Educomunica 08 issuu

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Um ano de conquistas. Assim podemos definir 2013 para alguns cursos ligados à Faced. O Jornalismo obteve nota máxima no Enade, um orgulho para docentes e discentes. Nesta edição vamos discutir os reflexos disso para o curso, as disciplinas de Ciências Sociais como fatores que influenciaram na nota e as mudanças na grade curricular para os próximos anos, uma forma de continuar com conceito elevado e de se adequar sempre às necessidades dos futuros jornalistas. Conquistas também para a inclusão social. O curso de Língua Portuguesa passou a contar com o ensino de Libras. Na pedagogia à distância a formação da primeira turma que já ganha mercado e faz a diferença. Mas em meio a tantas vitórias ainda temos muito a avançar como a alfabetização de todos os prestadores de serviço que estão ligados à Universidade. Uma de nossas reportagens revela que vários terceirizados têm escolaridade baixa e alguns chegam a ser analfabetos. Uma boa leitura a todos!

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EDUCOMUNICA

Inclusão

UFU oferece curso de língua portuguesa com

domínio em Libras. Dados do IBGE revelam que

9,7 milhões de pessoas, no Brasil , sofrem com

algum grau de deficiência auditiva sendo dois

milhões com deficiência severa.

Página 5

BBii aanncc aa

JJ uuddii ccee

Confira uma entrevista com os novos professores do curso de Jornalismo.Ingrid Gomes e Rafael Venâncio falam sobre carreira e projetos.

Página 1 2

Rádio

A rádio universitária completou 26 anos no ar.

Com 24 horas de programação educativa que

aos poucos abre espaço para universitários.

Página 11

EAD

Curso de pedagogia a distância formou a pri-

meira turma e já começa a preencher lacunas

exitentes no mercado profissional.

Página 9

EnadeNota trás espectativas e reflexões sobre o cur-

so. Conheça as mudanças na grade curricular e

o peso que as discipl inas de Ciências Sociais

dão ao Jornalismo da UFU.

Página 3, 4 e 5

Educação de

Jovens e AdultosParte dos prestadores de ser-

viço da UFU não concluíu o en-

sino fundamental e outros nem

foram alfabetizados. Muitos não

conseguem participar do EJA

porque o horário de trabalho é

incompativel com o período de

aula.

Página 7

PPrr iiss ccii llaaCCooss ttaa

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EDUCOMUNICA Ano V - janeiro 2014 - nº 8 UFU

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Entrar no Facebook é fácil e maisfácil ainda é ter vários amigos. Quantomais amigos você tiver melhor. Maiscurtidas você irá receber. Ah, essas taiscurtidas que afagam qualquer alma pormais insensível e desumana que seja;que alimentam o ego de qualquer serque planeja durante minutos e até ho-ras a próxima postagem.

Não importa se a menina invejosaque curtiu e comentou “LINDAAA!”naquela sua foto de shortinho fazendogesto hippie e mandando beijinho paraa câmera na frente do espelho fale paraa outra menina que comentou “Peee-erfeita” nessa sua mesma foto sobre assuas celulites, estrias e o short brega. Oimportante é que elas curtiram e co-mentaram a sua foto. Nessa era de re-des sociais o que vale são as curtidas,comentários e cutucadas.

Aquele menino chato que posta so-bre política do tipo “Corrupto merecepena de morte” e sempre reclama dasegunda-feira. Você tem que aturá-los,pois são eles que irão ajudar a enrique-cer cada vez mais as suas curtidas.

O melhor é que mais de 90% des-ses amigos que você possui não tecumprimentarão quando te encontra-rem cara a cara na balada ou na rua.Quem precisa de vida social quandose tem a virtual? Pra que sair com osamigos reais, se divertir e jogar con-versa fora quanto se pode ficar na

frente de uma tela recebendo curtidase lendo postagens de verdadeiros“neo-filósofos” da vida virtual?

Até sinto um pouco de pena doAristóteles com seus três tipos de ami-zade. Ele que não pôde conhecer essenovo tipo de amizade virtual em quevocê nem precisa ver a pessoa cara acara, agora se revira no túmulo. Pensoque se estivesse vivo, ele chamaria essaamizade de Amizade do Ego, porque éalgo tão especial que transcendem otoque, o olhar face to face, os momen-tos divertidos de sociabilidade e torna-se algo de ego pra ego. Não chega naalma, pois ela não é importante nummundo virtual. Deixa esse negócio dealma e sentimentos para as religiões epara a Clarice Lispector que deve estartambém soltando serpentinas no céuao se ver como autora de um monte defrases postadas no Facebook que elanunca escreveu e se estivesse viva tam-bém não escreveria.

Por isso mantenha seus amigos doFacebook, Instagram, Twitter ou sejalá qual nova rede social e adicione cadavez mais. Não importa se é o ex, a exdo ex ou a ex da ex. O importante éque essa gente vai curtir suas fotos, de-pois comentá-las e depois comentarnovamente pelo chat entre elas de for-ma mais realista, se é que você me en-tende. Mas pra que serve a realidade seestamos no virtual?C

Um ano de conquistas. Assimpodemos definir 2013 para algunscursos ligados à Faced. O Jornalis-mo obteve nota máxima no Enade,um orgulho para docentes e discen-tes. Nesta edição vamos discutir osreflexos disso para o curso, as disci-plinas de Ciências Sociais como fa-tores que influenciaram na nota e asmudanças na grade curricular paraos próximos anos, uma forma decontinuar com conceito elevado ede se adequar sempre às necessida-des dos futuros jornalistas.

Conquistas também para a in-clusão social. O curso de LínguaPortuguesa passou a contar com oensino de Libras. Na pedagogia àdistância a formação da primeiraturma que já ganha mercado e faz adiferença. Mas em meio a tantas vi-tórias ainda temos muito a avançarcomo a alfabetização de todos osprestadores de serviço que estão li-gados à Universidade.

Uma de nossas reportagens reve-la que vários terceirizados têm esco-laridade baixa e alguns chegam aser analfabetos. A Universidade atéoferece um curso, trata-se do EJA,Educação de Jovens e Adultos, maso horários das aulas não consegueatender a todos os trabalhadoresque prestam serviços. Uma ediçãorecheada de assuntos atuais e quenos permitem muitas discussões.Uma boa leitura a todos! C

EditorialArtigo

O importante é a quantidadeMuntaserKhalil

O jornal EDUCOMUNICA é uma produção experimental dos alunos do 2º período do Curso de Comunicação Social : Habi l i tação em Jor-

nal ismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdiscipl inar em

Comunicação I I , sob orientação da Profª. Ma. Patricia Amaral. Reitor: Prof. Dr. Elmiro Santos Resende. Diretor da FACED: Prof. Dr.

Marcelo Soares Pereira. Coordenador do Curso: Profª. Drª. Ana Spannenberg. Monitor: José El ias Mendes Neto. Editoração: Ricardo

Ferreira de Carvalho. Tiragem: 1 00 exemplares. Impressão: Agência de Notícias – Jornal ismo/UFU.

EXPEDIENTE

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UFU Ano V - janeiro 2014 - nº 8 EDUCOMUNICA

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Curso de Jornal ismo terá novo currículoCindy Freitas, Luísa Salviano, Nayara Ferreira e Thais Fernandes

Em setembro desse ano foram ho-mologadas pelo MEC as novas dire-trizes para o curso de Jornalismo naUFU. Houve mudanças no currículoa fim de promover um diálogo maiorentre comunicação e educação, umavez que o curso está inserido na Fa-culdade de Educação, FACED.

Exemplos de alterações, além dacriação de novas disciplinas comoEmpreendedorismo, Políticas Públi-cas de Educação e Introdução ao Jor-nalismo, é a descentralização dedisciplinas com a carga horária maioroferecidas atualmente em um únicosemestre do curso. No novo currículo,essas matérias como Radiojornalis-mo, Telejornalismoe Jornalismo Im-presso serão dividi-das em doisperíodos, enquantoa disciplina de Fo-tojornalismo serácomplementada poroutra: Oficina defotografia.

Devido a exigência do MEC peloaumento da carga-horária do curso,as atividades complementares quehoje devem ser integralizadas numtotal de 140 horas, serão ampliadas.Mas também haverá o aumento deopções para conclusão dessas horas,como um curso de inglês, uma atua-lização de blog e a entrega da rese-nha de um filme.

Para Daniela Malagoli, aluna do 6ºperíodo de Jornalismo, as mudançasserão de grande importância para osfuturos alunos do curso, principalmen-te no que diz respeito à relação com a

Educação. “A gente vive escutando ostermos ‘comunicação’ e ‘educação’,mas não sabe relacioná-los. Eu mesma

saí da disciplina deEducomunicação hápouco tempo e nãosabia o que era, tiveque estudar,” afirma.Daniela Malagoliexplica que as mu-danças serão im-portantes para aqualificação e

aprendizado do aluno e que as alte-rações não prejudicarão os

estudantes, uma vez que mais horasde teoria relacionada à educação, se-rá melhor para o currículo.

A professora doutora SandraGarcia, acrescenta que o curso sairádo âmbito da Comunicação Social epassará a se chamar apenas Jornalis-mo, com disciplinas mais focadas nahabilitação. “O projeto já foi aprova-do pelo Colegiado, mas ainda esta-mos fazendo os ajustes exigidos eatualizando os equipamentos do cur-so,” conta. A matéria de Empreen-dedorismo foi criada para ensinaraos futuros alunos como montar opróprio negócio, ampliando as op-ções de carreira e não restringindoapenas a uma redação. Ainda deacordo com Sandra, o MEC deuprazo de dois anos para que as mu-danças sejam implantadas, e já noinício de 2014 elas passarão peloCONFACED - Conselho da Facul-dade de Educação. Se aprovadas, asdiretrizes serão avaliadas pelo Con-selho de Graduação - CONGRAD e,passando por esta segunda aprova-ção, entrarão em vigor no ano de2015, para os futuros alunos. C

“O projeto já foi aprovado

pelo Colegiado, mas

ainda estamos fazendo

os ajustes exigidos e

atualizando os

equipamentos do curso.”Sandra Garcia

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EDUCOMUNICA Ano V - janeiro 2014 - nº 8 UFU

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Nota do ENADE confirmasucesso do Jornal ismo da UFU

Caroline Bufelli-Érika Abreu-GabrielaJunqueira-Luisa Caleffi-Maria Clara Vieira

O curso de Jornalismo da UFUobteve o conceito cinco (máximo) noúltimo Exame Nacional de Desem-penho de Estudante, ENADE. Cria-do há cinco anos, o curso teve comoprimeira coordenadora a professoradoutora Adriana Omena, que come-mora o resultado obtido, mas acredi-ta em melhorias para os próximosanos. “Um curso não é imutável. Énecessário atualizar as práticas peda-gógicas”, diz Omena.

Além do desafio de tentar equi-librar as matérias práticas e teóricasdesde o primeiro período, a atualcoordenadora Ana Cristina Span-nenberg, juntamente com os outrosprofessores do curso, tem mostradoa preocupação de realizar mudançasnas disciplinas que compõem a gra-de horária, como, por exemplo, atransformação da disciplina de Mí-dias e Comunicação em Introduçãoao Jornalismo.

A coordenadora acredita que a

nota obtida pode ajudar professorese alunos que solicitam bolsas parapesquisas e iniciações científicas,pois ela agrega maior reconheci-mento e visibilidade tanto da infra-estrutura da própria Universidade,quanto da formação do corpo estu-dantil e colegiado.

Segundo Victor Albergaria, alunodo quarto período do curso, a notademonstra a realização de todo o es-forço de discentes e docentes frente atodos os atritos com as administra-ções e com as dificuldades de umcurso novo. “Não sei os outros alu-nos, mas me sinto tremendamenteorgulhoso e motivado por estar nosegundo melhor curso de Jornalismodo Brasil, segundo o ENADE” Vic-tor acredita na qualidade dos alunose complementa: “Acho que os pro-fessores devem estar ainda mais sa-tisfeitos pelo excelente trabalho quefazem aqui”.

Para a coordenadora, o curso

atende a demanda atual do mercado.“A proposta é formar, ao mesmotempo, alguém que domine as técni-cas e que consiga pensar de um mo-do diferenciado sobre aquelanotícia”. Ana afirma, ainda, a possi-bilidade de oficinas e cursos de ex-tensão como, por exemplo, de ediçãode vídeos e áudio, que possam com-plementar a formação do aluno dejornalismo da UFU.

A nota do ENADE é o primeirodado quantitativo de uma avaliaçãoconcreta sobre os trabalhos realiza-dos até então no curso. A expectativado colegiado, agora, é que a concor-rência e a procura pelo curso de Jor-nalismo da UFU aumentem, nãosomente pela nota, mas também pelonotório reconhecimento que ele vemconquistando através do êxito dosalunos formados na primeira turma,não só no mercado de trabalho mastambém na academia. C

ÉÉrr iikkaaAAbbrr eeuu

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UFU Ano V - janeiro 2014 - nº 8 EDUCOMUNICA

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Ciências Sociais são presentes no Jornal ismo da UFUBruna Saquy - Bruna Pratali - Mariana Almeida - Mariana Capicotto

Formado há apenas cinco anos, ocurso de Jornalismo da UFU, contacom grande quantidade de matériasligadas às Ciências Sociais, como So-ciologia, Ciência Política e Antropo-logia. Em geral, os cursos deJornalismo possuem forte presençadesses temas humanísticos. Na UFU,o diferencial é que as disciplinas sãooferecidas por professores da área, en-quanto em outros locais, podem serdadas por jornalistas.

Segundo a ex-coordenadora docurso e atual coordenadora do Pro-grama de Pós-Graduação em Tecno-logias, Comunicação e Educação,Mestrado Profissional, Adriana Ome-na, isso representa um ponto positivoda Universidade. “Não dá para serjornalista e cobrir, por exemplo, umconflito sem entender de Antropolo-gia ou sem ter uma noção de Geopo-lítica, é muito difícil. Ensinar só atécnica de reportagem pode fragilizara reportagem”.

Embora de for-mação recente, ocurso já alcançou osegundo lugar noENADE/2012,Exame Nacionalde Desempenhodos Estudantes,deixando para trásinúmeras Univer-sidades públicas eprivadas, o que exaltou os ânimosde docentes, alunos e técnico-admi-nistrativos. A carga de matérias teó-ricas nos primeiros períodos, quegera muito desânimo a alguns dis-centes, tem influência direta no de-

sempenho, já que a maior parte daprova é composta de teoria. AdrianaOmena, também elaboradora dequestões do ENADE, defende esseponto de vista “não se faz prática

sem uma enverga-dura conceitual. Ena hora de vocêcobrar o conheci-mento, mesmo naparte prática, elaaparece”.

A ênfase dasmatérias de cunhosociológico-huma-nístico pode contri-buir também no

olhar crítico de mundo do acadêmico,como reforça a professora doutora emSociologia, Débora Pastana. “Pormeio dos vários referenciais teóricospresentes nas Ciências Sociais, o dis-cente  pode aprofundar sua compreen-

são acerca da realidade nacional,problemas sociais, política, economia,entre outros e, ao mesmo tempo, fazeruma reflexão sobre seu papel nessecenário enquanto comunicador”.

A primeira turma de Jornalismoda UFU acaba de se formar e já contacom destaque no mercado. A ex-alu-na da universidade, Paula Arantes,está empregada atualmente comoprodutora da segunda edição daMGTV da TV Integração, afiliada daRede Globo em Uberaba. “O jorna-lista precisa da parte prática porque éo que vai fazer em sua vida profissio-nal. Porém, essa prática é questão detreino e repetição. E é aí que entra odiferencial da parte teórica. Entenderas teorias do jornalismo, filósofos esociólogos antigos e atuais ajuda bas-tante na hora de redigir uma matériasobre economia ou política, por ex-emplo”, afirma a recém-formada. C

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“Não se faz prática sem

uma envergadura

conceitual. E na hora de

você cobrar o

conhecimento, mesmo na

parte prática, a

envergadura conceitual

aparece”Adriana Omena

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EDUCOMUNICA Ano V - janeiro 2014 - nº 8 UFU

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UFU abre curso voltado à inclusãoRenato Pinheiro - Marcelo França - Bianca Judice

Devido à crescente necessidadede inclusão social de portadores dedeficiência auditiva, a UFU terá, apartir de 2014,   o novo curso de Li-cenciatura em Língua Portuguesacom  domínio  de Libras,   LinguagemBrasileira de Sinais, com duração deoito semestres.

Segundo o coordenador do curso,professor  doutor José Sueli Maga-lhães, a proposta surgiu em junho de2012, dentro do Plano Nacional dosDireitos da Pessoa com Deficiência -Viver sem Limite, como forma deapoio consolidado a uma política derespeito à diversidade e à inclusão. “Ocurso vem, dessa forma, concretizar-secomo um grande passo da UFU paraque nossa sociedade se proclame ver-dadeiramente como assentada em umregime  democrático. Temos  que lem-brar também que a legislação prevê ooferecimento de cursos de formaçãode professores de Língua Portuguesapara falantes e surdos, ou seja, paraaqueles que têm como língua maternao Português ou a Libras, sendo papeldos órgãos públicos implementar taiscursos”, aponta José Sueli.  

O professor ainda diz que, dessaforma, a UFU busca atender às deter-minações legais, oferecendo o cursoem uma região do país ainda carentedessa habilitação, e contribuir para aformação desses profissionais.  

Em entrevista mediada por Letí-cia Leite,   intérprete  da LinguagemBrasileira de Sinais,   Paulo Sérgio deOliveira,   e   professor substituto nadisciplina de Libras I da UFU, diz“A primeira língua do surdo é a lin-guagem de sinais e o Português, a se-

gunda língua. É um desafio porqueexiste uma grande maioria  de pesso-as  que acredita que o surdo não con-segue aprender o Português, não porfalta de capacidade, mas por falta deestratégias de ensino”.  

Lorena Karla Silva, surda e estu-dante do curso de Teatro  da UFU, dizque os surdos conhecem os sinais,mas não conhecem a palavra que cor-responde àquele si-nal, portanto onovo curso podeacrescentar muitoaos portadores des-te tipo de necessi-dade. “O curso veioacrescentar algo muito diferente e ur-gente, para preparar os professores aatender os alunos neste sentido de no-vas estratégias para o aprendizado doPortuguês como segunda língua”, diz.A estudante acrescenta que a UFUnecessita de profissionais qualificadosque possam dirigir os devidos esforçosno ensino da língua portuguesa, sen-

do que uma das grandes dificuldadesé a interpretação contextual da lin-guagem.

Dados do censo de 2010 realizadopelo IBGE mostram que, no Brasil,9,7 milhões de pessoas sofrem comalgum grau de deficiência auditiva,desse total cerca de  dois  milhõespossuem deficiência auditiva severa.Números como este representam

uma realidade queparte da populaçãoignora ou desco-nhece, além de in-dicar a necessidadede aprimoramentodos conhecimentos

na área de Libras, língua que foi re-conhecida como segunda língua ofi-cial brasileira somente em 2002.  

Serão abertas 30 vagas para  dis-centes, além de   sete  vagas para pro-fessores e  oito  para técnicos. Paramais informações, o curso já possuiuma página no  Facebook  (www.fa-cebook.com/PortuguesLibras). C

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"A grande maioria das

pessoas acredita que o

surdo não consegue

aprender o português"Paulo Sérgio de Oliveira

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UFU Ano V - janeiro 2014 - nº 8 EDUCOMUNICA

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Há pouco mais de dez anos, aFaculdade de Educação da UFUoferece, por meio do Núcleo deEducação a Distância, o curso EJA– Educação para Jovens e Adultos.Muitos alunos já passaram por ele,porém, a quantidade poderia sermaior caso o projeto contasse commais voluntários.

O núcleo é coordenado pela pro-fessora e pós-doutora na área deEducação, Sônia Maria dos Santos.Segundo ela, a proposta é diminuir eaté mesmo acabar com os problemasenfrentados pelas dificuldades deleitura da comunidade. O curso ofe-rece oficinas que usam textos quefazem parte do cotidiano dos alunose foge dos moldes rígidos das salasde aula tradicionais.

Apesar de oferecer a EJA, a UFUainda conta com trabalhadores ter-ceirizados da área de limpeza, ma-nutenção e jardinagem com poucaou nenhuma alfabetização. A maio-ria desses colaboradores, cerca de200, são ligados a Arqgrafh que é

prestadora de serviços de locação demão-de-obra.

De acordo com Lara Caetano,sócia da empresa, devido ao tipo deserviço prestado pelos seus funcio-nários na UFU, todos possuem umabaixa escolaridade. Segundo a coor-denadora do curso EJA, nos últimoscinco anos não houve procura peloprograma por parte dos colaborado-res terceirizados.

Arlindo Santos de Menezes, 34anos, um migrante de Sobral, Ceará,é funcionário do setor de limpeza.Ele conta que aos 14 anos começoua trabalhar na construção civil, po-rém desde cedo trabalhou no campo.“A criança nasce e vai pra enxadabraba, desde pequeno trabalha emhorta e ajuda na roça, aí não tinhacomo estudar”, explica.

Após ficar mais velho, estudar eler se tornaram sonhos mais distan-tes pela falta de tempo e a crença naimpossibilidade de aprender. Eleacredita que teria melhores oportu-nidades caso tivesse estudado.Um

dos momentos em que sente faltados estudos é quando seu filho de 16anos pede apoio com as tarefas daescola e ele não consegue ajudar.

Mesmo sabendo da existência docurso EJA na UFU, Arlindo se senteimpossibilitado de participar do pro-grama porque o horário de trabalhoé incompatível com as aulas.Aindaque a vontade de ler e escrever exis-tam, pelo menos para Arlindo emuitos outros que ajudam na manu-tenção da Universidade, o sonho daalfabetização continua distante. C

Faltam voluntários em projeto de alfabetização na UFULeticia França - Mariana Molina - Núbia Carvalho - Priscila Costa

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EDUCOMUNICA Ano V - janeiro 2014 - nº 8 UFU

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Os bastidores da diagramaçãoCarolina Rodrigues - Geane Amaral - Kennedy Rosa - Monalisa França - Talita Vital

Diagramar é a arte de organizaros elementos gráficos que compõemdiversas mídias como jornais, revis-tas, livros, sites, entre outros. O re-curso é utilizadopara distribuir tex-tos, fotos e imagensem um espaço de-terminado com oobjetivo de trazerharmonia, representar o contexto, si-tuar o leitor e assim revelar até mes-mo a linha editorial.

No curso de Jornalismo da Univer-sidade Federal de Uberlândia, a dia-gramação faz parte da disciplinaobrigatória de Planejamento Gráfico,ministrada no quarto período. Segun-do Christiane Pitanga, professora dadisciplina e mestre em ComunicaçãoSocial, “o diagramador tem a funçãode traduzir visualmente a informaçãoe a intenção que o editor quer trans-mitir ao público, porque tudo na dia-gramação é proposital e precisa terharmonia”. Assim, seus alunos viven-ciam mais a prática jornalística im-pressa, pois são avaliados pela

produção do jornal laboratorial Senso(In)comum.

“A diagramação vem sendo impor-tante para qualquer área que o jorna-

lista for seguir, alémde ser essencial paradar ‘cara’ à notícia elevá-la a um nívelmais alto”, afirmaMariana Molina,

estudante do sexto período, que atra-vés da disciplina de PlanejamentoGráfico viu a oportunidade de exercer

os conhecimentos do campo, comoestagiária do Informativo FACED,que é um jornal ligado diretamente àFaculdade de Educação.

Mariana é supervisionada no está-gio por Ricardo Carvalho, especialistaem editoração e diagramação. É res-ponsável pelo planejamento dos pro-dutos elaborados pelos alunos docurso, como os jornais Educomunica,Comunica, Senso (In)comum e outros.Publicitário por formação, trabalha hácinco anos na UFU e há trinta na área.

Ao longo de sua carreira conta queo ofício era realizado manualmente,devido à falta de recursos tecnológi-cos. Assim, se utilizavam as paicas, ré-guas tipográficas para medir otamanho e espaço dos caracteres dotexto, que atualmente compõem osprogramas de editoração e diagrama-ção dos computadores. “O computa-dor faz boa parte do trabalho paravocê, além de possibilitar a utilizaçãode diversos recursos semióticos queantigamente não eram visualizados”,afirma Ricardo. C

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"Tudo na diagramação é

proposital e precisa ter

harmonia"Christiane Pitanga

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UFU Ano V - janeiro 2014 - nº 8 EDUCOMUNICA

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Sistema educacional colhe frutos do ensino a distânciaCamila Pavani - Gabriela Petusk - Laura Moreira - Leandro Fernandes

O curso de Pedagogia a distânciada UFU, oferecido pela Faculdade deEducação, FACED, foi aprovado em2004 com foco em professores do ensi-no básico público. Formou as primei-ras turmas no início de 2013 e segundoo diretor da FACED, Marcelo Soares,“começa a preencher as grandes lacu-nas que existem no campo profissionaldecorrentes da ausência de profissio-nais formados na área específica”.

A graduação em Pedagogia, nessamodalidade, é uma parceria entre aFACED e o Centro de Ensino a Dis-tância da Universidade, CeaD. Umaresposta ao programa UniversidadeAberta do Brasil, sistema integradopor instituições públicas que oferececursos de nível superior a distânciapara camadas da população com difi-culdade de acesso à academia. Aideia e a prática da EaD, devem servinculadas à função social da Univer-sidade, a implementação de um ensi-no de qualidade, gratuito ecomprometido com a inclusão social,segundo o Portal do CeaD.

O curso tem reconhecimento dodiretor como significativo para a re-gião. “Durante minha primeira ges-tão, em 2004, a região do TriânguloMineiro tinha muitos professores naeducação básica, principalmente nosanos iniciais do ensino fundamental,que não tinham a formação superior,apenas o nível médio. Com a ofertadas duas primeiras turmas de peda-gogia a distância, a UFU conseguiudar uma contribuição muito impor-tante na região para qualificação dosprofissionais em serviço”, afirma odiretor da FACED.

Eliamar Godoy, formada em Le-tras, considerou sua graduação restritapara sua atuação profissional e procu-rou o curso de pedagogia a distância afim de se especializar na área de Edu-cação. “O momento em que optei porcursar Pedagogia era corrido, pois eutrabalhava e cursava Doutorado emLinguística Aplicada, então decidi pe-la modalidade a distância”, conta Eli-amar. Ela ainda salienta que essamodalidade exige maturidade e disci-plina para organizar os estudos, já quehá flexibilidade de tempo e espaço.“Confesso que entrei achando que ocurso era simples, foi um engano, ocontexto é difícil e acredito que pegade surpresa muitos que entram, poisvocê tem que se organizar e seguir ocronograma dentro de um currículorígido, acredito que esse foi o motivode uma grande parcela ter desistidodo curso durante a minha formação adistância.”

Além da graduação em Pedago-gia a distância, a FACED ainda ofe-

rece, na mesma modalidade, Espe-cialização em Mídias e Educação etrês cursos de aperfeiçoamento emAtendimento Educacional Especia-lizado. A entrada é anual, se dáatravés de análise curricular e, emalguns casos, provas. As aulas ocor-rem pela Internet, por DVD ou ou-tros meios e podem ser gravadas ouministradas, ao vivo, por meio deweb-conferências, além da exigênciade provas presenciais. C

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EDUCOMUNICA Ano V - janeiro 2014 - nº 8 UFU

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O Exame Nacional do EnsinoMédio, ENEM, é uma prova aplicadano Brasil inteiro com a intenção inici-al de medir o conhecimento geral dosalunos que terminaram o ensino mé-dio mas, com o passar do tempo, co-meçou a ser aplicado como novaforma de ingresso para algumas facul-dades federais do país.

Com opiniões diversas sobre o no-vo sistema, que subistitui o vestibularconvencional, as escolas começam a seadaptar ao novo modelo de avaliação.Com uma prova mais contextualizadae interdisciplinar e somente com ques-tões de múltipla escolha, os professores

e alunos encontram algumas dificulda-des para se adequar a essa novidade.Em Uberlândia, as escolas particularescomeçam a mesclar novos materiaisfeitos com base nas provas aplicadasnos anos anteriores, com os que prepa-ram para o vestibular comum. Já nasescolas públicas da cidade, o foco ain-da é no vestibular seriado, mais conhe-cido como PAAES.

Maria Clara Machado, estudantede escola particular, fez o ENEM 2013e diz que “o foco (na escola) passou anão ser no aprofundamento das maté-rias e sim para conteúdos usuais emais básicos. Porém, ainda houve pre-

paração para outros vestibulares, poisgrande parte do material também erabaseado em questões de vestibular,além do fato da prova ser, de certa for-ma, imprevisível”. Já Mariana Duarte,de escola estadual, critica dizendo que“[a escola] é muito mal preparada, oassunto mal é abordado, eles focammuito no PAAES e deixam os alunosque prestam ENEM prejudicados porserem bem menos preparados”.

Na opinião da professora de reda-ção e português do ensino médio,Ediluce Batista, formada em Letraspela UFU, o ENEM não uma é umaforma justa de avaliação, já que nãoavalia o conteúdo sistematizado e exi-gido pelos Parâmetros CurricularesNacionais, PCN, que ainda são ado-tados pelas Universidades. “Uma dasmaiores dificuldades é desenvolvernovas estratégias de ensino para tra-balhar com as habilidades individuaisde cada aluno, já que a prova não étão objetiva e direta, e avalia diferen-tes aspectos”, completa.

O ENEM realizado no ano de2013 teve mais de 7,1 milhões deinscritos e vai divulgar o resultado eas notas individuais em janeiro de2014. C

ENEM traz dificuldades para a educaçãoAmanda Ribeiro - Júlia Costa - Marina Pagliari - Junior Barbosa

"Uma das maiores

dificuldades é

desenvolver novas

estratégias de ensino

para trabalhar com as

habilidades individuais

de cada aluno"Ediluce Batista

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UFU Ano V - janeiro 2014 - nº 8 EDUCOMUNICA

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O rádio completou nove décadasde existência no Brasil no ano passa-do, e para comemorar essa data, aUniversidade Federal de Uberlândiarealizou em dezembro o SeminárioNacional 90 anos de Rádio no Bra-sil, que contou com a participaçãode especialistas neste veículo de co-municação de diversas Universidadesdo país. O evento foi uma iniciativado Núcleo de Pesquisa em CulturaPopular, Imagem e Som, POPULIS,criado em 2002 para pesquisar, demaneira interdisciplinar, temáticasda cultura popular e suas interfacescom a indústria cultural, com basena linguagem radiofônica, fotográfi-ca, televisiva e musical.

Nesses 90 anos, foram outorgadasdiversas concessões, entre elas para aRádio Universitária, que atua emUberlândia há 26 anos. É uma rádioeducativa com programação 24 horase credenciada junto ao Ministério daEducação como fundação de apoio àUFU. Nessa rádio os estudantes dãoseus primeiros passos como aspiran-tes e amantes do meio radiofônico.Além de dar oportunidade de estágioaos alunos, ali são desenvolvidas au-las práticas de radiojornalismo, ofer-tadas pelo curso.

Antes mesmo de começar a teressas aulas, Víctor Albergaria, alu-no do quarto período de Jornalis-mo, se encantou com o universoradiofônico no início de sua vidaacadêmica. Aceitou, ainda no pri-meiro semestre, o convite para au-xiliar na edição de um programainfantil da Rádio Universitária. Lo-go depois, se envolveu em projetosda Rádio In, a web rádio dos estu-dantes de Jornalismo, onde produze apresenta um programa até hoje.“A técnica em rádio é muito maisprazerosa e importante do que todaa teoria. É o momento de colocarem prática aquilo tudo que está nopapel” , afirma ele.

Aline Guerra, também aluna doquarto período e bolsista na RádioIn, acredita na importância de sepassar por uma Universidade paraaprender técnicas, como de locução,time, ritmo e edição. “As habilida-

des que tenho em rádio, eu jamaisconseguiria se entrasse de paraque-das em uma emissora para traba-lhar”, conta ela. Aline espera que oSeminário Nacional 90 anos de Rá-dio no Brasil possa ter inspirado osalunos e os motivado a se envolvermais com esse meio decomunicação e principalmente coma Rádio In, que sofre com a falta deinteresse dos estudantes.

“O jornalista que trabalha emrádio sai preparado para atuar emqualquer outro meio”, afirma San-dra Garcia, que é doutora emComunicação e Semiótica e profes-sora de radiojornalismo da UFU.Sandra enfatiza que, apesar de o se-tor radiofônico ainda precisar cres-cer e ser mais valorizado, aconvergência com novas mídias e amelhora nas transmissões trazemboas perspectivas mercadológicaspara o setor. C

Desafios e expectativas em meio aos 90 anos do rádioMaria Paula Martins - Paulo Rafael Costa - Tarcis Duarte - Vinícius Ribeiro

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EDUCOMUNICA Ano V - janeiro 2014 - nº 8 UFU

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Ingrid e Rafael: os novos rostos do Jornal ismo da UFUJhonatas Elyel, Michael Kealton, Rafael Leonel e Sérgio Dalláglio

No segundo semestre de 2013,dois novos professores passaram aintegrar a equipe de docentes do cur-so de Comunicação Social. RafaelVenâncio, que ministra aulas de Jor-nalismo Digital, é doutor em Meios eProcessos Audiovisuais pela Univer-sidade de São Paulo; e Ingrid Go-mes, professora de Mídia Impressa, édoutora em Processos Comunicacio-nais pela Universidade Metodista deSão Paulo.

Apesar de serem de áreas diferen-tes, ambos possuem vivência no mer-cado e concederam, ao Educo-munica, uma entrevista.

Quais são algumas de suas experiênci-

as anteriores a UFU?

INGRID: Fiz estágio em umaeditora que trabalha com impressossobre prevenção de doenças e que éveiculada em empresas de médio egrande porte, o que deu seguimen-to para que abrisse meu próprio es-túdio, que trata do mesmo tema.Também trabalhei como coordena-dora do Laboratório da Agência deNotícias do curso de ComunicaçãoSocial.

RAFAEL: Trabalhei em outrastrês Universidades, em uma delas fui

coordenador do curso de Rádio e TV,Produção Visual e Produção Multi-mídia. Durante o mestrado, trabalheiem um site de jornalismo esportivo, onúcleo em que eu trabalhava falavasobre futebol argentino.

Por que vocês decidiram seguir a car-

reira acadêmica?

INGRID: Decidi me tornar pro-fessora quando fiz a Pós-Graduaçãoem São Paulo, pois foi onde tive maiscontato com o mundo acadêmico egostei muito da experiência.

RAFAEL: Sempre fui motivadopelo bem público. Meu objetivo pes-soal no trabalho, como professor, éter a oportunidade de mudar o Jorna-lismo. Quando se tem um jornalistaensinando futuros profissionais, con-segue-se ensinar, tanto em exercícioslaboratoriais, quanto na prática.

Para você a Universidade promove o

desenvolvimento dos alunos?

INGRID: A mobilidade que aUniversidade oferece, quando os as-suntos são pesquisa e projetos, éenorme, uma vez que nas faculdadesfederais há uma maior facilidade pa-ra trabalhar com esse tipo de diretriz.O curso de Jornalismo conta com umleque de oportunidades muito gran-de por fazer parte da Faculdade deEducação.

O que você pensa sobre a formação

de profissionais através de disciplinas

práticas?

Acredito qu, a forma-ção de jornalistas através de matériaspráticas e da conversa permite mu-dar, não o profissional que já está emuma grande emissora, mas sim aque-le que está tentando, de alguma for-

ma, inovar na área.Quando falamos de internet e as infor-

mações nela contida, na sua opinião,

qual é sua importância?

INGRID: As informações vindasda internet, mesmo que sendo super-ficiais, são importantes. Se o leitorestiver interessado, ele vai buscar ou-tras fontes confiáveis a respeito doassunto.

RAFAEL: Adoro o fato da inter-net ter muitas informações, mas oproblema é que elas são muito bru-tas, já que há falta de mediação entreo produtor e a divulgação. A falta deleitura e interpretação dos conteúdosda internet é um problema da educa-ção no Brasil, não da web.

Quais são seus projetos atuais ou futu-

ros para a universidade?

INGRID: No momento, traba-lho em um projeto de extensão, den-tro do Centro de Incubação deEmpreendimentos Populares Soli-dários, sobre os assentamentos deUberlândia.

RAFAEL: Tenho planos para ofi-cinas sobre o conteúdo midiático portrás das histórias em quadrinhos eanimes, já que esta é uma de minhasáreas de pesquisa.C

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