graziela, Paula, Ana Mara e Aline.Esta nova unidade conta com um suporte

tecnológico de última geração

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Opinião

O produtor espera bomsensoO produtor espera bomsenso

Em um ponto, nós, que somosprodutores rurais e parte doagronegócio brasileiro, temos

de dar o braço a torcer: somos péssi-mos em fazer propaganda da nossaatividade e importância.

E como ficamos calados, permiti-mos que a sociedade construísseuma imagem do setor produtivo combase no que os outros falam a nossorespeito.

Assim, nossa omissão fez comque fôssemos transformados nobode expiatório de grande parte dasmazelas do país. O setor produtivodesmata, polui o ambiente e não cum-pre a lei. Essa é a idéiaque grande parte dasociedade faz de nóstalvez por não ter co-nhecimento das nos-sas qualidades e con-tribuições: que somosresponsáveis por 25%do PIB, 36,2% das ex-portações e 37% dosempregos gerados.

As cidades poluemmais do que a ativida-de agropecuária e nem por isso a le-gislação é mais branda sobre o setorprodutivo. Muito pelo contrário.Atualmente estão em vigor mais de16 mil normas ambientais e 130 pro-jetos em tramitação no CongressoNacional para a criação de mais leis.Além do número exagerado de arti-gos, parágrafos e capítulos que oprodutor rural deve cumprir à risca, alegislação ambiental acabou se tor-nando numa colcha de retalhos, des-colada da realidade atual.

A primeira versão do Código Flo-restal Brasileiro é de 1934 e a segun-da, de 1965. De lá para cá, sofreu maisde 60 alterações.

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

Nesse intervalo, a atividade agro-pecuária sofreu uma revolução e oBrasil se transformou em um dos prin-cipais fornecedores de alimentos domundo. E o produtor rural cumpriuos limites estabelecidos no Código.Agora, depois de 40 anos e com aárea de produção já consolidada, alegislação foi alterada, sem qualquerreferencial científico, e o produtor,que lá atrás cumpriu a lei, hoje é obri-gado a reflorestar parte de sua pro-priedade, perder produção e renda.

E nesse debate sobre a questãoambiental, o produtor é sempre colo-cado como aquele que não quer cum-prir a lei, quando, na verdade, cobra

apenas bom senso na definição dasnormas. No final de maio, a FrenteParlamentar da Agropecuária, quereúne deputados federais e senado-res, apresentou o projeto de lei 5367/09, que, se aprovado, irá substituir oatual Código Florestal e revogaráoutras leis da área ambiental.

O projeto foi elaborado com a par-ticipação de entidades que represen-tam o setor e em linhas gerais transfe-re para os Estados o planejamento téc-nico e científico de toda ocupação ter-ritorial, cria um fundo de compensa-ções, extingue penas de prisão paracrimes ambientais e garante áreas deprodução rural já consolidadas no país.

Prevê também que a unidade deconservação da biodiversidade pas-saria a ser a bacia hidrográfica e nãomais a propriedade, como está atual-mente. Assim, as exigências recairi-am sobre cada Estado e não sobre

cada fazenda. As áreasde preservação perma-nente e de reserva le-gal seriam transforma-das em áreas de reser-va ambiental, cuja pro-teção seria determina-da segundo a topogra-fia e a presença de rios.

Há ainda um longocaminho a ser percorri-do e um intenso deba-te a ser travado sobre

o projeto, mas já é um ponto de parti-da. Sem uma definição, o produtorfica perdido, inseguro quanto à le-gislação que terá de seguir e, aindapor cima, com uma imagem negativa,que foi sendo construída ao longodos anos e do nosso silêncio. A dis-cussão desse projeto, que prometeser um novo Código Ambiental, pre-cisa da nossa participação e da con-tribuição das entidades que repre-sentam o setor produtivo. Não po-demos repetir o erro da omissão.

*Presidente da Canaoeste(Associação dos Plantadores de Cana

do Oeste do Estado de São Paulo)www.canaoeste.com.br

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Repercutiu

No dia 19 de junho os diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred receberam avisita de duas importantes autoridades na sede das cooperativas e associação. O deputadofederal Antonio Carlos de Mendes Thame e o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf.

"As crises trazem oportunidades. A crise existe, mas temos que lutar para combatê-la esairmos fortalecidos desse período".

Paulo Skaf, presidente da FIESP, durante visita aos diretores do sistema Copercana/Canaoeste/Cocred

“O objetivo do encontro foifortalecer a entidade e também dis-cutir as perspectivas do setor su-croenergético e os desafios co-muns à cadeia produtiva e aos mu-nicípios”.

Manoel Ortolan, coordenadorregional da Amcesp e presidenteda Canaoeste

“Nesse momento em que o pro-dutor de cana passa por tantas di-ficuldades, os municípios canavi-eiros também estão sofrendo asconsequências. Por isso temos quenos unir em busca de soluçõespara o nosso setor”

Nério Costa, prefeito de Sertão-zinho

"Essas lideranças sempre trazem assuntos inova-dores e de interesse dos produtores. Temos que discutirsoluções para os nossos problemas de preços baixos eremuneração que não cobre os custos de produção".

Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Co-percana

“É uma honra recebermos essas lide-ranças em nossa cooperativa. O auditórioestá lotado, mais de 200 cooperados, o quedemonstra o quanto esse tema é importantepara os produtores de cana”.

Lelo Bighetti, diretor da Copercana

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NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - MAIO/2009

Valores em Reais

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Novo Código Ambiental BrasReportagem de Capa

Novo Código Ambiental Bras

Já tramita no Congresso Nacio-nal o projeto de lei 5367/09, apre-sentado por 47 deputados fede-

rais da Frente Parlamentar da Agro-pecuária, que institui o Código Am-biental Brasileiro. A proposta foi apre-sentada no início de junho e deveráser analisada pelas comissões técni-cas da Câmara antes de ser votadoem plenário.

Se aprovado na Câmara e no Se-nado, irá substituir o atual CódigoFlorestal (Lei 4.771/65) e revogaráoutras leis da área ambiental. Atual-mente estão em vigor mais de 16 milnormas ambientais e 130 projetos tra-mitam no Congresso Nacional.

Um dos principais pontos da pro-posta é a previsão de compensaçãofinanceira para os produtores ruraisque preservam a natureza. A propos-ta determina a compensação finan-ceira de proprietários de áreas ambi-entalmente importantes ou no casode limitação de exploração econômi-ca do local.

Esses proprietários contarão comcréditos especiais, recursos, dedu-ções, isenções parciais de impostos,tarifas diferenciadas, prêmios e finan-ciamentos, entre outros benefícios.Os recursos para financiar essa “re-muneração por serviços ambientais”virão do Orçamento e do Fundo Na-cional do Meio Ambiente.

Da redação

Projeto prevê compensação para produtores que preservam o meio ambiente e transfere para osEstados a decisão sobre as áreas de reserva legal

Os municípios que promoveremações de proteção ambiental tambémserão compensados financeiramente.O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), presidente da Frente Parlamen-tar da Agropecuária, critica o fato de,atualmente, não haver no Brasil umapolítica de valorização por serviçosflorestais prestados por produtores.

“O Código Florestal vigente puneos produtores que não recuperaremáreas utilizadas muito tempo antes dea legislação ambiental existir no Bra-sil. A nossa legislação criminaliza oprodutor”, avalia.

O deputado lembra ainda que, nosEstados Unidos, os programas deapoio à conservação ambiental repre-sentam parcela significativa da ren-da dos produtores norte-americanos.Além da compensação pela perda derenda com a terra que não pode serutilizada pela agricultura, os produ-tores são ressarcidos pelo custo daimplantação de cobertura vegetalpara proteger áreas sensíveis.

O projeto estabelece diretrizesgerais sobre a política nacional demeio ambiente. Caberá aos Estadoslegislar sobre suas peculiaridades.Assim, será responsabilidade decada Estado identificar as áreas pri-oritárias para conservação e preser-vação com base em estudos técni-cos, visando à sustentabilidade.

As áreas atualmente denomina-das reserva legal poderão ser desca-racterizadas após a definição do per-centual mínimo de reservas ambien-tais nos Estados pelo zoneamentoeconômico ecológico. A reserva le-gal é o percentual de vegetação a serconservada em uma propriedade, eque varia de acordo com cada bioma.

Segundo o projeto, a elaboraçãodo ZEE deverá ser participativa, po-dendo os atores socioeconômicosintervir nas diversas fases do traba-lho, a ser elaborado pelos governosestaduais.

Colatto discorda do estabeleci-mento de regras nacionais relativasao meio ambiente, como a fixação dareserva legal em 20% da área total de

uma propriedade na maioria dos es-tados brasileiros. Na Ama-

Valdir Colatto

Foto: Hermínio Oliveira

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Reportagem de Capa

sileiro já está no Congressosileiro já está no Congressozônia, a área de reserva legal deveser equivalente a 80% da proprieda-de e, no Cerrado, a 35%.

“O estabelecimento de parâme-tros de forma generalizada em umpaís de proporções continentais foio início de uma antipolítica ambi-ental. O que se conseguiu foi punir

De acordo com o presidente daSRB (Sociedade Rural Brasileira),Cesário Ramalho, que se reuniu como ministro Reinhold Stephanes (Agri-

cultura), no final de junho,o ministro defende o di-

álogo equilibrado, àluz da ciência, li-

vre de radica-

aqueles que protegeram o meio am-biente com o engessamento econô-mico. Porém, onde há miséria, nãohá condição de proteção dos recur-sos naturais”, diz Colatto.

Nos termos da proposta, as ativi-dades rurais de produção alimentícia,vegetal e animal são consideradas ati-

Ministério da Agriculturalismos para que o debate rela-tivo à elaboração de uma novalegislação ambiental caminhepara um consenso.

"O ministro Stephanes re-velou que trabalha por umacordo com o ministro Mincpara elaboração de um novocódigo ambiental, que efetiva-mente cumpra seu papel deconservação, sem barrar pro-dução e desenvolvimento",diz Ramalho.

Ramalho ressalta, ainda,que no encontro, o ministroStephanes reiterou os princi-pais tópicos da proposta doMapa - que tem respaldo téc-nico-científico no estudo daEmbrapa Monitoramento porSatélite - para modernizaçãodo Código Florestal: somarÁreas de Proteção Permanen-

te com as de Reserva Legal; recom-posição da Reserva Legal: usar es-pécies arbóreas econômicas + nati-vas; possibilidade de compensaçãoda Reserva Legal fora da bacia hi-drográfica ou do Estado; permitir acontinuidade das atividades agro-pecuárias em APPs consolidadas(topos de morro, encostas, várze-

vidades de interesse social. As ativi-dades realizadas em áreas considera-das frágeis dependerão de prévio li-cenciamento ambiental.

Porém, se um Estado indicar a recupe-ração de áreas degradadas para constitui-ção de reservas, deverá ele próprio forne-cer os meios de recomposição da área.

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as); aumentar o prazo previsto paraa compensação da Reserva Legal ini-ciando a contagem na publicação dalei; o uso das APP´s deve ser atri-buição dos Estados: CONSEMAS eou Secretarias Estaduais do MeioAmbiente baseados na orientaçãodos Zoneamentos Ecológicos Eco-nômicos (ZEEs); flexibilização da le-gislação aos pequenos produtores,que não têm condições financeirasde se adequar às normas da com-pensação ambiental; criar condiçõespara o Desmatamento Zero no Bi-oma Amazônia

O ministro da AgriculturaReinhold Stephanes

Cesário Ramalho

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V Agronegócios Copercanafecha negócios na ordem deR$ 100 milhões

Destaque

V Agronegócios Copercanafecha negócios na ordem deR$ 100 milhões

O V Agronegócios Copercana,realizado no Clube de CampoVale do Sol, em Sertãozinho,

nos dias 24, 25 e 26 de junho, recebeucooperados de toda a região de abran-gência das cooperativas. Nos três diasde evento, mais de 3 mil pessoas visi-taram a feira para conhecerem as no-vas tecnologias e produtos apresenta-dos pelos 63 expositores presentes.

Superando até mesmo as expectati-vas dos organizadores, os negóciosfechados durante a feira totalizaram R$100 milhões, 17 % a mais que na ediçãoanterior.

Segundo o gerente comercial dacooperativa, Frederico José Dalmaso,“a feira foi excelente e mostrou que osetor está reagindo ao período de cri-se. Os cooperados esperaram por essemomento para fazer suas compras econseguiram obter bons negócios”,afirma Frederico.

Para se ter uma idéia do sucessoque foi a feira, foram comercializados77 mil toneladas de adubos. “A Coper-cana mais uma vez demonstrou o seupapel que é ajudar o cooperado paraque ele consiga sobreviver no agrone-gócio, mesmo num momento tão deli-cado para a economia”, acrescenta ogerente comercial.

Carla Rossini

Feira, realizada nos dias 24, 25 e 26 de junho, em Sertãozinho,movimentou os cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocred

Os prazos de pagamento foram ade-quados de acordo com a safra da cul-tura que o cooperado planta. “Nãomedimos esforços para dar condiçõesadequadas de compra aos produtores.Esse é o papel da cooperativa: ameni-zar os custos de produção para que o

produtor obtenhamelhor renda”, dis-se Lelo Bighetti, di-retor da Copercana.

Além dos adu-bos e defensivos,também foram co-mercializados diver-sos materiais para a

Entrada da feira

Antônio Eduardo Tonielo faz a abertura dafeira ao lado de Manoel Ortolan e Lelo Bighetti

Área Externa Área Interna

atividade agrícola, como calcário, máqui-nas e equipamentos para as culturas decana, soja, amendoim e milho.

Os cooperados Teodoro RodriguesSobrinho e José Rodrigues esperarama feira para fazer as compras da família.E valeu a pena. “Nós compramos 200toneladas de adubo com o preço maisacessível que no mercado e utilizamoso financiamento oferecido pela coope-rativa com um prazo melhor de paga-mento”, disse Teodoro.

Antonio Eduardo Tonielo, presiden-te da Copercana, Cocred e da feira, nãoescondeu a sua satisfação com o resul-

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Destaque

tado desta 5ª edição do Agronegócios:“É muito satisfatório atingirmos o nos-so objetivo com sucesso. Os bons re-sultados da feira são consequência demuito trabalho e dedicação da nossaequipe de diretores, gerentes e funcio-nários. Vamos continuar trabalhandopara que o Agronegócios Copercanacontinue superando nossas expectati-vas a cada edição”, afirmou Tonielo.

Durante o evento, a Coper-cana e o Sebrae realizaram umciclo de palestras com os temasgado de corte, gado de leite eovinos. Todos os cooperadospodiam assistir as palestras queforam ministradas por técnicosespecializados nos assuntosabordados.

O médico veterinário da Co-percana, Gustavo Lopez, destacou que “esse tipo de ação dentro da feira é exce-lente para o aprimoramento do conhecimento dos cooperados. Muitos integramem suas propriedades as plantações de cana com a criação de gados e ovinos. Éuma fonte de renda extra e as palestras ajudam principalmente quem está come-çando a diversificar sua atividade”, disse Gustavo.

Palestras

Diretores da Copercana e da Cheminova

Área de negociação dos produtos químicos

Exposição de Ovinos

Área externa da feira

Manoel Ortolna realizou o sorteio do 1º ganhador da TV42” sorteada no Rally do V Agronegócios Copercana, Otávio

Antonio Leonel de Dumont-SP

3º ganhador Leandro Merlo, recebe o prêmio de LeloBighetti. (a 2ª ganhadora Maria Marlene G. Otavianode Sta. Rita do Passa Quatro-SP, não estava presente

Diretores e funcionários do Sistema Copercana / Canaoeste / Cocred que trabalharam para o sucesso da feira

“O número de cooperados quevisitaram a feira e os resultados dosnegócios realizados demonstramque estamos no caminho certo.Sempre trabalhando para dar con-dições aos nossos cooperados derealizar negócios melhores dos queos apresentados no mercado. É paraisso que a Copercana existe”, fina-lizou o presidente.

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CHUVAS DE JUNHOe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE JUNHOe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de JUNHO de 2009.

Revista Canavieiros - Julho de 20092626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

Com exceção da FazendaSanta Rita - Terra Roxa, as chu-vas de JUNHO que, na regiãode abrangência da CANAOESTE ocorreram principalmente nos dois primeiros dias do mês, foram inferiores às respec-tivas médias históricas.

O Mapa 1, ao lado, mostra que oíndice de Água Disponível no Solo, noperíodo de 15 a 17 de JUNHO, apresen-tava-se como baixo a crítico em todafaixa centro-norte do Estado, excetu-ando-se faixa entre as Regiões de Ri-beirão preto e São João da Boa Vista.Bons níveis de umidade de solo aindaeram observados nas Regiões canavi-eiras de Assis/ Ourinhos, Bauru, Cam-pinas, Piracicaba e Sorocaba.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de JUNHO de 2009.

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Revista Canavieiros - Julho de 2009 2727272727

Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Julho de 2009 2727272727

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, ao final de JUNHO de 2009.

Mapa 2:- Água Disponível no Solo, ao final de JUNHO de 2008.

Os Mapas 2 e 3, acima, mostram que os índices de Água Disponível no Soloforam semelhantes nos finais de JUNHO de 2008 e de 2009, ou seja, entre médios aaltos na área canavieira entre o Centro e Sul (notadamente, Sudoeste) do Estado.

Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume oprognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologiae INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de julho a setembro.

· Prevê-se que a temperaturamédia na Região Centro-Sul fica-rá entre próxima a ligeiramenteabaixo da normalidade climática,mas com possibilidades de maio-res variações térmicas na RegiãoSul.

· Quanto às chuvas, estãoprevistas como próximas das res-pectivas médias históricas nas Re-giões Centro Oeste e Sudeste, maspoderão ser inferiores às normaisclimáticas nos estados da RegiãoSul;

· Como referência, as médi-as históricas das chuvas, peloCentro Apta-IAC, para RibeirãoPreto e municípios vizinhos são de20mm tanto em julho, como emagosto e pouco mais de 50mm emsetembro.

Considerando-se as previsõeselaboradas pela SOMAR Meteoro-logia para a região de abrangênciada CANAOESTE, apontam que,percentualmente, as chuvas de ju-lho e setembro apresentarão va-riações, porém insignificantes emtermos de volume, as quais serãopróximas das respectivas médiashistóricas. Entretanto, prevê-seescassez de chuvas durante o mêsde agosto, comparativamente aosoutros dois meses.

Como na região de abrangên-cia da CANAOESTE já se verifi-ca e prevê-se que a umidade dosolo se mantenha baixa, dificil-mente ocorrerá pisoteio durante asoperações de colheita (carrega-mento) e transporte da cana, po-dendo dispensar cultivos mecâni-cos das soqueiras recém-colhidas.Persistindo dúvidas, consultem osTécnicos CANAOESTE mais pró-ximos.

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Fechamento dasafra 2008/2009

Artigo Técnico

Fechamento dasafra 2008/2009Por Thiago de Andrade SilvaAssistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

Após o término de moagem da Safra 2008/2009, os fornecedores de cana associadosà CANAOESTE entregaram cerca de 12,13

milhões de toneladas de cana nesta Safra, incluindocana de nossos Associados entregues em Unida-des Industriais fora da região de abrangência daCANAOESTE.

Na tabela 1, observam-se os teores médios deATR das safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009 emKg/tonelada, sendo que o teor de ATR da safra 2008/2009 ficou 3,81 Kg de ATR/tonelada abaixo do teormédio de ATR das Safras 2006/2007 e 2007/2008.

As tabelas 2, 3 e 4 (ao lado) trazem mais deta-lhes da qualidade tecnológica média da matéria-pri-ma das safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009.

O Brix da Safra 2008/2009 começou abaixo doBrix da Safra 2006/2007 e da Safra 2007/2008, perma-necendo inferior até a 1ª quinzena de junho, depoishouve uma boa recuperação, mas insuficiente parasuperar as duas safras anteriores.

Tabela 2 – Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelosFornecedores da CANAOESTE na Safra 2006/2007

Tabela 3 - Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelosFornecedores da CANAOESTE na Safra 2007/2008

Tabela 4 - Dados Tecnológicos Médios das Canas Entregues pelosFornecedores da CANAOESTE na Safra 2008/2009

Tabela 1 – Teor médio de ATR (Kg/ton) por safra das Canas

Entregues porFornecedores da CANAOESTE

entre as Safras 2006/2007 e 2007/2008 e a Safra atual 2008/2009

Gráfico 1 - Comparativo das Médias de Brix (%)

O mesmo comportamento do Brix ocorreu com o Pol do Caldo (%).Gráfico 2 – Comparativo das Médias de Pol do Caldo (%)

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Artigo TécnicoExceto na 2ª quinzena de setembro e na 1ª quinzena de

outubro, os teores de Fibra da Safra 2008/2009, se posici-onaram em situação intermediária entre os valores dasSafras 2006/2007 e 2007/2008.

Até a 2ª quinzena de junho os valores de Pol da Cana daSafra 2008/2009 foram inferiores aos das Safras 2006/2007 e2007/2008. Nas demais quinzenas, os valores da Safra 2008/2009 foram intermediários às duas safras anteriores, excetona 2ª. quinzena de novembro.

De forma semelhante à Pol da Cana, os valores de Purezado Caldo, até a 2ª quinzena de junho, foram inferiores aosdas Safras 2006/2007 e 2007/2008. Este início de safra comcondições de maturação inferiores aos das safras anterioresdeterminou um menor teor de ATR médio da Safra 2008/2009como pode ser observado na Tabela 1 e no Gráfico 6.

Gráfico 3 - Comparativo das Médias de Fibra (%)

Gráfico 4 - Comparativo das Médias de Pol da Cana - PC (%)

Gráfico 5 - Comparativo das Médias de Pureza (%)

Gráfico 6 - Comparativo das Médias de AçúcaresTotais Recuperáveis - ATR (Kg/tonelada)

As chuvas mais intensas em janeiro/08, além das chu-vas acima da média dos outros anos no período de feve-reiro a abril contribuíram muito para os resultados obser-vados anteriormente.

Gráfico 7 - Comparativo das Médias de Chuvas (mm)

Na Safra 2008/2009 houve um volume maior de chu-va no 1º e 2º Trimestre em relação às médias das Safras2006/2007 e 2007/2008.

Gráfico 8 - Comparativo das Médias de Chuvas (mm) por Trimestre

Conclui-se que o valor médio de teor de ATR foi me-nor devido ao maior volume de chuva no período defevereiro a abril, o solo úmido por um longo período,permitindo o desenvolvimento da cana-de-açúcar e me-nor acúmulo de sacarose.

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Plano de eliminação gradativa daqueima da palha de cana-de-açúcar

Artigo Técnico II

Plano de eliminação gradativa daqueima da palha de cana-de-açúcarPor Thiago de Andrade Silva, Franklin Camilo de Oliveira e Rafael Guidi PinottiPlanejamento e Controle / Departamento Jurídico Ambiental CANAOESTE

Conforme a tabela ao lado pode-se observar que na Safra 2009/2010 foram realizados cerca de

2.956 requerimentos para autorização dequeima. Dentre estes, 118 requerimen-tos de propriedades cujas áreas totaisde colheita foram iguais ou superiores a150 ha e outros 2.838 requerimentos depequenas propriedades. Lembrandoque, desde o começo do procedimentode Autorização para queima da palha decana-de-açúcar, ocorrido na Safra 2002/2003 até a Safra atual, 2009/2010, a áreatotal de colheita mecanizável a ser co-lhida crua passou de 20% para 30%,quando esta atingisse área de colheitamecanizável igual ou superior a 150 ha.

Já a partir da Safra 2010/2011, o per-centual da área de colheita mecanizávelde cana a ser colhida crua deverá serde, no mínimo, 60% nas propriedadesque tiverem área igual ou superior a 150ha, e de, no mínimo, 20% nas proprieda-des que tiverem área inferior a 150 ha.

O percentual de 20% de colheita decana crua também deverá ser aplicadonas áreas de colheita não-mecanizáveis.

As áreas de restrições não podemser contabilizadas como áreas de com-pensação de cana crua, pois estas le-galmente já devem ser colhidas crua.

Comparativamente com a Safra2008/2009, foram realizados 505 reque-rimentos que não haviam sido feitosanteriormente com a CANAOESTE e376 requerimentos que não fizeramatravés da CANAOESTE na Safra2009/2010 ou colherão totalmentesem queima.

Lembrando que não basta somenteao fornecedor fazer o Requerimentopara Solicitação da Autorização daQueima da Palha da Cana-de-Açúcar,é preciso, a cada queima que for reali-zar, fazer a comunicação desta junto aSecretaria do Meio Ambiente do Esta-do de São Paulo com 96 horas de ante-cedência, através de nossas filiais.

Todo começo de ano, até o final demarço, a CANAOESTE, em suas filiais,orienta e realiza o Requerimento paraSolicitação da Autorização da Queima

da Palha da Cana-de-Açúcar de seusfornecedores associados.

Acompanhem sempre a Revista Ca-navieiros e correspondências enviadaspela CANAOESTE para obter maiores in-formações sobre o Plano de EliminaçãoGradativa da Queima da Palha de Cana-de-Açúcar, entre outros assuntos impor-tantes. Caso não estejam recebendo nos-sas correspondências, favor entrar emcontato com Alberto ou Almir do Planeja-mento, no telefone (16) 3946-3300, paraque seja resolvido o problema.

Treinamento de funcionários do sistemaCopercana / Canaoeste / CocredTreinamento de funcionários do sistemaCopercana / Canaoeste / CocredPor Almir TorcatoPlanejamento e Controle Canaoeste / Coordenador do Programa Ocesp/Sescoop

A cada dia a competição é maisacirrada em quase todos os setores da atividade humana. No

setor agrícola não é diferente, afinal, sãonecessários índices de qualidade sem-pre melhores, caso contrário, perde-seespaço para os mais competitivos.

Como o mercado está muito dispu-tado e existe a necessidade de se bus-car qualidade, o sistema Copercana/Canaoeste/Cocred, em parceria com aOcesp/Sescoop, está investindo naqualificação de seus colaboradores.Uma das ações do sistema é a difusãotecnológica para cooperados atravésde equipe técnica especializada, quefornece informações úteis e objetivas,

em busca de obter melhorias no pro-cesso de atendimento, produção equalidade da matéria-prima, especial-mente em grãos e cana-de-açúcar.

Com esse objetivo, no final de 2008,o sistema enviou para a Ocesp e Sesco-op, um plano de ações para o biênio de2009 e 2010 com o detalhamentodas necessidades. O plano e o crono-grama das ações que envolvem todasas áreas da cooperativa, departamentosde conhecimento específico, administra-tivo/operacional e varejo/armazenamen-to foram aprovados em março de 2009.

Dentre as ações do primeiro semes-tre, já foram realizadas, a da área jurídi-

ca, com um curso de “Legislação Am-biental”, o de excelência e qualidadecom o curso de “Ouvidoria” e de “Co-operativa Saudável”.

Para o mês de julho, duas datas fo-ram reservadas para a realização “incompany” do curso de Excelência noAtendimento ao Cliente - áreas admi-nistrativa/operacional e uma na área devarejo, voltado para os supermercados.

Até o mês de julho foram setenta edois colaboradores treinados. Já no se-gundo semestre do ano, novos cursosserão realizados. Acompanhe o anda-mento das ações concluídas nas próxi-mas edições da Revista Canavieiros.

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Legislação Ambientalnecessidade de sua adequação ao históricoda ocupação territorial brasileiraprojeto de lei nº 5.367/2009

Não é de hoje que se verifica odescompasso da legislaçãoambiental brasileira, mormen-

te o Código Florestal (Lei nº 4.771/65),com o histórico de ocupação territorialdo Brasil. Isto leva os proprietários ru-rais e urbanos à ilegalidade, prato cheiopara o mercado externo barrar a entra-da de produtos brasileiros. Tal fato épublico, tanto que presenciamos recen-temente ferozes embates entre os Mi-nistros da Agricultura, Reinold Stepha-nes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Referido descompasso se dá, princi-palmente, no Código Florestal, com suassucessivas alterações ocorridas ao lon-go dos últimos quarenta anos, que seacentuaram nos últimos quinze anos,onde temos como exemplo absurdo a Me-dida Provisória nº2.166/67, que al-terou o CódigoFlorestal em suassessenta e setereedições, pas-mem, transformando-o em um "Frankens-tein" de normas inexeqüíveis em algunscasos.

Porém, está se chegando ao con-senso a premente necessidade de ade-quação das normas ambientais à reali-dade brasileira de cada estado e bioma,principalmente àquelas que dizem res-peito aos institutos da reserva flores-tal legal e das áreas de preservaçãopermanente.

O último capítulo desse embate é oProjeto de Lei nº 5.367/2009, de autoriado Deputado Federal Valdir Colatto,protocolizado em 03.06.2009, que insti-tui o Código Ambiental Brasileiro, pro-pondo a harmonia nas áreas agrícolase urbanas, criando um pacto federati-vo ambiental com autonomia para quecada Estado implemente o seu Zonea-mento Econômico Ecológico (ZEE), queserá chancelado pelo governo federal.

O referido projeto traça diretrizesambientais, define diversos conceitos,

Legislação Ambientalnecessidade de sua adequação ao históricoda ocupação territorial brasileiraprojeto de lei nº 5.367/2009

reestrutura a administração do sistemanacional do meio ambiente, define osbens a serem protegidos e os instru-mentos da política nacional do meio am-biente, sendo eles: o zoneamento eco-lógico econômico, o licenciamento am-biental, as áreas protegidas, os servi-ços de informação ambiental, a remu-neração por serviços ambientais pres-tados e as sanções aplicáveis.

O zoneamento ecológico econômico(ZEE) será participativo, equitativo, sus-tentável, holístico (interdisciplinar) e sis-têmico, onde o Poder Público elaborará oZEE macro do país, tendo como referên-cia o Mapa Integrado dos ZEE dos Esta-dos, que definirão as áreas ambientais aserem protegidas/recupera-das em seu território.

As áreas protegidas serão: a Vege-tação Ciliar (hídrica e de relevo), as Uni-dades de Conservação; as Áreas Frá-geis e as Reservas Ambientais, onde opercentual de vegetação de cada esta-do será indicado pelo seu ZEE e pelasoma de todas estas áreas. Uma ressal-va a ser feita é a de que a faixa da vege-tação ciliar será determinada por estu-dos técnicos aprovados por órgãosambientais, de acordo com as caracte-rísticas de cada curso hídrico ou rele-vo/solo a ser protegido.

No nóvel projeto de lei, não maisexistirá o instituto da Reserva FlorestalLegal, que será substituído pelas áreasambientais retro descritas. As reservaslegais já consolidadas até então, pode-rão ser descaracterizadas como tal apósa definição do percentual mínimo de re-servas ambientais no Estado pelo ZEE,sendo sua conversão de uso limitadapelas normas gerais do uso do solo lo-cal, ou utilizadas nos processos pre-vistos neste artigo (§2º, art. 85).

Assuntos Legais

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Um outro ins-trumento previstono projeto de lei quechama a atenção éa remuneração porserviços ambien-tais, meio adequa-do de remuneraraqueles empreen-dimentos (rurais,florestais e urba-nos) que, de algu-ma forma, contribu-em para o meio am-biente e a coletividade, instrumento esteque já existe em diversos países.

De igual forma, para minimizar o im-pacto da legis-lação em áreasconsolidadascom explora-ção (rural, ur-bana, florestal)às margensdos cursos hí-

dricos e de relevo, deverá haver pro-cesso de licenciamento da atividadeque contará com estudos técnicos ecientíficos para fundamentar sua con-cessão, realocação ou solicitação de re-adequação.

Este é, portanto, o mais novo pro-jeto de lei que visa racionalizar e ade-quar a legislação ambiental do Brasilcom seu histórico de ocupação territo-rial, cuja preocupação, a nosso ver, éestritamente técnica e científica, fican-do apartada de ideologias políticas einteresses escusos, pois deixará a car-go dos órgãos ambientais, com a am-pla participação da sociedade organi-zada e instituições científicas governa-mentais sérias, definir quais as áreasambientais devem ser protegidas/recu-peradas, visando, com isso, atingir o tãoalmejado desenvolvimento sustentável,que não ocorre atualmente em virtudeda arcaica legislação ambiental territori-al, que indisponibiliza cerca de 71% doterritório nacional (fonte: justificativa dopróprio PL nº 5367/2009).

Território % do território ocupado (km²) nacional

Unidades de conservação + terras indígenas 2.294.343 26,95Reserva florestal legal 2.685.542 31,54Áreas de preservação permanente 1.442.544 16,94Total indisponível 6.059.526 71,16Total disponível 2.455.350 28,84

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Assuntos Legais

Queima de palha de cana-de-açúcarSuspensão das autorizações no estadode São Paulo.

O artigo 7º, da Lei Estadual nº11.241/2002 e, o artigo 14, doDecreto nº 47.700/2003, autori-

zam a suspensão das autorizações parauso do fogo como método despalha-dor da cana-de-açúcar em todo Estadode São Paulo, quando a umidade relati-va do ar estivar muito baixa, podendoocasionar risco à saúde pública.

Com base nos sobreditos artigos, aSecretaria do Meio Ambiente do Esta-do de São Paulo, publicou no DiárioOficial do Estado de 17 de junho de2008, a Resolução SMA nº 44, de17.06.2009, proibindo a queima de pa-lha de cana-de-açúcar no período de22 de Junho a 30 de novembro desteano, das 6:00 hs às 20:00 hs.

Referida Resolução, prevê a sus-pensão da queima da palha de cana-de-açúcar em qualquer horário do dia,quando o teor médio da umidade relati-va do ar for inferior a 20%, medido das12:00 hs. às 17:00 hs., pelos postos ofi-ciais determinados pela Secretaria do

Queima de palha de cana-de-açúcarSuspensão das autorizações no estadode São Paulo.

Meio Ambiente, ocasião em que ficamsem validade os comunicados de quei-ma a ela previamente encaminhados. Talsuspensão será declarada pela Secre-taria do Meio Ambiente às 18:00 horasdo dia que se observar a baixa umidadee será aplicada a partir das 6:00 horasdo dia posterior a referida declaração.

Após o dia 30 de novembro, pode-rá ocorrer a suspensão da queima quan-do a umidade relativa do ar ficar abaixode 30% (trinta por cento) e acima de20% (vinte por cento), durante dois diasconsecutivos. Neste caso, ficará sus-penso o uso do fogo como métododespalhador da cana-de-açúcar no pe-ríodo compreendido das 6:00 hs às 20:00horas do dia posterior à declaração desuspensão, efetuada pela Secretaria doMeio Ambiente, sempre às 18:00 horasdo segundo dia consecutivo que per-durar a umidade acima descrita.

Nada impede, portanto, que a Secre-taria do Meio Ambiente possa suspen-der mais vezes a autorização de queima

quando as condições climáticas ou aqualidade do ar estiverem desfavoráveise, se isso ocorrer, cumpre informar queNÃO SE PODE EFETUAR A QUEIMAEM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmoporque os órgãos ambientais estarãoprocedendo intensiva fiscalização nes-tes períodos -, sob pena de sofrerem assanções cabíveis, tais como multas vul-tosas, além de responder judicialmenteem ações cíveis e criminais.

Cumpre informar que é de extremaimportância que os fornecedores se in-formem com antecedência junto os téc-nicos/agrônomos da CANAOESTE so-bre as condições futuras de clima (já quea Canaoeste possui convênio com ór-gãos de previsão de umidade relativado ar), para evitar transtornos em seuplanejamento de queima, pois esta sa-fra promete baixos índices de umidaderelativa do ar, assim como consultaremo “link” específico sobre as suspensõesde queima (Queima da Palha de Cana)no “site” da Secretaria do Meio Ambi-ente (www.ambiente.sp.gov.br).

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Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática, esclareceralgumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática

Português Sem Segredos (Ed. Madras) com Miriam M. Grisolia

"As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável"Madre Teresa de Calcutá

1) Maria foi “recém empossada” no cargo da empresa.Maria, parabéns pela posse, mas sem congratulações para a expressão acima!Prezado amigo leitor, nesta fase de mudança ortográfica, muitos hesitam em usar o hífen. É necessário que se

diga que nem tudo muda quando o assunto é sobre o hífen.Os prefixos oxítonos (quando a sílaba tônica-forte- é a última da direita) terminados em “em”, graficamente acentuados,

sempre são “presos” por hífen ao termo subsequente.Exemplos corretos: além-fronteira, aquém-mar, recém-nascido, recém-inaugurado...Note, amigo leitor, que o hífen nesses casos independe da letra inicial do segundo termo. Ele ocorre em qualquer

situação.Essa regra não sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico.A expressão do exemplo corrigida:Maria foi recém-empossada no cargo da empresa.(recém é o prefixo)

2) Segundo Pedro, “co-autor” do livro, disse que o fato demonstra ...Escrito dessa forma, Pedro não conseguirá demonstrar nenhum fato...Prezado amigo leitor com o Novo Acordo Ortográfico o prefixo “co-” passou a aglutinar-se a quaisquer palavras.Ocorre, entretanto, que a ABL (Academia Brasileira de Letras), ao confeccionar a última edição do Vocabulário Ortográ-

fico da Língua Portuguesa, fez alguns ajustes ao texto oficial do Acordo, acomodando divergências de interpretação de ume outro ponto.

A grafia “co-herdeiro”, por exemplo, foi substituída pela forma “coerdeiro” (prefixo aglutinado e supressão da letra“h”). Seguiu-se o modelo da palavra “coabitar”, provavelmente considerando o fato de que os prefixos monossilábicos(uma sílaba) e átonos (“fracos”) em geral se aglutinam ao termo subsequente. É o que ocorre com “re-”, “pre-” e “pro-” eagora com “co-”.

Ficamos com grafias corretas como “coautor”, “cogestor”, “coprodução”, “coprodutor”, “copiloto”, “corresponsável”,“cosseno”, “coerdar”, “coabitar” etc.

3) A “lingüiça” não poderia faltar naquela feijoada de domingo!!!Geralmente os domingos são tão afáveis desde que a linguiça esteja escrita de forma correta!!!Motivos?Família reunida, sogra com nora, genro com sogro, cunhada com cunhada!!!E para completar o belo dia :a feijoada com linguiça e agora sem trema, por favor!!!Lembrando a regra do Novo Acordo Ortográfico: o trema “morreu”, exceto em nomes próprios e derivados.P.S.: Prezado amigo leitor não se esqueça que a pronúncia é a mesma, a mudança é na escrita, por isto: NOVO ACORDO

ORTOGRÁFICO.

PARA VOCÊ PENSAR:(...)“Partir!Nunca voltarei,Nunca voltarei porque nunca se volta.O lugar a que se volta é sempre outro,A gare a que se volta é outra.Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!...”Álvaro de Campos, in “Marinetti Acadêmico

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Agosto Agosto Agosto Agosto Agosto de de de de de 20092009200920092009

X FEACOOPX Feira de Agronegócios Coopercitrus

Tipo de Evento : FeiraCidade: BebedouroEstado: São PauloInício do Evento: 05/08/09Fim do Evento: 07/08/09Local: Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro

- Bebedouro - SPRodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384Mais informações: www.feacoop.com.br

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8º Congresso Brasileiro de AgribusinessEmpresa Promotora: ABAG - Associação Brasileira de

AgribusinessTipo de Evento: CongressoInício do Evento: 10/08/2009Fim do Evento: 11/08/2009Estado: SPCidade: São PauloLocalização do Evento: Hotel WTC - Av. das Nações Uni-

das, 12.559Informações com: ABAGSite: www.abagbrasil.com.br

Telefone: 11 3285-3100E-mail: [email protected]

Bienal dos Negócios da AgriculturaEmpresa Promotora: Famato - Fe-

deração da Agricultura e Pecuária deMato Grosso

Tipo de Evento: Conferência / Pa-lestra

Início do Evento: 19/08/2009Fim do Evento: 21/08/2009Estado: MTCidade: CuiabáLocalização do Evento: Cenarium

RuralInformações com: Secretaria do

eventoSite: www.famato.org.brTelefone: (65) 3928-4421E-mail:[email protected]

SaccharumTecnologia em Açúcar e Álcool

Tipo de Evento : CursosResponsável: Prof. Dr. Marcos Omir

MarquesCursos: Capacitação e Capacitação

Técnica em Açúcar e ÁlcoolCidade: JaboticabalEstado: São PauloInício do Evento: 26/08/09Fim do Evento: 28/08/09Local: SaccharumEndereço: Rua Rui Barbosa, 546sala 3 e 4 - 2º andar centroTelefone: (16) 3203-3990Site: www.saccharum.com.br

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