educação inclusiva

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LUIZ CARLOS SOARES SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO EDUCAÇÃO FISICA A TRANSIÇÃO DO PARADIGMA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MODELO SEGREGADO A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL

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educação inclusiva desafios

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ABNT - UNOPAR - Completo

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SUMRIO31INTRODUO

42DESENVOLVIMENTO

83CONCLUSO

9REFERNCIAS

1 INTRODUO

Neste artigo as autoras refletem brevemente sobre o caminho trilhado pela Educao Especial no Brasil, ponderando os padres tericos em vigor no momento e as Polticas Pblicas Educacionais na contemporaneidade. importante frisar que as autoras deixam claro que as propostas do momento no concluem com as j implementadas anteriormente elas devem coexistir entre si, visto que a filosofia da incluso nada mais que fazer uma educao de qualidade para todos. A escola deve ser no s um local de aprendizagem, mas uma comunidade educativa, satisfazendo aos alunos de todas as caractersticas, sejam elas, pessoais, sociais ou psicolgicas tendo eles ou no deficincia.2 DESENVOLVIMENTODA educao Especial inicialmente se pautava num suporte a escola regular, sendo como um sustentculo do ensino regular, funcionava paralelamente a ela, no contemplando a possibilidade de desenvolvimento do individuo, era pautada no modelo medicalocentro, todo voltando ao vis teraputico, investido muito pouco na atividade acadmica.Nos anos 70 com os avanos da pedagogia e da psicologia da aprendizagem, pode-se perceber que O deficiente pode aprender o que resultou na mudana de paradigma do modelo mdico para o modelo educacional. Dando mais nfase a falha do meio em proporcionar condies adequadas para a aprendizagem e o desenvolvimento desses indivduos. Entrado ento nos anos 80 com a tendncia mundial de combater as desigualdades, instituindo-se a a integrao de alunos com deficincia nas escolas regulares, porem, as classes especiais implantadas nas escolas segregaram ainda mais os alunos que no se enquadravam ao sistema regular de ensino. Vale lembrar que foi com esse modelo que comeou a consolidar no Pas a filosofia da integrao e Normalizao, onde o deficiente tem direito de conviver e usufruir das condies de vida normais, participando das mesmas atividades que os demais. Com o processo de redemocratizao passou a se pensar numa transformao radical nas polticas publicas de atendimento a essa clientela. Surgindo assim um novo conceito de escola inclusiva com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Especial, onde a escola deve propor aes que favoream a incluso social e praticas educativas diferenciadas que atendam a todos, onde a diversidade deve ser valorizada.

necessrio, porm, capacitar os educadores para que possam se adaptar aos educandos com necessidades especiais, dando ao professor suporte para sua ao pedaggica.

No que tange a as necessidades educativas especiais as autoras apontam alguns desafios: desenvolver instrumentos de monitoramento sistemtico, realizao de pesquisas, implantao de programas de capacitao de recursos humanos que incluam a formao de professores para a nova realidade do sistema de ensino.Essa nova forma de ver educao ajudou a dar fora para a implantao e implementao de uma poltica publica inclusiva, com objetivos a serem cumpridos, mesmo sendo um pouco deficitrio, mas j um comeo e como todo comeo ainda tem muito que ser melhorado e ampliado.No se pode segregar ningum por causa de sua deficincia, a educao inclusiva no s valoriza o portador de necessidades especiais como uma questo de direitos humanos, todavia, o sistema de ensino deve proporcionar tambm condies de participar das decises e aes deste sistema, formando um aluno crtico, que sabe lutar pelos seus direitos, valores e crenas. Tendo em vista que incluir quer dizer fazer parte de algo, e se faz parte tem que fazer por inteiro, combatendo atitudes discriminatrias, rompendo o paradigma da escola regular tradicional, exigindo novas formas de ensinar e aprender e transformando a escola um local onde alunos e professores tenham o mesmo direito de participar do processo ensino/aprendizagem. H tambm a necessidade de adequar a estrutura escolar para receber os alunos portadores de necessidades especiais, com banheiros adaptados, rampas, elevadores e caladas para facilitar a mobilidade, para que este aluno no se sinta excludo na sua incluso logo na entrada do prdio escolar.

O educador precisa aprender a valorizar as competncias dos alunos includos, no se prendendo apenas nas suas limitaes, dialogar com a famlia do aluno com deficincia ajuda tambm a aprender o que os pais fazem em casa para melhor desenvolver suas atividades no ambiente escolar e a lembrar que mesmo com deficincia a criana tem potencial e cabe ao professor descobrir a forma de dar maior autonomia ao aluno.Para serem includos os alunos precisam participar ativamente da sociedade tornando real o compromisso do sistema educacional de incluso.

Para relembrar como se iniciou o processo de incluso importante lembrar que nos primrdios pessoas com deficincia eram segregadas, escondidas para que ningum visse, deixadas como um objeto sem utilidade. A elaborao de um processo que assegurassem a participao livre e inclusiva iniciou-se em 1948 com elaborao da Declarao Universal dos Direitos Humanos. Em 1966 enfocado nos direitos individuais e sociais bsicos, voltou-se um pouco para os grupos vulnerveis, as minorias, passando a ser efetivados por meio de rgos jurdicos e princpios aplicados a cada grupo diferenciado. Sendo assim a legitimao da democracia para demandas especificas que preservavam a igualdade assegurada pelo direito, que teve um longo caminho a trilhar, tendo como marcos legais: em 1948 a Declarao Universal dos Direitos Humanos, a Constituio Federal de 1988, em 1990 a Conferencia Mundial sobre Educao para Todos e o Estatuto da Criana e do Adolescente, em 1994 a Declarao de Salamanca, em 1999 a Conveno da Guatemala, em 2001 o Decreto 3.956 que promulgou a Conveno da Guatemala e a Resoluo nmero 2 das Diretrizes da Educao Especial na Educao Bsica, em 2006 com a Conveno sobre os direitos das pessoas com deficincia, em 2007 o Decreto Legislativo 186 Rotativo que ratificou a Conveno, em 2008 com a Poltica Nacional da Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva, o Decreto que dispe sobre o atendimento educacional especializado e a Conveno Nacional da Educao Bsica, em 2009 o Decreto executivo 6949 que ratifica a Conveno e a Resoluo nmero 4 das Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educao Bsica. E foi assim que aps uma longa caminhada a Educao inclusiva comeou a pensar em formar cidados da nova gerao tendo a diversidade como direito, transmisso de saberes e valores sociais com qualidade social para todos, rompendo com a lgica da excluso.

A educao inclusiva visa um novo conceito onde as pessoas com deficincia no sejam excludos com a nica alegao de que so deficientes, que elas tenham acesso ao sistema educacional de qualidade e gratuito com igualdade de condies das outras pessoas da comunidade, participar da famlia e da comunidade em que vivem, promover a acessibilidade em todos os setores, articulao intersetorial na implantao e implementao de polticas publicas. Como parte da prtica educacional a educao especial deve oferecer atendimento educacional especializado, organizando recursos pedaggicos e de acessibilidade, eliminando barreiras, visando independncia e a autonomia das pessoas com deficincia frente realizao de suas tarefas.

As principais mudanas ocorridas com a escola inclusiva foram: a incluso, numa sociedade de excludos, o educador com capacidade de conviver com o diferente, sendo este um processo gradual e dinmico, adotando formas diferentes com forme as necessidades e habilidades dos alunos, sendo a integrao uma via de Mao dupla envolvendo os portadores de necessidades especiais e os ditos normais. A mudana ainda necessria aceitao das diferenas, no uma simples colocao em sala de aula, no quer dizer que somos todos iguais, significa reconstruir a nossa forma de ver o deficiente, dando condies de acesso e participao, cuidando de todos os alunos desenvolvendo competncias e atitudes para a incluso da pessoa com deficincia na sociedade.3 CONCLUSOPode-se concluir que as autoras disponibilizam um breve histrico sobre a educao inclusiva at os dias atuais, ponderando sobre as necessidades de busca de conhecimento, melhoria no ambiente e a necessidade de qualificao do educador para melhoria do processo de educao especial.

Vale lembrar que as pessoas com deficincia precisam ser includas no somente no ambiente escolar, mas na sociedade como um todo, integrando no s a vida escolar como a comunitria, tendo um sistema que inclua no s fisicamente, mas estruturalmente satisfazendo as necessidades dos portadores de necessidades especiais para que possam lhe proporcionar uma maior autonomia. A incluso no pode ser apenas incluir o portador de necessidades especiais nas escolas regulares, sem as modificaes necessrias para atender as diversidades dos alunos, pondo fim ao modelo sociolgico do atual enfoque dado a deficincia, considerando que todos os alunos sejam eles portadores de necessidades especiais ou no, devem receber uma educao de qualidade, com ambientes educacionais flexveis, estratgias educacionais com base em pesquisas, facilitao do acesso as pessoas com deficincia e principalmente com condies adequadas de trabalho para a equipe tcnica pedaggica dedicada ao projeto de incluso e adaptando a sociedade para tornar-se acolhedora e responsvel por todos os cidados.REFERNCIAS

BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Especial. Resoluo N 04 CNE/CEB. De 02 out. 2009. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educao Bsica Modalidade Educao Especial. Braslia, DF, 2011.BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Especial. Poltica Nacional de Educao na Perspectiva da Educao Inclusiva, Braslia: DF, 2010.

BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Especial. Marcos poltico-legais da educao especial na perspectiva da educao inclusiva. Braslia DF, 2010. Declarao Sobre Educao para todos Conferencia de Joimtiem, 1990. Declarao de Salamanca Unesco 1994. Disponvel em: < http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Direito-a-Educa%C3%A7%C3%A3o/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos.html>. Acesso em 09 de maio de 2015.

GLAT, R.: FERNANDES, E. M. Da Educao Segregada Educao Inclusiva: Uma Breve Reflexo sobre os Paradigmas Educacionais no contexto da Educao Especial Brasileira. Revista Incluso, Braslia, V. 1, n. 1, p. 35-39, 2005.

Cascavel

2015

A TRANSIO DO PARADIGMA DA EDUCAO ESPECIAL NO MODELO SEGREGADO A PERSPECTIVA DA EDUCAO INCLUSIVA NO BRASIL

LUIZ CARLOS SOARES

LUIZ CARLOS SOARES

A TRANSIO DO PARADIGMA DA EDUCAO ESPECIAL NO MODELO SEGREGADO A PERSPECTIVA DA EDUCAO INCLUSIVA NO BRASIL

Trabalho de Sociedade Educao e Cultura, Educao Inclusiva, Lingua Brasileira de Sinais Libras, Seminrio da Prtica I, Educao a Distncia apresentado Universidade Norte do Paran - UNOPAR, como requisito parcial para a obteno de mdia bimestral nas disciplinas de Sociedade Educao e Cultura, Educao Inclusiva, Lingua Brasileira de Sinais Libras, Seminrio da Prtica I, Educao a Distncia.

Orientador: Prof. Wilson Sanches, Mariana de Oliveira, Regina Celia Adamuz, Rosely Cardoso Montagnini, Sandra C. Malzinoti Vedoato, Mari Clair Moro Nascimento e Vilze Vidotte Costa.

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Sistema de Ensino Presencial Conectado

Educao fisica