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4 Editorial

O Agronegócios Copercana che-gou a sua sétima edição em 2011, ano que está sendo mar-

cado pela retomada de negócios no se-tor sucroenergético. A feira já se tornou tradicional e é conhecida pelas facili-dades que apresenta para os produtores rurais na hora de comprar máquinas, equipamentos e agroquímicos. Neste ano, o evento será realizado nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho , no Clube de Campo Vale do Sol. Esse é o assunto da “Reportagem de Capa” de junho.

Neste mês, a Canavieiros tem no-vidade: duas entrevista com perso-nalidades importantes para o setor sucroenergético do país, na secção “Entrevistas”. A primeira é com o presidente da Petrobrás Biocombus-tíveis, Miguel Rosseto, que falou so-bre a demanda de energia no planeta e o crescimento da petroleira no setor sucroenergético. E a segunda entre-vista é com o secretário de Meio Am-biente do Estado de São Paulo, Bru-no Covas que falou sobre as ações da Secretaria do Meio Ambiente no Es-tado de São Paulo e as expectativas em relação ao novo Código Florestal. As entrevistas foram concedidas ex-clusivamente à Canavieiros durante o Ethanol Summit 2011.

A revista traz nas páginas de notí-cias da Copercana, a participação no Ethanol Summit 2011, junto com o presidente da Copercana e Sicoob Co-cred, Antonio Eduardo Tonielo, com o presidente da Canaoeste, Manoel Or-tolan e com os diretores Luiz Carlos Tasso Júnior e José Mário Paro. Mais de mil e quinhentas pessoas assistiram

na manhã da segunda-feira, 6 de junho, à cerimônia de abertura do evento.

Nas páginas da Canaoeste, está a participação de diretores e associa-dos na posse de Mônika Bergamaschi à Secretaria de Agricultura e Abaste-cimento do Estado de São Paulo. A cerimônia foi realizada no Palácio dos Bandeirantes e contou com a participação do governador paulista, Geraldo Alckmin.

O Artigo Técnico “Acompanhamen-to da Safra 2011/2012”, foi assinado pelo assistente de Controle Agrícola da Canaoeste, Thiago de Andrade Silva, que apresenta os dados obtidos até a 2ª quinzena de maio em comparação com os obtidos na safra 2010/2011.

O advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti escreve sobre dois temas em “Assuntos Legais”: a suspensão das autorizações que queima da palha na cana-de-açúcar no Estado de São Pau-lo e, sobre o Decreto 7.497/2011 que prorroga o prazo de vencimento de averbação da Reserva Florestal Legal.

Na secção “Pragas e Doenças”, o engenheiro agrônomo da Canaoeste, Marcelo de Felício explica a broca Diatraea saccharalis, uma das pragas mais prejudiciais aos canaviais brasi-leiros e que infelizmente tem aumen-tado muito no nordeste paulista.

Além disso, não deixe de conferir as Informações Setoriais com o Técnico Agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dicas de leitura e gramática, agenda de eventos e classificados.

Agronegócios Copercana: feira exclusiva aos cooperados

Boa leitura!Conselho Editorial

RC

Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

PRojeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equiPe de Redação e fotos:Carla Rodrigues - MTb 55.115Murilo SicchieriRafael H. Mermejo

ComeRCial e PubliCidade:Marília F. Palaveri(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]@revistacanavieiros.com.br

imPRessão:São Francisco Gráfica e Editora Ltda

tiRagem: 11.500 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gra-tuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e SicoobCocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos au-tores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista CanavieirosRua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)

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Expediente:

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Ano V - Edição 60 - Junho de 2011

Índice:

E mais:

Capa - 20Vem aí o VII Agronegócios

CopercanaFeira exclusiva aos coopera-

dos marca retomada de cresci-mento do setor sucroenergético

11 - Notícias Copercana

06 - Entrevistas

14 - Notícias Canaoeste

17 - Notícias Sicoob Cocred

32 - Pragas e Doenças

Broca da Cana-de-açúcar: uma praga “quase” invisível, mas que provoca grandes prejuízos à cultura

Marcelo de Felício, Engenheiro Agrônomo Canaoeste-Pitangueiras Leandro Aurélio Rossini, Engenheiro Agrônomo Biocontrol-Sertãozinho

- Diretores da Copercana prestigiam lançamento de produto da Dupont- Ethanol Summit: “desafio do setor sucroenergético é crescer de forma sustentá-

vel e eficiente”

Miguel RossetoPresidente da Petrobrás BiocombustívelProdução aliada à sustentabilidade

Bruno CovasSecretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Produção aliada à sustentabilidade

- Mônika Bergamaschi assumiu Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo

- Balancete Mensal

Ponto de Vista

.................página 10

Circular Consecana

.................página 16

Assuntos Legais

.................página 18

Destaque

.................página 24

Informações Setoriais

.................página 26

Artigo Técnico

.................página 28

Agende-se

.................página 35

Cultura

.................página 36

Classificados

.................página 38

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Miguel Rosseto, Presidente da Petrobrás Biocombustível

Bruno Covas, secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Produção aliada à sustentabilidadeCarla Rossini

Entrevista com:

Neste mês, a Canavieiros traz duas entrevista com personalidades importantes para o setor sucroenergético do país. A primeira é com o presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rosseto, que falou sobre a demanda de energia no planeta e o crescimen-to da petroleira no setor sucroenergético. E a segunda entrevista é com o secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Bruno Covas que falou sobre as ações da Secretaria do Meio Am-biente No Estado de São Paulo e as expectativas em relação ao novo Código Florestal. As entrevistas foram concedidas exclusiva-mente à Canavieiros durante o Ethanol Summit 2011. Confira!

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missor. Hoje, o etanol representa quase 50% da matriz de veículos leves. Portanto mexe diretamente com a economia brasi-leira, mexe com os interesses da socieda-de brasileira. Isso fez com que a Petrobrás reorientasse sua estratégia e passasse a participar ativamente da produção de eta-nol e biodiesel, os biocombustíveis, como grande empresa de energia. Há uma ob-servação importante que é a enorme ve-locidade de participação das petroleiras, das empresas de energia internacionais no

mercado de produção da energia no Bra-sil. Energia exige planejamento, porque exige disponibilidade permanente, isso em qualquer país do mundo. Temos que ter capacidade de ofertar preços razoáveis para a sociedade. 2011 será um grande ano de discussão do novo marco regulató-rio para os biocombustíveis no Brasil.

Revista Canavieiros: Alguns espe-cialistas afirmam que se tratando de biocombustíveis, as empresas petrolei-ras estão tendo mais estratégica do que o próprio governo. Você concorda?

Rosseto: Existe uma demanda cres-cente por energia em escala mundial, temos bilhões de homens e mulheres no planeta que não tinham acesso a nenhum padrão energético e passam necessida-des, tem dificuldade de acessar alimentos e bens culturais, ou seja, tem dificuldade de ter um padrão de qualidade de vida que a tecnologia energética oferece a

Revista Canavieiros: Quando foi criada a Petrobrás Biocombustíveis e com qual finalidade?

Rosseto: A Petrobrás Biocombustíveis foi criada em 2008, à partir de uma deci-são estratégica da Petrobrás em participar da produção de etanol e biodiesel. Nós terminamos 2010 operando 14 usinas, sendo 4 de biodiesel e 10 de etanol. Como na área de etanol ainda temos muito que aprender e conhecer essa atividade, fize-mos a opção de presença flexível, através de busca de associações com grupos que dispõem de experiência na produção do setor. Tanto as empresas Guarani, Nova Fronteira com o Grupo São Martinho e Minas Gerais são investimentos onde te-mos 50% e participamos ativamente da gestão dessas empresas. Isto permitiu que rapidamente tivéssemos uma produção de etanol e uma sinergia com empresas como a BR, por exemplo, e o próprio abasteci-mento da Petrobrás. Isto tem criado um aprendizado muito grande por parte da equipe da Petrobrás Biocombustíveis. É uma nova atividade econômica e é evi-dente que temos exigências ambientais e sociais muito grande, temos uma respon-sabilidade junto com esses sócios e desen-volvemos as melhores práticas ambientais e sociais na atividade de produção. Vamos continuar crescendo, temos investimentos importantes que estão sendo realizados, te-mos hoje em termos de negócios US$ 1,9 bilhões para investimento na produção de etanol no Brasil até 2014, ou seja, investi-mentos muito fortes e de crescimento.

Revista Canavieiros: O que o senhor pensa sobre o futuro do etanol?

Rosseto: O sucesso do etanol como um combustível renovável, com qualida-de ambiental e o enorme crescimento que teve nos mostra um cenário muito pro-

Hoje, o etanol repre-senta quase 50% da

matriz de veículos le-ves. Portanto mexe

diretamente com a eco-nomia brasileira

uma outra parcela da comunidade mun-dial. Por isso os governos e as empresas de energia precisam assegurar crescente-mente a ampliação de oferta de energia e a sua racional utilização. Neste cenário planetário mundial, não enxergamos ou-tras fontes primárias nas próximas déca-das que não o petróleo, o gás e o carvão, que continuarão sendo responsáveis por grande parte da oferta primária de ener-gia em escala mundial, eu falo em 80%.

Uma das fontes alternativas que está sendo trabalhada em vários cenários, que é a energia nuclear ou atômica, entra num profundo processo de reflexão, à partir dos acontecimentos do Japão. Portanto temos duas agendas que vão ter que obri-gatoriamente se encontrar. O direito de acessar energia, a existência das fontes primárias fósseis por um longo período e as exigências ambientais crescentes.

Por que eu digo isso? Porque o cenário das energias alternativas ou renováveis, a solar, a eólica e as biomassas fazem parte de uma agenda de transição já começada impostas por questões ambientais e por questões de soberania energética. Temos que trabalhar com uma maior diversida-de energética. Diferente de outros países, o Brasil tem em sua matriz energética, cerca de 50% de energia renovável por conta da hidroeletricidade, do etanol e biodiesel. Essas matrizes vão continuar crescendo. É evidente que todos os paí-ses devem manejar os seus recursos na-turais com sabedoria e com visão estra-tégica, isso serve para o petróleo, para os minerais, para suas terras e para as suas águas, para o conjunto de recursos natu-rais que compõem o patrimônio de um país. Todas elas devem ser gerenciadas com sabedoria e com visão de tempo.

O governo vem trabalhando no senti-do de reorganizar a atividade do etanol, fez dois movimentos muito importantes em 2009, o Zoneamento Agroambiental, disciplinando a expansão da cana-de-açúcar no país, preservando áreas impor-tantes como o bioma amazônico e bioma do pantanal. E o segundo grande movi-mento foi o compromisso de qualificação das relações de trabalho de tal forma que afastou o setor de práticas inaceitáveis como as péssimas condições de trabalho. Esses dois movimentos colocaram o se-tor em outro padrão de qualidade.

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Revista Canavieiros: O Estado de São Paulo apresenta números bastan-te positivos em relação a sustentabi-lidade da produção agrícola e o meio ambiente. Como o senhor avalia esses números?

Secretário: O setor sucroenergéti-co representa 25% da área agricultável no Estado de São Paulo, ou seja 1/3 de toda a agricultura do nosso estado, portanto é um setor muito importante do ponto de vista econômico, mas no ponto de vista ambiental causa grande impacto. Acho que o Protocolo e o Zo-neamento ajudaram muito a diminuir o impacto ambiental, é um caso de suces-so que a gente quer levar para outros setores da agricultura e vamos ampliar a participação do Estado esse ano no sistema atual de prevenção e combate aos incêndios, e esperamos anunciar, em breve, um plano de financiamento de mecanização, principalmente para os fornecedores pequenos, porque as máquinas são muito caras e individu-almente os pequenos produtores tem dificuldades de se financiar para conse-guir comprar essas máquinas.

Revista Canavieiros: Em quanto

tempo deve sair esse financiamento?Bruno: Nós tínhamos iniciado a

conversa com o secretário João Sam-paio, esperamos retomar agora com a nova secretária, para em breve o go-vernador Geraldo Alckmin anunciar esse plano tão importante para a me-canização do pequeno agricultor no Estado de São Paulo.

Revista Canavieiros: Os especia-listas do setor são quase que unâni-mes em dizer que precisamos prati-camente dobrar a produção de cana, açúcar e etanol para atender as de-mandas. No caso do etanol, a deman-da ocasionada pelos carros flex cresce aceleradamente. Por outro lado existe uma pressão muito forte em relação à questão ambiental. Essa contradição pode ser perigosa para o setor?

Bruno: Não acredito nisso. Acho que temos que conseguir dialogar, discutindo a utilização de recursos hídricos, diminuin-do a pegada hídrica do setor, diminuindo

ainda mais a queima da palha. Há uma sé-rie de ações que podem ser realizadas para evitar os impactos ambientais e ainda as-sim ter um crescimento no setor. O nosso desafio na Secretaria do Meio Ambiente é aliar produção e sustentabilidade.

Revista Canavieiros: Uma nova

secretária assumiu a pasta da Agri-cultura no Estado de São Paulo.

Como será o relacionamento das duas Secretarias?

Bruno: Temos duas Secretarias, mas o mesmo Governo. Não podemos ter ações em campos opostos. Nós preci-samos trabalhar em conjunto porque o governador tem uma responsabilidade com o desenvolvimento sustentável no Estado de São Paulo, por isso precisa-mos fortalecer a agricultura e também o meio ambiente.

Revista Canavieiros: Como o senhor

analisa o novo Código Florestal que foi votado recentemente na Câmara dos Deputados e agora vai ao Senado?

Bruno: Assim que o Código Flores-tal for aprovado no Senado, teremos que fazer um grande Seminário aqui no Esta-do de São Paulo para analisarmos quais serão os impactos desse novo Código. Precisamos saber de que forma as novas regras de consolidação e das áreas que foram devastadas antes do atual Código, qual é o impacto disso dentro do nosso Estado. Estou certo de que o Senado vai rediscutir esse Código e que não será apenas homologador do que foi discutido na Câmara. O que se previa inicialmente era que o Senado não faria nenhuma alte-ração, mas não é isso que estamos vendo nas declarações dos senadores.

Revista Canavieiros: O texto que foi aprovado, teve pareceres do governo, de ambientalistas, de cientistas e ruralis-tas. O senhor acredita que a discussão avança?

Bruno: Acho que o Brasil perdeu mui-to porque a discussão não foi técnica. A discussão acabou sendo política a apaixo-nante. Quando esquecemos o lado técni-co e perguntamos, quem é melhor: quem produz alimento ou quem pensa na popu-lação no futuro? Temos é que conciliar as duas coisas. No ponto de vista técnico o que interfere na preservação? Talvez no Senado vamos conseguir uma conciliação mais técnica de ambos os lados.

Revista Canavieiros: Essa conci-liação é importante porque ninguém consegue pensar nas gerações futuras de “barriga vazia” né?

Bruno: Exatamente. Para o agricultor não há nenhum interesse em não proteger os recursos hídricos, ele precisa da água para irrigar, enfim, o agricultor é um par-ceiro na preservação do meio ambiente.

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“Há uma série de ações que podem ser

realizadas para evitar os impactos ambien-

tais e ainda assim ter um crescimento no

setor. O nosso desa-fio é aliar produção e sustentabilidade...”

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Entrevista

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10Ponto de Vista

Arnaldo Jardim*

Ampliar a produção de etanol

Os produtores de etanol preci-sam investir R$ 97 bilhões até 2020 para atender o aumento da

demanda interna de 170%, segundo es-timativa da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), no “Plano Decenal de Ex-pansão de Energia 2020 (PDE)”. Isso sem levar em conta o promissor mercado internacional de biocombustíveis, que deve se consolidar na esteira do comba-te às emissões de gases de efeito estufa. Todavia, se o futuro nos reserva um céu de brigadeiro, o presente do setor su-croenergético é desafiador e exige ação imediata.

Entenda a “crise”Depois de um salto de quase 60% em

apenas três safras, elevando a produção de etanol de 17 bilhões de litros para 27 bilhões, no ciclo 2008/09, o setor sucro-energético passou por um período de es-tagnação de investimentos causado pela crise financeira global. A partir daí, os investimentos se concentraram na com-pra de empresas em dificuldades, ou seja, na consolidação do mercado, e não mais na construção de novas usinas. Na safra 2008/09, o número de novas unidades produtoras chegou a 34, na safra seguin-te (2009/10) foram 19, caindo para dez (safra 2010/11) e chegando a apenas cin-co previstas para safra 2011/12.

A falta de investimentos na produ-ção somada a problemas climáticos nas últimas safras fez com que o preço do etanol disparasse, suscitando dúvidas sobre a capacidade do setor de atender a crescente demanda interna e fazendo surgir dentro do governo recaídas inter-vencionistas!

Ausência de políticas públicasEste foi o pano de fundo para o

Ethanol Summit 2011, o maior evento de etanol, bioletricidade e açúcar do mundo, organizado pela Unica (União da Agroindustria de Cana-de-Açúcar). Estabeleceu-se um paradoxo entre as boas perspectivas futuras, disponibili-dade de recursos (nacionais e interna-cionais), e o atual momento atribulado do setor marcado pela escassez de in-

vestimentos na ampliação da produ-ção de etanol.

Fui palestrante no painel: Políticas públicas: Garantindo o abastecimento e o crescimento, juntamente com repre-sentantes dos Ministérios da Fazenda, Minas e Energia, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a ANP (Agência Nacio-nal de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. Na ocasião, destaquei a necessidade de políticas públicas capazes de garantir a estabilidade, previsibilidade e o planeja-mento, que evitem grandes oscilações de preços do etanol e que garantam a capa-cidade de abastecimento do mercado.

Neste setor estratégico para o de-senvolvimento do País, as demandas ficaram mais complexas evidenciando a necessidade deste arcabouço institucio-nal claro, estável e perene para o resta-belecimento da competitividade do eta-nol. Um marco regulatório que defina o papel da bioeletricidade e do etanol na matriz energética nacional, incorporan-do as externalidades do setor, em virtu-de dos seus benefícios ambientais.

Cobro ainda tratamento igualitário na definição de preços de combustíveis concorrentes, pois o preço da gasolina é artificialmente mantido pelo governo, desde 2005, enquanto o preço do etanol oscila de acordo com a relação entre a oferta e a demanda.

Secretaria Nacional de Biocom-bustíveis

As questões que cercam o segmento de biocombustíveis se dispersam em vários ministérios e secretarias, com diferentes linhas de abordagem, interesses e enfo-ques. Assim defendo a criação da Secre-taria Nacional de Biocombustíveis, ligada diretamente à Presidência da República, para promover um diálogo sério, propo-sitivo e definitivo quanto aos rumos do etanol e demais biocombustíveis, envol-vendo governo, toda a cadeia produtiva, comercializadores e consumidores.

Que defina medidas estruturantes de curto, médio e longo prazos, tais

como: a formação de estoques estra-tégicos com recursos orçamentários garantidos; o tratamento tributário diferenciado para os biocombustíveis (alíquota nacional de ICMS, IPI di-ferenciado para veículos menos po-luentes que utilizam combustíveis re-nováveis, uso da CIDE como imposto ambiental e regulatório); melhorias na estrutura de comercialização; in-centivos tributários para desonerar in-vestimentos em pesquisa e a inovação, além de ampliação dos canaviais e me-lhorias na eficiência das unidades de produção. Algumas delas de respon-sabilidade do Executivo e outras que seriam decididas pelo Legislativo.

Força à BioeletricidadeUm exemplo a ser seguido vem do

Estado de São Paulo, onde o Governa-dor Geraldo Alckmin e o Secretario José Anibal, anunciaram um decreto que isen-ta de ICMS a compra de equipamentos para a coogeração de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Com a medi-da, o governo estadual espera ampliar os atuais 660 MW exportados pelas usinas para a rede pública para 5,5 MW em 2015, quase metade do que é produzido pela Usina de Itaipu.

Ninguém discute as excelentes pers-pectivas para o nosso setor sucroenergé-tico, mas precisamos de medidas estrutu-rais de curto, médio e longo prazos. Para tanto, governo e setor produtivo precisam trabalhar juntos para atender as novas exigências do mercado: comercialização eficiente, respeito às normas socioam-bientais e investimentos permanentes em pesquisa e desenvolvimento.

*Deputado Federal (PPS-SP) e mem-bro da Comissão de Minas e Energia da

Câmara Federal

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Diretores da Copercana prestigiam lançamento de produto da Dupont

O herbicida – Front – é para uso em época de seca nas lavouras de cana-de-açúcar

Notícias Copercana

Carla Rossini

A Dupont Produtos Agrícolas, reco-nhecida mundialmente como uma companhia que investe no desen-

volvimento da ciência aplicada à produção de açúcar, etanol e energia, apresentou, no Hilton Hotel em São Paulo, o seu mais re-cente lançamento - Front®, um herbicida para uso em época de seca nas lavouras de cana-de-açúcar (cana soca-seca). O evento de lançamento foi realizado no dia 28 de abril. O presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, prestigiou o lançamento do produto, acompanhado pelo diretor da cooperativa, Pedro Esrael Bighetti e pelo gerente de comercializa-ção, Frederico José Dalmaso. Na ocasião, houve apresentação de Talk Show com o Jô Soares, apresentador da Rede Globo.

O herbicida promete controlar plantas daninhas (corda-de-viola, brachiarias, capim colonião, entre outras) no perío-

do de seca e pode ser aplicado na cana convencional (queimada) ou na palha (colheita mecanizada).

Ricardo Vellutini, presidente da Dupont; Frederico Dalmaso, gerente de comercializado da Copercana; Antonio Tonielo, presidente da Copercana; Pedro Bighetti, diretor da Copercana; Marcos Jank, presidente da Unica; Jorge Cavallieri, Usina da Pedra; Jaime Stupiello, diretor

agrícola Grupo Tereos Guarani e Rodrigo Junqueira, diretor de vendas da Dupont

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Ethanol Summit: “desafio do setor sucroenergético é crescer de forma sustentável e eficiente”

A declaração é do presidente da UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Jank

Notícias Copercana

Da redação

Junto com o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, com o presidente da Cana-

oeste, Manoel Ortolan e com os diretores Luiz Carlos Tasso Júnior e José Mário Paro, a Revista Canavieiros participou do Ethanol Summit 2011. Mais de mil e qui-nhentas pessoas assistiram na manhã da segunda-feira, 6 de junho, à cerimônia de abertura do evento. O presidente da UNI-CA - União da Indústria de Cana-de-açú-car, Marcos Jank, que abriu oficialmente o Ethanol Summit 2011, fez uma apresen-tação de projeção de crescimento do setor. A primeira plenária teve duração de quase duas horas sob coordenação do jornalista da Rede Globo, William Waack.

“Nosso desafio é o crescimento com sustentabilidade e eficiência, o que im-plica em investimentos para a inovação tecnológica, eficiência e uma crescente profissionalização do setor,” afirmou Jank. Ele citou importantes esforços na área educativa e social, como o Projeto AGORA, iniciativa de comunicação e marketing de toda a cadeira produtiva da cana, e o RenovAção, cujo principal trabalho é a recapacitação profissional

dos trabalhadores manuais do corte de cana em função do avanço da colheita mecanizada.

Em seguida, o presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, afirmou que o BNDES está preparado para suportar a expansão do setor sucro-energético. “No curto prazo temos desa-fios, como o investimento para aumentar

a capacidade de produção, precisamos ampliar e expandir a oferta de cana com novos projetos greenfields,” explicou. De acordo com o Coutinho, o BNDES investiu R$ 7,6 bilhões em 2010 no setor, sendo parcela significativa desta cifra para a mecanização da indústria.

Coutinho disse que os problemas oca-sionados com a crise mundial de 2008 já foram superados, um “teste importante pelo qual todos já passamos”. Ele con-cluiu ao afirmar que “estamos prepara-dos para novos financiamentos para o açúcar e o etanol.”

O deputado federal Aldo Rebelo, re-lator do projeto do novo Código Flores-tal, falou sobre o momento único pelo qual a agricultura brasileira atravessa e disse que existe um paradoxo no Se-nado: “a mesma agricultura que produz um combustível renovável é acusada de forma leviana, de destruir o meio am-biente”, disse Rebelo e concluiu: “esta atividade (do setor sucroenergético) é o depoimento mais eloquente de que se pode proteger o meio ambiente e produ-zir tecnologia, situações que são trata-das pelo Novo Código.”

Silvio Borsari Filho (MAPA), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Antonio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana) Luiz Carlos Tasso Jr. (diretor da Canaoeste)

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O presidente da ANP – Agência Nacio-nal de Petróleo, Haroldo Lima, explicou que o trabalho conjunto do órgão junto às usinas resultará em “aperfeiçoamento do sistema”, com objetivo de afastar qual-quer risco de desabastecimento de etanol no País, e auxiliar para que não haja tan-ta volatilidade nos preços ao consumidor do produto, particularmente no período de entressafra. Ele também falou dos investi-mentos estrangeiros no setor. “Nos últimos 4 anos, os grupos estrangeiros cresceram 7% no setor sucroenergético”, disse Lima.

Já o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, preferiu fazer apologia ao etanol como forma de se combater a poluição nas grandes cidades e aumentar a quali-dade de vida das pessoas. E citou o re-cente lançamento de 50 ônibus movidos à etanol na cidade, “um exemplo que deve ser assistido por outras cidades do País”. “Precisamos investir muito nesta questão ambiental, de poluição, para termos de fato uma economia movida por meio de energia limpa como o etanol,” afirmou.

O Ministro das Minas e Energia, Edi-son Lobão - que representou a Presidente da República, Dilma Rousseff, disse que o “setor sucroenergético vive uma nova fase após a crise global de 2008 cujos desafios são enormes, mas que vamos superar”. Lobão ratificou o trabalho da Agência Na-cional de Petróleo, que a partir de agora será o órgão de competência para acompa-nhamento do setor em lugar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e anunciou para breve um “Plano Decenal”. “Trabalhamos para elaboração de um plano de extrema importância, que mostrará os desafios que teremos de en-frentar nos próximos anos,” acrescentou ao explicar a necessidade da consolidação de uma matriz energética brasileira limpa, de longo prazo. Atualmente cerca 45% da matriz nacional tem esta característica, com o uso de recursos hídricos, etanol e uso de biomassa da cana-de-açúcar, entre outras fontes de energia.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aproveitou sua parti-cipação na abertura do Ethanol Summit e assinou um decreto que zera o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Ser-viços (ICMS) para a aquisição de bens de capital para a produção de energia elétrica gerada a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Antes, os novos investi-mentos eram tributados em 12%, mas os investidores tinham o valor do ICMS de-volvido em 48 meses sem juros. Agora, a isenção é imediata.

Segundo Alckmin, “o governo não vai deixar de arrecadar, porque o imposto já era devolvido; a isenção direta, com a alíquota passando de 12% para zero vai

ajudar e facilitar os investimentos no se-tor”, disse o governador.

Alckmin também anunciou um plano de investimento de R$ 1 bilhão na remode-lação da hidrovia Tietê-Paraná, com obras de ampliação de pontes, rebaixamento da calha de rios e a construção de terminais de escoamento de produtos transportados, bem como para integração com ramais ferroviários. Do total, de acordo com Al-ckmin, R$ 600 milhões virão do governo federal e R$ 400 milhões do Estado.

Também durante o evento, foi assinado o protocolo de cooperação para a certificação de energia verde em bioeletricidade, entre o governo paulista, a UNICA e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

O certificado funciona como um selo verde, a ser obtido por uma empresa certificada que utilizou, em sua linha de produção, energia adquirida de usinas sig-natárias do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, em 2007. O proto-colo, além de determinar o fim da queima da palha da cana no Estado até 2017, esti-pulou ainda diretrizes de sustentabilidade para as usinas sucroalcooleiras.

A expectativa é que até agosto o selo possa ser solicitado junto à Secretaria de Energia pelos consumidores livres e espe-ciais de energia, ou seja, aqueles que es-colhem o próprio fornecedor. Mesmo fora do Estado de São Paulo, esse consumidor poderá obter o selo verde, desde que a ele-tricidade adquirida seja proveniente das usinas do Protocolo Agroambiental.

*Com informações da UNICA e da Agência Estado

Geraldo Alckmin e Marcos Jank, assinaram um decreto que zera o ICMS para a aquisição de bens de capital para a produção de energia elétrica gerada a

partir da da cana-de-açúcar.

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Mônika Bergamaschi assumiu Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo

Diretores e associados da Copercana e Canaoeste prestigiaram a cerimônia de posse

Notícias Canaoeste

Carla Rodrigues

No dia 6 de junho, a ex-diretora executiva da ABAG-RP - As-sociação Brasileira do Agro-

negócio de Ribeirão Preto, Mônika Bergamaschi, assumiu a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, que contou com a participação do governador pau-lista, Geraldo Alckmin.

Mônika substitui o secretário em exercício, Antonio Julio Junqueira de Queiroz. O governador Geraldo Alck-min, disse em seu discurso que nomeou a pessoa certa para o cargo, já que a nova secretária “é uma pessoa extremamente experiente, preparada, apaixonada pelo setor e tem liderança”.

Para a cerimônia estiveram presen-tes várias lideranças do agronegócio paulista, como o ex-secretário da Agri-cultura, João Sampaio, o presidente da Assembleia Legislativa, Barros Mu-nhoz, o deputado federal, Duarte No-gueira e o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

O presidente da Copercana e Si-coob Cocred, Antônio Eduardo To-nielo e o presidente da Canaoeste,

Manoel Ortolan participaram da ce-rimônia. Também estava presente o diretor das instituições, Luiz Carlos Tasso Júnior e um grupo de coopera-dos e colaboradores que viajaram à São Paulo exclusivamente para pres-tigiar a nova secretária.

Mônika é a primeira mulher a ocupar este cargo na Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Ela é engenhei-ra agrônoma formada pela UNESP (Uni-versidade Estadual Paulista) com mes-trado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Carlos, com MBA pela FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Uni-versidade de São Paulo) e por 10 anos foi diretora executiva da ABAG.

Após a cerimônia, a secretária recém-empossada concedeu uma coletiva de imprensa e conversou com os jornalistas sobre importantes pontos que pretende trabalhar durante sua gestão no agrone-gócio paulista. A equipe de redação da Revista Canavieiros esteve presente. A seguir, a entrevista:

Revista Canavieiros: A senhora as-sume a secretaria num momento em que o principal produto do agronegócio brasileiro (cana-de-açúcar) está pas-sando por algumas dificuldades. Como superar isso?

Secretária: Todo esse momento pelo qual estamos passando, decorre em par-te de uma época de entressafra. Porém, a safra já começou e os fundamentos do setor são importantíssimos. Nós precisa-mos muito da bioenergia, da bioeletri-cidade e dos outros derivados da cana-de-açúcar. Todos estão sendo estudados, para inclusive, termos energia necessária para o crescimento que queremos para o Estado de São Paulo. Imagino que daqui para frente, com muito investimento, a gente consiga melhorar e colocar o eta-nol sempre numa grande posição de des-taque do setor sucroalcooleiro.

Revista Canavieiros: A senhora acredita ser possível aumentar o ganho do produtor rural?

Secretária: Com certeza. Essa é uma das minhas principais metas. Existem

Nério Costa (prefeito de Sertãozinho), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Mônika Bergamaschi (Secretária da Agricultura), Antonio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana)

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alguns mecanismos, que passam por créditos, por questão do seguro rural, pela pesquisa, pelo afinco e pelo com-prometimento de todos com relação à defesa, pois isso compromete todo agronegócio paulista, e também o ramo cooperativista que nos ajuda a darmos oportunidades aos pequenos produto-res. As medidas que vou tomar serão em conjunto com o setor e com todos os institutos voltados na secretaria e, inclusive, com outras secretarias para trabalhar essa questão.

Revista Canavieiros: Como a se-nhora pretende conseguir mais inves-timentos para aumentar a renda do produtor?

Secretária: Existem diversas inicia-tivas do setor público e do setor priva-do. A minha ideia é sentar, conversar e conseguir maximizar o resultado em vista de tanto investimento que já é fei-to. Não é pouco dinheiro que está sendo investido, claro que mais é sempre bem vindo, mas se conseguirmos juntar todo mundo e trabalhar numa linha compon-do isso, com certeza os resultados serão ainda melhores.

Diretores, associados e colaboradores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred no Palácio dos Bandeirantes.

Revista Canavieiros: A senhora já tem algum projeto desse tipo?

Secretária: Tenho grandes metas, mas tudo ainda é muito recente para mim. O entusiasmo do governador Al-ckmin me motivou ainda mais. Com base nisso eu vou partir agora para um reconhecimento de toda estrutura da secretaria, aproximar o setor privado e, juntos, delinearmos as principais linhas de ação num futuro bem próximo.

Revista Canavieiros: A senhora fez parte da ABAG por 10 anos. Como é deixar o setor privado, onde as respos-tas são mais rápidas e vir para o setor público, que é bem mais burocrático?

Secretária: É um desafio que eu es-tou auto impondo. Nunca fiz parte de um setor público, também não tenho envol-vimento político, todos sabem, mas es-tou fazendo tudo isso pelo agronegócio paulista. Eu entendo que dá para fazer e espero imprimir um pouco dessa agili-dade que a gente tem no setor privado, inclusive via aproximação deles (setor público e privado), para que possamos conseguir mais ganhos e mais resultados positivos para o nosso setor.

Associados e colaboradores da Canaoeste parabenizaram a nova Secretária da Agricultura

Revista Canavieiros: O governador disse que vai adiantar o pro- implemen-to. Isso é uma forma do governo auxi-liar os agricultores a ter mais produtivi-dade em suas lavouras?

Secretária: Sem dúvida. Como disse anteriormente, nós precisamos de mui-to investimento e esses investimentos feitos em máquinas e implementos são difíceis o retorno. As margens agrícolas são sempre muito espremidas. São mui-tos os fatores e as variáveis que não são controláveis, como o clima, que temos visto como isso afeta o setor. Então é claro que, se nós pudermos equalizar o custo do investimento, colocar isso com mais tempo em juros compatíveis com a atividade, uma vez que isso é um bem para a produção, é sempre muito bem vindo. No que depender de mim, vou sempre conversar com o governador no sentido de ampliarmos esse tipo de li-nha para os produtores e para as agroin-dústrias também.

Revista Canavieiros: Com relação às mudanças que estão por serem feitas no Código Florestal, qual o posiciona-mento da senhora? E como secretária, a senhora pretende conversar com os senadores e trabalhar para a aprovação do texto que vai ao encontro dos anseios de São Paulo?

Secretário: O Código Florestal, da maneira que ele foi proposto, traz uma importante cláusula que é a manutenção do direito na linha do tempo, ou seja, quem abriu sua fazenda e não existia uma legislação que dizia para fazer di-ferente, essa pessoa foi jogada na ilega-lidade por uma lei que teve um efeito retroativo. A nossa própria legislação, a própria constituição diz que a lei não pode retroagir para prejudicar, portanto, isso que parece uma banalidade porque é um direito constitucional, está resga-tado nesse texto. Então não se trata de acobertar o mal feito, o que se quer é que se dê segurança jurídica necessária para que tenha investimento e assim os produtores possam continuar produzin-do. Além disso, também é importante ter alternativas para os casos onde fo-rem necessárias as compensações em outros biomas para que elas possam ser feitas. O que o agricultor quer em rela-ção a questão ambiental é estar legali-zado e trabalhar com tranquilidade para continuar a produzir.RC

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16Notícias Canaoeste

Consecana CIRCULAR Nº 03/11DATA: 31 de maio de 2011

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de MAIO de 2011. O preço médio do kg de ATR para o mês de MAIO, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,5148.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril e maio de 2011 e acumulados até MAIO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mer-cado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol ani-dro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à indústria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril e maio de 2011 e acumulados até MAIO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, são os seguintes:

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17Notícias Sicoob Cocred

Balancete MensalCOOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO

INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - MAIO/2011Valores em Reais

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18Assuntos Legais

Queima de palha de cana-de-açúcar suspensão das autorizações no estado de São Paulo

Resolução SMA - 22, de 30 de maio de 2011.

O artigo 7º, da Lei Estadual nº 11.241/2002 e, o artigo 14, do Decreto nº 47.700/2003,

autorizam a suspensão das autoriza-ções para uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar em todo Estado de São Paulo, quando a umidade relativa do ar estiver muito baixa, podendo ocasionar risco à saú-de pública.

Com base nos sobreditos artigos, a Secretaria do Meio Ambiente do Es-tado de São Paulo, publicou no Diá-rio Oficial do Estado de 31 de maio de 2011, a Resolução SMA nº 22, de 30.05.2010, proibindo a queima de palha de cana-de-açúcar no período de 01 de junho a 30 de novembro deste ano, das 6:00 às 20:00 horas.

Referida Resolução, prevê a sus-pensão da queima da palha de cana-de-açúcar em qualquer horário do dia, quando o teor médio da umidade

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

relativa do ar for inferior a 20%, me-dido das 12:00 às 17:00 horas, pelos postos oficiais determinados pela Se-cretaria do Meio Ambiente, ocasião em que ficam sem validade os comu-nicados de queima a ela previamen-te encaminhados. Tal suspensão será declarada pela Secretaria do Meio Ambiente às 18:00 horas do dia que se observar a baixa umidade e será aplicada a partir das 6:00 horas do dia posterior a referida declaração.

Após o dia 30 de novembro, poderá ocorrer a suspensão da queima quando a umidade relativa do ar ficar abaixo de 30% (trinta por cento) e acima de 20% (vinte por cento), durante dois dias con-secutivos. Neste caso, ficará suspenso o uso do fogo como método despalhador da cana-de-açúcar no período compre-endido das 6:00 às 20:00 horas do dia posterior à declaração de suspensão, efetuada pela Secretaria do Meio Am-

biente, sempre às 18:00 horas do segun-do dia consecutivo que perdurar a umi-dade acima descrita.

Nada impede, portanto, que a Secre-taria do Meio Ambiente possa suspen-der mais vezes a autorização de queima quando as condições climáticas ou a qualidade do ar estiverem desfavoráveis e, se isso ocorrer, cumpre informar que NÃO SE PODE EFETUAR A QUEIMA EM HIPÓTESE ALGUMA - até mesmo porque os órgãos ambientais estarão pro-cedendo intensiva fiscalização nestes pe-ríodos -, sob pena de sofrerem as sanções cabíveis, tais como multas vultosas, além de responder judicialmente em ações cí-veis e criminais.

Cumpre informar que é de extrema importância que os fornecedores se in-formem com antecedência junto os téc-nicos/agrônomos da Canaoeste sobre as condições futuras de clima (já que a Canaoeste possui convênio com órgãos de previsão de umidade relativa do ar), para evitar transtornos em seu planeja-mento de queima, pois esta safra pro-mete baixos índices de umidade relativa do ar, assim como consultarem o “link” específico sobre as suspensões de quei-ma (Queima da Palha de Cana) no “site” da Secretaria do Meio Ambiente (www.ambiente.sp.gov.br).

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Decreto nº 7.497/2011 - prazo para averbação da Reserva Florestal Legal que vencia em 11.06.2011, foi prorrogado por mais 180 dias

Em virtude da discussão no Congresso Nacional sobre o Novo Código Florestal, a Presidência da República, através do Decreto nº 7.497/2011, resolve prorrogar o prazo para se averbar a reserva florestal legal das propriedades rurais, por mais 180 (cento e oitenta) dias, tendo em vista que o prazo final previsto no artigo 152, do Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, expirava em 11.06.2011.

Findo tal prazo, poderia o Governo aplicar multas aos proprietários rurais que não averbaram e/ou deram início ao procedimento de averbação da reserva florestal legal de sua propriedade.

Oportuno salientar que tal prazo não se presta às pessoas físicas e jurídicas que já estejam obrigadas, por sentença judicial definitiva, a fazê-lo, ficando estas adstritas aos termos da referida decisão judicial.

Veja abaixo a íntegra do decreto nº 7.497/2011.

DECRETO Nº 7.497, DE 9 DE JUNHO DE 2011

Dá nova redação ao artigo 152 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA :

Art. 1º O art. 152 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 152. O disposto no art. 55 entrará em vigor em 11 de dezembro de 2011.” (NR)

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 9 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da República.

DILMA ROUSSEFFIzabella Monica Vieira Teixeira

RC

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Feira exclusiva aos cooperados marca retomada de crescimento do setor sucroenergético

O Agronegócios Copercana – fei-ra exclusiva aos cooperados do sistema Copercana, Canaoeste

e Sicoob Cocred – chega a sua sétima edição em 2011, ano que está sendo mar-cado pela retomada de negócios no setor sucroenergético. A feira já se tornou tra-dicional e é conhecida pelas facilidades que apresenta para os produtores rurais na hora de comprar máquinas, equipa-mentos e agroquímicos.

Neste ano, o Agronegócios Copercana será realizado nos dias 29 e 30 de junho e 1º de julho, no Clube de Campo Vale do Sol. O clube fica localizado na Rodovia Atílio Balbo, Km 331 em Sertãozinho. Durante os três dias de evento, são espe-rados aproximadamente 3 mil visitantes.

Otimista em relação aos negócios que podem ser gerados na feira, o presidente da Copercana, Sicoob Cocred e do Agro-negócios Copercana, Antonio Eduardo To-nielo, diz que o momento é propício para os produtores rurais fazerem suas compras. “Realizamos a feira nesse período porque é o momento certo para os cooperados comprarem os produtos que precisam para cuidar das lavouras. A retomada de cresci-mento do setor sucroenergético vai ajudar a feira a ter bons resultados”, disse Tonielo.

Segundo Tonielo, a Copercana e a Sicoob Cocred terão crédito disponível

Carla Rossini

Vem aí o VII Agronegócios Copercana

aos cooperados para facilitar as compras durante a feira. “Vamos oferecer as me-lhores oportunidades aos nossos coope-rados”, afirmou Tonielo.

Em 2011, o evento vai contar com aproximadamente 65 expositores, que vão demonstrar e comercializar produtos (adu-bos, calcário, defensivos agrícolas, etc), serviços, máquinas e equipamentos para as culturas de cana, amendoim, soja e milho. O Agronegócios Copercana é uma vitrine de produtos à disposição dos cooperados. Quem visita a feira pode conferir as novi-dades e adquirir informações sobre utiliza-ção e manuseio de equipamentos. O evento proporciona conforto e praticidade para o cooperado realizar suas compras.

O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, confirma as boas expectativas para os cooperados comprarem duran-te a feira. “Realizamos o Agronegócios Copercana para os nossos cooperados realizarem suas compras na hora certa. As condições e facilidades oferecidas durante a feira são bem mais vantajo-sas”, disse e completou: “esperamos os nossos cooperados na feira. Além de ad-quirir produtos eles podem conhecer no-vos equipamentos e máquinas durante o evento”, finalizou Bighetti.

Tradicionalmente realizado no Agro-negócios Copercana, o rali em busca

de prêmios será realizado pelo 4º ano consecutivo. Os cooperados visitam os estandes, preenchem uma cartela e a de-positam em uma urna, de onde serão sor-teadas TVs de LCD de 46” – uma para cada dia do evento. Os sorteios aconte-cem na praça central do salão principal, sempre no final da tarde.

Para o cooperado Paulo Sérgio Passe-la, que todos os anos visita o Agronegó-cios Copercana, a feira é a melhor opor-tunidade para realizar as compras. “Eu visito a feira e aproveito para comprar os produtos que preciso. Também fico sabendo de lançamento de máquinas e equipamentos”, disse Passela. O coope-rado também participa do rali: “todos os anos eu preencho a minha cartela do rali. É um incentivo para os cooperados visi-tarem todos os estandes”, finalizou.

REVISTA CANAVIEIROSA Revista Canavieiros é o único

veículo de comunicação que circu-la no Agronegócios Copercana. Com um estande exclusivo dentro do salão principal, a equipe de redação da Cana-vieiros recebe os visitantes e transmite informações.

Os cooperados aproveitam o estan-de da Canavieiros para descansar en-quanto lêem a edição mais atualizada da revista.

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21Reportagem de CapaVem aí o

VII Agronegócios Copercana

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Evento realizado em Ribeirão Preto marcou parceria entre Brasil e Itália

Seminário de Canavicultura SustentávelCarla Rodrigues

O Instituto Agronômico (IAC) reali-zou nos dias 25 e 26 de maio, o Seminário de Canavicultura Sus-

tentável: uma visão para o futuro, em Ri-beirão Preto, no Centro de Cana do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O Seminário, que é uma parceria do IAC com o Ministero Dell’ Ambiente e Della Tutela Del Território e Del Mare, da Itália, e do Fórum das Américas, teve como principal objetivo reunir os melho-res da área em pesquisas e experiências, assim como fornecedores, estudantes, pesquisadores, professores e técnicos, para mostrar a viabilidade econômica da produção de cana-de-açúcar em conso-nância com a preservação do ambiente, com adequação às características regio-nais que o país possui.

Durante a abertura do evento, o diretor geral do IAC, Dr. Hamilton Ramos, na ocasião representando o secretário da Agri-cultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em exercício, Antônio Junqueira, ressaltou a importância do encontro para o setor e para a secretaria do Estado. “Que-remos e devemos ser uma instituição pra-ticante e atenuante para a cana”, destacou Ramos. Além disso, falou também sobre a necessidade de “produzir ambientalmente correto para que os produtores brasileiros sejam reconhecidos lá fora”.

No dia 25, houve palestras sobre novos produtos da cana-de-açúcar, condições climáticas, produção de biomassa, pragas e nematóides, qualificação do ambiente

Destaque

de produção e, além disso, o Dr. Marcos Fava Neves (FEA/USP) falou sobre sus-tentabilidade e a importância do setor do agronegócio para o Brasil. “A sociedade tem dificuldade em reconhecer este setor, mas se o tirarmos da balança, o país fica no negativo”, disse Neves.

Durante sua apresentação, Fava Neves, falou sobre os problemas que o setor pas-sou nos últimos anos devido ao desequi-líbrio que ocorreu na cadeia. “O custo de produção da cana supera o custo de remu-neração, além disso, houve uma enorme transferência de renda do produtor para o consumidor, ocasionando um problema de falta de planejamento”, explicou.

De acordo com Neves, para resolver essa situação, o país precisa de um plano imediato para instalar novas usinas em regiões estratégicas para fornecer com-bustível a sua região.

Ainda em sua apresentação, o profes-sor sugeriu, baseado em seus estudos e pesquisas, o que é importante o país fazer para manter-se líder na produção de etanol,

como: não retroceder (sem aumento de tri-buto e sem redução da mistura do anidro na gasolina), retomar os investimentos em novas usinas, desonerar de tributos o setor de bens de capital, expandir e facilitar o fi-nanciamento de estoques na safra e o preço da gasolina, investir na cana para ocupar o mercado interno com o etanol e ser um grande exportador de petróleo.

Para finalizar sua participação no se-minário, Neves ressaltou alguns pontos que o Brasil se destaca, como por exem-plo, sua diversificação e competitivida-de, capacidade de responder a demanda mundial, mercado interno grande, tecno-logias e pesquisas de qualidade, suprido-res internacionais, terra disponível, ima-gem internacional, ausência de subsídios e estabilidade política e econômica.

Já no dia 26, foram proferidas pales-tras sobre doenças de cana-de-açúcar, otimização de nutrientes e manutenção de qualidade dos solos em cana, me-lhoramento genético, criação de novas variedades e cogeração de energia com biomassa de cana.

Público presente

Marcos Landell (diretor do Centro de Cana IAC), Hamilton Ramos (diretor geral do IAC) e Dr. Erickson Marino (representante da Usina São Martinho)

Marcos Fava Neves (FEA/USP)

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26Informações Setoriais

CHUVAS DE MAIOe Prognósticos Climáticos

As chuvas do mês de MAIO de 2011 são mostradas no quadro a seguir.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoTécnico Agronômico da Canaoeste

A média das chuvas anotadas em MAIO [7 (sete) mm] “ficaram” muito abaixo da média (60mm) das normais climáticas. As chuvas foram desuniformes e em nenhum dos locais acima foram anotadas chuvas acima das res-pectivas médias históricas. Se bem que, nos últimos quatro anos, as chuvas de maio fo-ram sempre inferiores à normal climática na região de abrangência (≈ 40km) do Centro Cana IAC-Ribeirão Preto.

O Mapa 1, mostra que até meados de MAIO (16 a 18), a disponi-bilidade d’água do solo já se

encontrava (bem) desfavorável em todo Centro, Oeste e Sudoeste do Estado. Nota-se a restritiva condição de umidade dos solos em quase toda área canavieira

do Estado, já no início da safra passa-da (Mapa 2- MAIO 2010). Ao final de MAIO deste ano (Mapa 3 - utilizando-se o de Índice de Umidade e Satisfação Hídrica) observa-se a persistência da crí-tica condição da disponibilidade de água no solo em toda área sucroenergética do

Estado, com exceção da pequena fai-xa Mococa-São João da Boa Vista, que apresentava apenas razoável índice de satisfação hídrica.

Para subsidiar planejamentos de ati-vidades futuras, a CANAOESTE resu-

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 16 a 18 de MAIO de 2011. Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de MAIO de 2010.

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me abaixo o prognóstico climático, consensuado entre IN-MET-Instituto Nacional de Meteorologia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para os meses de junho a agosto de 2011:

• As temperaturas médias e as chuvas poderão “ficar” pró-ximas das normais climáticas em toda Região Centro Sul do Brasil até a faixa norte do Estado do Paraná. Ao sul desta fai-xa e ao longo do trimestre, poderão ocorrer grandes variações térmicas e chuvas abaixo das respectivas médias históricas;

• Para referências, as médias históricas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo CentroCana e Apta-IAC, são de 30mm em junho, 20mm em julho e de 20mm em agosto.

Por sua vez, a SOMAR Meteorologia assinala que, para a região de abrangência CANAOESTE e após novas e revisões das “rodadas” de previsões climáticas, as chuvas previstas para ocorrer entre junho a agosto poderão ser próximas ou ligeiramente aquém das respectivas médias históricas. Não estão previstas secas absolutas no trimestre. Idem, quanto às temperaturas médias, após as mesmas revisões.

Já com vistas para a safra 2012/13, face à persistência de demanda por matéria-prima (cana), recomenda-se aos Pro-dutores em início de suas colheitas, que procedam aos esme-rados tratos culturais mecânicos e/ou químicos. Já, nas áreas que estejam comprometidas por danos com pragas, doenças, falhas ou elevada infestação de ervas daninhas e com vistas às safras futuras (2013/14 e seguintes), justificam-se as reno-vações . . . lembrando . . . plantios de inverno somente com irrigação e proteção das mudas e, que sanidade e qualidade

das mudas de cana é fundamental para obter maiores produ-tividades e longevidades dos canaviais, resultando em redução do custo unitário por tonelada ou por área.

Persistindo dúvidas, consultem os técnicos próximos ou atra-vés do Fale Conosco CANAOESTE.

Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de MAIO de 2011Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de MAIO de 2010.

Mapa 4:- Prognóstico de consenso entre INMET e INPE para a Região Centro Sul durante o trimestre junho a agosto de 2011.

Adaptado pela CANAOESTE

RC

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28Artigo Técnico

Acompanhamento da Safra 2011/2012A safra 2011/2012, iniciada em março de 2011, encontra-se na 1ª quinzena do

mês de junho e, neste trabalho, são apresentados os dados obtidos até a 2ª quinzena de maio em comparação com os obtidos na safra 2010/2011.

Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acumulado (kg/tonelada) do início da sa-fra até a 2ª quinzena de maio desta safra em comparação com o obtido na safra 2010/2011, sendo que o ATR da safra 2011/2012 está 7,98 Kg abaixo do obtido na safra 2010/2011 no mesmo período.

As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2010/2011 e 2011/2012.

O Gráfico 1 contém o comportamento do Brix do caldo da safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

O Gráfico 2 contém o comportamento da Pol do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

O Brix do caldo da safra 2011/2012 ficou abaixo em todas as quinzenas, em relação à safra 2010/2011, sendo de forma mais acentuada na 1ª quinzena de março. Pode-se observar que a Pol do caldo apresentou o mesmo comportamento do Brix do Caldo.

O Gráfico 3 contém o comportamento da Pureza do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

A Pureza do caldo da safra 2011/2012, exceto o mês de maio que ficou próximo, do início da safra até a 2ª quinzena de abril, ficou muito abaixo da obtida na safra 2010/2011, com maior acentuação na 2ª quinzena de março.

Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelosFornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2010/2011 e 2011/2012

Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos Fornecedores de Cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de maio, da safra 2010/2011

Gráfico 1 – Brix do caldo obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011 Gráfico 2 – Pol do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos Fornecedores de Cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de maio, da safra 2011/2012

Thiago de Andrade SilvaAssistente de Controle Agrícola da Canaoeste

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O Gráfico 4 contém o comportamento da Fibra da cana na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

A Fibra da cana na safra 2011/2012 ficou acima do obtido na safra 2010/2011 somente na 1ª quinzena de abril. Na 2ª quin-zena de abril e 1ª de maio observa-se poucas variações em re-lação à da safra 2010/2011, ficando bem abaixo na 2ª quinzena de março e na 2ª quinzena de maio.

O Gráfico 5 contém o comportamento da Pol da cana na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de preci-pitação pluviométrica registrado na safra 2011/2012 em com-paração com a safra 2010/2011.

A precipitação pluviométrica média dos meses de fevereiro e abril de 2011 ficou acima dos valores observados em 2010. O mês de março ficou muito acima, comparativamente com o de 2010. Porém nos meses de janeiro e maio a precipitação plu-viométrica desta safra ficou abaixo da observada em 2010.

O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação plu-viométrica acumulada por trimestre na safra 2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

Em 2011, tem-se um volume de chuva muito acima no 1ª trimestre e um pouco maior de chuva no 2º trimestre, se com-parado aos volumes médios de 2010.

Mesmo com a precipitação pluviométrica ocorrida, muito acima da média, no mês de março, o prejuízo causado pelo déficit hídrico ocorrido em 2010 fez com que houvesse uma queda não só na produção, mas também na qualidade. O prová-vel motivo da baixa acentuada da qualidade apresentada na 2ª quinzena de março se deve ao fato da cana-de-açúcar ter sido colhida forçadamente por motivo de queima acidental, uma vez que a cana não estava na época correta para ser colhida. O crescimento vegetativo do canavial também foi comprometido devido ao déficit hídrico, explicando assim a qualidade mais baixa nesta safra 2011/2012, em relação a safra 2010/2011. Isso fez com que o ATR médio ficasse 7,98 kg abaixo do obtido na safra 2010/2011, para o mesmo período.

A Pol da cana obtida na safra 2011/2012 ficou muito abaixo da obtida na safra 2010/2011 em todas as quinzenas, sendo a diferença mais acentuada na 2ª quinzena de março.

O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra

2011/2012 em comparação com a safra 2010/2011.

Gráfico 4 – Comparativo das Médias de Fibra da cana

Gráfico 5 – Pol da cana obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)registrada em 2010 e 2011

Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por trimestre, em 2010 e 2011

Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Pode-se observar que o ATR apresentou um comportamento semelhante ao da Pol da Cana. RC

Artigo Técnico

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32Pragas e Doenças

Marcelo de FelícioAssistente de Controle Agrícola da Canaoeste

Broca da Cana-de-açúcar: uma praga “quase” invisível, mas que provoca grandes prejuízos à culturaMarcelo de Felício, Engenheiro Agrônomo Canaoeste-Pitangueiras Leandro Aurélio Rossini, Engenheiro Agrônomo Biocontrol-Sertãozinho

A broca Diatraea saccharalis é uma das pragas mais prejudiciais aos canaviais brasileiros e infelizmente

tem aumentado muito no nordeste paulista pelo descaso ou falta de conhecimento de alguns produtores dessa região que acre-ditam que os índices de intensidade de in-festação de algumas usinas próximas que realizam o controle biológico com a ves-pa Cotesia flavipes, tal como usina Santo Antônio, São Francisco e São Martinho correspondem às intensidades de infesta-ção deles. Isso é um absurdo, pois a Co-tesia tem um raio de ação de no máximo 30 metros e mesmo tendo um talhão bem próximo da usina não terá controle algum se não fizer a liberação da vespinha.

Compreenda o inimigo É um inseto de metamorfose comple-

ta, com pelo menos 5 gerações por ano, apresentando desenvolvimento holome-tabólico, ou seja, passa pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto, sendo uma das

Figura 1 - Ciclo reprodutivo da broca “Diatrea saccharalis” - fotos: Rafael Mermejo e CTC.

principais pragas da cultura, onde causa diversos prejuízos.

Suas posturas ocorrem frequentemen-te nas folhas ainda verdes, tanto na face inferior quanto superior do limbo foliar, e ocasionalmente na bainha, são de for-mato oval e achatado, sendo depositadas em grupos de forma embricada, onde um ovo cobre 2/3 ou a metade do que vem logo a seguir. Essas quantidades de ovos, de número bastante variável se assemelha a escama de peixe ou coro de cobra. A co-loração inicial dos ovos é amarelo-pálida e com o desenvolvimento embrionário vão adquirindo tonalidade rósea até che-gar ao marrom-escuro, quando é possível visualizar as cápsulas cefálicas. A duração desta fase pode variar, principalmente em função da temperatura, sendo nas condi-ções brasileiras de uma a duas semanas.

As lagartas eclodem após quatro a nove dias e dirige-se para a região do

cartucho da planta a procura de abrigo e alimenta-se através da raspagem da folha ou da casca do entrenó em formação, per-manecendo ali por uma a duas semanas. E logo a seguir sofre uma a duas ecdises (troca de pele), quando inicia a perfuração do colmo. O orifício de entrada da broca geralmente localiza-se próximo à base do entrenó, porção mais mole, perfurando a região do palmito da planta. Ocasional-mente, as lagartas podem construir ga-lerias circulares no sentido transversal, enfraquecendo o colmo e deixando mais suscetível à quebra ou acamamento.

Durante o período larval, o inseto so-fre de cinco a seis ecdises. Ao atingirem o completo desenvolvimento larval, em média 40 dias, medem de 2,2 a 2,5 cm de comprimento, com coloração ama-relo-pálida e cabeça marrom. Antes de se transformarem em pupas, as lagartas abrem um orifício para o exterior do col-mo da cana, fechando-os com fios de seda e serragem. As pupas medem cerca de 1,7 cm de comprimento e 0,4 cm de largura. Inicialmente, possuem coloração marrom clara, mas com o desenvolvimento vão adquirindo coloração mais escura, duran-do esse estágio de nove a quatorze dias. O adulto emerge pelo orifício anteriormente feito pela lagarta. O ciclo biológico com-pleto leva cerca de 58 a 90 dias.

Quanto à época de ocorrênciaO ataque da broca na cana-de-açúcar

ocorre durante todo o seu desenvolvi-mento. Nota-se que a incidência é menor quando a cana é jovem e não apresenta entrenós formados, aumentando os danos com o crescimento da planta. No entan-to, esse comportamento pode variar em função da época do ano e da variedade de cana. Em geral, as canas-plantas sofrem ataques mais severos quando comparadas

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Figura 2 - Ciclo reprodutivo da vespinha “Cotesia flavipes” - fotos: Rafael Mermejo e CTC.

às socas. Isso ocorre pelo fato da cana nova possuir maior vigor vegetativo e ficar exposta durante muito tempo à pra-ga. Ao mesmo tempo nesses canaviais, a atuação dos inimigos naturais é menor em função das diversas práticas culturais vi-sando à instalação da cultura.

Quanto aos danos provocadosA fase larval é a que gera prejuízos à

cultura da cana-de-açúcar. Sua ocorrên-cia pode ser extremamente destrutiva, chegando a inviabilizar o canavial de-pendendo da intensidade de ataque.

A broca da cana pode causar danos diretos e indiretos. Os danos diretos decorrem da alimentação do inseto e caracterizam-se por perda de peso do tolete, devido à abertura de galerias no entrenó, morte da gema apical da plan-ta, mais conhecido como “coração mor-to”, encurtamento de entrenó, quebra da cana, enraizamento aéreo e germinação das gemas laterais. Esses danos ocorrem isoladamente ou associados, o que pode agravar os prejuízos.

Os danos indiretos são causados por microrganismos que invadem o entrenó através do orifício aberto na casca pela lagarta. Esses microrganismos, predomi-nantemente, fungos (Fusarium e Colleto-

tricum), invertem a sacarose armazenada na planta, provocando perdas pelo consu-mo de energia no metabolismo de inver-são e pelo fato dos açúcares resultantes desse desdobramento não se cristalizarem no processo industrial. Entretanto, quan-do a matéria-prima se destina à produção de etanol, o problema é mais grave, pois os microrganismos que penetram no en-trenó aberto contaminam o caldo e con-correm com as leveduras na fermentação alcoólica.

Quanto ao controle da brocaNo que se diz a respeito ao controle da

broca da cana, podemos dividir de duas maneiras, “Controle Químico” e “Con-trole Biológico”. Sendo que, a partir do momento que a broca penetra no colmo da cana, o controle químico, com o uso de inseticidas, torna-se mais difícil. De-pendendo, pode-se levar em considera-ção o alto custo, tendo que ser aplicado de avião e a baixa eficiência dos produ-tos que são incapazes de atingir as lagar-tas no interior dos colmos.

Uma alternativa interessante e ecolo-gicamente desejável é o uso de inimigos naturais da broca que são eficientes em localizar as lagartas dentro das galerias e específicos no modo de atuação. Para o controle da broca-da-cana é usado a

Neste caso, a “vespinha” comumen-te chamada, irá ovopositar (sentará em cima da broca para colocar seus ovos) na lagarta e esta tem seu desenvolvimento dentro das lagartas, matando-as e evi-tando o aumento da praga, consequente-mente diminuindo o dano provocado na cultura de cana-de-açúcar.

A liberação das vespinhas a campo ocorre com base na densidade populacio-nal da broca para saber onde, quando e quanto liberar.

Então, faz-se um levantamento da densi-dade populacional da broca (coleta). Deve ser iniciado a partir da cana com três entre-nós tanto para cana planta como soca e repe-tido de 30 em 30 dias se possível até quando restar 45 dias para o corte. O levantamento ou coleta é feito nas ruas de cana conforme mostra a figura de n° 5.

Figura 3 - vespinha no momento da ovoposição.

Cotesia flavipes, uma vespa endoparasi-tóide originária da Índia e do Paquistão que foi introduzida no Brasil em 1974, para ser utilizada no controle de lagartas da broca-da-cana.

Atualmente obtém o maior sucesso em áreas que as lagartas já se encontram dentro dos colmos da cana.

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34Pragas e Doenças

Dessa forma, uma área de 10 hectares que apresente densidade populacional de 3.000 brocas por hectare deverá receber a liberação de 60.000 adultos de Cotesia flavipes o que corresponde a 40 copos nos 10 hectares. A dispersão da Cotesia pode atingir um raio de 30 metros. Para planejar um caminhamento de liberação deve ser utilizado um raio de 25 metros. O copo de Cotesia aberto é encaixado entre a bainha e colmo da cana com o intuito que ele fique preso na parte aérea da planta para dificultar a ação de predadores. Conforme esquema da figura 6.

A fêmea da Cotesia a qual se diferencia do macho por possuir antenas menores é a responsável pelo parasitismo na lagarta da broca. Ela chega com facilidade pelo chei-ro das fezes da praga, introduz o abdômen na broca, deixa os ovos e estes quando se tornarem larvas consumirão toda a broca por dentro realizando, portanto, o contro-le. Estas larvas saem da broca e tecem fios de seda formando uma massa branca (fase

Figura 6 - Esquema para liberação no campo da vespinha “Cotesia flavipes” - fonte Biocontrol.

Figura 5 - Esquema de levantamento populacional da broca com metodologia CTC - fonte Biocontrol.

O manejo integrado da broca da cana utiliza, prioritariamente, o método bioló-gico. O parasitóide mais empregado atu-almente é a vespa Cotesia flavipes. Ela possui um ciclo de 20 dias aproximada-mente. Suas larvas alimentam-se da bro-ca da cana, matando-a. A fase de pupa é protegida por fios de seda e suas pupas ficam agrupadas formando uma mas-sa branca. Em média, essa fase dura 5 dias. É sensível a elevadas temperaturas e deve ser liberada nas primeiras horas do dia, preferencialmente, evitando-se o choque térmico. Os copos estão prontos para liberação quando 70 a 80% das ves-pas estiverem nascidas. Cada copo pos-sui 1500 vespas aproximadamente.

Após o levantamento populacional, usa-se este quadro de liberação.

pupa da Cotesia) sendo que cada massa contém, em média, 50 casulos, ou seja, 50 novas Cotesias.

ConclusãoOs danos causados pela broca influen-

ciam principalmente na produtividade e qualidade da cana-de-açúcar. O controle biológico da Diatraea saccharalis pelo pa-rasitóide Cotesia flavipes, é uma prática cada vez mais utilizada nas regiões onde se cultiva a cana-de-açúcar, além da eficiência comprovada desta vespinha em parasitar a praga e da dificuldade em controlar a broca com produtos químicos, este método possui ainda algumas vantagens, tais como: facili-dade de criação em laboratório e liberação no campo, interrupção do ciclo evolutivo da praga, não provoca desequilíbrio à fauna benéfica e não deixam resíduos.

Portanto, o controle biológico traz so-mente benefícios ao produtor de cana e ao meio ambiente.Para aproveitar ao máximo o produto biológico, é necessário manter uma equipe de levantamento e controle com libe-ração da vespa para que os resultados sejam máximos e se obtenha uma cana-de-açúcar com mais peso e qualidade. RC

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Eventos em Junho e Julho de 20118º CONgRESSO BRASILEIRO DE MARkETINg

RURAL E AgRONEgóCIOSEmpresa Promotora: ABMR&A - Associação Brasileira

de Marketing Rural & AgronegóciosTipo de Evento: CongressoInício do Evento: 27/06/2011Fim do Evento: 28/06/2011Estado: SPCidade: São PauloLocalização do Evento: Transamérica ExpoInformações com: ABMR&ASite: www.abmr.com.br/Telefone: 11 3812.7814E-mail: [email protected]

V SIMPóSIO: TECNOLOgIA DE PRODUçãO DE CANA DE AçúCAR

Empresa Promotora: Parceria pela ESALQ, FEALQ e GAPE

Tipo de Evento: SimpósioInício do Evento: 06/07/2011Fim do Evento: 08/07/2011Estado: SPCidade: PiracicabaLocalização do Evento: Teatro UNIMEP Informações com: Maria Eugênia (FEALQ) ou na GAPESite: www.fealq.org.br ou www.simposiocana.com.br Telefone: (19) 3417-6604 ou (19) 3417-2138E-mail: [email protected] ou [email protected]

1º CONgRESSO BRASILEIRO DE FERTILIzANTESEmpresa Promotora: ANDA - Associação Nacional para

Distribuição de AdubosTipo de Evento: CongressoInício do Evento: 12/07Fim do Evento: 12/07

Estado: SPCidade: São PauloLocalização do Evento: sede do Conselho Regional de Quí-

mica – CRQ, localizado no bairro de Pinheiros, Capital/SP.Informações: www.anda.org.br/congresso

AgROIND FAMILIAR 2011 - FEIRA NACIONAL DE MáQUINAS, EQUIPAMENTOS, PRODUTOS E SERVI-

çOS PARA A AgROINDúSTRIA FAMILIAREmpresa Promotora: Famurs, CIC Vale do Taquari e Cen-

tro Universitário UnivatesTipo de Evento: Exposição / FeiraInício do Evento: 13/07/2011Fim do Evento: 17/07/2011Estado: RSCidade: LajeadoLocalização do Evento: Parque do ImigranteInformações com: ACIL - Associação Comercial e Indus-

trial de LajeadoSite: www.agroindfamiliar.com.brTelefone: 51 3011-6900E-mail: [email protected]

XVII CONgRESSO BRASILEIRO DE AgROMETEOROLOgIA

Empresa Promotora: SBAGRO, UFV, CNPMS e INCAPERTipo de Evento: CongressoInício do Evento: 18/07/2011Fim do Evento: 21/07/2011Estado: ESCidade: GuarapariLocalização do Evento: SESC Centro de turismo de GuarapariInformações com: SBAGROSite: www.sbagro.org.br/cba2011/Telefone: 31 3027-1332E-mail: [email protected]

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“General Álvaro Tavares Carmo”

Caminhando contra o vento

“Pouco menos de três anos após o lançamen-to de seu último livro – Depois da Tormenta -, Roberto Rodrigues publica mais um trabalho. De novo, vem à luz um conjunto de ideias, pro-postas e comentários ligados ao avanço e às es-peranças dos produtores profissionais do campo brasileiro. Desta vez, há um capítulo diferente, causos que Rodrigues presenciou e ouviu, típi-cos do interior do País. E assim, entre a dureza do dia a dia rural e a alegria das estórias próprias da gente simples, ele segue como seus compa-nheiros agricultores e pecuaristas, caminhando contra o vento da eterna indiferença em relação aos verdadeiros construtores do Brasil moderno e competitivo.”

Citação:RODRIGUES, Roberto. Caminhando con-

tra o vento. São Paulo: [s.n.], 2011. 272 p.

Trecho retirado da contracapa do livro

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :(16)3946-3300 - Ramal 2016

Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

““ Mude suas opiniões, mantenha seus princípios. Troque suas folhas, mantenha suas raízes.”

Victor Hugo

Cultivando a Língua Portuguesa

PARA VOCÊ PENSAR:

Dicas e sugestões, entre em contato: [email protected]* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua

Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

36

1) Parabenizaram Pedro pelo seu ato “heróico”!A partir do Novo Acordo Ortográfico, ato heroico será sem

acento!Assim, a Língua Portuguesa parabenizará também a es-

crita correta.Regra: nos ditongos (encontro de duas vogais-ou vogal+semi-vogal ou vice-ver-

sa- proferidas em uma só sílaba) abertos EI e OI das palavras paroxítonas (sílaba pronunciada com mais intensidade é a penúltima) o acento desaparece das palavras.

No exemplo: HE- ROI- ditongo e paroxítona- CO

2) “DOI” muito o machucado no braço de Maria.Dói mais sem o uso o acento!Prezado amigo leitor as oxítonas (palavras com acento na última sílaba) e os mo-

nossílabos tônicos terminados em ÉI, ÉU, ÓI continuam com o acento (no singular e/ou no plural), segundo o Novo Acordo Ortográfico.

Assim, no exemplo: dói-monossílabo-terminado em oi -usar o acento agudo

3) Churrasco aos domingos...Pedro fez a lista para comprar: carnes, “linguiças”.Será um churrasco agradável e delicioso!Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o trema não existirá mais (regra geral).

Roberto Rodrigues

“ As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos.Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem

pressa. O essencial faz a vida valer a pena e para mim basta o essencial.” Mário de Andrade

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