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Distribuição Gratuita · 1 de Outubro de 2011 · Edição 8

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Assembléia de Deus faz parceria com CPFL e usa

área indevida como estacionamento

Usuários elogiam atendimento, mas estrutura física deixa a desejar

Prefeito responde requerimento sobre Festa do Morango

Ratópolis jundiaiense: moradores do Vianelo sofrem com “vizinhos indesejados”

Daniel Smith é homenageado no Dia do Profissional de Educação Física

PV em Crise

Acúmulo de água nas guias favorece proliferação da Dengue, dizem moradores

GENtE

EM DIA

Ângelo Roberto de AndradePastor da Assembléia

de Deus

Nós temos conhecimento do perigo e orientamos os usuários a não estacionar os carros embaixo das linhas. Deixamos um guarda o tempo todo no estacionamento para orientar os usuários.

Segundo o pastor Ângelo Roberto de Andrade, a igreja possui um contrato com a empresa de energia. Em troca do espaço, a Assembléia mantém o terreno limpo e fechado. Ainda de acordo com o pastor, o contrato entre CPFL e Assembléia de Deus não possui prazo de vencimento >10

Nem tudo são flores na UBS Vila Rami. Para Maria Lúcia, enfermeira responsável, os trabalhos poderiam ser ainda melhores se houvesse espaço físico >13

Em resposta ao documento, o Prefeito Miguel Haddad (PSDB) negou participação da administração na organização do evento >8

Surto de ratazanas aterroriza moradores das ruas Tenente Ary Aps e Evangelista Mirandola. Segundo depoimentos, a nossa Ratópolis, ao contrário da americana, não é provida de nenhum glamour >12

Com um currículo todo dedicado ao Boxe, o treinador faz da sua academia um verdadeiro laboratório de boas idéias, todas voltadas à qualidade de vida dos alunos >5

O vereador Paulo Sergio Martins, um dos mais

respeitados da casa, deixou o PV >2

De acordo com os moradores do Vianelo, as guias do bairro não estão preparadas para o escoamento de água de chuva >4

Fachada do estacionamento usado pela igreja


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De Shakespeare a Raul!

Em dia de denominações, vereadores aprovam apenas um projeto de lei

EDITORIAL ORDEM DO DIA

EXPEDIENTE

Andei fazendo uma análise pessoal, mais precisamente de minhas con-vicções, opiniões, crenças, atitudes, enfim, coisas de um homem a beira dos 35 anos. Sabe como é, nem tão velho, nem tão novo: maduro. Como diriam os sábios, fruto maduro cai da árvore. Em suma, estou me pre-parando para o tombo.Diante da triste e dolorida realidade, passei a rever e questionar algumas questões ligadas a minha vida. Sem-pre levei comigo algumas “verdades absolutas”. Na política, por exem-plo: esquerda é esquerda - fadada a oposição, no caso do Brasil - direita é direita, e centro é centro. Na saú-de: água limpa empoçada é criadou-ro de mosquito da Dengue. Fato. Na cultura: Raul é Raul.No entanto, no auge dos meus 35 anos e quase caindo da árvore, che-guei à conclusão de que não existe verdade absoluta. Tal conclusão quase me arrastou para uma crise existencial. Perdi o chão, literalmen-te. Durante a minha queda do arbus-to, percebi que esquerda é direita, quando se está no poder, que direita é esquerda, quando está fora do po-der, e que centro é centro mesmo. Tomei conhecimento de que água de chuva empoçada, principalmente em sarjetas, não oferece risco à saú-de pública, ou seja, criançada pode brincar a vontade nas poças por-que o mosquito não gosta de água empoçada, ok! O Aedes não procria em locais com estas características, belezinha? Ficou claro? Gente, dizer uma atrocidade dessas é a mesma coisa que dizer: Olha moçada, está liberado! Podem transar sem ca-misinha a vontade porque “não dá nada, belê!” Não se contrai Aids desta forma. Como um bom e velho paulista, digo: Meu! Meu! Isso é ab-surrrrrdo! Quando soube dessa, na boa, meu mundo caiu! Bom, para terminar minha linha de raciocínio e reflexão, a cultu-ra: Raul é Raul.Enfim, depois de uma longa viagem pelo meu eu, com descobertas tene-brosas, outras nem tanto, cheguei à conclusão de que ser ou não ser, é questão de não ter uma velha opi-nião formada sobre tudo e que o grande barato, maluco, é estar bele-za consigo mesmo.

Política e féDurante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Jundiaí, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei que cria o Dia do Espiritismo. Com a aprovação do texto, de autoria do vereador José Carlos Ferreira Dias, a data será inserida ao calendário municipal da cidade. O assunto sensibilizou o vereador Paulo Sergio Martins, que fez questão de parabe-nizar o colega. Em seu comentário, ele mostrou-se surpreso com a reli-giosidade e a devoção do parlamen-tar. Cá entre nós, senti uma pontinha de ironia nas palavras do delegado, praticante da doutrina espírita. Resta saber se as intenções de Zé Dias foram realmente sinceras ou apenas mais um discurso político. Creio caro leitor (a), que nunca saberemos.

PV: O retorno da criseAgora a crise é grave e causou baixa irreparável. O vereador Paulo Sergio Martins, um dos mais respeitados da casa, deixou o PV. A alegação é de traição por parte do presidente do partido, Eduardo dos Santos Palhares. Paulo deixa a sigla e parte para novos rumos, uma das opções é o PPS, totalmente refor-mulado. A outra possibilidade é sua ida para a oposição, no PSD de Os-mil Crupe. No seu Facebook ficou claro a sua decepção com Eduardo ao escrever o nome do mesmo em letras minúsculas propositalmente.

Pimenta nos olhos dos outros é refresco!O vereador Fernando Bardi causou, ao meu ponto de vista, uma verdadei-ra saia justa entre a maioria dos vere-adores da Casa. Confesso que adorei. Os parlamentares votaram, no último dia 27, uma moção de autoria do delegado, que pede aos representan-tes do Poder Público que matriculem seus filhos em escolas públicas, como tentativa de aumentar os investimen-tos na área da educação. A moção foi elogiada pelo vereador Silvio Ermani. Pressionados pelo tema - já que mui-tos vereadores locais possuem filhos matriculados em escolas particulares – a moção foi aprovada. 10 vereadores foram a favor do texto. Agora quero ver qual será o primeiro parlamentar a comprar, de fato, a idéia e matricu-lar o filho numa escola pública. Não basta apoiar, tem que participar caros vereadores.

JORNALISTA RESPONSávEL

Cléber de Almeida MTB 15938

[email protected]

JORNALISTA: Fabio Chauh

A 122ª sessão ordinária da Câ-mara Municipal de Jundiaí, rea-lizada no último dia 27, foi mar-cada pelo número excessivo de denominações e pela aprovação de apenas um projeto de lei. Ao todo, foram apreciadas oito de-nominações, quatro moções, dois vetos totais, um projeto de decre-to legislativo e um projeto de lei.O único a receber aprovação dos parlamentares foi o Pro-jeto de Lei nº 10.907/2011, de autoria do vereador José Carlos Ferreira Dias. O texto institui e inclui no Calendário Municipal de Eventos o “Dia do Espírita”, que passa a ser celebrado no dia 30 de junho.Outro texto aprovado foi o Pro-jeto de Decreto Legislativo nº 1.476/2011, da Mesa, que sus-

1 de Outubro de 2011

pende por inconstitucional, a execução da Lei 7.263/09, que altera a Lei 5.654/01, para pre-ver vagas de curta duração pró-ximas de hospitais nas áreas de estacionamento rotativo.Quanto aos vetos totais, foram analisados o Projeto de Lei Com-plementar nº 922/2011, de auto-ria do vereador Enivaldo Ramos de Freitas, que altera a Lei Com-plementar 417/04 para prever manifestação do Conselho de Gestão da Serra do Japi sobre as obras e locação de imóveis no Território de Gestão da Serra do Japi (veto total mantido) e o Projeto de Lei Complementar nº 919/2010, de autoria de Leandro Palmarini, que altera o Código de Obras e Edificações, para pre-ver lixeiras para coleta seletiva

nas edificações em que haja área de uso coletivo (veto total rejei-tado pela Casa).Duas moções foram analisadas na Ordem do Dia, a primeira pede apoio à campanha “Ener-gia a Preço Justo”, lançada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP e a segunda que solicita apoio ao trabalho desenvolvido pela ANVISA e Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS da Fundação Oswaldo Cruz no desenvolvi-mento de métodos alternativos à utilização de animais em tes-tes e pesquisas. Ambas foram aprovadas pelos vereadores.Por fim, foram analisadas as oito denominações. Todas fo-ram aprovadas em preferência.

TIRAgEM: 9.000 exemplaresCIRCULAçãO:

Vila Vianelo, Vila Bela Vista, Jardim Bonfiglioli, Vila Jundiainópolis, Vila Pirapora, Vila Maringá, Vila Comercial, Jardim Martins, Vila Helena e Vila Rami.

FOTOS: Cléber de AlmeidaPROJETO gRáFICO E DIAgRAMAçãO: Grupo PlatenoFALE CONOSCO

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O único projeto de lei a receber aprovação dos parlamentares foi o de nº 10.907/2011. O texto institui e inclui no Calendário Municipal de Eventos o “Dia do Espírita”


Pesquisa mostra que carnês com pagamento em atraso lideram inadimplência do consumidor

Edição nº 08Do bairro para o bairro 3

De acordo com pesquisa da Fecomércio, a inadimplência dos consumidores manteve-se ligeiramente estável em julho, com um índice de 9,8%. Contu-do, o nível ainda é alto, tendo ba-tido recorde de 10,8% em abril, índice que ficou praticamente estabilizado nos dois meses se-guintes. Segundo resultado do mês anterior, os carnês foram os líderes em atrasos e corres-

pondem a 67,6%. Em segundo lugar, estão os cartões de crédi-to, com 13,7%. A estabilização dos índices de inadimplência que se confirmaram desde abril devem-se ao aquecimento do mercado de trabalho, ao poder aquisitivo em alta, ao consumo acumulado, à redução do rit-mo de crescimento da inflação e ao encarecimento do crédito. Os entrevistados foram ques-

tionados sobre prestações não quitadas, orçamento familiar e intenção de compra de bens duráveis para os próximos me-ses. Entre eles, 26,6% disseram que vão poupar, 21,5% declara-ram sobra no orçamento, 18,1% vão usar o dinheiro que sobrou com alimentação e 54,1% dis-seram que não teriam sobra após pagar todas as despesas. A pesquisa contou com a par-

ticipação de mil pessoas, todas residentes em regiões metro-politanas. Conforme Christian Travassos, economista da Feco-mércio há uma série de fatores favoráveis e desfavoráveis que contribuíram para estabilizar a inadimplência nesse patamar. “De um lado, temos a favor o mercado de trabalho aquecido e mais ferramentas de crédito à disposição do brasileiro, que contribuem para a organização das contas, e um poder aqui-sitivo em alta na comparação interanual. Na contramão, está o crédito mais acessível, que também contribui para que a

pessoa se exponha mais e a in-flação sofre uma desaceleração, embora tenha pressionado o or-çamento familiar nos últimos 12 meses”, analisou. Travassos explicou ainda que os endivi-dados podem adotar medidas simples para quitar as dívidas. Ele salientou que uma simples tabela com o valor do orçamen-to e das despesas é um caminho para solucionar o problema. As-sim, se calcula as sobras a se-rem usadas para sanar as pres-tações. Outra medida é evitar aderir ao pagamento mínimo do cartão de crédito, em função dos juros altos.



Insustentável vagareza

Acúmulo de água nas guias favorece proliferação da Dengue

Andar devagar e ter muita paciência são apenas alguns efeitos do desas-troso curso produzido pela falta de planejamento viário na cidadeClaro que o crescimento econômico produz efeitos colaterais. Mais pesso-as consumindo (possibilidade de infla-ção), mais gente viajando (evasão de divisas) e mais carros, mais passeios, mais pessoas abandonando o nosso precário sistema de transporte público para também ir ao trabalho ou a escola devidamente motorizado. Todos tem direito e a prosperidade não pode ser acusada de nada. Aqueles que plane-jam, entretanto, são sim responsáveis. E o trânsito de Jundiaí é a mais per-feita tradução do que um prolongado período de governo pode produzir. Ou melhor, deixa de produzir.Há mais de 20 anos com o mesmo grupo comandando nossa adminis-tração temos pouco a comemorar quando o assunto é planejamento vi-ário. Mesmo obras que sofreram forte intervenção não escapam dessa triste conclusão. A avenida 9 de julho tem uma rodoviária que não possuiu alças de acesso. A avenida União dos Ferro-viários está inacabada e quando alcan-ça o bairro da Agapeama transforma--se numa rua. Há um afunilamento horroroso no fim do trevo da avenida Jundiaí, que redunda em trânsito. E claro, há a Ponte São João.Num dos bairros mais tradicionais da cidade o relatório de erros e equívocos seria para rir, não fosse o tamanho do incomodo e prejuí-zo que causa para os infortunados que por ali trafegam. Primeiro abandonou-se um viaduto cujos

Acúmulo de água de chuva em guias de vias públicas, mais mosquito Aedes aegypti, é igual a Dengue. Raciocínio aritmético lógico, principal-mente para os moradores do Vianelo, que convivem diaria-mente com o risco de contami-nação. De acordo com os mo-radores das ruas Evangelista Mirandola e Tenente Ary Aps, as guias do bairro não estão preparadas para o escoamento de água de chuva. Após inúme-ras reclamações, a equipe de reportagem do JV se dirigiu as ruas citadas e conferiu de per-to o problema enfrentado pelos munícipes. Durante a visita, o JV encontrou vários pontos de acúmulo de água nas ruas do bairro, ou seja, verdadeiros criadouros para o mosquito Ae-des aegypti, responsável pela transmissão da Dengue. “Cuido muito bem da minha casa, das minhas plantas, realizo todos os procedimentos para evitar a proliferação do mosquito. Sigo a risca as recomendações

das campanhas de TV contra a Dengue. No entanto, basta sair de casa e dou de cara com água de chuva acumulada nas sarje-tas. É um absurdo. A Secretaria da Saúde gasta uma fortuna em campanhas de prevenção, em visitas as residências, enquanto as guias, em frente às casas, es-tão servindo de criadouros para o mosquito. Eu estou fazendo minha parte, contudo, não cabe a mim consertar uma guia pú-blica”, diz Norma Sengala.O problema é um fato, não há como negar, entretanto, os próprios moradores possuem opiniões diferentes quando o assunto é a causa do problema. “Concordo com meus vizinhos sobre o acúmulo de água nas guias, realmente as sarjetas não favorecem o escoamento de água. Há muito tempo não chove e mesmo assim há poças d’água. Porém, não creio que esta seja a única causa. Mui-tas pessoas se queixam de que a rua enche de água quando chove, mas basta dar uma vol-


pilares eregidos nos lembram a toda hora o dinheiro público ali empregado. O sentido de tráfe-go do viaduto já se tornou único, depois voltou a ser duplo e agora fala-se novamente em ser único. Na avenida São João, principal rota de escoamento no sentido bairro-centro instalou-se uma inacreditável faixa exclusiva de ônibus cujo principal efeito foi triplicar a fila de veículos, que incrédulos, se amontoam numa fila sem fim.

Sem rumoSe sobra recursos no caixa público para financiar experiência excên-tricas do sistema viário, falta ousa-dia para fazer aquilo que realmen-te é necessário. Obras importantes que incluem desapropriação, cora-gem para alargar ruas e avenidas e claro investimentos concretos na melhoria do transporte público. Não é preciso ter qualquer poder mediúnico para acreditar que se houvesse uma alternativa pública de qualidade muitos iriam preferir deixar o carro em casa.Falta bolsões de estacionamento e claro, falta fazer a mudança que vá-rias metrópoles já fizeram, implan-tando o bilhete único. O sistema, que defendo há pelo menos uma dé-cada, substituiria o atual que é caro, demorado e demanda paciência para as constantes baldeações que o usuário é obrigado a fazer toda fez que tenta cruzar a cidade. A administração teria, se qui-sesse, muitos detalhes para pon-derar cada vez que olha para o sistema viário e tenta fazer uma medida paliativa, uma experi-ência na base do “quem sabe dá certo”. Mas no momento parece que estão mais preocupados em encontrar culpados para aquilo que não conseguiram resolver em sucessivas administrações.*Gerson Sartori é dirigente Sindical e membro do Partido dos Traba-lhadores. Foi vereador, candidato a Prefeito, e defende há mais de uma década melhorias no sistema de transporte, que passam pela im-plantação do Bilhete Único.

ta pelo bairro para perceber a quantidade de sujeira nas ruas depositadas pela própria comu-nidade. Falta educação ao povo. Muitos não se conscientizam de que sujeira em via pública significa bueiros entupidos e, consequentemente, enchentes e água empoçada”, comenta Silvia Helena.Em nota, a Prefeitura informou que o acúmulo de água nas cal-çadas não representa relevân-cia epidemiológica para trans-missão da Dengue. “Quanto ao acúmulo de água nas calçadas, a análise da série histórica dos criadouros positivos para o vetor transmissor da Den-gue aponta que as sarjetas não apresentam relevância epide-miológica para a transmissão da Dengue. Mas, a Secretaria Municipal de Serviços Públi-cos informa que a manutenção das guias e sarjetas nas referi-das ruas já integra o cronogra-ma de obras da pasta. As ações deverão ser executadas nos próximos dias”.

Sarjetas não favorecem o escoamento de água de chuva

De acordo com os moradores das ruas Evangelista Mirandola e Tenente Ary Aps, as guias do bairro não estão preparadas para o escoamento de água de chuva


Uma das personalidades mais emblemáticas do Vianelo, o ex--pugilista Daniel da Silva (46), mais conhecido como Daniel Smith, hoje professor de Educa-ção Física e técnico de Boxe, foi homenageado no início do mês pela Escola Superior de Edu-cação Física de Jundiaí (Esef). O evento marcou as comemo-rações do Dia do Profissional de Educação Física. Segundo Smith, a cerimônia reuniu es-portistas, autoridades locais, representantes do Poder Públi-co, o corpo docente da entidade, entre outros. “O evento come-morativo serviu para homena-gear o profissional do esporte e da educação física. Na ocasião, fui escolhido para representar o profissional da categoria. Senti--me honrado com a homena-gem. É uma forma de reconhe-cimento ao trabalho dedicado à saúde e ao esporte”.Com um currículo todo dedi-cado ao Boxe, o treinador faz da sua academia, Daniel Smith Boxe Training, localizada no Vianelo, um verdadeiro labora-tório de boas idéias, todas vol-tadas à qualidade de vida dos alunos. “Realizamos na acade-mia um trabalho pioneiro que visa, além de alta performance, qualidade de vida. Partimos do conceito de que cada indivíduo possui características de ação e

reação biomecânicas diferentes, graças a composição celular, única em cada pessoa. Com base nesta informação, realizamos um trabalho diferenciado, com acompanhamento de um fisiolo-gista, que propõe ao aluno tra-balhar de forma eficiente e sau-dável. Ou seja, tanto o atleta de competição quanto o praticante de atividade física (que visa ape-nas a saúde e o bem estar) terão treinamentos específicos e indi-vidualizados, baseado nos dados colhidos pela nossa equipe de profissionais”, explica.Ainda de acordo com Daniel, o trabalho se deve a um softwa-re desenvolvido especialmen-te para função. “O software foi criado com base em estudos e protocolos altamente qualifica-dos, ou seja, o treinamento foi criado com o que há de melhor em termos de preparação física. Objetivo é trabalhar a fisiologia do aluno, parte aeróbica e ana-eróbica. A principal vantagem do novo método consiste em aplicá-lo em diferentes perfis, seja em um competidor ou em um aluno normal. O resultado aparece com a mesma eficiência para ambos”. Porém, o treinador salienta que para se alcançar um resultado satisfatório, é preciso, sobretudo, força de vontade e dedicação do aluno. “Nada cai do céu. Para que o aluno alcance o


Daniel Smith é homenageado no Dia do Profissional de Educação Física

seu objetivo é preciso aplicação aos treinamentos, suar a camisa, literalmente. Não adianta um planejamento de treino bem ela-borado se o aluno não se empe-nhar. Além disso, é preciso além do treinamento, uma disciplina alimentar. Nós fornecemos um auxílio nutricional para que o aluno ou atleta consiga adquirir o máximo de performance, den-tro das suas necessidades”.Para o aluno Fabio Leandro (34), frequentador da academia há 5 anos, os treinamentos específi-cos já começam a mostrar resul-tado. “Faço uso do novo método há 5 meses e é nítida a diferença de performance. Hoje sou ágil, resistente, forte e técnico dentro dos ensinamentos do boxe. Ou-tro ganho importante foi o domí-

nio da coordenação motora, ou seja, graças ao boxe e ao método pioneiro da academia, hoje pos-so dizer que tenho ritmo. Os re-sultados também se refletem nas medidas: em cinco meses perdi aproximadamente 20 quilos, minhas medidas gerais diminu-íram algo em torno de 15 cen-tímetros. Além disso, adquiri 8 quilos de massa magra, ou seja, de músculos. Mais importante que o bem estar físico, é o bem estar mental. Praticar boxe, além de disciplinar nos princípios do esporte, funciona como uma te-rapia. Até meu desempenho pro-fissional melhorou”, comenta.O Boxe pode ser praticado a par-tir dos 7 anos e a procura vem aumentando especialmente vi-sando à qualidade de vida, para

um condicionamento completo. Os benefícios do treinamento para a saúde são generalizados: baixa o colesterol e a glicemia, trabalha o cardiovascular e car-diorrespiratório.

CuriosidadesPerde-se, em média, 1.200 ca-lorias em cada treino, fazendo todos os exercícios, em 1h30 à 2h. O trabalho de base abrange alongamento, corrida (20 a 30 minutos), corda (20 a 30 min.), abdominais, flexões de braço, a parte técnica dos golpes, até o alongamento final. No verão a queima é maior, pois as pessoas preferem uma alimentação mais leve, possibilitando perda maior de massa mórbida (gordura), que se transforma em músculo.

Com um currículo todo dedicado ao Boxe, o treinador faz da sua academia um verdadeiro laboratório de boas idéias, todas voltadas à qualidade de vida dos alunos

Daniel: nosso maior objetivo é proporcionar qualidade de vida aos alunos

Treinamento diferenciado chama atenção dos praticantes do esporte


Moradores da rua Professor José Tavares comemoram a chegada do asfalto

Após inúmeras queixas e pedi-dos, enfim, os moradores da rua Professor José Tavares serão contemplados com a aplicação de massa asfáltica. “Faz anos que esperávamos pela notícia. Moro na rua a mais de 60 anos e nunca pensei que o dia chegaria. Penso que o asfalto diminuirá o barulho e os riscos de acidente. Estou muito feliz com a conquis-ta. Quando saio de casa e vejo os funcionários públicos trabalhan-do na nova guia, dá até vontade de chorar. Penso: o pesadelo aca-bou”, diz Aparecida Granpazo, de 83 anos.

Embora haja muita comemora-ção em torno da boa nova, mo-radores e comerciantes alertam: o asfalto não basta. “A chegada do asfalto será ótima, desde que haja obras complementares, como sinalização de trânsito. Com paralelepípedo, o barulho era insuportável, o piso irregu-lar danificava os automóveis e a trepidação causada pelo fluxo de carros causava rachadura nas ca-sas. Com o asfalto, os problemas serão sanados. Entretanto, se não houver obras complementares, outros problemas virão. Com as-falto, os carros passarão a desen-

volver maior velocidade, ou seja, se não houver ações de trânsito na rua, como implantação de si-nalização (lombadas, placas de velocidade, sinalização de piso) sairemos de um problema para outro. Outra questão importan-te é o escoamento das águas de chuva. O paralelepípedo possui uma excelente drenagem, uma das únicas vantagens do piso. Sem ele, vamos precisar de mais bueiros para facilitar o escoa-mento da água de chuva. Enfim, não basta o asfalto, é preciso obras complementares para que ele funcione adequadamente”, analisa Agnaldo Luiz de Mora-es, comerciante local. Por fim, Moraes agradece o trabalho da equipe de reportagem do Jornal do Vianelo, que há tempos trata a questão como prioridade. “Se não fosse o trabalho e o empenho do Jornal do Vianelo em expor as carências do bairro e, sobretudo, cobrar melhorias do Poder Públi-co, creio que estaríamos até hoje sem asfalto. Lutamos há muitos anos pela benfeitoria e jamais fomos ouvimos. Com a interven-ção do JV, o pedido ganhou força. Pensei que jamais veria a rua as-faltada”.

www.jornaldovianelo.com.br6 1 de Outubro de 2011

Contudo, a população faz um alerta: é preciso obras complementares para dar sustentação ao novo piso, como sinalização de trânsito e bueiros ube luta para conquistar o campeonato da Copa Maringá e com isso o prestígio de toda região.

Agnaldo Luiz: o asfalto é bom, mas precisamos de obras complementares

Rua Professor José Tavares: as obras já começaram


Assim como nos bairros Viane-lo e Bonfiglioli, os moradores e comerciantes da Vila Manfredi aguardam ansiosos a chegada do asfalto. De acordo com Marli Galvão dos Anjos (51), residente na rua Presidente Epitácio, os problemas causados pelos para-lelepípedos são diversos, desde o risco de acidentes a sujeira acumulada nas ruas. “Moro na mesma rua há 51 anos e sempre sonhei com uma rua asfaltada. Além do piso ultrapassado, há também o acúmulo de sujeira entre um paralelepípedo e ou-tro. Poderia passar um dia in-teiro citando as desvantagens de morar numa rua sem asfalto. Há também o risco de acidentes. Conheço várias pessoas que se machucaram ao torcer o pé ou escorregarem na via. Além dis-so, o barulho para quem mora no local é insuportável. O aumento dos gastos com manutenção de carro também é algo preocu-pante”. Marli ressalta que a co-munidade local já se mobilizou em busca de soluções, mas até o momento nada foi feito por parte do poder público. “Já nos mobilizamos e entregamos um


Moradores da Vila Manfredi esperam pelo fim dos paralelepípedosSegundo relatos, um abaixo-assinado solicitando asfalto foi entregue a administração. Até o momento, a população não obteve resposta

abaixo-assinado a Prefeitura so-licitando melhorias. Na ocasião, nos foi prometido soluções para o problema, mas até o momento nada foi feito”.Já o comerciante Jovino Augus-to, há 24 anos no bairro, ana-lisa a questão de forma mais abrangente. Para ele, não bas-ta somente o asfalto, é preciso um conjunto de obras comple-mentares para que o novo piso tenha eficácia. “O bairro está situado numa região propícia a enchentes, pois estamos cer-cados de partes altas, ou seja, o escoamento das chuvas é todo canalizado para o bairro. Ape-sar de ruins, os paralelepípedos possuem uma drenagem extre-mamente eficaz. Caso o asfalto chegue ao bairro será neces-sário um novo sistema de dre-nagem, tão eficiente quanto o atual. Penso que o aumento de bueiros e guias projetadas es-pecialmente para o escoamen-to das águas sejam suficientes para amenizar o problema. Além disso, se fará necessário o aumento de sinalização, pois os motoristas locais não respei-tam as sinalizações de solo, o

que acarreta em aumento de ve-locidade e acidentes de trânsito. Implantação de lombadas pode resolver a questão. Em suma, não adianta asfalto sem antes dar estrutura, ou seja, obras de sustentação ao asfalto”.Em nota, a Prefeitura diz que as obras fazem parte de uma programação elaborada no orça-

mento municipal e que o cidadão precisa formalizar suas queixas e solicitações por meio do canal 156. “A Prefeitura de Jundiaí lembra que obras desenvolvidas na cidade fazem parte de uma programação cuidadosamente elaborada dentro do orçamento municipal. A contribuição de to-dos na sugestão de obras é fun-

damental para uma cidade com mais qualidade de vida. Para tanto, a Secretaria de Serviços Públicos ressalta que é necessá-rio formalizar a solicitação por meio do Canal de Atendimento ao Cidadão – 156. Deste modo, a pasta analisará o requerimento de acordo com o plano orçamen-tário para o próximo ano”.

Bairro é sujeito a inundações



Prefeito responde requerimento sobre Festa do Morango

Há cerca de 15 dias, o vereador petista, Durval Orlato, elaborou um requerimento de informa-ções, aprovado por unanimidade na Câmara, questionando alguns pontos referentes à Festa do Mo-rango, como contrato de artistas, processo de licitações, ações de segurança, entre outros.Em resposta ao documento, o Pre-feito Miguel Haddad (PSDB) negou participação da administração na organização do evento. “Não houve participação da Prefeitura de Jun-diaí. O evento foi organizado pela Associação Agrícola de Jundiaí”.Outro ponto importante do reque-rimento, o que se refere aos gastos relacionados ao evento, não foi to-talmente esclarecido. “Os valores praticados são condizentes com eventos do mesmo porte e com atrações do mesmo nível, segundo a Autorizada”, afirmou o prefeito.A Festa sofreu inúmeras criticas, desde a qualidade dos artistas, o preço abusivo dos ingressos, até a segurança no interior e no en-torno do Parque da Uva. Sobre a segurança, o prefeito explicou no documento-resposta que 50 guardas municipais foram deslo-cados dos seus locais de atuação, ou seja, dos bairros, para segu-rança da festa. Os guardas rea-lizaram patrulhamento noturno interno e externo, bem como 15 guardas municipais para a segu-rança no período diurno. Mais 15 agentes de trânsito foram deslo-cados para o local. Contudo, a operação de apoio ao evento pa-rece não ter surtido efeito, pois foi registrado um número ele-vado de queixas de furto, tanto

no interior, como nos arredores do Parque. Além disso, o evento foi responsável pelo aumento no registro de ocorrências ligadas à perturbação do sossego em vá-rios pontos próximos à festa.No documento, o vereador fez os seguintes questionamentos: 1 - Qual o gasto estimado em estru-tura (deslocamento de guardas municipais, agentes de trânsito, etc)? 2 - Qual foi o gasto com a contratação das bandas princi-pais e quem arca com estes cus-tos? 3 - Qual critério para escolha das bandas e músicos que abrem os grandes shows? 4 - Quais estruturas e prioridades foram oferecidas aos músicos locais? 5 - Por que a festa é terceirizada? 6 - Qual o sistema de contratação da empresa? 7 - Houve licitação? 8 - Por que os ingressos foram vendidos a um valor tão alto? Quem são os responsáveis pela segurança da festa?A seguir, acompanhe a resposta do Chefe do Executivo. 1 – Não há contabilidade de custos para este tipo de evento, em qualquer esfera do governo, em especial, em se tra-tando de evento terceirizado, como é o caso. O que ocorre foi a dispo-nibilização ao cidadão jundiaiense de toda a infraestrutura e segurança necessária para o evento de grande porte, como foi a Festa do Morango 2011. A presença da GM, por seu turno, justifica-se de forma natural, pelas suas atribuições de proteção ao patrimônio público, cedido para a realização do evento. 2 – Não houve participação da Prefeitura de Jundiaí. O evento foi realizado pela Associação Agrícola de Jundiaí, a quem a Prefeitura autorizou o uso do C.E.C.E Comendador Antônio Carbonari, em conformidade com o decreto nº 22.076, de 09 de fevereiro de 2010, através da Portaria nº 126, de 11 de agosto de 2011. 3 – Ficou a cargo dos organizadores do evento. 4 – Houve participação de bandas locais, novamente sob critério dos organizadores. 5 – A Associação

Agrícola de Jundiaí tem prerrogati-va de fazê-lo no interesse do even-to, se houver necessidade. 6 – A Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8666/93) aplica-se somente à Admi-nistração Pública, não sendo o caso da Autorizada, que se trata de enti-dade privada. 7 – Os valores prati-cados são condizentes com eventos de mesmo porte e com as atrações artísticas de mesmo nível, segundo a Autorizada. 8 – A Autorizada é a responsável pela segurança da Fes-ta. A participação do Poder Público é acessória, visando a integridade do patrimônio público e organização do entorno, em especial, do trânsito. Prefeito responde requerimento so-bre Festa do Morango.

Em resposta ao documen-to, o Prefeito Miguel Haddad (PSDB) negou participação da administração na organização do evento

Há cerca de 15 dias, o vereador petista, Durval Orlato, elaborou um requerimento de informa-ções, aprovado por unanimidade na Câmara, questionando alguns pontos referentes à Festa do Mo-rango, como contrato de artistas, processo de licitações, ações de segurança, entre outros.Em resposta ao documento, o Prefeito Miguel Haddad (PSDB) negou participação da adminis-tração na organização do even-to. “Não houve participação da Prefeitura de Jundiaí. O evento foi organizado pela Associação Agrícola de Jundiaí”.Outro ponto importante do reque-rimento, o que se refere aos gastos relacionados ao evento, não foi to-talmente esclarecido. “Os valores praticados são condizentes com eventos do mesmo porte e com atrações do mesmo nível, segundo a Autorizada”, afirmou o prefeito.A Festa sofreu inúmeras criticas, desde a qualidade dos artistas, o preço abusivo dos ingressos, até a segurança no interior e no en-


Em resposta ao documento, o Prefeito Miguel Haddad (PSDB) negou participação da administração na organização do eventotorno do Parque da Uva. Sobre a segurança, o prefeito explicou no documento-resposta que 50 guar-das municipais foram deslocados dos seus locais de atuação, ou seja, dos bairros, para segurança da festa. Os guardas realizaram patrulhamento noturno interno e externo, bem como 15 guardas municipais para a segurança no período diurno. Mais 15 agen-tes de trânsito foram deslocados para o local. Contudo, a operação de apoio ao evento parece não ter surtido efeito, pois foi registrado um número elevado de queixas de furto, tanto no interior, como nos arredores do Parque. Além disso, o evento foi responsável pelo au-mento no registro de ocorrências ligadas à perturbação do sossego em vários pontos próximos à festa.No documento, o vereador fez os seguintes questionamentos: 1 - Qual o gasto estimado em estru-tura (deslocamento de guardas municipais, agentes de trânsito, etc)? 2 - Qual foi o gasto com a contratação das bandas princi-pais e quem arca com estes cus-tos? 3 - Qual critério para escolha das bandas e músicos que abrem os grandes shows? 4 - Quais estruturas e prioridades foram oferecidas aos músicos locais? 5 - Por que a festa é terceirizada? 6 - Qual o sistema de contratação da empresa? 7 - Houve licitação? 8 - Por que os ingressos foram vendidos a um valor tão alto? Quem são os responsáveis pela segurança da festa?A seguir, acompanhe a resposta do Chefe do Executivo. 1 – Não há

contabilidade de custos para este tipo de evento, em qualquer esfera do governo, em especial, em se tra-tando de evento terceirizado, como é o caso. O que ocorre foi a dispo-nibilização ao cidadão jundiaiense de toda a infraestrutura e segurança necessária para o evento de grande porte, como foi a Festa do Morango 2011. A presença da GM, por seu turno, justifica-se de forma natural, pelas suas atribuições de proteção ao patrimônio público, cedido para a realização do evento. 2 – Não houve participação da Prefeitura de Jundiaí. O evento foi realizado pela Associação Agrícola de Jundiaí, a quem a Prefeitura autorizou o uso do C.E.C.E Comendador Antônio Carbonari, em conformidade com o decreto nº 22.076, de 09 de fevereiro de 2010, através da Portaria nº 126, de 11 de agosto de 2011. 3 – Ficou a cargo dos organizadores do evento. 4 – Houve participação de bandas locais, novamente sob critério dos organizadores. 5 – A Associação Agrícola de Jundiaí tem prerrogati-va de fazê-lo no interesse do even-to, se houver necessidade. 6 – A Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8666/93) aplica-se somente à Admi-nistração Pública, não sendo o caso da Autorizada, que se trata de enti-dade privada. 7 – Os valores prati-cados são condizentes com eventos de mesmo porte e com as atrações artísticas de mesmo nível, segundo a Autorizada. 8 – A Autorizada é a responsável pela segurança da Fes-ta. A participação do Poder Público é acessória, visando a integridade do patrimônio público e organização do entorno, em especial, do trânsito.

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Assembléia de Deus faz parceria com CPFL e usa área indevida como estacionamento

Colocar em risco a própria vida é um ato de irresponsabilidade, cor-reto? E colocar em risco a vida de terceiros? De dezenas de pessoas, quiçá, de famílias inteiras? Beira a insanidade, correto? Pois foi exata-mente o que a equipe de reporta-gem do JV flagrou em visita as ruas do bairro Vianelo. Faixas de Servi-dão - áreas impossibilitadas de uso por oferecerem risco ao bem estar da população - sendo usadas de for-ma indevida como estacionamento.Antes de mergulharmos fundo na questão e falarmos dos responsá-veis pelo ato, vamos entender pri-meiramente o que é faixa ou área de servidão, neste caso específico, servidão administrativa. A Servidão Administrativa encon-tra-se entre as diversas formas de intervenção do Estado na proprie-dade privada. Dentro das vertentes existentes dessa intervenção a ser-vidão administrativa se encontra na

Segundo o pastor Ângelo Roberto de Andrade, a igreja possui um contrato com a empresa de energia. Em troca do espaço, a Assembléia mantém o terreno limpo e fechado

intervenção restritiva, ou seja, aque-la em que o Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da pro-priedade, sem, no entanto, retirá-la do seu dono. Exemplos de servidão administrativa: instalação de redes elétricas e a implantação de gasodu-tos e oleodutos em áreas privadas para a execução de serviços públi-cos. Quem pode impor servidões ad-ministrativas? Entidade pública ou os seus delegados e a favor sempre de uma finalidade pública. Exemplo mais comum: o Poder Público deci-de que passará na fazenda ou área urbana privada de terceiros uma torre de transmissão, por razões de segurança não se poderá construir no local da torre de transmissão, logo haverá uma restrição na pro-priedade por conta dessa decisão do Estado de passar no local uma linha de transmissão. Tal área não será edificante, ou seja, não inviabiliza a propriedade como um todo, mas

impõe algumas limitações e é por isso que o Poder Público vai insti-tuir no terreno uma servidão admi-nistrativa. Em suma, vai ficar regis-trado que não se poderá construir nessa área (limitação de metros de ambos os lados da área) e o proprie-tário será obrigado a suportar esse ônus imposto pelo Governo Federal ou Estadual. A previsão geral de servidão administrativa está na lei de desapropriação, especialmente no art. 40. Quando o art. 40 fala “na forma desta lei” traz para o procedi-mento de servidão administrativa vários elementos que são próprios e característicos de desapropriação por utilidade pública.Agora caro leitor (a), que já sabemos o que é Servidão Administrativa, vamos ao fato: a igreja Assembléia de Deus, localizada na rua Fortu-nato Mori, no Vianelo, há cerca de 6 anos faz uso de áreas de servidão para benefício próprio. As áreas,

de responsabilidade da CPFL, por conta da passagem de linhas de transmissão, são usadas pela igreja como estacionamento. Segundo o pastor Ângelo Roberto de Andrade, do departamento de contratos, a igreja possui um contrato amigável com a empresa de energia. “A CPFL nos forneceu a área, por meio de um contrato de uso amigável. Na verdade, houve uma troca de favo-res: nós utilizamos o espaço como estacionamento para os nossos fiéis e em troca mantemos o terreno lim-po e fechado para a concessionária. Ao todo, fazemos uso de três áreas de servidão, todos na rua Fortunato Mori”. Quando questionado sobre a irregularidade do ato e a falta de segurança do terreno, Andrade disse estar ciente dos perigos e ressaltou que a igreja toma as devidas pre-

www.jornaldovianelo.com.br


A CPFL nos forneceu a área, por meio de um contrato de uso amigável. Na verdade, houve uma troca de favores: nós utilizamos o espaço como estacionamento

pastor Ângelo Roberto de Andrade

cauções para evitar possíveis aci-dentes. “Nós temos conhecimento do perigo e orientamos os usuários a não estacionar os carros embaixo das linhas. Deixamos um guarda o tempo todo no estacionamento para orientar os usuários quanto a melhor maneira de se aproveitar de forma segura o espaço. O funcioná-rio fica no local até a saída do último automóvel”. Ele completa dizendo que a própria área de servidão não respeita as dimensões básicas de segurança. “As casas vizinhas não respeitam a área mínima de segu-rança, ou seja, ao pé da letra da lei, elas também não poderiam estar onde estão”, justifica. De acordo com o pastor, o contrato entre CPFL e As-sembléia de Deus não possui prazo de vencimento.Ao consultarmos os documentos

Fachada do estacionamento usado pela igreja

Perigo: igreja usa faixa de servidão como estacionamento

referentes às áreas de servidão da concessionária, mais precisamen-te os documentos de orientação técnica direcionados à ocupação de faixa de Linha de Transmissão (LT), percebemos que o contrato vigente com a igreja em questão vai contra os próprios dizeres da empresa. Acompanhe na íntegra, trechos do documento que ilustram o total desacordo entre a política da concessionária e o acordo firmado com a Assembléia. “É determinada em função das características civis, elétricas e mecânicas da LT, visando garantir a operação, inspeção e ma-nutenção da linha, além da perfeita

segurança das instalações e de ter-ceiros. Nos casos mais comuns, as faixas de servidão e segurança das LTs da CPFL têm a largura mínima de 30 metros, 15 metros para cada lado do eixo, para as linhas de 69, 88 e 138 kV e a largura mínima de 20 metros, 10 metros para cada lado do eixo, para as linhas de 34,5 kV. Den-tro da faixa de servidão e segurança não são permitidas benfeitorias ou atividades que propiciem a perma-nência ou aglomeração constante ou eventual de pessoas ou aquelas que coloquem em risco a operação da LT. Benfeitorias não permitidas: ins-talações e/ou construções de igrejas,

salões comunitários, templos, escolas e cemitérios, entre outros”.A equipe do JV entrou em contato

CPFL aceita parceria em troca da manutenção do terreno


com a assessoria de imprensa da CPFL Piratininga a fim de obter in-formações mais detalhadas sobre o

caso, no entanto, não houve retorno por parte da empresa até o fecha-mento desta edição.


1 de Outubro de 2011 www.jornaldovianelo.com.br12

Ratópolis jundiaiense: moradores do Vianelo sofrem com “vizinhos indesejados”

Para alguns moradores do Via-nelo, mais precisamente das ruas Tenente Ary Aps e Evange-lista Mirandola, a Disneylândia é aqui! Contudo, a Disney jun-diaiense está longe de parecer com a terra encantada de Mi-ckey Mouse, localizada na exu-berante Florida – EUA. Segundo depoimentos, a nossa Ratópolis, ao contrário da americana, não é provida de nenhum glamour. “Enfrentamos um sério proble-ma com ratos. Em período de chuva, a situação se agrava. Vi-vemos um pesadelo constante. Há muito tempo a questão se tornou um problema de saúde pública”, diz Norma Sengala. Segundo a moradora, há 40 anos no bairro, não estamos falan-do de camundongos, e sim, de ratazanas. “São ratos enormes que invadem nossas casas. Te-nho muito medo deles, pois são

agressivos. Além disso, os ratos são animais sujos, transmissores de doenças graves. Não durmo direito pensando que os “bichos” podem estar dentro da minha casa”, relata. Para se proteger da invasão, Norma tomou algumas providências. “A garagem é toda cercada por uma tela de proteção, os fundos da casa também. Fui obrigada a reformar o interior da minha residência justamente para dificultar o acesso dos ratos. O vão das portas e janelas são vedados com pedaço de madei-ra. Depois de tantas mudanças e tentativas de proteção, se encon-trar um rato dentro de casa eu a abandono na hora, o que seria uma pena, pois gosto do bairro”.Já Fábia Keilly, há 5 meses no bairro, se surpreendeu com o surto de roedores. “Há poucos dias flagramos um enorme rato em nosso quintal. O animal es-

tava prestes a entrar em casa. Para evitar problemas maiores colocamos telas para impedir a passagem, mas sabemos que a medida é provisória, pois as ra-tazanas logo destruirão as telas. Meus vizinhos sofrem do mes-mo mal. No meu caso, tenho uma filha pequena e animais de estimação, temo pela saúde e segurança deles. Por causa das ratazanas, minha família vive tensa, com medo”, desabafa.Há dois anos no bairro, Silvia Helena, já viveu momentos de terror por conta dos roedores. “Já passei momentos de pânico dentro de minha própria casa. Certa vez, estava de chinelos, fui desenrolar o tapete de en-trada da casa e, sem perceber, pisei numa ratazana que estava enrolada no tapete. Por muito pouco não fui mordida. O ani-mal é agressivo e me atacou.

O susto foi tamanho que fiquei paralisada, sem ação. As pragas entram em casa com frequência e não há veneno que dê jeito. Depois que mudei para o bair-ro meu cão vive doente. Não temos segurança alguma. Nos últimos dias, percebi a presen-ça de ratos menores, mas não são camundongos, são filhotes de ratazanas. Os animais de-vem estar procriando. Há cerca de um mês, a noite, vimos um rato tão grande na rua que pen-samos ser um gato. Por conta disto, minha casa vive fechada. Temos um grave problema de saúde pública no bairro”.De acordo com os moradores, há cerca de um ano, a Prefeitura foi avisada do problema. Na ocasião, funcionários públicos realizaram dedetização e limpeza dos buei-ros. “Percebi melhora após a lim-peza dos bueiros e a dedetização. No entanto, o problema voltou.

A impressão que tenho é que a situação se agravou. É difícil sa-ber de onde surgem os ratos, se do esgoto ou de terrenos baldios próximos às casas”.Em nota, a Prefeitura informou que durante o ano de 2011 não foi registrado nenhum pedido de desratização/desinsetiza-ção. “O sistema para solicita-ção de desratização/desinse-tização é o 156 da Prefeitura. Não há registros solicitando a desratização no local em 2011. Em 2010 foram registradas duas solicitações de desratiza-ção na rua Evangelista Miran-dola e quatro na rua Tenente Ary Aps, todas atendidas com três visitas. Sendo assim, as informações sobre ‘surto de ratos’ precisa ser melhor ava-liada. É importante que sejam citados os pontos onde estão os problemas para que seja feita uma nova análise”.

Surto de ratazanas aterroriza moradores das ruas Tenente Ary Aps e Evangelista Mirandola. Segundo depoimentos, a nossa Ratópolis, ao contrário da americana, não é provida de nenhum glamour

Maneiras de evitar que o rato invada a casa


UBS Vila Rami: Usuários elogiam atendimento, mas estrutura física deixa a desejar

Elogiado por dez entre dez en-trevistados, a Unidade Básica de Saúde da Vila Rami goza de prestígio junto à comunidade. A qualidade do atendimento, o alto nível de capacitação dos pro-fissionais e a oferta de projetos destinados à população fazem com que a UBS seja a “menina dos olhos” dos moradores locais. Segundo a gerente da Unidade, a enfermeira Maria Lucia Go-dinho, o espaço possui quatro médicos, dois clínicos gerais, um ginecologista e um pediatra. “Atuamos na prevenção de do-enças, entre elas, as de origem cardiovasculares originárias de diabetes e hipertensão. Traba-lhamos também com prevenção e orientação a saúde da mulher, como câncer de mama e de colo de útero. Além disso, temos um trabalho importante de acom-panhamento de gestantes. An-tes agendávamos uma consulta para 30 dias, ou seja, uma de-mora absurda para atender uma gestante, hoje, a paciente faz a primeira avaliação no primeiro contato. As próprias enfermeiras estão preparadas para realizar os procedimentos de pré-natal. Em


suma, no caso das gestantes, realizamos no mesmo dia o exame de gravidez, e, se caso necessário, já fazemos as pri-meiras avaliações. Os acompa-nhamentos seguintes também são feitos pela nossa equipe”, explica a enfermeira.Os idosos também recebem uma atenção especial na Unidade Bá-sica de Saúde. Ainda de acordo com a gerente, a unidade promo-ve reuniões de prevenção. “Rea-lizamos trabalhos direcionados à educação e saúde, como reuniões com grupos de diferentes patolo-gias. Atualmente, realizamos um trabalho interessante com dia-béticos. Fazemos o possível para atender de forma satisfatória a demanda na UBS, sem a neces-sidade de encaminhamento para o Pronto Atendimento. Ninguém sai da unidade Vila Rami sem uma análise de caso. O trabalho das unidades é desafogar os hos-pitais da cidade. Muitos casos levados ao P.A podem ser resol-vidos na UBS, pois nem todas as ocorrências exigem um pronto atendimento. Se conseguirmos conscientizar a população de que a UBS é uma ferramenta impor-

tante de atendimento e preven-ção da saúde, e não apenas um posto de vacinação, a qualidade da saúde municipal vai melhorar consideravelmente”.Segundo o aposentado, Geraldo Luiz da Costa (74), o atendimen-to e o fornecimento de medica-mentos na UBS são dignos de elogio. “Frequento a Unidade há muito tempo e sempre fui tra-tado com respeito. Faço uso de remédios extremamente caros e se não fosse o fornecimento de medicamentos da UBS eu não sei o que seria de mim”. Já Sebastião Ramos (84), diz fa-zer exames periódicos no local. “Faço exames com frequencia na Unidade. O atendimento sempre foi feito com rapidez e qualidade. Além disso, nunca houve falta de remédio para a continuidade do tratamento. Não troco a UBS por nada, prefiro procurar o posto ao ficar horas na fila de um hospi-tal”. Mais uma a elogiar o local, Maria Aparecida dos Santos (75), disse que os trabalhos realizados junto à comunidade fazem da UBS uma referência em aten-dimento e prevenção a saúde. “Além do atendimento padrão

do posto, há também as reuniões com diabéticos de orientação e prevenção a doença. O atendi-mento está à altura da popula-ção jundiaiense. Há tempos não frequento um hospital, pois sou bem tratada na unidade. Minha saúde evoluiu muito depois que passei a frequentar a UBS”, disse.Contudo, nem tudo são flores na UBS Vila Rami. Para Maria Lúcia, enfermeira responsável, os trabalhos poderiam ser ainda melhores se houvesse espaço físico para execução das ativida-des. “A estrutura física não está em concordância com o trabalho. Faltam salas para consultas, uma sala para reunião, enfim, preci-samos de mais espaço para me-lhorar ainda mais o atendimento. Atualmente, cada médico – são quatro - realiza, em média, 15 consultas diárias. Ou seja, são, em média, 60 consultas, mais atendimento de enfermeiras, serviço de vacinação, entrega de medicamentos, controle de dia-béticos e hipertensos, coleta de sangue. Em suma, realizamos, em média, uns 150 atendimen-tos por dia. Se tivéssemos uma estrutura física mais ampla po-

deríamos oferecer mais quali-dade e conforto aos pacientes. Entretanto, continuamos o tra-balho e o melhor exemplo é a reunião agendada para outubro do ENPACS (Estratégia Nacional para Alimentação Complemen-tar Saudável). Por meio de ações de base, procuramos diminuir consideravelmente o número de doentes no bairro”, explica.Para tentar sanar o problema, fun-cionários da UBS Vila Rami estão se mobilizando para recomposi-ção do Conselho Gestor. “Com o objetivo de traçar metas, objetivos e melhorias a unidade, estamos nos mobilizando e convocando a população para a recomposição do Conselho Gestor. Por meio do Conselho, teremos mais força de ação para trazermos melhorias à unidade. É provado, por meio de dados estatísticos, que as UBS com representatividade, ou seja, com Conselho Gestor, possuem resultados elevados em comparação àquelas que não possuem representantes. Portanto, esperamos que a po-pulação participe”, finaliza.A UBS Vila Rami atende diariamen-te das 8h à 12h e das 13h às 17h.

Embora seja um exemplo de atendimento e prestação de serviços, a unidade sofre com a falta de salas para atendimento e um espaço específico para reuniões

Maria Lucia Godinho: o trabalho é exemplar, mas precisamos de espaço físico



Governo autoriza R$ 1,95 bilhão para estados e municípios estimularem exportaçõesA presidenta Dilma Rousseff auto-rizou a liberação de R$ 1,95 bilhão para os estados, o Distrito Federal e os municípios. Objetivo é esti-mular e incentivar as exportações no Brasil. A medida está na Medi-da Provisória (MP) 546, publicada no Diário Oficial da União do dia 30, Seção 1 página 6.Os recursos serão repassados pelo Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda em três parcelas de R$ 650 milhões até o último dia útil dos meses de outubro, novembro e dezembro. Do total, os estados fi-carão com 75% e os 25% restantes serão repassados aos municípios.

“Marcha da Maconha” – Legal

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi liberada a reali-zação de eventos denominados de “marcha da maconha”, nos quais poderão se reunir manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para os Ministros do STF, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento (inciso IV, do artigo

5º, da CF) garantem a realização dessas marchas. Muitos ressal-taram que a liberdade de expres-são ou de manifestação somente poderia ser proibida se dirigida à incitação ou provocação de ações ilegais. Tal decisão se deu no julga-mento de ação (ADPF 187) ajui-zada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na qual se concluiu que o artigo 287, do Código Penal brasileiro, deve ser interpretado à luz da Cons-tituição Federal e de forma a não impedir manifestações pú-blicas em defesa da legalização de drogas. O dispositivo tipifica como crime fazer apologia de “fato criminoso” ou de “autor do crime”, ou seja, com referida decisão o STF assegurou a todo cidadão o direito de se reunir ou se manifestar livremente acerca do assunto ou similares.

O texto estabelece ainda que o Ministério da Fazenda poderá definir regras de prestação de informação pelos estados e pelo Distrito Federal sobre a manu-tenção e o aproveitamento de crédito pelos exportadores.Pelo decreto, a divisão do dinhei-ro para os municípios seguirá os critérios de participação na dis-tribuição da parcela do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com os respecti-vos estados ao longo deste ano. Os recursos serão entregues uma vez por mês até dezembro, por meio de crédito em moeda corrente de-

positado em conta bancária.A decisão da presidenta ocorre no momento em que ela destaca sua preocupação com os impac-tos da crise econômica interna-cional no Brasil. Segundo Dilma, não há país imune aos efeitos da crise, mas o governo brasileiro se empenha para evitar prejuízos.Um dos esforços, de acordo com a presidenta, é o estímulo à indústria nacional, a com geração de empre-go e renda. Para ela, os estrangeiros que quiserem investir no Brasil terão apoio desde que garantam a abertura de novas vagas de trabalho e geração de renda no país.



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De acordo com os dados mais re-centes da Organização Mundial de Saúde (OMS), 5,3 milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente através da alimentação, e nada mais. O segredo da eterna juventude en-contra-se na nossa despensa. Basta modificarmos os nossos hábitos para vivermos mais anos e em melhores condições de saúde e bem-estar. Tome nota. Neste artigo vamos falar-lhe de alimentos que, apesar de não evita-rem a morte, prolongam a vida!Na verdade, e segundo os especialis-tas da área de nutrição, é possível prevenir uma série de problemas com base numa alimentação correc-ta e equilibrada, entre eles, o cancro, problemas de ossos, de visão...Vegetais, fruta, peixe e até chocolate! São alguns dos alimentos que, para além de a manterem saudável, lhe dão anos de vida. Saiba, um a um, quais os alimentos que a mantêm jo-vem por dentro e por fora! 1. Quivi. Originário da China, con-tém ácido propeolítico, que melhora a circulação e ajuda a combater o chamado mau colesterol (LDL). Pos-sui uma enzima chamada actidina, que ajuda a digerir as proteínas. O seu conteúdo elevado de vitamina C ajuda a prevenir constipações. A vi-tamina C é um antioxidante que eli-mina os radicais livres e desempenha um papel fundamental no combate ao envelhecimento. Contém uma quantidade considerável de fibra, po-tássio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio e crómio, que têm um papel muito importante na prevenção de doenças cardíacas. 2. Abacate. Tem 10 vitaminas, en-tre elas, a vitamina E e o ácido fólico (B9), e glutatião, um derivado protei-co com acção antioxidante (combate a degeneração celular). Contém 10 ácidos gordos, dos quais cinco são mono e poli-insaturados, com desta-que para o ómega-9, ómega-7, óme-ga-6 e ómega-3, sendo este último protector contra o cancro. Também contém sitosterol, que previne a acu-mulação de colesterol. Possui, para

além disso, aminoácidos essenciais (arginina, fenilalanina, lisina...), fun-damentais ao normal funcionamen-to do organismo. 3. Tomate. Para além de estar bem provido de vitaminas, minerais e flavonóides, contém licopeno, um dos antioxidantes mais poderosos, que lhe dá a cor vermelha e tem ‘um papel antioxidante activo na degene-rescência celular que conduz ao enve-lhecimento’, explica o nutricionista Tiago Osório de Barros. Fortalece as paredes celulares, depura o organis-mo de substâncias tóxicas e aumenta as defesas. Previne o aparecimento de doenças do coração e dos seus vasos sanguíneos, é benéfico para a visão e melhora a saúde do sistema nervoso. 4. Presunto. O presunto protege o coração e reduz o colesterol, desde que não seja excessivamente gordo nem demasiado salgado. Os seus ácidos gordos monoinsaturados e o ácido oleico previnem as doenças car-diovasculares. Tem cerca de 40% de proteínas, pelo que pode substituir a carne nas refeições, sendo importan-te na formação da massa muscular. Tem vitamina E, um potente antio-xidante. Também é rico em cobre (es-sencial para os ossos e cartilagens), ferro e fósforo.5. Brócolos. O zinco que contêm favorece a função da próstata e a qualidade do esperma. Muito ricos em luteína, reduzem ligeiramente os efeitos da degenerescência macular da idade (DMI). São ideais para grá-vidas, convalescentes, pessoas anémi-cas, etc... por causa do elevado aporte de ácido fólico e ferro. Actuam como fitoestrogénios na menopausa (tal como a soja). 6. Espinafres. Têm provitamina A e vitaminas C e E, todas elas antioxi-dantes. São uma fonte inesgotável de vitaminas do grupo B, como folatos, B2, B6, B3 e B1, que possuem uma acção anti-envelhecimento pelo seu papel como co-factores enzimáticos. Relativamente ao seu conteúdo mi-neral, os espinafres são ricos em fer-ro, magnésio, potássio, sódio, fósforo

Coluna por Tania Bueno

Gerente da Vigilância Sanitária de Alimentos de Jundiaí

16 Alimentos que rejuvenescem

COLUNA SAÚDE

e iodo. Para além das vitaminas, são ricos noutras substâncias antioxi-dantes, como o glutatião, os ácidos ferúlico, o cafeico e o beta-cumárico e carotenóides. 7. Soja. Contém vitaminas A e E, e três do grupo B (B1, B2 e B5). A vita-mina ajuda a conservar os epitélios celulares, que revestem as superfícies do corpo e dos órgãos. A vitamina E tem um efeito antioxidante, comba-tendo os radicais livres. Possui mais minerais do que qualquer outra legu-minosa, sobretudo potássio e fósforo. A relação cálcio-fósforo é essencial para uma boa estrutura óssea. O potássio tem uma importante acção a nível muscular. Ajuda a prevenir alguns tipos de cancro, sobretudo na mulher após a menopausa. Alivia os sintomas da menopausa.

8. Frutos secos. Contêm proteínas (entre 14% e 19%), vitaminas do gru-po B, aminoácidos, minerais, ácidos gordos poliinsaturados (nozes), áci-dos gordos monoinsaturados e fibra. Segundo Tiago Osório de Barros, ‘as proteínas são imprescindíveis na pre-servação e formação das estruturas musculares’. As amêndoas, as nozes e as avelãs são as que têm melhores propriedades antioxidantes por cau-

sa da sua maior concentração em vitaminas. 9. Chocolate preto. Tem uma gran-de actividade antioxidante graças aos seus flavonóides, combatendo os sinais do envelhecimento. Beneficia a dilatação das artérias e o aumen-to do seu diâmetro. Para além disso, diminui a rigidez aórtica em cerca de 7%. Actua como um antiplaquetá-rio eficaz, prevenindo a formação de trombos. Estimula as funções cere-brais graças à fenetilamina, um alca-lóide que actua como neurotransmis-sor cerebral. 10. Alho. Tem propriedades anti--sépticas, antifúngicas e antimicro-bianas, melhorando a resposta a vírus e bactérias e fungos. Tem pro-priedades anti-inflamatórias e antio-xidantes, contribuindo para reduzir o envelhecimento e a degeneração celular, que está na origem de alguns tipos de cancro. Ajuda a reduzir os níveis elevados de pressão arterial. Reduz o chamado mau colesterol (LDL), aumenta o colesterol bom e previne problemas de disfunção eréc-til no homem. 11. Azeite virgem (e azeitonas). Tem um alto teor de ácido oleico, uma gordura monoinsaturada rica em vitaminas A, D, K e, especial-mente, em E, que actuam como an-tioxidantes. Reduz o risco de doenças cardiovasculares e controla a tensão arterial. Favorece a absorção de cál-cio, fósforo, magnésio e zinco, tendo por isso um papel importante ao nível da formação e manutenção de ossos fortes e saudáveis. 12. Peixe azul. Prolonga a vida das nossas artérias graças aos seus ácidos poli-insaturados (sobretudo o ómega-3), muito benéficos para o sistema cardiovascular. É rico em mi-nerais e vitaminas, tendo, portanto, uma boa acção antioxidante. Tem único senão. As espécies provenientes de águas poluídas (sobretudo as que andam menos à superfície) contém mercúrio, um metal pesado que se for ingerido de forma crónica é prejudi-cial para o organismo. O mais reco-

mendável é ingerir peixe entre quatro a cinco vezes por semana e variar o mais possível as espécies: cavala, sar-dinhas, salmão, atum, truta, ancho-vas, arenque... 13. Chá verde. Esta bebida é apre-ciada há mais de 5.000 anos nas cul-turas orientais. É rica em polifenóis, bioflavonóides e vitaminas A, C e E, o que a torna num elixir antioxidante e anticancerígeno. Reforça o sistema imunitário, protegendo o organis-mo de bactérias e vírus prejudiciais. Ajuda a reduzir a gordura corporal e previne as doenças cardíacas. Regula o nível de colesterol. 14. Mel. Os seus minerais são assi-milados directamente e contribuem para a manutenção do esqueleto (cál-cio) e para a regeneração do sangue (ferro). Tem um alto poder nutritivo, pelo que é um substituto ideal do açú-car industrial ou refinado. As suas enzimas facilitam a boa assimilação de outros alimentos. É um bom remé-dio contra a fadiga, pelo fornecimen-to de hidratos de carbono de absorção rápida e pela fácil reposição das re-servas gastas. 15. Cebola. É uma boa fonte de fibra, vitaminas e minerais, essen-ciais para o bom funcionamento do organismo. É rica em compostos enxofrados, que fazem parte do seu óleo essencial e que actuam sobre as vias respiratórias, melhorando a ex-pectoração. Para além das vitaminas C e E, contém flavonóides, entre os quais se destacam as antocianinas e a quercetina, todos eles compostos antioxidantes. 16. Chocolate preto ou amar-go. Com mais de 70 % de cacao, o chocolate preto melhora o perfil dos lipideos e contem muito antioxidan-tes. E ainda, 6,7 gramas de chocola-te por dia representa a quantidade ideal para um efeito protetor contra a inflamação e subseqüente doença cardiovascular.

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