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Boa leitura!Conselho Editorial

Editorial

O faturamento do agronegócioda cana já não é mais misté-rio. O estudo “Mapeamento e

Quantificação do Setor Sucroenergé-tico”, realizado por uma equipe depesquisadores liderada pelo profes-sor Marcos Fava Neves, do Departa-mento de Administração da Facul-dade de Economia e Administraçãoda USP, mostrou que, se conside-rada a somatória das vendas da ca-deia, a movimentação chega a US$86,8 bilhões.

O faturamento em 2008 foi de US$28,15 bilhões, equivalente a quase 2%do PIB (Produto Interno Bruto) naci-onal. O estudo foi apresentado emBrasília, durante encontro promovidopela Unica, e está detalhado na Re-portagem de Capa desta edição.

A Entrevista deste mês abordaquestões que têm preocupado o se-tor produtivo. Uma delas é o prazopara a averbação das áreas de reser-va legal, que termina no dia 11 de de-zembro. Para falar a respeito, a direto-ra-executiva da Abag-RP (AssociaçãoBrasileira do Agronegócio da Regiãode Ribeirão Preto), Mônika Bergamas-chi, é a entrevistada do mês.

A secção Novas Tecnologias trazas novidades sobre variedades decana-de-açúcar que os institutos depesquisas irão lançar. Até o ano quevem, pelo menos sete variedades se-rão apresentadas ao mercado.

São três os artigos técnicos. O as-sistente de Controle Agrícola da Ca-naoeste, Thiago Silva, aborda o acom-panhamento da safra 2009/2010.

Em outro artigo, o gerente regio-nal fornecedores do CTC, Mauro Sam-paio Benedini, apresenta as discus-sões que surgiram sobre plantio me-canizado durante o seminário CTC. Já

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o assessor técnico da Orplana, EnioRoque de Oliveira, trata em seu artigoda importância de o produtor conhecerantecipadamente o potencial de rendi-mento da matéria-prima.

A coluna “Assuntos Legais”, assi-nada pelo advogado da Canaoeste, Juli-ano Bortoloti, traz esclarecimentos so-bre a adoção do sistema de licenciamen-to ambiental unificado no Estado de SãoPaulo e também os novos mecanismosde financiamento lançados pelo BNDESpara incentivar o setor ambiental do país.

O secretário da Agricultura do Esta-do de São Paulo, João Sampaio, está noPonto de Vista. Seu artigo “Pré-sal nãopode ser o pós-etanol” ressalta a impor-tância de se estimular a produção de bi-ocombustíveis.

O dia de campo realizado pela Ca-naoeste em parceria com a Case IH estáem Notícias Canaoeste deste mês. Oevento reuniu produtores e coopera-dos da região de Ribeirão Preto para ademonstração da colhedora recém lan-çada, a A4000 pela empresa. Já a sec-ção Notícias Copercana traz as novi-dades em Descalvado.

Em “destaque”, o assunto é a canatransgênica. A reportagem aborda o in-teresse do Brasil em pesquisas biotec-nológicas para variedades de cana-de-açúcar geneticamente modificadas.

Na coluna Pragas e Doenças é feitoum alerta aos produtores sobre a ferru-gem alaranjada, que este ano já foi cons-tatada na Nicarágua, Costa Rica e Pana-má. A preocupação agora é quanto àchegada ao Brasil.

Além de todas estas notícias, vocêtambém poderá encontrar nesta ediçãoas informações setoriais do assessortécnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso,dicas de leitura e Língua Portuguesa.

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Pré-sal não pode ser opós-etanol

João SampaioEconomista, é o secretário deAgricultura e Abastecimentodo Estado de São Paulo e pre-sidente do CONSEA.

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

- Balancete Mensal

- Case IH e Canaoeste realizam diade campo

Quanto movimenta osetor sucroenergético?

Estudo inédito mapeou equantificou cada elo da cadeiaprodutiva e concluiu que ofaturamento do agronegócio dacana, em 2008, foi de US$28,15 bilhões

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana- Descalvado ganha loja de magazine

ASSUNTOSLEGAIS

PRAGAS EDOENÇAS

NOVASTECNOLOGIAS

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

ARTIGOTÉCNICO I

ARTIGOTÉCNICO II

ARTIGOTÉCNICO III

CULTURA

AGENDE-SE

CLASSIFICADOS

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EDITORA:Cristiane Barão – MTb 31.814

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Carla Rossini – MTb 39.788

DIAGRAMAÇÃO:Rafael H. Mermejo

EQUIPE DE REDAÇÃO / FOTOS:Carla Rodrigues - MTb 55.115

Carla RossisniCristiane Barão

Rafael H. Mermejo

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Janaina Bisson

(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:11.000 exemplares

ISSN:1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas

são de responsabilidade dos autores. Areprodução parcial desta revista é

autorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

www.r evistacanavieiros.com.br

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Mônika BergamaschiDiretora-executiva da Abag-RP RP (Associação Brasilei-ra do Agronegócio da Regiãode Ribeirão Preto)

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Artigo Técnico IArtigo Técnico IArtigo Técnico IArtigo Técnico IArtigo Técnico IAcompanhamento dasafra 2009/2010

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Dificuldades à vista

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Artigo Técnico IIArtigo Técnico IIArtigo Técnico IIArtigo Técnico IIArtigo Técnico IIRendimento industrial:Uma aproximaçãoEnio Roque de Oliveira - Assessoria Técnica/ORPLANA

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Dificuldades à vista

Mônika Bergamaschi

Entrevista

Mônika BergamaschiDiretora-executiva da Abag-RP RP (Associação Brasileira do Agronegó-cio da Região de Ribeirão Preto)

O prazo para a averbação das áreas de reserva legal termina no dia 11 de dezembro e isso tem deixadoos produtores preocupados. Se nada acontecer até lá, a situação pode se agravar. Essa é a opiniãoda diretora-executiva da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Pre-

to), Mônika Bergamaschi.

Segundo ela, há três possibilidades: que a matéria seja declarada inconstitucional, que o novo Código Ambi-ental Brasileiro seja aprovado ou que o decreto que determinou a data seja postergado. No entanto, essa não éa única preocupação do setor. A atualização dos índices de produtividade, a dificuldade de comunicação com ogoverno e com a sociedade também tiram o sono dos agentes do agronegócio nacional. Leia a entrevista que elaconcedeu à Canavieiros na sede da Abag-RP.

Dificuldades à vista

Cristiane Barão

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Entrevista

“"O interessante seria que houvesse uma leiguarda-chuva federal que estabelecessealguns parâmetros e, a partir daí, cada

Estado legisla em seu território."

Canavieiros – Até o dia 11 de de-zembro pode acontecer alguma coisa ouo produtor deve averbar e ponto final?

Mônika Bergamaschi – Existem al-gumas medidas que estão sendo toma-das. Há um grupo que entrou com umaAdin (Ação Direta de Inconstituciona-lidade). Essa ação é da CNA e recebeurecurso da CNI. A gente sabe que existeum parecer do relator do Supremo Tri-bunal Federal para ser levado (o pare-cer) à votação. O teor des-se relatório a gente aindanão sabe, mas é uma pos-sibilidade que a reservalegal seja considerada in-constitucional. O queacontece a partir daí, é umoutro problema. Não significa que, porser inconstitucional, nada mais terá deser feito. Existe um outro projeto, que éo do Código Ambiental Brasileiro, apre-sentado pela Frente Parlamentar daAgropecuária, e que, de uma certa ma-neira, é como se fosse uma pós-Adin. Eexiste ainda uma possibilidade de que,pela própria inoperância, o próprio de-creto (6.514/2008) seja mais uma vezpostergado. Até 11 de dezembro é fatoque, ainda que todo mundo tivesse tidoa boa vontade de correr atrás de cartóri-os, técnicos e tudo, não teria tempo há-bil. Em algum lugar aí no meio deve estara solução. É isso que a gente tem tenta-do buscar. Resumindo: não acho que 11de dezembro seja simplesmente (o pra-zo final para) a averbação. Acho que, senada acontecer até lá, pode ser o come-ço de uma fase mais crítica do que a gen-te vive hoje.

Canavieiros – O projeto do Códi-go Ambiental já tramita na Câmarados Deputados. Há uma Comissão Es-pecial para reunir todas as matériasque tratam de legislação ambiental eflorestal e colocar esse projeto únicoem votação até o dia 11 de dezembro.No entanto, o embate entre ruralistase ambientalistas é grande. Você achaque esse prazo é possível, consideran-do que há mais de 300 projetos a se-rem analisados?

Mônika – Esse trabalho de consoli-dação das leis já está muito andado pelogrupo que ajudou a escrever o CódigoAmbiental. A estrutura da comissão per-mitiria que em 45 sessões, que são dias

úteis, até esse prazo (11 de dezembro)tudo isso fosse visto, analisado. Noentanto, o problema está no embate en-tre ruralistas e ambientalistas. E seriabom que isso acabasse primeiro. O queé importante observar é que o homemsaiu do centro da discussão e virou umbiocentrismo. E não sabemos qual o re-flexo de não ter um código e o que pen-sa a sociedade brasileira que, no fundo,é quem liquida a conta.

Canavieiros – Quais os principaispontos que o setor produtivo defendeneste Código Ambiental?

Mônika – O principal ponto é de (oCódigo Ambiental) estar calcado emquestões técnicas e científicas. Issopropiciará que as pessoas, com baseem algo real e no risco de um problema,façam a recomposição. Absolutamenteo setor não defende quem fez desmata-mento ao arrepio da lei. Isso precisaficar muito claro. O que não pode, por-que nos dá uma insegurança, é exata-mente isso: como a lei mudou e colo-cou na ilegalidade, o que é que nosgarante que, se fizermos uma adequa-ção com base no que está dito agora,

daqui a um ano a lei mude novamente etodos sejam colocados na ilegalidadede novo? A única coisa que garantiriaalguma segurança é, primeiro, o cum-primento da Constituição Federal, ondeestá dito: irretroatividade das leis, di-reito de uso aos legítimos proprietári-os. Só isso já resolveria um monte deproblema. E uma questão a mais, que édividir com a coletividade todo o ônusda preservação ambiental, que hoje

está só nas costas do pro-dutor. O segundo pontomais importante é que, en-quanto nós tentarmos fazeruma política ambiental paraum país com essa dimensãoe diversidade de solo, de

clima, de vegetação, não vamos pros-seguir. Tudo o que fizermos para a con-servação da Amazônia passa a ser ex-cessivo para as outras regiões do país.O que for permissivo para as outrasregiões será danoso para a conserva-ção da Amazônia. O interessante seriaque houvesse uma lei guarda-chuvafederal que estabelecesse alguns parâ-metros e, a partir daí, cada Estado le-gisla em seu território.

Canavieiros – Você acha que essespontos são negociáveis com os ambi-entalistas?

Mônika – Uma coisa é fazer políti-ca agrícola sentado na Faria Lima ou

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Entrevista

na Avenida Paulista ou lá em Brasília.Outra coisa é vir aqui e sentir o queacontecesse. Se esses grupos se dis-pusessem a vir para cá e verificarcomo é possível fazer essa composi-ção entre produção e conservação,veriam que é mais do que uma sim-ples nota ou lei. É possível fazer com-pensação? O produtor de cana estáperdendo renda há três anos e mes-mo que a compensação custe R$ 1,00,mesmo assim ele terá dificuldade por-que não é só comprar a área. Ele temde cuidar. E juridicamente, colocartodo mundo na ilegalidade é um pro-blema. À medida que não cumprimosa nossa própria lei, estamos fora dequalquer mercado internacional. Háde se ter um bom senso, que me levaa crer que um consenso será possí-vel sim. E o próprio governo viu, an-dando por aí afora, que não dá, queninguém está fazendo – não porquenão queira, mas porque não dá.

Canavieiros – O pagamentopor serviços ambientais é possívelno Brasil?

Mônika – Acho que é a solução.Uma floresta ou uma área, se ele (pro-dutor) não for obrigado por lei, ele sómanterá se tiver rentabilidade. Esse éum meio, mas temos ainda de estudare achar uma maneira de fazer: de ondevirão os recursos, quem gerencia,como fazer com que os recursos che-guem às mãos do produtor.

Canavieiros – A revisão dos ín-dices de produtividade é uma dis-cussão que ora ou outra vem à tona.Como o setor está lidando com isso?

Mônika – É uma medida clara-mente eleitoreira, já que não tem maissentido que isso exista. Isso foi colo-cado há muito tempo, por uma ques-tão de necessidade, de segurança ali-mentar, de fazer com que as pessoasproduzissem mais. Se existe latifún-dio é um ou outro. Mas, nas áreasprodutivas todos estão tentando pro-duzir cada vez mais, com cada vezmenos insumos, e quando isso (pro-dutividade) cai, não é porque o pro-dutor ficou sentado olhando, masporque aconteceu alguma coisa. Nãohá necessidade disso, ainda mais parao fim de desapropriação para reforma

agrária. A CNA divulgou um relató-rio que mostra que 37% dos assenta-mentos não produzem nem para opróprio consumo. Não tem razão(para atualizar os índices). Outra coi-sa: não falta comida no Brasil. Faltarenda para comprar comida. Não fal-ta energia, fibra. O Brasil é exporta-dor. É eleitoreiro (atualização dos ín-dices de produtividade), corre o ris-co sim de passar por uma canetada eé outra briga que vamos ter. Uma coi-sa é a versão. Outra é o fato. O setorestá aí, rendendo divisas, gerandoemprego, alimentando. E qual é o re-conhecimento que existe por partedo governo? Nenhum.

Canavieiros – Bastou uma reu-nião com o MST para que o governoprometesse a atualização dos índi-ces de produtividade. Você acha quehá uma identificação ideológica en-tre o governo e os movimentos soci-ais ou o setor se comunica mal com ogoverno e com a sociedade?

Mônika – Os dois. Temos dificul-dades sérias de comunicação. O se-tor sabe do quanto é capaz, do quan-to produz, mas acha desnecessáriodizer isso. Aqui, especificamente, te-mos tentando mostrar isso. E algu-mas outras regiões também têm ten-tado. Mas a população não sabe oque é isso: há ainda um desconheci-mento grande de cadeia produtiva,de mercado, de comércio. Falta co-municação. Tem um fator ideológicoe também eleitoreiro.

Canavieiros – Quais os focos queo setor deve ter neste momento?

Mônika - A comunicação, a edu-cação, o fortalecimento das entida-des são muito importantes. E mais doque isso: estamos à beira de um pro-cesso eleitoral. É muito importantetrazer agora as pessoas que defen-dam as nossas ideias e interesses,que querem o nosso voto. E não sóprometer, mas que assumam compro-missos formais e que haja, depois daparte dos associados, dos eleitores,uma cobrança sobre eles. È meio utó-pico, mas estamos fazendo isso hámuitos e muitos anos. A coisa hojenão é mais jurídica, não é mais eco-nômica. Tudo é política.

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Ponto de Vista

Pré-sal não pode ser opós-etanolPré-sal não pode ser opós-etanolJoão Sampaio*

As jazidas de petróleo do pré-sal,mais uma dentre as imensasdádivas naturais do Brasil, são

uma riqueza expressiva e, sobretudo,um consistente diferencial competitivono comércio exterior. Se o cronogramade extração não sofrer alterações e seviabilizarem os elevados investimentosprevistos, a produção deverá iniciar-seem cerca de dez anos, conferindo so-brevida à velha economia baseada naqueima de combustíveis fósseis, persis-tente em numerosos países sem alter-nativas viáveis para alterar suas matri-zes energéticas.

O Brasil, nação detentora das melho-res condições do mundo (áreas disponí-veis, solo, clima e tecnologia) para a pro-dução de biocombustíveis, em especialo etanol, terá, então, posição privilegia-da. Poderá ampliar cada vez mais o usointerno de fontes renováveis, menospoluentes e sem a mínima suscetibilida-de às crises internacionais e se tornarexportador de petróleo para nações quenão dispõem de reservas e não têmquaisquer condições de produzir cana-de-açúcar em larga escala, embora dese-jassem muito poder fazê-lo. Basta umaestratégia eficaz para tornar essa equa-ção da matriz energética um dos trunfosde nosso desenvolvimento.

Desprezar a importância do pré-salseria tolice tão desmedida quanto umretrocesso nos programas dos biocom-bustíveis, em especial o etanol. Por isso,são preocupantes algumas posições eatos de organismos públicos federaisque, de repente, parecem esquecer asconhecidas vantagens socioeconômi-cas e ambientais da cadeia produtivada cana-de-açúcar, empregadora demão-de-obra intensiva, grande exporta-dora e base de um processo dinâmicode aporte tecnológico — os automó-veis flex são um ótimo exemplo! Maisgrave: esboçam-se ataques ao setor,num movimento estranhamente propor-cional à substituição dos biocombustí-veis pelo monopólio semântico do pré-

sal no discurso energético do presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva.

Dentre tais manifestações, inclui-sea recente Nota Verde do Ministério doMeio Ambiente e do Ibama, com a anun-ciada intenção de disponibilizar à soci-edade informações relativas aos níveisde emissão veicular gerados por carrosleves de passeio. O documento chega à“brilhante” conclusão de que, em mui-tos casos, o etanol polui mais do que agasolina. Utilizou-se metodologia ina-dequada para fazer parecer correta umaconclusão muito distorcida quanto aosvolumes de monóxido de carbono. Com-pararam-se modelos diferentes de veí-culos, inclusive alguns importados,com graus muito díspares de tecnolo-gia embarcada. Um verdadeiro atenta-do contra os preceitos da ciência, dapesquisa e da ética. Quanto a este últi-mo item, cabe a ressalva: se motivadopor dolo e não mera incompetência...

A análise não respeitou os rigorososcritérios aplicados na homologação deveículos. Além disso, ignorou por com-pleto os gases causadores do efeito es-tufa. Neste quesito, o etanol derivadode cana-de-açúcar apresenta boas pro-priedades, pois é praticamente neutroquanto às emissões de dióxido de car-bono. Ou seja, a Nota Verde é um des-serviço à Nação, ao colocar em chequetrinta anos de avanços concretos nodesenvolvimento do etanol como com-bustível mais barato, limpo e renovável.

Como se não bastasse, o Ministériodo Meio Ambiente acaba de divulgar oseu Plano de Ação para Controle do Des-matamento no Cerrado, apontando acana-de-açúcar como uma das principaiscausas da devastação. Como se sabe,isso não procede, considerando que 98%da cultura não provocam o corte de umaárvore sequer, pois são utilizadas áreashá muito tempo destinadas à agropecu-ária. E, num ato que até parece articula-do com aquele programa, o Governo Fe-deral lançou o Zoneamento Agroecoló-

gico da Cana-de-açúcar. Em tese, trata-se de prática conceitualmente correta, àmedida que coíbe qualquer desmatamen-to para se fazer uma plantação. Até aí,nada contra. O projeto, entretanto, colo-ca restrições à lavoura até mesmo em áre-as agrícolas e pastoris já existentes.

Toda essa artilharia contra a cadeiaprodutiva da cana-de-açúcar, incluindo ainsinuação de que o pré-sal pode signifi-car a obsolescência do etanol, parece in-serir-se num olhar distorcido pelo com-prometimento ideológico do governo como MST, que sequer existe juridicamente, aCUT e movimentos de intenções dúbias.Por conta disso, os produtores rurais emgeral têm sido ameaçados por propostascomo o exagerado aumento da produtivi-dade mínima das fazendas e a reforma doCódigo Florestal, além de prejudicados pormedidas como as sanções relativas às re-servas Legais e áreas de preservação per-manente. Criou-se um clima de instabili-dade para o agronegócio, numa atitudede desrespeito ao setor e à sociedade, amaior prejudicada pelos equívocos e des-mandos das políticas públicas.

*João Sampaio, economista, é osecretário de Agricultura e Abasteci-

mento do Estado de São Paulo epresidente do Conselho Estadual deSegurança Alimentar e Nutricional

Sustentável (CONSEA).

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Descalvado ganha loja demagazine

NotíciasCopercana

Descalvado ganha loja demagazine

Depois de a Copercana incorpo-rar a antiga cooperativa Copervan, em Descalvado, em feve-

reiro de 2008, trazendo para seus coo-perados as melhores novidades do mer-cado, agora a cidade ganhou o Maga-zine, que traz uma ampla linha de arti-gos domésticos aos produtores.

Com a inserção do Magazine à loja,já são mais de dez mil novos produtosdisponibilizados pela Copercana emDescalvado, o que garante qualidadee agilidade na compra de seus coope-rados/clientes. "Estamos muito otimis-tas com a chegada do Magazine. Alémde gerar novos empregos, também te-mos grande expectativa com o públi-co feminino", conta o encarregado deloja, Breno Mazola.

Antes, a loja disponibilizava aosprodutores somente alguns produtose, para a linha automotiva, apenas lu-brificante. Hoje, com 600 cooperadose mais 100 novos clientes cadastradosno sistema da Copercana, a loja temcapacidade de oferecer produtos di-versificados, como pneus, baterias,hidráulicos, linha de filtro, ferramen-tas, defensivos, grãos, farelos, fertili-zantes entre outros.

O cooperado Laudemir AntônioRomanello, de Descalvado, é criadorde suínos e pecuarista. Para realizar aengorda de seus animais, ele procurapelos produtos da Copercana, quesempre trouxe bons resultados para

Carla Rodrigues

Agora já são mais de dez mil novos produtos disponibilizados pela Copercana na cidade

sua criação. "Venhoaqui na loja da Co-percana para com-prar aquilo que pre-ciso para fazer meutrabalho, pois eu seique são produtosde grande qualida-de e, além disso, asformas de pagamen-to oferecidas são asmelhores que nós,produtores rurais,podemos encontrarno mercado", expli-cou Romanello.

Além de Descalvado, a Copercana de Santa Cruz das Palmeiras também contacom produtos do Magazine e a cidade de Santa Rosa de Viterbo é a próxima aganhar o seu próprio Magazine.

Fachada do Magazine/FerragensCopercana de Descalvado

Parte interna da lojaParte interna da loja

O cooperado Laudeir Antônio Roimanello ao lado deBreno, encarregado da loja de ferragens de Descalvado

Revista Canavieiros - Outubro de 2009

Aqui você encontra uma grandevariedade de produtos

Aqui você encontra uma grandevariedade de produtos

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NotíciasCanaoeste

Case IH e Canaoesterealizam dia de campoCase IH e Canaoesterealizam dia de campo

O Projeto Case IH AdvancedShow chegou a São Paulo paratrazer informações até o pro-

dutor e no dia 16 de outubro foi a vezda região de Ribeirão Preto conhecerna prática seus produtos.

Em parceria com a Canaoeste, a CaseIH realizou um dia de campo na UsinaViralcool, em Pitangueiras, reunindocooperados, produtores e convidadospara a demonstração da colhedora re-cém lançada pela empresa, a A4000.Também conheceram melhor o traba-lho da colhedora A8000 e os tratoresdas linhas Farmall e Maxxum.

A colhedora A4000 foi criada paraatender àqueles produtores de cana-de-açúcar que trabalham com espaça-mento entre linhas reduzido, a partir de1,0 m, e apresenta funções bastante si-milares à A7000.

De acordo com o especialista emmarketing de produção da Case IH,Roberto Biasotto, esta colhedora foidesenvolvida para complementar otrabalho realizado pela A7000, pen-sando sempre em contribuir com adimensão da cana. “Com esta máqui-na o produtor consegue colher umalinha por vez sem pisotear as soquei-ras, aumentar a qualidade do corte,reduzir os índices de perda de produ-ção e gerar uma melhoria em seu ca-navial”, explicou o especialista.

Carla Rodrigues

Evento reuniu cooperados para demonstração de colhedora

Esta colhedora permite ao produ-tor colher até 58 toneladas por hectaree sua produtividade gira em torno de20 toneladas por hora. Seu custo deaquisição é bem competitivo dentro domercado e seu trabalho é suficiente-mente satisfatório para fornecedores eusinas de baixo espaçamento.

Seu diferencial está no modelo com-pacto, que possibilita uma maior rapidezno transporte, chegando a alcançar umavelocidade de 16 km/h e também em seutanque de combustível, que tem capaci-dade para 210 litros, fazendo com quediminua as paradas para abastecimento.“Por mais que seja uma máquina simplese menor, ela possui toda a força de umacolhedora maior”, disse Biasotto.

O produtorde cana, Fer-nando dos ReisFilho, se mos-trou bastantesatisfeito com oresultado dacolhedora eacredita que

Luis Carlos Tasso Júnior (diretor Canaoeste), Fernando dos Reis Filho (diretor Cocred), GustavoNogueira (Canaoeste), Fábio Tonielo (Virálcool), Lucas Gaspar Doarte (gerente Fazenda Três Barras)

Colhedora A4000 durante demosntração no Dia de Campo

Participantes e equipe daCase IH presentes no evento

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eventos assim influenciam na decisãodo produtor na hora da compra.

“Para mim estes encontros deve-riam ser realizados no mínimo uma vezpor mês, pois além de sairmos da ro-tina, fazemos uma troca de ideias einformações muito interessantes, oque é uma necessidade para o produ-tor. Hoje pude ver o trabalho realiza-do por esta máquina e estou bastan-te satisfeito com o resultado, é idealpara quem busca melhoria na produ-ção”, conclui Reis Filho.

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NotíciasCanaoeste

Consecana

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de SETEMBRO de 2009. O preço médio do kg de ATR para o mês de SETEMBRO, referente àSafra 2009/2010, é de R$ 0,2996.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destina-dos aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a setembro e os acumuladosaté SETEMBRO, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

CIRCULAR Nº 09/09DATA: 30 de setembro de 2009

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercadoexterno (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e aomercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a setembro e os acumuladosaté SETEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/09, são os seguintes:

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Revista Canavieiros - Outubro de 20091414141414

No Estado de São Paulo, um in-trincado sistema de comandoe controle ambiental das ativi-

dades produtivas, que era formado porquatro departamentos do sistema es-tadual de meio ambiente - DEPRN (De-partamento Estadual de Proteção deRecursos Naturais), DUSM (Departa-mento de uso do Solo Metropolitano),DAIA ( Departamento de Avaliação deImpacto Ambiental) e CETESB (Com-panhia de Tecnologia e SaneamentoAmbiental) - foi simplificado com a edi-ção da Lei Estadual nº 13.542/2009, queentrou em vigor em 07/08/2009, crian-do a “Nova CETESB” - Companhia Am-biental do Estado de São Paulo.

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Estado de São Paulo adota osistema de licenciamentoambiental unificado.

Estado de São Paulo adota osistema de licenciamentoambiental unificado.

Assuntos Legais

A referida agência ambiental pas-sa, a partir de então, a licenciar todosos empreendimentos no Estado, pleitoantigo do setor produtivo, da socieda-de e do próprio sistema ambiental, oque significa que o cidadão e/ou o em-preendedor terá agora apenas um ca-minho (balcão único) para licenciar suaatividade produtiva. Além de manter afunção de órgão fiscalizador e licencia-dor de atividades consideradas poten-cialmente poluidoras, passa a licenciaratividades que impliquem corte de ve-getação e intervenções em áreas depreservação permanente e ambiental-mente protegidas, ficando ressalvadoque o licenciamento de atividades e em-

preendimentos depequeno impactolocal passará a serfeito diretamentepelos municípios.

Isso demonstraa tendência quedeve prevalecer nosistema ambientalde todo país, facili-tando o acesso do empreendedor e docidadão ao licenciamento ambiental de suaatividade. No caso de São Paulo, maioresinformações podem ser obtidas no sítioeletrônico da Secretaria Estadual do MeioAmbiente (www.ambiente.sp.gov.br)

O BNDES (Banco Nacional deDesenvolvimento Econômicoe Social) lançou novos meca-

nismos de financiamento destinadosa apoiar iniciativas no setor ambien-tal. A partir de agora, o Cartão BNDESpoderá financiar diagnósticos ambien-tais e serviços de certificação para sis-temas de rastreabilidade, enquanto oBNDES Florestal apoiará o refloresta-mento, a recuperação e o uso susten-tável das matas.

O banco de fomento também anun-ciou a criação da Compensação Flores-tal, que financiará a regularização dopassivo de reserva legal em proprieda-des rurais destinadas ao agronegócio;a criação do BNDES Mata Atlântica, quese constitui em apoio financeiro não re-embolsável para projetos de refloresta-mento de espécies nativas desse bio-ma; e a abertura do FIP Florestal, umfundo de investimento para participa-ção acionária em empresas ou empreen-dimentos com foco em ativos florestais.

BNDES lança mecanismos definanciamento para apoiarsetor ambiental

BNDES lança mecanismos definanciamento para apoiarsetor ambiental

O presidente do BNDES, LucianoCoutinho, ressaltou que essas novaslinhas já estão disponíveis e afirmouque não há teto orçamentário para de-sembolsos. Segundo ele, para a Com-pensação Florestal, por exemplo, foramalocados R$ 300 milhões até 2012, mas,caso seja necessário, mais recursospoderão ser alocados.

Além dessas novas modalidades,o banco de fomento já disponibiliza-va diversas linhas e mecanismospara frigoríficos e pecuaristas. OCartão BNDES financia equipamen-tos utilizados na implementação desistemas de rastreabilidade do gado,enquanto a Linha Inovação e o Fun-tece financiam inovações tecnológi-cas para o setor. Além destes, a Li-nha Meio Ambiente apoia projetospara controle de poluentes, sistemasde gestão ambiental e certificações;o PMAE financia a modernização dosórgãos ambientais estaduais e a re-gularização fundiária; e o Propflora

apoia o plantio comercial e a recupe-ração de florestas.

No ano passado, o banco de fo-mento destinou R$ 6 bilhões para osetor de frigoríficos e pecuaristas, in-cluindo as participações acionárias.Para Coutinho, as novas formas definanciamentos e as exigências anun-ciadas para a concessão de créditopara o setor contribuirão para reduziro passivo ambiental causado pela ex-pansão da pecuária.

“A pecuária brasileira tem que su-perar o modelo extensivo, que preci-sa de cada vez mais espaço, aumen-tando o desmatamento. Tem (a pecu-ária) que voltar para áreas degrada-das, temos que tornar atraente ummodelo intensivo para a pecuária”,ressaltou Coutinho.

Matéria veiculada no Valor Onli-ne de 22/07/2009, por Rafael Rosas.

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Revista Canavieiros - Outubro de 2009 1515151515

Pragas e Doenças

Ferrugem alaranjada:produtor deve ficar alertaFerrugem alaranjada:produtor deve ficar alerta

Nos dias 23 e 24 de setembro, foirealizado no Centro de Even-tos do IAC (Instituto Agronô-

mico) em Ribeirão Preto, o 3º GrandeEncontro sobre Variedades de Cana-de-Açúcar, em parceria com o Grupo IDEA.O encontro reuniu pesquisadores, pro-dutores e agrônomos de todo o país

Os participantes assistiram palestrasde profissionais qualificados, que discu-tiram questões como: melhores varieda-des para a colheita e plantio mecanizado,comportamento varietal nas diferentesregiões produtoras no Brasil, resultadosde ensaios das variedades CTC, RB, IACe CV, entre outros. Além disso, debate-ram assuntos de grande importância queatingem o setor sucroenergético brasi-leiro, como a ameaça da ferrugem alaran-jada (Puccinia kuehnii E. J. Butler).

Da redação

Embora não haja casos confirmados na América do Sul, todo cuidado é pouco

A apresentação sobre esta doen-ça foi feita pelo professor Dr. Eder Gi-glioti, das Faculdades Adamantinen-ses Integradas. Segundo ele, não exis-te confirmação da presença da doen-ça na América do Sul, mas é semprebom ficar alerta. Ela se manifesta emépocas úmidas e tem como prevençãoo manejo integrado.

A ferrugem alaranjada é uma doen-ça conhecida desde o século XIX nacultura da cana-de-açúcar. No ano 2000,a doença ocorreu com grande intensi-dade em canaviais da Austrália, na va-riedade Q124, altamente suscetível etambém plantada em grande proporçãona principal região canavieira. Em 2007,atingiu lavouras da Flórida (EUA) eGuatemala. Neste ano já foi constata-do na Nicarágua, Costa Rica e Panamá.

Agora, a preocupação é quanto à che-gada ao Brasil.

Os sintomas, com exceção da cordas lesões que são alaranjadas, sãobastante semelhantes aos sintomas daferrugem marrom. A disseminação ocor-re da mesma maneira, por meio de cor-rentes aéreas, diferindo apenas nascondições climáticas favoráveis à do-ença, pois a ferrugem alaranjada exigecondições de elevada temperatura ealta umidade.

O setor precisa ampliar o monitora-mento nas áreas de suspeita de ferru-gem comum, assegurando-se de quenão se trata da doença e ter cuidadosdurante visitas a locais infectados. Achegada é imprevisível, mas os produ-tores devem estar alerta.

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Safra de novas variedades

Ao menos sete variedades decana devem ser lançadas atéo ano que vem pelos institu-

tos de pesquisa. Esses lançamentossomam-se aos feitos recentemente:dois pelo CTC (Centro de Tecnolo-gia Canavieira) e outros dois pela Ca-navialis. Em 13 anos, o IAC (Institu-to Agronômico), CTC, Canavialis eRidesa (Rede Interuniversitária parao Desenvolvimento do Setor Sucro-alcooleiro) lançaram 96 cultivares decana.

O IAC promete apresentar em2010 até cinco novos materiais:IACSP955094, IACSP976682,IACSP963060, IACSP961218 eIACSP962042. De acordo com ospesquisadores, Mario Campana ePery Figueiredo, estas cultivares sãode alta produção, adaptadas ao cul-tivo no Estado de São Paulo, Cen-tro-Sul e Centro-Oeste do país.

“São variedades que se somarãoàs boas já existentes e também apre-sentam um resultado para quatro cor-tes (ciclos), sendo que a maioria en-tre as variedades padrões são paradois ou três cortes”, disseram os pes-quisadores.

A Ridesa vai fazer uma libera-ção conjunta de novas variedadese pela UFSCar serão liberados doismateriais: (1) RB965902 e (2)

Carla Rodrigues

Até o ano que vem, pelo menos sete cultivares de cana serão lançadas;elas se somarão às quatro apresentadas nos últimos meses

Novas Tecnologias

Safra de novas variedades

RB965917. A primeira é uma varie-dade precoce, de média exigênciaem ambiente, que não floresce e éresistente às principais doenças. Asegunda é uma variedade de altaprodutividade, maturação precocea média, de alta exigência em ambi-ente e também não floresce.

Segundo Roberto Giacomini,pesquisador da RIDESA / Ufscar, aimportância destes lançamentos está

em oferecer aos produtores novasopções de manejo e promover melho-res índices de produtividade. “Nos-sa linha de trabalho é levar para osprodutores variedades mais produti-vas, substituindo terra por tecnolo-gia. Às vezes, em uma mesma área,apenas com a alocação adequada devariedades, já se consegue uma mai-or produção”, afirmou.

Os lançamentos mais recentes devariedades de cana-de-açúcar fo-ram apresentados pelo CTC, du-rante o Cana Show, no início domês, e pela Canavialis, em setem-bro. O CTC lançou a CTC19 eCTC20, que fazem parte da quintageração de variedades do centro.

A CTC19 destaca-se pelo altoteor de sacarose, alta produtivi-dade agrícola e boa brotação desoqueira. É recomendada para co-lheita de meio ao final da safra em

Pesquisadores do IAC,Pery Figueiredo e Mario Campana

Roberto GiacominiAgronômo-pesquisador da Ridesa

Plantio na Fazenda São PauloIrmãos Rodrigues

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Novas Tecnologiasambientes de médio e alto potencial deprodução. Outras características sãofibra baixa e não isoporização.

Na CTC20 também é possível en-contrar uma elevada produtividadeagrícola e alto teor de sacarose. Alémdisso, apresenta um perfilhamentoabundante e rápido fechamento,pode ser colhida durante toda a sa-fra e na maioria dos ambientes deprodução. Ainda tem como caracte-rísticas a fibra baixa, pouca isopori-zação e florescimento.

Arnaldo Raizer (coordenador de pesquisa e desenvolvimento CTC), Nilson Boeta(diretor superintendente CTC), Tadeu Andrade (diretor de pesquisa e desenvolvimen-

to do CTC), Osmar Figueiredo Filho (diretor de mercados e oportunidades CTC) José Bressiani - Canavialis

“Esses materiais são criadospara o produtor ter opção, poderescolher àquela que melhor seadapte ao seu ambiente. Com issoele consegue aumentar sua produ-ção na mesma área, ou seja, pro-duz mais com custo reduzido”, ex-plica Arnaldo José Raizer, coorde-nador de pesquisa e desenvolvi-mento do CTC.

A Canavialis se tornou a primei-ra empresa privada do país a agre-gar materiais para o setor canaviei-

ro. Em setembro, apresentou a CVPégaso e CV Centauro. A CV Péga-so destaca-se pelo aspecto visuale sua ótima capacidade de brota-ção, além de ter alta resistência àsprincipais doenças, baixo índice deflorescimento e despalha fácil. Já aCV Centauro é caracterizada pelasua boa brotação sob a palha e peloseu crescimento ereto, que faz comque alcance grandes resultados nacolheita mecanizada de cana crua.Também apresenta baixa isoporiza-ção e florescimento tardio.

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NotíciasCocredBalancete MensalBalancete MensalCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE - AGOSTO/2009

Valores em Reais

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Quanto movimenta o setorsucroenergético?

Reportagem de Capa

Quanto movimenta o setorsucroenergético?

Estudo inédito mapeou e quantificou cada elo da cadeia produtiva e concluiu que o faturamentodo agronegócio da cana, em 2008, foi de US$ 28,15 bilhões

Da redação

Estudo inédito apresentado noseminário “O Setor Sucroener-gético e o Congresso Nacional:

construindo uma agenda positiva”, queaconteceu no último dia 14, em Brasília,mapeou e quantificou o agronegócio dacana-de-açúcar. A equipe de pesquisa-dores, liderada pelo professor MarcosFava Neves, do Departamento de Ad-ministração da Faculdade de Economiae Administração da USP, se debruçouno levantamento durante cinco meses.E os resultados surpreendem.

O faturamento do setor sucroener-gético no ano passado foi de US$ 28,15

bilhões, equivalente a quase 2% do PIB(Produto Interno Bruto) nacional. Já amovimentação financeira – que consi-dera a somatória das vendas da cadeia– foi de US$ 86,8 bilhões. Considera-dos apenas os impostos sobre o fatu-ramento – isto é, IPI, ICMS, PIS e Co-fins – estima- se que, em 2008, o setortenha pago o equivalente a US$ 9,86bilhões. Desse total, US$ 3 bilhões são

relativos à venda de insumos agrícolase industriais e US$ 6,86 bilhões se refe-rem a impostos agregados do setorsucroenergético.

Na fazenda, o faturamento foi de US$11,5 bilhões. Somente os fornecedoresindependentes de cana-de-açúcar so-mam mais de 70 mil no país e geraramuma receita superior a US$ 5 bilhões.

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Segundo o estudo, a compra dosinsumos agrícolas no ano passado atin-giu US$ 9,2 bilhões. Só em relação aosfertilizantes, a cultura da cana realizougastos de US$ 2,3 bilhões, o que é equi-valente a 14% da venda de fertilizantesno Brasil. Quanto aos defensivos agrí-colas, o setor movimentou US$ 768,4milhões (9,5% das vendas no país).

O setor de insumos industriais fa-turou com o setor sucroenergético US$6,4 bilhões em 2008. Nesse mesmo anoforam alocados US$ 79,15 milhões parapesquisas, provenientes de Finep, Fa-pesp, Canavialis e Allelyx, CTC, IAC edistribuídos entre organizações públi-cas e privadas, USP, Unicamp, Unesp,Embrapa, Ridesa entre outras.

As usinas faturaram com etanolUS$ 12,4 bilhões em 2008, contabiliza-das as vendas ara o mercado externo einterno. As exportações, que foram deUS$ 2,36 bilhões, cresceram 26 vezesem faturamento e 15 vezes em volumedesde 2001.

A energia comercializada inclui a bi-oletricidade – a energia elétrica renová-vel gerada a partir do bagaço da cana.Em 2008, cerca de trinta usinas negocia-ram 544 MW médios para a venda anualpor quinze anos. Esse volume irá gerarfaturamento anual de US$ 389,6 milhões.

Quanto ao número de empregados,havia 1,28 milhão de pessoas com cartei-

ra assinada em 2008, ou 2,15% dos pos-tos de trabalho. Nessa conta incluem-seos empregos no cultivo da cana-de-açú-car, nas fábricas de açúcar e na produçãode etanol. O índice de formalidade no setorcanavieiro atingiu a média nacional de80,9%. O índice é maior na região Centro-Sul (90,3%), chegando a 95,05% em SãoPaulo, segundo dados do IBGE de 2007.No Nordeste, é de 66,5%.

Reportagem de Capa

Fonte: Neves, Trombin e Consoli, com dados gerados por Markestrat (2009)

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Cana transgênica:Tecnologia de ponta para umfuturo próspero

Destaque

Cana transgênica:Tecnologia de ponta para umfuturo prósperoCarla Rossini

A engenharia genética na agricultura canavieira deve consolidar oBrasil como a grande potência do setor sucroalcooleiro

Osetor sucroalcooleiro passapor um momento de cresci-mento e tem pela frente hori-

zontes promissores. Mas, como a cana-de-açúcar, que sempre teve um papelimportante no Brasil, pode ajudar aconstruir esse futuro? A resposta estádiretamente ligada à tecnologia e aosinvestimentos que estão sendo empre-gados em pesquisas.

"O Brasil é pioneiro no desen-volvimento de pesquisas biotecno-lógicas de cana. A planta transgêni-ca deve ser uma realidade da nossaagricultura em médio prazo", decla-rou o pesquisador e professor daUnesp de Jaboticabal, Jesus Ferro,que lançou durante a Fenasucro &Agrocana 2009, o Guia da Cana-de-açúcar Transgênica, uma publicaçãodo CIB (Conselho de Informaçõessobre Biotecnologia). O objetivo dapublicação é servir de fonte de in-formações dos recentes avanços ci-entíficos na área de transgenia.

Para Alda Lerayer , diretora exe-cutiva do CIB, a adoção da enge-nharia genética na agricultura cana-vieira deve definitivamente conso-lidar o Brasil como a grande potên-cia do setor sucroalcooleiro. "As

vantagens das variedades de cana-de-açúcar geneticamente modifica-das partem do aumento de produti-vidade, redução do uso de insumosagrícolas e à preservação ambien-tal", destacou.

Ao todo, existem cerca de 50 pe-didos de liberação planejada nomeio ambiente protocolados naCTNBio (Comissão Técnica Nacio-

nal de Biossegurança). Entre eles,variedades tolerantes a herbicidas,resistente a pragas e doenças, tole-rantes à seca, com maior teor de sa-carose e biomassa e com melhoriade porte de planta.

Esses benefícios podem ajudarainda mais o Brasil a se consolidarcomo o maior e mais eficiente pro-dutor de cana no mundo. Atualmen-

“Tecnologia e investimentos estãosendo empregados em pesquisas”

“...aumento de produtividade,redução do uso de insumos agrícolas

e à preservação ambiental...”

“...engenharia genética naagricultura deve consolidar o

Brasil como a grande potência...”

Alda Lerayer

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O Brasil será um dos paí-ses mais beneficiados com achegada de variedades comteor elevado de sacarose e bi-omassa, graças ao maior po-tencial da planta para geraraçúcar e energia. De acordocom Jesus Ferro, esse tipo decana aumentará a competitivi-dade do país no mercado in-ternacional, além de contribuirpara a preservação do meioambiente. “Ao oferecer mais açúcar eenergia, a cana geneticamente modi-ficada vai diminuir a pressão peloaumento da área plantada, cooperan-do para a manutenção das fronteirasagrícolas”, explicou.

As áreas menos hídricas, como onordeste brasileiro, poderão aumen-tar as plantações de cana graças àchegada de variedades tolerantes àseca. Entretanto, de acordo com Si-zuo Matsuoka, especialista em melho-ramento de cana, regiões com escas-sez de chuvas não serão as únicas be-neficiadas com a tecnologia. “Essasvariedades também aumentarão a pro-dução em regiões que cultivam larga-mente a cana, pois haverá melhor apro-veitamento da água”, argumentou.

Outra vantagem apontada peloespecialista e de ordem econômicapara os agricultores é a resistência apragas e doenças. “A exemplo do mi-lho Bt, esse tipo de cana exige menor

Melhorias da canatransgênica para a

agricultura brasileira

uso de insumos agrícolas”, esclare-ceu Matsuoka.

De acordo com Ferro, a canatransgênica permitirá ao agricultor au-mentar o rendimento na colheita me-canizada, utilizada principalmente emgrandes plantações. “A cana trans-gênica terá melhoria de porte e vaioferecer plantas mais eretas e resis-tentes a colhedoras”, complementou.

A exemplo da soja, do milho e doalgodão, as variedades de cana-de-açú-car tolerantes a herbicidas trarão gan-hos econômicos / sociais ao agricultor ebenefícios ao meio ambiente. “Essa ca-racterística irá facilitar o manejo da cul-tura, além de reduzir o uso de herbicidasnecessários para o controle de plantasdaninhas. Isso refletirá não apenas noscustos de produção, como também napreservação do solo, que sofrerá menorimpacto ambiental”, afirmou Ferro.

Destaquete, mais de 500 milhões de tonela-das de cana são produzidas por ano,que fazem com que o Brasil lidere aranking das exportações de açúcar,sendo responsável por 45% do pro-duto consumido no mundo. O paístambém é o maior exportador mun-dial de etanol. De acordo com da-dos do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento, em 2008,o açúcar e o etanol renderam a eco-nomia brasileira aproximadamenteUS$ 7,8 bilhões em divisas.

São essas razões que fazem es-pecialistas buscar, há anos, o apri-moramento no cultivo da planta,para torná-la mais produtiva e resis-tente. Com o êxito do mapeamentodo seu genoma, estão abertas asportas para uma infinidade de pos-sibilidades, entre elas o melhora-mento genético assistido por mar-cadores moleculares e a biotecnolo-gia aplicada.

- BiotecnologiaDesde a década de 90 existe a uti-

lização de biotecnologia para melho-ramento de cana. No fim dos anos90, a Fapesp (Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de São Pau-lo), iniciou o Projeto Genoma daCana, no qual foram identificados 50mil genes da planta. Atualmente, oseqüenciamento completo do geno-ma da cana está sendo realizado porum consórcio internacional no qualo Brasil é um dos líderes.

No futuro, o uso dessas infor-mações permitirá o desenvolvimen-to mais rápido de novas variedadescom características fundamentais,que poderão ajudar o setor como umtodo. Um exemplo é a cana que seráutilizada como uma biofábrica, ca-paz de gerar produtos de alto valoragregado, como os bioplásticos.

Até o momento não há no mun-do nenhuma variedade de canatransgênica comercial. Mas já foramrealizados ou estão em andamentotestes de campo na África do Sul,Argentina, Colômbia, Austrália, Es-tados Unidos, Cuba e principalmen-te no Brasil.

“...cana transgênica aumentará acompetitividade do país no mercado

internacional...”

Jesus Ferro

“...em 2008, o açúcar e o etanolrenderam a economia brasileira

aproximadamente US$ 7,8 bilhões...”

Fonte: Conselho de Informaçõessobre Biotecnologia

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CHUVAS DE SETEMBROe Prognósticos Climáticos

CHUVAS DE SETEMBROe Prognósticos Climáticos

Informações Setoriais

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

No quadro abaixo, são apresentadas as chuvas do mês de SETEMBRO de 2009.

Revista Canavieiros - Outubro de 20092626262626ÁGUA, usar s

Protejam e preservem as nÁGUA, usar s

Protejam e preservem as n

A média das observações dechuvas durante o mês deSETEMBRO(173mm, expressivoe raro volume de chuvas para este mês) "ficou" muito acima da média das normais climáticas (60mm), em todos os locaisobservados.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de SETEMBRO de 2009.

O Mapa 1 ao lado,mostra que o índice deÁgua Disponível noSolo da área sucroener-gética do Estado de SãoPaulo, no período de 14a 16 de SETEMBRO,apresentava-se comoalto a elevado na regiãoabaixo da linha imaginá-ria entre PresidentePrudente a Franca.Níveis críticos aindaforam observados no“triângulo” Barretos-Catanduva-São José doRio Preto.

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Revista Canavieiros - Outubro de 2009 2727272727

Informações Setoriais

sem abusar !nascentes e cursos d’água.sem abusar !nascentes e cursos d’água.

Revista Canavieiros - Outubro de 2009 2727272727

Mapa 2:- Água Disponível no Solo, ao final de SETEMBRO de 2008.

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, ao final de SETEMBRO de 2009.

Excetuando-se as regiões de Catanduva, as próximas a Piracicaba-Campinas-Sorocaba e o extremo sudoeste do estado, os Mapas 2 e 3 acima, mostram totalcontraste de volumes e distribuição de chuvas durante os meses de setembro de2008 e de 2009.

Para subsidiar planejamentos de atividadesfuturas, a CANAOESTE resume o prognósticoclimático de consenso entre INMET (InstitutoNacional de Meteorologia) e INPE (InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais) para os mesesde outubro a dezembro.

· Prevê-se que a temperatura média na Re-gião Centro-Sul deverá ficar próxima a ligeira-mente acima da normalidade climática;

· Quanto às chuvas, o Mapa 4 abaixo ilustraos prognósticos de consenso INMET-INPE paraestes três meses;

· Como referência, as médias históricas daschuvas, pelo Centro de Cana-IAC - Ribeirão Pre-to, são de 125mm em outubro, 170mm em novem-bro e 270mm em dezembro.

Mapa 4:- Prognóstico de chuvas de consenso entreINMET–INPE para os meses de outubro a dezembro.

As previsões elaboradas pela SOMAR Me-teorologia mostram que, especificamente paraoutubro-dezembro e região de abrangênciaCANAOESTE, a média das chuvas do trimestrepoderão ser bem próximas das normalidades his-tóricas que, com alguma aproximação, não estámuito distante da faixa de transição traçada peloprognóstico de consenso INMET-INPE (Mapa4). Quanto às temperaturas médias, prevê-se quedurante o mês de outubro será acima da médiahistórica e durante os meses de novembro e de-zembro serão bem próximas das respectivas nor-mais climáticas.

Como já ocorre e prevê-se que, doravante, aumidade do solo deverá se manter entre média aalta, a CANAOESTE recomenda que fiquem aten-tos a pisoteios durante as operações de colheita(carregamento) e transporte da cana, que poderãocomprometer produtividades futuras.

Persistindo dúvidas, consultem os técnicosda CANAOESTE mais próximos.

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Acompanhamento dasafra 2009/2010

Artigo Técnico I

Acompanhamento dasafra 2009/2010Thiago de Andrade SilvaAssistente de Controle Agrícola da CANAOESTE

Asafra 2009/2010 encontra-seno sétimo mês (outubro) eneste trabalho são apresenta-

dos os dados obtidos até a segundaquinzena de setembro em comparaçãocom os obtidos na safra anterior.

Na Tabela 1 encontra-se o ATR mé-

SAFRA 2008/2009 2009/2010 DIFERENÇAATR (kg/t) Kg/t

142,41 131,66 -10,75

dio acumulado (kg/tonelada) do inícioda safra até a segunda quinzena de se-tembro desta safra em comparação como obtido na safra 2008/2009, sendo queo ATR da safra 2009/2010 está 10,75 Kgabaixo do obtido no mesmo período dociclo anterior.

Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelosFornecedores de Cana da CANAOESTE das Safras 2008/2009 e 2009/2010

Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos Fornecedores de Cana daCANAOESTE até a segunda quinzena de setembro da Safra 2008/2009

QUINZENA BRIX POL CALDO PUREZA FIBRA PC ARC ATR% Kg/t

0104 15,40 12,44 80,44 11,94 10,54 0,75 107,190204 15,40 12,53 81,27 12,42 10,54 0,72 106,870105 16,07 13,17 81,87 12,16 11,12 0,70 112,300205 16,77 13,96 83,16 12,04 11,81 0,67 118,540106 17,58 14,82 84,28 12,32 12,48 0,63 124,640206 18,59 15,85 85,25 12,23 13,37 0,61 132,820107 19,63 16,91 86,17 12,17 14,28 0,58 141,270207 20,31 17,58 86,59 12,31 14,81 0,56 146,190108 20,66 17,93 86,78 12,61 15,02 0,56 148,140208 21,52 18,84 87,53 12,68 15,76 0,53 155,000109 22,24 19,48 87,57 13,02 16,20 0,53 159,110209 22,35 19, 65 87,91 13,32 16,26 0,52 158,58

MÉDIA 19,92 17,17 86,04 12,53 14,40 0,58 142,41

Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos Fornecedores de Cana daCANAOESTE até a segunda quinzena de setembro da Safra 2009/2010

As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica damatéria-prima nas safras 2008/2009 e 2009/2010.

QUINZENA BRIX POL CALDO PUREZA FIBRA PC ARC ATR% Kg/t

0203 13,12 9,85 75,08 11,86 8,36 0,91 87,860104 14,66 11,43 77,93 11,86 9,59 0,81 98,700204 16,09 13,02 80,87 12,55 10,95 0,73 110,870105 16,30 13,21 80,94 12,42 11,16 0,73 112,880205 16,99 14,02 82,48 12,14 11,82 0,68 118,760106 17,54 14,59 83,14 12,27 12,30 0,67 123,160206 18,23 15,40 84,47 12,28 12,97 0,63 129,200107 18,52 15,78 85,18 12,33 13,24 0,60 131,560207 19,06 16,43 86,20 12,56 13,77 0,57 136,340108 19,99 17,34 86,77 12,62 14,56 0,56 143,710208 20,27 17,67 87,15 12,52 14,72 0,54 145,170109 19,91 17,43 87,57 12,92 14,47 0,53 142,660209 19,45 16,96 87,19 13,14 14,02 0,54 138,39

MÉDIA 18,66 15,80 84,96 12,59 13,24 0,61 131,66

O Gráfico 1 contém o comportamento do Brix docaldo da safra 2009/2010 em comparação com a anterior.

Gráfico 1 – Brix do caldo obtidonas safras 2009/2010 e 2008/2009

O Brix do caldo da safra 2009/2010 foi semelhan-te ao da safra 2008/2009 somente no período de maioa junho; no restante, ficou bem abaixo, se acentuan-do no final do período, exceto na primeira quinzenade abril, que ficou um pouco acima.

O Gráfico 2 contém o comportamento da Pol do cal-do na safra 2009/2010 em comparação com a anterior.

Gráfico 2 – Pol do caldo obtida nassafras 2009/2010 e 2008/2009

Pode-se observar que a Pol do caldo apresen-tou o mesmo comportamento do Brix do Caldo.

O Gráfico 3 contém o comportamento da Pureza docaldo na safra 2009/2010 em comparação com a anterior.

Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nassafras 2009/2010 e 2008/2009

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Revista Canavieiros - Outubro de 2009 2929292929

O volume de precipitação pluviométrica média dos meses de janeiro, março eabril da safra 2009/2010 ficou muito abaixo dos valores obtidos na safra 2008/2009. Porém, nos meses de junho, julho, agosto e setembro a precipitação pluvi-ométrica desta safra ficou muito acima da observada na safra 2008/2009.

O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumula-da por trimestre na safra 2009/2010 em comparação com a safra 2008/2009.

Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por Trimestre, nassafras 2009/2010 e 2008/2009

Artigo Técnico IA Pureza do caldo da safra 2009/2010 - exceto na

primeira quinzena de agosto e na primeira quinzenade setembro, que ficaram semelhantes - do início dasafra até a segunda quinzena de setembro, ficouabaixo da obtida na safra 2008/2009.

O Gráfico 4 contém o comportamento da fibra da canana safra 2009/2010 em comparação com a safra anterior.Gráfico 4 – Comparativo das Médias de Fibra da cana

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A fibra da cana na safra 2009/2010 ficou acima doobtido na safra anterior somente na primeira quinze-na de abril, segunda quinzena de maio, no mês dejulho e na segunda quinzena de agosto. No restantedas quinzenas houve poucas variações em relaçãoàs da safra 2008/2009.

O Gráfico 5 contém o comportamento da Pol da canana Safra 2009/2010 em comparação com a safra 2008/2009.

Gráfico 5 – Pol da cana obtida nasSafras 2009/2010 e 2008/2009

A Pol da cana obtida na safra 2009/2010 foi se-melhante à da safra anterior até a primeira quinzenade maio, ficando muito abaixo a partir da segundaquinzena de maio.

O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR nasafra 2009/2010 em comparação com a safra 2008/2009.

Gráfico 6 – ATR obtido nassafras 2009/2010 e 2008/2009

Pode-se observar que o ATR apresentou o mesmo comportamento da Pol da cana.

O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométri-ca registrado na safra 2009/2010 em comparação com a safra anterior.

Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) registrada nassafras 2009/2010 e 2008/2009

Na safra 2009/2010, tem-se um menor volume de chuva no primeiro trimestre eum volume bem maior de chuva no terceiro trimestre, se comparado aos volumesmédios da safra 2008/2009.

A precipitação pluviométrica ocorrida, muito acima da média, nos meses dejunho a setembro, fez com que a cana-de-açúcar continuasse a vegetar, reduzindoo teor de Pol, com consequente redução do teor de ATR, se comparada à safrapassada. A chuva também foi responsável pelo aumento, em alguns períodos,das impurezas minerais e vegetais na colheita que causam aumento da fibra dacana, devido à umidade do solo. Isso fez com que o ATR médio ficasse 10,75 kgabaixo do obtido na safra 2008/2009, para o mesmo período.

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Rendimento industrial:Uma aproximação

Artigo Técnico II

Rendimento industrial:Uma aproximaçãoEnio Roque de Oliveira - Assessoria Técnica/ORPLANA

É sempre interessante para o pro-dutor de cana e necessário parao industrial, conhecer-se, por an-

tecipação, o potencial de rendimento damatéria-prima, ainda que o valor encon-trado tenha um caráter teórico, pois, arigor, para uma melhor aproximação, háque se considerar a integração de todosos fatores influentes em uma indústria.Assim, não se pretende, neste artigo,calcular a eficiência industrial

O Manual de Instruções do CON-

SECANA-SP, em sua 5ª edição, de 2003,inseriu as fórmulas para o cálculo dorendimento de açúcar cristal branco, doaçúcar VHP (Very High Pol), do etanolanidro e do etanol hidratado.

Para o açúcar cristal de 99,7º de pola-rização e 0,04% de umidade e para o açú-car VHP, de 99,3º de polarização e 0,15%de umidade – produtos estes incluídosno Sistema CONSECANA-SP - as fórmu-las, ajustadas para uma perda industrialde 9,5%, são apresentadas a seguir:

Açúcar cristal branco= 15,1553 x PC x [1-40/(Q-1)]

Açúcar cristal VHP = 15,2456 x PC x [1-40/(Q-1)]

onde:PC = pol da canaQ = pureza do caldo

Suponha-se, por exemplo, que o laboratório de análise da qualidade da canatenha apurado os seguintes resultados:

Brix do caldo (B) = 20ºLeitura sacarimetrica (L) = 73ºZPeso do bagaço úmido (PBU)= 145g

Os cálculos - de maneira didática - seriam os seguintes:

-CÁLCULO DA FIBRA DA CANA(F)=0,08xPBU+0,876=0,08x145+0,876=12,48%

-CÁLCULO DA PUREZA DO CALDO(Q)=100xS/B=100x17,57/20=87,85%

-CÁLCULO DA POL DA CANA (PC):=Lx(0,2605-0,0009882xB)x(1-0,01xF)x(1,0313-0,00575xF)=73x(0,2605-0,0009882x20)x(1-0,01x12,48)x(1,0313-0,00575x12,48)=14,76%

CÁLCULO DOS AÇÚCARES REDUTORES DA CANA(ARC)=(3,641-0,0343xQ)x(1-0,01xF)x(1,0313-0,00575xF)=(3,641-0,0343x87,85)x(1-0,01x12,48)x(1,0313-0,00575x12,48)=0,527%

CÁLCULO DA POL DO CALDO(S)= Lx(0,2605 – 0,0009882 x B)= 73x(0,2605 – 0,0009882 x 20) = 17,57%

CÁLCULO DO ATR= 9,5263 x PC + 0,905 x ARC= 9,5263 x 14,76 + 0,905 x 0,527= 145,38 kg/tonelada de cana

Açúcar cristal branco=1,5909x(ATR-9,05ARC)x [1-40/(Q-1)]

Açúcar VHP = 1,6104x(ATR-9,05xARC)x[1-40/(Q-1)]

-Açúcar cristal branco 1,5909x(145,38-9,05x0,527)x(1-40/87,85-1)= 120,67 kg/t de cana

-Açúcar VHP= 1,6104x(ATR-9,05x0,527)x(1-40/87,85-1)= 121,39 kg/t de cana

RENDIMENTO DE ETANOL-Anidro= ATR x 0,5665= 145,38 x 0,5665= 82,36 litros/t de cana

-Hidratado= ATR x 0,5913= 145,38 x 0,5913= 85,96 litros/t de cana

As equações adotadas pelo CON-SECANA-SP provem de dados médiose para uma perda industrial de 9,5%.Assim sendo, há unidades industriaisque obtém valores maiores que osexemplificados, e outras, por outro lado,ainda menores, dependendo, obvia-mente, das suas eficiências.

É evidente que as unidades indus-triais produzem proporções diferentes(mix) desses derivados da cana, o queleva a considerar a partilha dos açúca-res, consoante os produtos que se pre-tende deles produzir.

RENDIMENTO DE AÇÚCAR:-Açúcar cristal branco= 15,1553 x PC x (1- 40/Q-1)= 15,1553 x 14,76 x (1-40/87,85-1)= 120,67 kg/ t de cana

RENDIMENTO DE AÇÚCAR:-Açúcar VHP= 15,2456 x PC x (1-40/87-1)= 15,2456 x 14,76 x (1 -40/87,85-1)

= 121,39 kg/t de cana

Outras fórmulas, utilizando dire-tamente os valores do ATR e do ARC,podem ser utilizadas, exemplificadasa seguir:

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Seminário CTC discuteplantio mecanizado

Artigo Tecnico III

Seminário CTC discuteplantio mecanizado

Oavanço da mecanização na la-voura da cana-de-açúcar temocorrido em ritmo intenso nas

diversas regiões canavieiras do Bra-sil. São vários os fatores determinan-tes, mas os principais deles são a ofer-ta da mão-de-obra e seus custos. Asleis na área de Segurança do Traba-lho, em especial a NR31 (Normas Re-gulamentadoras) também são fatoresde aceleração na introdução do plan-tio mecanizado.

No seminário sobre plantio meca-nizado, realizado no CTC, estiverampresentes técnicos de 12 das 15 asso-ciações de fornecedores filiadas eprodutores, mostrando o elevado in-teresse sobre o assunto.

Na abertura, o diretor de Pesquisae Desenvolvimento do CTC, Tadeu An-drade, agradeceu a presença dos maisde 220 participantes, às unidades as-sociadas que colaboraram com pales-trantes e maquinário demonstrativo ecomentou sobre o cronograma do se-minário. Destacou que o CTC priorizao melhoramento regionalizado de suasvariedades com colheita mecanizadaem todos os ensaios e são recomenda-das pelos ambientes edafoclimáticos.

Entre outras tecnologias, o CTCtambém desenvolve a colhedora demudas e possui equipe de transferên-cia de tecnologias regionalizada; osgerentes regionais que junto com asequipes do muda sadia, da carta desolos e do melhoramento; disponibi-lizam as tecnologias às associadas.Comentou sobre as pesquisas em an-damento no CTC.

HISTÓRICO DO PLANTIO ME-CANIZADO (José Guilherme Perticar-rari) – Os primeiros registros de pa-tentes são de 1976 nos EUA. O pri-meiro ensaio do CTC com plantio me-

Mauro Sampaio BenediniGerente Regional Fornecedores

canizado foi realizado em 1989, na Usi-na São Martinho, numa área de 45hectares. Ocorreram muitas injúriasnas mudas de cana e a brotação foimuito ruim, com muitas falhas por ata-que de fungos (podridão abacaxi), in-viabilizando o ensaio. Em 1993, o CTCimportou uma plantadora da Austrá-lia que, porém, apresentava embucha-mento das mudas e quebras frequen-tes. Em 1995, o CTC iniciou trabalhoscom plantio de toletes a pedido dasempresas cooperadas na época.

Em 1996 iniciou um projeto deplantadora CTC com seu primeiro pro-tótipo. Em 1998 surgiu a primeira plan-tadora CTC. Em 2001, outra plantado-ra (CTC / Us. São Martinho) que tam-bém aplica torta de filtro no mesmoequipamento, com necessidade dealta potência. Após isso, surgiram osprojetos em parceria com Santal (2003)e DMB (2004 e 2009).

Os focos atuais da pesquisa doCTC em relação ao plantio mecaniza-

do são: redução do custo de plantio;aprimoramento do projeto da planta-dora CTC; aprimoramento das colhe-doras de mudas onde fomos pionei-ros nos Kits; desenvolvimento da lo-gística do sistema (Arena); avaliaçãoda aptidão varietal; fitossanidade dasmudas e práticas agronômicas.

SISTEMATIZAÇÃO DE ÁREA(Armene José Conde) – Igualmente àcolheita, o plantio mecanizado neces-sita de preparo do terreno para que asoperações sejam realizadas satisfato-riamente. O espaçamento deve ser de1,50 m para evitar o pisoteio posteriorna colheita. Evitar as matações de li-nhas (sulcação não contínua), nãousar sistema de talhões quadrados esim carreadores em nível e corrigirpontas dos terraços.

As plantadoras não plantam late-rais dos carreadores sendo necessá-rio arremate de cabeceiras com duaspessoas/máquina/turno, no mesmomomento do plantio.

Demonstração de plantio mecanizadorealizado durante a Agrishow 2009

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Artigo Técnico IIIO dimensionamento mais comum

de uma frente de plantio é de 2 co-lhedoras para cada 3 plantadoras.Não exceder 4 plantadoras por fren-te de plantio para conseguir umaproveitamento aproximado de 50-60% do tempo da plantadora, consi-derando as quebras, abastecimentose manobras. No plantio de meiose,uma colhedora já é suficiente para 2plantadoras. É necessária uma logís-tica muito bem planejada de épocade plantio e localização do viveiropara se obter mudas novas e bemlocalizadas.

O uso de piloto automático trazótimos resultados como melhor para-lelismo, maior número de sulcos namesma área, eliminação do pisoteio,etc. Por ser um equipamento caro, vemsendo usado também como marcado-res de sulcação.

VARIEDADES PARA O PLANTIOMECANIZADO (Ivo Francisco Belli-naso) – O CTC trabalha inicialmente

com testes em clones promissores. Obom material é aquele que produz tan-to no plantio mecanizado quanto nomanual. Já foram testados mais de 70clones e alguns se tornaram varieda-des sendo que os ensaios foram inici-ados em 2001.

O objetivo é que o plantio manualfique com 18 gemas/metro linear e omecânico, com 22 gemas/metro linear.Faz-se o plantio e observa-se a distri-buição das mudas.

Nos ensaios de plantio mecani-zado constatou-se que os danos cau-sados às gemas e aos toletes pela co-lhedora diminuíram sobremaneira aqualidade da muda, tornando maisfrequentes as falhas no stand da cul-tura e também que a colhedora é aprincipal causadora de injúrias àsgemas e aos toletes comparativamen-te à plantadora (Figura 1 - pag 34) equanto mais danificados os toletes,maior a incidência de fungos causa-dores de podridões.

Sempre o plantio mecanizado temapresentado maior porcentual de fa-lhas. A mais testada das variedadesfoi a CTC6. Todas podem ser planta-das mecanicamente. Devemos plantarmudas e não cana. Adequar a colhe-dora devido a sua maior contribuiçãonos danos. Treinar operadores é fun-damental.

As avaliações rotineiras de cam-po nas fases do plantio devem ser ra-pidamente transmitidas aos operado-res. Dois itens contribuem bastantepara o insucesso. O preparo de solomal feito e a quantidade de terra so-bre as mudas. Via de regra, joga-semais terra que o necessário. As varie-dades SP81-3250 e RB72454 não sãorecomendadas para plantio mecaniza-do pelos constantes insucessos nosplantios já realizados. O plantio me-canizado não vem influenciando nalongevidade do canavial.

É importante ressaltar que sim-plesmente a classificação da aptidão

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Artigo Tecnico IIIdas variedades para o plantio meca-nizado não é garantia de sucesso noplantio mecanizado. Mais que noplantio convencional, a qualidade dopreparo do solo e demais operações,são fundamentais. A muda, além dovigor e sanidade, precisa se apresen-tar em porte ideal para a colheita me-canizada. A profundidade de sulca-ção, a homogeneidade na distribui-ção dos toletes nos sulcos e, princi-palmente, a espessura da lâmina deterra na cobrição da muda são tam-bém fatores decisivos para se obterbons resultados na produtividade elongevidade do canavial.

SANIDADE DAS MUDAS (Adha-ir Ricci Júnior) – No plantio mecaniza-do, onde a colheita das mudas é feitacom máquinas, as doenças conheci-das como raquitismo das soqueiras(RSD) e escaldadura das folhas, cau-sadas pelas bactérias Leifsonia xylie Xanthomonas albilineans respec-tivamente, assumem importância es-pecial por serem facilmente dissemi-nadas por instrumentos de corte e pormudas contaminadas, causando que-da de produtividade. Para o controledestas doenças é recomendável o usode variedades resistentes produzidasem viveiros sadios plantados commudas tratadas termicamente (52º/30minutos p/ controle de RSD) que te-nham sofrido operações de “roguing”durante o seu desenvolvimento, paraeliminação das possíveis plantas comescaldadura. A desinfecção dos ins-trumentos de corte utilizados na co-lheita da mudas também é uma práticaindispensável para o controle destasdoenças, sendo que esta operaçãodeve ser aplicada nas partes cortan-tes das máquinas colhedoras de mu-das, através da pulverização da solu-ção desinfetante (solução 0,2 % decloreto benzalcônico 30 %).

A queda da temperatura e reduçãodas chuvas no final de plantio de ve-rão e principalmente no plantio de in-verno levam a uma condição muito des-favorável à brotação das gemas e mui-to propícia ao aparecimento da doen-ça denominada podridão abacaxi, cujoagente causal é um fungo (Thielavi-opsis paradoxa). Trata-se de um fun-

go oportunista que penetra através deferimentos dos toletes, provocando apodridão dos tecidos internos logoapós o plantio. Os conídios do fungopenetram nas extremidades dos tole-tes cortado e através dos ferimentoscausados em função da colheita meca-nizada. Ao serem examinados exalamum odor característico de abacaxi.

A cana-de-açúcar apresenta me-lhor desenvolvimento em temperatu-ras entre 30-34°C, sendo que a suabrotação e crescimento diminuem abai-xo dos 30°, dando oportunidade aofungo, que se desenvolve bem nascondições desfavoráveis à cana, decolonizar o tolete antes da brotação eemergência das gemas.

Em testes experimentais, o contro-le preventivo através da pulverizaçãodos toletes no sulco de plantio, comfungicidas de amplo espectro, mos-trou-se promissor. Existem diferentesníveis de resistência varietal à injúriamecânica da muda e ao agente causalda podridão. No plantio convencio-nal também pode ocorrer a podridãoabacaxi, porém em níveis não tão sig-nificativos, pois a cana consegueemergir mais rapidamente, antes dacolonização dos toletes pelo fungo.

Quanto à reação das variedades àpodridão abacaxí, os dados disponí-

veis não permitiram estabelecer cor-relação com o desempenho das mes-mas em experimentos. A ocorrência depodridão abacaxi também assume im-portância em situações onde a brota-ção é dificultada ou retardada commaior espessura da lâmina de terra nacobertura da muda, baixa temperaturae baixa disponibilidade de água nosolo, principalmente.

BOAS PRÁTICAS E QUALIDA-DE NO SISTEMA (Luciano Menegas-so) - No viveiro devemos atentar paraa variedade, a idade da muda, suascondições de campo, a fitossanidade,o paralelismo e a distância da área deplantio. As colhedoras foram projeta-das para colheita de cana para moa-gem e não para o plantio. Como o por-centual de plantio mecanizado é ain-da baixo, as empresas produtoras ain-da não se preocuparam com as modi-ficações necessárias nas colhedoras.

Para iniciar a colheita de mudas decana faz-se o preparo da máquina: naentrada da cana, deixar somente com odivisor de linha interno, eliminando oexterno. Adaptar os rolos alimentado-res e transportadores com borracha(Kits comerciais). No extrator primárioe nos rolos picadores, fazer revestimen-to com borracha no bojo, ajustar osrolos para o comprimento dos toletes(42-45cm), objetivando 3 gemas por

Figura 1 – Incidência de injúrias pelos equipamentos de plantio

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Artigo Técnico III

Fotos 1 a 3 – Classificação dos toletes após colheita dos viveiros.

Tolete ótimo Tolete regular Tolete ruim

tolete. No elevador, substituir chapasperfuradas por chapas lisas.

Existem diversos Kits no mercado.Avaliar a durabilidade x danos no cam-po para a definição do melhor. As lâmi-nas de corte de base devem estar bemafiadas, manter os sincronismos dosrolos picadores. Colmos não totalmen-te separados, mas somente fatiados,são resultado da falta de sincronismoe podem embuchar a colhedora.

Normalmente a velocidade ideal dacolheita é de 50% do tempo da utiliza-da em área comercial para minimizardanos e melhorar a qualidade da mudacom a limpeza pelo extrator. A rotaçãodo extrator vai depender da umidadedurante o dia. A boa limpeza da mudafacilita a dosagem no plantio.

O CTC desenvolveu a desinfec-ção e limpeza da colhedora diretamen-te na máquina. A montagem é fácil ebastante prática.

É comum toletes em excesso, comaté 40 gemas/metro linear, ocorrendo asobreposição e perdas das mudas queficam por baixo, aumentando os cus-tos de plantio, desnecessariamente.

Deve-se fazer avaliações constan-tes de pós-colheita com a classifica-ção de toletes em ótimos, regular e ru-ins (Fotos 1 a 3) pós-plantio, verifican-do o espaçamento, cobrição, falhas dedistribuição de toletes, qualidade dostoletes. O problema do tolete grande éo embuchamento da plantadora.

Em testes de compactação (aden-samento) de toletes no sulco, foi mais

importante o plantio logo após a sulca-ção que os diferentes adensamentos.

Finalizando, a equipe de controletem que ter autonomia de ação sobrea equipe de plantio e o ideal é que setenha também uma auditoria externaperiódica.

SIMULAÇÃO NA LOGÍSTICADO PLANTIO (Daniel Alves) – Des-de 1996 o CTC trabalha com simula-ção do corte, carregamento e trans-porte (CCT). Faz simulações diversascomparando, por exemplo, dois ou trêsturnos, rodotrem ou treminhão, carre-gadeiras de reserva, substituição dopátio por estoques sobre rodas, etc.

A aplicação da simulação do ARE-NA na logística do plantio consideradiversos fatores como reabastecimen-to de mudas, adubo, inseticida simu-lando o plantio.

A logística do plantio gira em tor-no da plantadora. Quando temos es-trutura sobrando podemos ser efica-zes, mas nem sempre eficientes. O ob-jetivo é aumentar a eficiência do ren-dimento de plantio. O abastecimentodas mudas é sem dúvida, o ponto deestrangulamento.

A simulação permite identificarquais são os gargalos do sistema epropor alternativas para eliminá-los.Faz projeções das necessidades parao aumento de área a ser plantada, au-xiliando na tomada de decisões. Por-tanto, o plantio mecanizado é um sis-tema complexo que exige equipamen-tos caros, necessitando de análisesistêmica que avalie todo o conjunto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS –Após as apresentações dos especi-alistas, representantes de três uni-dades associadas também fizeramsuas considerações, colaborandocom o evento.

Percebe-se a complexidade do sis-tema do plantio mecanizado como umtodo e como conclusão, podemosdestacar a necessidade de mudas no-vas com 9-10 meses, o que exige pla-nejamento sistemático de plantio doviveiro no ano anterior. Esta práticanão é comum no plantio tradicionalno qual planta-se normalmente mu-das de 11-12 meses.

Conclui-se também que toda fa-lha ou descuido em qualquer uma daspráticas recomendadas no plantiotradicional serão mais “sentidas” noplantio mecanizado, ou seja, os cui-dados devem ser redobrados no pre-paro de solo, plantio em seguida àsulcação, cobertura e adensamentodas mudas etc.

É fundamental, portanto, que oprodutor se conscientize que o au-mento na mecanização do plantio éirreversível e possivelmente virá deforma mais acelerada que a mecani-zação da colheita, sendo necessáriaa sua familiarização com a complexi-dade do sistema, e uma das manei-ras é através da introdução parcial,inicialmente na forma terceirizada,do plantio mecanizado em suas áre-as de reforma.

O agrônomo da sua associaçãopoderá dar maiores subsídios sobreo assunto.

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Revista Canavieiros - Outubro de 20093636363636

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Os interessados em conhecer as sugestões deleitura da Revista Canavieiros podem procurar

a Biblioteca da Canaoeste, na Rua AugustoZanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone

(16)3946-3300 - Ramal 2016

Processo de Fabricação do AçúcarFernando Medeiros de Albuquerque

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneira didática,esclarecer algumas dúvidas a respeito do português

Renata CaroneSborgia*

* Advogada e Prof.ª de Português e InglêsMestra—USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Consultora de Português, MBA em

Direito e Gestão Educacional, escreveu a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras)com Miriam M. Grisolia

"Sem pressa, enamorando numa noite estrelada, paramim, a Lua sorri: um coração apaixona-se..."

1) Maria disse um “blá-blá-blá” sobre seu novo emprego...

Prezado amigo leitor não sabemos o teor do “blá-blá-blá”,mas conforme o Novo Acordo Ortográfico a escrita está correta.

Basta descobrirmos o conteúdo que Maria disse!

2) Ficou “ pré-estabelecido” : o horário da entrada na palestra será às 19h.

Com certeza, teremos problemas com o horário “ preestabelecido”...

Conforme o Novo Acordo Ortográfico, sobre PREFIXOS: usa-se o hífen quan-do o prefixo e o segundo elemento da palavra juntam-se com a MESMA VOGAL.MAS os prefixos CO, PRO, PRE, RE se juntam ao segundo elemento, ainda queesse inicie pelas vogais O ou E.

Portanto, o correto é: PREESTABELECIDOprefixo: présegundo elemento: estabelecido, iniciado pela vogal “e”

3) Pedro está com dor de garganta...Comprou um “antiinflamatório”.

Pedro, antes de comprar remédio, procure um médico...

E, prezado amigo leitor, agora com a nova regra sobre o PREFIXO:Usa-se o hífen quando o prefixo e o segundo elemento da palavra juntam-se

com a mesma vogal, isto é, usa-se o hífen quando a primeira palavra termina porvogal ou consoante igual à que inicia a segunda palavra (a regra dos PREFIXOStem exceções, aqui menciono a regra de forma geral).

O correto: anti-inflamatório.

PARA VOCÊ PENSAR:

Nesta obra, o engenheiro químico Fer-nando Medeiros de Albuquerque temcomo objetivo reunir informação e

conhecimento científico da tecnologia açu-careira, que faz parte do desenvolvimentodo nosso país.

Durante esta leitura, que é resultado deum estudo intenso e abrangente, assuntoscomo o processo da purga do caldo (clarifica-ção), a evaporação da água e cristalização sãotratados de forma clara e didática pelo enge-nheiro.

Com a tecnologia a nossa disposição, asilustrações do livro oferecem uma imagem pre-cisa dos fenômenos físico-químicos da pro-dução do açúcar. Não deixe de conferir estaobra, considerada pelos profissionais da área,uma leitura imprescindível.

“Um velho índio descreveu certa vez em seus conflitos internos: “Dentro de mimexistem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro e muito bom e dócil. Os doisestão sempre brigando...” Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ga-nharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: “Aquele que eu alimentar”.

AD

“É necessário esforçar-se, é necessário trabalhar, é necessário consagrar-se,é necessário também sofrer para se obter um resultado.”

Antonio Labriola

“Todas as ações do homem revelam a sua natureza”AD

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Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro de de de de de 20092009200920092009

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Revista Canavieiros - Outubro de 20093838383838

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