Edição Nº 122

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MERCADO & NEGÓCIOS Corregedoria Nacional do MP faz inspeção no Rio de Janeiro Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►21 A 27 DE AGOSTO DE 2012 Ano 4 nº 122 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 País Compra Venda % Fechamento: 20 de agosto de 2012 ►PÁGINA 2 Caiu o endividamento das famílias ►PÁGINA 5 Atraindo o olhar do mundo A indústria naval do mundo inteiro e os fabricantes de equipamentos para o setor acompanham com interesse o mercado que mais tem se desenvolvido nos últimos anos, tanto na construção de navios como nas encomendas de sondas e plataformas para exploração marítima de petróleo, na camada pré-sal. ►PÁGINA 8 Banco de Imagens Estados poderão contrair mais dívidas Pólo industrial de Caxias terá R$ 250 milhões Apple, a empresa mais valiosa da História Governo reduz a zero alíquotas de IPI de móveis O anúncio foi feito pelo secretário Estadual de Desenvolvimento Eco- nômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, A gigante da informática norte-americana Apple, alcançou nesta segunda-feira (20) o maior valor de mercado de todos os tempos nos Estados Unidos. A ação da empresa terminou o dia cotada a 665,15 dólares O governo reduziu a zero as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre painéis de madeira, laminados de alta resistência e PVC para móveis. A medi- da beneiciando o setor moveleiro vale até 30 de setembro e o decreto foi publicado no Diário Oicial da União desta segunda-feira (20). Es- ses produtos não tinham sido contemplados com a desoneração para o se- tor moveleiro. De acordo com a Receita Federal, os itens foram incluídos que participou de encontro do Conselho Empresarial da Representação Regio- nal Baixada II do Sistema FIRJAN em Duque de Ca- no benefício a pedido dos próprios fabrican- tes. A última prorroga- ção de benefícios iscais para o setor ocorreu em 29 de junho passado. De acordo com a Receita Federal, espera-se, com a medida, estimular os setores envolvidos na cadeia produtiva da fa- bricação de móveis, con- tribuindo, inclusive, na manutenção dos níveis de atividade econômica e de emprego e renda. A renúncia de receitas esti- mada decorrente da me- dida é estimada em R$ 116,12 milhões. TIM derruba sinal de forma proposital, diz Anatel S egundo a Agência Nacional de Telecomunicações, o relatório aponta queda de chamadas tarifadas por ligação (plano pré-pago) quatro vezes superior ao dos demais usuários no plano Infinity, e que isso seria "proposital". ►PÁGINA 2 ►PÁGINA 4 ►PÁGINA 7 Valor da publicidade: R$ 600,00 Desafio a bancos privados S egundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se as instituições financeiras do setor privado não ado- tarem “uma ação ousada” para oferecer mais crédito a juros cada vez menores, “vão comer poeira dos bancos públicos”. A afirmação foi feita durante um encontro nacional de superintendentes do Banco do Bra- sil, realizado em São Paulo. ►PÁGINA 3 Antonio Cruz-ABr xias, realizado no último dia 14. Uma área de quatro milhões de metros quadra- dos será destinada às novas empreas. ►PÁGINA 4 Dolar Comercial 2,014 2,016 0,05 Dólar turismo 1,950 2,160 0,47 ibovespa 59.283,09 0,34

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Jornal Capital - Edição nº 122

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Page 1: Edição Nº 122

MERCADO & NEGÓCIOS

Corregedoria Nacional do MP

faz inspeção no Rio de Janeiro

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►21 A 27 DE AGOSTO DE 2012

Ano 4 ● nº 122www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

País Compra Venda %

Fechamento: 20 de agosto de 2012

►PÁGINA 2

Caiu o endividamento das famílias ►PÁGINA 5

Atraindo o olhar do mundo

A indústria naval do mundo inteiro e os fabricantes de equipamentos para o setor acompanham com interesse o mercado que mais tem se desenvolvido

nos últimos anos, tanto na construção de navios como nas encomendas de sondas e plataformas para exploração marítima de petróleo, na camada pré-sal.

►PÁGINA 8

Banco de Imagens

Estados poderão contrair

mais dívidas

Pólo industrial de Caxias

terá R$ 250 milhões

Apple, a empresa mais

valiosa da História

Governo reduz a zero alíquotas de

IPI de móveis

O anúncio foi feito pelo secretário Estadual

de Desenvolvimento Eco-nômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno,

A gigante da informática norte-americana Apple, alcançou nesta segunda-feira (20) o

maior valor de mercado de todos os tempos nos Estados Unidos. A ação da empresa terminou o dia cotada a 665,15 dólares

O governo reduziu a zero as alíquotas do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre painéis de madeira, laminados de alta resistência e PVC para móveis. A medi-da beneiciando o setor moveleiro vale até 30 de setembro e o decreto foi publicado no Diário Oicial da União desta segunda-feira (20). Es-ses produtos não tinham sido contemplados com a desoneração para o se-tor moveleiro. De acordo com a Receita Federal, os itens foram incluídos

que participou de encontro do Conselho Empresarial da Representação Regio-nal Baixada II do Sistema FIRJAN em Duque de Ca-

no benefício a pedido dos próprios fabrican-tes. A última prorroga-ção de benefícios iscais para o setor ocorreu em 29 de junho passado. De acordo com a Receita Federal, espera-se, com a medida, estimular os setores envolvidos na cadeia produtiva da fa-bricação de móveis, con-tribuindo, inclusive, na manutenção dos níveis de atividade econômica e de emprego e renda. A renúncia de receitas esti-mada decorrente da me-dida é estimada em R$ 116,12 milhões.

TIM derruba sinal de forma proposital, diz Anatel

Segundo a Agência Nacional de

Telecomunicações, o relatório

aponta queda de chamadas tarifadas por

ligação (plano pré-pago) quatro vezes

superior ao dos demais usuários no plano

Infinity, e que isso seria "proposital".

►PÁGINA 2

►PÁGINA 4

►PÁGINA 7Valor da publicidade: R$ 600,00

Desafio a bancos privados

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se as instituições financeiras do setor privado não ado-tarem “uma ação ousada” para oferecer mais crédito a juros cada vez menores, “vão comer poeira dos

bancos públicos”. A afirmação foi feita durante um encontro nacional de superintendentes do Banco do Bra-sil, realizado em São Paulo. ►PÁGINA 3

Antonio Cruz-ABr

xias, realizado no último dia 14. Uma área de quatro milhões de metros quadra-dos será destinada às novas empreas.

►PÁGINA 4

Dolar Comercial 2,014 2,016 0,05Dólar turismo 1,950 2,160 0,47ibovespa 59.283,09 0,34

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2 ►21 a 27 de Agosto de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,014 2,016 0,05

Dólar turismo 1,950 2,160 0,47

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 6,028 6,030 0,13

Dólar austrália 1,044 1,044 0,21

Dólar Canadá 0,988 0,988 0,00

Euro 1,234 1,235 0,10

Franco Suíça 0,972 0,972 0,15

iene Japão 79,420 79,460 0,16

libra Esterlina inglaterra 1,570 1,571 0,10

peso Chile 484,650 485,550 0,36

peso Colômbia 1.818,000 1.823,000 0,06

peso livre argentina 4,585 4,635 0,36

peso México 13,100 13,118 0,02

peso Uruguai 21,200 21,400 0,23

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 59.283,09 0,34

iBX 21.233,69 0,06

Dow Jones 13.271,64 0,03

Nasdaq 3.076,21 0,01

Merval 2.459,95 0,95

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

petróleo - Brent barril 116,250 116,270 0,00

Ouro onça troy 1.619,990 1.621,000 0,00

prata onça troy 28,760 28,800 0,03

platina onça troy 1.486,500 1.496,500 0,16

paládio onça troy 603,900 610,900 0,01

indicadores

poupança 21/08 0,500

tR 20/08 0,000

Juros Selic meta ao ano 8,00

Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

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Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Ponto de Observação

alberto marques

O apagão da mão de obra no caminho do PAC

O déicit de proissio-nais brasileiros com

conhecimento na área de ciência e tecnologia é o “calcanhar de Aqui-les” do desenvolvimen-to do país, na avaliação de especialistas ouvi-dos quarta-feira (15) na abertura do 1º Congres-so Internacional do Cen-tro Celso Furtado, tendo como tema “A Crise e os Desaios para um Novo Ciclo do Desenvolvimen-to”, encerrado sexta-feira (17) com uma palestra da professora de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria da Conceição Ta-vares, que falou sobre “O Brasil frente à Crise”.

De acordo com a pro-fessora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar, a falta de proissionais qualiicados no merca-do desaia a transição do Brasil para a sociedade do conhecimento. Principal-mente, porque a migra-

ção implica mudanças no atual modelo industrial e de educação. "Essa mudança desaia, sobretudo, a fragi-lidade e a insuiciência do sistema de educação, ciên-cia tecnologia".Convidado para a palestra inaugural, o economista e professor da Universidade Jawahar-lal Nehru, de Nova Deli, na Índia, Deepak Nayyar, destacou que a grande di-ferença entre o desenvolvi-mento das nações asiáticas e as da América Latina é o investimento em tecnolo-gia.Para o indiano, porém, além de investir nessa área, o Brasil precisa enfrentar a desigualdades de renda e a pobreza. Diante da cri-se econômica, a população (o mercado interno), na avaliação de Nayyar, é o grande ativo dos países em desenvolvimento. "Se es-tes alcançarem o estado de bem-estar social, o céu é o limite. Do contrário, o mun-do será mais do mesmo".

O diretor-presidente do Centro Celso Furtado e professor da Universidade de Brasília (UnB), Mar-

cos Formiga, reforçou que a tecnologia é a aposta da humanidade para alavancar o desenvolvimento, cal-cado em avanços sociais, como a qualidade educa-cional. "Conhecimento é a chave. Não há dúvida, é a tecnologia que molda o futuro". O “apagão da mão de obra” - na construção da Siderúrgica de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o sinal amarelo já estava acesso, pois milha-res de estrangeiros, princi-palmente asiáticos, tiveram que ser “importados” para que o alto forno fosse liga-do. Em Pernambuco, um aluno do curso técnico de solda do SENAI - a nível de 2º Grau - ganha o equi-valente a 10 proissionais de medicina em início de carreira. No caso, sobram médicos desempregados e faltam soldadores para a indústria de transformação do Nordeste.

Esse é o imenso gar-galo que nem os cofres do BNDES - de onde jor-ram bilhões para inanciar projetos industrias - será

capaz de superar. Se, por exemplo, o ex pre-sidente Lula batesse às portas da GM pedindo um emprego de torneiro mecânico, seria barra-do no portaria por falta de requisitos mínimos, a começar pelo diploma de conclusão do Ensino Médio e sólidos conhe-cimentos sobre informá-tica e robótica, o BE-A--BÁ do ensino técnico de nível médio exigido por 99,9% das empresas brasileiras. Atualmente, para conduzir um cami-nhão fabricado no País, é preciso muito mais do que uma carteira de mo-torista proissional, pois a cabine do caminhão é muito semelhante à de um Boeing, pois a in-formática embarcada é de última geração. Não é por outro motivo que das 6.000 vagas de nível médio com conhecimen-tos na área de tecnologia gerados no primeiro se-mestres, cerca de 5.000 continuam em aberto em todo o País.

(*) Fechamento: 20 de agosto de 2012

TIM derruba sinal de clientes

de forma proposital, diz Anatel

As várias irregulari-dades causadas nos

serviços de telefonia móvel da empresa TIM apontadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) contribuíram para que o Ministério Público do Pa-raná (MP-PR) entrasse que com uma ação de consumo, ajuizada no último dia 6. Entre os problemas, o rela-tório da ação aponta queda de chamadas tarifadas por ligação (plano pré-pago) quatro vezes superior ao dos demais usuários no pla-no Ininity, e que isso seria "proposital". Além disso, o cliente da TIM teria mais de 36% das tentativas de ligações frustradas por não

conseguir um canal de voz disponível em 14 estados brasileiros.

Outra irregularidade apontada pelo relatório da Anatel é quanto à cobrança de chamadas não comple-tadas pela operadora. Mais de 54 mil assinantes foram afetados por não terem a li-gação efetivada. Eles logo depois receberam a mensa-gem de texto: "chame ago-ra que já estou disponível". Segundo a TIM, as chama-das eram interceptadas, já que o usuário chamado es-tava ocupado, mas a Anatel comprovou que estas liga-ções não eram interrompi-das e eram cobradas.

De acordo com o tex-

to da ação, no período de 05/03/2012 a 25/05/2012 a Anatel realizou iscalização para veriicar se a prestado-ra “continua ‘derrubando’ de forma proposital as cha-madas de usuários do plano Ininity". De acordo com a Anatel, no dia 8 de março de 2012, 1.091.288 pessoas foram afetadas com quedas de ligações no plano Inini-ty em todo o Paraná. Mais de dois milhões de ligações

do serviço de telefonia mó-vel foram desligadas, o que gerou um gasto para os con-sumidores no montante de cerca de R$ 549 mil por ser-viços não prestados na sua totalidade pela TIM. Em todo o Brasil, neste mesmo dia, o número de usuários afetados por desligamen-tos chegou a 8,1 milhões. E deste total, foram gastos pe-los usuários, em um único dia, R$ 4.327.800,50.

▼Proibição da Anatel

reletiu nas vendas de celulares em julho

O número de linhas de telefone celular no

Brasil chegou a 256,4 mi-lhões em julho, com 279,79 mil novas habilitações. O crescimento do setor foi menor que nos meses ante-riores, por causa da proibi-ção da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) às operadoras TIM, Claro e Oi de vender novas linhas entre os dias 23 de julho e 2 de agosto. Em julho, o au-mento foi 0,11% no total de linhas em operação no país em relação a junho, quando superou o mês de maio em 0,46%. Maio apresentou aumento de 0,78% em rela-ção a abril.

Do total de acessos em operação no país em ju-

lho, 208,95 milhões eram pré-pagos (81,49%) e 47,46 milhões pós-pagos (18,51%). Os terminais 3G (banda larga móvel) tota-lizaram 53,95 milhões de acessos. A Vivo continua com a maior fatia do mer-cado, com participação de 29,71%, seguida pela TIM, com 26,78%, Claro, com 24,60%, Oi, com 18,59%, CTBC, com 0,29% e a Ser-comtel, com 0,03%. A em-presa Porto Seguro come-çou a operar em julho como autorizada da rede virtual, e registrou 2 mil habilitações. O número de clientes das operadoras TIM e Oi apre-sentou redução em julho, em comparação com o mês anterior.

Page 3: Edição Nº 122

3►21 a 27 de Agosto de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dILma RoUsseFF:

[email protected] ou

[email protected]

MARIA FRANCISCA DA SILVA, 64 anos, professora aposentada de Recife (PE) - Sempre vi

crianças pobres longe da escola. O governo tem

condições de cuidar das crianças brasileiras, para

que tenham educação e um futuro pela frente?

Presidenta Dilma - Maria Francisca, cuidar das

crianças e garantir acesso à educação de qualidade é

prioridade para meu governo. Para as crianças de 0 a 6

anos, temos duas ações muito importantes. Para as que

estão em extrema pobreza, temos o Brasil Carinhoso,

que eleva a renda per capita de suas famílias para, no

mínimo, R$ 70, e amplia as vagas em creches públicas

e em conveniadas para que estas crianças possam ser

cuidadas e estimuladas. Para isto, aumentamos em

50% os recursos repassados às prefeituras para cada

vaga criada para essas crianças e em 66% os recursos

para a alimentação escolar. A outra ação faz parte do

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2):

vamos construir, com as prefeituras, 6 mil escolas de

educação infantil até 2014, das quais 3.019 unidades

já foram aprovadas. O Bolsa Família também nos

ajuda nesta tarefa, pois todas as crianças cujas

famílias recebem o benefício têm que estar na escola.

Caso não estejam, a família é excluída. Cerca de 18,1

milhões de crianças de 6 a 17 anos têm sua frequência

escolar acompanhada, e no bimestre abril-maio, 95%

delas cumpriram a frequência mínima exigida. Com

o programa Mais Educação asseguramos ensino em

tempo integral em quase 33 mil escolas, de todos os

estados, e cerca de 18 mil delas aderiram ao programa

neste ano. Essas políticas são alguns exemplos, Maria

Francisca, do que estamos fazendo para cuidar, no

presente, de nossas crianças e dos adolescentes, que

são o futuro do Brasil.

CRISTINA FERNANDES, 39 anos, dona de casa em Dourados (MS) - Presidenta, o governo federal

tem algum mecanismo para que eu possa reclamar

de serviços? Eu já conheço o Procon, mas queria

saber se existe outra ferramenta.

Presidenta Dilma - Tem sim, Cristina. São as

ouvidorias públicas federais, que existem nos órgãos

públicos, e para as quais os cidadãos podem encaminhar

suas sugestões, críticas e outras manifestações sobre

serviços públicos. São cerca de 170 ouvidorias

preparadas para atender aos cidadãos, instaladas

principalmente nos órgãos com maior interação com

o público, como o Ministério da Previdência Social e o

Ministério da Saúde. E se o assunto não for resolvido

no órgão para o qual foi encaminhado ou a pessoa

não icar satisfeita com o atendimento, a reclamação também pode ser encaminhada à Ouvidoria-Geral da

União, órgão que integra a Controladoria-Geral da

União (CGU), por carta ou preenchendo o formulário

eletrônico disponível no site http://www.cgu.gov.

br/. As ouvidorias, Cristina, ajudam os cidadãos a

resolverem seus problemas e, ao mesmo tempo, ajudam

a administração federal a aprimorar os serviços

prestados à sociedade. Portanto, é fundamental que

os cidadãos se manifestem às ouvidorias sempre que

julgarem necessário.

RILDO JUCÁ BRAGA, 32 anos, motorista de Teresina (PI) - Presidenta, os investimentos do

governo em mobilidade urbana são exclusivos para

as cidades que irão receber os jogos da Copa?

Presidenta Dilma - Rildo, estamos fazendo

investimentos em mobilidade urbana em todo o

país, além dos previstos para a Copa do Mundo de

2014, e sua cidade é uma das contempladas. Com o

programa Mobilidade Grandes Cidades, do Programa

de Aceleração do Crescimento (PAC 2) vamos investir,

em conjunto com Estados e municípios, R$ 32,7

bilhões em municípios acima de 700 mil habitantes. Já

foram selecionados 43 projetos de 22 municípios, que

irão beneiciar 53 milhões de brasileiros. Em Teresina, vamos investir R$ 234 milhões em dois projetos:

melhoria e ampliação do transporte ferroviário

(construção de estações, ponte ferroviária sobre o

rio Poti e compra de Veículos Leves sobre Trilhos –

VLT); e a melhoria do transporte rodoviário (faixas

exclusivas para ônibus em 36,5 km de vias, implantação

de 8,8 km de vias estruturantes, construção de duas

estações e oito terminais e construção da Ponte Av.

Gil Martins). Iniciamos, em julho, o processo de

seleção dos projetos que serão apoiados pelo PAC

2 Mobilidade Médias Cidades, que vai investir R$ 7

bilhões em 75 municípios com população entre 250

mil e 700 mil habitantes. Com essas ações, Rildo, o

governo federal ajuda as prefeituras e os governos

estaduais a melhorar as condições de mobilidade em

nossas cidades, beneiciando milhões de brasileiras e brasileiros em todo o país.

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Conta de luz: TCU pede devolução de R$ 7 bilhões

Economista prevê melhora no segundo semestre

Mantega desaia bancos privados a concorrerem na redução de juros

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse

que, se as instituições i-nanceiras do setor privado não adotarem “uma ação ousada” para oferecer mais crédito a juros cada vez menores, “vão comer po-eira dos bancos públicos”. O ministro participou dia 17, em São Paulo, de um encontro nacional de supe-rintendentes do Banco do Brasil. Segundo o ministro, não vai faltar dinheiro pú-blico para estimular as ope-rações de crédito destinadas a consumo e capital de giro. Ele disse que só o Banco do Brasil injetou no mercado R$ 35 bilhões de crédito no

segundo trimestre. Mantega ainda garantiu que tanto o BB quanto a Caixa Econô-mica Federal deverão con-tinuar a aumentar o crédito para estimular o crescimen-to do país.

Mantega informou ain-da que o governo pretende reforçar a política de deso-neração iscal com a previ-são de abrir mão de um vo-lume de R$ 45 bilhões em receitas, até o inal do ano, equivalente a 1% do Pro-duto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços gerados no país. De outro lado, garantiu que haverá rigor na iscalização sobre a contrapartida, que é

a manutenção do emprego como fator de geração e de renda.

O ministro da Fazenda, no entanto, disse que o go-verno não se deiniu sobre a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industriali-zados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca - benefício que se encerra no dia 31 de agosto. Mantega disse que a ques-tão ainda está sendo avalia-da. A previsão do ministro é que a economia cresça 4% no quatro trimestre do ano. Na sua avaliação, com a tendência de continuidade na redução da taxa básica de juros, a Selic, o país de-

verá desestimular a entrada de capital especulativo e abrir espaço para o cresci-mento maior do capital para investimento direto.

Entre as novas modali-dades de investimento no mercado de capitais, Man-tega prevê estímulo aos in-vestidores em debêntures - um tipo de títulos privado. “Vamos ter um luxo de ca-pital externo principalmen-te em debêntures e outras aplicações que hoje estão perdendo dinheiro nos Es-tados Unidos e Europa. Aqui, as oportunidades são de conseguir taxas entre 6, 7 ou até 8%, o que não se en-contra em lugar nenhum”.

Empresário da indústria está mais

otimista, mostra pesquisa da CNI

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacio-

nal da Indústria (CNI), no último dia 16, mostra que a coniança do empresário do setor cresceu 1,2 ponto em agosto sobre o mês an-terior, atingindo 54,5 pon-tos, após forte queda em julho em relação a junho. Mesmo com esse aumento, o otimismo dos industriais neste mês está 1,8 ponto abaixo do registrado em agosto do ano passado. As informações são do Índice de Coniança do Empresá-rio Industrial (Icei), cujos indicadores variam de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam condição melhor ou expectativa oti-mista, e abaixo, falta de coniança. O levantamen-to foi feito entre os dias 1º e 13 de agosto com 2.363 empresas. Dessas, 843 são de pequeno porte, 920 são médias e 600 são grandes.

O aumento do otimis-mo dos empresários de

um mês para o outro, re-gistrado em agosto, não assegura mudança na tra-jetória de queda do índice, que vem ocorrendo desde o início de 2010, segundo os analistas de economia da CNI. A pesquisa mostra a percepção dos empre-sários sobre as condições atuais e para os próximos seis meses da economia e da própria empresa. O Icei contém informações por setores de atividade (indústrias extrativa, da construção e de transfor-mação), por região e pelo

tamanho da empresa. A coniança do setor em agosto, em relação a julho, subiu para os industriais de todos os portes de em-presas e praticamente de todas as regiões, com ex-ceção do Nordeste, cujo indicador icou estável em 57,7 pontos, o mais eleva-do na comparação regio-nal.

Entre os segmentos in-dustriais, de acordo com os dados levantados pela CNI com as indústrias do país, houve alta no Icei para a de transformação e a

de construção. Já o índice da indústria extrativa caiu 3 pontos em agosto ante julho, registrando 54,1 pontos. Dos 28 setores da indústria de transformação pesquisados para o Icei, o madeireiro e o de manu-tenção e reparação regis-traram falta de coniança, com índices abaixo de 50 pontos.

Sobre as condições atuais da economia e da empresa, os industriais brasileiros continuam pes-simistas, de acordo com o Icei. O índice registrou 46 pontos em agosto e se mantém abaixo da linha dos 50 pontos. Em con-trapartida, as expectativas dos empresários sobre os meses seguintes continu-am positivas. O compo-nente do Icei que capta as perspectivas dos empresá-rios para os próximos seis meses teve alta de 0,7 pon-to sobre julho, registrando, neste mês, 58,7 pontos.

Fabio Rodrigues Pozzebom

Novo modelo de tributação do setor

automotivo poderá sair ainda esta semana

A regulamentação do novo regime auto-

motivo pode sair ainda esta semana, disse o vice--presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Ele participou de reunião com o secretário execu-tivo do Ministério da Fa-zenda, Nelson Barbosa, no último dia 17, para discutir o detalhamento do novo modelo de tri-butação para o setor. Se-gundo Moan, apesar de as montadoras e o governo ainda não terem chegado a um consenso, as dis-

cussões estão avançando. “O processo só pode ser acordado quando o pacote inteiro estiver concluído. Estamos caminhando para um consenso, mas não dá para aprovar [o detalha-mento] do novo regime por partes”, declarou.

No encontro, informou Moan, a Anfavea conti-nuou a negociar com o governo como serão ava-liados os critérios de eici-ência energética que per-mitirão o desconto de até dois pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O vice-presidente da entida-

de disse que as metas de-verão levar em conta o tipo de veículo que cada empre-sa vende, mas não podem seguir o modelo europeu, onde 40% dos veículos são movidos a diesel.

Para Moan, as metas de eiciência devem se basear na matriz energética brasi-leira, em que a maioria dos veículos de passeio usa motor lex e a utilização do diesel está restrita a veícu-los de carga e de transporte coletivo. “Não basta trazer os limites da Europa para o Brasil. Os cálculos estão sendo feitos. Esse é um dos principais motivos por

que a eiciência energética está sendo discutida em várias reuniões”, disse.

Sobre uma possível prorrogação do IPI re-duzido para os veículos, que acaba no im do mês, Moan negou que a enti-dade tenha pedido ao Mi-nistério da Fazenda que estenda o benefício. “Esse assunto não foi debatido hoje. Temos mais 13 dias de vendas e estamos nos iando na palavra do mi-nistro, que disse que não pensa em prorrogar. Até o momento, não pedimos, nem pensamos nisso”, destacou.

Page 4: Edição Nº 122

4 ►21 a 27 de Agosto de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Queremos resultados rápidos, excelência, ouro. Retorno para um investimento que, segundo da-

dos do Ministério dos Esportes, chegou a R$ 2 bilhões. Mas esquecemos que esporte é construção, demanda tempo, e deveria começar na escola, com o professor de educação física. Para se chegar ao topo da pirâmi-de (o esporte de alto rendimento), precisamos investir na base, no esporte escolar e no esporte participação, aquele que todos gostamos de fazer nos clubes, condo-mínios, praças, parques e espaços das cidades que ofe-recem a oportunidade de iniciação da prática esportiva para crianças e jovens e de lazer para adultos.

Já passaram a bandeira para nós. Daqui a quatro anos, não seremos só telespectadores. Seremos ani-triões de uma festa que tem como objetivo incutir nas gerações os valores olímpicos e paralímpicos (é, se-diaremos também as Paralimpíadas, mas pouco se fala disso), que são respeito, amizade, excelência, cora-gem, determinação, inspiração e igualdade. Os atletas que disputarão 2016 já estão deinidos. Só cabe a eles treinar mais.

Mas deveríamos ter metas mais ousadas. Trabalhar a base. Mas se não mudarmos nossa perspectiva, esta que atua sempre no curto prazo, diicilmente teremos um legado que vá além das mudanças na infraestrutu-ra.

O esporte precisa de investimento? Os atletas tem que ter patrocínio? Sim! Mas não podemos fazer isso apenas de quatro em quatro anos. As Olimpíadas tem um potencial enorme de inspirar novas gerações de atletas. E isso só se faz se olharmos para a escola, va-lorizarmos o proissional de Educação Física, investir-mos em infraestrutura das escolas e em centros de trei-namento. É preciso tornar este processo sustentável. Alimentá-lo. Mas se não formarmos uma geração que tenha o esporte como parte importante das suas vidas, diicilmente iguraremos entre os campeões.

geIZa Rocha é jornalista e secretária-geral

do Fórum Permanente de desenvolvimento

estratégico do estado do Rio de Janeiro

ornalista Roberto marinho. www querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do EstadoJornalista Roberto Marinho

Dá trabalho

Deputada Claise Maria indica mais

duas novas UPA’s para Caxias

Duque de Caxias pode-rá receber duas novas

Unidades de Pronto Aten-dimento 24 horas, sendo uma no bairro Parque Flu-minense e outra na Vila São Luis. A boa notícia foi dada em primeira mão ao Capi-tal pela deputada estadual Claise Maria Zito (PSD). A parlamentar revelou que as negociações com a Se-cretaria Estadual de Saúde começaram no início de ju-lho, quando ela participou, representando a Assem-bleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), da inauguração da UPA de Mesquita, considerada a mais moderna do estado.

- Na inauguração pude ver que o governo do Es-tado vem investindo em tecnologia e aprimorando a qualiicação do atendi-mento médico para nossa população e as UPA’s são a melhor solução para de-safogar as emergências dos hospitais em todo o estado e em especial, na Baixada Fluminense. Por isso, ini-ciei ali com o secretário Sérgio Côrtes as conversas e contamos com o apoio do

Ministro da Saúde, Alexan-dre Padilha, que também participou da inauguração. Já iz a indicação ao Go-vernador Sérgio Cabral e vamos continuar traba-lhando para este projeto se concretizar o quanto antes - disse a parlamentar.

Duque de Caxias possui uma população de quase um milhão de habitantes, existindo assim, uma gran-de demanda na área de saúde, principalmente no que tange o atendimento emergencial. Além disso, pacientes de municípios

vizinhos utilizam-se dos serviços oferecidos pela rede de saúde da cidade, especialmente o Hospital Infantil Ismélia da Silvei-ra e do Hospital Muni-cipal Moacyr do Carmo. Por isso, a deputada Claise Maria justiica a necessida-de imadiata da criação das duas unidades. “Os hos-pitais municipais devem atender prioritariamente os casos mais graves e de média e alta complexidade. Assim, a implantação das UPA´s nestas duas regiões além de favorecer a popu-

lação, possibilita uma con-tribuição para melhorar o atendimento nos hospitais de Duque de Caxias. A Vila São Luis é um bairro de lo-calização estratégica para diminuir o luxo de pacien-tes no Moacyr do Carmo e o segundo distrito neces-sita de uma unidade para melhorar o atendimento a população e por isso, indi-camos o Parque Fluminen-se. Estamos trabalhando para melhorar as condições de saúde da população da nossa cidade”, inalizou a deputada.

Divulgação

Pólo industrial de Caxias terá

investimentos de R$ 250 milhões

A Representação Regional Baixada II do Sistema

FIRJAN em Duque de Ca-xias realizou a reunião do seu Conselho Empresarial no úl-timo dia 14 e teve como con-vidado o secretário Estadual de Desenvolvimento Econô-mico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, que falou sobre os investimen-tos previstos para o Estado e para Duque de Caxias. O secretário abordou os gran-des investimentos públicos e privados no Estado, desta-cando os empreendimentos previstos para o Município, como o Polo de Navipeças, que deverá atrair empresas fornecedoras de equipamen-

Divulgação

Caixa lança produtos para

empresas exportadoras

Já está disponível nas agências da Caixa Eco-

nômica Federal uma nova oferta de produtos com ta-xas competitivas para Pes-soa Jurídica interessada em realizar operações de comércio exterior. São as linhas de crédito Adianta-mento Sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adian-tamento Sobre Cambiais Entregues (ACE) e os ser-viços Carta de Crédito de Exportação e Cobrança Do-cumentária de Exportação. O ACC permite a contrata-ção antes do embarque das mercadorias para o exterior. Assim o cliente recebe o Apple, a mais valiosa da História

A gigante da informática norte-americana Apple,

alcançou nesta segunda-fei-ra (20) o maior valor de mer-cado de todos os tempos nos Estados Unidos, superando a máxima anterior alcança-da pela Microsoft em 1999 e chegando a U$ 623,520 bilhões. A ação da empresa californiana terminou o dia cotada a U$ 665,15, em alta de 2,63%. A Microsoft ha-via alcançado U$ 620,580

crédito para poder produzir. Já no ACE, o inanciamen-to é concedido após o em-barque. Ambos têm alíquo-ta zero de IOF, inanciam 100% do valor do contrato em câmbio futuro e garan-tem agilidade na aprovação do crédito.

Segundo o diretor exe-cutivo de Pessoa Jurídica da Caixa, Roberto Derziê, “a ampliação do nosso por-tfólio tem como objetivo es-tratégico apoiar as empresas exportadoras, em especial as micros e pequenas, que a cada ano buscam novos mercados e aumentam a par-ticipação no PIB brasileiro”.

tos para estaleiros. O projeto prevê cerca de

R$ 250 milhões de investi-mentos do governo estadu-al para uma área de quatro milhões de metros quadra-dos em Duque de Caxias, que será destinada a novas empresas. A expectativa é de que o polo atraia inves-timentos de R$ 1,5 bilhão e gere cerca de cinco mil empregos diretos assim que começarem as obras, entre 2013 e 2015. O documen-to autorizando a criação do polo foi assinado durante o II Balanço da Indústria Na-val e Offshore realizado pelo Sistema FIRJAN.

Outros importantes in-

vestimentos para o Muni-cípio foram citados pelo secretário. A Coca-Cola vai investir em uma nova fá-brica no estado e no centro de distribuição de Duque de Caxias, um total de R$ 700 milhões. O distrito de Xerém

terá investimentos na ordem de R$ 30 milhões distribuí-dos pelas empresas Bagag-gio e Di Santinni (vestuário e acessórios), ATRAC (ins-peções e testes de cargas), EMAN (engenharia) e Inter-melt (Alumínio).

bilhões no 30 dia de dezem-bro de 1999, segundo esta-tísticas da agência classificadora S t a n d a r d and Poor's. Desde en-tão, seu valor caiu s u b s t a n -cialmente, a U$ 258,290 bilhões.

Howard Sil-

verblatt, da SP's Dow Jones In-

dices, recorda que se for l e v a d a em conta

a inlação, o valor ajustado

da Microsoft em sua máxima histórica

seria hoje de 850 bi-

lhões de dólares e a Apple teria que alcançar 910 dó-lares por papel para superar esta cifra. As ações da Apple têm sido impulsionadas por especulações sobre o lança-mento de novos telefones multifuncionais, como o iPhone e o iPad, assim como uma "iTV", além de uma maior penetração no mer-cado chinês, disse Michael James, analista da Wedbush Morgan Securities.

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5►21 a 27 de Agosto de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

A vida da Danielle da Conceição Barroso não é fácil. Ela mora no Pacheco, São Gonçalo, estuda Biblioteconomia e Documentação na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, e faz estágio na Fundação Biblioteca Nacional, no Centro do Rio. Com o Bilhete Único Intermunicipal, do Governo do Rio de Janeiro, ela economiza tempo e dinheiro, e se não fosse por ele não poderia continuar no estágio. Como ela mesma diz:sem o Bilhete Único, eu gastaria uma fortuna só de passagem. Com o que a Danielle economiza em transporte ela compra material de estudo, se alimenta, vai a um cinema de vez em quando e sai pra se divertir com as amigas.

“Sem o Bilhete Únicoeu não poderia morar em São Gonçalo, estudar em Niterói e continuar trabalhando no Rio.”

O Rio de Janeiro mudou.

A vida da Danielle mudou junto.

Com menor pressão dos alimentos, inlação pelo IPC-S ica estável

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal

(IPC-S), medido pelo Ins-tituto Brasileiro de Eco-nomia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu 0,39%, na segunda apuração de agosto. A taxa indica ligeiro decréscimo de 0,01 ponto percentual sobre a primeira prévia do mês (0,4%). Três dos oito grupos pesquisados apre-sentaram taxas menores do que as da pesquisa an-terior, entre eles o de ali-mentação, cujo índice pas-sou de 1,62% para 1,27%. Entre os destaques estão as hortaliças e os legumes, que subiram 19,17% ante 26,26%.

No grupo comunicação, a taxa icou em 0,19% ante 0,29%, inluenciada pela tarifa de telefone (de 0,87%

para 0,61%). Em despesas diversas, o índice diminuiu de 0,42% para 0,24%, com o reajuste menor da tari-fa postal (de 2,68% para 0,72%). Já em vestuário, há sinais de que está che-gando ao im a temporada de descontos da liquidação da moda outono/inverno. Os preços ainda estão em queda (-0,49%), mas em taxa inferior à da primeira prévia (-0,66%). O mesmo movimento foi veriicado em transportes, cujo índi-ce chegou a -0,34%, ante -0,48%, com destaque para os automóveis usados (de -3,13% para -2,5%).

Nos demais grupos, as taxas são superiores às da pesquisa passada. Em edu-cação, leitura e recreação, o índice passou de 0,4% para 0,71%, resultado

atribuído, principalmente, ao aumento dos pacotes de viagens e passeios (de 1,82% para 3,55%). No grupo habitação, a taxa aumentou de 0,14% para 0,2%, sob o efeito da con-ta de luz (de -0,49% para -0,36%). Em saúde e cui-dados pessoais, o índice atingiu 0,46% ante 0,38%, pressionado pelos arti-gos de higiene e cuidado pessoal (de 0,26% para 0,66%).

Os cinco itens que mais provocaram impac-to no IPC-S no período são: tomate (de 68,15% para 48,05%); cenoura (de 31,33% para 26,37%); plano e seguro de saúde (de 0,58% para 0,59%); excursão e tour (de 1,82% para 3,55%) e sanduíches (de 1,77% para 1,47%).

Banco de Imagens

O tomate e a cenoura estão entre os itens que mais provocaram impacto no IPC-S

Governo pode aplicar até R$ 330 milhões para garantir

preço mínimo do trigo

Como medida preven-tiva em caso de pos-

síveis quedas no preço do trigo, o Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa) anunciou que pode aplicar até R$ 330 milhões em leilões pú-blicos de equalização de preços do produto. A porta-ria interministerial nº 766, que detalha o instrumento de apoio aos produtores, foi publicada dia 17 no Di-ário Oicial da União. Caso

o preço de mercado ique abaixo do preço mínimo estabelecido pelo governo, os leilões serão operacio-nalizados pela Companhia Nacional de Abastecimen-to (Conab) até a quantida-de de 2,5 milhões de to-neladas. Segundo o Mapa, serão beneiciados produ-tores rurais e suas coopera-tivas.

De acordo com o último levantamento de grãos da Conab, anunciado na sema-

na passada, os produtores brasileiros devem colher 5,3 milhões de toneladas de trigo na safra 2012/2013. A safra é a menor desde o ci-clo 2009/2010, quando fo-ram produzidos 5 milhões de toneladas. O consumo do país é mais do que o dobro dessa quantidade: 10,4 milhões de toneladas. O Brasil importa trigo para complementar a demanda interna principalmente da Argentina.

Endividamento das

famílias caiu para

43,9% em julho

Levantamento divulgado pelo Instituto de Pes-

quisa Econômica e Aplica-da (Ipea) indica que o nível de endividamento das famí-lias brasileiras vem caindo no país. Entre junho e julho, a pesquisa mostra que pas-sou de 46,6% para 43,9% o percentual de entrevistados com dívidas. Em julho de 2011, o índice de endivi-dados era 47,9% das famí-lias. Os dados compõem o Índice de Expectativa das Famílias, que mede a per-cepção dos brasileiros so-bre a economia e caiu de 68,5 pontos, em junho, para 68,2 pontos, em julho. Os indicadores foram apurados em pesquisa mensal do Ipea com 3,8 mil domicílios em 200 municípios do país .

O levantamento também aponta mudanças no peril de endividados no país com a diminuição do percentual de famílias muito endivi-dadas, de 9,1% para 7,1%, entre junho e julho. O ín-dice tinha chegado a 9,7% em agosto de 2011, depois de marcar 9,2% em julho daquele ano. Os mais ou menos endividados em ju-lho deste ano somam 18,8% e os poucos endividados, 18%

Segundo a presidenta do Ipea, Vanessa Petrelli Corrêa, a série mostra uma virada da situação econô-mica das famílias, com dí-vidas caindo e aumento da capacidade de pagamento. Segundo ela, os números reletem "estabilidade no emprego e o fato de que famílias estão pagando um ciclo de endividamento". Vanessa acrescenta, porém, que só uma trajetória mais longa pode comprovar a guinada.

O levantamento mostra ainda aumento de 14,5% para 17,9% das famílias que airmam ter condições de pagar totalmente suas dívidas, entre junho e ju-lho, e queda do percentual das que dizem poder pagar

somente parte das dívidas ( de 51,2% para 46,8%). O número das que não têm condições de pagar o saldo de débitos, por outro lado, subiu de 33% para 33,3% no período. O Ipea não cal-culou a relação entre com-prometimento da renda do-miciliar com as dívidas, que são R$ 4, 5 mil por família, em média, descontando o inanciamento da casa pró-pria. A maioria das famílias consultadas na pesquisa dis-se não ter dívidas (55,8%) e, entre aquelas com saldo de débitos, 17,9% disse-ram que têm condições de quitá-los completamente, embora uma em cada três famílias entrevistadas não tenham condições de fazer o mesmo.

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6 ►21 a 27 de Agosto de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional

Concurso de Fotograias de Duque de Caxias vai anunciar vencedores no sábado

A Superintendência de Turismo da Se-

cretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias vai anunciar no próximo dia 25 os ven-cedores do 2° Concurso de Fotograia - Um Olhar Sobre Duque de Caxias. O resultado será divul-gado durante a abertura da exposição com tra-balhos selecionados en-tre os concorrentes, que será aberta na Bibliote-ca Pública Governador Leonel Brizola, às 17h, pelo Secretário de Cul-tura e Turismo Gutem-berg Cardoso. Os três primeiros colocados re-ceberão prêmios em di-nheiro (R$ 1.500 para o primeiro lugar, R$ 1.000 para o segundo e R$ 600

para o terceiro). A expo-sição icará aberta ao pú-blico até 30 de setembro, com entrada franca.

O concurso, cujo tema foi livre, recebeu 44 traba-lhos de moradores de Du-que de Caxias e da cidade do Rio de Janeiro. Cada inscrito pôde apresentar até cinco imagens, retra-tando, obrigatoriamente, o cotidiano, monumentos históricos e equipamentos culturais, e a integração do

homem com o meio am-biente - rios, lagos, praças, jardins, plantas e animais. A seleção das fotos ins-critas, que será feita por proissionais qualiicados indicados pela Secreta-ria de Cultura e Turismo, obedecerá a critérios téc-nicos, estéticos e artísticos (a mensagem transmitida pelo fotógrafo, aspectos da composição, cores da fotograia, ineditismo, plástica, etc).

Para o Superinten-dente de Turismo Da-niel Eugênio, o con-curso, além de ampliar o banco de imagens da cidade, tem ainda como objetivo lançar outros olhares sobre o município e promo-ver o intercâmbio com seus habitantes. O 1º concurso, denominado “Caxias em Flash”, foi realizado pela Secre-taria em setembro de 2002, nas categorias Natureza, Cotidiano, Patrimônio Histórico--Cultural e Arquitetu-ra, com premiação em dinheiro e menções honrosas. Cento e cin-co trabalhos concorre-ram e seus autores re-ceberam certiicados.

Países do Brics criam Banco para inanciar infraestrutura e desenvolvimento sustentável

Os países que integram o grupo do Brics

(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) efetuaram avanços, duran-te reunião de dois dias, no Rio de Janeiro, para cons-trução de um banco de desenvolvimento comum. Já há consenso em rela-ção a vários temas, disse dia 16 à Agência Brasil o secretário de Assuntos Internacionais do Minis-tério da Fazenda, Carlos Márcio Bicalho Cozen-dey. Entre os consensos, está a decisão de que in-fraestrutura e desenvolvi-mento sustentável devem ser o foco principal dos empréstimos, Além disso, poderá haver um grau de abertura para a participa-

ção de outras nações nesse novo instrumento inancei-ro. A criação do banco foi debatida por um grupo de trabalho formado por téc-nicos dos cinco países que se reuniu dia 15 na sede do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) e no dia seguinte na representação do Ministério da Fazenda no Rio.

Um relatório sobre a viabilidade de constituição desse novo banco multila-teral será apresentado pelo grupo técnico aos presi-dentes e primeiros-minis-tros na cúpula que ocorre-rá em 2013, na África do Sul. Caso o projeto seja aprovado, terá início a se-gunda etapa de negociação

do convênio constitutivo. “Está claro que se quer um banco gerido de maneira eiciente e proissional, que tenha uma estrutura de ca-pital com um bom rating [avaliação de risco], para poder captar [recursos] no mercado internacional de forma mais barata. Portan-to, a gestão de risco tem de ser bem apurada. Esses elementos gerais do dese-nho já são mais ou menos convergentes”, disse o se-cretário.

A nova instituição mul-tilateral fará empréstimos a países em desenvolvimen-to, em especial nas áreas de infraestrutura, desenvolvi-mento sustentável e com-bate à mudança do clima. A proposta foi formulada

pela Índia, como presi-dente do grupo, duran-te cúpula realizada em março, em Nova Delhi. Depois disso, foram realizadas teleconfe-rências sobre a questão entre representantes dos cinco países. A reu-nião no Rio marcou o primeiro encontro pre-sencial para discutir as propostas preliminares de criação do banco de desenvolvimento, nos aspectos principais, que envolvem objeti-vos, mandato, quais países podem ser alvo dos empréstimos, se os membros icarão restri-tos ao Brics, qual será a estrutura de capital, entre outros.

Corregedoria Nacional do Ministério

Público faz inspeção no Rio de Janeiro

A Corregedoria Na-cional do Ministé-

rio Público (MP) iniciou nesta segunda-feira (20) trabalho de inspeção no órgão estadual da insti-tuição. A visita tem como objetivo veriicar as con-dições de trabalho dos servidores, o cumprimen-to de determinações le-gais do Conselho Nacio-nal do Ministério Público (CNMP) e os aspectos relacionados à gestão das unidades, como contratos e licitações, entre outros itens. Nove estados rece-beram este ano a visita do grupo de trabalho da Cor-regedoria do Ministério Público. Para o segundo

semestre, estão previstas ainda inspeções na Bahia e em Santa Catarina. A ins-peção no Rio de Janeiro prossegue até sexta-feira (24). Nesse período, a po-pulação também será ou-vida sobre a prestação do serviço no estado.

Segundo o corregedor nacional do MP, Jeferson Coelho, as visitas aos mi-nistérios públicos estadu-ais servem para traçar um diagnóstico da instituição. “Pelas dimensões de nos-so país, há questões de que não se têm ciência, que são muito peculiares a determi-nadas regiões. Quando se legisla para todo o Brasil, há necessidade de conhe-

cimento do país de norte a sul, para que as determina-ções sejam aplicadas a to-dos”, destacou.

Coelho ressaltou os de-saios que o grupo de ana-listas da corregedoria vai encontrar para trabalhar no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), por se tratar de um dos maiores do país. O corregedor in-formou ainda que a atuação do grupo não vai se limitar ao órgão estadual da ins-tituição. “Nós esperamos que seja muito positiva a visita, pois ela estará volta-da para a sociedade. Qual-quer cidadão pode ir ao corregedor e fazer um plei-to, fazer um questionamen-

to do funcionamento do Ministério Público aqui no Rio de Janei-ro”, disse o corregedor. A corregedoria estará atendendo ao públi-co nesta terça-feira (21) e na quarta (22), no período da manhã e da tarde, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Ja-neiro, localizada nas dependências do MP--RJ, na região central da capital luminense.

O procurador-geral de Justiça do Rio de Ja-neiro, Cláudio Lopes, defendeu o trabalho de correição realizado nos estados.

Governo oferece reajuste

a mais três categorias

As três reuniões do Ministério do Pla-

nejamento com servi-dores em greve, na ma-nhã desta segunda-feira (20), terminaram com o governo oferecendo reajuste de 15,8% às diferentes categorias e com o agendamento de novos encontros, para que a pasta faça ajus-tes solicitados pelos sindicalistas e para que as lideranças tenham tempo de levar as pro-postas às suas bases.

Os dirigentes foram unâ-nimes em considerar bai-xo o percentual ofertado, que deve ser aplicado aos vencimentos ao longo de três anos. No entanto, todos concordaram em levar a proposta para ser votada. No sábado (18), o secretário de Relações do Trabalho do Planeja-mento, Sérgio Mendonça, disse em entrevista que o patamar servirá de parâ-metro em todas as nego-ciações e será o máximo oferecido pelo governo.

Caixa lança produtos para

empresas exportadoras

Já está disponível nas agências da

Caixa Econômica Fe-deral uma nova oferta de produtos com taxas competitivas para Pes-soa Jurídica interessada em realizar operações de comércio exterior. São as linhas de crédi-to Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento Sobre Cambiais Entre-gues (ACE) e os ser-viços Carta de Crédito de Exportação e Co-brança Documentária de Exportação. O ACC permite a contratação antes do embarque das

mercadorias para o exte-rior. Já no ACE, o inan-ciamento é concedido após o embarque. Ambos têm alíquota zero de IOF, inanciam 100% do valor do contrato em câmbio fu-turo e garantem agilidade na aprovação do crédito. Segundo o diretor execu-tivo de Pessoa Jurídica da Caixa, Roberto Derziê, “a ampliação do nosso portfólio tem como obje-tivo estratégico apoiar as empresas exportadoras, em especial as micros e pequenas, que a cada ano buscam novos mercados e aumentam a participa-ção no PIB brasileiro”.

Atos em vários países

em favor de Lugo

Representantes de associações de pa-

raguaios que vivem em oito países anunciaram que estão preparando atos em favor do ex--presidente do Para-guai Fernando Lugo, destituído do poder em junho. As manifesta-ções devem ocorrer no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, na França, na Espanha, na Suécia, na Alemanha e na Bélgica. Para essas associações, a destitui-

ção de Lugo foi um golpe de Estado. O então presi-dente foi submetido a um processo de impeachment na Câmara e no Senado do Paraguai e, em menos de 24 horas, retirado do governo.

Os representantes das associações disseram ter enviado mensagens a or-ganizações internacionais sobre como avaliam a des-tituição de Lugo. Eles pe-dem ainda justiça social e reforma agrária – principal pauta política no Paraguai.

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7►21 a 27 de Agosto de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Estados poderão ampliar limite de endividamento

A ampliação da capaci-dade de endividamen-

to de 17 estados, anuncia-da dia 16 pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, será estendida a outros es-tados e ao Distrito Fede-ral. A inclusão das demais unidades está em fase de avaliação. Nesta primeira etapa, foram incluídos na revisão dos valores, que amplia a dívida em R$ 42,225 bilhões, os estados do Acre, de Alagoas, do Amazonas, da Bahia , do Ceará, Espírito Santo, Ma-ranhão, de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Pará, da Paraíba, de Pernambu-co, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Entrarão na se-gunda etapa, além do Dis-trito Federal, os estados de Goiás, Minas Gerais, do Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

- Outros virão na sequ-ência. Os estados estarão recebendo, talvez, o maior espaço iscal que jamais foi concedido aos estados brasileiros. Os recursos são para ser usados em investi-mento - disse Mantega em solenidade no Ministério da Fazenda com governa-dores e representantes dos estados. O ministro desta-cou que a medida foi pos-sível graças à solidez iscal

dessas unidades da Federa-ção e é importante porque dará um impulso aos inves-timentos, principalmente, em infraestrutura, sanea-mento ambiental, habita-ção e mobilidade urbana. Mantega, que lembrou o momento vivido no mundo com a crise internacional, em um “cenário econômi-co complicado”, destacou também que o Brasil se distingue de vários países porque tem solidez nas contas públicas.LOGÍSTICA - Mantega disse que o governo deve avançar e fazer uma ação contracíclica neste mo-mento em que a economia brasileira, apesar de sólida, também se ressente da cri-

se. E o principal efeito, se-gundo ele, é a retração dos investimentos por parte da iniciativa privada. “Ou seja, se o ciclo está para baixo, se há uma desacele-ração econômica, o Estado deve agir para dar estímu-los para que a economia possa acelerar, possa reagir e manter o nível de cresci-mento.” Ele lembrou que, na mesma linha de impulso ao investimento, o governo lançou dia 15 o Programa de Investimentos em Lo-gística, para rodovias e fer-rovias que envolve a apli-cação de R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos. “É muito importante a ação do governo federal e dos estados para que, neste

momento de crise interna-cional, nós mostremos um sinal de que os investimen-tos irão continuar ocorren-do no Brasil”.

O ministro acredita que as medidas recentes vão garantir que o país tenham uma taxa de crescimen-to compatível com as ne-cessidades de geração de emprego e renda. “Sei que os governadores estão um pouco preocupados porque a arrecadação do ICMS não foi tão boa, pois a ati-vidade econômica ainda estava desacelerada. Mas devo dizer aos senhores que, no segundo semestre, será melhor do que no pri-meiro. A atividade econô-mica começa a reagir”.

Antonio Cruz-ABr

Governo quer reduzir

custo logístico da

indústria, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff disse que o

governo está preocupado com o custo logístico da in-dústria nacional. Com isso, o governo estuda fórmulas para baratear a energia elé-trica como forma de baixar custos de produção e au-mentar a competitividade do produto brasileiro. A medida é uma continuida-de do pacote que começou a ser anunciado no último dia 15 com a concessão de rodovias e ferrovias à ini-ciativa privada, e que irá incluir também portos e aeroportos. “Estamos mui-to preocupados no gover-no com a questão do custo e da competitividade, por isso estamos fazendo um programa que tem objetivo de reduzir o custo logístico no país e também iremos buscar reduzir o custo da energia elétrica praticada em nosso país”, disse ao discursar em cerimônia na cidade de Marechal Deo-doro (AL).

Na avaliação da presi-denta, o Brasil tem reagido de forma mais signiicativa aos estímulos feitos pelo governo desde o ano passa-do, visando a garantir que o país siga criando empre-gos e com geração de ren-da para toda a população. Dilma acrescentou que é

grande a preocupação com a redução de tributos. “Te-mos tido um conjunto de iniciativas para chegar a essa redução de forma mais horizontal, esse é o objeti-vo que o país irá perseguir. Mas ainda temos um con-junto de desaios a encarar no momento que vemos o Brasil reagir de forma mais signiicativa aos estímulos que o governo vem fazen-do desde o ano passado", explicou.

A presidenta destacou a importância de haver no país empresários que con-tinuam investindo, mes-mo diante do atual cenário econômico internacional. Segundo ela, esse é um dos motivos pelos quais o Bra-sil terá maior crescimento. “Nosso país de fato adotou um modelo que é vencedor, que nos trouxe até aqui. Mo-delo com estabilidade ma-croeconômica, onde conse-guimos controlar a inlação. Estamos com uma situação cambial que não é mais uma valorização artiicial do real praticada em anos anterio-res”, disse Dilma.

A presidenta participou da inauguração, no dia 17, da nova unidade industrial de PVC da Braskem, com capacidade produtiva de 200 mil toneladas anuais do produto.

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Indústria naval brasileira

desperta interesse mundial

A indústria naval do mundo inteiro e os fa-

bricantes de equipamentos para o setor acompanham com interesse o mercado que mais tem se desenvol-vido nos últimos anos, tan-to na construção de navios como nas encomendas de sondas e plataformas para exploração marítima de petróleo, na camada pré--sal. "Todo o empresariado e comércio marítimo in-ternacional estão de olho no Brasil, porque somos o mercado que mais cresce", disse à Agência Brasil o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e

Offshore (Abenav), Augus-to Mendonça. Segundo ele, “a construção naval do país está em franca expansão e vai ajudar na recupera-ção da indústria em geral”. Como exemplo, citou que na época áurea da indústria naval no país, na década

de 1970, os estaleiros em-pregavam 40 mil pessoas; atualmente, são 60 mil em-pregos diretos e “vamos ul-trapassar 100 mil dentro de três anos, no máximo”, em razão, principalmente, da construção em andamento de mais sete estaleiros.

A frota brasileira con-tabiliza 397 embarcações (navios de longo curso, de cabotagem e de navegação interior), mas a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) esti-ma demanda para mil em-barcações até 2020. Neces-sidade, portanto, de mais 600 embarcações, princi-palmente para atender a exploração marítima de petróleo e gás. A deman-da exige investimentos de aproximadamente R$ 55 bilhões nos próximos cinco anos, de acordo com esti-mativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES).

País tem a quarta maior frota do mundo

Os números da Antaq mostram que o Bra-

sil tem hoje a quarta maior frota do mundo e é o tercei-ro mercado em produção, já como resultado da rea-tivação possibilitada pela estabilidade inanceira e pela decisão política de re-cuperar a indústria naval. Setor que foi “duramente sacriicado” nas décadas de 1980 e 1990 por causa de problemas políticos e econômicos que determi-

naram, inclusive, o im de uma das maiores empresas mundiais de navegação, a centenária Lloyd Brasilei-ro, lembra o oicial náutico da Vale do Rio Doce, Luiz Gustavo Cruz.

Hoje, porém, os tempos são outros, e os estaleiros voltaram à ativa com mais investimentos e reativa-ção da navegação de cabo-tagem (costeira), durante anos relegada ao abandono. O cenário de agora mostra

que “a indústria naval está preparada para crescer, por-que existe mercado, temos incentivo governamental, apoio da Petrobras e parti-cipação do sistema inan-ceiro”, comemora Augusto Mendonça. Na opinião dele, o Programa de Moderni-zação e Expansão da Frota (Promef), lançado em 2004 pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, foi o grande responsável pela revitaliza-ção da indústria naval brasi-

leira, a partir da encomenda de 49 embarcações a esta-leiros nacionais, com índice de nacionalização mínima de 65% e investimentos de R$ 10,8 bilhões até 2016. Cronograma reforçado há três meses, quando a Petro-bras anunciou investimen-tos de US$ 180 bilhões, até 2020, para construção de 105 plataformas de produ-ção e sondas de perfuração, 542 barcos de apoio e 139 petroleiros.

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