Editorial n. clinico n.68 (mar abr 2009)
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2 • Nosso Clínico
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O nome do futuroMuito se tem falado e escrito sobre crise nos últi-
mos meses. Em geral sob a ótica de economistas. E qualseria (ou deveria ser) a ótica de veterinários? Em recenteeditorial da Revista Ruminantes foi resgatado o signifi-cado da palavra crise. Na definição do Dicionário Micha-elis, esta palavra de origem grega (krisis) representa o“momento decisivo em uma doença, quando toma orumo da melhora ou do desenlace fatal”. É, também,“alteração súbita, comumente para melhora, no cursode uma doença aguda” (grifo nosso).
Os veterinários têm formação teórica e treinamen-to prático para lidar com diversos tipos de crises. Os ca-minhos para solução não lhes são desconhecidos. Paraeles, a superação dos “momentos decisivos em uma do-ença” é algo natural, a melhora de uma doença agudanão é algo inatingível. Na realidade, é a oportunidade demostrarem seus valores e suas habilidades. Por que, en-tão, o veterinário deveria encarar a crise financeira deforma diferente? Como deve enxergar o futuro? Relem-brando Victor Hugo (1802-1885):
“O futuro tem muitos nomes.Para os fracos, é o inatingível.Para os temerosos, o desconhecido.Para os valentes, é a oportunidade.”
Para o veterinário, que lida com crises no seu va-lente dia-a-dia, a crise financeira abre muitas oportuni-dades. É o momento em que muitos adiam grandes pro-jetos e viagens, podendo substituí-los pela proximidadee conforto dos animais de companhia. É o momento emque não se pode ser amador, é quando se busca o apoioprofissional. É o momento em que o resto do mundo sefecha, em que surge espaço para boas iniciativas nacio-nais. Enfim, este é um momento de boas oportunidades.
Apenas temos que lembrar que a oportunidade nãobate à nossa porta: ela passa pela nossa frente. Devemoster a competência de enxergá-la e não a deixarmos irembora.
Roberto Arruda de Souza [email protected]
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