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1 Efeito terapêutico da liberação miofascial, mobilização neural e mobilização articular na dor do complexo do ombro fase crônica. Ana Cristina da Silva Godinho 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Ortopedia e traumatologia Faculdade FASAM Resumo O complexo do ombro é uma das estruturas mais móveis em se tratando de amplitude de movimento, sendo também uma das mais instáveis em decorrência da estrutura da cabeça do úmero não se acoplar totalmente na cavidade glenóide. Por ser uma articulação de grandes movimentos está sujeita a inúmeros tipos de lesões que podem ser ocasionados pelo uso excessivo ou por fator traumático, em sua maioria tem indicação de tratamento conservador. A liberação miofascial, mobilização neural e mobilização articular são técnicas manuais que vem ganhando espaço e cada vez mais vem sendo utilizada pelos fisioterapeutas para tratar distúrbios musculoesqueléticos que resultam em um quadro incapacitante pela intensidade da dor. Estatisticamente é grande o número de afastamento laboral principalmente em trabalhadores da indústria que utilizam bastante os membros superiores. Foram utilizados artigos relacionados ao assunto da base de dados Google acadêmico, SCIELO e LILACS dos anos de 2000 a 2013 para a produção deste artigo. Observou-se que o tratamento das dores do complexo do ombro necessita de conhecimento e aprimoramento das técnicas e que o fisioterapeuta vem adquirindo e ampliando sua visão e suas habilidades para proporcionar um melhor acompanhamento e favorecimento na melhora da saúde dos pacientes. Palavras-chave: Terapia manual, Fisioterapia, Tratamento conservador. 1. Introdução O ombro é uma articulação bastante complexa, é o mais móvel de todo o corpo humano, sua formação pelas articulações sinoviais acrômio-clavicular, externo-clavicular, glenoumeral e uma articulação fisiológica escapulotorácica, entretanto, é considerada pouco estável por sua anatomia articular, especialmente na articulação glenoumeral. Esta grande mobilidade e menor instabilidade podem ser atribuídas à frouxidão capsular associada à forma arredondada e grande da cabeça umeral e rasa superfície da fossa glenóide, sendo necessária harmonia sincrônica e constante entre todas as estruturas estáticas e dinâmicas que mantêm sua biomecânica normal. Por esse motivo, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e função faz com que esse complexo articular seja alvo de inúmeras afecções (METZKER, 2010). Conforme Carlais-Germain (2002) o ombro não é uma articulação única e sim um conjunto anatômico funcional, conhecida nos dia de hoje como complexo do ombro, com duas funções básicas: permitir a mobilização de grande amplitude para o braço e estabilidade quando o membro superior necessita de força. O complexo do ombro é considerado instável em seu aspecto anatômico de união óssea, entretanto uma análise adequada dos aspectos anatômicos e biomecânicos articulares 1 Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia. 2 Orientadora Especialista em Metodologia da Pesquisa Científica: Graduada em Fisioterapia: Docente no Centro Universitário do norte e na Universidade Paulista.

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Efeito terapêutico da liberação miofascial, mobilização neural e

mobilização articular na dor do complexo do ombro fase crônica.

Ana Cristina da Silva Godinho1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia 2

Pós-graduação em Ortopedia e traumatologia – Faculdade FASAM

Resumo

O complexo do ombro é uma das estruturas mais móveis em se tratando de amplitude de

movimento, sendo também uma das mais instáveis em decorrência da estrutura da cabeça do

úmero não se acoplar totalmente na cavidade glenóide. Por ser uma articulação de grandes

movimentos está sujeita a inúmeros tipos de lesões que podem ser ocasionados pelo uso

excessivo ou por fator traumático, em sua maioria tem indicação de tratamento conservador.

A liberação miofascial, mobilização neural e mobilização articular são técnicas manuais que

vem ganhando espaço e cada vez mais vem sendo utilizada pelos fisioterapeutas para tratar

distúrbios musculoesqueléticos que resultam em um quadro incapacitante pela intensidade da

dor. Estatisticamente é grande o número de afastamento laboral principalmente em

trabalhadores da indústria que utilizam bastante os membros superiores. Foram utilizados

artigos relacionados ao assunto da base de dados Google acadêmico, SCIELO e LILACS dos

anos de 2000 a 2013 para a produção deste artigo. Observou-se que o tratamento das dores

do complexo do ombro necessita de conhecimento e aprimoramento das técnicas e que o

fisioterapeuta vem adquirindo e ampliando sua visão e suas habilidades para proporcionar

um melhor acompanhamento e favorecimento na melhora da saúde dos pacientes.

Palavras-chave: Terapia manual, Fisioterapia, Tratamento conservador.

1. Introdução

O ombro é uma articulação bastante complexa, é o mais móvel de todo o corpo humano, sua

formação pelas articulações sinoviais acrômio-clavicular, externo-clavicular, glenoumeral e

uma articulação fisiológica escapulotorácica, entretanto, é considerada pouco estável por sua

anatomia articular, especialmente na articulação glenoumeral. Esta grande mobilidade e

menor instabilidade podem ser atribuídas à frouxidão capsular associada à forma arredondada

e grande da cabeça umeral e rasa superfície da fossa glenóide, sendo necessária harmonia

sincrônica e constante entre todas as estruturas estáticas e dinâmicas que mantêm sua

biomecânica normal. Por esse motivo, qualquer alteração que comprometa sua estrutura e

função faz com que esse complexo articular seja alvo de inúmeras afecções (METZKER,

2010).

Conforme Carlais-Germain (2002) o ombro não é uma articulação única e sim um conjunto

anatômico funcional, conhecida nos dia de hoje como complexo do ombro, com duas funções

básicas: permitir a mobilização de grande amplitude para o braço e estabilidade quando o

membro superior necessita de força.

O complexo do ombro é considerado instável em seu aspecto anatômico de união óssea,

entretanto uma análise adequada dos aspectos anatômicos e biomecânicos articulares

1 Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia.

2 Orientadora Especialista em Metodologia da Pesquisa Científica: Graduada em Fisioterapia: Docente no Centro

Universitário do norte e na Universidade Paulista.

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demonstra um sistema eficiente, capaz de promover equilíbrio dinâmico entre estabilidade e

mobilidade local (NASCIMENTO, 2011).

Fonte: vidaemontanha.blogspot.com

Figura 1- Complexo do ombro.

A combinação dos movimentos coordenados das quatro articulações distintas, os músculos e

as estruturas periarticulares envolvidos permitem que o braço e a mão sejam posicionados no

espaço para uma variedade de funções. O resultado é uma amplitude de movimentos que

ultrapassa a de qualquer outra articulação do corpo humano, ao redor da articulação estão

localizadas as bolsas (bursas) subdeltóidea e subacromial que permitem que os tendões do

supraespinhal e a cabeça longa do bíceps braquial possam deslizar suavemente debaixo do

acrômio, por ser extemamente frouxa, a cápsula contribui para uma ampla mobilidade

articular e uma enorme instabilidade da articulação, como há o mínimo de contato entre a

cavidade glenóide e a cabeça umeral, a articulação do ombro depende de estruturas

ligamentares, musculares e tendíneas para ter estabilidade (CICCONE ET al, 2005).

Segundo o ministério da Saúde os membros superiores e a cintura escapular são os mais

acometidos no sistema osteomuscular por lesões por esforço repetitivo doenças

osteomusculares relacionadas ao trabalho (LER/DORT).

Estudos tem relatado que a prevalência estimada de dor na população esteja entre 11,7% a

16%, chegando a 21% da papulação, a incidência de queixas de dor no ombro, na prática geral

dos serviços de saúde é de 11,2 por 1000 pacientes. Esta patologia que é mais frequente com o

envelhecimento e com a prática de certas ocupações ou esporte é evidenciada principalmente

por dor, restrição de movimento, força e diminuição da funcionalidade do ombro (Revista

Brasileira de Fisioterapia, 2008).

A lesão do manguito rotador é uma das mais frequentes patologias do ombro ocasionando

dor, merecendo uma atenção cada vez maior no diagnóstico e tratamento, sendo considerada

hoje patologia que exije equipe multidisciplinar. Apesar de a medicina permitir na virada do

milênio um aumento da perspectiva de vida, esses indivíduos desejam também ter boa

qualidade de vida livres de dores (LECH ET al, 2000 ).

O Instituto Nacional de seguridade social INSS apresenta dados colhidos em 2009 no qual as

empresas registram 3.489 CAT (comunicado de acidente de trabalho) referentes às lesões de

ombro, o que corresponde a 19,71% das CAT registradas.

Mendonça e Assunção (2005) relatam que o ombro pode ter uma variedade de lesões, a saber:

estiramento, inflamação, fibrose, lesão completa ou incompleta do manguito rotador,

associada ou não a degeneração articular. Várias são as causas que contribuem para os

distúrbios do ombro, entre os quais o trauma, a hipovascularização na inserção do músculo

supraespinhoso e o impacto subacromial primário. Dados de outros países como a Suécia

mostram que cerca de 18% do total de indenizações por ausência de trabalho foram devidas a

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problemas de ombro e pescoço no ano de 1994, no estado de Washington cerca de 55.315

casos registrados de problemas no ombro relacionados ao trabalho no período de 1987 a 1995.

As dores crônicas podem ter alto impacto na capacidade funcional das pessoas. Entretanto,

isso não é um fenômeno universal e, embora alguns pacientes tornem-se incapacitados

fisicamente, outros parecem se ajustar bem ás dores crônicas (SOCIEDADE BRASILEIRA

PARA O ESTUDO DA DOR, 2012).

Já a Revista Eletrônica de Enfermagem (2008), descreve a dor como um sintoma de alerta,

comum nas enfermidades e com impacto negativo na vida das pessoas, que buscam

alternativas para o seu alívio, sendo uma sensação subjetiva que não pode ser vista, sendo

construída a partir de suas experiências dolorosas. Apesar de reconhecer atualmente a

relevância de uma abordagem integral ao ser humano. A Medicina tradicional não trata o

homem como um ser holístico, mas como um conjunto de sistemas isolados, que o compõem,

mas a partir do século XIX a medicina mecanicista começou a se questionada dando início a

uma nova realidade, no século XX observou-se a popularização de outras formas de pensar na

área de saúde dando espaço a abordagens alternativas, que visam assistir o indivíduo em todos

os aspectos, seja prevenção tratamento ou cura.

A terapia manual vem sendo utilizada desde 300 a.C pelos romanos, sendo a liberação

miofascial aplicada nos gladiadores com afinalidade de aliviar as dores e a fadiga muscular. O

tecido fascial é formada por técido conjuntivo o que representa uma numerosa parte do técido

do corpo, pois recobre toda musculatura corporal, funcionando como unidade única, ou seja,

não há divisão, recobre todos os músculos e estes sim tem suas fáscias individuais. Na

fisioterapia a utilidade da fáscia se dá através de sua “liberação”, acredita-se que esta fáscia

em algum momento e por razões desconhecidas pode não permitir uma livre movimentação

entre os músculos que em sua maioria ocorre por pontos de tensão que é uma constante nos

dias atuais (SOUZA e MEJIA, 2010).

O termo terapia manual refere-se aos diferentes métodos de tratamento da fisioterapia:

mobilização e manipulação articular, massagem de técido conectivo, massagem de fricção

transversa, entre outras. Mobilização e manipulação articular são métodos conservativos de

tratamento de dor, restrição e amplitude de movimento articular, e outras dinsfunções do

sistema músculoesquelético. Para os fisioterapeutas a terapia manual é uma área que expandiu

rapidamente e com bons resultados (BENASSI ET al, 2010 ).

A osteopatia, a quiropraxia, a reeducação postural global, a mobilização neural, as técnicas de

mobilização articular, a hidroterapia o pilates, foram englobados a terapeutica conservadora

da fisioterapia convencional contra a sintomatologia álgica e funcional (MONNERAT e

PEREIRA, 2010).

Fonte: eli-massoterapeuta.blogspot.com

Figura 2- Técnica de liberação miofascial.

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A Mobilização do Sitema Nervoso (MSN) vem sendo aplicada desde, 1800 e

progressivamente vem se aperfeiçoando tanto na teoria quanto na aplicação clínica, para

restaurar o movimento e a elásticidade do Sistema Nervoso (SN), promovendo retorno as suas

funções normais, então a técnica parte do princípio de que uma alteração na homeostase da

biomecânica e fisiologia do SN (movimento, elasticidade, condução e fluxo axoplasmático)

pode resultar em outras disfunções próprias no SN ou outras estruturas musculoesqueléticas

que recebem sua inervação (BAUM, 2009).

Fonte: www.eduardomiranda.com

Figura 3- Mobilização Neural.

Segundo Reis (2012) mobilização articular é uma técnica que surgiu por volta de 1940 e foi

readaptada por diversos profissionais e ao longo dos anos vem se mostrando cada vez mais

eficaz é muito utilizada na fisioterapia para o tratamento das mais diversas doenças

articulares.

A mobilização articular refere-se às técnicas de terapia manual usadas para modular a dor e

tratar as disfunções articulares que alteram a ADM, abordando especificamente alterações na

mecânica articular que pode estar alterada em decorrência da dor, mecanismo de defesa

muscular, derrame articular, contraturas ou aderências na capsulas articulares ou ligamentos

de suporte, desalinhamento e subluxação das superfícies ósseas (ARAUJO, 2012).

Fonte: lucianosouzafisiol.blogspot.com

Figura 4- mobilização articular passiva.

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2. Metodologia

O estudo trata- se de uma revisão de literatura que trata de algumas técnicas de terapia manual

que podem ser aplicadas como tratamento conservador nos distúrbios do ombro. Foram

realizada pesquisa iniciou no mês de junho de 2012 a agosto de 2013 de artigos dos anos de

2000 a 2013, relacionados aos efeitos da amobilização neural, mobilização articular e

liberação miofascial nas variadas patologias que comprometem o movimento ocasionando

quadro álgico e consequentemente limitação importante de amplitude desta articulação e que

abordassem a anatomia, fisiologia e biomecânica do complexo do ombro, estatísticas em

relação aos casos de afastamento e tratamento conservador com as terapias manuais dentre

elas as tecnicas de terapia citadas. Os artigos foram relacionados conforme o assunto de

interesse pela analise de seu conteúdo sendo excluídos aqueles, que não tem consistência

científica. Foram utilizados como base de dados Lilacs, Scielo e Google acadêmico e

utilizaram-se as seguintes palvras-chaves “Dor do ombro”,“Complexo do ombro”, ‘Lesões do

ombro”, “ Fratura”, “ Liberação miofascial”, “Mobiliozação neural” “Terapia Manual” e

“Mobilização articular”. Os resultados foram demonstrados de forma descrita.

3. Resultados e Discussão

A articulação do ombro é formada por tres articulações sinoviais e uma fisiológica, a escápulo

torácica, essas quatro articulções juntamente com musculos e ligamentos permitem que o

braço seja posicionado no espaço para uma ampla variedade de funções. A força do músculo

manguito rotador é o elemento principal para a estabilidade glenoumeral (CICCONE ET

al,2005).

Estefanelo ET al (2008) cita que o ombro ou articulção glenoumeral é constituído do úmero

com a cavidade glenóide, que é composto por 20 músculos, 5 articulações ósseas

(glenoumeral, esterno clavicular, acromioclavicular, escápulotoracica e coracoclavicular, além

de uma importante formação músculotendinosa para a articulação do ombro, o manguito

rotador, formado pelos músculos supraespinhoso, infraespinhoso, subscapular e redondo

menor. A falta de movimento em alguma das articulações, mesmo nas menores

(acromioclavicular e esternoclavicular) provoca sobrecarga nas outras, podendo ser origem

de lesões degenerativas ou inflamatórias acarretando prejuízo a toda cintura escapular.

Tema como saúde e qualidade de vida vem, despertando interesse de muitos estudiosos na

busca em compreender a dimensão da qualidade de vida do indivíduo em estado de doença. E

assim tem havido mundança no foco da terapêutica no sentido de acrescentar não somente

“anos a vida” das pessoas e sim “vida aos anos” tendo a necessidade de conhecer o impacto

no estado de sáude sobre a capacidade do indivíduo. A dor é um sinal de alerta, um aviso de

que algo não está bem, é uma sensação subjetiva sentida pelo indivíduo e não visualizada

(BRASIL ET al, 2008).

O afastamento laboral reflete um problema de saúde com consequências socioeconômicas, no

Brasil, os dados oficiais a respeito da prevalência destes distúrbios musculosesqueléticos não

apresentem estratificação por área acometida, mas mostram que há um aumento no número de

casos de afastamento remunerado concedidos devido à lesão por esforço repetitivo no

membro superior (BARBOSA ET. al, 2012).

Segundo Reis e Mejia (2012) vários podem ser os fatores que desencadeiam dores no

complexo do ombro, são eles fatores intrinsecos como fraqueza muscula e diferenciação

anatômica do espaço subacromial e extrinsecos que estão realacionados diretamente com o

uso exaustivo dos membros superiores que, são facilmente visualizados em atletas e

trabalhadores que realizam movimentos repetitivos acima da cabeça fazendo com que haja um

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aumento do nível de tolerância das partes moles gerando inflamação e diminuindo espaço

subacromial devido a aumento das estruturas inflamadas.

Lesões osteomusculares de origem ocupacional representam um número expressivo em se

tratando de problemas humanos e econômicos, que ocorrem nas categorias existentes entre

trabalhadores, os meios de comunicação têm demonstrando interesse e apresentando

frequentemente assuntos relacionados a doenças ocupacionais (VALENTE e MEJIA, 2011).

Segundo Lech ET al (2000) a lesão do manguito rotador é uma das principais causas de dor,

esse grupo muscular que atua para estabilizar dinamicamente a cabeça do úmero em relação a

glenóide enquanto que o outro gurpo axial ( deltóide, peitoral maior e etc.) age para mover o

úmero, a lesão do manguito rotador pode lavar a perda de vários graus de amplitude

resultando em perda da função.

Já Almeida ET al (2008), concorda com Lech ET al (2000) em relação as lesões do maguito

dotador serem as principais causas de dor, e ainda associa com problemas relacionados a

sobrecarga nas articulações do ombro, sobretudo em condições ocupacionais. Esse agravo é

responsável por considerado número de afastamentos do trabalho, cerca de 27%, resultando

em custos ao sistema previdênciário e, também dificuldade de reinserção no mercado de

trabalho, estas lesões representam um espectro de doenças que vão desde uma tendinite,

passando por uma ruptura parcial até uma lesão de ruptura total compromentendo todos os

componentes do manguito rotador.

As causas das lesões do manguito rotador ainda são muito controversas, no entanto tem sido

relçacionadas com a anatomia do acrômio, o tipo de acrômio ganchoso foi relacionado com

maior prevalência de lesão do manguito rotador bem como maior índice em idosos que tem

esse tipo de acrômio (Revista Brasielira de Ortopedia, 2010).

Fonte: clinicadevida.com.br

Figura 5- Tipos de acrômio

A Revista Brasileira de Reumatologia diz que a dor no ombro é uma queixa frequente na

população em geral, tendo com causa a síndrome do impacto que ocorre quando o tendão do

supraespinhoso é coprimido entre a cabeça umeral, a borda anterior do acrômio, o ligamento

coracoacromial e às vezes a borda inferior da articulação acromiocalvicular, assim como

diversos outros distúrbios são de ocorrência comum, entre eles são: as tendinites dos outros

tendões, as tendinoses, as bursites e as calcificações tendineas. Os sintomas clínicos nem

sempres correlacionam com os exames ultrasonograficos.

As complicações pós-fratura principalmente as de rádio também são um fator que resulta

quase sempre em impotência do membro superior lesado. Uma das mais temidas é a distrofia

simpática reflexa pós-traumática (Sudeck) entre as mais frequentes temos dor espontânea,

rigidez articular, parestesias e mais tardiamente encontramos alterações radiográficas, como a

osteopenia difusa (NETTO ET, 2007).

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Santos ET al (2011) afirma que independentemente da etiologia, o tratamento preferêncial

para a dor do ombro é a fisioterapia, cerca de 79% dos médicos encaminham seus pacientes

com queixa de dor no ombro para a fisioterapia que tem como principal objetivo aliviar a dor,

melhorar a função, a biomecânica e padrões de movimento do complexo articular do ombro, o

tratamento pode incluir diversas técnicas e procedimentos tais como eletroterapia, massagem,

exercícios, mibilização e manipulação.

O diagnóstico correto e uma avaliação minuciosa possibilitam maior compreensão da fase em

que se encontra o paciente e a evolução da patologia, possibilitando maiores perpectivas no

sucesso do tratamento. Os exames de imagem são os principais métodos para montar um

diagnóstico mais fidedigno, por fim os testes especiais ajudam na identificação das estruturas

envolvidas são as manobras de Neer, Hawkins e Yokun que são testes direcionados para

afecções do impacto subcromial, palm- up que é um teste para lesão de bíceps braquial,

Yergason, Jobe e Patte para lesão do supraespinhal e infraespinhal e Gerber para lesão do

subescapular. Quanto ao tratamento, às metodologias apresentadas na literatura baseiam-se no

modelo conservador sendo o tratamento cirurgico adotado como ultima opção

(METZKER,2010).

A terapia manual tornou-se um importante componente na intervenção de doenças ortopédicas

e neurologica uma área de sendo hoje uma área de especialização da fisioterapia. Os primeiros

documentos sobre terapia com as mãos foram encontrados na China antiga nas paredes do

Egito que tem cerca de 15 mil anos e serviram de base para a maioria das tecnicas atuais (

ARAUJO,2012).

A liberação miofascial baseia-se no princípio que um trauma físico, estresse crônico, ações

repetitivas, inflamação, infecção ou desiquilíbrios estruturais tais como má oclusão, restrição

óssea, descrepância no comprimento das pernas podem gerar uma tensão fascial inapropriada,

a fascia é um técido conjuntivo de sustentação, involucro de orgão e músculos; reveste,

divide, envolve, dá coesão e é parte integrante da estrutura e função do técido mole em todo o

corpo, desde o inicio do crânio até a sola dos pés, e se organiza em resposta as linhas de

tensão impostas ao corpo, acrescentando desalinhamento ou contratura para proteger o

indivíduo de traumas reais ou imaginários (FERREIRA, 2003).

A técnica de liberação miofascial se encontra inserida em um conjunto de técnicas de terapia

manual, é realizada através da combinação de tres movimentos, são eles movimentos tracional

de deslizamentos, fricção e amassamento. São realizados de forma a alongar o músculo e as

fáscias tendo como objetivo final o relaxamento de técidos tensos. As anormalidades que

acometem as fáscias estão diretamente ligadas à inflamação crônica de um músculo ou técido

conjuntivo conhecida como fibromialgia (SOUZA E MEJIA, 2010).

As técnicas de liberação miofascial são responsáveis para que haja correto alinhamento

corporal, são capazes de reduzir a constrição e a dor sem comprometer a resistência muscular.

A miofascioterapia é uma técnica que atua com mobilizações manuais da fáscia visando

quebrar o espasmo muscular, aumentar a circulação local e diminuir a dor. A fáscia é uma

lamina de técido conjuntivo que envolve cada músculo, e sua espessura varia de um músculo

para o outro e é necessária para que o músculo possa exercer eficientemente um trabalho de

contração. A fáscia é um tipo de técido conjuntivo que possui trê camadas distintas:

superficial, de espaço potencial e profundo que ajuda a manter a força muscular, já que

envolve todo o corpo sem interrupção que vai da cabeça aos pés que é composto por colágeno

e elástina (MEURER e ROSAS, 2010).

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Fonte: cristianearruda.wordpress.com

Figura 6 – Liberação da fascia em pontos gatilhos.

Marcolino ET al (2008) descreve que o Sistema nervoso é dividido em central e periférico e

que as lesões sofridas no SNP( sistema nervoso periférico) podem causar alterações motoras e

sensitivas importantes e são classificadas em três tipos: neuropraxia, axoniotmese ou

neurotmese. Descreve ainda a teoria da presença de movimento do tecido neural de duas

maneiras. Movimento grosseiro que se dá pela movimentação de um nervo deslizado por

alguns seguimentos ou túneis, e movimento intraneural onde as fibras podem deslizar em

relação ao endoneuro ou delizar entre os fascículos no próprio técido.

O SNC e SNP são geralmente lesionados por compressão pelas estruturas adjacentes ou

estiramento, uma lesão local em um nervo afeta a condução do fluxo exoplasmático

(transporte axonal) tornando o suceptível a lesões em outros locais. Esse fenômeno é

conhecido como double crush (ALMEIDA e MOREIRA, 2011).

A técnica de mobilização neural, parte do princípio de que se houver compromentimento da

mecânica/fisiologia do sistema nervoso (movimento, elasticidade, condução e fluxo

exoplasmático), podem ocorrer outras disfunções do sistema nevoso ou nas estruturas

musculoesqueléticas que recebem inervação (SANTOS e DOMINGUES, 2008).

Fonte: www.phisioweb.blog.sapo

Figura 7- Sistema Nervoso

No contexto da terapia, a moblilização neural tem experimentado um grande desenvolvimento

nos ultimos 35 anos, desde Gregory Grieve, Alf Breig, Goffey Maitland. Em estudos na

década de 1970 comentou-se pela primeira vez na literatura fisioterápica, a noção de

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sensibilização dos técidos neurais como fator chave de sintomas dolorosos. A mobilização

neural pode ser usada como método diagnóstico e terapeutico, contribuindo assim para a

diminuição do quadro sintomático. A técnica é indicada em todas as condições que

apresentem comprometimento mecânico fisiológico do sistema nervoso, no entando não se

deve esquecer, que a fáscia, as articulações e os músculos estão conectados no sistema

nevoso. (MONNERAT e PEREIRA, 2010).

Segundo Baum (2009) ha mais de um século sabe-se que a lombalgia, lombociatalgia,

cervicalgia e cervicobraquialgia, entre outras desordens muscoloesqueléticas apresentam

origem neural, a mobilização neural pode ser utilizada como método diagnóstico, utilizando-

se de manobras irritativas no técido nervoso e método terapêutico, com a finalidade de reduzir

a tensão neural adversa, contribuindo para uma melhor resolução do quadro sintomático, em

locais onde há compressão do Sistem Nervoso existe tensão mecânica adversa deste técido

que afeta tanto a sua mobilidade global quanto sua habilidade para transmitir tensão.

Para que haja movimento os músculos tem que ser capazes de alongar e encurtar com

resistência mínima em todas as amplitudes de movimento, essa contração depende, alem dos

impulsos motores pelo Sistema Nervoso, de três fatores (a) elásticidade e complexa

extensibilidade dos músculos, (b) amplitude completa das articulações e (c) um sistema

nervoso livremente móvel e extensível. O sitema nervoso tanto central com periférico

compreende em um só sistema, considerado contínuo como técido, eletricamente e

quimicamente, portanto qualquer alteração ocorrida em uma parte dele ocasionará

repercurssões em todo o sistema. (ZAMBERLAN e KERPPERS, 2007).

ZAMBERLAN e KERPPERS (2007) dizem ainda que, não cabe ao Sistema Nervoso somente

conduzir impulsos através de grandes amplitudes e compelxidades de movimentos, mas

também, adaptar-se mecanicamente a esses movimentos retaraindo e alongando-se, podendo

até mesmo limitar-se a certas combinações de movimentos.

A tensão neural adversa (TNA) é definida por BUTLER (2003) com uma série de respostas

mecânicas e fisiológicas anormais das estruturas do Sistema Nervoso quando suas amplitudes

normais de movimentos e capacidade de alongamento são testadas, quando comparados a

outros tratamentos para desordens neuromusculares, os testes de tensão neural são

considerados relativamente novos, pois só começaram a serem reconhecidos como terapia a

partir de 1970, os testes são aplicados a partir da posição tolerada pelo paciente estabelecida

durante os testes.

Os testes utilizados para detectar TNA foram preconizados e foram descritos por Butler. São

eles: Upper limb tension test (ULTT 1,2,3) para o nervo mediano, ulnar e radial

respectivamente. O ULTT tem avaliado a tensão do nervo mediano. Estudos mostram que

estes testes podem ser usados na avaliação neural e sua positividade indicaria a presença de

uma neuropatia, estes testes têm sido bastante utilizados nos deficits de ADM das articulações

dos membros superiores. Outros estudos demonstram também que a associação de outras

técnicas fisioterapêuticas podem aumentar as chances de sucesso no tratamento (ASSIS E

FIDELIS, 2010).

A TNA é definida como a deficiência do movimento ou elásticidade do sistema nervoso

periférico, pode ser desenvolvida em qualquer patologia que desencadeie anormalidade do

movimento do nervo, limitando a completa mobilidade desta estrutura e interferindo no fluxo

sanguíneo local, essa capacidade é limitada por alterações fisiopatológicas do técido

conectivo do nervo responsável por alterar o fluxo de sangue (SILVA e ASSIS, 2011).

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A tecnica de mobilização neural pode ser aplicada através de quatro categorias: mobilização

direta onde acontece o tensionamento do nervo periférico ou medula pela manobra oscilatória,

passiva em diferentes graus de amplitude ou brevemente mantida no final da amplitude de

movimento (ADM) articular aplicados através de articulações que compoem o trajeto do trato

neural (ANDRADE E ALMEIDA, 2012).

Junior e Teixeira (2007) relatam que, o tratamento de desordens irritáveis do sistema nervoso

apresenta um desafio para os fisioterapeutas. Nestes casos o tratamento deve ser iniciado com

a mobilização do SN do lado contralateral sem causar sintomas ou agravá-los e complementa

que estudos comparativos realizados entre o alongamento classico e a mobilização neural,

mostraram que a mobilização é mais efetiva que o alongamento.

Quando há alteração na condução eletrica corrrem distúrbios sensoriais como dor e parestesia,

a deformação mecânica e a isquemia levam a perda das propriedades mecânicas e funcionais

das fibras nervosas. A mobilização neural procura restaurar o movimento e a elásticidade ao

SN, oque promove o retorno as suas funções normais (BRITO ET al, 2007).

Com a realização da mobilização articular ocorre a estimulação da atividade biológica do

líquido sinovial, que é responsável pela nutrição para a cartilagem articular avascular das

superfícies articulares e para a fibrocartilagem intra-articular dos meniscos. Assim a

extensabilidade e aforça tensiva dos técidos articulares e periarticulares são mantidos com o

movimento articular (ARAUJO, 2012).

Araújo (2012) complementa inda que, a mobilização articular além de recuperar a mobilidade

articular e restauração de movimetos acessórios, pode ser utilizado com a finalidade de:

alongar tecidos capsulares e ligamentares que diminui a ação muscular protetora, efeitos

reflexológicos que facilitam o tônus muscular e efeitos propioceptivos que melhoram a

consciência postural e cinestésica, sendo contraindicada nos seguintes casos: artrite

inflamatória, neoplasia, osteoporose, osteopenia, doenças neurológicas, fraturas e distúrbios

vasculares de artéria vertebral.

A mobilização articular é realizada pelo fisioterapêuta com movimento lentos e passivos das

superfícies articulares. Sendo utilizado com diversas finalidades, sendo a principal a

restauração da amplitude de movimento, reposicionamento, alinhamento da articulação,

redução da dor e redefinição da distribuição da força de maneira uniforme ao redor da

articulação, fazendo com que haja uma melhora na função articular (REIS E MEJIA, 2012).

Foram identificados tres fatores que possibilitam a utilização da manipulação, com técnicas

rítmicas ou oscilatórias, para auxiliar na reorganização dos técidos: facilitar o processo de

reparo, influenciar a estrutura e comportamento mecânico de técidos e afetar a dinâmica dos

fluídos (Revista Brasileira de Fisioterapia, 2008).

O mesmo autor cita ainda Maitland que explica que, há cinco graus para a classificação por

suas diferentes formas de aplicação e efeitos fisiológicos: grau I é caracterizado por

micromovimentos no início do arco, tendo efeito fisiológico a entrada de informações

neurológicas através de mecanoreceptores, ativando as comportas medulares; grau II,

movimento grande no meio do arco, que, além de ativar as comportas medulares, estimula o

retorno venoso e linfático, causando clearance articular; grau III, movimento por todo arco,

causando os mesmos efeitos do grau II acrescido de estresse nos tecidos encurtados por

aderências; grau IV, micromovimento no final do arco que promovem estresse nos teciduais

capazes de movimentar discretamente tecídos fibróticos; já o grau V, trata-se de manipulação

articular apresentando movimento de alta velocidade, no meio do arco que promove a queda

de aderências e ativa os órgãos tendinosos de Golgi.

Os efeitos da mobilização articular incluem ainda a diminuição das restrições capsulares e

quebra de aderências, distração de tecidos impactados, promoção de movimento e lubrificação

das cartilagens articulares saudáveis, então a abordagem tradicional para restaurar a perda do

movimento articular aplica um alongamento passivo sustentado sem considerar a causa

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definida da limitação do movimento. A abordagem tradicional não é necessariamente efetiva

se a restrição articular estiver relacionada a aderências capsuloligamentares (BORGES ET al,

2010).

Neto (2007) cita Kisner (2001) ao falar que o desempenho do movimeto depende da

mobilidade de técidos moles e articulares e afirma que os exercicios de mobilização e

relaxamento podem ser usados para devolver as estruturas envolvidas o comprimento

apropriado restaurando a folga articular, e assim a normalização do rolamento-deslizamento

que ocorre durante movimentos ativos.

Santos ET al ( 2011) diz que a mobilização passiva tem mais efetividade no ganho de

amplitude e alívio do quadro algico quando aplicada em conjunto com outros tratamentos ou

outras técnicas fisioterapêuticas.

7. Conclusão

A fisioterapia vem ganhando espaço quando se trata de tratamento conservador, dentre as

técnicas utilizadas para o alívio do quadro álgico temos a Terapia Manual que, consiste na

utilização de inúmeras técnicas como a Mobilização Neural, Liberação Miofascial e

Mobilização Articular que visam melhora do fluxo exoplasmático diminuindo a dor em

trajeto, formigamento e parestesias, retirar resíduos metabólicos decorrentes de tensão

muscular gerando pontos gatilho, ativando a nutrição adequada dos tecidos e estimulando a

produção de líquido sinovial na articulação evitando outros distúrbios como capsulites,

desidratação articular que podem levar a degeneração da articulação.

Por este motivo é importante à avaliação fisioterapêutica juntamente com o auxilio de exames

de imagem para que se possa fazer o diagnóstico cinesiológico funcional antes de iniciar o

tratamento do paciente, dando ênfase as queixas, sintomas e demonstrar interesse pelo seu

problema, passando segurança ao indivíduo, desta forma facilitando o relacionamento entre

profissional e paciente para que haja evolução, olhar não como um ombro doloroso, mas

como um ser completo e complexo em suas estruturas.

O conhecimento das técnicas a serem utilizadas também é de grande importância assim como

saber quando aplica-las e o cuidado de informar o paciente das possíveis reações ao

tratamento que podem vir a ocorrer, para que o tratamento mostre resultado satisfatório para o

fisioterapêuta que nos dias de hoje tem uma gama de técnicas a sua disposição podendo

diversificar e diferenciar seus atendimentos e principalmente fazer a diferenca para o paciente

que retornará as suas atividades laborais e de vida diária com a melhora na sua qualidade de

vida. Chegou-se a conclusão através dos artigos que fizeram parte desta revisão que, os

efeitos das terapias mencionadas se forem aplicados na fase crônica podem render em ótimos

resultados e resposta rápida do cliente ao tratamento possibilitando confirmar os efeitos de

cada uma delas, podendo ainda ser utilizadas em conjunto com outras técnicas para um

resultado rápido e satisfatório ao contrário de outras ferramentas que utilizamos de forma

paliativa que em sua maioria aumenta o número de sessões que o cliente terá que fazer. Sugiro

estudos comparativos das técnicas associadas para obter resultado científico comprobatório.

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