EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INICIATIVAS SIMPLES PARA O...

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INICIATIVAS SIMPLES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. ESTUDO DE CASO EM ESCOLA ESTADUAL DE CAMPINAS. VIVIAN BARBOSA Campinas, janeiro de 2013

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INICIATIVAS SIMPLES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. ESTUDO DE CASO EM ESCOLA

ESTADUAL DE CAMPINAS.

VIVIAN BARBOSA

Campinas, janeiro de 2013

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VIVIAN BARBOSA – R.A. 004201000663

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INICIATIVAS SIMPLES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. ESTUDO DE CASO EM ESCOLA

ESTADUAL DE CAMPINAS.

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Ambiental da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Wilson José Figueiredo Alves Junior.

CAMPINAS 2012

Barbosa, Vivian Educação Ambiental: Iniciativas simples para o

ensino fundamental. Estudo de caso em escola estadual de Campinas / Vivian Barbosa. – Campinas, 2012. 58 p.

Trabalho de Conclusão de Curso – Bacharelado

em Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade São Francisco.

Orientação de: Wilson José Figueiredo Alves Junior

1. Educação Ambiental. 2. Ensino Fundamental.

3. Meio Ambiente. 4. Engenharia Ambiental. I. Alves Junior, Wilson José Figueiredo.

VIVIAN BARBOSA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INICIATIVAS SIMPLES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. ESTUDO DE CASO EM ESCOLA

ESTADUAL DE CAMPINAS. Trabalho de Conclusão de Curso do Programa de Graduação de Engenharia Ambiental da Universidade São Francisco, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Ambiental.

Data de aprovação: 12/12/2012

Banca Examinadora: __________________________________________________ Prof. D.r Wilson José Figueiredo Alves Junior (Orientador) Universidade São Francisco

__________________________________________________ Prof. M.e Helton Salles de Oliveira (Examinador) Universidade São Francisco __________________________________________________ Prof.ª D.ra Marli Rezende Tessarini de Carvalho (Examinadora) Universidade São Francisco

Dedico este trabalho aos meus pais

Antonio José Barbosa e Luçandra de

Fátima Sousa e ao meu namorado

Hevandro Nascimento Rodrigues pelo

apoio e incentivo nos diversos

momentos;

A minha tia Jaciara Jáfia Barbosa pelo

carinho e dedicação;

Aos meus professores;

E a todos que de alguma forma dedicam

sua vida à Educação Ambiental.

7

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais Antonio José Barbosa e Luçandra de Fátima Sousa, pelo

apoio e ajuda em todos os momentos da minha vida, por serem os principais

responsáveis pela minha educação e formação do meu caráter e simplesmente por

representarem tudo na minha vida.

Ao meu namorado Hevandro Nascimento Rodrigues, pelas dicas e apoio,

durante essa etapa e por fazer-me muito feliz.

A minha Tia Jaciara Jáfia Barbosa, secretária da escola E.E. Professor

Salvador Bove, pelo carinho e suporte em todos os dados que precisavam ser

levantados.

A todos os professores, que durante todos esses anos, proporcionaram a

minha formação profissional e pessoal através da transmissão de seus

conhecimentos. Em especial ao professor e orientador Dr. Wilson José Figueiredo

Alves Junior e a professora Me. Cândida Maria Costa Baptista, pelas orientações e

apoio no desenvolvimento deste trabalho.

E a todos que de alguma forma se dedicam para manter viva a chama da

educação ambiental e todos seus valores.

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“A Educação não transforma o mundo.

A educação transforma pessoas. Pessoas transformam o mundo.”

Paulo Freire.

9

RESUMO

O presente trabalho busca propor iniciativas simples de Educação Ambiental para o ensino fundamental, tornando possível um relacionamento entre a grade de disciplinas escolares e o meio ambiente, bem como transformar o ambiente escolar em um local adequado para o desenvolvimento de atividades voltadas a consciência ambiental. Foram elaborados dez projetos juntamente com a pedagoga Aline Barbosa Manali, formada pela Universidade Paulista, com o objetivo de construir uma geração ambientalmente consciente. Os projetos foram aplicados na E.E. Professor Salvador Bove, uma escola situada na periferia da cidade de Campinas aos alunos da 5º série E onde as aulas, em sua maioria, são ministradas pela professora Cássia Rogéria de Paiva Fernandes, uma pedagoga formada pela Universidade São Francisco. A concretização desses projetos só foi possível, pois ocorreu o envolvimento permanente de alunos, professores, funcionários e comunidade que visam uma melhor qualidade de vida e cidadania, bem como o respeito e comprometimento ao ambiente em que se vive.

Palavras-chave: Educação Ambiental. Ensino Fundamental. Meio Ambiente. Engenharia Ambiental.

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ABSTRACT

This study attempts to propose simple initiatives Environmental Education for primary education, making possible a relationship between grade school subjects and the environment, as well as transform the school environment in a suitable location for the development of activities related to environmental awareness. Ten projects were developed together with the educator Aline Barbosa Manali, graduated from University Paulista, with the goal of building an environmentally conscious generation. The projects were implemented in E.E. Professor Salvador Bove, a school located on the outskirts of the city of Campinas students of 5 º E series where classes, mostly, are taught by Professor de Cassia de Paiva Fernandes, an educator graduated from the University San Francisco. The completion of these projects was only possible because there was the continued involvement of students, faculty, staff and community who seek a better quality of life and citizenship, as well as respect and commitment to the environment in which we live.

Key words: Environmental Education. Basic Education. Environmental. Environmental Engineering.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

GRÁFICO 1: Dados de matrículas nas escolas do Município de Campinas (IBGE)

2010.............................................................................................................................29

GRÁFICO 2: Dados do número de escolas no Município de Campinas

(IBGE) - 2010 ............................................................................................................ 30

FIGURA 1: E.E. Professor Salvador Bove ................................................................ 31

FIGURA 2: Conexão Matemática .............................................................................. 33

FIGURA 3: Gincana do Caça Palavra e Palavra Cruzada (parte 1) .......................... 35

FIGURA 4: Gincana do Caça Palavra e Palavra Cruzada (parte 2) .......................... 35

FIGURA 5: Contando História ................................................................................... 36

FIGURA 6: Mapa Geográfico .................................................................................... 37

FIGURA 7:O Ciclo da água ....................................................................................... 38

FIGURA 8: A decomposição do Lixo ......................................................................... 39

FIGURA 9: Reciclagem ............................................................................................. 40

FIGURA 10: Confecção de artesanato ...................................................................... 43

FIGURA 11: Musical .................................................................................................. 44

FIGURA 12: Estudo do Meio ..................................................................................... 44

GRÁFICO 3: Você sabe o que é Educação Ambiental? ........................................... 47

GRÁFICO 4: Sua escola realiza atividades relacionadas à Educação

Ambiental? ................................................................................................................ 47

GRÁFICO 5: Você sabe o que é reciclagem? ........................................................... 48

GRÁFICO 6: Você já fez algum passeio com a escola para visitar

bosques, parques ou reservas? ................................................................................ 48

GRÁFICO 7: Você aprende sobre meio ambiente em sua escola? .......................... 49

GRÁFICO 8: Sua professora conversa periodicamente sobre meio

ambiente com você? ................................................................................................. 49

GRÁFICO 9: Resutado de acertos das questões iniciais .......................................... 52

FIGURA 13: Alunos desenvolvendo as atividades propostas ................................... 53

FIGURA 14:Explicação das atividades propostas ..................................................... 53

GRÁFICO 10: Resutado de acertos das questões finais .......................................... 54

GRÁFICO 11:Avaliação dos projetos aplicados em sala de aula .............................. 55

GRÁFICO 12:Aplicação dos projetos no dia a dia das aulas .................................... 55

12

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

2. MEIO AMBIENTE ............................................................................................... 15

2.1 PRINCIPAIS CONCEITOS ........................................................................... 15

3. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................. 18

3.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL ........................................................ 20

3.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO .......................... 20

3.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS ........................ 21

4. A CIDADE DE CAMPINAS E A EDUCAÇÃO ..................................................... 24

4.1 HISTORIA DA CIDADE DE CAMPINAS ...................................................... 24

4.2 HISTÓRIA DA ESCOLA E.E. PROFESSOR SALVADOR BOVE ................ 31

5. INICIATIVAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PROPOSTAS ............................. 33

5.1 MATEMÁTICA .............................................................................................. 34

5.2 LÍNGUA PORTUGUESA .............................................................................. 35

5.3 HISTÓRIA .................................................................................................... 37

5.4 GEOGRAFIA ................................................................................................ 38

5.5 CIÊNCIAS .................................................................................................... 38

5.6 EDUCAÇÃO ARTÍSTICA ............................................................................. 42

5.7 EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................... 43

6. ESTUDO DE CASO............................................................................................ 46

6.1 APLICAÇÃO INICIAL ................................................................................... 46

6.2 TESTE DE CONHECIMENTO – ANTES ..................................................... 51

6.3 APLICAÇÃO DOS PROJETOS .................................................................... 53

6.4 RESULTADO FINAL .................................................................................... 56

7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 59

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1. INTRODUÇÃO

Hoje se enfrenta sérias complicações no âmbito ambiental devido a

grandes problemas como o crescimento populacional, o consequente aumento

na produção do lixo, da poluição do solo, da água e do ar.

Falar sobre meio ambiente não é simplesmente definir conceitos,

comentar sobre os temas da atualidade, mais sim desenvolver uma postura

onde cada indivíduo seja capaz de transformar seu pensamento em um

pensamento coletivo sempre levando em consideração que cada ser humano

corresponde a uma parte desse ambiente.

A construção de uma geração ambientalmente consciente está

diretamente ligada à Educação, onde se pode transmitir e adquirir valores,

conceitos, atitudes, hábitos e que posteriormente serão passados de geração

para geração.

Quando se pensa em sensibilização de um grupo aplicando práticas de

Educação Ambiental as crianças aparecem em primeiro plano, pois elas são

um dos principais motivos de se pensar no futuro. Aplicar uma nova proposta

de Educação Ambiental no ambiente escolar nos proporciona um estímulo de

formar e transformar crianças onde elas possam adquirir uma postura

ambientalmente consciente.

Neste cenário a Educação Ambiental é um alicerce nas transformações

culturais e sociais de um povo, pois somente pela educação é que se

reconhece a identidade e características dos mesmos.

Vendo a necessidade de se criar um trabalho de Educação Ambiental na

escola de ensino fundamental E.E. Professor Salvador Bove, situada na

periferia da cidade de Campinas, iniciou-se juntamente com a Pedagoga Aline

Barbosa Manali, formada pela Universidade Paulista, um trabalho onde dez

projetos simples de Educação Ambiental fossem inseridos na grade de

disciplina dos alunos, onde os mesmos irão proporcionar atividades voltadas ao

conceito de meio ambiente no cotidiano das aulas.

A concretização desses projetos está diretamente ligada ao

envolvimento permanente de alunos, professores, funcionários e comunidade

visando uma melhor qualidade de vida e exercício da cidadania, bem como o

respeito e comprometimento ao ambiente em que se vive.

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Este trabalho contém sete capítulos, onde o primeiro demonstra uma

visão introdutória do estudo feito, o segundo define o conceito de diversos

autores sobre o meio ambiente em seu âmbito geral onde se faz uma ligação

com o terceiro capítulo que demonstra os conceitos de educação ambiental no

Brasil, no estado de São Paulo e na cidade de Campinas. A partir do quarto

capítulo é relatado uma breve história da educação na cidade de Campinas

adentrando ao histórico da E.E Salvador Bove, o quinto e principal capítulo

propõe os dez projetos de educação ambiental voltado ao ensino fundamental.

Nos últimos três capítulos mostram o resultado obtido com a aplicação dos

projetos e sua conclusão.

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2. MEIO AMBIENTE

2.1 PRINCIPAIS CONCEITOS

Dentre as várias denominações de meio ambiente, pode-se citar três

conceitos empregados por Seara (1992), Tblisi (1977) e Capra (1999) que

expressam de maneira abrangente a definição de meio ambiente.

De acordo com Seara (1992, p. 40):

“O ambiente é a totalidade do planeta e os elementos que o compõem: físicos, químicos e biológicos, tanto os naturais quanto os artificiais, tanto os orgânicos quando os inorgânicos, nos distintos níveis de sua evolução, até o homem e suas formas de organização na sociedade, onde a rede de inter-relações existentes entre estes elementos se encontra em estreita dependência e influência recíprocas.”

Para Tblisi (1977, p. 5) meio ambiente é:

“[...] é definido como o conjunto de sistemas naturais e sociais em que vivem os homens e os demais organismos e de onde obtêm sua subsistência.”

Já para Capra (1999, p. 20):

“Todos os seres vivos são membros de comunidades ecológicas ligadas umas às outras numa rede de interdependência.”

Todos os conceitos vinculam o meio ambiente e o ser humano, fazendo

a analogia de que um elemento depende do outro para sua sobrevivência.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 através do Art.

225. Refere-se ao meio ambiente definindo as funções do estado para sua

preservação:

Art. 225: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

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I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoque a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. § 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

Atrelando todos esses conceitos e olhando para o cenário atual onde se

tem um aspecto contraditório nas definições acima abordadas, observa-se que

os seres humanos que deveriam ser os principais interessados na conservação

dos recursos naturais, são os grandes responsáveis pela degradação.

Outro enfoque que não deve ser descartado é o modo como às relações

humanas podem refletir negativamente ou positivamente no meio ambiente. Da

mesma forma que o consumo desenfreado é prejudicial, a pobreza e a baixa

qualidade de vida podem causar danos sérios ao ambiente: a ocupação

desordenada de áreas impróprias à habitação, a poluição decorrente da falta

de saneamento básico, a agressão ao meio ambiente pela utilização de

técnicas inadequadas de produção, o “inchaço” das grandes cidades em

17

decorrência de movimentos migratórios de pessoas que fogem de uma

situação de pobreza e miséria são alguns exemplos.

Ainda que os países proclamem com veemência a autodeterminação na

gestão e utilização dos recursos naturais, sem perder de vista que o direito a

um ambiente saudável é um direito humano. A proximidade desses dois temas

– meio ambiente e a sobrevivência do homem – tem sido evidenciada,

principalmente, nos fóruns e debates internacionais que, cada vez mais, têm

ressaltado a importância deste tema como tema social e educacional.

Segundo Capra (1999) os valores dominantes que modelaram a nossa

cultura por várias centenas de anos, referenciavam-se na visão do universo

como um sistema mecânico, composto de blocos de construção elementares;

na visão do corpo humano como uma máquina; na visão da vida em sociedade

como uma luta competitiva pela existência; na crença no progresso material

ilimitado, obtido por intermédio de crescimento tecnológico; na crença em

sociedade na qual a mulher era classificada em uma posição inferior à do

homem.

Ainda segundo Capra (1999) o novo paradigma concebeu uma visão de

mundo holística – um mundo como um todo integrado, também podendo ser

entendida como uma visão ecológica. A percepção ecológica profunda

reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos: ela vê o

universo não como uma coleção de objetos isolados, mas como uma rede de

fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e são

interdependentes. A ecologia profunda reconhece o valor intrínseco de todos

os seres vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular da

teia da vida. Reconectar-se com a teia da vida significa construir, nutrir e

educar comunidades sustentáveis, nas quais se pode satisfazer nossas

aspirações e nossas necessidades sem diminuir as chances das gerações

futuras.

Capra (199) diz que para realizar esta tarefa é necessário compreender

estudos de ecossistemas, compreender os princípios básicos da ecologia, ser

ecologicamente alfabetizado ou “eco-alfabetizado”.

18

3. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Segundo Campos Machado as décadas de 60, 70 e 80 foram marcadas

por fortes impactos nas relações do homem com a natureza. Esse período

ficou conhecido como o momento da alienação do homem com o próprio

homem e deste com a natureza. Milhares de hectares de florestas foram

derrubados, bilhões são investidos em armamentos, produtos tóxicos foram

usados indiscriminadamente, erosão do solo crescente em todos os países, a

poluição do ar provocou doenças, mortes e comprometendo a temperatura e o

clima do planeta. Nos países pobres os índices de mortalidade crescem a cada

dia, esgotos correm a céu aberto, a quantidade de lixo produzido é

assustadora, os mananciais hídricos em estado de degradação, a fauna

ameaçada e indústrias com grande potencial poluidor continuam se

consolidando em escala crescente.

Dessa maneira a educação ambiental torna-se um exercício de

cidadania, com o objetivo de desenvolver uma consciência crítica nas pessoas.

Assim, devem ser abordadas problemáticas ambientais que se relacionem com

os aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais, científicos, tecnológicos,

ecológicos, legais e éticos (OLIVEIRA, 2006).

Para o tema Educação Ambiental tem-se várias definições?

I. Segundo a I conferência intergovernamental sobre educação

ambiental – Tbilisi (1977), Geórgia (ex. URSS) Educação

ambiental é definida como uma dimensão dada ao conteúdo e a

pratica da Educação, orientada para a solução dos problemas

concretos do meio ambiente, através de enfoques

interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de

cada indivíduo e da coletividade. (LEÃO; SILVA, 1999).

II. Para o CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente,

educação ambiental é um processo de formação e informação,

orientado para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as

questões ambientais e de atividades que levem a participação das

comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.

19

III. Na Comissão interministerial na preparação da ECO 92 definiu-se

que a educação ambiental se caracteriza por incorporar as

dimensões socioeconômicas, política, cultural e histórica, não

podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal,

devendo considerar as condições e estágios de cada país, região

e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo a

educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza

complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência

entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com

vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação

material e espiritual da sociedade, no presente e no futuro.

(LEÃO; SILVA, 1999).

IV. A ECO 92 foi um grande marco para a Educação ambiental, pois

promoveu a I Jornada Internacional de Educação Ambiental onde

o produto final desse encontro foi o “Tratado de Educação

Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade

Global”, nele foram reafirmados princípios e planos de ação e

diretrizes para a educação ambiental.

V. Segundo o Texto Final da Conferência das Nações Unidade Rio +

20 que ocorreu nos dias 20, 21 e 22 de julho de 2012, sediada na

cidade do Rio de Janeiro com o tema “O futuro que queremos”

deu continuidade aos trabalhos desenvolvidos na ECO 92,

promovendo a II Jornada Internacional de Educação Ambiental,

que definiu uma Rede planetária com a função de assegurar a

continuidade e a expansão das ações pós conferência, as

discussões dessa jornada apontaram grandes desafios como o

fortalecimento da relação empresa e educação, o fornecimento de

materiais pedagógicos entre países e a disseminação de políticas

públicas permanentes de educação ambiental.

Portanto, educação ambiental é um processo onde o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. A

educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação

20

nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e

modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (LEI No

9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999).

Caminhar em direção à educação ambiental exige, além de ações

específicas de gestão ambiental, planejamento com participação social,

afirmação de valores e negociação de interesses, promoção de parcerias e

articulação intersetorial.

3.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

Em 1981 o movimento ambientalista brasileiro conquistou a publicação

da Lei 6.938, que dispunha sobre a Política Nacional do Meio Ambiente

(PNMA), seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Através da

PNMA, o governo federal estabeleceu, no âmbito legislativo, a necessidade de

inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino incluindo a

educação da comunidade, objetivando a capacitá-la para a participação ativa

na defesa do meio ambiente, evidenciando a capilaridade que se desejava

imprimir a essa prática pedagógica (BRASIL, 2005). Em termos educacionais a

PNMA não alterou muita coisa na prática, a questão ambiental continuou sendo

vista como algo pertinente às florestas, mares e animais ameaçados de

extinção. Contudo, o parecer 819/85 do Ministério da Educação, reforçou a

necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo de

formação do ensino de 1º e 2º graus, integrados a todas as áreas do

conhecimento de forma sistematizada e progressiva, possibilitando a “formação

da consciência ecológica do futuro cidadão” (DIAS, 1991).

3.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DE SÃO PAULO

De acordo com a Política Estadual do Meio Ambiente – Lei Estadual nº.

9.509 de 20 de março de 1997 Artigo 3º entendem-se por:

21

I. Meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações

de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em

todas as suas formas;

II. Degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das

características do meio ambiente;

III. Poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de

atividade que direta ou indiretamente:

a) Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) Afetem desfavoravelmente a biota;

d) Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões

ambientais estabelecidos; e.

f) Afetem desfavoravelmente a qualidade de vida;

IV. Poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,

responsável direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação

ambiental (...).

Em São Paulo a Política Estadual de Educação Ambiental – Lei 12.780,

de 30 de novembro de 2007, Artigo 3º estabelece:

“Entende-se por Educação ambiental os processos permanentes de

aprendizagem e formação individual e coletiva para reflexão e construção de

valores, saberes, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências,

visando à melhoria da qualidade da vida e uma relação sustentável da

sociedade humana com o meio ambiente que integra.”

Como se pode observar no Estado de São Paulo, a lei que trata da

Educação Ambiental é bastante nova datando do ano de 2007, o que

demonstra o recente interesse legal na abordagem deste tema.

3.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

Para bem utilizar os instrumentos políticos-institucionais de formulação,

avaliação e implementação de políticas ambientais sustentáveis no Município

22

de Campinas e permitir a participação organizada da comunidade, o Poder

Executivo Municipal, em 29 de dezembro de 2008, criou através do Decreto

Municipal nº 16.530/08, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que tem

oficialmente as seguintes atribuições:

Definir e implementar programas e projetos na área de meio

ambiente;

Estudar e propor áreas de proteção ambiental e de recomposição

de vegetação ciliar no âmbito do Município;

Avaliar as políticas públicas com influência no Município, em

especial quanto ao impacto ambiental;

Formular e propor um Código Ambiental Municipal;

Sugerir instrumentos de melhoria da qualidade ambiental;

Promover a articulação e a integração dos diversos órgãos da

administração nos três níveis de governo, no que concerne às

ações de defesa do meio ambiente;

Promover estudos, normas e padrões de planejamento ambiental;

Formular e propor alterações e normas quanto a Estudos de

Impacto Ambiental – EIA, Relatórios de Impacto Ambiental - RIMA

e Estudos de Impacto de Vizinhança - EIV;

Estabelecer os termos de referência dos aspectos ambientais

para os planos, programas e projetos de outras áreas da

administração municipal.

Em Campinas de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente - SMMA:

Organizar e coordenar a fiscalização ambiental para o controle e

monitorização das potenciais fontes de poluição existentes no

Município, em conjunto com outros serviços de fiscalização da

Administração Municipal e de outros órgãos estaduais e/ou

federais;

Exercer o poder de polícia administrativa e gerenciar a imposição

de penalidades;

Propor e fazer cumprir normas e padrões pertinentes à qualidade

ambiental do ar, solo, água, ruídos e vibrações;

23

Elaborar e manter atualizados os cadastros e registros relativos a

controle ambiental;

Propor, executar e participar de planos e projetos que visem a

monitoração e o controle da qualidade ambiental;

Participar juntamente com o Estado e a União no controle,

vigilância e fiscalização da produção, armazenamento, transporte,

comercialização, uso e destino final de substâncias que comporte

riscos, efetivo e potencial, para a qualidade de vida e meio

ambiente;

Promover o desenvolvimento de normas e padrões de controle da

poluição em todas as suas formas;

Executar o licenciamento ambiental de empreendimentos em

geral a serem instalados ou existentes no Município, no âmbito de

competência da Secretaria;

Propor planos e projetos de recuperação de áreas degradadas

em conjunto com outros órgãos municipais e estaduais;

Orientar e supervisionar outros órgãos do Município a respeito

das questões ambientais;

Coordenar a definição das diretrizes ambientais para projetos de

parcelamento do solo;

Coordenar e executar programas de educação ambiental.

24

4. A CIDADE DE CAMPINAS E A EDUCAÇÃO

4.1 HISTÓRIA DA CIDADE DE CAMPINAS

Segundo Cappellano (2007) o nome Campinas de Mato Grosso foi o

primeiro nome dado à cidade de Campinas, devido à floresta densa e

inexplorada que caracterizava a região. Era passagem obrigatória das Missões

dos Bandeirantes que iam para as minas de ouro no interior.

O povoamento inicia-se entre 1739 e 1744 devido à vinda de Taubaté do

Capitão Francisco Barreto Leme do Prado. A primeira missa, oficializando a

fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas, foi

celebrada em 14 de julho de 1774, numa capela provisória. Em fevereiro de

1842, já com 2.107 habitantes e cerca de quarenta casas, foi elevada à

categoria de cidade com o nome de Campinas. Ficou conhecida como "cidade-

fênix" - em alusão à lenda da fênix, que ressurgiria das próprias cinzas - por

seu renascimento após o surto de febre amarela que devastou mais de 30% da

população no início do século XX (Cappellano, 2007).

Desde 1759, devido aos conflitos entre a Ordem e o governo português

os jesuítas foram expulsos de Portugal e de suas colônias, então se

determinou a criação de "aulas régias", para substituir os colégios dos

jesuítas(Cappellano, 2007).

Em Campinas não existiam colégios e nem foram criadas aulas régias:

alguns padres ou leigos com alguma instrução começaram a oferecer

catecismo e ensino de primeiras letras. Um dos primeiros professores de

Campinas foi Diogo Antonio Feijó, que veio morar na Vila de São Carlos em

1803, aqui permanecendo e lecionando as primeiras letras até 1818

(Cappellano, 2007).

Em 1814 foi criada uma cadeira de primeiras letras, a cargo do professor

régio Bernardo José da Silva, nomeado no mesmo ano como professor oficial

da Vila pelo governador do Estado. O segundo professor régio foi Custódio

José Inácio Rodrigues, conhecido popularmente como "Custódio Manco”.

(Cappellano, 2007).

25

Famílias com recursos contratavam tutores particulares, que preparavam

seus pupilos para a entrada em liceus, como o do Botafogo para as meninas e

o Atheneu e o Vitória para os meninos, ou, de preferência, no Colégio Pedro II,

o qual, criado em 1837, era o caminho certeiro para os almejados cursos

jurídicos e já garantia um diploma de bacharel em letras. A partir daí o destino

era ou a Europa ou os quatro cursos de direito e de medicina, este último no

Rio de Janeiro ou na Bahia (Cappellano, 2007).

Devido à cultura do café, no final do século, ocorreu um novo destaque à

cidade de Campinas, já que aqui se instalaram fazendas que eram

estruturalmente muito diferentes daquelas do Vale do Paraíba. Os famosos

"barões do café" empreenderam a tarefa de tornar as antigas fazendas

escravistas um negócio rentável. Modernizaram o plantio e a colheita,

introduziram a mão de obra assalariada na figura do imigrante europeu e,

deixando a fazenda nas mãos de uma gerência (como se fosse uma grande

empresa), puderam se fixar na cidade (Cappellano, 2007).

Neste ambiente rico de realizações, desigualdades e contradições, onde

grupos diferenciados conviviam, a educação passou a fazer parte do discurso

das elites campineiras. Existia a defesa da Educação tanto para os filhos

daqueles que detinham o poder econômico, os "barões do café", como para os

outros, os escravos, os imigrantes e migrantes, os libertos e os trabalhadores

nacionais livres e seus filhos (Cappellano, 2007).

Pessoas ilustres, que hoje dão nome às ruas centrais da cidade, como

Campos Salles, Francisco Quirino dos Santos, Francisco Glicério eram citados

exaustivamente nos almanaques e jornais de Campinas. Eram uma nova

classe de cafeicultores, capitalistas, profissionais liberais e membros de várias

entidades, tanto agrícolas como financeiras. Todos eles se envolveram direta

ou indiretamente com construções e manutenções de escolas. Francisco

Quirino, Francisco Glicério e José Maria Lisboa compuseram a Sociedade

Propagadora de Instrução, que manteve as "Aulas Noturnas" da Loja Maçônica

Independência. Campos Salles foi membro da Sociedade Corrêa de Mello,

responsável pela manutenção da escola Corrêa de Mello, e todos se

revezavam nas inaugurações e atividades referentes à educação (Cappellano,

2007).

26

Foi este mesmo segmento da sociedade: os cafeicultores e pessoas

ligadas a eles que construíram colégios e escolas não só para os seus

descendentes, mas também para os "párias" que habitavam esta cidade tão

cheia de contradições (Cappellano, 2007).

Quem construía estas escolas, as colocavam como alternativa aos

estabelecimentos mantidos pela monarquia, baseando o seu discurso na

suposição da inexistência de uma escolarização que deveria ser garantida pelo

então regime monárquico, conforme a Constituição de 1824 (que já previa o

Sistema Nacional de Educação, como meta ser alcançada) (Cappellano, 2007).

A importância da questão era tanta que a própria princesa Isabel,

enquanto regente do Império, na Fala do Trono (abertura do ano legislativo) de

1º de fevereiro de 1877, ressalta a necessidade de empenho dos

parlamentares no sentido da consolidação do Sistema Nacional de Educação e

da expansão da escola pública e gratuita (Cappellano, 2007).

A instrução pública continua a merecer do governo a maior solicitude.

Foram criadas no município da corte escolas de segundo grau, e as normais,

destinadas a preparar professores para o ensino primário de ambos os sexos.

Nas províncias este ramo de serviço apresenta sensível progresso, limitado,

porém pela falta de meios de que podem dispor. Se os melhoramentos

materiais por elas empreendidas têm recebido vosso auxílio, justificada será

qualquer despesa que autorizeis para coadjuvar esse grande elemento de

civilização (Cappellano, 2007).

Para os campinenses (ou campineiros), no entanto, o governo aparecia

como o grande responsável pela ignorância da população e os fundadores de

escolas, aqueles que a salvariam. Assim, na visão deles, o espaço para a ação

dos particulares abria-se como uma grande crítica à educação regida pelo

império (Cappellano, 2007).

A doutrina positivista difundida pela intelectualidade da época levava à

defesa de uma nova proposta educacional, fazendo parte de um discurso que

reconhecendo o crescimento econômico e as transformações advindas dele,

entendia a educação como um dos pilares que garantiria o desenvolvimento

social, acabando com a ignorância da população (identificada ao

analfabetismo), considerada um dos grandes obstáculos para o progresso da

nação (Cappellano, 2007).

27

Estes pressupostos, difundidos pelos intelectuais e oficiais do exército

(como Benjamin Constant) levaram os grandes fazendeiros e pessoas ligadas

a eles a construir inúmeras escolas em Campinas. Tanto foram criadas escolas

destinadas aos filhos das elites campineiras como aos pobres. São dessa

época as seguintes escolas e colégios: Colégio Cesarino ou Perseverança,

Colégio Culto à Ciência, Colégio Florence (escola para educação feminina,

fundada por Hércules e Carolina Florence, e que funcionou de 1863 a 1889),

Colégio Internacional. Além desses, de maior expressão, outras escolas

menores e particulares foram criadas como a escola "Malaquias Guirlanda", do

"João Bahia", o colégio São João Batista, a escola de "Eufrozina do Amaral",

de "Firmo Antonio da Silva", de "Severiano Borges Martins da Cunha" e muitas

outras que apareciam nos jornais e almanaques da época como escolas pagas,

destinadas a alfabetização ou oferecendo o chamado curso secundário, como

o "Collegio de João Batista Pupo de Moraes", do "bacharel João Alves Pinto",

de "Joaquim Roberto Alves e Emilio Henking", o "Collegio da Conceição", a

"Eschola Fraternidade", o "Collegio para Meninas" de D. Ignacia de A.

Camargo, o Externato da família Ferreira Penteado, o "Collegio Liberdade", a

"Escola" de Anna Matilde Pinto, o "Collegio da Glória", a "Escola" de D.Maria

Benedita Braga", e o "Externato Campineiro" (Cappellano, 2007).

Outras sustentadas pelos imigrantes como as "Escolas Alemãs", as

"Escolas Italianas" e a "Escola da Colônia Suíça" também eram

frequentemente citadas. Além dessas, a época foi marcada, também, pela

construção das chamadas "escolas populares". Classificadas, na época, como

destinadas ao povo, encontramos: As "Aulas Noturnas" da Loja Maçônica

Independência, o "Curso de Comercio Noturno", criado pelos professores do

Colégio Culto à Ciência, a "Escola do povo", a "Escola Corrêa de Mello”, a

"Escola Ferreira Filho", a "Escola Ferreira de Camargo", o "Asylo de Orphans",

a "Aula Noturna" da Loja Liberdade e Ordem. Estas escolas eram o lugar onde

se difundiam as ideias positivistas e republicanas (Cappellano, 2007).

A Escola Corrêa de Mello, mantida por particulares, oferecia curso

primário diurno e noturno gratuito à população pobre da cidade. Essa entidade

teve a sua fundação baseada na defesa de que mais do que idolatrar a ciência,

essa deveria apresentar resultados práticos para a humanidade. Assim, um

28

cientista teria a sua glória coroada com uma escola que levaria adiante o ideal,

e a prática, do cientificismo próprio do final do século. (Cappellano, 2007).

A escola foi fundada em 18 de abril de 1881 por uma associação

denominada "Sociedade Corrêa de Mello", em homenagem ao botânico

campineiro Joaquim Corrêa de Mello, farmacêutico formado pela faculdade de

Farmácia da Corte e estudioso da botânica de Campinas. (Cappellano, 2007).

A "Sociedade", formada por fazendeiros e intelectuais campineiros,

desde a morte de Corrêa de Mello em 1877, idealizava homenagear o

"cientista" da cidade, com um monumento. Em reuniões, decidiu-se que, o culto

à pessoa, deveria ser realizado não através da construção de uma estátua ou

busto, mas sim, construir uma escola. Essa construção mobilizou membros da

sociedade que realizaram festas, leilões, etc. com o objetivo de arrecadar

fundos para a construção do prédio, que deveria fornecer o ensino gratuito às

crianças pobres (Cappellano, 2007).

Além da questão da formação da mão de obra urbana, essas discussões

demonstravam também uma preocupação com a capacitação dos

trabalhadores que se encontravam na lavoura cafeeira. (Cappellano, 2007).

A preocupação com a escolarização dessa parcela da sociedade,

presente nessa escola apresentada, aparecia marcada por três itens: a

escolarização básica, a profissionalização tanto na perspectiva de preparar o

trabalhador urbano como o rural e o reconhecimento desse grupo enquanto

cidadãos. Os dois primeiros itens garantiriam o terceiro (Cappellano, 2007).

A luta contra a febre amarela fez surgir o Liceu Salesiano (1892), sendo

que em 1909 os padres salesianos transferiram sua escola para um local mais

central, dando origem ao atual Externato São João. O Liceu também fundou

uma escola agrícola em 1930, que também foi transferida em 1953

(Cappellano, 2007).

Os salesianos também inauguraram uma escola profissionalizante, a

escola São José. Com base nas experiências anteriores e nas orientações da

Diocese de Campinas surgiram outras escolas católicas, cada originada em

uma nova ordem religiosa, como o Colégio do Sacré Couer (Sagrado Coração),

criado pelas irmãs do Calvário em 1908 (Cappellano, 2007).

Um grupo social de significativa presença em Campinas foi dos

afrodescendentes, que haviam chegado, com a escravidão. Obtendo a

29

liberdade, em diferentes épocas, descaram-se como importantes agentes da

vida social na cidade, e não apenas como contingente da mão de obra não

qualificada, urbana e rural, mas como profissionais atuantes em várias áreas

(Cappellano, 2007).

Em 1860, em plena vigência da escravidão, o escravo liberto Antonio

Ferreira Cesarino e suas irmãs Bernardina, Amância e Balbina fundaram em

Campinas o Colégio Perseverança, conhecido como Colégio Cesarino, para

mulheres. Lecionavam professores negros de grande prestígio e havia alunas

negras sem recursos, sem qualquer tipo de subvenção oficial, além de alunas

pagantes, inclusive de camadas abastadas da sociedade. Em 1876, a

instituição foi visitada pelo Imperador D. Pedro II (Cappellano, 2007).

Outro caso importante foi a Escola de São Benedito, surgida nos fundos

da Igreja São Benedito, no final do século XIX, para educar alunos

afrodescendentes e pessoas sem recursos. A escola manteve uma banda

musical reconhecida na cidade. Em 1902 transformou-se no Colégio São

Benedito, funcionando com grande dificuldade em dependências anexas a

Igreja até 1908 (Cappellano, 2007).

Em 1900 foi criado o Colégio Progresso, instituição que sob a direção de

Emília de Paiva Meira, a partir de 1902, tornou-se um marco no ensino de

Campinas (Cappellano, 2007).

Em 1910 foi criada a escola Prática de Comércio, depois transformada

em Escola Técnica Bento Quirino, instalada na Praça Bento Quirino. Esta

escola oferecia ensino profissional masculino, gratuita, com recursos doados

por Bento Quirino dos Santos, em um período em que a indústria já tinha

grande destaque. O Instituto Bento Quirino (1915) teve o prédio projetado por

Ramos de Azevedo, sendo assumido pelo Estado em 1927 e transformado em

1950 no Ginásio Industrial estadual Bento Quirino, na atualidade o COTUCA,

incorporado à UNICAMP (Cappellano, 2007).

A Escola Complementar de Campinas (1902), de herança Republicana e

Positivista, que funcionava no Largo da Catedral, deu origem à Escola Normal

Carlos Gomes, cujo prédio só foi inaugurado em 1924 (Cappellano, 2007).

Nesta época, a maioria das escolas de Campinas eram isoladas,

contando com um professor que trabalhava com classes multisseriadas. No

centro da cidade havia os Grupos Escolares, com uma estrutura semelhante ás

30

atuais escolas. O primeiro Grupo Escolar Estadual construído em Campinas foi

Francisco Glicério, inaugurado em 7 de fevereiro de 1897, em edifício

construído por Ramos de Azevedo (Cappellano, 2007).

A partir de 1900 foram inaugurados o Grupo Escolar Dr. Quirino dos

Santos, Artur Segurado (1910), Orosimbo Maia (1923), Antônio Vilela Junior, D.

Barreto e D. Castorina Cavalheiro (Cappellano, 2007).

A Rede Pública Municipal assumiu proporções mais modestas,

mantendo no início do século XX apenas duas escolas, o Grupo Escolar Corrêa

de Mello e o Ferreira Penteado. Em 1907 a rede contava com 17 escolas, a

maioria isoladas, e 749 alunos matriculados (Cappellano, 2007).

Segundo os dados divulgados no censo de 2010 do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística) a cidade de Campinas tem uma

população de 1.080.113 habitantes, uma área territorial de 795,004 Km² e uma

densidade demográfica de 1.358,63 hab./Km².

Segundo esse mesmo censo os dados levantados sobre a educação na

cidade de Campinas são divididos em números de matriculas e números de

escolas, como são demonstrados nos dois gráficos a seguir.

Fonte:< http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> 2010. Acesso em 28 ago. 2012

GRÁFICO 1 – Dados de matrículas nas escolas no Município de Campinas.

31

Fonte:< http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> 2010 Acesso em 28 ago. 2012

GRÁFICO 2 – Dados de número de escolas no Município de Campinas.

4.2 HISTÓRIA DA ESCOLA E.E. PROFESSOR SALVADOR BOVE

A atual E.E. Professor Salvador Bove, foi fundada em de 1 fevereiro de

1985 no Rua Alberto Degrande, 330 - Jardim Nova Mercedes, na cidade de

Campinas, onde permanece até os dias de hoje (informação verbal).1

O nome da escola deu-se a uma homenagem ao Maestro Salvador

Bove, que teve suas primeiras letras em escolas da província de Bari, Corato,

Itália, dedicando-se ainda aos estudos de música, composição, piano e

instrumentos de sopro, cortas – violinos e órgão. Em princípios de 1915

assinou um contrato com a Banda Ítalo- Brasileira de Campinas, tornando-se

seu primeiro pistão e contramestre, sob-batuta de seu amigo e compadre

Maestro João De Tullio. O Maestro Salvador Bove licenciou em vários colégios

da cidade de Campinas e em 1929 fundou a Orquestra Sinfônica Municipal de

Campinas (informação verbal). ¹

Inicialmente a escola era conhecida por Escola Estadual de Primeiro

Grau – Agrupada (EEPG - A) Professor Salvador Bove, dispunha de três salas

1 Jaciara Jáfia Barbosa, na entrevista “A escola” realizada na E.E Salvador Bove, Campinas, ago.2012.

32

de aula totalizando cinquenta e dois alunos de ensino fundamental (segundo e

terceiro ano) (informação verbal)¹.

Em 2010 a E.E. Professor Salvador Bove passou a atender apenas

crianças do ciclo I de ensino, de primeira a quinta série. Hoje, a escola dispõe

de 514 alunos (informação verbal). ¹

A foto abaixo demonstra a fachada da escola atualmente:

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 1 – E.E Professor Salvador Bove.

33

5. INICIATIVAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PROPOSTAS

Assim que realizada a escolha da escola a se trabalhar foi realizada uma

reunião com o diretor Adauto Cardoso e a Vice Diretora Rita de Cássia

Henrique de Godói no qual designaram a professora Cássia Rogéria de Paiva

Fernandes, pedagoga formada pela Universidade São Francisco, e sua turma

de 23 alunos, com faixa etária entre dez e onze anos, da quinta série E como

pilotos desse projeto de Educação Ambiental para o Ensino Fundamental.

A proposta foi elaborada juntamente com a pedagoga Aline Barbosa

Manali a partir da grade de disciplinas dos alunos, onde os mesmo possam

fazer uma integração do meio ambiente em sua vida cotidiana, fazendo com

que a consciência ambiental seja efetiva em todos os meios que os alunos

estão expostos no dia a dia.

Segundo a pedagoga Aline Barbosa Manali, os conceitos de educação

ambiental devem estar inseridos no contexto escolar desde a educação infantil,

fazendo com que a atitudes dessas crianças estejam sempre ligadas à

preservação do meio ambiente, pensando sempre no conceito de

desenvolvimento sustentável, realizar atividades no qual ocorra o

desenvolvimento, porém sem impactar as gerações futuras.

Foram desenvolvidos dez projetos sendo eles: Conexão Matemática

para a disciplina de matemática; Gincana do Caça Palavra e Palavra Cruzada

para a disciplina de Língua Portuguesa; Contando Histórias para a disciplina de

História; Mapa Geográfico para a disciplina de Geografia; Ciclo da água,

Decomposição do Lixo e Reciclagem para a disciplina de Ciências; Confecção

de Artesanatos para a disciplina de Educação Artística e por fim Musical e

Estudo do Meio para a disciplina de Educação Física.

Para a elaboração de todos os projetos foi levado em conta o cenário

escolar da E.E. Professor Salvador Bove, que é uma escola que atende a

região periférica da cidade de Campinas, principalmente os bairros Itatinga,

Nova Mercedes, San Diego, Camélia e Parque Eldorado e a faixa etária das

crianças de dez a onze anos que irão participar do projeto.

34

5.1 MATEMÁTICA

TEMA: CONEXÃO MATEMÁTICA

OBJETIVO: Mostrar aos alunos o desequilíbrio causado pelo aumento

populacional e a falta de espaço no planeta.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Cartolina e Pincel atômico.

PROCEDIMENTOS: O professor fará cartões onde demonstrará as

simbologias de + (Mais) e – (Menos) conectados a um aspecto/impacto

ambiental (Ex.: + Polução, - Recurso natural) depois de feito todos os cartões o

professor irá embaralha-los e colar na lousa um cartão principal que será

“População”, assim cada aluno deverá pegar um cartão e ir colando do lado

que achar correto conforme modelo abaixo. Depois de encerrado a dinâmica o

professor deverá explicar à importância do equilíbrio da sociedade e como uma

atividade está conectada a outra assim como uma função matemática, onde

caso um número esteja errado ele altera todo o resultado:

Fonte: A autora, 2012. FIGURA 2 – Conexão Matemática.

35

5.2 LÍNGUA PORTUGUESA

TEMA: GINCANA DO CAÇA PALAVRA E PALAVRA CRUZADA

OBJETIVO: Estimular os alunos a pesquisar e relacionar o meio ambiente em

seu cotidiano.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Lápis e papel e Premiação ao(s)

grupo(s) vencedores.

PROCEDIMENTOS: Passar as instruções da Gincana aos alunos:

1- Separar a sala em grupos de quatro alunos;

2- O grupo que terminar primeiro e estiver com todas as respostas corretas

será o vencedor da gincana. Para avisar que terminou a atividade basta

apenas levantar a mão e gritar “TERMINAMOS”.

3- Caso ocorra empate os dois ou mais grupos receberam o premio;

4- Os diferentes grupos não poderão conversar entre si.

5- Para completar o Caça Palavra é necessário encontrar 10 palavras

relacionadas ao meio ambiente.

Após explicar todas as regras aos alunos fazer a entrega dos impressos com

as duas atividades: Caça Palavra e Palavra Cruzada.

O professor poderá escolher o prêmio que será entregue aos alunos

vencedores, com sugestão dê algo que tenha relação com o meio ambiente

como artesanatos feitos de material reciclado.

As figuras abaixo demonstram exemplos da gincana aplicada:

36

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 3 – Gincana do Caça Palavra e Palavra Cruzada (parte 1).

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 4 – Gincana do Caça Palavra e Palavra Cruzada (parte 2).

37

5.3 HISTÓRIA

TEMA: CONTANDO HISTÓRIAS

OBJETIVO: Fazer a interligação dos alunos com a evolução do mundo versus

meio ambiente.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Computador ou Cartolina ou Lousa

(dependendo o método que irá seguir); Caso seja utilizado o computador será

necessário um data show e Fotos de antes e depois de paisagens.

PROCEDIMENTOS: Através de imagens que podem ser feitas em slides,

desenhos ou figuras, o professor deve fazer um ANTES e DEPOIS do mundo

onde estamos contando a história de determinada comunidade que sofreu

devido à poluição (Ex. Enchentes), ou de comunidades indígenas que sofreram

devido ao progresso causado pelo homem, fazendo com que os alunos

entendam a importância de se avaliar todos os itens necessários antes da

execução de uma grande mudança/obra, conforme exemplo:

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 5 – Contando História.

38

5.4 GEOGRAFIA

TEMA: MAPA GEOGRÁFICO

OBJETIVO: Mostrar aos alunos os diferentes espaços geográficos do planeta.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Mapa do Planeta recortado; Animais

típicos de cada país recortados e Três Cartolinas.

PROCEDIMENTOS: Antes do início da aula o professor deverá recortar um

mapa do planeta e fazer recortes dos animais típicos de cada país. Ao iniciar a

aula o professor deverá introduzir explicando sobre a forma de geográfica de

cada país e como ele está disposto no planeta, e depois dividir a turma em

grupos de quatro pessoas onde cada grupo deverá colar na cartolina os

“pedaços” dos países formando o planeta terra, após terem feito essa primeira

etapa, os mesmos grupos deverão fazer as colagens dos animais

correspondentes a cada país. Ex: Austrália – Canguru, de acordo com o mapa

abaixo:

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 6 – Mapa Geográfico.

5.5 CIÊNCIAS

39

TEMA: O CICLO DA ÁGUA

OBJETIVO: Entender sobre o ciclo da água e sua importância na natureza.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Jornais e Revistas; Cartolinas e Lápis

de cor e/ou giz de cera.

PROCEDIMENTOS: O professor deverá explicar aos alunos como funciona o

ciclo da água abordando todas as etapas desse processo (evaporação,

transpiração, etc.) em seguida distribua revistas e jornais e peça para que os

alunos recortem figuras que representem o ciclo da água na vida cotidiana,

assim que todos estiverem com suas figuras recortadas, peça para que colem

na cartolina e caso seja necessário façam o complemento da paisagem com

desenhos utilizando lápis de cor ou giz de cera. Para realizar essa atividade a

turma pode ser dividida em grupos de até seis alunos, conforme abaixo:

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 7 – O Ciclo da água.

40

TEMA: A DECOMPOSIÇÃO DO LIXO

OBJETIVO: Fazer uma alerta aos alunos sobre a demora em que ocorre a

decomposição dos materiais.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Computador ou Cartolina ou Lousa

(dependendo o método que irá seguir); Caso seja utilizado o computador será

necessário um data show e Recorte das seguintes figuras: Papel, Palito de

Fósforo, Maça, Bituca de Cigarro, Chiclete, Lata de alumínio, Garrafa de

plástico e Vidros.

PROCEDIMENTOS: O professor deverá elaborar uma apresentação de slide

ou desenhar na lousa/ cartolina as seguintes figuras: Papel, Palito de Fósforo,

Maça, Bituca de Cigarro, Chiclete, Lata de alumínio, Garrafa de plástico e

Vidros. Assim que for mostrando para os alunos a figura o professor deve

estimula-los a falar quanto tempo esses materias demoram a se decompor na

natureza. (Papel três meses, Palito de Fósforo seis meses, Maça de seis a

dose meses, Bituca de Cigarro de um a dois anos, Chiclete cinco anos, Lata de

alumínio ficamos para sempre poluindo o meio ambiente, Garrafa de plástico

mais de cem anos e Vidros quatro mil anos), conforme ilustração:

Fonte: Autora, 2012 (imagens diversas de internet).

41

FIGURA 8 – A Decomposição do lixo.

TEMA: RECICLAGEM

OBJETIVO: Promover a reciclagem dentro do ambiente escolar.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Coletores de reciclagem coloridos

(caso não seja possível à compra dos coletores poderá ser utilizado sanitos

plásticos colorido).

PROCEDIMENTOS: O professor deverá orientar aos alunos como deve se

fazer a reciclagem, quais são as cores dos coletores e o que deve ser

descartado em cada um dos coletores. Se possível o professor poderá solicitar

ao responsável da escola para que possa comprar coletores que serão

distribuídos pelos corredores, salas e a cantina da escola, assim que os

coletores forem instalados, o professor orientador convoca uma reunião com

todos os integrantes da escola (alunos e funcionários) onde a turma irá explicar

sobre o tema reciclagem, aprendida em sala de aula, e dar início ao programa

de coleta seletiva da escola, conforme ilustração:

Fonte: Autora, 2012 (imagens diversas retiradas da internet). FIGURA 9 – Reciclagem.

42

5.6 EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

TEMA: CONFECÇÃO DE ARTESANATOS

OBJETIVO: Mostrar aos alunos a importância dos resíduos que podem ser

reciclados através de confecção de artesanatos.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Garrafa PET; Palha de milho;

Lâmpada; Soquete para base da luminária; Tesoura; Pincel e Cola branca.

PROCEDIMENTOS: Nesse procedimento faremos uma luminária com garrafa

PET, o professo deverá dividir a turma em grupos de cinco alunos cada,

separar para cada grupo: uma garrafa PET, 10 palhas de milho, um soquete

para a base, tesoura sem ponta, uma lâmpada, um pincel e cola branca.

Para confeccionar a luminária basta seguir os passos abaixo:

1- Lave a garrafa PET e seque-a;

2- Retire as duas extremidades da garrafa com uma tesoura;

3- Recorte pedaços da palha de milho de acordo com seu gosto (sugestão:

corte-as em forma de quadrado e retângulos);

4- Com o pincel aplique a cola branca aos poucos e cole os pedaços de

palha de milho já recortados até cobrir completamente a garrafa;

5- Encaixe a lâmpada no soquete e depois encaixe a garrafa.

43

Fonte: Autora, 2012 (imagens diversas da internet).

FIGURA 10 – Confecção de Artesanatos.

5.7 EDUCAÇÃO FÍSICA

TEMA: MUSICAL

OBJETIVO: Ensinar os alunos através da música os conceitos de meio

ambiente.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Lápis; caneta e papel.

PROCEDIMENTOS: Dividir a sala em grupos de até oito alunos e pedir para

que façam uma parodia ou criem uma música envolvendo todos os temas

abordados nas aulas sobre o meio ambiente, a natureza, a poluição, etc.

Depois que todos estiverem com as músicas prontas todos os grupos deverá

fazer uma apresentação para a sala.

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Fonte: Autora, 2012 (imagens diversas da internet). FIGURA 11 – Musical.

TEMA: ESTUDO DO MEIO

OBJETIVO: Fazer a iteração dos alunos com o meio ambiente.

MATERIAIS QUE SERÃO UTILIZADOS: Para realizar o estudo do meio é

necessário que o professor encontre um roteiro onde os alunos possam fazer a

interação com o meio ambiente, o passeio poderá durar um ou mais dias

dependendo dos procedimentos e individualidades de cada turma e escola.

Faz-se importante ressaltar que todos os alunos devem estar com as

autorizações dos pais assinadas antes do dia do passeio e os meios de

transporte, alimentação e caso seja necessário alojamentos contratados pela

escola sejam seguros, visando sempre à segurança e bem estar dos alunos.

PROCEDIMENTOS: O professor deverá levar os alunos a um lugar onde os

mesmos possam entrar em contato direto com a natureza (Zoológico, Parque

de Preservação, Mangue, Lagoa, Pesqueiro). Assim que chegar ao local o

45

professor deverá explicar sobre os animais e as paisagens do local. Depois da

visita, já nas dependências da escola, o professor deverá pedir para que os

alunos descrevam o que mais acharam interessante no passeio.

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 12 – Estudo do Meio.

46

6. ESTUDO DE CASO

A metodologia utilizada para aplicação e verificação dos resultados foi

inicialmente aplicar uma pesquisa simples chamada “PESQUISA INICIAL” para

avaliar como a E.E. Professor Salvador Bove tem incorporado o tema

educação ambiental em suas atividades.

Após os alunos terem respondido essa pesquisa e antes de ocorrer à

implementação dos projetos os alunos responderam um segundo questionário

chamado “EDUCAÇÃO AMBIENTAL – AVALIAÇÃO”, para avaliar seu nível

conhecimentos no contexto geral de educação ambiental, a partir dessas

respostas os projetos foram aplicados.

Ao término da aplicação dos projetos e com o objetivo de comprar as

respostas iniciais do questionário “EDUCAÇÃO AMBIENTAL – AVALIAÇÃO”

esse mesmo questionário foi aplicado aos alunos em forma de avaliação do

conhecimento adquirido.

6.1 APLICAÇÃO INICIAL

Com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento da turma em relação

à educação ambiental aplicada atualmente no ambiente escolar, aplicou-se

uma pesquisa inicial simples com todos os alunos da sala.

Foi solicitado que cada aluno respondesse as questões, demonstradas

abaixo, de acordo com seu conhecimento atual, não foi realizada nenhuma

explicação no que se diz respeito ao tema de Educação Ambiental.

47

PESQUISA INICIAL

Nome:_______________________________________________________. Idade: _____ anos.

1- Você sabe o que é Educação Ambiental?

a) Sim.

b) Não.

c) Nunca ouvi falar.

2- Sua escola realiza atividades relacionadas à Educação Ambiental?

a) Sim.

b) Não.

c) Nunca ouvi falar.

3- Você sabe o que é Reciclagem?

a) Sim.

b) Não.

c) Nunca ouvi falar.

4- Você já fez algum passeio com a escola para visitar bosques, parques

ou reservas?

a) Sim.

b) Não.

c) Nunca ouvi falar.

5- Você aprende sobre meio ambiente em sua escola?

a) Sim.

b) Não.

c) Nunca ouvi falar.

6- Sua professora conversa periodicamente sobre meio ambiente com

você?

a) Sim.

b) Não.

c) Nunca ouvi falar.

A partir das respostas dos dezessete alunos, que estavam presentes na

sala de aula, obtivemos os seguintes resultados:

48

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 3 – Você sabe o que é Educação Ambiental?

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 4 – Sua escola realiza atividades relacionadas à educação Ambiental?

14

2 1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não Nunca ouvi falar

Você sabe o que é Educação Ambiental?

15

0

2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não Nunca ouvi falar

Sua escola realiza atividades relacionadas à Educação Ambiental?

49

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 5 – Você sabe o que é reciclagem?

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 6 – Você já fez algum passeio com a escola para visitar bosques,

parques ou reservas?

16

1 0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não Nunca ouvi falar

Você sabe o que é Reciclagem?

15

2

0 0

2

4

6

8

10

12

14

16

Sim Não Nunca ouvi falar

Você já fez algum passeio com a escola para visitar bosques, parques ou

reservas?

50

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 7 – Você aprende sobre meio ambiente em sua escola?

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 8 – Sua professora conversa periodicamente sobre meio ambiente com você?

Analisando os dados percebe-se que a E.E. Professor Salvador Bove,

promove e incorpora atividades de educação ambiental para a maioria das

crianças.

16

0 1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Sim Não Nunca ouvi falar

Você aprende sobre meio ambiente em sua escola?

7

10

0 0

2

4

6

8

10

12

Sim Não Nunca ouvi falar

Sua professora conversa periodicamente sobre meio ambiente com você?

51

Porém ao analisar a questão sobre a periodicidade de explicações da

professora em sala de aula o resultado demonstra que esse item precisa ser

melhorado.

Através de conversas com o corpo docente e os funcionários pode se

perceber que essas atividades acontecem, porém não tem periodicidades

definidas, os professores tem a liberdade de introduzir as atividades de acordo

com seus critérios.

6.2 TESTE DE CONHECIMENTO – ANTES

Antes de fazer a aplicação dos projetos foi feito um teste de

conhecimento com questões chaves no que se diz a respeito de Educação

Ambiental, conforme mostrado no questionário abaixo:

52

EDUCAÇÃO AMBIENTAL – AVALIAÇÃO

Nome:_______________________________________________________ Idade: _____ anos.

1. Ligue as cores correspondentes a cada descarte:

AZUL METAL

AMARELO VIDRO

VERMELHO PAPEL

VERDE PLÁSTICO

2. Qual dos resíduos abaixo demora mais tempo para se decompor no

meio ambiente?

PAPEL VIDRO PLÁSTICO CHICLETE

3. Dos itens abaixo assinale todos que fazem parte do ciclo da água:

CHUVA PINCEL LAGO CANETA

RIO MESA NUVEM EVAPORAÇÃO

4. Dos itens listados abaixo qual deles é um elemento da FAUNA

brasileira?

PEIXE LIXO CIGARRO MARGARIDA

5. Agora escolha um elemento da FLORA:

ARARA VIDRO GATO ROSA

6. “Transformar objetos materiais usados em novos produtos para o

consumo” é o significado de:

LIXO POLUIÇÃO RECICLAGEM

Os testes foram feitos com os dezessete alunos de forma oral, onde

cada um pode dividir com a sala suas experiências. O seguinte resultado foi

comprovado.

53

Fonte: Autora, 2012.

GRÁFICO 9 – Resultado de acertos nas questões iniciais.

OBS.: Os números dispostos na abscissa (x) correspondem ao número

da questão do teste e a porcentagem disposta na ordenada (y) corresponde à

porcentagem de acertos.

Com os dados mostrados acima se percebe que a maioria dos alunos

tem um contato maior com o tema Reciclagem e quando são questionados com

temas sobre decomposição de lixo, fauna e flora principalmente, se deparam

com dificuldades nas respostas. Para o tema ciclo da água percebeu-se que a

maioria das crianças conhecia o tema através de telejornais ou de reportagens

lidas em revistas, o conhecimento que foi demonstrado era bem simplório

conforme demonstrado no depoimento da aluna Giovanna “A água evapora e

sobe para as nuvens e depois chove”.

6.3 APLICAÇÃO DOS PROJETOS

Com a aplicação dos projetos os alunos puderam entrar em contato com

itens que compõe a Educação Ambiental de uma forma diferente da

convencional.

60,00%

20,00%

30,00%

10,00% 10,00%

50,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

1 2 3 4 5 6

Teste - Antes

54

A aplicação ocorreu com dezesseis alunos do 5º E durante o mês de

outubro de 2012, a cada explicação uma atividade era proposta para que os

alunos pudesse assimilar o contexto apresentado anteriormente na prática.

As fotos abaixo mostram os alunos desenvolvendo as atividades

propostas e a lousa com os temas do projeto da matéria de Língua Portuguesa:

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 13 – Alunos desenvolvendo as atividades propostas.

Fonte: Autora, 2012. FIGURA 14 – Explicação de atividade proposta.

55

Para avaliar a eficácia das explicações e das atividades propostas foi

realizado o mesmo teste feito inicialmente (“EDUCAÇÃO AMBIENTAL –

AVALIAÇÃO”), porém agora os alunos deveriam responder de acordo com

todos os projetos que foram vistos na sala de aula.

O resultado foi excelente, em todas as questões a porcentagem de

acertos ficou acima de 75%, conforme mostrado no gráfico abaixo:

Fonte: Autora, 2012. GRÁFICO 10 – Resultado de acertos nas questões finais.

Além de todas as questões aplicadas sobre o contexto passado, os

alunos também responderam dando sua opinião sobre o que acharam dos

projetos aplicados em sala de aula e qual sua vontade de introduzir esses

projetos no dia a dia das aulas. Os resultados são demonstrados abaixo:

81,25%

93,75% 87,50% 87,50%

75,00%

87,50%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

1 2 3 4 5 6

Teste - Depois

56

Fonte: Autora, 2012.

GRÁFICO 11 – Avaliação dos projetos aplicados em sala de aula.

Fonte: A autora, 2012. GRÁFICO 12 – Aplicação dos projetos no dia a dia das aulas.

6.4 RESULTADO FINAL

Os primeiros dados coletados da 5º série E, sem que os alunos tivessem

nenhuma instrução sobre os temas que seriam apresentados, comprovou que

conheciam parcialmente os assuntos relacionados à reciclagem e quando se

94%

6%

0%

Avaliação do Projeto

Bom Regular Ruim

100%

0% 0%

Continuação dos Projetos

Sim Não Talvez

57

tratava de outros temas como decomposição do lixo, ciclo da água, entre

outros o conhecimento era bastante simplório, e muita das vezes vinha de

outro recurso de informação como jornais, revistas ou programas de televisão.

Durante a aplicação dos projetos notou-se que o grande interesse dos

alunos nos temas tornava a aula participativa, todos queriam contar suas

experiências, fazer perguntas sobre os temas, provando que temas

relacionados ao meio ambiente podem tornar as aulas mais interessantes e

diversificadas.

Após a implantação dos projetos e a coleta dos resultados obtidos

através das respostas do teste mostrou uma melhora significativa no

conhecimento dos alunos nos temas apresentados, os acertos de todas as

perguntas feitas no teste superaram os 70%.

Para finalizar o programa feito na E.E. Professor Salvador Bove, os

alunos responderam a duas perguntas para que pudessem expressar sua

opinião. A primeira delas foi sobre o grau de satisfação dos projetos aplicados

em sua sala, o resultado foi que 94% dos alunos avaliaram a implementação

do projeto como boa (maior nível estipulado). Na segunda pergunta 100% dos

alunos votaram na continuação dos projetos.

58

7. CONCLUSÃO

Após o levantamento da bibliografia sobre o tema Educação Ambiental

percebe-se que as atividades relacionadas ao tema são incentivadas pela

legislação brasileira mesmo sendo de datas recentes.

Mesmo a direção da E.E. Professor Salvador Bove abrindo espaço aos

seus docentes para que os mesmos trabalhem com o tema ambiental, a

cobrança de resultados não são efetivos e os docentes por sua vez tratam o

tema de forma singular, focando principalmente em assuntos relacionados à

reciclagem, enquanto poderiam aprimorar seus conhecimentos desenvolvendo

atividades diferenciadas, usando o tema educação ambientais. A partir de

ideias simples é possível articular e planejar ações de interação com atividades

já aplicadas na escola e o meio ambiente.

A criação, juntamente com a pedagoga Aline Barbosa Manali, de

projetos que se encaixem nas disciplinas e no cotidiano das aulas, faz com que

os docentes incorporem temas ambientais sem precisar sair do foco principal

da disciplina e despertando nos alunos a curiosidade sobre o tema ambiental.

Ficou provado o interesse dos alunos pelo tema, o que leva a crer que pode-se

realizar bons projetos de conscientização e aplicação no dia a dia.

Por fim defendo que docentes e instituições possam aderir a esse tipo

de metodologia em suas atividades escolares, visando uma melhor qualidade

de vida e cidadania, bem como o respeito e comprometimento ao ambiente em

que se vive.

59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm> Acesso em 07 jun. 2012. CAPPELLANO, Luiz Carlos. Breve História da Educação em Campinas. Disponível em:< http://www.webartigos.com>. Acesso em 05 out. 2012. CAPRA, F. O ponto de mutação, a ciência, a sociedade, a cultura emergente. São Paulo, Cultrix, 1999. CARVALHO, Luiz Marcelo. A Temática Ambiental e a Escola de Primeiro Grau. São Paulo: Tese de Doutorado, Faculdade de Educação, USP, 1989. COLBORN, Theo; DUMANOSKI, Dianne; MYERS, John Peterson. O futuro roubado. Porto Alegre: L&PM, 2002. CONFERÊNCIA das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento – Rio/92 – Agenda 21, capítulo 36: Promoção do Ensino, da Conscientização e do treinamento, Rio de Janeiro, 1992. CONFERÊNCIA Intergovernamental sobre educação ambiental. Disponível em < http://www.ufpa.br/npadc/gpeea/DocsEA/ConfTibilist.pdf>. Acesso em 07 jun. de 2012 DIAS, Genebaldo Freire. Educação ambiental: princípios e praticas. 5º. e 6º. ed. São Paulo: Gaia, 2000. GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. Porto Alegre: Artmed, 2000. GRUN, Mauro. Ética e Educação Ambiental – A Conexão Necessária. São Paulo: Papirus, 1996. IBAMA. Educação para um Futuro Sustentável – uma visão transdisciplinar para uma ação compartilhada. Brasília: IBAMA & UNESCO, 1999. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. IBGE Cidades@. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em 28 ago. 2012. LEÃO, Ana Lúcia Carneiro; SILVA, Lúcia Maria Alves. Fazendo Educação Ambiental, 4ª ed. rev. atual. Recife: CPRH, 1999, 32p. (Biblioteca Pernambucana do Meio Ambiente, 002).

60

MACHADO, Silvia Maria de Campos; PEDROSO, Mylene Lyra; ROCHA, Mario Borges da; TELLES, Marcelo de Queiroz. Vivências integradas com o meio ambiente. São Paulo: Sá Editora, 2002. MINISTÉRIO da Educação e do Desporto. Panorama da Educação Ambiental no Brasil. Brasília: COEA/MEC, 2000. NOAL, Fernando O; REIGOTA, Marcos & BARCELOS, Valdo H.L. (Orgs.). Tendência na Educação Ambiental Brasileira. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998. PANTANO, Rubens & ROSA, Derval dos Santos. Meio Ambiente Múltiplos Olhares. Campinas: Companhia da Escola, 2005. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 225. Disponivel em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_1997_225.pdf>. Acesso em 07 de jun. 2012. SEARA FILHO, Germano. Seara Apontamentos de introdução à Educação Ambiental. In: Ambiente, vol. 6 n º 1, 1992. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE CAMPINAS. Decreto Municipal 16.530/08. Disponível em <http://www.campinas.sp.gov.br/governos/meio-ambiente/atribuições.php>. Acesso em 07 de jun. 2012. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Política Estadual de Educação Ambiental - Lei nº 12.780. Disponível em <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91905/politica-estadual-de-educacao-ambiental-lei-12780-07-sao-paulo-sp> Acesso em 07 de jun.2012. UNITED NATIONS CONFERENCE ON SUSTAINABLE DEVELOPMET. The Future We Want. Disponível em: <http://www.uncsd2012.org/thefuturewewant.html>. Acesso em 18 out. 2012